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Introdução a Anatomia II

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PROFESSOR: FERNANDO DUARTE CASSEL
Strictu sensu: Anatomia Humana e Comparada (UNESP : Botucatu - SP)
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Conceitos de Anatomia: Etimológico:
Grego: Ana = em partes + Tomein = cortar
Latim: dis = em partes + secare = seccionar 
(cortar) -Cortar separando em partes
O que se estuda:
Localização e sintopias
Medidas
Forma e peso
Variações anatômicas
Nomenclatura
Termos de posição e direção
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Posição Anatomica
É a posição padrão adotada para o corpo humano no espaço, para que se possa descrever as estruturas que o compõem.
Descrição:
– de pé na posição ortostática.
– olhos voltados (olhando) ao horizonte.
– membros inferiores unidos.
– calcanhares unidos.
– membros superiores junto ao tronco.
– palma das mãos voltadas para frente.
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Posição Anatomica
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HD. Hipocondrio Direito                            HE. Hipocondrio Esquerdo LD. Lateral Direita (Flanco Direito)                           LE. Lateral Esquerda (Flanco Esquerdo) ID. Inguinal Direita (Fossa Ilíaca Direita)                  IE. Inguinal Esquerda (Fossa Ilíaca Esquerda)
Hipocondrio Direito - Fígado, Vesícula Biliar 
Epigastro - Estômago 
Hipocondrio Esquerdo - Baço 
Flanco Direito - Rim direito 
Mesogastro - Intestino Delgado 
Flanco Esquerdo - Rim esquerdo 
Fossa Ilíaca Direita - Ceco e Apêndice Vermiforme 
Hipogastro - Bexiga urinária, útero e ovário 
Fossa Ilíaca Esquerda - Projeção do Cólon Sigmóide 
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PLANOS E EIXOS
 Planos e eixos do corpo humano
Planos de delimitação
– Conceito: São planos que tangenciam a superfície do corpo
– Descrição:
Verticais:
a. dorsal ou posterior.
b. ventral ou anterior.
c. laterais.
. Horizontais:
a. cefálico, cranial ou superior.
b. podálico ou inferior.
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Plano anterior, tangente à parte anterior do corpo 
Plano posterior, tangente à parte posterior do corpo 
Plano superior, tangente à parte superior do corpo
Plano inferior, tangente à parte inferior do corpo.
 
Plano lateral direito, tangente à parte lateral direita do corpo 
Plano lateral esquerdo, tangentes à parte lateral esquerda 
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Secções: cortes que atravessam o
Corpo ou parte do corpo
Plano de secção sagital (ou mediana) que divide o corpo em
duas metades – direita e esquerda
Crânio de um feto em vista superior para localizar a sagitta
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Princípios de construção do corpo humano
Antimeria:O corpo dividido em duas metades homólogas: lado direito e lado esquerdo através do plano Sagital. 
Metameria: O corpo está dividido em segmentos 
superpostos, através de planos transversos 
sucessivos no sentido crânio-podálico, chamados 
de metâmeros.
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Termos de posição e direção
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Paquimeria: O corpo está dividido em duas metades heterólogas (assimétricas) através do plano frontal ou coronal, uma anterior ou ventral (tubo esplâncnico) e outra posterior ou dorsal (tubo neural), chamadas de paquímeros.
Paquímero dorsal (tubo neural) . Paquímero ventral (tubo esplâncnico) .
Estratimeria: O corpo possui estruturas dispostas em estratos ou camadas. Estrato ou camada.
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Eixos: linhas imaginárias que unem o centro dos planos de delimitação opostos.
Descrição:Longitudinal ou crânio-podálico.
Sagital ou dorso-ventral.
Transverso ou látero-lateral.
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FATORES DE VARIAÇÃO ANATÔMICA 
- Idade: o biodesenvolvimento gera variações anatômicas. Ex: o número de ossos em um 
recém-nascido é em torno de 370; um adulto jovem é de 206. Durante o desenvolvimento, 
há uma fusão de ossos e diminuição no número; 
- Etnia: as diferentes etnias provocam variações específicas no organismo, como: o 
aparelho locomotor do afrodescendente é muito mais resistente e capaz de gerar mais 
força, se comparado ao de um caucasiano de mesmo biótipo; 
- Biótipo (são diferenças físicas, geralmente hereditárias, que podem ser alteradas por fatores ambientais). 
Os biótipos são classificados em: 
Longilíneo: apresenta pescoço longo, tórax estreito e predominante sobre o abdome, membros 
delgados e compridos; 
Brevelíneo: pescoço curto, tórax largo, sendo menor que o abdome, e membros grossos e curtos; 
Mediolíneo: apresenta características intermediárias entre os dois tipos anteriores. 
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CONCEITOS DE NORMAL, VARIAÇÃO, ANOMALIA E MONSTRUOSIDADE 
Normal: em anatomia é um conceito estatístico, representado pelo o que ocorre na maioria dos casos, o mais frequente. Ex: 20 dedos, coração com seu ápice inclinado para o lado esquerdo do corpo. 
Variação anatômica: é uma alteração da forma ou posição do órgão, porém, não causa prejuízo na função. Ex: as alterações de posição que são visualizadas no sistema venoso superficial, são exemplos simples de variação anatômica. 
Anomalia: é uma alteração da forma ou posição do órgão, que causa prejuízo na função, sendo compatível com a vida. Ex: ausência de membros (amelia), fenda palatina. 
Monstruosidade: é uma alteração da forma ou posição do órgão, que causa prejuízo na função, incompatível com a vida. Ex: anencefalia (ausência do encéfalo). 
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- Gêneros: diferenças entre os gêneros masculino e feminino são visíveis externamente, como as genitálias, deposição de gordura, diferença da largura dos ombros em relação a largura do quadril (no homem, geralmente, os ombros são mais largos que o quadril); 
Mulheres apresentam: ossos frontais, temporais e mandíbulas menores; ossos longos (úmero, fêmur, tíbia…) mais curtos do que nos homens;
Homens apresentam coração maior, maior volume de sangue, pulmões mais largos pelo maior diâmetro do tórax e maior massa muscular; 
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PELVE Feminina: 
ossos mais delicados, menos robusta;Impressões musculares menos marcadas;
Ílios avançam mais lateralmente; Espinhas ilíacas anteriores mais separadas, 
causando maior proeminência lateral dos quadris; abertura superior da pelve é
menor é mais extensa do que no homem, tem forma mais circular e sua obliquidade 
é maior;
A cavidade é mais larga e mais rasa; Acetábulos menores, olham mais 
ventralmente e mais separados; Tuberosidades isquiádicas mais separadas;
Sínfise menos profunda; Arco púbico mais amplo e arredondado. 
O sacro é mais curto, mais largo e menos curvo; Cóccix mais móvel
Masculina
Feminina
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Patologia
Alterações dos limites ou grandes variações que apresentam comprometimento da função.
Ex: Hipertrofia miocárdica esquerda patológica – miocardiopatia ou cardiomiopatia hipertrófica.
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Holoprosencefalia: fatores genéticos e ambientais ; encéfalo anterior pequeno e ventrículos laterais geralmente fundidos; hipotelorismo olhos anormalmente próximos um do outro.
Microcefalia: calvária e encéfalo pequenos; face normal. Desenvolvimento da calvária é induzido pela pressão exercida pelo encéfalo. Grave retardo mental.
Monstruosidade
São alterações profundas do plano de construção do corpo. Normalmente são incompatíveis com a vida.
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Hidrocefalia: acúmulo de líquido cerebroespinhal (LCE); 
bloqueio na circulação do LCE (não comunicante), ou aumento na produção  do líquido. ou deficiência de sua absorção (comunicante). Produz adelgaçamento dos ossos da calvária, compressão dos gânglios da base e do diencéfalo, além de atrofia do córtex cerebral e da substância branca.
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Linhas de incisão no crânio A-B: fronto-occiptal 
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Homem pré-histórico esboçava imagens animais paredes das cavernas símbolos semelhantes 
a flechas que apontavam 
diretamente para o coração. 
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Amputações em guerras – 338 a.C. – Batalha de Queronéia. Vitória de Filipe da Macedônia dizimando as forças de Tebas e Atenas.
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Tribunal de Inquisição – Goya – iniciada em Verona em 1184 pelo Papa Lúcio III
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Renascimento - necropsia
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O mais antigo
relato conhecido de uma dissecação pertence ao grego Teofrasto (372 – 287 a. C.), discípulo de Aristóteles (384 – 322 a.C.). Ele a chamou de anatomia (em grego, “anna temnein”), o termo que se generalizou, englobando todo o campo da biologia que estuda a forma e a estrutura dos seres vivos, existentes ou extintos. O nome mais indicado seria morfologia (que hoje indica o conjunto das leis da anatomia), pois “anna temnein” é restrito: significa apenas “dissecar”. 
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Dissecação – Século XV d.C.
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Estudo de Anatomia
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Lição de Anatomia do Dr. Van Der Meer - 1617
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Lição de Anatomia do Dr. Tulp – Rembrandt - 1632
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Bibliografia
Castro, S.V. – Anatomia Fundamental. Ed. Mc Graw-Hill Ltda, 2a Edição, 1978.
Croce, D. – Manual de Medicina Legal, 8a edição, 2012, editora Saraiva, S.P.; 
Dângelo J.G. & Fattini, C.A. – Anatomia Básica dos Sistemas Orgânicos, Editora Atheneu, 1985;
Drake, R.L. et al. - Gray´s Anatomia Clínica para estudantes, 2a edição, 2005, editora Elsevier, R.J., R.J.
5. Fernandes, Geraldo José Medeiros. Eponímia: glossários de termos epônimos em anatomia. Etimologia: dicionário etimológico da nomenclatura anatômica. São Paulo: Plêiade, 1999. Gardner, E. et al. – Anatomia, Editora Guanabara Koogan, 4a Edição, 1988;
6. Gonçalves, R.P. et al.- Anatomia para Enfermagem, Editora Guanabara Koogan, 1983;
7. Gray, H. – Gray Anatomia, Editora Guanabara Koogan, 29a Edição, 1977;
8. Moore, K. – Anatomia Orientada para a clínica, Editora Guanabara Koogan, 3a Edição, 1992;
9. Netter, F. – Atlas de Anatomia Humana, Editora Artes Médicas, 1996;
Machado, A. - Neuroanatomia Funcional, 3a edição, Atheneu, S.P.;
Sobotta, J. - Atlas de Anatomia Humana, 22a edição, 2006, Guanabara Koogan, R.J. ;
12. Spence, A. – Anatomia Humana Básica, Editora Manole, 1991; 
13. Tortora, J.G. – Corpo Humano:Fundamentos de Anatomia e Fisiologia, Editora Artes Médicas Sul, 2.000;
14. Wolf-Heidegger, G. – Atlas de Anatomia Humana, Editora Guanabara Koogan, 3a edição. 
 
 
 
 
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Ian Vandelaar - 1749
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Vesalius – Século XVI

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