Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FÍSICA ARMANDO DIAS TAVARES DEPARTAMENTO DE FÍSICA TEÓRICA MECÂNICA FÍSICA RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL l EXPERIÊNCIA 03: TRÊS FORÇAS APLICADAS EM UM PONTO FLAVIA DE OLIVEIRA DIAS GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA BANCADA 21 RIO DE JANEIRO, JUNHO 2015 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Noções de vetores Figura 1: Vetores F1 e F2 Vetores: Vetor é um símbolo físico-matemático utilizado para representar o módulo, a direção e o sentido de uma grandeza física vetorial. Força Resultante (Fr): É a força que produz o mesmo efeito dinâmico que todas as outras aplicadas a um corpo. Força equilibrante (Fe): É a força que anula a resultante. Possui mesmo módulo, mesma direção e sentido contrário à força resultante. Adição de vetores Regra do paralelogramo: A regra do Paralelogramo (figura 1) consiste em unir o ponto de início dos vetores e calcular a partir da equação abaixo o valor resultante: Equação I Cálculo de Desvio Relativo Mostra o quanto de variação existe entre determinados dois valores. E% = x 200 Equação II Cálculo da direção da resultante relativa ao vetor adjacente Calcula o ângulo entre a resultante e a força adjacente. Para o sistema de forças (figura 1) com ângulo θ entre F1 e F2 e resultante F12 fazendo um ângulo α com F2, temos a seguinte expressão: α = tan -¹ Equação III 2. OBJETIVOS Aplicar e estudar as propriedades da soma de vetores. 3. MATERIAL Para o experimento foi necessário: Uma régua de 30cm, um transferidor, as três molas do experimento anterior (sem cor, verde e preta), linha de costura e a estrutura descrita abaixo (figura 2). Figura 2: Estrutura do experiemento 4. DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL O experimento foi realizado nas seguintes 3 etapas: ETAPA 1: Diagrama de forças 1° Montar a estrutura para a experiência: A estrutura foi montada unindo as 3 hastes metálicas cilíndricas à base com o auxílio de pregadores metálicos e parafusos. As molas foram suspensas e esticadas utilizando-se linha de costura, como mostrado na figura 2. 2° Verificação dos ângulos: Com o auxílio do transferidor, os ângulos entre as molas foram medidos. O total foi de exatamente 360°; dentro do esperado. A tolerância era de mais ou menos 1 grau. Ângulo entre mola sem cor e mola preta (θv): 120° Ângulo entre mola preta e mola verde (θs): 108° Ângulo entre mola verde e mola sem cor (θp): 132° 3° Cálculo das forças: As forças exercidas por cada mola foram calculadas através das equações da mola criadas no experimento anterior. Bastou medir o comprimento tomado por elas. Comprimentos: Mola sem cor: 45 mm Mola preta: 89 mm Mola verde: 63 mm Equações (onde y = força e x= comprimento): Mola sem cor: y = 0,7661 x + ( - 13,145) Mola preta: y = 0,2665 x + ( - 7,693) Mola verde: y = 0,4794 x + ( - 11,159) Resultados: Mola sem cor: 21,32 gf Mola preta: 16,02 gf Mola verde: 19,04 gf 4° Representação vetorial: Figura 3: Diagrama de forças ETAPA 2: Verificação da igualdade entre Fr e Fe 1° Cálculo das resultantes: A regra do paralelogramo, definida pela equação I, foi o método utilizado para o cálculo das resultantes entre as forças das molas sem cor, preta e verde. Seguem os cálculos: Resultante entre mola sem cor e mola preta: R sp = = 19,22 gf Resultante entre mola preta e mola verde: R pv = = 20,75 gf Resultante entre mola verde e mola sem cor: R sv = = 16,54 gf 2° Cálculo dos desvios: A fim de apurar a igualdade entre as forças resultantes e as forças equilibrantes do sistema – lembrando que a igualdade deve-se ao fato que a Fe anula a Fr – foram calculados os desvios entre essas forças. Para tal, utilizou-se a equação II. Os valores de desvio foram aceitáveis até 4%. Desvio entre Rsp e Fv (força equilibrante) E% = x 200 E% = 0,9 Desvio entre Rpv e Fs (força equilibrante) E% = x 200 E% = 2,7 Desvio entre Rsv e Fp (força equilibrante) E% = x 200 E% = 3,1 ETAPA 3: Verificação dos ângulos 1° Cálculo do ângulo α: Foi aplicada a equação III utilizando-se os dados anteriores e o diagrama de forças. Seguem os cálculos: α1 = tan -¹ = = 73,8° α2 = tan -¹ = = 47,2° α3 = tan -¹ = = 58,7° 2° Cálculo do ângulo β: O ângulo β é formado pelo ângulo α mais o ângulo θ adjacente. Essa soma deve ser igual a 180° ou se aproximar, respeitando o desvio de até 3%. Seguem os cálculos: β1 = α1 + θs = 73,8° + 108° = 181,8° Desvio de 0,99 % β2 = α2 + θp = 47,2° + 132° = 179,2° Desvio de 0,42 % β3 = α3 + θv = 58,7° + 120° = 178,7° Desvio de 0,72 % Conclui-se que os ângulos satisfizeram as exigências. 4. OBSERVAÇÕES E CONCLUSÃO Com este experimento pode-se comprovar algumas propriedades de vetores, como anulação entre as forças equilibrante e resultante, e comparar os ângulos obtidos experimentalmente com o esperado nos cálculos. Foi importante para a melhor visualização e entendimento do conteúdo ensinado que, por muitas vezes, não é provado experimentalmente, fazendo com que o aluno apenas memorize a matéria sem questionar e sem ter a devida compreensão. 5. REFERÊNCIAS http://fisicaevestibular.com.br/Dinamica1.htm
Compartilhar