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Engenharia Civil Interdisciplinar 
 
 
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Funcionalidade e Acessibilidade 
Além dos aspectos de desempenho estrutural, segurança contra incêndios, durabilidade e outros 
atributos essenciais, é necessário que a habitação apresente compartimentação adequada e espaços 
suficientes para a disposição de camas, armários, poltronas e os diversos utensílios domésticos. Além 
dos espaços e pé direito mínimos, são estabelecidos critérios regulando a possibilidade de ampliação 
de unidades térreas e o funcionamento de instalações hidráulicas, reportando-se sempre que 
necessário a outras Normas técnicas. 
A habitação deve contar com planta, volumetria, interligações e espaços adequados para as suas mais 
variadas funções, ou seja, descanso, asseio, estudo etc . 
PÉ DIREITO MÍNIMO 
O pé direito mínimo (distância livre entre a superfície do piso e a superfície do teto de uma habitação) 
deve ser de 2,50m, admitindo-se redução para 2,30m em vestíbulos, halls, corredores, instalações 
sanitárias e despensas. 
Nos tetos inclinados, abobadados, com presença de vigas salientes e outros, pelo menos em 80% do 
teto sua distância até o piso deve ser ≥ 2,50m, permitindo- se nos 20% restantes que o pé-direito livre 
possa ser ≥ 2,30m. 
DISPONIBILIDADE MÍNIMA DE ESPAÇOS PARA USO E OPERAÇÃO DA 
HABITAÇÃO 
Os ambientes da habitação devem apresentar espaços compatíveis com as necessidades humanas 
(cozinhar, estudar, repousar, etc), recomendando-se que sejam projetados para acomodar os móveis e 
equipamentos-padrão relacionados na Tabela 21. 
Tabela 1 -Móveis e equipamentos-padrão a serem acomodados nos diferentes ambientes (Tab. G.1 da NBR 15575 - 1) 
 
Engenharia Civil Interdisciplinar 
 
 
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Comentário 
Mobiliário mínimo, dimensões orientativas de cômodos e espaços mínimos para circulação de pessoas 
são apresentados na Tabela G.2 da NBR 15575 – Parte 1. 
FUNCIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES DE ÁGUA 
O sistema predial de água fria e quente deve fornecer água na pressão, vazão e volume compatíveis 
com o uso, associado a cada ponto de utilização, considerando a possibilidade de uso simultâneo. 
Devem ser atendidas as normas NBR 5626 e NBR 7198, bem como as respectivas regras de 
aquecedores de passagem e de acumulação. 
As caixas e válvulas de descarga devem atender ao disposto nas normas NBR 15491 e NBR 15857 no 
que ser refere à vazão e volume de descarga. 
 
Comentário 
Registros, torneiras e outros devem ser instalados de forma a possibilitar livre acionamento das 
manoplas, acoplamento de mangueiras (torneiras de jardins e tanques de lavar roupa, por exemplo), 
aplicação de ferramentas para serviços de manutenção e outros. 
Fluxos de duchas e chuveiros devem ser reguláveis, sendo que no caso das torneiras a dispersão do jato 
não deverá atingir o usuário, conforme ilustrado na Figura 1. 
Bitolas e tipos de rosca de todas as tubulações e peças dos sistemas de água fria e quente devem ser 
compatíveis, possibilitando as manutenções e facilitando a intercambiabilidade de marcas e produtos 
sucedâneos. 
 
Figura 1 - Inadequações / mau funcionamento de torneiras e registros (fonte: LNEC) 
Engenharia Civil Interdisciplinar 
 
 
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FUNCIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES DE ESGOTO 
O sistema predial de esgoto deve coletar e afastar as águas servidas nas vazões com que normalmente 
são descarregados os aparelhos, sem que haja transbordamento, acúmulo na instalação, contaminação 
do solo ou retorno a aparelhos não utilizados. Devem ser atendidas as normas NBR 8160, NBR 7229 e 
NBR 13969. 
FUNCIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES DE ÁGUAS PLUVIAIS 
As calhas e condutores devem suportar a vazão de projeto, calculada a partir da intensidade de chuva 
adotada para a localidade e para um certo período de retorno, considerando-se de forma adequada as 
áreas de contribuição horizontais e verticais. Deve ser atendida a norma NBR 10844. 
ADEQUAÇÃO A PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS FÍSICAS OU COM MOBILIDADE 
REDUZIDA 
A edificação deve prever um número mínimo de unidades para pessoas com deficiência física ou com 
mobilidade reduzida estabelecido na legislação vigente. Essas unidades devem atender aos requisitos 
da NBR 9050. As áreas comuns devem prever acesso a pessoas com deficiência física ou com 
mobilidade reduzida e idosos. 
 
Comentário 
O projeto deve prever para as áreas comuns e, quando contratado, também para as áreas privativas, as 
adaptações necessárias, que normalmente contemplam acessos e instalações, substituição de escadas 
por rampas, limitação de declividades e de espaços a percorrer, largura de corredores e portas, alturas 
de peças sanitárias, disponibilidade de alças e barras de apoio. Para pisos, o projeto deve especificar a 
sinalização e locais de sinalização, além de considerar a adequação da camada de acabamento dos 
degraus das escadas e das rampas, bem como deve especificar desníveis entre as alturas das soleiras. 
Para edificações destinadas a pessoas com deficiência visual, devem ser previstos pisos podotáteis e 
outros dispositivos previstos nas normas técnicas e na legislação vigente. 
AMPLIAÇÃO DE UNIDADES HABITACIONAIS EVOLUTIVAS 
No projeto e na execução das edificações térreas e assobradadas de caráter evolutivo, já 
comercializadas com previsão de ampliação, a incorporadora ou construtora deve fornecer ao usuário 
projeto arquitetônico e complementares juntamente com o Manual de Uso, Operação e Manutenção 
com instruções para ampliação da edificação, recomendando-se utilizar recursos regionais e os 
mesmos materiais e técnicas construtivas do imóvel original. 
 
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Comentário 
Devem ser fornecidas todas as especificações e detalhes construtivos necessários para ampliação do 
corpo da edificação, do piso, do telhado e das instalações prediais, considerando a coordenação 
dimensional e as compatibilidades físicas e químicas com os materiais disponíveis regionalmente 
sempre que possível. 
As especificações e detalhes construtivos fornecidos devem permitir, no mínimo, a manutenção dos 
níveis de desempenho da construção não ampliada, relativos ao comportamento estrutural, segurança 
ao fogo, estanqueidade à água, desempenho térmico, desempenho acústico e durabilidade. 
As propostas de ampliação devem ser devidamente consideradas nos estudos de arquitetura, devendo 
atender aos níveis de funcionalidade previstos na NBR 15575. 
Conforto tátil e antropodinâmico 
Com base nos princípios da ergonomia, na estatura média das pessoas e na força física passível de ser 
aplicada por adultos e crianças é que devem ser desenvolvidos os componentes e equipamentos da 
construção. A NBR 15575-1 estabelece critérios de desempenho recomendando a forma e limitando a 
força necessária para o acionamento de trincos, torneiras e outros dispositivos. Estabelece ainda a 
planicidade requerida para os pisos que, projetados conforme a Parte 2 da norma, limitarão também as 
vibrações que poderiam causar desconforto. 
Os requisitos dos usuários com relação ao conforto tátil e antropodinâmico são normalmente 
estabelecidos nas respectivas normas prescritivas dos componentes (janelas, torneiras etc.), bem como 
nas normas NBR 15575-1 a NBR 15575-6. 
Sob o aspecto do conforto antropodinâmico, deve ser limitada a deformabilidade de pisos, a 
declividade de rampas, a velocidade de elevadores e outros. Para as escadas, considerando a anatomia 
humana, recomenda-se atender às relações de "Segurança na Circulação sobre Pisos Internos e 
Externos". 
No caso de edifícios habitacionais destinados aos usuários com deficiências físicas e pessoas com 
mobilidade reduzida (PMR), os dispositivos de manobra, apoios, alças e outros equipamentos devem 
atender às prescrições da NBR 9050. 
PLANICIDADE DOS PISOS 
A planicidade da camada de acabamento ou de superfícies regularizadas para a fixação de camada de 
acabamento das áreas comuns e privativas devem apresentar valores iguais ou inferiores a 3 mm em 
relação à régua com 2m de comprimento, em qualquer direção e posição do piso. Tal exigência não se 
aplica a camadas de acabamento em relevo ou àquelas que, por motivos arquitetônicos, assim foram 
projetadas. 
 
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Com relação às irregularidades abruptas, recomenda-se que não seja ultrapassado o valor de 1mm 
(dentes entre placas ou tábuas contíguas dos pisos, empenamentos ou torções em relação à régua com 
50cm de comprimento). Irregularidades mais pronunciadas, graduais ou abruptas, podem implicar em 
prejuízos estéticos, empoçamento de água em pisos laváveis, etc. 
Os pisos executados com placas cerâmicas devem atender às disposições da norma NBR 13753. 
ADEQUAÇÃO ERGONÔMICA DE DISPOSITIVOS DE MANOBRA 
Dispositivos de manobra (manoplas e alavancas de metais sanitários, trincos, puxadores, cremonas, 
fechaduras, etc.) devem apresentar dimensões e formatos compatíveis com a anatomia humana, não 
apresentando rugosidades, contundências, depressões ou outras irregularidades que possam causar 
desconforto ou ferimentos. 
Elementos e componentes que contam com normalização específica (trincos e puxadores de janelas, 
fechadura e outros) devem atender aos requisitos das respectivas normas. 
FORÇA NECESSÁRIA PARA O ACIONAMENTO DE DISPOSITIVOS DE MANOBRA 
Os componentes, equipamentos e dispositivos de manobra devem ser projetados, construídos e 
montados de forma a evitar que a força necessária para o acionamento não exceda a 10 N (1 kgf) nem o 
torque ultrapasse 20 N.m. (2 kgf.m). 
ADAPTAÇÃO ERGONÔMICA DE ACIONADORES DE LOUÇAS E METAIS 
SANITÁRIOS 
Metais e louças sanitárias - torneiras, registros, caixas de descarga, válvulas de descarga e outros, 
inclusive registros de manobra – devem possuir volantes, pinos, alavancas ou outros dispositivos de 
manobra com formato e dimensões que proporcionem torque ou força de acionamento de acordo com 
as normas de especificação de cada produto, além de serem isentos de rebarbas, rugosidades ou 
ressaltos que possam causar ferimentos. 
Devem ser atendidas as normas NBR 10281, NBR 11535, NBR 11778, NBR 11815, NBR 13713, 
NBR 14390, NBR 14877, NBR 15267, NBR 15491, NBR 15704-1 e NBR 15705. 
REFERÊNCIAS NORMATIVAS 
ABNT NBR 15575-1, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 1: Requisitos gerais 
ABNT NBR 15575-2, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais; 
ABNT NBR 15575-3, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos; 
ABNT NBR 15575-4, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações 
verticais internas e externas 
ABNT NBR 15575-5, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas 
ABNT NBR 15575-6, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 6: Requisitos para os sistemas 
hidrossanitários

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