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Nos eucariotos, o RNAm antes de ser enviado ao citoplasma para participar da síntese protéica, passa por um processamento. Isso ocorre porque, ao longo da fita de DNA que gerou o RNAm – chamado de transcrito primário (ou pré- RNA) – nem toda sequência de bases representa a mensagem para a síntese de um polipeptídeo ou proteína. Explicando melhor: ao longo da fita de DNA a ser transcrita existem algumas sequências de bases, conhecidas como introns, que representam sequências não codificantes, e outras, denominadas exons, que são sequências realmente codificantes e que resultarão em uma proteína (ou polipeptídeo). Assim, depois que o RNAm (o transcrito primário) é produzido, ele passa por um processamento em que os introns são removidos, por ação de um complexo de natureza enzimática, que, ao mesmo tempo, promove a união dos fragmentos contendo os exons. Os biólogos moleculares denominam essa ação de remover introns e unir exons de “splicing”. Do mesmo modo, o complexo de ação enzimática (na verdade, uma reunião de ribonucleoproteínas) que atua no processamento é denominado spliceossomo. Agora, um fato notável: nos eucariotos, é comum ocorrer o “splicing” alternativo. O que significa isso? Na verdade, a junção dos exons, após a remoção dos introns, pode ser feita em diferentes combinações, cada uma delas resultando em polipeptídeos (ou proteínas) diferentes. Por meio desse mecanismo alternativo, os cerca de 30.000 genes humanos, por exemplo, poderiam codificar a síntese de 120.000 tipos diferentes de RNAm processados. É conhecido o fato de que as células de glândulas humanas – a tireóide, por exemplo – efetuam o processamento do mesmo transcrito primário diferentemente, conduzindo, assim, à produção de hormônios diferentes. A título de comparação, é preciso dizer que na grande maioria dos procariotos o processamento do RNAm é praticamente inexistente. Vale lembrar que nesses seres as células não possuem um núcleo organizado. O RNAm produzido (transcrito primário) contém em sua sequência a informação para a síntese e de várias proteínas. Outra importante diferença reside no fato de que, à medida que a transcrição vai acontecendo, ao mesmo tempo ocorre a síntese protéica. Os ribossomos aderem ao RNAm e promovem a tradução da mensagem, o que conduz à síntese de várias proteínas em série. O PROCESSAMENTO DO RNAm EM EUCARIOTOS: INTRONS E EXONS A B A) Transcrição e tradução em procariotos; não há processamento de RNAm. B) Processamento de RNAm em eucariotos.
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