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Poluição de Interiores

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1. Introdução
O ar que respiramos deixa muito a desejar. Usinas de energia acionadas a carvão emitem dióxido de carbono (CO2), carretas gigantescas lançam gases imundos de escapamento e vacas adicionam metano à mistura. Em muitos lugares, basta olhar pela janela e ver a poluição para desistir de sair. 
Mas o que existe do lado de dentro pode ser ainda pior. A poluição atmosférica de interiores - ou degradação da qualidade do ar em ambientes fechados - por produtos químicos prejudiciais e outros materiais, pode ser até 10 vezes pior do que a poluição do ar externa [fonte: Dunn (em inglês)]. Isso acontece porque as áreas contaminadas permitem que os poluentes se acumulem em concentração maior do que seria possível em um ambiente aberto. É fácil visualizar o processo: basta imaginar jogar um litro de petróleo no mar ou jogá-lo em sua banheira. O petróleo no oceano se dissiparia e seria diluído pelo imenso volume da água. O mesmo volume de petróleo na banheira persistiria porque não tem para onde ir. O mesmo acontece com poluentes liberados em ambientes pequenos e fechados, como sua casa ou escritório.
A qualidade de ar em ambientes interiores pode ser ainda pior que do lado de fora. Vai uma máscara de gás? 
Você pode acreditar que a poluição atmosférica de interiores não o atinge. Afinal, você não vive perto de rodovias, fazendas ou fábricas. Você não fuma, nem usa um fogão a lenha. Mas a poluição de interiores vem de alguns lugares em que você normalmente não pensaria, como sua casa, o terreno no qual ela está assentada ou itens cotidianos adquiridos no supermercado. Além disso, se você considerar que as pessoas passam 90% de seu tempo em ambientes fechados e 65% dentro de suas casas, verá porque a poluição atmosférica de interiores é uma questão importante [fonte: Dunn].Medidores de poluição do ar em interiores
Os medidores de poluição do ar em interiores que existem no mercado afirmam medir os níveis de poluentes presentes em sua casa. Um deles é o TerrEssentials' Home Air Quality Test Kit, que testa a presença de mofo, fungos, bactérias, formol, monóxido de carbono e dióxido de carbono. Você também pode recorrer a profissionais para fazer esse tipo de teste. 
Alguns dos efeitos colaterais causados pela poluição atmosférica de interiores são um pouco piores que um resfriado, mas exposição em longo prazo pode levar a coma, câncer pulmonar e morte.
2. As causas da poluição atmosférica de interiores
Formol, PCB e amianto são substâncias que você não quer ver associadas ao espaço em que vive. As chances são de que você venha a encontrar pelo menos um desses produtos químicos em sua casa a cada dia. Caso não, mesmo assim não se considere seguro. Os poluentes de interiores podem ser liberados em alta concentração ou surtos curtos, como quando uma pessoa usa tinta spray, ou em níveis mais modestos ao longo do tempo, como os produtos químicos que escapam de seu carpete.
Tanto o formol quanto o bifenil policlorinatado (PCB) mencionados acima são encontrados em produtos domésticos comuns. O PCB teve sua produção suspensa nos Estados Unidos em 1970, mas persiste em revestimentos de cabos elétricos, vedações, tintas e acabamentos para pisos de madeira. O amianto, outra fonte de poluição atmosférica de interiores, teve seu uso mais amplo proibido, mas persiste em casas mais antigas, materiais de isolamento, tintas texturizadas e lajotas de assoalho. 
O formol é amplamente usado por setores que fabricam materiais de construção e produtos domiciliares. Sua presença é mais comum em produtos de madeira prensada usados como bases de piso, prateleiras e na fabricação de mobília, ainda que esteja presente também em tecidos que dispensam o uso de ferro elétrico, em adesivos e em tintas.
Uma casa comum contém muitas potenciais fontes de poluição atmosférica de interiores.
Vamos observar a seguir algumas das demais causas de poluição atmosférica de interiores e determinar de onde se originam.
Radônio - muitas vezes encontrado no leito rochoso que assenta uma casa e em materiais de construção. 
Fumaça ambiental de tabaco - a combinação de fumaça (em inglês) emitida por um cigarro, cachimbo ou charuto aceso e de fumaça exalada pelo fumante. 
Contaminantes biológicos - bactérias, mofo, umidade, vírus, resíduos de pêlos de animais, ácaros, baratas e pólen. Vários deles crescem em ambientes úmidos e quentes, ou são trazidos de fora da casa. 
Combustão - aquecedores a gás sem ventilação, lareiras, fogões a lenha e fogões a gás emitem monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio e pequenas partículas. Mais de três bilhões de pessoas no mundo continuam a depender de combustíveis sólidos como a madeira e o carvão para atender às suas necessidades de energia [fonte: Organização Mundial de Saúde (em inglês)].
Produtos domésticos - tintas, vernizes e produtos de limpeza contêm produtos químicos orgânicos liberados durante o uso e a armazenagem. 
Pesticidas - 80% da exposição da maioria das pessoas a pesticidas acontece em ambientes fechados. Níveis mensuráveis de até 12 pesticidas já foram medidos no ar interior [fonte: EPA (em inglês)].
O potencial de causar danos de qualquer um desses poluentes depende, em parte, da sensibilidade de cada pessoa. Os idosos, os jovens e os que sofrem de sistemas imunológicos deficientes tendem a ser mais suscetíveis. A ventilação também desempenha um papel na maneira pela qual esses poluentes podem prejudicar as pessoas. Caso haja ar fresco em freqüente circulação pela área, eles não terão tanto tempo para se acumular e atingir níveis perigosos. Retornando à analogia da banheira, a ventilação equivale a drenar lentamente a água oleosa da banheira e substituí-la por água limpa - o óleo se torna problema cada vez menor. Mas se a pessoa mantiver o ralo tampado e não agir, as marcas na banheira serão horríveis. Infelizmente, muitos dos edifícios mais novos e mais eficientes em termos energéticos são praticamente selados ao ar natural - exatamente como uma banheira com o ralo tampado.
Poluição a 10 mil metros?
Você poderia pensar que, se a poluição atmosférica de interiores é problema dentro de casa, deve ser ainda pior em um avião. Mas pesquisas demonstraram que os sistemas de ventilação usados por aviões comerciais podem na verdade reduzir a difusão de organismos transmissíveis pelo ar em até 63% [fonte: Dooley (em inglês)]. Assim, a menos que a pessoa gripada sentada ao seu lado insista em segurar sua mão, relaxe e aproveite o vôo.
3. síndrome do edifício doente e outros efeitos de saúde
Boa parte das pessoas que o furacão Katrina deixou desabrigada em 2005 sobreviveram à tempestade mas sofreram novo revés. Pouco depois de se mudarem para trailers fornecidos pelo governo, começaram a passar por diversos problemas de saúde: dores de cabeça, corrimento nasal e dificuldades de respirar. Depois de estudos sobre o assunto, testes demonstraram que os trailers apresentavam presença de formol até 50 vezes maior que o nível considerado como "elevado" pela Agência de Proteção Ambiental (em inglês) dos Estados Unidos, cinco partes por milhão [fonte: Brunker]. Parece que o carcinógeno estava vazando dos painéis compostos de madeira e compensado usados nos trailers. Depois de passar anos insistindo que os trailers eram seguros, a Agência Federal de Administração de Emergências norte-americana enfim transferiu os moradores, no começo de 2008.
	
Pessoas vivendo em trailers fornecidos pelo governo depois do furacão Katrina apresentaram sintomas de exposição a formol, tais como olhos ardentes, problemas respiratórios e náuseas.
Ocorrências semelhantes, se bem que menos visíveis, surgem todos os dias. Os efeitos da poluição atmosférica de interiores na saúde podem ser imediatos e passageiros; imediatos e graves; ou só surgir depois de anos de repetidas exposições. Os sintomas mais comuns são dores de garganta, dores de cabeça e tosse persistente, bem como olhos lacrimosos e corrimentos nasais.Os sintomas mais graves são problemas respiratórios crônicos, doenças cardíacas e câncer.
						SMQ, SED e DRE
Se você pensava que a sopa de letrinhas dos acrônimos não podia piorar, surgiram duas novas DRE (doenças relacionadas a edificações): SMQ e SED.
A SMQ é a sensibilidade múltipla a químicos, e a SED é a síndrome de edificações doentes. A SED, que envolve sintomas como dores de cabeça, fadiga e dor muscular, é mais amena que a SMQ e usualmente desaparece em poucas horas ou dias, desde que a pessoa deixe o edifício infectado. Em contraste, a SMQ é uma condição permanente e os sintomas comuns podem incluir fadiga, depressão e dificuldade de concentração. A SMQ não é reconhecida por todos os médicos como uma doença.
Talvez uma das fontes de poluição atmosférica de interiores mais visíveis seja a fumaça ambiental de tabaco, ou fumo passivo, que contém 200 venenos conhecidos e pelo menos 43 compostos conhecidos como causas de câncer. Mesmo que você não fume, pode estar sujeito ao fumo passivo caso viva ou trabalhe com alguém que fuma. O fumo passivo responde por cerca de três mil mortes por câncer de pulmão e por entre 35 a 50 mil mortes por problemas cardíacos a cada ano, entre adultos não fumantes. Também causa entre 150 mil e 300 mil infecções respiratórias em bebês a cada ano e agrava a asma de até um milhão de asmáticos [fonte: American Lung Association, EPA (em inglês)].
Outros agentes de poluição atmosférica de interiores, como os que constam na lista baixo, são em geral invisíveis mas igualmente perigosos. 
Exposição a radônio em interiores - a segunda maior causa de câncer de pulmão nos EUA, respondendo por 15 mil a 21 mil mortes anuais [fonte: American Lung Association]. O radônio pode penetrar em sua casa pela fundação.
Exposição a formol - que causa irritação nas membranas mucosas e olhos e pode provocar asma e prejudicar o sistema nervoso central. 
Contaminantes biológicos - podem transmitir doenças como gripe e sarampo (em inglês), deflagrar reações alérgicas e causar problemas digestivos.
Gases de combustão - bloqueiam o fluxo de oxigênio pelo corpo. Níveis elevados podem causar inconsciência e morte, e níveis mais baixos criam dores de cabeça, tontura, fraqueza, confusão e fadiga. Alguns deles podem causar doenças pulmonares como enfisemas (em inglês).
Alta exposição a produtos químicos como produtos domésticos epesticidas - pode irritar o aparelho respiratório, causar dores de cabeça, prejudicar as funções de memória, causar tontura e problemas de visão e resultar em câncer.
4. Soluções para a poluição atmosférica de interiores
Se você suspeita que o espaço em que vive está poluído, não se desespere. É fácil implementar diversas soluções. Caso esteja incerto quanto a sua casa ter ou não problemas, responda as perguntas a seguir. 
Você sofre de alguns dos sintomas mencionados na página anterior quando está em casa, mas melhora ao sair? 
Há muitas das potenciais fontes de poluição atmosférica de interiores presentes em sua casa?
O ar em sua casa é mal ventilado, úmido, mal cheiroso ou pesado?
Se a resposta a essas perguntas for positiva, isso não significa necessariamente que sua casa sofre de poluição atmosférica de interiores, mas representa um bom indicador. Tente algumas das soluções sugeridas a seguir e verifique se surge uma diferença perceptível.
 Abrir as janelas pode melhorar a qualidade do ar no interior casa
Como seria de esperar, uma das melhores, mais baratas e mais efetivas formas de reduzir a poluição atmosférica de interiores é atacar o problema na fonte. Algumas fontes, como as que contêm amianto, podem simplesmente ser seladas de forma a impedir exposição, enquanto outras, como os pesticidas, precisam ser eliminadas. 
Algumas fontes de poluição, como fogões ou aquecedores a gás, podem não ser removíveis com facilidade, mas há como minimizar os riscos. Basta operar os aparelhos sempre de acordo com as instruções dos fabricantes e manter boa ventilação. 
A ventilação ajuda a reduzir todos os poluentes de interiores. Como a maior parte dos sistemas de refrigeração e de aquecimento simplesmente recirculam o ar em lugar de trazer ar fresco, abra as portas e janelas quando o clima for agradável, use ventiladores de janela ou nos porões e use coifas de sucção com exaustão para fora, nas cozinhas e banheiros. Esses passos devem ser seguidos com especial cuidado no caso de produtos químicos perigosos como as tintas. 
Reforçar a ventilação tem um porém. Caso você viva em um lugar com forte umidade externa ou altas concentrações de poluentes externos, aumentar a ventilação pode agravar a poluição atmosférica de interiores. Caso o ar externo que entra seja filtrado para remover as partículas nocivas, não há motivo para preocupação. Caso contrário, opte por um ritmo moderado de ventilação.
Além da ventilação, você pode minimizar os contaminantes biológicos em sua casa mantendo nível de umidade de entre 30 e 50%. Níveis mais elevados encorajam ácaros e crescimento de mofo. Manter os carpetes limpos e secos e a casa limpa também pode desencorajar os contaminantes biológicos. 
Limpadores de ar ionizados
Se você já pensou em comprar um sistema de limpeza de ar ionizado para acabar com os poluentes internos, melhor pesquisar primeiro. A revista Consumer Reports testou diversos modelos e constatou que eles não só limpam mal o ar como emitem níveis relativamente elevados de ozônio, o que pode agravar casos de asma e causar dores no peito e dificuldades respiratórias.
	Se você estiver preocupado sobre os danos potenciais dos agentes de limpeza doméstica, tem duas opções. A primeira é seguir cuidadosamente as instruções dos rótulos e a segunda é selecionar um produto que seja feito com ingredientes benignos. Se não tiver certeza, leia o rótulo. Caso o produto não mencione seus ingredientes ou contenha alertas, é provável que não seja seguro.
As fontes da poluição atmosférica de interiores são muito variadas, mas também existem várias soluções. Para aprender mais sobre esse assunto, siga os links da próxima página.

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