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NOÇÕES DE REGULAÇÃO E 
AGÊNCIAS REGULADORAS
Didatismo e Conhecimento 1
NOÇÕES DE REGULAÇÃO E AGÊNCIAS REGULADORAS
1. REGULAÇÃO E AGÊNCIAS 
REGULADORAS:
AS AGÊNCIAS REGULADORAS E 
O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE.
Agência reguladora
Agência reguladora é uma pessoa jurídica de Direito público 
interno, geralmente constituída sob a forma de autarquia especial 
ou outro ente da administração indireta, cuja finalidade é regular e/
ou fiscalizar a atividade de determinado setor da economia de um 
país, a exemplo dos setores de energia elétrica, telecomunicações, 
produção e comercialização de petróleo, recursos hídricos, mercado 
audiovisual, planos e seguros de saúde suplementar, mercado de 
fármacos e vigilância sanitária, aviação civil, transportes terrestres 
ou aquaviários etc.
As Agências Reguladoras são criadas através de Leis e tem 
natureza de Autarquia com regime jurídico especial. Consistem 
em autarquias com poderes especiais, integrantes da administração 
pública indireta, que se dispõe a fiscalizar e regular as atividades 
de serviços públicos executados por empresas privadas, mediante 
prévia concessão, permissão ou autorização.
Estas devem exercer a fiscalização, controle e, sobretudo, 
poder regulador incidente sobre serviços delegado a terceiros. 
Correspondem, assim, a autarquias sujeitas a regime especial 
criadas por lei para aquela finalidade especifica. Diz-se que seu 
regime é especial, ante a maior ou menor autonomia que detém 
e a forma de provimento de seus cargos diretivos (por mandato 
certo e afastada a possibilidade de exoneração ad nutum, ou seja, a 
qualquer momento). Não são, porém, independentes. Estão sujeitas 
ao mesmo tratamento das autarquias, e passiveis de idênticos 
mecanismos de controle.
Atribuições:
Cumpre tarefa de grande relevância, pois sua função é 
essencialmente técnica e sua estrutura é constituída de tal forma a 
se evitar ingerências políticas na sua direção.
Suas atribuições principais são:
• levantamento de dados, análise e realização de estudos 
sobre o mercado objeto da regulação.
• elaboração de normas disciplinadoras do setor regulado 
e execução da política setorial determinada pelo Poder Executivo, 
de acordo com os condicionamentos legislativos (frutos da 
construção normativa no seio do Poder Legislativo).
• fiscalização do cumprimento, pelos agentes do mercado, 
das normas reguladoras.
• defesa dos direitos do consumidor.
• incentivo à concorrência, minimizando os efeitos dos 
monopólios naturais, objetivando à eliminação de barreiras 
de entrada e o desenvolvimento de mecanismos de suporte à 
concorrência.
• gestão de contratos de concessão e termos de autorização 
e permissão de serviços públicos delegados, principalmente 
fiscalizando o cumprimento dos deveres inerentes à outorga, à 
aplicação da política tarifária etc.
• arbitragem entre os agentes do mercado, sempre que 
prevista na lei de instituição.
Na esfera federal brasileira, são exemplos de agências 
reguladoras a ANATEL, ANEEL, ANCINE, ANAC, ANTAQ, 
ANTT, ANP, ANVISA, ANS e ANA.
No Brasil, além das agências reguladoras federais, existem 
agências reguladoras estaduais e municipais.
Quadro de pessoal das agências reguladoras no Brasil:
Em geral, as relações de trabalho travadas na intimidade 
institucional das autarquias subsome-se ao regime jurídico 
estatutário, consubstanciado por intermédio de diplomas 
legislativos de viés federal ou estadual, em simetria à órbita em 
que se encartem as entidades.
Todavia, para uma espécie de manifestação autárquica, a 
pertinente às agências reguladoras, é prevista a regência pelo regime 
da CLT, em dispositivo da Lei 9.986, de eficácia liminarmente 
suspensa por decisão monocrática do ministro do STF, Marco 
Aurélio de Mello, em Ação Direta de Inconstitucionalidade 
proposta pelo Partido dos Trabalhadores, tendo em vista a 
incompatibilidade do modelo legal à compleição característica das 
mencionadas entidades.
O quadro de pessoal efetivo das agências reguladoras federais 
brasileiras, dotado de poder de polícia, é composto por membros 
da carreira de Especialista em Regulação, Analista Administrativo, 
técnico em regulação e técnico administrativo, de acordo com a 
Lei 10.871/2004.
ÓRGÃOS REGULADORES NO BRASIL: 
HISTÓRICO E CARACTERÍSTICA DAS 
AUTARQUIAS.
Agência Nacional de Telecomunicações
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foi criada 
pela Lei 9.472, de 16 de julho de 1997 – mais conhecida como 
Lei Geral de Telecomunicações (LGT), sendo a primeira agência 
reguladora a ser instalada no Brasil, em 5 de novembro daquele 
mesmo ano. 
A criação da Anatel fez parte do processo de reformulação 
das telecomunicações brasileiras iniciado com a promulgação 
da Emenda Constitucional 8/1995, que eliminou a exclusividade 
na exploração dos serviços públicos a empresas sob controle 
acionário estatal, permitindo a privatização e introduzindo o 
regime de competição. O Estado passava da função de provedor 
para a de regulador dos serviços.
Regulamentar, outorgar e fiscalizar. Assim podem ser 
resumidas as principais atribuições da Anatel, desenvolvidas 
para cumprir a missão de “promover o desenvolvimento das 
telecomunicações do País de modo a dotá-lo de uma moderna e 
eficiente infraestrutura de telecomunicações, capaz de oferecer à 
sociedade serviços adequados, diversificados e a preços justos, em 
todo o território nacional”.
Didatismo e Conhecimento 2
NOÇÕES DE REGULAÇÃO E AGÊNCIAS REGULADORAS
A Agência é administrativamente independente, financeiramente 
autônoma, não subordinada hierarquicamente a nenhum órgão de 
governo. Última instância administrativa, as decisões da Anatel 
só podem ser contestadas judicialmente. As normas elaboradas 
pela Agência são antes submetidas a consulta pública, seus atos 
são acompanhados por exposição formal de motivos que os 
justifiquem. Em determinados casos são promovidas audiências 
públicas para a manifestação presencial da sociedade. As atas 
de reuniões e os documentos relativos às decisões do Conselho 
Diretor e à atuação da Anatel encontram-se disponíveis ao público 
na Biblioteca da Agência.
Em anos recentes a Anatel vem acumulando inúmeras críticas 
da sociedade devido a suas ações claramente voltadas para defesa 
dos interesses do oligopólio das telecomunicações no Brasil, 
formado por um pequeno número de empresas privadas.
Por ser uma agência reguladora, é uma entidade de Estado que 
auxilia a administração pública descentralizada. É fiscalizada pela 
sociedade e por órgãos de controle como o Tribunal de Contas da 
União (TCU), entre outros.
Conselho Diretor:
O órgão máximo da Anatel é o Conselho Diretor. Cada um dos 
cinco conselheiros vota com independência, fundamentando seu 
voto. As decisões são tomadas em reuniões, sessões ou circuitos 
deliberativos (procedimento de coleta de votos sem a necessidade 
de reunião), por maioria absoluta, ou seja, por no mínimo três 
votos favoráveis.
Os conselheiros – brasileiros de reputação ilibada, formação 
universitária e elevado conceito no campo de sua especialidade, 
escolhidos pelo presidente da República e nomeados após 
aprovação pelo Senado Federal – têm mandato fixo, de cinco 
anos, e estabilidade. O presidente do Conselho exerce a função de 
presidente-executivo da Agência.
Perfil Institucional:
Com sede em Brasília, a Anatel conta com representações em 
todas as capitais brasileiras. Por meio dos escritórios regionais 
e das unidades operacionais, a Agência realiza as atividades de 
fiscalização e mantém contato mais próximo com a sociedade nas 
Salas do Cidadão, espaço aberto para atendimento aos usuários.
As atividades da Anatel são divididas entre seis 
superintendências:
• Superintendência de Administração Geral (SAD) - 
responsável pelas atividades administrativas de suporte aos órgãosda Agência, a elaboração do Plano de Trabalho da Agência e a 
gestão do orçamento, das finanças, da arrecadação, da tecnologia 
da informação, do desenvolvimento dos talentos e gestão dos 
recursos humanos, dos recursos materiais, da infraestrutura e da 
modernização e desenvolvimento organizacional.
• Superintendência de Radiofrequência e Fiscalização 
(SRF) - responsável pela engenharia do espectro radioelétrico, 
a certificação de produtos de comunicação, a fiscalização do 
recolhimento para os fundos administrados pela Anatel, a 
fiscalização da execução e da prestação dos serviços, da implantação 
e funcionamento de redes de telecomunicações, bem como da 
utilização dos recursos de órbita e espectro de radiofrequências, e 
do cumprimento dos compromissos e obrigações assumidos pelas 
prestadoras de serviços ou a elas impostas, em regime público ou 
privado.
• Superintendência de Serviços Públicos (SPB) - 
responsável pelo Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) 
abrangendo a condução dos procedimentos de regulamentação, de 
concessão, permissão ou autorização, de outorga de autorização 
do direito de uso de radiofrequências associadas e licenciamento 
de estações, a estruturação e administração dos recursos de 
numeração, o acompanhamento e controle da prestação dos 
serviços e da competição nos mercados relevantes associados, 
a instauração e condução de procedimentos administrativos e 
aplicação de sanções, a gestão da satisfação dos usuários e das 
obrigações, os parâmetros de qualidade de redes e serviços, a 
interconexão e interoperabilidade das redes de telecomunicações, 
o acompanhamento econômico e de preços e tarifas, os planos de 
serviços, o controle, prevenção e repressão das infrações de ordem 
econômica, assim como a regulação das atividades das respectivas 
prestadoras.
• Superintendência de Serviços Privados (SPV) - 
responsável pelos serviços de telecomunicações prestados 
exclusivamente em regime privado, terrestres e espaciais exceto 
os serviços de comunicação eletrônica de massa e o telefônico 
fixo comutado, abrangendo a condução dos respectivos 
procedimentos de autorização para a exploração dos serviços, de 
outorga de autorização para uso de radiofrequências associadas, 
de conferência de direito de exploração de satélite, bem como o 
acompanhamento das obrigações assumidas pelas prestadoras, 
a administração de recursos de numeração e endereçamento de 
redes e serviços, o estabelecimento de controles de qualidade de 
redes e serviços, a interconexão e interoperabilidade das redes de 
telecomunicações, a análise de projetos técnicos, a aprovação de 
instalação de estações, de uso de equipamentos, de licenciamento 
do funcionamento de estações, o controle, prevenção e repressão 
das infrações à ordem econômica e ao direito do consumidor, a 
análise e efetivação de transferências, a apuração e aplicação de 
sanções e a resolução administrativa de conflitos.
• Superintendência de Serviços de Comunicação de 
Massa (SCM) - responsável pelos serviços de telecomunicações 
denominados de comunicação eletrônica de massa, prestados 
no regime privado, abrangendo a condução dos respectivos 
procedimentos de concessão e autorização para a exploração dos 
serviços, a outorga de autorização para uso de radiofrequências 
associadas, bem como o acompanhamento das obrigações 
assumidas pelas autorizadas, permissionárias ou concessionárias, a 
aplicação de sanções, a administração de recursos de numeração e 
endereçamento de redes e serviços, o estabelecimento de controles 
de qualidade de redes e serviços, a interconexão e interoperabilidade 
das redes de telecomunicações, a análise de projetos técnicos, 
aprovação de instalação de estações, de uso de equipamentos, de 
licenciamento do funcionamento de estações, abrangendo também 
os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens, seus 
auxiliares, correlatos e encilares, o controle, prevenção e repressão 
das infrações da ordem econômica e do direito do consumidor, a 
análise e efetivação de transferências, a regulação das atividades 
das respectivas prestadoras e a manutenção dos planos básicos 
de distribuição de canais, excluída a outorga dos serviços de 
radiodifusão sonora e de sons e imagens.
• Superintendência de Universalização (SUN) - 
responsável pelos aspectos relativos a universalização de serviços 
de telecomunicações, abrangendo a condução dos procedimentos 
de regulamentação, de contratação de obrigações, de elaboração 
Didatismo e Conhecimento 3
NOÇÕES DE REGULAÇÃO E AGÊNCIAS REGULADORAS
de alterações e complementos ao Plano Geral de Metas para a 
Universalização (PGMU) e de outros planos para a universalização, 
acompanhamento e controle das obrigações de universalização e 
de atendimento aos respectivos programas, projetos e atividades, a 
gestão da satisfação dos usuários e das obrigações de continuidade, 
os parâmetros de qualidade, o acompanhamento econômico, 
a instauração e condução de procedimentos administrativos 
e aplicação de sanções, o controle, prevenção e repressão das 
infrações da ordem econômica, assim como a regulação das 
atividades dos respectivos prestadores.
Ao superintendente-executivo cabe orientar e coordenar o 
alinhamento das ações e das atividades das superintendências com 
os objetivos e a missão da Agência.
A Anatel conta, ainda, com uma Ouvidoria e um 
Conselho Consultivo. A esse colegiado, órgão de participação 
institucionalizada da sociedade na Agência, cabe:
• opinar, antes do encaminhamento ao Ministério das 
Comunicações, sobre os planos gerais de outorgas e de metas 
para universalização e demais políticas governamentais de 
telecomunicações;
• aconselhar quanto à instituição ou à eliminação da 
prestação de serviço no regime público;
• apreciar os relatórios anuais do Conselho Diretor; e
• requerer informação e fazer proposição a respeito das 
atribuições do Conselho Diretor.
Os membros do Conselho Consultivo não são remunerados 
e têm mandato de três anos, vedada a recondução. Eles são 
designados por decreto do presidente da República e, anualmente, 
o colegiado é renovado em um terço. Integram o Conselho 
Consultivo:
• dois representantes do Senado Federal,
• dois representantes da Câmara dos Deputados,
• dois representantes do Poder Executivo,
• dois representantes de entidades de classe das prestadoras 
de serviços de telecomunicações,
• dois representantes de entidades representativas dos 
usuários e
• dois representantes de entidades representativas da 
sociedade.
O ouvidor – nomeado pelo presidente da República para 
mandato de dois anos, admitida uma recondução – atua com 
independência, não tendo vinculação hierárquica com o Conselho 
Diretor ou seus integrantes. Ao ouvidor, é permitido o acesso 
a todos os assuntos da Agência e o direito de assistir a todas as 
sessões e reuniões do Conselho Diretor. A Ouvidoria tem como 
principal atribuição produzir, semestralmente ou quando julgar 
oportuno, apreciações críticas sobre a atuação da Agência – 
posteriormente encaminhadas ao Conselho Diretor, ao Conselho 
Consultivo, ao Ministério das Comunicações, a outros órgãos do 
Poder Executivo e ao Congresso Nacional.
A Central de Atendimento da Anatel é administrada pela 
Assessoria de Relações com os Usuários (ARU). Além dessa, a 
ARU possui as seguintes atribuições:
• receber, responder ou encaminhar, quando for o caso, 
interna ou externamente, solicitações, queixas ou comentários por 
parte de usuários dos serviços de telecomunicações;
• desenvolver e implementar métodos e procedimentos 
destinados ao relacionamento entre a Agência e os usuários dos 
serviços de telecomunicações;
• assistir os órgãos da Agência em relação aos assuntos de 
defesa e proteção dos direitos dos usuários.
À Anatel cabem os poderes de outorga, regulamentação e 
fiscalização sobre os serviços de telecomunicações,além de um 
grande acervo técnico e patrimonial. A outorga dos serviços de 
radiodifusão sonora (rádio) e radiodifusão de sons e imagens 
(televisão), entretanto, é de competência do Ministério das 
Comunicações.
Quanto aos serviços de radiodifusão, cabe à Anatel elaborar, 
manter e atualizar os planos de canais a serem usados pelos 
radiodifusores, bem como dos serviços encilares e correlatos a 
esta atividade (como é o caso das repetidoras de TV). Também 
fazem parte das atribuições da Agência, entre outras, as seguintes 
funções:
• regulamentação técnica: expedição de regulamentos com 
as características técnicas a serem seguidas pelos radiodifusores;
• administração dos planos básicos: gerenciamento 
dos planos de canalização da radiodifusão, considerando as 
características técnicas dos diferentes prestadores, com o objetivo 
de permitir a prestação dos serviços com qualidade e sem 
interferências; e
• expedição de autorização para uso de radiofrequências 
para os prestadores do serviço de radiodifusão.
Quanto aos serviços de telecomunicações, à Anatel compete, 
entre outros:
• expedir normas quanto à outorga, à prestação e à fruição 
dos serviços de telecomunicações nos regimes público e privado;
• administrar o espectro de radiofrequências e o uso de 
órbitas, expedindo as respectivas normas;
• expedir normas e padrões a serem cumpridos pelas 
prestadoras de serviços de telecomunicações quanto aos 
equipamentos que utilizarem;
• expedir ou reconhecer a certificação de produtos, 
observados os padrões e normas por ela estabelecidos;
• editar atos de outorga e extinção de direito de uso de 
radiofrequências e de órbita, fiscalizando e aplicando sanções;
• celebrar e gerenciar contratos de concessão;
• expedir e extinguir autorização para a prestação de 
serviços em regime privado;
• fiscalizar e aplicar sanções relativas as infrações a 
regulamentação setorial;
• reprimir infrações dos direitos dos usuários; e
• exercer, relativamente às telecomunicações, as 
competências legais em matéria de controle, prevenção e repressão 
das infrações da ordem econômica, ressalvadas as pertencentes ao 
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
A Anatel tem, portanto, poder normativo infralegal sobre o 
setor de telecomunicações. Esta competência é exercida com o 
auxílio da sociedade, que é ouvida, necessariamente, através do 
mecanismo de consulta pública, na qual as críticas e sugestões 
recebidas são objeto de exame e permanecem à disposição do 
público na Biblioteca da Agência.
Didatismo e Conhecimento 4
NOÇÕES DE REGULAÇÃO E AGÊNCIAS REGULADORAS
As fontes de financiamento da Anatel são os recursos 
orçamentários e os créditos suplementares consignados à Agência 
e os recursos do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações 
(FISTEL), depois de transferidos os valores que são devidos ao 
Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações 
(FUST) e ao Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das 
Telecomunicações (FUNTTEL).
A Anatel submete anualmente ao Ministério das Comunicações 
a proposta de orçamento da Agência, bem como a do FISTEL, que 
são encaminhados posteriormente ao Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão para inclusão no projeto de Lei Orçamentária 
Anual (LOA) a ser aprovada pelo Congresso Nacional.
O quadro efetivo de servidores da Agência está estabelecido 
na Lei 10.871/2004. A força de trabalho aprovada é de 1.690 
servidores – quantitativo que não inclui os nomeados sem vínculo. 
Ao final de 2009, portanto, com os 1.557 servidores dos quadros 
efetivo e específico, além dos servidores requisitados, incluindo 
os da Telebrás, a Anatel contava com 92% do quadro previsto. Em 
2009, a Anatel realizou o seu terceiro concurso e seu quadro de 
servidores passou de 1.468, no final de 2008, para 1.625 em 2009 
– crescimento de 10,7%.
Segundo a LGT, são atribuições da Anatel: 
• implementar, em sua esfera de atribuições, a política 
nacional de telecomunicações;
• representar o Brasil nos organismos internacionais de 
telecomunicações, sob a coordenação do Poder Executivo;
• expedir normas quanto à outorga, prestação e fruição dos 
serviços de telecomunicações no regime público;
• editar atos de outorga e extinção de direito de exploração 
do serviço no regime público;
• celebrar e gerenciar contratos de concessão e fiscalizar 
a prestação do serviço no regime público, aplicando sanções e 
realizando intervenções;
• controlar, acompanhar e proceder à revisão de tarifas 
dos serviços prestados no regime público, podendo fixá-las nas 
condições previstas nesta Lei, bem como homologar reajustes;
• administrar o espectro de radiofrequências e o uso de 
órbitas, expedindo as respectivas normas;
• editar atos de outorga e extinção do direito de uso de 
radiofrequência e de órbita, fiscalizando e aplicando sanções;
• expedir normas sobre prestação de serviços de 
telecomunicações no regime privado;
• expedir e extinguir autorização para prestação de serviço 
no regime privado, fiscalizando e aplicando sanções;
• expedir normas e padrões a serem cumpridos pelas 
prestadoras de serviços de telecomunicações quanto aos 
equipamentos que utilizarem;
• expedir ou reconhecer a certificação de produtos, 
observados os padrões e normas por ela estabelecidos;
• expedir normas e padrões que assegurem a 
compatibilidade, a operação integrada e a interconexão entre as 
redes, abrangendo inclusive os equipamentos terminais;
• realizar busca e apreensão de bens no âmbito de sua 
competência;
• deliberar na esfera administrativa quanto à interpretação 
da legislação de telecomunicações e sobre os casos omissos;
• compor administrativamente conflitos de interesses entre 
prestadoras de serviço de telecomunicações;
• reprimir infrações dos direitos dos usuários;
• exercer, relativamente às telecomunicações, as 
competências legais em matéria de controle, prevenção e repressão 
das infrações da ordem econômica, ressalvadas as pertencentes ao 
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE);
• propor ao Presidente da República, por intermédio 
do Ministério das Comunicações, a declaração de utilidade 
pública, para fins de desapropriação ou instituição de servidão 
administrativa, dos bens necessários à implantação ou manutenção 
de serviço no regime público;
• arrecadar e aplicar suas receitas;
• resolver quanto à celebração, alteração ou extinção 
de seus contratos, bem como quanto à nomeação, exoneração e 
demissão de servidores, realizando os procedimentos necessários, 
na forma em que dispuser o regulamento;
• contratar pessoal por prazo determinado, de acordo com 
o disposto na Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993;
• adquirir, administrar e alienar seus bens;
• decidir em último grau sobre as matérias de sua alçada, 
sempre admitido recurso ao Conselho Diretor;
• formular ao Ministério das Comunicações proposta de 
orçamento;
• aprovar o seu regimento interno;
• elaborar relatório anual de suas atividades, nele 
destacando o cumprimento da política do setor definida nos termos 
do artigo anterior;
• enviar o relatório anual de suas atividades ao Ministério 
das Comunicações e, por intermédio da Presidência da República, 
ao Congresso Nacional;
• promover interação com administrações de 
telecomunicações dos países do Mercado Comum do Sul 
(Mercosul), com vistas à consecução de objetivos de interesse 
comum.
Serviços regulados
• Telefonia fixa (Serviço Telefônico Fixo Comutado - 
STFC)
• Comunicação móvel (Serviço Móvel Pessoal - SMP e 
Serviço Móvel Especializado - SME)
• Comunicação multimídia
• Radiodifusão
• TV por assinatura
• Rádio do cidadão
• Radioamador
• Radiofrequência
• Satélite
• Serviço limitado
• Demais serviços de telecomunicações
Agência Nacional de Energia Elétrica
A Agência Nacional de Energia Elétrica(ANEEL) é uma 
autarquia sob-regime especial (Agência Reguladora), vinculada ao 
Ministério de Minas e Energia, com sede e foro no Distrito Federal, 
com a finalidade de regular e fiscalizar a produção, transmissão 
e comercialização de energia elétrica, em conformidade com as 
Políticas e Diretrizes do Governo Federal.
Didatismo e Conhecimento 5
NOÇÕES DE REGULAÇÃO E AGÊNCIAS REGULADORAS
A ANEEL foi criada em 1996, pela Lei nº 9.427, de 26 de 
dezembro de 1996, durante o primeiro mandato do Presidente 
Fernando Henrique Cardoso.
O quadro de pessoal efetivo da ANEEL, instituído pela Lei nº 
10.871/2004, é composto por 365 cargos da carreira de Especialista 
em Regulação, 200 cargos da carreira de Analista Administrativo e 
200 cargos da carreira de Técnico em Regulação.
A agência é administrada por uma diretoria colegiada, 
formada pelo Diretor-Geral e outros quatro Diretores, entre eles, o 
Diretor-Ouvidor. As funções executivas da ANEEL estão a cargo 
de vinte superintendentes. A maioria das superintendências se 
concentra em questões técnicas - regulação, fiscalização, mediação 
e concessão - e uma parte delas se dedica à relação da ANEEL com 
seu público interno e a sociedade.
Nas questões jurídicas, a Procuradoria Federal representa a 
Agência.
Diretores
A Diretoria da Agência é composta pelos diretores:
• Nelson Hubner – Diretor-Geral.
• Edvaldo Alves de Santana – Diretor.
• Julião Silveira Coelho – Diretor.
• André Pepitone - Diretor.
• Romeu Donizete Rufino - Diretor.
Ex-Diretores
• José Mário Abido - Diretor-Geral.
• Jerson Kelman – Diretor-Geral.
Superintendências
As Superintendências da Agência são as seguintes:
• Superintendência de Fiscalização dos Serviços de 
Eletricidade – SFE.
• Superintendência de Fiscalização Econômica e 
Financeira – SFF.
• Superintendência de Fiscalização de Serviços de Geração 
– SFG.
• Superintendência de Gestão e Estudos Hidroenergéticos 
– SGH.
• Superintendência de Concessões e Autorizações de 
Geração – SCG.
• Superintendência de Concessões e Autorizações de 
Transmissão e Distribuição – SCT.
• Superintendência de Gestão Técnica da Informação - 
SGI.
• Superintendência de Administração e Finanças – SAF.
• Superintendência de Planejamento da Gestão – SPG.
• Superintendência de Licitações e Controle de Contratos e 
Convênios – SLC.
• Superintendência de Recursos Humanos – SRH.
• Superintendência de Relações Institucionais – SRI.
• Superintendência de Regulação Econômica – SRE.
• Superintendência de Estudos Econômicos do Mercado - 
SEM.
• Superintendência de Regulação dos Serviços de Geração 
– SRG.
• Superintendência de Regulação da Comercialização da 
Eletricidade – SRC.
• Superintendência de Regulação dos Serviços de 
Distribuição – SRD.
• Superintendência de Regulação dos Serviços de 
Transmissão – SRT.
• Superintendência de Mediação Administrativa Setorial – 
SMA.
• Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e 
Eficiência Energética - SPE
As competências da ANEEL estão previstas no art. 3º da Lei 
nº 9.427/96 e incluem:
• Implementar as políticas e diretrizes do governo 
federal para a exploração da energia elétrica e o aproveitamento 
dos potenciais hidráulicos, expedindo os atos regulamentares 
necessários ao cumprimento das normas estabelecidas pela Lei nº 
9.074, de 7 de julho de 1995 (Inciso I do art. 3º da Lei nº 9.724/96).
• Promover a licitação de novas concessões de geração, 
transmissão e distribuição de energia elétrica (Inciso II do art. 3º 
da Lei nº 9.724/96).
• Fazer a gestão dos contratos de concessão ou de permissão 
de serviços públicos de energia elétrica e fiscalizar, diretamente 
ou mediante convênios com órgãos estaduais, as concessões, as 
permissões e a prestação dos serviços de energia elétrica (Inciso 
IV do art. 3º da Lei nº 9.724/96).
• Atuar como instância revisora das decisões 
administrativas das agências reguladoras estaduais e solucionar as 
divergências entre concessionárias, permissionárias, autorizadas, 
produtores independentes e autoprodutores, bem como entre 
esses agentes e seus consumidores (Inciso V do art. 3º da Lei nº 
9.724/96).
• Fixar os critérios para cálculo das Tarifas de Uso dos 
Sistemas Elétricos de Transmissão e Distribuição - TUST e TUSD 
- (§ 6º do art. 15 da Lei nº 9.074/1995), de 7 de julho de 1995, e 
arbitrar seus valores nos casos de negociação frustrada entre os 
agentes envolvidos (Inciso VI do art. 3º da Lei nº 9.724/96).
• Negociar com a Agência Nacional do Petróleo os critérios 
para fixação dos preços de transporte de combustíveis fósseis e gás 
natural, quando destinados à geração de energia elétrica, e para 
arbitramento de seus valores, nos casos de negociação frustrada 
entre os agentes envolvidos (Inciso VII do art. 3º da Lei nº 
9.724/96).
• Autorizar previamente as alterações do controle 
acionário das concessionárias, permissionárias e autorizadas 
para propiciar concorrência efetiva entre os agentes e a impedir 
a concentração econômica nos serviços e atividades de energia 
elétrica e estabelecer restrições, limites ou condições para 
empresas, grupos empresariais e acionistas, quanto à obtenção de 
concessões, permissões e autorizações, à concentração societária 
e à realização de negócios entre si, devendo articular-se com a 
Secretaria de Direito Econômico - SDE do Ministério da Justiça 
(Inciso VIII do art. 3º da Lei nº 9.724/96).
• Fazer a defesa do direito de concorrência no Setor 
Elétrico, monitorando e acompanhando as práticas de mercado 
dos agentes do setor de energia elétrica, devendo articular-se com 
a Secretaria de Direito Econômico - SDE do Ministério da Justiça 
(Inciso IX do art. 3º da Lei nº 9.724/96).
• Punir, fixando as multas administrativas a serem impostas 
aos concessionários, permissionários e autorizados de instalações 
e serviços de energia elétrica, observado o limite, por infração, 
de 2% (dois por cento) do faturamento, ou do valor estimado 
da energia produzida nos casos de autoprodução e produção 
Didatismo e Conhecimento 6
NOÇÕES DE REGULAÇÃO E AGÊNCIAS REGULADORAS
independente, correspondentes aos últimos doze meses anteriores 
à lavratura do auto de infração ou estimados para um período 
de doze meses caso o infrator não esteja em operação ou esteja 
operando por um período inferior a doze meses (Inciso X do art. 3º 
da Lei nº 9.724/96).
• Estabelecer as tarifas para o suprimento de energia 
elétrica realizado às concessionárias e permissionárias de 
distribuição, inclusive às Cooperativas de Eletrificação Rural 
enquadradas como permissionárias, cujos mercados próprios sejam 
inferiores a 500 (quinhentos) GWh/ano, e tarifas de fornecimento 
às Cooperativas autorizadas, considerando parâmetros técnicos, 
econômicos, operacionais e a estrutura dos mercados atendidos 
(Inciso XI do art. 3º da Lei nº 9.724/96).
• Fiscalizar o cumprimento do Programa de Universalização 
e estabelecer as metas a serem periodicamente alcançadas por cada 
concessionária e permissionária de serviço público de distribuição 
de energia elétrica (Inciso XII do art. 3º da Lei nº 9.724/96).
• Controle prévio e posterior de atos e negócios jurídicos 
a serem celebrados entre concessionárias, permissionárias, 
autorizadas e seus controladores, suas sociedades controladas 
ou coligadas e outras sociedades controladas ou coligadas de 
controlador comum (contratos entre partes relacionadas), impondo-
lhes restrições à mútua constituição de direitos e obrigações, 
especialmente comerciais e, no limite, a abstenção do próprio ato 
ou contrato – proibição do Self-dealing - (Inciso XIII do art. 3º da 
Lei nº 9.724/96).
• Aprovar as regras e os procedimentos de comercialização 
no ambiente livre e regulado (Inciso XIV do art. 3º da Lei nº 
9.724/96).
• Promover os Leilões de Energia Elétrica para 
atendimento das necessidades do mercado(Inciso XV do art. 3º da 
Lei nº 9.724/96).
• Homologar os contratos firmados nos Leilões de 
Energia Elétrica, homologando as receitas dos agentes de 
geração na contratação regulada e as tarifas a serem pagas pelas 
concessionárias, permissionárias ou autorizadas de distribuição de 
energia elétrica (Inciso XVI do art. 3º da Lei nº 9.724/96).
• Estabelecer mecanismos de regulação e fiscalização para 
garantir o atendimento à totalidade do mercado de cada agente de 
distribuição e de comercialização de energia elétrica, bem como 
à carga dos consumidores livres (Inciso XVII do art. 3º da Lei nº 
9.724/96).
• Definir os valores das tarifas de uso dos sistemas elétricos 
de transmissão e distribuição - TUST e TUSD - sendo que as de 
transmissão devem ser baseadas nas seguintes diretrizes:
• a) assegurar arrecadação de recursos suficientes para 
cobertura dos custos dos sistemas de transmissão; e
• b) utilizar sinal locacional visando a assegurar maiores 
encargos para os agentes que mais onerem o sistema de transmissão 
(Inciso XVIII do art. 3º da Lei nº 9.724/96).
• Regular o serviço concedido, permitido e autorizado e 
fiscalizar permanentemente sua prestação (Inciso XIX do art. 3º da 
Lei nº 9.724/96).
• Intervir na prestação do serviço de energia elétrica, nos 
casos e condições previstos em lei (Inciso III do art. 29 da Lei nº 
8.987/95).
• Homologar reajustes e proceder à revisão das tarifas na 
forma desta Lei, das normas pertinentes e do contrato de concessão 
(Inciso V do art. 29 da Lei nº 8.987/95)
• Cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares 
do serviço e as cláusulas contratuais da concessão (Inciso VI do 
artigo 29 da Lei nº 8.987/95).
• Zelar pela boa qualidade do serviço, receber, apurar 
e solucionar queixas e reclamações dos usuários, que serão 
cientificados, em até trinta dias, das providências tomadas (Inciso 
VII do art. 29 da Lei nº 8.987/95).
• Estimular o aumento da qualidade, produtividade, 
preservação do meio-ambiente e conservação (Inciso X do art. 29 
da Lei nº 8.987/95).
• Incentivar a competitividade (Inciso XI do art. 29 da Lei 
nº 8.987/95).
• Estimular a formação de associações de usuários para 
defesa de interesses relativos ao serviço de energia elétrica (Inciso 
XII do art. 29 da Lei nº 8.987/95).
• Ter acesso aos dados relativos à administração, 
contabilidade, recursos técnicos, econômicos e financeiros da 
concessionária. (art. 30 da Lei nº 8.987/95)
Modelos do setor elétrico
Regime tarifário pelo custo:
Até 1993, havia uma única tarifa de energia elétrica em todo 
o Brasil. Os consumidores dos diversos estados pagavam a mesma 
tarifa pela energia consumida. Esse valor garantia a remuneração 
das concessionárias, independentemente de sua eficiência, e as 
empresas não lucrativas eram mantidas por aquelas que davam 
lucro e pelo Governo Federal.
Nessa época, além de ser a mesma em todo o país, a tarifa 
era calculada a partir do “custo do serviço”, o que garantia às 
concessionárias uma remuneração mínima. Essa modalidade de 
tarifa não incentivava as empresas à eficiência, pois todo o custo 
era pago pelo consumidor. Por diversas razões, como o controle da 
inflação, a remuneração mínima não era atingida, o que gerou uma 
despesa da União da ordem de US$ 26 bilhões, que acabou sendo 
paga pelos contribuintes de todo o país.
Regime tarifário pelo preço:
Também nesse contexto, surgiu a Lei nº 8.631/93, pela 
qual a tarifa passou a ser fixada por concessionária, conforme 
características específicas de cada empresa. Ainda, em 1995, 
foi aprovada a Lei 8.987 que garantiu o equilíbrio econômico-
financeiro às concessões.
Desde então, estabeleceu-se uma tarifa por área de concessão 
(território geográfico onde cada empresa é contratualmente 
obrigada a fornecer energia elétrica). Se essa área coincide com 
a de um estado, a tarifa é única naquela unidade federativa. Caso 
contrário, tarifas diferentes coexistem dentro do mesmo estado.
Dessa maneira, as tarifas de energia refletem peculiaridades 
de cada região, como número de consumidores, quilômetros de 
rede e tamanho do mercado (quantidade de energia atendida por 
uma determinada infra-estrutura), custo da energia comprada, 
tributos estaduais e outros.
É obrigação das concessionárias de distribuição levar a energia 
elétrica aos seus consumidores. Para cumprir esse compromisso, a 
empresa tem custos que devem ser cobertos pela tarifa de energia. 
De modo geral, a conta de luz inclui o ressarcimento de três custos 
distintos:
Didatismo e Conhecimento 7
NOÇÕES DE REGULAÇÃO E AGÊNCIAS REGULADORAS
• Geração de Energia Elétrica;
• Transporte da energia até as casas (fio) tanto da 
Transmissão quanto da Distribuição; e
• Encargos e tributos.
A partir da edição da Lei 10.848/2004, o valor da geração 
da energia comprada pelas distribuidoras para revender a seus 
consumidores passou a ser determinado em leilões públicos. O 
objetivo é garantir, além da transparência no custo da compra 
de energia, a competição e melhores preços. Antes dessa lei, 
as distribuidoras podiam comprar livremente a energia a ser 
revendida, mas o limite de preço era fixado pela ANEEL.
O transporte da energia, do ponto de geração à casa do 
consumidor, é um monopólio natural, pois a competição nesse 
segmento não traz benefícios econômicos. Por essa razão, a 
ANEEL atua para que as tarifas sejam compostas apenas pelos 
custos que efetivamente se relacionam com os serviços prestados, 
de forma a torná-las justas.
Encargos setoriais:
Os encargos setoriais que incidem nas tarifas de energia 
elétrica são:
• CCC - Conta de Consumo de Combustíveis
• CDE - Conta de Desenvolvimento Energético
• ESS – Encargos de Serviços do Sistema
• ONS - Operador Nacional do Sistema
• P&D – Pesquisa e Desenvolvimento
• Proinfa – Programa de Incentivo às Fontes Alternativas
• RGR - Reserva Global de Reversão
• TFSEE - Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia 
Elétrica
Agência Nacional do Cinema
A Agência Nacional do Cinema (ANCINE) é um órgão oficial 
do governo federal do Brasil, constituída como agência reguladora, 
com sede na cidade de Brasília e escritório central na cidade do 
Rio de Janeiro, cujo objetivo é fomentar, regular e fiscalizar a 
indústria cinematográfica e videofonográfica nacional. A agência 
foi criada no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, 
em 6 de setembro de 2001, através da Medida Provisória n.º 2.228-
1, posteriormente regulamentada em 13 de maio de 2002 em forma 
de lei. Com isso, passou a ser dotada de autonomia administrativa 
e financeira e vinculada diretamente à Presidência da República . 
Em 13 de outubro de2003 passou a ser vinculada ao Ministério da 
Cultura.
A Ancine, constituída como autarquia em regime especial 
(agência reguladora), é administrada por uma diretoria colegiada, 
composta de um Diretor-Presidente e três Diretores, com mandatos 
fixos e não coincidentes, aprovados pelo plenário do Senado 
Federal. Subordinadas à estrutura da Diretoria Colegiada, estão 
as Superintendências de Fomento, Registro, Acompanhamento de 
Mercado, Desenvolvimento Econômico e Fiscalização.
O primeiro Diretor Presidente da Ancine foi o cineasta 
Gustavo Dahl (2001-2006). Neste período, também fizeram 
parte da diretoria Augusto Sevá, João Eustáquio da Silveira e Lia 
Gomensoro Lopes. Manoel Rangel foi nomeado em 2005 para a 
diretoria, para o lugar deixado pela saída de Sevá, e assumiu o 
posto de diretor-presidente ao fim do mandato de Dahl, em 2007.
A Ancine foi criada para atender a uma reivindicação expressa 
no III Congresso Brasileiro de Cinema (CBC), realizado em Porto 
Alegre entre 28 de junho e 1º de julho de 2000. O documento final 
do encontro apontava 69 resoluções, entre elas a continuidade do 
CBC como entidade permanente e o apoio à criação, no âmbito do 
Governo Federal, de umórgão gestor da atividade cinematográfica, 
em substituição à Embrafilme, extinta em 16 de março de 1990, 
pelo Programa Nacional de Desestatização (PND) do governo de 
Fernando Collor de Mello.
Como o programa de governo do presidente Fernando 
Henrique Cardoso buscava limitar a ação do Estado na economia 
à regulação por meio de agências, foi este também o formato 
escolhido para criar o novo órgão. Assim, em 6 de setembro de 
2001 foi editada a MP 2228/2001, que se manteve em vigor graças 
à Emenda Constitucional nº 32, de 11 de setembro de 2001.
No início do Governo lula, houve discussões para ampliar os 
poderes da agência, que passaria a se chamar Agência Nacional 
do Cinema e do Audiovisual (Ancinav) e a regular também o 
mercado de Televisão. Contudo, o projeto sofreu fortes críticas, 
principalmente das empresas de radiodifusão, e acabou sendo 
abandonado.
As atividades da Ancine comportam um espectro bastante 
amplo. Seus objetivos foram definidos pelo artigo 6º de sua 
criação, que são:
• promover a cultura nacional e a língua portuguesa 
mediante o estímulo ao desenvolvimento da indústria 
cinematográfica e videofonográfica nacional em sua área de 
atuação;
• promover a integração programática, econômica e 
financeira das atividades governamentais relacionadas à indústria 
cinematográfica e videofonográfica;
• aumentar a competitividade da indústria cinematográfica 
e videofonográfica nacional por meio do fomento à produção, à 
distribuição e à exibição nos diversos segmentos de mercado;
• promover a auto sustentabilidade da indústria 
cinematográfica nacional visando o aumento da produção e da 
exibição das obras cinematográficas brasileiras;
• promover a articulação dos vários elos da cadeia 
produtiva da indústria cinematográfica nacional;
• estimular a diversificação da produção cinematográfica 
e videofonográfica nacional e o fortalecimento da produção 
independente e das produções regionais com vistas ao incremento 
de sua oferta e à melhoria permanente de seus padrões de qualidade;
• estimular a universalização do acesso às obras 
cinematográficas e videofonográficas, em especial as nacionais;
• garantir a participação diversificada de obras 
cinematográficas e videofonográficas estrangeiras no mercado 
brasileiro;
• garantir a participação das obras cinematográficas e 
videofonográficas de produção nacional em todos os segmentos 
do mercado interno e estimulá-la no mercado externo;
• estimular a capacitação dos recursos humanos e o 
desenvolvimento tecnológico da indústria cinematográfica e 
videofonográfica nacional;
• zelar pelo respeito ao direito autoral sobre obras 
audiovisuais nacionais e estrangeiras.
Didatismo e Conhecimento 8
NOÇÕES DE REGULAÇÃO E AGÊNCIAS REGULADORAS
A Agenda Regulatória, documento aprovado pela entidade 
em 2010 com seu planejamento para o biênio 2010-2011, lista os 
seguintes pontos como ações estratégicas:
• Aperfeiçoar a estrutura tributária da Contribuição para 
o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional 
(Condecine);
• Aperfeiçoar a gestão do Sistema de Informações e 
Monitoramento da Indústria;
• Aumentar a competitividade da indústria nacional;
• Contribuir para gestão do Fundo Setorial do Audiovisual;
• Estimular a participação das obras de produção nacional 
no mercado externo;
• Estimular a universalização do acesso às obras 
audiovisuais;
• Estimular o desenvolvimento tecnológico da indústria;
• Estimular o fortalecimento da produção independente;
• Estimular o incremento da oferta da produção 
independente;
• Garantir a gestão planejada dos mecanismos de fomento;
• Garantir a participação das obras de produção nacional 
em todos os segmentos do mercado interno;
• Promover a articulação dos elos da cadeia produtiva;
• Promover a auto sustentabilidade da indústria;
• Promover a integração programática de atividades 
governamentais; e
• Regulamentar os Programas de Apoio ao 
Desenvolvimento do Cinema Brasileiro - PRODECINE; do 
Audiovisual Brasileiro - PRODAV; e da Infra-Estrutura do Cinema 
e do Audiovisual - PRÓ-INFRA.
A Ancine executa a política nacional de fomento ao cinema, 
formulada pelo Conselho Superior de Cinema, fiscaliza o 
cumprimento da legislação pertinente (por exemplo, a Cota de 
Tela), promove o combate à pirataria de obras audiovisuais, aplica 
multas e sanções na forma da lei, regula as atividades de fomento 
e proteção à indústria cinematográfica e videofonográfica, 
resguardando a livre manifestação do pensamento, da criação, da 
expressão e da informação.
Também fornece o Certificado de Produto Brasileiro à obras 
nacionais, registra as obras cinematográficas e videofonográficas 
que serão comercializadas em todos os segmentos de mercado 
e presta apoio técnico e administrativo ao Conselho Superior de 
Cinema.
O quadro efetivo da Ancine é formado por 150 cargos de 
Especialista em Regulação das Atividades Cinematográficas e 
Audiovisuais (nível superior), 70 cargos de Analista Administrativo 
(nível superior), 20 cargos de Técnico em Regulação (nível 
intermediário) e 20 cargos de Técnico Administrativo (nível 
intermediário), todos criados pela Lei 10.871/2004, com intuito de 
dotar a agência de um quadro estável de pessoal.
A Ancine realizou concursos em 2005, para 20 vagas de 
Técnico em Regulação e 75 para Especialista em Regulação, e em 
2006, para 14 vagas de Analista Administrativo e 20 para Técnico 
Administrativo.
Além do quadro efetivo, estão lotados na Ancine servidores 
federais originários principalmente do Ministério da Cultura 
(denominado quadro específico), além de colaboradores 
comissionados oriundos do mercado audiovisual.
Agência Nacional de Aviação Civil
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) é uma 
agência reguladora federal cuja responsabilidade é supervisionar 
a atividade de aviação civil no Brasil, tanto no que toca seus 
aspectos econômicos quanto no que diz respeito à segurança 
técnica do setor.
A substituição de órgãos diretamente ligados ao governo 
por uma autarquia, em 2005, visou a uma administração mais 
autônoma e técnica da aviação civil nacional, buscada por meio de 
descentralização administrativa e menor influência política direta. 
Muitos especialistas defenderam a medida argumentando que ela 
influenciaria positivamente o setor atraindo investimentos, dada 
a criação de um ambiente econômico propício devido à criação e 
manutenção de regras novas e estáveis. 
A principal atribuição da Agência consiste na regulação das 
atividades de aviação civil, o que inclui, por exemplo, a manutenção 
da segurança de voo, a normatização e supervisão da infraestrutura 
aeroportuária, a monitoração, normatização administrativa e 
fiscalização das relações econômicas de consumo no âmbito da 
aviação civil. Vale ressaltar que não caíram no escopo de ação da 
ANAC duas atividades importantes dentro do sistema de Aviação 
Civil:
• o tráfego aéreo, realizado pelo Departamento de Controle 
do Espaço Aéreo (DECEA);
• a investigação de acidentes, responsabilidade do Centro 
de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).
Ambas atividades continuaram sendo performadas por órgãos 
que são parte do Comando da Aeronáutica, subordinado este ao 
Ministério da Defesa.
As atividades da ANAC se dividem em dois grandes campos: 
a regulação econômica e a regulação técnica.
Entre as atividades relacionadas com a regulação econômica 
tem-se a concessão da exploração de rotas e de infraestrutura 
aeroportuária (slots nos aeroportos, por exemplo), o estabelecimento 
de acordos bilaterais com outros países, a fiscalização dos serviços 
aéreos e das concessões outorgadas, e - em conjunto com o 
Conselho Administrativo de Defesa Econômica, a coibição de 
práticas de concorrência abusiva.
No âmbito técnico, a Agência é responsável por assegurar que 
otransporte aéreo seja realizado dentro de padrões mínimos de 
segurança da aviação civil.
Em Língua portuguesa e no contexto da aviação, a palavra 
“segurança” engloba dois aspectos que são separados na 
terminologia inglesa: a segurança de voo, designada pela palavra 
“safety”, e a proteção contra atos ilícitos (“security”, em inglês).
No campo segurança de voo (safety), regulam-se cinco grande 
áreas. Destas, a ANAC é responsável por quatro. Estas quatro 
áreas são:
• Aeronavegabilidade: Abrange regular as atividades de 
certificação de aeronaves, bem como a normatização e fiscalização 
dos padrões de manutenção de aeronaves
• Licenças: Significa regular o processo de formação do 
pessoal da aviação civil. A atividade inclui o estabelecimento de 
padrões mínimos e fiscalização de cursos, a normatização relativa 
a exames médicos, a emissão de licenças para piloto, comissário 
de bordo, mecânico de manutenção aeronáutica; a verificação do 
inglês dos pilotos, dentre outras atribuições
Didatismo e Conhecimento 9
NOÇÕES DE REGULAÇÃO E AGÊNCIAS REGULADORAS
• ‘Operações’: A atividade engloba a certificação de 
empresa de transporte aéreo regular e não-regular, a condução do 
processo para emissão de autorização para operadores agrícolas, e 
a supervisão e autorização de operações mais especificas, como as 
operações experimentais, as competições e shows aéreos, dentre 
outros
• Aeródromos: Regular os aeródromos inclui atividades 
como supervisionar suas condições de pista e pátio, bem como 
o trabalho das pessoas físicas e jurídicas que administram 
efetivamente as pistas de pouso, os aeroportos privados, os 
aeroportos públicos, os helipontos, os heliportos. No caso 
específico dos grandes aeroportos nacionais, como o de Guarulhos 
ou o Galeão, uma das mais importantes atividades da ANAC é 
supervisionar o trabalho da Infraero e dos concessionários, bem 
como as condições de operação das empresas que ali operam.
As atividades de security visam a prevenção de atos ilícitos 
em aeroportos e aeronaves, principalmente os atentados terroristas 
envolvendo a aviação.
Em termos práticos, boa parte do que hoje constitui a ANAC, 
sobretudo nas cidades do Rio de Janeiro e São José dos Campos, 
foi formada a partir de vários órgãos pertencentes ao Comando 
da Aeronáutica: o Departamento de Aviação Civil (DAC) e seus 
Serviços Regionais de Aviação Civil (SERAC), o Instituto de 
Ciências da Atividade Física da Aeronáutica (ICAF), o Instituto de 
Aviação Civil (IAC) e a Divisão de Certificação de Aviação Civil 
do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI).
A agência foi criada pela lei federal nº 11.182 de 27 de 
setembro de 2005[3] e instalada através do decreto federal nº 5.731 
[4] de 20 de março de 2006.
Desde sua criação, em 2005, a agência teve cinco diretores 
presidentes: Milton Zuanazzi, Denise Abreu, Solange Paiva Vieira, 
Carlos Eduardo Pellegrino(interinamente) e Marcelo Pacheco dos 
Guaranys.
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) é uma agência 
reguladora federal. O órgão tem o status legal de autarquia 
especial, vinculada à Secretaria de Aviação Civil por meio da 
medida provisória nº 527/2011, o que significa que, legalmente, 
o órgão possui mais autonomia administrativa e financeira do que 
um órgão diretamente ligado à administração direta do governo 
federal.
Uma de suas prerrogativas é a de se normatizar internamente, 
estabelecendo seu próprio organograma de forma autônoma.
A Agência Nacional de Aviação Civil se organiza a partir 
de uma Diretoria Colegiada com quatro Diretores e um Diretor-
Presidente. Seus membros são indicados periodicamente para 
exercer um mandato normalmente de cinco anos. Ligados à 
Diretoria existem assessorias e superintendências que regulam 
atividades-meio essenciais ao funcionamento da agência.
As superintendências relacionadas às áreas-fim da agência são 
aquelas que performam efetivamente a regulação, e estão cada uma 
ligada a um dos quatro Diretores: a Superintendência de Segurança 
Operacional, a Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária, 
a Superintendência de Aeronavegabilidade e a Superintendência 
de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado. As 
três primeiras realizam regulação técnica; a última, regulação 
econômica. 
Em termos de estrutura física, a ANAC tem diversos prédios 
espalhados em território nacional, principalmente sua sede em 
Brasília - DF, e as quatro unidades regionais: Rio de Janeiro, São 
Paulo, Porto Alegre e Recife. Além disso, possui também uma 
unidade em São José dos Campos, um centro de treinamento no 
Aeroporto de Jacarepaguá e um escritório de aviação civil em 
Curitiba. 
ANTAQ - Agência Nacional de Transportes Aquaviários
A ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) 
é uma autarquia em regime especial, vinculada ao Ministério 
dos Transportes. Constituem a esfera de atuação da ANTAQ a 
navegação fluvial, lacustre, de travessia, de apoio marítimo, de 
apoio portuário, de cabotagem e de longo curso; além dos portos 
organizados, dos terminais portuários privativos e do transporte 
aquaviário de cargas especiais e perigosas. A Agência é presidida 
por três membros, e deve observar as prerrogativas do Comando 
da Marinha, atuando sob a orientação desse órgão em assuntos de 
Marinha Mercante que interessarem à defesa nacional, à segurança 
da navegação aquaviária e à salvaguarda da vida humana no mar.
 A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) 
tem por finalidades:
I - implementar, em sua esfera de atuação, as políticas 
formuladas pelo Ministério dos Transportes e pelo Conselho 
Nacional de Integração de Políticas de Transporte-CONIT, 
segundo os princípios e diretrizes estabelecidos na Lei nº 10.233, 
de 2001; e
II - regular, supervisionar e fiscalizar as atividades de 
prestação de serviços de transporte aquaviário e de exploração da 
infraestrutura portuária e aquaviária, exercida por terceiros, com 
vistas a:
a) garantir a movimentação de pessoas e bens, em cumprimento 
a padrões de eficiência, segurança, conforto, regularidade, 
pontualidade e modicidade nos fretes e tarifas;
b) harmonizar os interesses dos usuários com os das empresas 
concessionárias, permissionárias, autorizadas e arrendatárias, e de 
entidades delegadas, preservando o interesse público; e
c) arbitrar conflitos de interesse e impedir situações que 
configurem competição imperfeita ou infração contra a ordem 
econômica.
 
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ, 
criada pela Lei n° 10.233, de 5 de junho de 2001, é entidade 
integrante da Administração Federal indireta, submetida ao regime 
autárquico especial, com personalidade jurídica de direito público, 
independência administrativa, autonomia financeira e funcional, 
mandato fixo de seus dirigentes, vinculada ao Ministério 
Agência Nacional de Transportes Terrestres
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é o 
órgão* (sic) brasileiro responsável pela regulação das atividades 
de exploração da infraestrutura ferroviária e rodoviária federal e 
de prestação de serviços de transporte terrestre, conforme o artigo 
1º do decreto que regulamenta suas atividades. Atua também no 
modal dutoviário, como será visto mais adiante. Segundo o artigo 
21 de sua Lei de criação, trata-se de uma entidade integrante da 
Administração 
Didatismo e Conhecimento 10
NOÇÕES DE REGULAÇÃO E AGÊNCIAS REGULADORAS
Federal indireta, vinculada ao Ministério dos Transportes 
e submetida ao regime autárquico especial, caracterizado pela 
independência administrativa, autonomia financeira e funcional e 
mandato fixo de seus dirigentes.
A ANTT foi criada durante o governo do então Presidente 
Fernando Henrique Cardoso, por meio da mencionada Lei, que 
dispõe sobre a reestruturação dos transportes aquaviário e terrestre, 
cria o Conselho Nacional deIntegração de Políticas de Transporte 
(CONIT), a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência 
Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) e o Departamento 
Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), e dá outras 
providências.
A ANTT absorveu, dentre outras, as competências relativas 
às concessões de rodovias federais outorgadas pelo extinto 
Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) e às 
concessões ferroviárias decorrentes do processo de desestatização 
das malhas da também extinta Rede Ferroviária Federal S.A. 
(RFFSA). Por outro lado, as rodovias federais não concedidas 
ficaram a cargo do DNIT e as linhas ferroviárias suburbanas 
que ainda não passaram por um processo de estadualização/
municipalização, seguem sob a responsabilidade da Companhia 
Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa ligada ao Ministério 
das Cidades.
Constituem a esfera de atuação da ANTT, conforme o artigo 
22 da Lei 10.233/01:
1. o transporte ferroviário de passageiros e cargas ao longo 
do Sistema Nacional de Viação;
2. a exploração da infraestrutura ferroviária e o 
arrendamento dos ativos operacionais correspondentes;
3. o transporte rodoviário interestadual e internacional de 
passageiros;
4. o transporte rodoviário de cargas;
5. a exploração da infraestrutura rodoviária federal;
6. o transporte multimodal;
7. o transporte de cargas especiais e perigosas em rodovias 
e ferrovias.
São objetivos da Agência Nacional de Transportes Terrestres, 
conforme artigo 20 da Lei 10.233/01:
1. implementar, em sua respectiva esfera de atuação, 
as políticas formuladas pelo CONIT e pelo Ministério dos 
Transportes, segundo os princípios e diretrizes estabelecidos na 
mencionada Lei;
2. regular ou supervisionar, em suas respectivas esfera e 
atribuições, as atividades de prestação de serviços e de exploração 
da infraestrutura de transportes, exercidas por terceiros, com vistas 
a:
• garantir a movimentação de pessoas e bens, em 
cumprimento a padrões de eficiência, segurança, conforto, 
regularidade, pontualidade e modicidade nos fretes e tarifas;
• harmonizar, preservado o interesse público, os objetivos 
dos usuários, das empresas concessionárias, permissionárias, 
autorizadas e arrendatárias, e de entidades delegadas, arbitrando 
conflitos de interesses e impedindo situações que configurem 
competição imperfeita ou infração da ordem econômica.
Atribuições gerais:
Conforme o artigo 24 da Lei 10.233/01, são atribuições gerais 
da ANTT:
1. promover pesquisas e estudos específicos de tráfego e de 
demanda de serviços de transporte;
2. promover estudos aplicados às definições de tarifas, 
preços e fretes, em confronto com os custos e os benefícios 
econômicos transferidos aos usuários pelos investimentos 
realizados;
3. propor ao Ministério dos Transportes os planos de 
outorgas, instruídos por estudos específicos de viabilidade técnica 
e econômica, para exploração da infraestrutura e a prestação de 
serviços de transporte terrestre;
4. elaborar e editar normas e regulamentos relativos à 
exploração de vias e terminais, garantindo isonomia no seu acesso 
e uso, bem como à prestação de serviços de transporte, mantendo 
os itinerários outorgados e fomentando a competição;
5. editar atos de outorga e de extinção de direito de 
exploração de infraestrutura e de prestação de serviços de 
transporte terrestre, celebrando e gerindo os respectivos contratos 
e demais instrumentos administrativos;
6. reunir, sob sua administração, os instrumentos de outorga 
para exploração de infraestrutura e prestação de serviços de 
transporte terrestre já celebrados antes da vigência da mencionada 
lei de criação da agência, resguardando os direitos das partes e o 
equilíbrio econômico-financeiro dos respectivos contratos;
7. proceder à revisão e ao reajuste de tarifas dos serviços 
prestados, segundo as disposições contratuais, após prévia 
comunicação ao Ministério da Fazenda;
8. fiscalizar a prestação dos serviços e a manutenção dos 
bens arrendados, cumprindo e fazendo cumprir as cláusulas e 
condições avençadas nas outorgas e aplicando penalidades pelo 
seu descumprimento;
9. autorizar projetos e investimentos no âmbito das 
outorgas estabelecidas, encaminhando ao Ministro de Estado dos 
Transportes, se for o caso, propostas de declaração de utilidade 
pública;
10. adotar procedimentos para a incorporação ou 
desincorporação de bens, no âmbito dos arrendamentos 
contratados;
11. promover estudos sobre a logística do transporte 
intermodal, ao longo de eixos ou fluxos de produção;
12. habilitar o Operador do Transporte Multimodal, em 
articulação com as demais agências reguladoras de transportes;
13. promover levantamentos e organizar cadastro relativos 
ao sistema de dutovias do Brasil e às empresas proprietárias de 
equipamentos e instalações de transporte dutoviário;
14. estabelecer padrões e normas técnicas complementares 
relativos às operações de transporte terrestre de cargas especiais e 
perigosas;
15. elaborar o seu orçamento e proceder à respectiva 
execução financeira;
16. representar o Brasil junto aos organismos internacionais 
e em convenções, acordos e tratados na sua área de competência, 
observadas as diretrizes do Ministro de Estado dos Transportes e 
as atribuições específicas dos demais órgãos federais;
17. exercer, diretamente ou mediante convênio, as 
competências expressas no inciso VIII do art. 21 da Lei nº 9.503, 
de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro, nas 
rodovias federais por ela administradas.
Didatismo e Conhecimento 11
NOÇÕES DE REGULAÇÃO E AGÊNCIAS REGULADORAS
Atribuições quanto ao Transporte Ferroviário:
Conforme o artigo 25 da Lei 10.233/01, são atribuições 
específicas da ANTT pertinentes ao Transporte Ferroviário:
1. publicar os editais, julgar as licitações e celebrar os 
contratos de concessão para prestação de serviços de transporte 
ferroviário, permitindo-se sua vinculação com contratos de 
arrendamento de ativos operacionais;
2. administrar os contratos de concessão e arrendamento 
de ferrovias celebrados até a vigência da Lei 10.233/01, em 
consonância com o inciso VI de seu art. 24;
3. publicar editais, julgar as licitações e celebrar contratos 
de concessão para construção e exploração de novas ferrovias, com 
cláusulas de reversão à União dos ativos operacionais edificados e 
instalados;
4. fiscalizar diretamente, com o apoio de suas unidades 
regionais, ou por meio de convênios de cooperação, o cumprimento 
das cláusulas contratuais de prestação de serviços ferroviários e de 
manutenção e reposição dos ativos arrendados;
5. regular e coordenar a atuação dos concessionários, 
assegurando neutralidade com relação aos interesses dos usuários, 
orientando e disciplinando o tráfego mútuo e o direito de passagem 
de trens de passageiros e cargas e arbitrando as questões não 
resolvidas pelas partes;
6. articular-se com órgãos e instituições dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios para conciliação do uso da via 
permanente sob sua jurisdição com as redes locais de metrôs e 
trens urbanos destinados ao deslocamento de passageiros;
7. contribuir para a preservação do patrimônio histórico 
e da memória das ferrovias, em cooperação com as instituições 
associadas à cultura nacional, orientando e estimulando a 
participação dos concessionários do setor;
8. regular os procedimentos e as condições para cessão a 
terceiros de capacidade de tráfego disponível na infraestrutura 
ferroviária explorada por concessionários.
Atribuições quanto ao Transporte Rodoviário:
Conforme o artigo 26 da Lei 10.233/01, são atribuições 
específicas da ANTT pertinentes ao Transporte Rodoviário:
1. publicar os editais, julgar as licitações e celebrar os 
contratos de permissão para prestação de serviços de transporte 
rodoviário interestaduale internacional de passageiros;
2. autorizar o transporte de passageiros, realizado por 
empresas de turismo, com a finalidade de turismo;
3. autorizar o transporte de passageiros, sob regime de 
fretamento;
4. promover estudos e levantamentos relativos à frota de 
caminhões, empresas constituídas e operadores autônomos, bem 
como organizar e manter um registro nacional de transportadores 
rodoviários de cargas;
5. habilitar o transportador internacional de carga;
6. publicar os editais, julgar as licitações e celebrar os 
contratos de concessão de rodovias federais a serem exploradas e 
administradas por terceiros;
7. fiscalizar diretamente, com o apoio de suas unidades 
regionais, ou por meio de convênios de cooperação, o cumprimento 
das condições de outorga de autorização e das cláusulas contratuais 
de permissão para prestação de serviços ou de concessão para 
exploração da infraestrutura.
Políticas Públicas:
A vinculação da entidade à Administração Direta se dá pela 
obrigação de implementar as políticas públicas estabelecidas pelo 
Ministério dos Transportes e pelo CONIT, conforme o artigo 20, 
inciso I da Lei 10.233/01. Tais políticas são, portanto, uma das 
fontes que devem nortear as atividades da Agência.
Princípios e Diretrizes de Atuação:
Além das políticas governamentais elencadas, a atuação da 
ANTT também deve obedecer a princípios e diretrizes comuns 
ao gerenciamento da infraestrutura e à operação dos transportes 
aquaviário e terrestre, a fim de cumprir seus objetivos, por meio de 
suas atribuições legais.
Princípios:
A atuação da ANTT (bem como a atuação da ANTAQ) deve 
ser regida pelos princípios estabelecidos no artigo 11 da Lei 
10.233/01, os quais correspondem à lista a seguir:
1. preservar o interesse nacional e promover o 
desenvolvimento econômico e social;
2. assegurar a unidade nacional e a integração regional;
3. proteger os interesses dos usuários quanto à qualidade e 
oferta de serviços de transporte e dos consumidores finais quanto à 
incidência dos fretes nos preços dos produtos transportados;
4. assegurar, sempre que possível, que os usuários paguem 
pelos custos dos serviços prestados em regime de eficiência;
5. compatibilizar os transportes com a preservação do 
meio ambiente, reduzindo os níveis de poluição sonora e de 
contaminação atmosférica, do solo e dos recursos hídricos;
6. promover a conservação de energia, por meio da redução 
do consumo de combustíveis automotivos;
7. reduzir os danos sociais e econômicos decorrentes dos 
congestionamentos de tráfego;
8. assegurar aos usuários liberdade de escolha da forma 
de locomoção e dos meios de transporte mais adequados às suas 
necessidades;
9. estabelecer prioridade para o deslocamento de pedestres 
e o transporte coletivo de passageiros, em sua superposição com o 
transporte individual, particularmente nos centros urbanos;
10. promover a integração física e operacional do Sistema 
Nacional de Viação com os sistemas viários dos países limítrofes;
11. ampliar a competitividade do País no mercado 
internacional; e
12. estimular a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias 
aplicáveis ao setor de transportes.
Diretrizes:
São diretrizes para o gerenciamento da infraestrutura e para 
a operação do transporte terrestre (bem como do aquaviário), 
conforme o artigo 12 da Lei 10.233/01:
1. descentralizar as ações, sempre que possível, promovendo 
sua transferência a outras entidades públicas, mediante convênios 
de delegação, ou a empresas públicas ou privadas, mediante 
outorgas de autorização, concessão ou permissão, conforme dispõe 
o inciso XII do art. 21 da Constituição Federal;
2. aproveitar as vantagens comparativas dos diferentes 
meios de transporte, promovendo sua integração física e a 
conjugação de suas operações, para a movimentação intermodal 
mais econômica e segura de pessoas e bens;
Didatismo e Conhecimento 12
NOÇÕES DE REGULAÇÃO E AGÊNCIAS REGULADORAS
3. dar prioridade aos programas de ação e de investimentos 
relacionados com os eixos estratégicos de integração nacional, de 
abastecimento do mercado interno e de exportação;
4. promover a pesquisa e a adoção das melhores tecnologias 
aplicáveis aos meios de transporte e à integração destes;
5. promover a adoção de práticas adequadas de conservação 
e uso racional dos combustíveis e de preservação do meio ambiente;
6. estabelecer que os subsídios incidentes sobre fretes e 
tarifas constituam ônus ao nível de governo que os imponha ou 
conceda;
7. reprimir fatos e ações que configurem ou possam 
configurar competição imperfeita ou infrações da ordem 
econômica.
As carreiras que compõem o quadro efetivo de servidores 
da ANTT foram criadas pela Lei nº 10.871/04. Basicamente, são 
divididas em níveis de escolaridade (Superior e Intermediário) 
e em áreas (administrativa e finalística). O regime jurídico dos 
cargos é o estatutário, instituído pela Lei nº 8.112/90.
Regulação e Fiscalização de Serviços de Transportes 
Terrestres:
Carreira composta de cargos de Especialista em Regulação 
de Serviços de Transportes Terrestres, de área finalística de 
nível superior. Volta-se a atividades especializadas de regulação, 
inspeção, fiscalização e controle da prestação de serviços públicos 
de transportes terrestres, inclusive infraestrutura, bem como à 
implementação de políticas e à realização de estudos e pesquisas 
respectivos a essas atividades. No âmbito da Agência, tem as 
seguintes atribuições específicas:
1. formulação e avaliação de planos, programas e projetos 
relativos às atividades de regulação;
2. elaboração de normas para regulação do mercado;
3. planejamento e coordenação de ações de fiscalização de 
alta complexidade;
4. gerenciamento, coordenação e orientação de equipes de 
pesquisa e de planejamento de cenários estratégicos;
5. gestão de informações de mercado de caráter sigiloso; e
6. execução de outras atividades finalísticas inerentes ao 
exercício da competência de sua Agência Reguladora.
Além dessas, a carreira compartilha atribuições comuns com 
os Técnicos em Regulação:
1. fiscalização do cumprimento das regras pelos agentes do 
mercado regulado;
2. orientação aos agentes do mercado regulado e ao público 
em geral; e
3. execução de outras atividades finalísticas inerentes ao 
exercício da competência da ANTT.
Por fim, seguem as atribuições comuns às 4 carreiras do 
Quadro Efetivo:
1. implementação e execução de planos, programas e 
projetos relativos às atividades de regulação;
2. subsídio e apoio técnico às atividades de normatização e 
regulação; e
3. subsídio à formulação de planos, programas e projetos 
relativos às atividades inerentes à ANTT.
Suporte à Regulação e Fiscalização de Serviços de 
Transportes Terrestres:
Carreira composta de cargos de Técnico em Regulação de 
Serviços de Transportes Terrestres, de área finalística de nível 
intermediário. Volta-se ao suporte e ao apoio técnico especializado 
às atividades de regulação, inspeção, fiscalização e controle da 
prestação de serviços públicos de transportes terrestres, inclusive 
infraestrutura, bem como à implementação de políticas e à 
realização de estudos e pesquisas respectivos a essas atividades. 
Como já dito, tem em comum com o cargo finalístico de nível 
superior as seguintes atribuições:
1. fiscalização do cumprimento das regras pelos agentes do 
mercado regulado;
2. orientação aos agentes do mercado regulado e ao público 
em geral; e
3. execução de outras atividades finalísticas inerentes ao 
exercício da competência da ANTT.
Em comum com as demais carreiras do Quadro Efetivo, 
possui as seguintes atribuições:
1. implementação e execução de planos, programas e 
projetos relativos às atividades de regulação;
2. subsídio e apoio técnico às atividades de normatização e 
regulação; e
3. subsídioà formulação de planos, programas e projetos 
relativos às atividades inerentes à ANTT.
Analista Administrativo:
Carreira de nível superior, voltada para o exercício de 
atividades administrativas e logísticas relativas ao exercício das 
competências constitucionais e legais a cargo da ANTT, fazendo 
uso de todos os equipamentos e recursos disponíveis para a 
consecução dessas atividades. Possui em comum com as demais 
carreiras do Quadro Efetivo, as seguintes atribuições:
1. implementação e execução de planos, programas e 
projetos relativos às atividades de regulação;
2. subsídio e apoio técnico às atividades de normatização e 
regulação; e
3. subsídio à formulação de planos, programas e projetos 
relativos às atividades inerentes à ANTT.
Técnico Administrativo:
Carreira voltada para o exercício de atividades administrativas 
e logísticas de nível intermediário relativas ao exercício das 
competências constitucionais e legais a cargo da ANTT, fazendo 
uso de todos os equipamentos e recursos disponíveis para a 
consecução dessas atividades. Possui em comum com as demais 
carreiras do Quadro Efetivo, as seguintes atribuições:
1. implementação e execução de planos, programas e 
projetos relativos às atividades de regulação;
2. subsídio e apoio técnico às atividades de normatização e 
regulação; e
3. subsídio à formulação de planos, programas e projetos 
relativos às atividades inerentes à ANTT.
Áreas de Atuação:
Em síntese, são áreas de atuação da ANTT, as seguintes:
Didatismo e Conhecimento 13
NOÇÕES DE REGULAÇÃO E AGÊNCIAS REGULADORAS
Transporte Ferroviário:
• exploração da infraestrutura ferroviária;
• prestação do serviço público de transporte ferroviário de 
cargas;
• prestação do serviço público de transporte ferroviário de 
passageiros.
Transporte Rodoviário:
• exploração da infraestrutura rodoviária;
• prestação do serviço público de transporte rodoviário de 
passageiros;
• prestação do serviço de transporte rodoviário de cargas.
Transporte Dutoviário:
• cadastro de dutovias.
Transporte Multimodal:
• habilitação do Operador de Transportes Multimodal.
Terminais e Vias:
• exploração.
Conforme dados da página oficial da entidade, são suas 
competências:
- Concessão: ferrovias, rodovias e transporte ferroviário 
associado à exploração da infraestrutura.
- Permissão: transporte coletivo regular de passageiros pelos 
meios rodoviário e ferroviário não associados à exploração da 
infraestrutura.
- Autorização: transporte de passageiros por empresa de 
turismo e sob regime de fretamento, transporte internacional de 
cargas , transporte multimodal e terminais.
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e 
Biocombustíveis
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 
(ANP), criada em 1997 pela Lei n º 9.478 é o órgão regulador das 
atividades que integram as indústrias de petróleo e gás natural e de 
biocombustíveis no Brasil. Suas atividades foram iniciadas em 14 
de janeiro de 1998. Vinculada ao Ministério das Minas e Energia, é 
a autarquia federal responsável pela execução da política nacional 
para o setor.
A ANP tem como finalidades:
Regular: Estabelecer regras por meio de portarias, resoluções 
e instruções normativas;
Contratar: Promover licitações e celebrar contratos em nome 
da União com os concessionários em atividades de exploração, 
desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural, bem como 
de transporte e estocagem de gás natural;
Fiscalizar: Zelar pelo cumprimento das normas nas atividades 
das indústrias reguladas, diretamente ou mediante convênios com 
outros órgãos públicos.
A ANP é conduzida por uma diretoria colegiada, composta de 
um diretor-geral e quatro diretores com mandatos de quatro anos 
não coincidentes. 
Sessões deliberativas da diretoria emitem portarias, 
resoluções e instruções normativas para as indústrias reguladas e 
podem resolver pendências entre agentes econômicos e entre esses 
agentes e os consumidores. Todas as decisões são publicadas na 
internet, no endereço www.anp.gov.br. A ANP também realiza 
audiências públicas antes de tomar qualquer decisão sobre normas 
que possam afetar direitos.
Em 2011, a ANP conta com um quadro funcional de 784 
servidores. Com a realização dos dois concursos, em 2004 e 2008, 
634 profissionais aprovados foram incorporados à Agência, 295 
dos quais especialistas em geologia, geofísica ou regulação do 
petróleo e gás natural.
Do quadro funcional da ANP, 28% possuem pós-graduação: 
doutorados, mestrados e especializações. As ações de qualificação 
profissional da Agência já alcançaram a totalidade do quadro de 
servidores.
A ANP é também um centro de referência em dados e 
informações sobre a indústria do petróleo e gás natural: mantém 
o Banco de Dados de Exploração e Produção (BDEP), promove 
estudos sobre o potencial petrolífero e o desenvolvimento do 
setor; recebe e torna públicas as notificações de descobertas; 
divulga as estatísticas oficiais sobre reservas e produção no Brasil; 
realiza pesquisas periódicas sobre qualidade dos combustíveis e 
lubrificantes, e sobre preços na comercialização desses produtos.
A riqueza do subsolo é propriedade do Estado brasileiro. Por 
isso, além dos impostos, as empresas que produzem petróleo e gás 
natural pagam royalties a municípios, a estados e à União(Ministério 
da Ciência e Tecnologia e Comando da Marinha). Nos casos de 
campos de grande produção, as concessionárias devem pagar uma 
taxa além dos royalties: a participação especial. Os concessionários 
de campos terrestres pagam, ainda, participação aos proprietários 
da terra, ato também registrado pela ANP. A Lei no 9.478/1997 
define as alíquotas e o Decreto no 2.705/1998 estabelece os critérios 
para cálculo e cobrança destes valores. Cabem à ANP o controle 
e o cálculo da distribuição dos valores de royalties, participação 
especial e pagamentos por retenção de área. O repasse dos recursos 
é feito pelo Tesouro Nacional, através do Banco do Brasil.
Os valores dos royalties e participação especial pagos à União, 
estados e municípios podem ser consultados em Participações 
Governamentais e de Terceiros
Áreas de atuação da ANP:
Exploração e produção de petróleo e gás natural:
A atuação da ANP começa antes da exploração (pesquisa 
ou prospecção) e da produção de petróleo e Gás Natural. A ANP 
promove estudos geológicos e geofísicos necessários para delimitar 
as áreas com potencial para produção. A ANP também guarda e 
organiza os dados técnicos (geológicos, geoquímicos, geofísicos) 
sobre as bacias sedimentares brasileiras. São os dados que indicam 
o potencial dessas macroáreas para petróleo e gás natural.
É a Agência que subsidia o Conselho Nacional de Política 
Energética (CNPE) nas decisões sobre quais áreas serão licitadas 
para concessão. Com os dados técnicos do pré-sal, a ANP colabora 
com o Ministério de Minas e Energia na definição das áreas a 
serem licitadas sob o regime de partilha.
Decididas as áreas, a ANP elabora editais e minutas dos 
contratos, tanto para concessão quanto para partilha. Promove as 
licitações para a concessão e para a partilha de produção (esta em 
Didatismo e Conhecimento 14
NOÇÕES DE REGULAÇÃO E AGÊNCIAS REGULADORAS
áreas do polígono do pré-sal). No caso da concessão, assina os 
contratos em nome da União e fiscaliza o cumprimento de todas 
as fases dos contratos, tanto de concessão como de partilha da 
produção.
Refino, processamento, transporte e armazenamento de 
petróleo, gás natural e derivados:
A ANP autoriza empresas a construir, operar e ampliar 
refinarias, instalações de processamento de gás natural, de 
armazenamento e transporte de petróleo, de derivados e de gás 
natural, inclusive o liquefeito (GNL). Cabe também à Agência 
fiscalizar todas essas atividades.
Ainda requerem autorização e fiscalização da ANP

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