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AULA 4 - USO E HABITAÇÃO

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Curso de Direito – Direito Civil VII
Direito das coisas
PROFA. ME. MARIANE DE SOUZA
AULA 3
CONFORME PLANO DE ENSINO E APRENDIZAGEM: 
Superfície
Servidões.
 Usufruto. Uso.
 Habitação. Direito do promitente comprador.
 Do usufruto. Do uso. Da habitação.
 Direitos reais de garantia. Penhor.
 Hipoteca.
 Hipoteca. Anticrese.
DOS DIREITOS REAIS LIMITADOS
1.1 - DIREITO REAL SOBRE COISA ALHEIA OU DIREITO DE FRUIÇÃO/GOZO
1.1.1 – Superfície
1.1.2 – Servidão
1.1.3 – Usufruto
1.1.4 – Uso / Habitação
1.2 – DIREITO REAL EM GARANTIA
1.2.1 – Direito do Promitente Comprador
1.2.2 – Penhor
1.2.3 – Hipoteca
1.2.4 – Alienação fiduciária
1. DIREITOS REAIS LIMITADOS
1.1. DOS DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS OU DIREITOS DE FRUIÇÃO/GOZO
1.1.4. DO USO
Conceito:
	O uso é o usufruto limitado, pois resulta do desmembramento da propriedade. 
	Ao usuário é concedido o uso restrito aos limites das necessidades suas e de suas família (art. 1412 CC).
	O direito real de uso confere a seu titular a faculdade de, temporariamente, fruir a utilidade da coisa que grava. Ao usuário é concedido o direito de usar a coisa alheia, sem percepção de seus frutos.
	Segundo Lafayette, para o usuário se concede apenas a faculdade de perceber uma certa porção de frutos, tantos quantos bastem para as suas necessidades e das pessoas de sua família.
Características:
	O uso é indivisível, não podendo ser constituído por partes em uma mesma coisa, bem como incessível, não se podendo ceder seu exercício. Porém, se uso que o proprietário fazia da coisa consistia em �mprest-la, �mpr-la, ou alienar seus frutos, pode o usuário continuar a �mprest-lo no mesmo mister.
	O direito de uso aponta como exemplo o jazigo perpétuo, no qual são sepultados os mortos da família. Todavia, há quem entenda não ser possível considerar como de uso o direito de sepulcro, por se tratar o terreno de bem público.
Objeto do uso
	Quanto ao objeto do uso, recai-se tanto sobre as coisas móveis, como sobre as coisas imóveis. Quando for a respeito de coisa móvel, diz a doutrina que não poderá ser fungível nem consumível, mas há alguns autores que admitem a incidência do uso sobre bens móveis consumíveis. De acordo com Carlos Roberto Gonçalves, há o entendimento de que se aplica ao uso o que não for contrário à sua natureza “as disposições relativas ao usufruto”, tendo como base deste entendimento o art. 1.413 do Código Civil. Por este motivo alguns autores admitem a aplicação do uso sobre bens móveis, uma vez que o usuário adquiriria a propriedade da coisa cujo uso importa consumo e restituiria coisa equivalente. 
	Há autores, como o Orlando Gomes, que se referem a esta incompatibilidade de conceito, como um desvio de finalidade. Conforme o Decreto-Lei nº 271/1967, o qual disciplina em seus arts. 7º e 8º quanto ao objeto do uso, prevendo a concessão de uso de terrenos públicos ou particulares, remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, como direito real resolúvel, para fins específicos de urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra ou outra utilização de interesse social, prevendo ainda a concessão de uso do espaço aéreo.
	Não há como se falar em uso sem usufruto, uma vez que se aplica ao uso e a habitação os princípios do usufruto, conforme art. 1.414. Constitui usufruto um direito real conferido a alguém, durante certo lapso de tempo, que autoriza a retirar da coisa alheia os frutos e utilidades que ele produz, impondo-se-lhe o dever de conservar a sua substância, podendo mais cedo ou mais tarde, consolidar-se a propriedade. Dessa forma, o uso é espécie de usufruto de abrangência restrita, não é passível de cessão e é limitado às necessidades do usuário e sua família, art. 1.412.
Necessidades pessoais e da família do usuário
 Este preceito encontra explicitação e resposta no artigo 1.412 do Código Civil. No parágrafo primeiro a necessidade do usuário é avaliada conforme a sua condição social e o lugar onde viver. Após a constituição do direito real, pode ocorrer a mutabilidade das circunstâncias sobre as necessidades pessoais.Estas mesmas circunstâncias têm a probabilidade de aumentar como diminuir, dependendo de cada usuário.
 Quanto ao parágrafo segundo, dá uma ampliação a questão referindo-se à família do usuário, em que esta compreende não somente as necessidades do cônjuge, mas também dos filhos solteiros e das pessoas de seu serviço doméstico.Dessa forma percebe-se, a indiferença entre os vínculos, se são de parentesco civil ou consangüíneo ou então se trata de família constituída pelo casamento ou uma união estável.
 Não obstante, nada impede que o ato constitutivo do direito real possa contemplar, mediante acordo de vontades, ainda outras pessoas, além das indicadas.
Extinção do uso
	O doutrinador Arnoldo Wald elenca as causas de extinção do direito de uso, as quais, como convenientemente recorda o eminente civilista Carlos Roberto Gonçalves, sendo idênticas às relativas ao usufruto, encontram-se dispostas no artigo 1.410 do Código Civil de 2002.
	Segundo Wald, o uso se extingue pela morte do titular, pela renúncia deste, pela destruição da coisa, pelo decurso do prazo, pela realização de condição resolutiva, pela extinção da pessoa jurídica ou pelo decurso do prazo que a lei fixa para o uso em favor desta última (cem anos), ou, ainda, em razão da causa que motivou o uso, seja por prescrição das ações reais, seja por culpa do usuário. Nesta última hipótese, ressalta Arnoldo, em virtude de que somente um acordo das partes reconhecendo a culpa ou uma decisão do juiz pode extinguir o direito de uso, faz-se necessária uma sentença declaratória de extinção do direito de uso.
	Extingue-se o direito de uso, ainda, de acordo com Arnoldo Wald, exceto se houver indenização, a qual substitui, então, o bem gravado, pelo total perecimento do objeto. Este jurista realiza, também, uma última ressalva, dizendo que, não obstante não se possa adquirir o uso por usucapião, é possível �mpre-lo se outrem adquirir a propriedade através do referido instituto. 
1.1.5. HABITAÇÃO
Conceito:
O titular desse direito pode usar a casa para si, residindo nela, mas não pode nem dispor nem fruir. Poderá ser conferido, tal titulo, a mais de uma pessoa, qualquer delas que a ocupar estará no exercício de direito próprio, nada devendo às demais a titulo de aluguel.
Trata-se de um DIREITO REAL E PERSONALÍSSIMO. Assim, imprescindível, se torna o registro do respectivo titulo no Cartório de Registro de Imóveis.
Tem por objeto necessariamente BEM IMOVEL, e o titular deve nele residir, ele próprio, com sua família.
Não pode o titular do aludido direito, com efeito, de extrair do imóvel outra utilidade que não seja a de residir.
Em caso de falecimento do titular, o direito se extingue, ainda que haja cônjuge e familiares.

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