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Apostila - Civil I - 1º Unidade UCSAL 2015.2

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Direito Civil
O Direito Civil rege as relações familiares, obrigatórias ou patrimoniais entre os indivíduos (pessoas físicas e jurídicas) da sociedade através de um conjunto de normas. A principal finalidade do direito civil é proteger os direitos pessoais, tanto morais, quanto patrimoniais.
Esse é um dos principais ramos do direito privado e cada indivíduo é reconhecido como sujeito do direito. Ele é baseado no Código Civil e seus princípios também são aplicados em outras áreas do direito.
Pessoa: aquele que têm direitos e deveres, aquele que vai reunir e poder ter a capacidade de ter direitos e deveres.
Ex: criança de 1 mês é pessoa, tem personalidade e tem capacidade de direito. Pode ser beneficiária de testamento, tem deveres também, por exemplo, se for proprietária de um imóvel, tem obrigações condominiais.
Pessoa jurídica: ficção jurídica. Que possui patrimônio, objetivos e pessoas. Tem direitos, créditos, tem deveres, tributários etc.
Pode ser um clube, sem fins econômicos = associação
Fins e finalidade lucrativa = sociedade (simples ou empresária)
Se for voltada a atividades profissionais (medicina/direito) = simples
Comércio = empresária
Pessoa jurídica nasce através do registro.
Pessoa natural: ser humano. Nascimento + vida = teoria natalista (adotada no Brasil)
Nascituro não é pessoa.
Personalidade Jurídica (Conceito) – É a aptidão genérica para titularizar direitos e contrair deveres na nossa ordem civil.
Quem tem personalidade jurídica é chamado de Sujeito de Direito. E no Brasil esse sujeito pode ser Pessoa Física ou Pessoa Jurídica.
Atenção: Personalidade é um atributo inerente da pessoa, ou seja, quem tem a personalidade é justamente a pessoa.
Pegadinha de prova: Não vá cair na pegadinha de prova que lhe questiona acerca dapersonalidade jurídica dos animais.
Os animais não são dotados de personalidade jurídica no Brasil. São bens jurídicos, mais especificamente bens semoventes, pois se movem por força própria.
Fatos que levaram as pessoas a crerem nisso:
As pessoas fazem um pouco de confusão por causa de algumas notícias vinculadas na mídia. Uma delas foi o caso de uma Senhora em SP que teria deixado uma herança para um cachorro. Como é que pode se ele não pode titularizar direitos e contrair deveres? Mas ela não fez isso, ela  criou uma fundação de amparo aos animais e atribuiu a pessoa jurídica o seu patrimônio. Isso pode.
Capacidade de direitos: Uma criança de 01 mês tem capacidade de direitos/capacidade de gozo: é ter direitos e deveres na ordem civil.
Capacidade de fato/exercício: pessoa tem capacidade de praticar pessoalmente os atos da vida civil.
Quem tem 18 anos, reúne capacidade de fato e de direitos, fala-se em “capacidade de plenos direitos” –
Art. 3º Código Civil: INCAPAZES- aqui fala-se na capacidade de fato ou exercício, capacidade de direito todos possuem.
Todo absolutamente incapaz que contrai negócio jurídico – este será nulo.
Representação: Para celebrar negócios o absolutamente incapaz precisa de representante.
Tutela: menor de 18 anos tem tutor.
Curatela: maior idoso.
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
Negócios jurídicos praticados por essas pessoas são NULOS.
Para negócios NULOS não há prazo para declarar a nulidade.
Para negócios NULO, não há convalidação dos atos.
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; (menor púbere – já atingiu a puberdade. Será assistido)
Instituto da assistência.
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
IV - os pródigos. É aquele que não sabe administrar suas finanças. Não tem noção de dinheiro, prejudica sua família (não pode hipotecar, empenhar bens, fazer negócios nesse sentido)
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. – o estatuto do índio traz requisitos para a sua capacidade, caso não preencha, será tutelado pela FUNAI.
Aqui fala-se em ANULAÇÃO de negócios jurídicos.
O prazo para anulação é, em regra de 02 anos.
MAIORIDADE E CAUSAS DE EMANCIPAÇÃO
Maioridade: capacidade plena. Capacidade de direitos + capacidade de fato.
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo; (ex: aspirante da aeronáutica).
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. (ex: jogadores de futebol)
Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Para pessoa jurídica, o término ocorre com distrato, etc.
Pessoa natural: morte. Tem que ter o corpo.
Se não houver o corpo (certeza), fala-se em morte presumida, vejamos:
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
Ex: avião que caiu, pessoa entrou no avisão, fez check in
Ex: foi seqüestrado, houve pedido de recompensa, e a pessoa some.
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
COMORIÊNCIA
Comoriência significa a morte simultânea de duas ou mais pessoas em um mesmo acontecimento, sem hipótese de averiguação sobre qual delas morreu primeiro.
Trata-se de uma presunção legal fundamentada pelo Código Civil Brasileiro do ano de 2002, que dispõe no Artigo 8°:
Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
O registro público é forma de aquisição da propriedade de uma determinada coisa. É a forma pela qual se comprova o domínio.
 
Os registros públicos são necessários para regularizar o direito de propriedade, conferindo segurança jurídica aos titulares. Isso porque a simples manifestação de vontade não poderia, por si só, fazer com que a pessoa se tornasse proprietário da coisa.  E nem poderia ser diferente, pois pela importância do direito em tela, e suas conseqüências jurídicas, é necessário que a essa relação seja organizada e fiscalizada pelo Estado.
 
Assim, a lei criou a obrigação para os titulares de formalizar esse direito, que será feito sob a denominação de registro público.
 
O registro público não serve apenas para formalizar os direitos de propriedade, referente aos bens imóveis, mas também, todos os registros referentes a pessoas naturais e jurídicas; registro de títulos e documentos e também alguns bens móveis, como automóveis, navios e aviões.
 
A lei que rege os registros públicos é a Lei nº6.015/73, que orienta todo o processo de registro.
Art. 9o Serão registrados em registro público:
I - os nascimentos, casamentos e óbitos;
II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;
III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;
IV - a sentençadeclaratória de ausência e de morte presumida.
PESSOA JURÍDICA: é uma ficção legal, uma reunião de bens e pessoas. Tem capacidade de direitos. Sofre uma divisão.
Pessoa jurídica de direito público: são aquelas em que há a presença do Estado, jus imperis
Direito Público Interno: união, estados membros, autarquias, sociedades, fundações de direito público, associações civis públicas;
Direito Público Externo: países, organizações internacionais, Vaticano
Direito privado: sociedade de economia mista e empresa pública, associações religiosas, fundação Airton Senna, associação literária, sociedades empresárias ou simples, fundações (sem mencionar “publica”), partidos políticos, EIRELI.
MOMENTO DE EXISTÊNCIA DE UMA PESSOA JURÍDICA
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Dentro do código civil, a parte que trata dos indivíduos enquanto pessoas físicas ou jurídicas é o livro 'Das Pessoas'. As pessoas físicas (natural) são representadas por uma pessoa, já as jurídicas (moral) são empresas constituídas por pessoas e bens.
Personalidade Jurídica
Pessoa Física
Seguindo essa ordem, os indivíduos são classificados de acordo com a personalidade. A personalidade jurídica é a capacidade de uma pessoa obter direitos e obrigações. É uma das características necessárias para o indivíduo ser considerado um sujeito do direito.
Um indivíduo adquire essa característica após o seu nascimento com vida (nascituro), ou seja, mesmo que o recém-nascido sobreviva ou não após ter saído do ventre de sua mãe, tornou-se um sujeito do direito.
Capacidade
Após o indivíduo adquirir a personalidade, ele adquire a capacidade. Mas, isso não significa que ele poderá usufruir dessa capacidade. Existe, portanto, a capacidade de direito (gozo) que é o poder de adquirir direitos e todo ser humano possui. E, a capacidade de fato (exercício), quando o indivíduo tem o poder de exercer os seus atos e se responsabilizar por eles.
Ter capacidade, significa que o indivíduo estará apto em exercer seus direitos e adquirir obrigações sozinho em sua vida civil. Porém, nem todos estão aptos para tal e, por esse motivo, surgiu o sistema de incapacidades.
No Brasil, a maioridade de uma pessoa física só poderá ser conquistada ao completar 18 anos. Caso contrário, será considerada relativamente ou absolutamente incapaz.
Absolutamente Incapazes
Ser menor de 16 anos;
Enfermidade ou deficiência mental;
Aqueles que por causa transitória não puderem expor a sua vontade. Ex.: pessoas em estado de coma, após um acidente.
Relativamente Incapazes
Maior de 16 e menor de 18 anos;
Viciados em drogas, álcool ou deficiente mental com 'discernimento reduzido';
Os excepcionais, com desenvolvimento mental incompleto. Ex. Portadores da Síndrome de Down;
Os pródigos (aqueles com desvio de comportamento que gastam seu patrimônio desordenadamente).
Os indivíduos incapazes devem ter alguém que lhe ofereça proteção. Assim, os absolutamente incapazes possuem como representantes os pais ou curador (indivíduo que de acordo com a lei, administra os bens do incapaz), já os relativamente incapazes seriam assistidos pelos pais ou tutor. Caso contrário, entre 16 e 18 anos, o menor somente poderá adquirir sua capacidade de fato quando:
Emancipação Voluntária, quando o menor com16 anos receber autorização dos pais;
Emancipação Judicial,quando o menor com 16 anos de acordo com o juiz for autorizado pelo tutor;
Emancipação Legal:
» Casamento, através do matrimônio o menor adquire plena capacidade jurídica; 
» Emprego Público Efetivo, cargo em órgão público;
» Colação de Grau, quando o menor faz colação de grau no nível superior ele poderá ser emancipado; 
» Estabelecimento Civil/Comercial ou Relação de Emprego, desde que o menor consiga se manter financeiramente.
Extinção de Pessoa Física ou Natural
A extinção das pessoas físicas terminam com o falecimento. Além da morte natural, o Novo Código Civil, permite a morte presumida, quando uma pessoa ausente, por força de lei, é dada como morta. Ex.: sequestro, desaparecimento, acidentes, cujo corpo não tenha sido encontrado (considera-se morte presumida, apenas após dois anos e quando esgotadas as possibilidades de busca) ou quando é possível provar a morte de uma pessoa que corria perigo de vida.
Já em casos de morte simultânea (comoriência), é quando duas ou mais pessoas com relação de parentesco morrem simultaneamente ou mesmo se desconhece quem morreu primeiro. Quando isso ocorre, o direito civil considera que essas pessoas morreram no mesmo instante. Esse tipo de morte é interessante para o direito das sucessões, a fim de decidir sobre o destino do patrimônio dos falecidos.
Pessoas Jurídicas
Uma pessoa jurídica só possuirá personalidade, a partir do momento em que seus atos constitutivos forem registrados em local específico e de acordo com a lei, devendo respeitar o seu tipo de sociedade, evitando a atividade ilícita. Ela possui personalidade, patrimônio e vida próprios, assim como os sócios, enquanto pessoa física e deve cumprir todos os atos da vida civil. Existem quatro tipos de pessoas jurídicas:
Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno
É composto pela União, os municípios, os Estados, o Distrito Federal e os territórios, autarquias, incluindo as associações públicas e outras entidades consideradas públicas, de acordo com a lei.
Pessoas Jurídicas de Direito Público Externo
É composto pelos Estados estrangeiros e todas os indivíduos governados pelo direito internacional público.
Pessoas Jurídicas de Direito Privado
É composta por associações (organização de pessoas para fins não econômicos), sociedades (fins econômicos) e fundações (se desenvolve em cima de um patrimônio, apenas para fins religiosos, culturais, morais ou assistenciais).
Extinção de Pessoa Jurídica
A extinção de uma pessoa jurídica dar-se-á por:
dissolução proveniente da vontade dos sócios ou por morte ou incapacidade de sócio;
falência da empresa;
pelo governo, etc.
Assim, seu patrimônio, quando a empresa for uma sociedade será dividida entre os sócios. Em caso de associação, o patrimônio será devolvido a uma pessoa responsável de acordo com o estatuto. Já numa fundação, será dado a uma fundação semelhante a anterior.
Domicílio de Pessoa Física e Jurídica
O domicílio é o local onde reside uma pessoa física ou jurídica. A importância desse conceito na área jurídica é essencial, pois será esse o local em que serão endereçados os processos relativos as suas obrigações policiais, militares, fiscais e políticas.
Para pessoa natural, o domicílio é o local em que ela residirá definitivamente. Já para pessoas que vivem de passagem (circenses), o seu domicílio será considerado a sua habitação atual, ou seja, o local onde ela for encontrada.
Para pessoa jurídica de direito público interno, será considerado seu domicílio especificado em lei no art. 75 do Código Civil (da União, o DF; dos Estados e territórios, suas capitais; do Município, na administração municipal). Já de direito público privado será o local de funcionamento de suas diretorias e administrações.
O Código Civil, também considera a pluralidade de domicílios, ou seja, quando o indivíduo possui várias residências (escritório, consultório ou outro endereço) cada um desses lugares será considerado seus domicílios.
	Domicílio: é a sua sede jurídica, onde os credores podem demandar o cumprimento das obrigações; é o local de suas atividades habituais, de seu governo, administração ou direção, ou, ainda, o determinado no ato constitutivo. Fim da pessoa jurídica: as pessoas de direito público extinguem-se pela ocorrência de fatos históricos, por norma constitucional, lei especial ou tratados internacionais; termina a pessoa de direito privado, conforme prescreve os arts. 21, 22, § único, e 30, § único, do CC:a) pelo decurso do prazo de sua duração;
b) pela dissolução deliberada unanimemente entre os membros;
c) por determinação legal, quando se der qualquer uma das causas extintivas previstas no art. 1.399 do CC;
d) por ato governamental;
e) pela dissolução judicial
.Percebe-se que a extinção da pessoa jurídica não se opera de modo instantâneo; qualquer que seja o fator extintivo, tem-se o fim da entidade; porém se houver bens de seu patrimônio e dívidas a resgatar, ela continuará em fase de liquidação, durante a qual subsiste para a realização do ativo e pagamento de débitos, cessando, de uma vez, quando se der ao acervo econômico o destino próprio; sua existência finda pela sua dissolução e liquidação.

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