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4º Semestre Direito Civil II 1. outras modalidades de obrigações a) quanto a exigibilidade (eficácia) -Cíveis: São as obrigações judicialmente exigíveis por meio de uma demanda judicial. -Naturais: São as obrigações que não podem ser exigidas judicialmente, seja porque se encontram prescritas ou porque o legislador impede a sua cobrança. Apesar de inexigíveis o devedor poderá cumpri-la se quiser, mas não será obrigado a fazê-lo. Ex.: Dividas de jogo, art. 814 CC. Art. 814. As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito. b) quanto ao conteúdo: -De meio: São aquelas em razão das quais o devedor promete empregar todos os meios ao seu alcance para a obtenção de resultado sem a responsabilidade por este. Ex.: A obrigação dos advogados e de algumas modalidades medica. O devedor se obriga a entregar todos os meios técnicos necessários na tentativa de obter um determinado resultado, só devendo ser responsabilizado se tiver agido com culpa. -De resultado: São as obrigações em razão das quais o devedor se obriga a entregar o fim prometido, de modo que se este não tiver atingido, a obrigação terá sido descumprida. Ex.: A obrigação de transportador e a obrigação de cirurgião plástico (o resultado a ser obtido é aquele tecnicamente possível em face das condições pessoais do paciente. -De garantia: São aquelas obrigações em razão das quais o devedor se obriga a assegurar o cumprimento de uma obrigação com a eliminar um risco de que pesa sobre o credor. Ex.: A obrigação de fiador, seguradora. c) Quanto ao momento (quando serão cumpridas) - de execução instantânea: São aquelas que devem ser cumpridas de imediato e de uma só vez. Ex: Compra e venda a vista. - De execução diferida: São aquelas em razão das a obrigação é cumprida de uma só vez, mas em momento futuro. Ex: Compra e venda para pagamento me 30 dias. - De trato sucessivo ou execução continuada: São aquelas em razão das quais o cumprimento ocorre periodicamente ou através de atos reiterados; por tempo determinado ou indeterminado. Ex: Compra e venda a prazo e locação de imóvel. d) Quanto aos elementos acidentais: São as clausulas acessórias que as partes de um negocio jurídico, nele estabelecem com a finalidade de modificar os seus efeitos. -Puras e simples: São aquelas que não se vincula a nenhuma condição, termo ou encargo. -Condicionais: São aquelas que se subordinam a ocorrência de um evento futuro e incerto. Ex: Doação sob a condição de casamento futuro Termo: São aquelas que se vinculam a uma data ou se subordinam a morte de alguém. Modais, oneroso ou com encargos: è uma clausula acessória: importam as liberalidades com a finalidade de restringi-las (Doação ou testamento). e) quanto à liquidez: Líquidas: São as obrigações certas quanto a sua existência determinadas quanto ao seu objeto (o devedor sabe o que deve e quanto deve). Ilíquida: São aquelas que dependem da apuração da sua existência ou do seu valor para serem exigidas (o devedor não sabe o que e/ou quanto deve. Obrigações Pincipais – São aquelas que existem por si mesma independente de qualquer outra obrigação (surgem nos termos da lei, mas de acordo com a convenciencia e oportunidade das partes) Ex: Contratos em geral, como de compra e venda e locação. Obrigações acessorias- São aquelas que so existem em funcão das principais Ex: Contrato de garantia, tais como a fiança e a alienação fiduciaria. Do adiplemento(cumprimento) e extinção das obrigações 1. Do Pagamento Conceito-É o fato juridicio em razão do qual, o devedor ou terceiro realiza a prestação tal como fora prometida ao credor. Natureza juridica Atos juridicos sentido estrito – São condutas voluntarias cujos efeitos tão predeterminados na lei (o agente pratica conduta porque quer,mas não escolhes os efeitos juridicos que da conduta serão geradas) Prof. Alessandro Segalla Ex: Reconhecimento voluntario de paternidade. Ato Fato Juridico – É a conduta praticada independentemente da vontade do agente e que gera efeitos juridicos (nesta hipotese, pouca importa se queria ou não praticar a conduta, pois apenas interessa os efeitos juridicos que decorrem da conduta). Ex: Responsabilidade Civil Objetiva Negocio Juridico-É o fato juridico composto por manifestações de vontade, tem por finalidade criar, modificar ou extinguir direitos e deveres (efeitos juridicos). *Carlos Roberto Goncalves Especies : Direto- É aquele que ocorre com a realização da prestação pelo propio devedor ou por terceiro. Especies de Pagamentos Direito- É aquele que o corre com a realização da prestação pelo propio devedor ou por terceiro Indireto- É aquele que ocorre sem que a prestação tenha sido realizada tal como fora prometida ao credor (Consignação em pagamento, compensação). Requisitos de validade Para a obrigação produzir seu principal efeito, que é o de extinguir a obrigação , devem estar presentes seus requisitos essenciais de validade; - Existencia de vinculo obrigacional -Intenção de solver (animus solvendi) -Cumprimento da obrigação ( Este cumprimento deve ser total ou parcial). - Apessoa que efetua pagamento (Solvens) -A pessoa que recebe pagamento (Accpiens) O pagamento pressupões a existencia de um vinculo obrigacional. Se este não existe, não há o que pagar, o que extinguir. Qualquer pagamento será então, indevido, obrigando a restituição quem o recebeu. O animus solvendi também é necessario, não basta por exemplo, entregar certo numerario ao credor, com outra inteção que não a de solver a obrigação. O cumprimento da obrigação deve ser feito pelo devedor (solvens), por seu sucessor ou terceiro (cc, art. 304 e 305). Exige-se ainda a presença do credor (accpiens), de seu sucessor ou de quem de direito os representes (CC , art 308), pois o pagamento efetuado a pessoas que não desfruta dessas qualidades é indevido e propicia o direito a repetição. 1.1 Quem deve pagar quem CC, art. 304 a 307 Preceitua o art. 304 que “qualquer interessado na extinção da divida pode paga-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes a exoneração do devedor”. So se considera interessado quem tem interesse juridico na extinção da divida, isto é, quem está vinculado ao contrato, como o fiador, o avalista, o solidariamente obrigado, o herdeiro, entre outros, que pode ter o seu patrimonio afetado caso não ocoorra o pagamento. O principal interessado no solução da divida , que tem o dever de paga-la é o devedor. Mas os que se encotram em situações como fiador, são equiparados a devedor, pois tem legitimio interesse no cumprimento da obrigação . a) Devedor titulariza divida e responsabilidade b) Terceiro interessado- Titulariza e responsabilidade. É aquele pode sofrer as consequencias do descumprimento da obrigação mesmo não sendo devedor. Ex: Fiador c) Terceiro não interessado- não titulariza a divida, nem a responsabilidade, é aquele que realiza a prestação por motivos pessoais com a finalidade de ajudar o devedor mesmo não podendo ser responsabilizado pela divida. Ex: Pai que paga a divida do filho, ou namorada que paga a divida do namorado. *O devedor é aquele que deve e também é responsavél *O terceiro interessado é todo aquele que não é devedor, mas pode ser responsavél. Consequencias Juridicas: 1ª Consequencia- o devedor o terceiro interessado tem o direito de pagar até mesmo contra a vontade do credor (art. 304, caput do CC). Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. Na atualidade, entende-se que o devedor não apenas deve a prestação, como também tem o direito de raliza-lovisando a extinção da obrigação, pois não poderá ficar eternamente vinculado. A recusa do credor em receber o pagamento oferecido pelo devedor ou por qualquer outro interessado lhes da o direito de promover a ação de consignação. 2ª Consequencia- Terceiro interessado que efetuar pagamento se subrogará nos direitos do credor satisfeito (art. 346, III, do CC) Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. Subrogação é sinonimo de substituição, significa tomar o lugar de alguém em uma relação juridica. Ex: “A” sendo credor de “B”, e “C” sendo fiador de “B” , digamos que “C” pague a “A”, neste caso “C” será o novo credor. A subrogação transmite ao novo credor (terceiro interessado) os mesmo direitos e poderes. 3ª Consequencia- Se o terceiro interessado pagar a divida em seu propio nome, haverá subrogação, mas caso pague em nome do devedor não ocorrerá subrogação, pois terá havido uma liberalidade que impedirá a cobrança da divida. Liberalidade é a conduta desinteressada que tem por finalidade beneficiar alguem sem aguardar algo em troca. 4ª Consequencia- O terceiro não interessado pode pagar se quiser, porém terão de fazê-lo “em nome e em beneficio do devedor” art. 304, parágrafo único do CC. Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste. O CC não permite que o terceiro não interessado realize pagamento da obrigação em seu nome próprio, pois não é responsável pela divida e não tem legitimidade para cumprir a em seu nome propio. O terceiro não interessado não terá direito ao reembolso do que pagou, não será beneficiado pela subrogação, de modo que não substituirá o credor satisfeito. 5ª Consequencia- O pagamento feito indevidamente por qualquer terceiro (art. 306 do CC) Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação. Se qualquer terceiro efetuar o pagamento do credor com desconhecimento ou oposição do devedor, não poderá reeembolsar-se do que pagou se o devedor possuiajusta causa para não ter cumprido a obrigação. Ex: Dividas prescritas ou dividas já pagas. 1.2 Daqueles a quem se deve pagar (CC art. 308 a 312). a) Deve ser feito ao credor ou a quem o represente, sob pena de só valer após ratificação ou prova da reversão em favor do destinatário, CC art. 308 Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito a.b) Representante Legal: É aquele que é imposto pela lei, como exemplo, os pais que representam os filhos incapazes. Judicial: É aquele que foi nomear para representar o credor em processo judicial (caso do advogado que representa os interesses do cliente. Nesta hipótese o representante deve ter poderes para receber a quitação. Convencional: Aquele que recebe poderes do credor por meio de um contrato denominado mandato. A existência do mandato é comprovada através da apresentação da respectiva procuração quem não possui procuração não poderá ser considerado representante convencional. b) Pagamento feito de boa-fé a credor putativo, CC art. 309) - Credor putativo é aquele que aparenta ser o credor, se apresenta como tal, mas não é. - Boa-fé é um estado de ignorância ou desconhecimento de alguém por não saber da existência de uma situação que impede o exercício ou a realização de um direito. Art. 309 – O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é valido ainda provado depois que não era credor. c) Pagamento feito cientemente a credor incapaz de quitar, Art. 310. - Nesta hipótese, o pagamento não será nulo ou anulável, mas simplesmente ineficaz, em razão de não extinguir a obrigação. Art. 310 – Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não provar que em beneficio dele efetivamente reverteu. *Lei 13.146/2015, mudou a regra dos absolutamente incapazes e relativamente incapazes. Só são absolutamente incapazes os menores de 16 anos. d) Pagamento feito a portador de quitação, art. 311. Art. 311 – Considera-se autorizado a receber pagamento o portador da quitação, salvo se as circunstancias contrariarem a presunção dai resultante. Do objeto do pagamento e sua prova- art. 313 a 326 a) Qual é o objeto do pagamento? -É a prestação de dar, fazer, não fazer. b) princípio da correspondência, identidade ou pontualidade. art. 313? Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. -Segundo este princípio, o credor não é obrigado a receber prestação diversa do que lhe foi devida ainda que mais valiosa. c) Principio da integralidade/indivisibilidade art. 314? Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou. -Segundo este principio ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, o credor não é obrigado a receber, nem o devedor a pagar por partes, ou prestações se contrário não foi ajustado. Ver art. 745 a, do CPC. Art. 745-A. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de 30% (trinta por cento) do valor em execução, inclusive custas e honorários de advogado, poderá o executado requerer seja admitido a pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e juros de 1% (um por cento) ao mês. d) Principio do nominalismo, art. 315 -Está ligado a ideia de valor nominal, que é aquele que se encontra estampado, pelo gravado não completo ou cunhado nas cédulas ou moeda de um pais. -De acordo com este princípio as dívidas em dinheiro devem ser pagas até seu vencimento sem qualquer reajuste ou correção. -exceções: -Dividas de valor: é aquela fixada em dinheiro ou outra unidade com a finalidade de permitir a aquisição de certos bens. Ex.: Pensão alimentícia nos termos do art. 1710 do CC. Art. 1.710. As prestações alimentícias, de qualquer natureza, serão atualizadas segundo índice oficial regularmente estabelecido. -Clausula de escala móvel- art. 316: Clausula de reajuste de prestações. Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas. -A lei 10192 de 2001 permite a correção monetária das prestações de um contrato em periodicidade anual, sendo nula qualquer clausula que disponha sobre reajuste e prazo inferior. Ex.: Inquilino de imóvel, reajuste a cada ano. -Revisão judicial do contrato, art. 317 Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação. - Por motivos imprevisíveis havendo desproporção manifesta entre o valor da prestação e o momento do seu cumprimento o juiz poderá corrigi-lo para assegurar o seu valor real. Ex.: Revisão judicial de alugueis. e) da quitação -conceito, art. 319: é a extinção da obrigação pelo pagamento, quitação é o reconhecimento de recebimento. Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada. -Recibo é a declaração do credor (ou de seu representante) de haver recebido a prestação devida. Forma, art. 320: escrito, o recibo deve declarar qual foi a prestação, e indicar o seu valor. Art. 320. A quitação, que semprepoderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante. Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida. O recibo é o instrumento da quitação, comprovação. Lugar do pagamento- CC art. 227 a 230 Espécies de dividas, todas as dividas se dividem em duas espécies: Quesível ou quérable, CC art. 327, 1ª parte: É aquela que deve ser paga no domicilio do devedor, salvo se as partes tiverem convencionado lugar diverso para pagamento, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou da circunstância (analise caso a caso). *Regra geral, paga no domicilio do devedor Ex.: Seu barriga credor, seu madruga devedor, a dívida de aluguel era cobrada na casa de seu madruga. *A finalidade é facilitar a realização da prestação pelo devedor. Portável ou portable, CC art. 327, 2ª parte: Pagas no domicilio do credor ou em lugar diverso Pagamento feito reiteradamente em lugar diverso do contrato, CC art. 330: O pagamento feito reiteradamente em lugar divers daquele fixado na obrigação é sinônimo de pagamento habitual ou repetidamente realizado em lugar diverso do original e que deverá ser analisado caso a caso. Quando isto vier a ocorrer, a lei presume que o credor renunciou ao lugar fixado no contrato permitindo ao devedor que continue a pagar acordo com a conduta reiteradamente estabelecida. Existência de dois ou mais lugares para pagamento, CC art. 327, par. Único: Quando a obrigação estabelece dois ou mais lugares para que o pagamento seja realizado, a lei estabelece que caberá ao credor a escolha de qualquer um dos lugares comunicando ao devedor. Tempo (momento) de pagamento, art. 331 a 333: -Dívida sem data de pagamento, CC art. 331: Quando as partes não tiverem estabelecido data de vencimento para a prestação, o credor poderá exigi-la imediatamente desde que notifique o devedor por escrito para exigir a realização da prestação. -Dívida com data de vencimento, CC 331: Nesta hipótese, a prestação deverá ser paga até a data de vencimento sob pena de o devedor sofrer as punições do art. 389 Termo: Evento futuro e incerto. Dividas condicionais, art. 332: São aquelas cuja exigibilidade está subordinada a ocorrência de um evento futuro e incerto, cabendo ao credor demonstra que o devedor tomou conhecimento de sua ocorrência Condição: evento futuro e incerto. Hipóteses de vencimento antecipado de dividas, CC art. 333: Neste caso, o art. 333 estabelece hipóteses que acarretam o vencimento antecipado de uma dívida por forca da sua ocorrência e independente da vontade das partes. Ex.: Falência de PJ
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