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Sistema Endócrino

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R e s u m o : M a r i n a 
 
Med USF 
Sistema Endócrino 
{morfo II} 
 
Aula I 
Introdução 
O sistema endócrino tem o papel de realizar o fluxo de informações entre diferentes 
células, garantindo o funcionamento integrado de todas as estruturas de um organismo. As 
Este fluxo de informações é determinado a partir da mobilização de moléculas sinalizadoras 
chamadas de hormônios. Para uma ação endócrina, deve-se ter uma célula secretora e uma 
célula alvo. A célula secretora é responsável pela síntese e secreção do hormônio que vai 
levar a informação. A célula alvo é aquela que reconhece o hormônio e altera funções em 
resposta a este. 
n Classificação 
} Endócrina: as glândulas desse tipo liberam no sangue circulante as substâncias 
químicas que influenciarão a função das células em outros locais do corpo, 
promovendo efeitos biológicos. Ex: Insulina (produzida em pâncreas e atua em vários 
locais) {lembrando que a insulina tem as três funções} 
4 Função Endócrina: Nome dado para qualquer substância química (hormônio, 
citocina ou neurotransmissor) que precisa ganhar a circulação sanguínea 
para sair do seu local de produção e chegar ao seu local alvo. Ou seja, o 
meio de distribuição é a vasculatura. 
 
} Parácrina: As células secretam substâncias que se difundem para meio extracelular, 
afetando células adjacentes. Alvo diferente da célula que a produziu, mas a difusão 
é por meio de interstício, ou seja, não precisa de vasculatura. 
} Autócrina: As células secretam substâncias que afetam a função da mesma célula 
através de sua ligação a receptores na superfície celular, a sinalização é feita na 
mesma célula que a produziu. 
 
Os hormônios são produzidos, pois algo sinalizou que este deveria ser produzido. O que pode 
sinalizar e gerar a produção de um hormônio? 
% Íons e Nutrientes - Ex: glicose no sangue através da alimentação induz a 
produção e secreção de insulina. 
% Neurotransmissores – SNA pode induzir produção de insulina. 
% Hormônios podem acarretar em produção de outro hormônio – Glucagon 
produzido no intestino cai no pâncreas, fazendo-o produzir insulina. 
 
Geralmente os hormônios são produzidos em pequenas quantidades/baixas concentrações, 
para que veja um efeito deste efeito é necessário que este tenha um receptor seletivo na 
 
R e s u m o : M a r i n a 
 
Med USF 
célula alvo. Ou seja, a resposta biológica só ocorre se existir um sistema de receptores e 
mecanismo de sinalização. 
→ Quando a sinalização é perdida ocorre a resistência. Ex: DM Tipo II 
O controle ocorre momento a momento através de uma modulação da síntese e liberação 
(feedbacK). Os feedbacks negativos garantem nível apropriado de atividade do hormônio 
no tecido alvo, o hormônio exerce um efeito de feedback negativo ao impedir a 
hipersecreção do hormônio, ou a hiperatividade no tecido-alvo. Ou seja, ocorre uma inibição. 
Em alguns casos há ainda o feedback positivo onde a ação biológica do hormônio determina 
a secreção adicional do próprio hormônio. O estímulo gera uma resposta de amplificação de 
um estímulo. Ex: Parto e Amamentação. 
Uma quantidade grande ou pequena de hormônio, problemas na sinalização (resistência) ou 
de receptores comprometem o controle das glândulas e hormônios. 
 
n Tipos de Hormônios 
 
Estrutura Química Proteína Esteróide Derivados de AA 
Síntese Retículo Endoplasmático Colesterol Tireóide 
Estocagem Vesículas Não Extracelularmente com 
globulinas ou vesículas 
Secreção Exocitose Quando produzido é 
secretado 
Exocitose ou 
Extracelular 
Receptores Proteína G (Membrana) Intracelular Membrana 
 
Em geral os hormônios proteicos são sintetizados na forma de proteínas maiores, 
biologicamente inativas, denominadas pré-pró-hormônios (são precursores), sendo estes 
clivados em pró-hormônios no retículo endoplasmático. Estes são transferidos para o 
aparelho de Golgi, para seu armazenamento em vesículas secretoras. As enzimas presentes 
no interior delas clivam os pró-hormônios, produzindo hormônios menores e biologicamente 
ativos. Este é o caso da insulina. Os hormônios proteicos têm receptores na membrana, pois 
não entram facilmente nas células, eles estão relacionados a enzimas, são associados à 
proteínas G, tem ação celular. 
Os hormônios esteroides são sintetizados a partir do próprio colesterol com um sistema de 
enzimas e não são estocáveis. A sua síntese é restrita a alguns tecidos, faz controle de 
transcrição de enzimas de estereoidogênese e na captação de colesterol. 
Há um complexo de células denominadas Citocromo P450 que são capazes de produzir 
hormônios esteroides a partir do colesterol, são enzimas específicas esteroidogênicas. A sua 
síntese é controlada quando há um estímulo, ou seja, circulam para atender necessidades 
fisiológicas, há proteínas plasmáticas como ponto de ancoragem para eles. Seus receptores 
estão em membrana ou dentro da célula, o complexo receptor hormônio vai para o núcleo 
onde há a transcrição de genes e proteínas. Os hormônios esteroides demoram para fazer 
efeito pois há uma demora no processo de sinalização e de transcrição. 
 
 
R e s u m o : M a r i n a 
 
Med USF 
Os hormônios amínicos são formados pela ação de enzimas presentes nos compartimentos 
citoplasmáticos das células glandulares, são sintetizados e armazenados na glândula tireoide 
e combinados com globulinas dentro do colóide. Há também outros derivados de 
aminoácidos como a dopamina, noradrenalina e adrenalina, são estocados em vesículas 
intracelulares e liberados por exocitose. Os hormônios se ligam à: 
$ Agonista: receptores que se liga à um receptor, desencadeando uma 
resposta biológica e ativa resposta subsequente. 
$ Antagonista: molécula se liga a este receptor, mas apenas ocupa o espaço, 
impedindo que o agonista se ligue, ou seja, não evoca resposta subsequente. 
 
 
Aula Ii 
Eixo Hipotálamo-Hipófise 
A hipófise (glândula pituitária) localiza-se no interior da sela turca, sendo conectada ao 
hipotálamo por uma haste, a qual dá a projeção dos axônios do tálamo para que suas 
terminações terminem na neuro-hipófise. A hipófise é dividida em dois lobos, o lobo anterior 
e o lobo posterior, denominadas respectivamente adeno-hipófise e neuro-hipófise. 
O hipotálamo é um centro de integração de funções que visam manter a homeostase do 
organismo animal. 
Existem alguns corpos de neurônios hipotalâmicos com seus corpos situados nessa região e 
são divididos em dois grupos: 
n Funcionamento da Hipófise 
n Projetam axônios na hipófise posterior 
Todos esses neurônios são peptidérgicos, ou seja, produzem substancias transmissoras de 
peptídeos. 
A única diferença é que há um grupo é mais curto sendo que a sua terminação axonal libera 
esse neuropeptídeos sinalizadores em uma circulação especializada denominada circulação 
porta hipotalâmico-hipofisário. Os neuropeptídeos caem nesta circulação especializada a 
qual possui dois leitos vasculares para assim levarem para as células da adeno-hipófise. Os 
seus neuropeptídeos levam a formação de um segundo mensageiro, ou seja, um segundo 
hormônio. 
Os axônios longos do outro grupo faz essa sinalização diretamente com a hipófise posterior 
(neuro hipófise), os seus peptídeos já são os hormônios em si/hormônio final. Já são jogados 
na circulação periférica. 
Os hormônios dos neurônios longos, ou seja, da neuro-hipófise, são: ADH e Ocitocina. 
E da hipófise anterior são: GH, Prolactina, Controle de Tireóide, Controle de Supra-Renal e 
Controle de Gônadas. 
Hipotálamo e suas relações: 
O hipotálamo possui neurônios que tem as funções de produzirem: 
S Hormônio Liberador de Gonadotrofina 
S Hormônio Liberador de Tireotrofina 
S Hormônio Liberador de Corticotrofina 
 
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Med USF 
S Produtores de Dopamina 
S Hormônio Liberador de GH 
S Produtores de SomatostatinaPor exemplo, o grupo de neurônios produtores do hormônio liberador de gonadotrofina tem 
como alvo uma população situada na adeno-hipófise, a qual é chamada de gonadotrofos, 
os quais quando sinalizados pelo GnRH, fazem a produção de dois hormônios. 
Enquanto que o TRH (da tireotrofina) encontra os tireotrofos, que quando estimulados 
produzem outro hormônio. 
Ou seja, desse jeito podemos entender que eles atuam em um grupo alvo de células para a 
produção de um segundo hormônio: 
Liberador Células Alvo Hormônios 
Gonadotrofina (GnRH) Gonadotrofos LH e FSH 
Tireotrofina (TRH) Tireotrofos TSH 
Corticotrofina Corticotrofos Adrenocorticotrófico 
(ACTH) 
Dopamina Lactotrofos Prolactina 
GH (GHRH) Somatotrofos GH 
Somatostatina Somatotrofos Somatostatina 
 
Os segundos hormônios produzidos pelas células alvos são aqueles encontrados na nossa 
circulação. Basicamente os hormônios liberadores estimulam as células alvos que respondem 
através da produção destes segundos hormônios. 
* Obs: Durante a gestação, a hipófise sofre um aumento de volume por conta do 
aumento do número de lactotrofos. 
* Obs: A dopamina inibe os lactotrofos, quando não estão inibidos, há a produção de 
prolactina. 
 
Os corpos celulares das células que secretam os hormônios da hipófise posterior estão 
localizados em grandes núcleos situados nos núcleos supra-óptico e paraventricular do 
hipotálamo. 
→ Núcleo Supra-Óptico: produzem ocitocina, trafega pelo axônio e nas projeções dos 
axônios existem vesículas deste hormônio já preparadas. 
→ Núcleo Paraventricular: produzem ADH, e são também armazenados nas terminações 
axonais. 
* Obs: Existem Neurônios Peptidérgicos que trafegam por dentro do axônio através 
de grânulos de secreção e são estocados nas terminações nervosas. O 
preenchimento da hipófise posterior é feito pelos pituicitos (células gliais). 
 
Hipófise Anterior: 
B GH F 
Suas funções são crescimento somático, desenvolvimento pós natal, manutenção da massa 
corporal magra e mantém integridade óssea em adultos. Durante a vida adulta também tem 
 
R e s u m o : M a r i n a 
 
Med USF 
uma produção de GH, apesar de ter um papel importante no crescimento de crianças, tem 
também um papel metabólico importante no metabolismo no adulto, suas ações mantém a 
musculatura em ordem e dinâmica de estocagem de substrato energético, utilizando 
predominantemente a massa gorda (tecido adiposo) para manter a energia metabólica. 
Também é denominado o hormônio da juventude, já que seus níveis são altos e moderados 
até a vida adulta e declina conforme envelhecemos. 
Aproximadamente 50% das células da adeno-hipófise sintetizam GH através de pré-pró-
hormônios e é estocado em grânulos. 
O uso exógeno de GH na vida adulta pode acarretar em alguns riscos, ou seja, uma 
suplementação inadequada: 
S Acromegalia (cartilagens e extremidades ósseas) 
S Pode permitir o aumento de células cancerígenas (prolifera células) 
S Diabetogênico 
S Lipólise (libera gordura para uso energético) 
D Fatores que induzem a liberação de GH: 
Hipoglicemia aguda, exercícios, stress e jejum → Produção de GH → Circulação Porta → 
Somatotrofo → Receptor → Exocitose e Produção de novas moléculas de GH → 
Circulação Sanguínea → Alvo Periférico. 
 
Situações nas quais há hiperglicemia, obesidade, altos níveis de ácidos graxos, dislipidemias e 
após as refeições ocorre a produção de somatostatina que apresenta efeitos antagonistas 
ao GH. 
* Obs: Existem neurônios que produzem ghrelina, que estimula a produção de GH. Ela é 
liberada pelo estômago. 
Durante a noite temos o maior período de jejum, ou seja, há uma produção noturna de GH, 
que serve para que evitemos uma crise hipoglicêmica. O ritmo circadiano e o período de 
jejum são fatores que estimulam o GH a ser produzido. 
O GH circula ligado a uma proteína e seu alvo é em quase todos os nossos tecidos, já que a 
maioria apresenta receptores para GH. 
Suas ações são contrárias da insulina, diminui a captação de glicose para os tecidos 
(estocagem), impedem a entrada de glicose para que seja estocada na forma de glicogênio, 
além de ↑ Lipólise ↑ Síntese proteica no músculo ↑ Gliconeogênese no fígado. 
Um uso exógeno alto de GH acarreta em respostas exacerbadas, podendo ocasionar em 
Diabetes. 
Os receptores de GH são situados na membrana, já que ele é um hormônio proteico. 
O GH também é um agonista em receptores de Prolactina. 
Seu principal alvo é o fígado, local onde existem hepatócitos que produzem um segundo 
hormônio chamado de IGF-I (fator de crescimento tipo insulina), é produzido por meio de 
uma ação indireta. 
Alças de Feedback Negativo Do GH: 
 
R e s u m o : M a r i n a 
 
Med USF 
Com uma suplementação exógena de GH, ocorre uma diminuição da produção de GHRH e GH 
endógeno. Se aumentar IGF, ocorre também um feedback negativo na produção de GH e 
no eixo hipotálamo-hipófise. E também ocorre aumento da somatostatina. 
IGF é produzido no fígado e em outros tecidos também, fazem a regulação da 
proliferação, diferenciação e metabolismo celular, apresenta ações endócrinas, parácrinas e 
endócrinas e apresenta ações cruzadas com a insulina. 
O GH precisa da insulina para produzir IGF assim como a insulina produz IGF diretamente. 
O IGF também circula ligado a proteínas, a protease que libera o IGF de forma 
inadequada pode gerar câncer. 
Quando no nanismo não há receptores de GH ou produção de GH, temos uma baixa 
concentração de IGF, contudo não é ausente, já que a insulina produz IGF. 
→ Gigantismo: Hiperglicemia, acromegalia, inibe armazenamento de glicose em glicogênio. 
 
B Prolactina F 
Também denominada PRL faz desenvolvimento de mama na lactação, produção de leite, tem 
função reprodutora e imunológica. A PRL faz um desenvolvimento dos ductos lactíferos, 
modifica o estroma (células do preenchimento da mama), gera depósitos de gordura para 
também ser usada como estoque de energia. 
* Durante a gestação não há produção de leite, pois a progesterona mantém a 
lactogênese inibida até o nascimento da criança. 
A sua síntese não ocorre apenas na adeno-hipófise, podendo ser secretada em vários 
outros tecidos. 
Ela apresenta um perfil circadiano com as concentrações mais elevadas ocorrendo no 
período noturno. Seus estímulos fisiológicos são: sucção mamilar, estresse, trauma, medo, 
sono, drogas e aumento nas concentrações de estrógenos. 
A dopamina inibe a prolactina assim como o peptídeo associado ao GnRH, a somatostatina e 
o GABA. A dopamina atua por meio de receptores específicos nos lactotrofos, sendo o seu 
efeito mediado pela proteína G. Ou seja, agonistas dopaminérgicos inibem a PRL, ou seja, seus 
antagonistas aumentam. 
No dia-a-dia temos uma produção de dopamina deixando a prolactina inibida, durante a 
lactação estímulos ambientais como o som do bebê e sucção ativa do mamilo ativa 
mecanoceptores que levam informações aferentes para centros superiores que agem 
inibindo a dopamina, contribuindo para a lactogênese. 
Os lactotrofos apresentam apenas 10% da população da adeno, mas aumentam a sua 
população durante a gestação, é um hormônio proteico também produzido a partir de um 
pré-pró-hormônio. 
Durante a amamentação há um menor risco de ocorrer uma nova gestação. Não é um 
método contraceptivo, o que ocorre é uma diminuição de dopamina e aumento de 
prolactina. Quando a PRL está alto ocorre uma inibição do GNRH, o qual é indutor das 
gonadotrofinas, não ocorrendo ovolução, por isto ocorre uma amenorreia gestacional. 
A Prolactina também faz uma alteração de libido, aceitação imunológica da gestação e 
efeitos tróficos similares ao GH como fator de crescimento. 
 
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Med USF 
* Deficiência: Incapacidade de amamentar 
* Excesso: Amenorréia, Galactorréia (secreção mamária anômala) e diminuição da 
função reprodutora. Tratamento realizado com dopaminaB Ocitocina F 
É fundamental para o aleitamento materno, a manutenção das contrações uterinas 
durante o trabalho de parto e no controle da ingestão e/ou excreção de eletrólitos. A 
ocitocina atinge a mama e induz a contração das células mioepiteliais resultando na ejeção 
do leite materno, além de reduzir o sangramento pós-parto e estar relacionado ao vínculo 
afetivo. 
Sua síntese é nos corpos celulares de neurônios hipotalâmicos em núcleo paraventricular e é 
originada de um pré-pró-hormônio. 
Quando a ocitocina encontra o receptor ela realiza contrações através do complexo 
calmodulina além de ativar Fosfolipase C, a qual gera a produção de prostaglandina a qual 
se transforma em prostaglandina F2alfa que tem grande importância em contrair 
estruturas. Isto faz a contração do útero para o parto. 
Obs: O cytotec atua no F2alfa para a ocorrência de um aborto. 
Nos homens, os receptores de ocitocina estão encontrados nos testículos, epidídimo e 
próstata ajudando no movimento do esperma, na ejaculação e na adição de liquido seminal 
no esperma. Nas mulheres, estão situados nos ovários. 
 
B ADH F 
Está relacionado a antidiurese. Seu funcionamento é detalhado nas próximas aulas. 
 
Aula Iii 
Tireóide 
A tireoide produz dois hormônios, os dois apresentam a mesma função, ou seja, aumento do 
metabolismo basal, mas apresentam algumas diferenças: 
% T3 (Triiodorironina): produzido em menor quantidade, caminha mais livre, menos unido 
a proteínas, meia vida menor, atua dentro da célula e é metabolicamente ativo. 
% T4 (tiroxina): produzido em maior quantidade e é convertido em T3 dentro da 
célula, se fixa fortemente a proteínas plasmáticas, sendo depositado em alguns 
tecidos como hepático e rim, em forma de estoque caso a tireoide comece a 
falhar. 
→ O exame da tireoide é fácil, pois é simples o seu exame o de palpação. 
Os seus hormônios apresentam iodo na sua composição permitindo dessa forma a avaliação 
funcional através de iodo radioativo, onde verificamos se a glândula está produzindo 
adequadamente os hormônios ou não. Este iodo é conseguido através da alimentação e do 
sal. 
 
R e s u m o : M a r i n a 
 
Med USF 
A tireoide armazena HT em quantidades suficientes para manter a secreção tireoidiana 
dentro da normalidade e os HT, apesar de serem aminoácidos, atuam nas células, 
principalmente, como esteróides (ação transcricional). 
Os hormônios da tireoide são produzidos intercelularmente ou extracelularmente, nos 
folículos interfoliculares ou no coloide, respectivamente. 
As células da tireoide (folículos) recebem iodo e sódio para o seu interior através de um 
transporte ativo secundário através de uma proteína de membrana denominada NIS. Este 
iodo atravessa a célula e termina no coloide. 
Os folículos tireoidianos também produzem uma glicoproteína denominada tireoglobulina é 
uma longa proteína produzida pelo RER dessas células da qual envia para o CG que as forma 
em vesículas dentro destas células da tireoide. Na sua composição a tireoglobulina 
apresenta aminoácidos de tirosina, local aonde o iodo irá se ligar através da pendrina. Dessa 
forma os hormônios são armazenados no coloide em quantidades suficientes para manter a 
secreção por várias semanas. 
A pendrina é uma proteína, que é um canal iônico, da porção apical da célula, sua função é 
permitir a passagem do iodeto da célula para luz do folículo, onde é oxidado e incorporado 
à tireoglobulina (organificação do iodo ou iodação da tireoglobulina). O iodeto é oxidado 
pela enzima peroxidase (TPO), que fica no polo apical da célula, esse processo depende de 
um sistema gerador de peróxido. Quando uma molécula de iodo oxidado é incorporada a 
tirosina, gera-se monoiodotirosina (MIT), quando dois iodos se incorporam temos 
diiodotirosina (DIT). Algumas das MITs e das DITs formadas e ainda na molécula de 
tireoglobulina sofrem acoplamento, processo também catalisado pela TPO e que gera 
tironinas iodadas. O acoplamento de uma MIT com uma DIT leva à geração de tironinas 
com três iodos (triiodotironina = T3). O acoplamento de duas DITs resulta na geração da 
tetraiodotironina (T4). O acoplamento de uma DIT com uma MIT leva à geração de T3r 
(T3reverso). 
As desiodases comandadas por selênio fazem a quebra dos MIT’s e DIT’s não utilizados 
para que ocorra a resíntese. 
Para que os HT atinjam a circulação sanguínea, esses devem ser removidos da tireoglobulina 
através de um processo que envolve a formação de vesículas de coloide, estas se fundem 
aos lisossomos que provocam hidrólise da molécula de TG com liberação de T3, T4, etc... 
Estes em função da sua lipossolubilidade saem da célula tireoidiana, difundindo-se através 
da membrana e caem na corrente sanguínea. 
Em função da sua baixa hidrossolubilidade, o transporte dos HT pela corrente sanguínea 
depende da sua interação com proteínas específicas, com as quais as várias formas de HT 
apresentam grande afinidade. 
M Estes hormônios da tireoide atuam como esteroides, ou seja, atuam em receptores 
na membrana celular e também atravessam a membrana atuando em núcleo celular 
fazendo transcrição gênica. 
A glândula tireoide é altamente vascularizada, apresenta inervação: 
l Parassimpática: Reduz produção de hormônios e produz NO induzindo vasodilatação. 
l Simpática: Modula fluxo sanguíneo e determina maior liberação e produção dos 
hormônios. 
 
Seu funcionamento se dá através de: 
Hipotálamo 
 TRH 
Adeno-hipófise 
TSH 
 Tireóide T3 
 
 T4 
→ TRH e TSH têm ritmo circadiano além de pouca meia vida. 
A tireoide recebe um débito cardíaco de 1%, ou seja, isto é bastante já que a glândula pesa 
apenas 15g e recebe um fluxo sanguíneo de 50 ml/min. Ela depende da circulação para 
retirar iodo para a biossíntese do seu hormônio. 
O iodo é transforma no trato gastro intestinal em iodeto podendo ser excretado através 
dos rins e enviado (aproximadamente 20%) para a tireoide. 
 
a Bócio: Pode ocorrer em casos de hipotireoidismo causados por déficit de iodo para 
a produção de T3 E T4, nosso organismo através da alça de feedback negativo 
estimula hipotálamo que através do TRH estimula a adeno-hipófise a produzir TSH, 
com isso aumentando a atividade da tireoide e consequentemente aumentando os 
níveis de produção de tireoglobulina, com isto ocorre uma hiperplasia, um acúmulo de 
tireoglobulina no coloide, isto leva a um arraste de água, a falta de iodo para 
organificar a tireoglobulina, provoca estoques muito grandes dessa proteína, que 
por ser osmoticamente ativa, carrega água para o coloide, aumentando o tamanho 
da glândula. 
No hipertireodismo também ocorre um aumento, pois ela está altamente estimulada. 
 
Quando ocorre quedas nos níveis de T4 ocorre alteração das alças de feedback, pois ele 
que é o hormônio estocado, gerando um aumento de TRH E TSH muito forte. Uma queda de 
T3 não acarreta mudanças drásticas. 
→ Dosamos TSH e T4 (forma livre) em exames de sangue. 
b TSH Alto → Problemas na Tireóide – Hipotireoidismo primário 
b T4 Baixo e TSH Baixo → Problemas na Adeno-Hipófise – Hipotireoidismo secundário 
 
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Med USF 
b Problemas no Hipotálamo – Hipotireoidismo terciário 
 
T3 livre está dentro da célula, há pouco em plasma. Enquanto isso 0,04% do total de T4 
está livre, o resto está ligado à globulina fixadora de tiroxina, albumina e pré-albumina. 
O T4 tem meia vida maior, porque está fortemente ligado a proteínas plasmáticas. T3 tem 
meia vida menor, mas é muito mais potente. 
As HT se apresentam ligadas a proteínas transportadoras plasmáticas, as quais determinam 
a porcentagem do hormônio livre (que exerce o efeito biológico) presente na circulação. 
Os hormônios da tireoide são pouco hidrossolúveis, o transporte dos hormônios depende da 
sua interação com proteínas específicas,TBG, TTR e albumina. A TBG e a TTR tem mais 
afinidade pelo T4 e a albumina se liga tanto ao T3 como ao T4. Quando os hormônios se 
dissociam das proteínas transportadoras, adquirem a forma livre, tornando-se disponíveis 
por, um curto período de tempo, para os tecidos alvos. 
O HDL e lipoproteínas também podem transportar hormônios tireoidianos. 
 
Transformação de T4 em T3 
Existem três enzimas que participam do metabolismo de transformação de T4 em T3 ou 
T3r, ou até mesmo em T2 e T1 para deixá-los na forma inativo. São chamadas de 
desiodases: D1, D2 e D3. 
A enzima D1 tem a função de quebrar T4 em T3 ativo para que outros tecidos dependentes 
de T3 utilizem esse hormônio. Ela é uma enzima para exportação. Está situada no fígado, 
rins, tecido muscular e leucócitos. 
→ Stress diminui D1 e T3 circulante. Hipotireoidismo diminui atividade de D1, pois órgãos 
como fígado, músculo e rins devem manter o T3 estocado para uso próprio e dessa forma 
manter o seu metabolismo, ou seja maior retenção e menor exportação. 
A enzima D2 faz a transformação de T4 em T3 para uso próprio do tecido. Está situada 
em sistema nervoso, placenta, músculo cardíaco e tecido adiposo marrom (faz papel de 
aquecer a criança). Esse tecido tem uma enzima desacopladora da cadeia respiratória, as 
quais impedem a formação do gradiente de H+ necessário para que ocorra síntese de ATP, 
o que permite dissipação de energia (perda de calor), por isso peito, nuca e região de 
adrenal do recém-nascido servem para seu controle térmico. Está aumentada em casos de 
hipotireoidismo. 
A enzima D3 está ligada a desiodação específica para a eliminação do hormônio que perdeu 
vida útil, ou seja, degrada hormônios, situada em fígado e rins. Protege os tecidos do 
excesso de T3, maior quantidade elevada em casos de hipertireoidismo (pois a atividade é 
aumentada e é necessário à degradação destes) e está aumentado no período embrionário. 
 
A síntese do TSH é estimulada por conta de adrenalina, noradrenalina, ADH e estrogênio 
(Nas mulheres, geralmente aparece o hipotireoidismo na menopausa por conta dos baixos 
níveis de estrogênio), 
A somatostatina, dopamina e glicocorticoides, neuropeptídeo Y e GRP (sinalização de 
estoques de energia baixos) inibem a produção de TSH pela adeno-hipófise. 
 
R e s u m o : M a r i n a 
 
Med USF 
O TSH aumenta a síntese de fatores de crescimento, aumenta a síntese de TG e de 
enzimas envolvidas na síntese de HT e aumenta a atividade de das microvilosidades da 
atividade lisossomal. 
→ Na gravidez ocorre o aumento de concentrações de estrógenos circulantes causa 
redução da taxa de metabolização das proteínas transportadoras de HT. 
 
O TRH aumenta a produção de prolactina, GH e ACTH e aumenta a transcrição de TSH. 
→ No frio com a diminuição do metabolismo ocorre uma ativação tireoidiana para que 
ocorra a geração de calor. 
No núcleo paraventricular hipotalâmico sintetiza TRH e nele não existem enzimas D2, por isto 
neste local temos astrócitos, células ependimárias, tanicitos e núcleo arqueado convertem 
T4 em T3, ou seja, fazem a desiodação sinalizando para o NPV a síntese de mais hormônios 
ou não. 
O TRH é um hormônio proteico com receptores de membrana, ativando a proteína G, 
desencadeando uma cascata de eventos que acarreta em estímulos dos núcleos das células 
para produção de TSH e a liberação de Ca2+ do retículo (para fazer a exocitose). 
Em excesso no sistema nervoso altera padrão de sono, produz anorexia (ausência de 
apetite), aumenta degradação de noradrenalina, aumenta atividade AcH (determina sono 
REM), aumenta PA e protege contra choque espinal. 
 
Transporte de T3 e T4 
 
Estes hormônios T3 e T4 atravessam a membrana, é uma difusão passiva, pois são 
lipofílicos, T4 ao chegar no interior da célula se transforma em T3 e faz síntese proteica 
atuando em núcleo. 
Eles também podem chegar lá através de ânions orgânicos: NTPC e OATP, que são proteínas 
de membrana que podem levar T4, T3 e T3r para o interior da célula. 
NTCP se expressa no fígado e no SNC. O OATP se apresenta na maioria dos tecidos e o mais 
presente em SNC, especializado em levar T4 através da barreira hematoencefálico, está 
presente nos capilares dos astrócitos. 
Este OATPC1 leva os T4 para o interior dos astrocítos para a conversão, e o MCR8/MCR10 
(transportadores de aminoácidos) leva os T3 para o mesmo local. Estas proteínas são 
importantes para este transporte dentro de SNC. 
→ Problemas nestes receptores causa retardamento por falta de T3. 
Depois de entrar nos astrócitos há a utilização de receptores inespecíficos para que estes 
hormônios cheguem a outras células. São polipeptídeos transportadores de ânions orgânicos 
que se ligam ao sódio com outras substâncias, estão expressos em fígado, sistema nervoso 
e outros locais. Eles basicamente permitem que os hormônios da tireoide entrem nas células. 
 
Existe um conjunto de células de membrana denominada integrinas, as quais desencadeiam 
efeitos rápidos do T3 e T4, são denominados alfaVbeta3. Estes os hormônio se linkam a 
membrana, ativando uma cascata rápida de eventos que independe de síntese proteica. 
S Aumenta atividade de calmodulina (contração do músculo liso). 
 
R e s u m o : M a r i n a 
 
Med USF 
S Ativa transportadores iônicos de miócitos e cardiomiócitos. 
São efeitos imediatos de metabolismo (atividade de bomba, de captação de glicose, 
remodelação da actina e etc...). 
 
Funções Gerais: 
A função básica dos hormônios é o aumento do metabolismo basal: 
M Manutenção Temperatura Corporal: Isto acontece, pois os hormônios da tireoide 
atuam em tecido adiposo marrom que gera calor atuando em Ciclo de Krebs, 
fazendo o desacoplamento mitocondrial (aumenta expressão de proteína VCP que 
impedem a formação do gradiente de hidrogênio necessário para a síntese de ATP, 
dissipando a energia em forma de calor) e hidrólise de ATP. 
M Ciclos Fúteis: Determinam anabolismo e catabolismo, produção e quebra rápida de 
substâncias como lipídeos, carboidratos e proteínas, gerando calor e hidrólise de 
ATP. 
M Transcrição de genes para a codificação de ATPases: Estimula esta atividade de 
ATPases (Bombas de Na+ e K+, cálcio e Serca) as quais são dependentes de calor. 
o Hipotireoidiano: Baixa tolerância ao frio. (Vasoconstrição periférica [impedir 
perda de calor], palidez, ressecamento de pele e enfraquecimento de 
cabelos e unhas [baixa nutrição de tecidos pilosos e epiderme]). 
o Hipertireoidiano: Baixa tolerância ao calor. (Vasodilatação e cabelos e unhas 
brilhantes). 
M Metabolismo de Lipídeos: Estimula lipogênese no fígado, tecido adiposo e glândula 
mamária. Estimula lipólise nos mesmos tecidos só que de forma mais eficiente, 
estimula também síntese e degradação de colesterol. 
M Metabolismo de Proteínas: Anabolismo e catabolismo, estas funções dependem do 
substrato orgânico. 
o Sem Substrato: Catabolismo (é mais importante fazer gliconeogênese e 
manter a energia, e degrada massa muscular). 
o Com Substrato: Anabolismo 
→ Hipertireoidianos: Diminuição de síntese proteica, depressão proteica. 
→ Hipotireoidianos: Sem hormônio a síntese proteica é diminuída, depressão 
proteica. 
Evidente a fraqueza muscular em músculo estriado esquelético em ambos os 
casos. 
M Metabolismo de Carboidratos: Estimula a absorção intestinal de glicose, estimula 
gliconeogênese (produção hepática de glicose), aumenta utilização de glicose nas 
células, estimulam formação de GLUT (tecido adiposo branco, marrom, músculo 
estriado esquelético e cardíaco), intensifica a ação da Nadr na glicogenólise e 
potencializa a ação da insulina (hormônios da tireoide são hipoglicemiantes). 
M Crescimento e Desenvolvimento: Atua em ossos através do desenvolvimento do 
esqueleto, maturação e regulação do metabolismo. Estimula osteólise e osteogênese 
com a produção de osteocalcina. Aumenta a expressão de GH (melhorar aagilidade, 
 
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Med USF 
potencializa a ação), estimulação de transcrição de receptores para GH, 
consequentemente afetando a produção de IGF. 
→ Em Hipertireoidianos pode ocorrer osteoporose. 
M Efeitos Sistêmicos: 
n Sistema Nervoso Central: No período natal/neonatal ocorre multiplicação 
celular, sinaptogênese, mielinização e vascularização do SNC. No adulto 
mantém o SARA e aumenta sensibilidade a catecolaminas que são 
estimulantes da atividade neuronal. 
n Pulmão: Estimula a produção de surfactante 
→ Hipotireoidiano: Resiste mais sem oxigênio, pois seu metabolismo é mais 
baixo 
→ Hipertireoidiano: Metabolismo mais elevado, apresenta maior produção de 
C02 o que determina aumento de frequência e profundidade respiratória, o 
que leva a maior consumo de oxigênio. 
n Coração: Aumento de frequência de contração, força de contração e 
manutenção de pressão arterial. Isto é causada pela síntese de miosina, 
aumento de expressão de SERCA, aumento de débito cardíaco e quantidade 
de receptores Beta adrenérgico. 
→ Hipertireoidiano: Aumento de frequência cardíaca, menor resistência 
vascular periférica, aumento de pressão sistólica e diminuição de pressão 
diastólica. A PA não se altera normalmente por conta de vasodilatação. 
→ Hipotireoidiano: Diminuição de frequência cardíaca e de pressão arterial, 
alta vasoconstrição periférica para sustentar temperatura, podendo 
apresentar hipertensão, aumento de resistência vascular periférica. Alguns 
autores dizem que por conta de D2 temos uma rigidez em artérias. 
O mesmo ocorre em músculo estriado esquelético, fazendo-o trabalhar 
melhor. 
 
D Tabelo Do Hipotireoidismo: 
Excesso de Iodo: inibe a produção de peroxidase (ou seja, iodo não se liga à tireoglobulina). 
 
Primário Secundário Terciário 
↑TRH ↑ TRH ↓TRH 
↑TSH ↓TSH ↓TSH 
↓T3 e T4 ↓T3 e T4 ↓T3 e T4 
 
→ Obs: Pode ocorrer edema de face por conta de aumento de 
concentrações de ácido hialurônico, sulfato e proteínas. Estas substância 
são osmoticamente ativas. 
 
 
R e s u m o : M a r i n a 
 
Med USF 
F São sintomas do hipotireoidismo: intolerância ao frio, obesidade, fraqueza muscular, 
déficit de crescimento nas crianças, dificuldade de aprendizagem e sonolência, 
depressão, retardamento mental quando é do tipo congênito e não tratado, 
constipação, menor velocidade de contração muscular e inchaço, diminuição de 
peristaltismo. 
F São sintomas de hipertireoidismo: intolerância ao calor, perda de peso, exolftalmia 
(aumento da produção de proteínas em região extraocular e intraocular, retendo 
mais líquido e fazendo com que o olho salte), cansaço (metabolismo está muito alto 
e o indivíduo não consegue dormir direito, devido ao SARA constantemente ativado), 
coceira [prurido] (devido à vasodilatação) fraqueza muscular, insônia, alerta 
contínuo, débito cardíaco aumentado, pressão diastólica menor, pressão sistólica 
maior, hiperventilação e aumento da profundidade respiratória, músculo contrai mais 
rápido e perda de massa óssea. 
 
 
Aula Iv 
Adrenal 
As glândulas adrenais ou supra-renais localizam-se acima dos rins, é dividida em: 
d Córtex Adrenal: sintetiza hormônios esteroides. 
d Medula Adrenal: sintetiza catecolaminas, adrenalina e noradrenalina. 
As adrenais recebem, por grama de tecido, um dos maiores fluxos sanguíneos do organismo. 
Seu córtex apresenta três zonas as quais produzem: 
S Zona Glomerulosa: mineralocorticoides. Ex: Aldosterona 
S Zona Fasciculada: glicorticóides. Ex: Cortisol. 
S Zona Reticular: esteróides sexuais. Ex: Andrógenos 
Os hormônios produzidos pelo córtex da adrenal são formados a partir do colesterol, o 
qual é o precursor para a síntese destes. As LDL interagem com receptores específicos de 
membrana nas células corticais e, em seguida, são internalizadas e degradadas pelos 
lisossomos liberando o colesterol livre que é utilizado na estereogênse. Nas zonas do córtex 
existem enzimas específicas para a hidroxilação, estas partem do citocromo P450 e estão 
localizadas nas mitocôndrias ou retículo endoplasmático liso das células adrenocorticais. 
Assim, na glândula adrenal o colesterol é metabolizado podendo formar aldosterona, cortisol 
e andrógenos. 
Regulação de Secreção: 
A secreção de cortisol é regulada pelo eixo hipotálamo-hipofisário. Células da adeno hipófise 
conhecidas como corticotropos liberam o hormônio liberador adrenocorticotrópico (ACTH) 
ou corticotropina, cujas síntese e secreção dependem da ação de um neuropeptídeo 
hipotalâmico, o hormônio liberador de corticotropina (CRH). 
O ACTH secretado em resposta ao CRH é transportado pelo sangue até as células adeno-
corticais, onde encontra seus receptores, local que também estimula a síntese e liberação 
de cortisol. 
 
Essa ACTH tem atuações nas zonas corticais da seguinte forma 
o Glomerulosa: Ação permissiva a qual permite a produção da aldesterona se 
necessário. 
o Fasciculada: Produz Cortisol 
o Reticulada: Produz hormônios sexuais. 
 
 
 
CRH: 
É o hormônio liberador de corticotropina, é um hormônio peptídico pois é um sinalizador. 
Seus neurônios são do núcleo para ventricular, seus receptores estão em receptores de 
células da hipófise denominadas corticotrópicos. Seus receptores de membrana dão a 
resposta com a liberação de ACTH, os quais permanecem estocados em grânulos e quando 
estimulados são liberados e sintetizados. 
Possui receptores em diversos locais do SNC e em células do sistema imunológico, e em 
situações de stress ativam o sistema hipotalâmico-hipofisário. 
Nos corticotropos da hipófise anterior, existe um gene denominado POMC, que é a molécula 
precursora do ACTH. Quando ele é expresso, gera um pré-pró-hormônio no qual existe um 
fragmento peptídico denominado ACTH, liberado após a transcrição. 
→ O POMC também controla a produção de endorfinas. 
Na síntese do ACTH há também a produção de ligantes de receptores de melanócitos, que 
são melano-estimulantes, são neurônios neuroestimulantes que dão uma cor mais forte a 
pele. Em algumas patologias quando ocorre uma enorme síntese de POMC E ACTH, O ACTH se 
liga a receptores de melanócitos, ocorrendo uma hiperpigmentação. 
 
Secreção de ACTH: 
O cortisol é sintetizado pelo ACTH, tem receptores em rim, fígado, tecido adiposo e 
muscular, linfócito, SNC e TGI. Ele não é estocado, pois é um esteroide. 
Apresenta um ritmo circadiano de produção, é utilizado e produzido diariamente para a 
homeostasia. Sua síntese é feita 2-4h antes do despertar de uma pessoa (atingindo sua 
maior concentração plasmática), mas pode ser encontrado durante o dia também em 
menores quantidades. 
 
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Med USF 
O ciclo de cortisol com a cegueira, perda de consciência ou falta de ciclo claro e escuro. Ele 
faz um bloqueio de CRH por retroalimentação negativa, inibindo também a síntese de ACTH 
armazenado em vesículas. 
→ Antinflamatórios estereoidais análogos ao cortisol: Fazem o bloqueio do eixo com 
diminuição dos níveis de CRH e ACTH ou cessa estes níveis. Uma interrupção abruta faz com 
que exista uma falta de produção de cortisol já que o feedback negativo estava agindo e 
sendo sustentado, dessa forma sem o remédio leva um tempo para voltar a produção e os 
níveis voltarem ao normal. Ex: Dexametasona. 
 
Produção do ACTH: 
 
Estímulo Inibição 
CRH Diminuição de Cortisol 
Diminuição de Cortisol Encefalinas 
Transição Sono-Vigília Opióides 
Estresse ACTH 
ADH Somatostatina 
Serotonina GABA 
AcH 
 
Quando o ACTH encontra um receptor nas células da adrenal tem um efeito final de 
produção de cortisol, os hormônios produzidos pelo córtex adrenal são formados a partir 
do colesterol, que é o precursor de todos os hormônios esteroides. A principal fonte de 
colesterol na adrenal é a partir das lipoproteínas de baixa densidade (LDL). Estas LDL 
interagemcom receptores específicos de membrana nas células corticais, e em seguida, são 
internalizadas e degradas pelos lisossomos secretando o colesterol livre, o qual pode ser 
utilizado para a esterogênese. 
Nas células da zona do córtex da adrenal existem enzimas que fazem parte do citocromo 
P450 localizadas em mitocôndrias e retículo endoplasmático liso as quais fazem a 
metabolização do colesterol podendo formar aldosterona, cortisol ou andrógenos. 
O ACTH tem alguns efeitos de curto, médio e longo prazo antes de chegar ao seu produto 
final, o cortisol: 
B Curto Prazo 
1. Ativação da Colesterol-esterase: libera o colesterol esterificado 
2. Aumenta transporte de colesterol para a mitocôndria 
3. Aumenta ligação do colesterol ao citocromo 
4. Produção de pregnenolona (precursor comum dos hormônios esteroides) 
 
B Médio Prazo 
1. Aumento da transcrição de genes que transcrevem as enzimas de transporte da 
pregnenolona 
 
B Longo Prazo 
1. Manutenção de organelas do córtex da adrenal 
 
Hormônios Mineralocorticoides: 
! Aldesterona 
O seu nome de mineralocorticoide é por conta da sua composição de um anel 
esteroide e de sua função de relação com balanço de íons. A aldosterona é o 
principal hormônio mineralocorticoide que é produzido na zona glomerulosa e tem 
ação renal onde aumenta a absorção e retenção de sódio e água e excreção de 
potássio. 
→ É muito importante em casos de hemorragia e hipovolemia 
A angiotensina e um aumento de potássio e redução de sódio induzem a produção 
de aldosterona. O ACTH tem apenas ação permissiva. 
! Androgênios Adrenais DHEA e Androstenediosa: 
São produzidos na zona reticular e apresenta fraca atividade em homens, nas 
mulheres está ligada ao crescimento de pelos púbicos, axilares e libido. 
Hormônios Glicocorticoides: 
! Cortisol: 
Não é estocado, circula ligado a uma proteína citoplasmática: albumina ou 
trancortina (específica para o cortisol) e apresenta também porção livre no 
interior das células (fração de uso). A proteína garante que o hormônio não seja 
metabolizado e aumenta a meia vida do hormônio. 
→ Em gestantes há uma alta produção de transcortina e aumento de estoque de 
cortisol ligado a proteínas 
 
Tabela da Atividade Biológica em relação ao cortisol 
 
Estas atividades estão ligadas ao fato dos glicocorticoides fazerem a mobilização de 
glicose enquanto que os mineralocorticoides fazem o balanço de íons com retenção de 
 
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Med USF 
sódio. Quando o corticoide apresenta atividade mais similar ao cortisol ela é denominada 
glico, caso for com a aldosterona, é denominada glico. 
 
As substâncias podem atuar como glicocorticoide e mineralocorticoide, por exemplo, em uma 
célula renal os receptores dentro delas são muito similares, pois os ligantes são parecidos, 
pegamos o exemplo de um receptor de mineralocorticóde. O cortisol é lípede, então ele pode 
se difundir por todos os tipos celulares. Toda manhã temos uma produção circadiano de 
cortisol, o cortisol está na corrente sanguínea, caso ele entrasse nessa célula, teria uma 
capacidade fraca de gerar uma reposta mineralocorticoide. 
Nós não retemos sódio de manhã quando acordamos por conta do nosso pico de cortisol, 
pois a célula desenvolveu um mecanismo para não deixar o cortisol encontrar o receptor 
mineralocorticoide da aldosterona e não ocorrer ligação cruzada. A enzima hidroxilase 11-β-
HSD2 transforma o cortisol em cortisona (morfologia diferente, forma inativa do cortisol), 
desse jeito a molécula não se liga ao receptor, protegendo-o de uma ligação inadequada, 
assim não evoca retenção de sódio pela manhã. A cortisona depois disso volta a circular e 
ao encontrar um alvo de glicocorticoide, encontra a variante da enzima hidroxilase 11-β-HSD1 
que a transforma novamente em cortisol para que desempenhe a sua função se ligando ao 
sua função. 
 
Os corticoides envolvem os receptores onde ocorre a ligação, desligando a proteína de 
choque térmico denominada chaperona, e quando ela é desligada há a formação de um 
dímero que migra para o material nucelar com a síntese de proteínas e transcrição de 
genes ocorrendo um efeito de longo prazo (efeitos genômicos) e efeitos metabólicos (não 
genômicos). 
 
Efeitos Metabólicos do Cortisol 
Os glicocorticoides determinam respostas metabólicas e cardiovasculares ao estresse e 
evitam reações inflamatórias e imunológicas exacerbadas, parte destes efeitos não é 
mediada pela ação direta e sim por meio de seu papel permissivo, ou seja, são hormônios que 
agem na maquinaria enzimática intracelular, preparando os tecidos alvos a responderem de 
forma mais eficiente a outros hormônios. 
K Ação no metabolismo de carboidratos 
Estímulo da gliconeogênese hepática, ou seja, a conversão de derivados não-
glicídicos em carboidratos. Diminui a utilização periférica de glicose por inibir o 
transporte de glicose para o interior das células. Exerce uma função antagônica a 
da insulina, inibindo o efeito estimulador deste hormônio na captação de glicose pelo 
músculo esquelético e tecido adiposo e seu efeito supressor na produção de glicose. 
Liberação de glicose para uso em vias energéticas, o fígado capta e converte 
aminoácidos em glicose no fígado, eles podem vir dos músculos e vão até os 
hepatócitos. 
Ocorre estoque de glicogênio no fígado também. 
O cortisol disponibiliza a glicose depois de um período de jejum, ou seja, ela não é 
estocada para formar reservas. 
 
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Med USF 
Quando há um excesso de cortisol existem níveis altos dele como os de insulina. Este 
cortisol prejudica a da outra substância, acarretando uma resistência periférica, 
glicemia alta podendo levar a diabetes. 
 
K Ação no Metabolismo de Proteínas 
Estimulam a degradação de proteínas intracelulares e inibição da síntese proteica 
em praticamente todos os órgãos, à exceção do fígado. 
Está associado à fraqueza muscular, perda de massa magra, atrofia muscular, isto 
ocorre porque o cortisol é um hormônio catabólico no metabolismo de proteínas. 
Inibição da síntese proteica em tecidos extra-hepáticos para assim utilizar os 
aminoácidos como fonte de glicose. Um excesso de cortisol causaria uma diminuição 
da massa magra. 
 
K Ação no Metabolismo de Lipídeos 
Aumenta a mobilização de ácidos graxos livres e glicerol do tecido adiposo para que 
sejam transformados em glicose. E indiretamente tem ação lipolítica de hormônios 
como o glucagon, GH e a adrenalina. 
O glicerol liberado é captado pela célula hepática e convertido à glicose através de 
gliconeogênese, os ácidos graxos passam a ser utilizados como substratos 
energéticos pelos tecidos periféricos, poupando a glicose para os neurônios. 
O cortisol também promove a síntese de lipídeos ou lipogênese, dependendo do 
substrato energético fornecido pela alimentação. Ocorre em situação crônica. 
Em situação aguda ocorre lipólise para se obter energia. 
O cortisol estimula apetite e ingestão calórica, pois faz a síntese do neuropeptídeo 
Y que controla a fome. 
 
 
K Ação no Metabolismo de Mineral 
Os glicocorticoides em excesso na circulação causam osteopenia e o osteoporose. 
Estes efeitos devem-se ao fato de ocorrer ações inibitórias da função dos 
osteoblastos com consequente redução de colágeno e matriz óssea. 
Inibem a absorção de cálcio intestinal, aumentam a sua excreção e estimula a 
formação de osteoclastos. 
 
K Ação nos Sistemas Cardiovascular e Renal 
Aumenta a resposta contrátil do coração. Mantém a integridade e a responsividade 
contrátil dos vasos sanguíneos às catecolaminas. Faz a manutenção da pressão 
arterial. 
O cortisol é importante para a manutenção da função normal dos rins por 
estimular a filtração glomerular e a excreção de água livre, importante em casos de 
sobrecarga hídrica ao atuar em receptores de glicocorticoides. Caso atuem em 
receptoresde mineralocorticoide acaba retendo sódio e água. 
 
R e s u m o : M a r i n a 
 
Med USF 
Em quadros de IA, ocorre diminuição da resistência periférica devido a 
vasodilatação generalizada e consequente queda da pressão arterial. 
 
K Ação Antiinflamatória 
O cortisol diminui as respostas celulares e vasculares do processo inflamatório: 
hiperemia, dor e infiltração leucocitária. Respostas genômicas das células, são muito 
potentes e lentas. 
Os glicorticóides produzem a lipocortina que inibe a ação da fosfolipase A2, que é a 
enzima responsável pela formação do ácido araquidônico e COX-2 que são os 
precursores agudo das prostaglandinas, os tromboxanos e os leucotrienos. 
Reduzem a expressão de genes que codificam a síntese de diferentes citocinas e da 
COX-2, a enzima que orienta a síntese das prostaglandinas. 
Desta forma inibem o aumento da permeabilidade capilar que ocorre durante a 
inflamação e também reduzem a proliferação dos fibroblastos. 
As prostaglandinas fazem parte da resposta inflamatória (resposta autocontrolada 
para ocorrer o conserto da lesão), febre e modula resposta a dores. 
 
K Ação Imunossupressora 
Os glicocorticoides são também utilizados como agentes imunossupressores no 
tratamento de diversos distúrbios alérgicos, na profilaxia da rejeição de órgãos e 
em algumas doenças auto-imunes. Exercem efeitos inibitórios em vários aspectos da 
resposta imunológica. A produção de anticorpos também é inibida indiretamente 
pelos glicocorticoides. Eles inibem citocinas, mas as citocinas inflamatórias estimulam 
a liberação de cortisol. Seus efeitos adversos são um aumento da susceptibilidade 
do indivíduo a infecções, retardo da cicatrização normal de feridas pós-cirúrgicas e 
diabetes. 
 
K Ação no Desenvolvimento Fetal 
Age em células alveolares, os pneumócitos do tipo II, estimulando a síntese de 
surfactante, assim, glicocorticoides são administrados em casos de síndrome de 
angústia respiratória. 
Além disso, faz desenvolvimento de SNC, pele, retina e TGI nos fetos. 
Em casos que a gestante terá um parto prematuro, ocorre uma suplementação com 
cortisol para tentar adiantar o desenvolvimento fetal. 
 
K Outras Ações 
Inibe a síntese de colágeno, acarretando em fragilidade de vasos, flacidez de pele. 
Inibe a formação de fibroblastos. 
O cortisol tem um efeito ionotrópico, aumentando a quantidade de AcH na junção 
neuromuscular, aumentando a força da musculatura esquelética, é o que nos auxilia 
ao nos levantar pela manhã. Contudo um excesso pode levar a um comprometimento 
de massa magra por conta da proteólise e gliconeogênese a partir destes 
aminoácidos. 
Estimula eritropoietina que faz a produção de hemácias. 
Tem ação no SNC em relação ao comportamento e humor, diminuem sono REM e 
pode acarretar em psicose franca, deixando o indivíduo agressivo e com insônia. 
Um excesso inibe função reprodutiva e também pode acarretar em crises 
hipertensivas. 
 
Patologias do Cortisol 
% Síndrome de Cushing: Excesso de Cortisol 
Sintomas: Giba de búfalo (coxins de gordura no dorso), deposição de 
gordura visceral e facial, aumento da circunferência da cintura. 
Pele frágil, estrias na barriga, fragilidade vascular (facilita o aparecimento 
de hematomas), perda de massa magra, fraqueza muscular, osteoporose, 
tendência a hiperglicemia, aumento do apetite, aumento da susceptibilidade 
de infecções oportunistas, obesidade, retenção de sódio e água. 
 
 
 
% Síndrome de Adisson: Falta de Cortisol 
Sintomas: Hiperpigmentação (manchas em região de mucosa e outras 
regiões), hipoglicemia, fraqueza, constipação, perda de peso, redução de 
apetite, hipotensão postural (perda cardiovascular importante e de 
catecolaminas), aparência de pelos em outras regiões se dá por conta de 
uma falência adrenal completa (perda de androgênios) assim como 
hiponatremia e hipopotassemia. 
 
o Hiperpigmentação: Isso acontece porque na ausência de cortisol, há 
aumento da produção de CRH e ACTH por feedback, que tenta 
aumentar produção de cortisol. O excesso de CRH passa a 
transcrever muitos genes pró-opio-melanocortina, que dá origem ao 
hormônio melanoestimulante. 
 
 
Quando a síndrome é causada por falência de adrenal, os níveis de ACTH 
estarão altos. Pode também ser causada por deficiência na produção de 
CRH (problema no hipotálamo) ou deficiência de ACTH (problema na hipófise 
anterior). Aumento de ACTH em Cushing secundário. 
 
Deficiência de Cortisol Excesso de Cortisol 
↓ Glicemia no jejum ↑ Glicemia 
↓Degradação de proteínas 
↓Gliconeogênese 
↓Glicemia no jejum 
↑Lipídeos no sangue 
Obesidade 
Redistribuição de gordura corporal 
Perda de Peso Perda de Massa Magra 
Vasodilatação, Hipotensão Hipertensão 
↓ Volume plasmático 
↓Sódio Plasmático 
↑Potássio plasmático 
↑Volume plasmático 
↑Sódio Plasmático 
↓Potássio plasmático 
 
Propensão a doenças auto-imunes Resposta Inflamatória reduzida 
Diminuição da formação de tecido fibroso 
Maior susceptibilidade a infecções 
↓Número de hemácias 
↑Linfócitos no sangue 
↑Número de hemácias 
↑Linfócitos 
↓Leucócitos no Sangue 
 
Anorexia e Fadiga Euforia e Depressão 
Secreção de ACTH aumentada 
Pigmentação de pele 
Secreção de ACTH reduzida 
Em cushing é aumentado 
 
R e s u m o : M a r i n a 
 
Med USF 
A aldosterona não se altera em casos de aumento de ACTH, pois a ação dela é apenas 
permissiva, deve-se alterar a angiotensina para obter uma alteração no eixo. 
 
Hiperpigmentação ocorre em Cushing Secundário. 
 
Aula v 
Pâncreas Endócrino 
O pâncreas apresenta duas porções, a endócrina que utiliza a vasculatura como meio de 
transporte, para separar da parte exócrina que lança as secreções do duodeno. 
Glucagon e Sistema Nervoso Simpático junto com GH e Cortisol fazem o controle do 
metabolismo energético, se estamos em estocagem ou liberação do substrato energético. 
Por isso classificamos em dois estados o nosso organismo: 
! Absortivo: Está ocorrendo a absorção de nutrientes, pós brandial, prioriza a 
estocagem e faz com que guardemos os excessos pois os substratos energéticos 
estão altos. 
! Pós Absortivo: É um período interdigestivo com liberação de estoques para 
manutenção da glicemia. Ação antagônica a da insulina 
 
Adrenalina: 
Quando entramos em estados pós-absortivos, e entramos em estado hipoglicemico, há uma 
liberação maciça de adrenalina, ela inibe a liberação de insulina (α2) e ocorre a estimulação 
do glucagon (β1). 
Ela também faz a lipólise no tecido adiposo (β1), ela serve para uma geração de energia 
independente da disponibilidade de glicose. Também ocorre a gliconeogênese e a glicogenólise 
(quebra de glicogênio no fígado) através de receptores nos hepatócitos (α2 e β2). 
A adrenalina tem uma ação hiperglicemiante. 
 
Pâncreas: 
Este órgão apresenta ilhotas pancreáticas que são ricamente inervadas por fibras 
provindas do sistema nervoso autônomo e inervação peptidérgica, elas produzem insulina e 
glucagon. Estes hormônios são antagônicos, juntos fazem o balanço com o destino dos 
substratos metabólicos e energéticos (glicose, ácidos graxos livres e aminoácidos para 
suprimento) em estado basal ou durante exercícios. 
O pâncreas apresenta localização estratégica, assim seus hormônios são secretados na veia 
pancreática que cai no sistema porta hepático, assim o fígado é o primeiro órgão que 
recebe as substâncias do pâncreas, acarretando em um metabolismo de primeira passagem 
(reação metabólica que pode acontecer, mudança da morfologia da molécula, podendo 
perder atividade). 50% da insulina liberada já é metabolizada pelo fígado através da 
insulinase hepática, acabando com a atividade dessa proteína. 
A porção endócrina do pâncreas ocupa de 1-2% da porção do órgão através das ilhotas, 
estas possuem determinados tipos de células: 
I Células Beta (75%): Produzeminsulina, amilina e pancreatina. (Localizadas no centro 
das ilhotas, ou seja, a insulina tem sinalização parácrina). 
I Células Alfa (20%): Produzem glucagon. 
I Células D: Produzem somatostatina. 
I Células PP: Produzem peptídeos pancreáticos. 
I Células Epsilon: Controla Grelina (saciedade) 
 
As ilhotas são altamente vascularizadas, recebendo 10% do suprimento pancreático. Seus 
hormônios são armazenados em grânulos, por exemplo, a insulina está na forma estocada na 
forma pré formada com uma maquinaria de exocitose. 
Desta forma os hormônios principais do pâncreas, a insulina e o glucagon fazem um balanço, 
podendo até coexistir tudo depende de qual predomina e da quantidade de substrato 
energético. 
K No estado alimentado a insulina predomina e promove: oxidação da glicose, síntese 
de glicogênio, síntese de gorduras (lipogênese) e síntese de proteínas. 
K No jejum há ausência de insulina e predominam as ações do glucagon, que promove: 
glicogenólise (quebra da glicose), gliconeogênese e cetogênese. 
Caso medíssemos as nossas concentrações séricas de glicose percebemos que a insulina 
ocorre em picos após as refeições, já o glucagon apresenta níveis sustentados para que 
não tenhamos um estado hipoglicêmico, um padrão de picos não é observado. 
 
 
Insulina: 
A síntese de insulina inicia-se no retículo endoplasmático rugoso, formando inicialmente a 
pré-pró-insulina que dá origem à pró-insulina por clivagem da fosfolipase, esta se cliva e 
origina a insulina e ao peptídeo conector (peptídeo C). A insulina permanece armazenada até 
que um estímulo deflagre a exocitose dos grânulos. 
O peptídeo C é um marcador de insulina, já que ela é metabolizada no fígado. 
A insulina é uma molécula proteica, pertence a família dos IGF’s, tendo uma ação 
importante no crescimento do indivíduo, já que seu receptor é similar ao do IGF 
apresentando ações catabólicas de crescimento celular. 
 
 
 
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WCélula BetaV 
A secreção de insulina se dá através de um aumento de glicemia, desta forma a glicose age 
como sinalizador. Assim quando o aumento da concentração de glicose no LEC (+ 100 mg/dl) 
ocorre a exocitose de insulina. A glicose encontra o GLUT, o transportador de glicose, 
encontrado na membrana da célula beta, que permite a sua entrada na célula. 
Assim a glicose é transportada pelo GLUT-2 que a leva para o interior das células Beta, 
onde ela é metabolizada, originando a glicose-6-fosfato. A metabolização da glicose-6-
fosfato leva à formação de ATP, o que promove o fechamento de canais de K+ ATP 
dependentes, aumentando a retenção de K+, fazendo a despolarização da membrana que 
leva a uma ativação dos canais de cálcio, que se abrem permitindo a entrada de Ca2+ 
desencadeando o potencial de ação. 
O gradiente de concentração que induz a glicose a entrar ou não. 
Ocorre uma fosforilação para que a glicose não escape, e o gradiente não se iguale. 
Esta geração de ATP fecha o canal de K+ (tinha antes vazagem constante). 
 
Absorção de Glicose Células Beta (GLUT2) Aumento de ATP 
 
Exocitose de Insulina Abrem Canais de Ca2+ Fecham Canais de K+ 
 
A insulina tem outras ações como cuidar da estocagem de lipídeos, síntese proteica, entre 
outras. Ácidos graxos também sinalizam para uma excreção de insulina, fazendo o mesmo 
processo da glicose ao sofrer oxidação dentro das células beta. 
 
Sistema Parassimpático Ach Receptores Muscarínicos Célula Beta 
 
Proteína G Fosfolipase C Aumento de Ca2+ Intracelular e Ativa Vias 
de Gliacildicerol 
 Produção de Moléculas de Insulina 
 
Existem receptores na membrana para ácidos graxos apesar de eles serem lipossolúveis, 
estes receptores de lipídeos GPR, fazem com que eles não tenham que entrar na célula 
beta, assim corre uma via de sinalização específica que leva a secreção e produção de 
novas células de insulina. 
 
Adrenalina/Noradrenalina Alfa-2 Adrenérgico Proteína G Inibitória 
 
Inibe Célula Beta 
 
O GLP-1 é um peptídeo do tipo glucagon que é produzido no intestino e vai para o pâncreas 
e estimula as células Beta. Ou seja, durante a alimentação, as células do estômago sinalizam 
a produção desta célula que assim estimula a secreção da insulina. Então substâncias 
similares a este GLP-1 são denominadas incretinas, pois incrementa a produção de insulina. 
 
 
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→ Para tratar a DM tipo II utiliza-se o GLP-1 (molécula peptídica deve ser injetada, caso 
contrário é digerido), pois ele tem uma ação trófica de aumento de atividade de ilhotas. 
As sulfaminorréias são substâncias hipoglicemiantes orais que aumentam também a produção 
de insulina. 
 
Aumento de Secreção de Insulina Diminuição de Secreção de Insulina 
Glicose e Ácidos Graxos Hipoglicemia 
Aminoácidos Jejum 
GLP-1 e Gastrina Somatostatina 
Glucagon, GH e Cortisol Atividade Alfa Adrenérgica 
AcH Liptina 
Resistência a Insulina e Obesidade 
Sulfaminorréias 
 
→ A insulina é liberada por causa de feedback quando Glucagon, GH e cortisol são 
ativados, pois eles são hiperglicemiantes, contudo isso não significa que a insulina exerça 
função metabólica, gera uma resistência periférica nos alvos da insulina, impedindo a sua 
sinalização. 
 
A secreção de insulina é bifásica, pois quando recebemos glicose por via intravenosa a 
glicemia aumenta e observamos somente um pico no aumento de insulina, pois a glicose 
responde com a insulina pré-formada e estocada. 
Quando nos alimentamos e a glicose passa pelo TGI, observamos um pico de insulina, que é a 
pré-formada, esse nível cai, e de 10 minutos a 1 hora temos um outro pico. Então envolve 
dois picos de insulina: uma já armazenada e uma nova que foi sintetizada. 
 
A Insulina é uma molécula proteica que circula livre, tem um tempo de meia vida curto, é 
degrada quando se liga a um receptor de sinalização, e níveis basais baixos. 
 
Mecanismo de Receptores de Insulina: 
O receptor de insulina é uma glicoproteína de membrana que é amplamente distribuído em 
alvos e na maioria das células. 
Quando a insulina se liga ao domínio extracelular, ocorre aproximação de dois receptores, 
que gera uma fosforilação do lado interno do receptor. Quando a parte interna do 
receptor se fosforila, ativa-se a fosforilação de uma família de substratos denominados 
IRSs. 
Há vários tipos de IRSs, pois cada célula tem um tipo predominante de substrato, nos 
hepatócitos predominam os IRS2, nos adipócitos predominam IRS1. Os IRSs são a ponte de 
sinalização entre a ligação da insulina no seu receptor e várias outras vias intracelulares, ou 
seja, os IRSs são parte do caminho da sinalização da insulina. Depois que os IRSs são 
fosforilados, ativa-se a via Akt, que provoca translocação do GLUT4 (dentro da célula) do 
citoplasma para membrana celular. A presença de GLUT4 na membrana da célula significa 
 
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que ela está apta a absorver glicose. Na ausência de insulina o GLUT4 volta para o interior 
da célula, portanto a célula deixa de ser permeável a glicose. 
As IRSs também participam da via RAS/MAPK que faz a mitose de células e a Pi3 quinase 
Akt que é a via metabólica. 
 
WFígadoV 
Os hepatócitos são a célula alvo da insulina, com o aumento da insulina, aumenta-se a 
utilização de glicose. No fígado temos GLUT2 sempre na membrana. 
Com a fosforilação do IRSs e Akt, acarreta em ativações intracelulares: glicocinase 
hepática (transformação da glicose em glicose-6-fosfato, impedindo o acúmulo de glicose 
dentro da célula, favorecendo o gradiente de concentração). O GLUT2 não é translocado, 
o que determina a entrada e saída de glicose é o gradiente. 
A glicose-6-fosfatoé guardada, ou seja, fazemos uma síntese de glicogênio com ela, 
desligando a insulina do seu receptor, interrompendo a ativação da glicocinase por conta da 
alta concentração de glicogênio. 
Aumento da atividade de glicogênio sintase, diminuição da glicogênio fosforilase. 
Ocorre uma glicólise (quebra de glicose) gerando ATP e piruvato (fosfofrutocinase e 
piruvatoanase) ou pode levar o piruvato para uma síntese triglicerídeos, sendo estes 
estocados em tecido adiposo. 
→ Se o organismo perder a capacidade de armazenar os triglicerídeos no tecido adiposo, 
pode começar a armazená-los no próprio hepatócito, levando a esteatose hepática. 
 
W Músculo e Tecido Adiposo V 
São alguns dos principais alvos da insulina, apresentam GLUT4, nestas células quando a 
glicose está alta com a insulina alta, ocorre a ativação das vias e a glicose entra nas células. 
Mesma com a glicose sem a insulina, a glicose continua sem entrar na célula, apenas a 
translocação faz com que ela vá para meio intracelular. 
Quando a insulina está presente no músculo ocorre a oxidação da glicose e síntese de 
glicogênio. 
No Tecido Adiposo a glicose só entra com a sinalização da insulina e é convertida em 
glicerofosfato e depois esterificada como ácido graxo, podendo ser liberados como 
triglicerídeos depois. Neste caso a insulina acaba tendo um efeito adicional no adipócito, ela 
inibe a lipólise, faz lipogênese, ou seja ocorre armazenamento e estocagem. 
 
A insulina induz também: 
K Utilização de aminoácidos 
K Síntese Proteica no fígado e músculos 
K Estimula transporte de sódio 
K Diminui Proteólise 
K Fator de crescimento e ações direta ao crescimento 
K Aumenta a captação de potássio, fosfato, magnésio. 
K Aumenta eletrólitos em rins 
 
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O SNC faz uso de glicose, mas é independente da sinalização de insulina. 
A insulina inibe a liberação de NYP, é um hormônio anorexígeno, pois diminui o apetite. 
A insulina em excesso com uma ingestão excessiva de carboidratos promove expansão do 
tecido adiposo causando um aumento de leptina (anorexígeno). 
→ Tem função de sinalizar a saciedade. Quanto mais tecido adiposo, mais leptina. 
Entretanto em indivíduos obesos, junto com a resistência à insulina, vem resistência à leptina. 
Então, quanto mais obeso, mais resistência à leptina, e o indivíduo não sente saciedade. 
Induz proliferação celular e inibe apoptose. 
Pró-insulina, insulina e IGF-III agem como ligantes de alta afinidade em isoforma-A (IR-A) 
do receptor de insulina, ações mitogênicas. 
 
W Outros Produtos da Célula Beta V 
B Amilina (IAPP): 
-Inicialmente: antagonista fisiológico da insulina por inibir gliconeogênese e promover 
glicólise. (mas hoje o conceito mudou) 
-Recentemente: suprime liberação do glucagon (células α) e, portanto previne 
liberação de glicose hepática, reduz esvaziamento gástrico e estimula centros de 
saciedade no SNC. 
-Liberada numa razão 1:20 (amilina:insulina). 
-Teoria: Forma polímeros – amilóides que são citotóxicos, pois acredita-se que esses 
polímeros levam a célula β a entrar em apoptose. Ou seja, a pessoa que produz 
muita insulina (porque come muito, ou já é obeso e desenvolveu resistência periférica 
à insulina ou a pessoa já nasceu com pré-disposição à diabetes), produz muita 
amilina, então obesos tem maior chance de terem formações citotóxicas de amilina, 
que leva à morte da célula β → não produz mais insulina! 
*Obs: Pré-diabéticos respondem a uma carga glicêmica normal produzindo muita 
insulina. Por isso pré-diabéticos tem mais chances de desenvolver hipoglicemia. Pré-
diabéticos não podem ficar longos períodos de jejum, o ideal é que se alimente de 3 
em 3 horas, pois faz com que o indivíduo tenha carga glicêmica fracionada, e a 
resposta hepática seja mais amena. 
 
B Pancreastina (PST): 
-Derivado da cromogranina A. 
-Inibe a secreção de insulina induzida por glicose. 
-Inibe liberação de glucagon. 
-Inibe secreção acinar. 
-Efeitos metabólicos: induz glicogenólise hepática e lipólise no tecido adiposo. 
 
Glucagon: 
É um hormônio peptídico, sua síntese se inicia no RER onde forma-se inicialmente um pré-
pró-glucagon que origina o pró-glucagon. Durante o transporte dessa molécula através do 
 
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complexo de Golgi para ser empacotada na forma de grânulo, o pró-glucagon dá origem ao 
glucagon que permanece armazenado até que um estímulo deflagre a exocitose. 
O principal estímulo da secreção de glucagon é a glicemia, o aumento da concentração de 
glicose no sangue inibe a secreção de glucagon. 
Sistema nervoso autônomo, hormônios, ácidos graxos e aminoácidos podem interferir na 
secreção deste hormônio. 
O glucagon possui ações restritas no fígado, e no jejum prolongado as concentrações de 
glucagon na circulação sistêmica atingem valores suficientes para uma provável ação em 
outros tecidos. 
Ele induz a degradação hepática de glicogênese, fazendo glicogenólise (ativação de 
glicogênio fosforilase) e estimula a gliconeogênese, aumentando a liberação de glicose pelo 
fígado. Inibe lipogênese (expansão do tecido adiposo e uso de FFA para obter energia). 
 
O glucagon é armazenado em grânulos e liberados por estímulos, estes podem ser: 
hipoglicemia, aminoácidos (na ausência de glicose), jejum e exercício, estresse, etc... 
→ Quando a refeição é proteica há uma coliberação de insulina e glucagon, pois não 
existem carboidratos para serem armazenados, assim evitamos uma crise hipoglicêmica. 
Glucagon tem efeito combinado com a adrenalina em resposta a hipoglicemia. 
É um hormônio catabólico que inibe síntese proteica, fazendo proteólise (sem perda de 
massa magra). 
Induz lípase hormonosensivel, perilipina, que faz lipólise de ácidos graxos para serem 
transformados em energia. 
 
Células D: 
Produção de somatostatina. A ingestão de alimentos libera a somatostatina (glicemia alta, 
aminoácidos, etc...). Apresenta inibição sobre insulina e glucagon, função gastro-intestinal e 
secreção acinal). 
 
Células PP: 
Produção de peptídeos pancreáticos, inibe a secreção pancreática externa e é da família 
do NYP 
 
Células E: 
Produção de grelina, é da família peptídeogastrico e inibe secreção acinar. 
 
W Diabetes V 
| DM Tipo 1 ou Insulino Dependente: 
K Destruição de células beta 
K Auto Imune (Tipo 1A) 
K Não Auto Imune (Tipo 2A) 
K 10% dos diabéticos 
K Ausência de insulina 
K Diabetes Juvenil 
K Predisposição Genética e fatores 
alimentares 
K Via IV ou IM 
 
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| DM Tipo 2 ou Não Insulino Dependente 
K 90% dos diabéticos 
K Mulheres, obesos e sedentários 
K Resistência à insulina: Tecido Adiposo se expande quando engordamos, começa uma 
inflamação neste tecido, resultando em níveis séricos de citocinas aumentados, 
estas substâncias tem receptores nas mesmas células alvo que a da insulina, eles 
ocupam o IRSs, impedindo a sinalização da insulina neste. Ela fosforila o IRSs, sem 
continuar as outras fases, dessa forma impede a glicocinase sem translocar a 
GLUT-4 e assim a glicose fica do lado de fora. 
K No começo da patologia, há um excesso na produção de insulina por conta da 
hiperglicemia, acarretando em hiperinsulinemia, tentando corrigir a glicemia, mas não 
gerando efeitos. 
K A cinética de resistência a insulina começa no hipotálamo (perdendo a saciedade), 
seguido do fígado e o último é o tecido adiposo, já que tem uma ação anti-lipolítica, 
depois se depositando em áreas ectópicas. 
K A célula beta trabalha tanto que começa a entrar em apoptose. 
 
Durante o exercício físico: a via de sinalização que leva a translocação de GLUT4 é 
independente da insulina. Entretanto, durante o exercício físico, quando músculo começa a 
gastar ATP, gerando AMPc e precisa captar glicose para sustentar a atividade, observa-se 
ativação da quinase AMPK que leva ao aumentodo Ca++ intracelular e a translocação do 
GLUT4 para membrana, permitindo entrada de glicose no músculo na ausência de insulina. Ou 
seja, exercício físico controla níveis de glicose de indivíduos hiperglicêmicos. Em indivíduos 
com níveis de glicose normais não há hipoglicemia durante o exercício físico, devido à 
liberação de GH, glucagon e cortisol. 
 
W GH e Insulina V 
No controle de glicose, o GH e a insulina tem ações antagônicas, contudo para controle de 
crescimento uma complementa a outra. 
n Ingestão proteica e de substratos adequados 
Aumento de GH, insulina, síntese proteica, crescimento e homeostasia energética (GH 
evita). 
n Ingestão de Carboidratos 
Diminuição de GH, aumenta insulina, armazenamento calórico 
n Jejum: 
Aumento de GH, diminuição de insulina, não há crescimento nem síntese proteica e 
ocorre mobilização calórica. 
 
Aula v 
Hormônios Calcitotróficos 
 
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W Cálcio V 
O cálcio apresenta várias funções como contração muscular, coagulação sanguínea e 
transmissão de impulsos nervosos. Este íon é fundamental para todos os sistemas biológicos, 
a quantidade de cálcio extracelular é maior, enquanto que a intracelular é menor, e está 
presente em vesículas na mitocôndria. 
Sua concentração extracelular depende de absorção intestinal, excreção renal e 
captação/liberação de matriz óssea. 
A quantidade de cálcio que ingerimos é a mesma que excretamos. Ele é depositado na matriz 
óssea e reabsorve na mesma proporção. 
} Em gestantes: Maior retenção de cálcio para ajudar na formação do bebê 
} Em crianças: Maior retenção para crescimento 
} Em adultos: Apenas manutenção, ocorre uma eliminação de cálcio excedente. 
O cálcio apresenta-se 41% ligado as proteínas plasmáticas, 9% difusível em membranas, mas 
associado a ânions e 50% difusíveis através da membrana. 
! Hipocalcemia (Valores séricos menores que 8,5 mg/dl): 
Fatores que levam à hipocalcemia: Déficit corporal total (ex: perda de sangue); 
Mudança no balanço interno - deposição óssea aumentada (ex: na gestante); 
Aumento da ligação de Ca+2 livre às proteínas plasmáticas - alcalose causada por 
hiperventilação. 
Consequências da hipocalcemia: Irritabilidade neuromuscular com sensação de 
dormência e formigamento; Contração tetânica, espasmo de laringe; Convulsão (em 
casos mais graves). 
Explicação: 
Existem canais catiônicos nas células e o Ca2+ tem a função de se ligar ao sítio 
externo destes e obstruir a entrada de Na+. Quando se diminui a concentração de 
Ca2+, há uma liberação do excesso de Na+, despolarizando a célula e assim acarreta 
em aumento de permeabilidade de membrana neuronal a Na+, desencadeando PA’s, 
as células ficam tão excitáveis a ponto de induzir descargas espontâneas. 
 
! Hipercalcemia (Valores sérico acima de 10,5 mg/dl): 
Muito cálcio no líquido que banha as células, gera muito cálcio nos domínios 
extracelulares dos canais de sódio, reduzindo muito a permeabilidade ao sódio. 
Consequências: Depressão do sistema nervoso; Fraqueza muscular; Diminuição da 
motilidade intestinal (constipação); Coma. 
 
W Fosfato V 
É um íon que forma ATP, NAD, NADP, AMPc, DNA e RNA, está presente em dentes e ossos. 
{ Hipofosfatemia crônica – reduzem mineralização óssea (perda de matriz óssea 
para repor o fosfato sérico. Em longo prazo leva a osteoporose). Para corrigir a 
hipofosfatemia é liberado vitamina D. 
{ Hiperfosfatemia - pode levar a hipocalcemia aguda, pois a hiperfosfatemia provoca 
a formação de complexos que sequestram cálcio. 
 
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W PTH V 
É um hormônio peptídico. 
Pré-pró-hormônios Pró-hormônio Hormônios (armazenado em vesículas) 
O PTH aumenta a concentração sérica de Ca2+ e diminui a reabsorção de fosfato nos rins, 
excretando-os. Age nos ossos (diretamente) liberando um fosfato de cálcio, para não 
causar uma hiperfosfatemia, faz a excreção deste. Além disso, tem a função de aumentar 
a capacidade do intestino em absorver o cálcio (ação indireta -depende da vitamina D - 
calcitriol); não deixar que o cálcio seja excretado pela urina (ação direta). 
 
M Este hormônio apresenta um receptor sensível a cálcio, por exemplo, quando a 
disponibilidade de cálcio está normal ou aumentada o receptor CaSR detecta e 
através de um mecanismo acoplado a proteína G, ativa fosfolipase C e inibe a 
liberação de PTH. Na hipocalcemia, ocorre o contrário. 
 
Ativação de receptores de PTH nos diferentes tecidos está geralmente associada à um 
aumento de AMPc (2º mensageiro). 
 
Osteólise: Fase rápida 
Remove Ca2+ do líquido ósseo para LEC e diminui a concentração de Ca2+ no líquido ósseo. 
Cálcio vai sendo retirado da matriz óssea, para ser bombeado para o sangue. Efeito 
mediado por osteócitos e osteoblastos que tem receptores para PTH – ativa 
bomba de cálcio – bombear cálcio para o sangue. 
 
Estimulação de Osteoclastos: Fase lenta 
Faz reabsorção do osso maduro e mineralizado, liberando cálcio e fosfato. 
 
Existe uma via indireta que ocorre nos Osteoblastos: 
Estas células produzem um ligante RANK e M-CSF (fator estimulador de colônias de 
monócitos, que faz com que precursores inativos comecem a se diferenciar em 
osteoclastos). Ocorre desta forma uma osteoclastogênese, aumentando níveis de colágeno 
e outros para a formação de osteoclastos, estes começam a digerir a matriz óssea 
acarretando em um aumento de colagenase, desta forma ocorre a formação de enzimas 
lisossomais, fosfatase ácida e anidrase carbônica a qual induz os osteoblastos a produzirem 
OPG, a qual sequestra RANK e cessa esta atividade. 
M M-CSF: forma um pré osteoclasto que se ligando ao RANK produz enzimas que 
digerem o osso liberando cálcio e fosfato, podendo fragilizar a matriz óssea. O 
RANK deve ser desligado para parar a atividade e não lesar o osso. 
 
O PTH faz a reabsorção tubular de Ca2+ na alça de Henle e túbulos distais e coletores. Ele 
também inibe a reabsorção de fosfato no túbulo proximal, retirando co-transportadores 
Na-Pi (NPT2a). 
Ele também aumenta a absorção de cálcio e fosfato mediante a presença de vitamina D. 
O PTH estimula a conversão da Vit D, sendo fundamental para este processo. 
 
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Med USF 
Em caso de hipofosfatemia também se libera vitamina D, porque ela promove absorção de 
fosfato. Ao corrigir uma hipofosfatemia pode-se gerar uma hipocalcemia, por causa da 
reabsorção intestinal ser tanto de cálcio como de fosfato, e para corrigir a hipercalcemia 
ativa-se a calcitonina. 
 
W Vitamina D V 
Tem a função de aumentar a absorção de cálcio e fosfato no TGI, apresentando um 
comportamento de hormônio. 
 Produto da irradiação de 
 Colecalciferol (D3) 7-desidrocolesterol (Sol). 
 
Inibição: Impede a ação excessiva da Fígado 
Vitamina D quando a D3 está alterada 
25-Hidroxiclecalciferol 
 
 Rim (*PTH) 
1,25-Diidroxicolecalciferol (forma mais ativa) 
 
O cálcio impede a conversão do 25 em 1,25. O 1,25 aumenta a absorção de cálcio e fosfato 
para LEC. Seus receptores são do tipo esteroide e ficam na maioria das células do corpo. 
O 1,25 ativa calbindinas que facilitam a entrada de cálcio para o citoplasma celular, se 
deslocando por difusão facilitada. 
A vitamina D poupa fosfato e impede excreção renal deste. 
A forma 1,24 é formada quando não há sinalização de PTH, esta é uma forma inativa. 
 
W Calcitonina V 
É um hormônio que diminui as concentrações de cálcio, apresenta função maior em crianças 
já que elas sofrem remodelagem mais

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