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Disciplina Homem Cultura e Sociedade Arquitetura

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Disciplina: Homem, Cultura e Sociedade
Curso de Arquitetura
Prof. Me. Leonan Pereira Rodrigues
Ementa
O homem como ser biológico, cultural e social. A dimensão fenomenológica e dialética do homem. O homem, produto e produtor da cultura. A organização da vida humana. A origem do pensamento filosófico. Os conflitos entre fé e razão. O racionalismo grego, o Cristianismo e as respostas da Idade Moderna. A construção social da realidade. A sociedade industrial. A sociologia enquanto instrumento de análise da realidade, e de embasamento para a compreensão da organização humana, fruto das correntes ideológicas dominantes, bem como das ideologias contestatórias da ordem social estabelecida.
Pontos de Reflexão
Compreende-se que o ser humano busca sua identidade e expressão emocional no espaço construído;
A Arquitetura, enquanto produto cultural do Homem, torna-se também Arte e pode passar a expressar, em sua forma e significado, o conjunto de aspirações e o ideário de uma sociedade.
A "imagem" na arquitetura é a leitura de uma época
Aspectos Introdutórios
A disciplina Homem, Cultura e Sociedade baseia-se na antropologia como uma ciência fundamental para que você possa compreender como nossas relações sociais são profundamente influenciadas pelo conjunto complexo que forma a cultura.
A Antropologia Social é uma das ciências da sociedade, voltada à compreensão do comportamento humano orientado pela cultura.
Compreender a cultura leva a uma nova postura que permite perceber nossa vida em sociedade como uma fonte inesgotável de estabelecimento de regras e padrões, e suas constantes mudanças. A isso chamamos diversidade.
Aspectos Introdutórios
Conhecer o comportamento humano da perspectiva da cultura nos possibilita analisar muitas situações de uma perspectiva enriquecida pela diversidade. Trabalho em equipe, capacidade comunicativa e desenvoltura social são habilidades que podem ser desenvolvidas conforme ampliamos a compreensão sobre a cultura e a diversidade.
Você terá a oportunidade de entrar em contato com conceitos da antropologia, tais como socialização, diversidade cultural, etnocentrismo, relativismo cultural, identidade cultural, reciprocidade, e perceber como se aplicam à nossa vida cotidiana e ao mundo do trabalho e das relações interpessoais.
Ser Humano, Cultura e Sociedade
Atualmente, somos seis bilhões e oitocentos milhões de habitantes no planeta. Devemos essa condição aos nossos ancestrais que há milhões de anos desenvolveram a capacidade de se adaptar a novos ambientes e de vencer predadores mais fortes e velozes com armas sociais que os fizeram imbatíveis: a comunicação, a cooperação, a capacidade de estabelecer regras de convívio coletivo etc. Tudo isso só foi possível uma vez que o comportamento humano, diferentemente de outras espécies que vivem coletivamente, foi orientado pela cultura ao invés do instinto.
Ser Humano, Cultura e Sociedade
A Socialização
De acordo com a nossa cultura e a socialização, controlamos até mesmo os horários de fome, a postura corporal e os gestos, os hábitos de higiene pessoal e as formas de tratamento de saúde etc. Ou seja, cada cultura corresponde a um padrão diferente de realizar todas essas coisas necessárias à vida social, e que consideramos ser “normal” todos fazerem. E nenhuma dessas condutas é inata, ou seja, componente da nossa natureza. Aprendemos cada um dos procedimentos de conduta pessoal que possibilite o convívio coletivo de acordo com padrões herdados e modificados constantemente.
Questão para discussão
O meio social influência o homem, ou o homem influência o meio social?
Ser Humano, Cultura e Sociedade
A diversidade
A imensa diversidade cultural humana reforça a tese segundo a qual a cultura é resultado da interação do indivíduo com seu grupo social. Ao mesmo tempo em que aprendemos e reproduzimos nossa cultura, colaboramos para suas mudanças ou para manter hábitos e tradições.
Ser Humano, Cultura e Sociedade
Na ciência, em geral, não há uma ideia única ou provas que garantam quais traços de cada indivíduo seriam “inatos” e quais teriam sido “adquiridos”. A “filosofia do homem comum” também não apresenta um consenso.
Você já percebeu frases muito comuns em nosso dia a dia, que ora defendem que somos fruto de uma herança genética e ora defendem a importância do aprendizado.
Alguns exemplos
“Tal pai, tal filho”. — Não parece que há uma crença na herança genética como jfator que determina, e, portanto, que nosso comportamento é inato?
• “É de pequenino que se torce o pepino.” — Há uma defesa da importância do comportamento adquirido, e, portanto, do aprendizado.
• “Diga-me com quem andas, e direi quem és.” — Novamente percebemos a importância da influência da sociedade e da socialização.
• “A fruta nunca cai longe do pé.” — Esse exemplo retoma a defesa das características inatas.
Ser Humano, Cultura e Sociedade
Portanto, quando você tiver a sua próxima atitude social, seja ir buscar um café para dar uma pausa nos estudos ou no trabalho, seja responder a um pedido de seu chefe, você poderá se lembrar que somos resultado de uma cultura, e que compreender seus mecanismos nos possibilita uma nova visão sobre os fenômenos humanos.
A relação entre indivíduo e sociedade
Nosso comportamento é resultado da combinação entre a influência de nossa cultura, nossas capacidades inatas e a história de vida pessoal. Para nos desenvolvermos plenamente como seres humanos, precisamos da referência de comportamento dado pela sociedade. É a partir dessa perspectiva que podemos reconhecer que cada um de nós é um “indivíduo-social”.
A relação entre indivíduo e sociedade
Para refletir sobre a imensa variedade de comportamentos individuais, que levam algumas pessoas a se revelarem “gênios”, outras “heróis”, outras “criminosos”, temos que recorrer tanto às ciências sociais quanto às biociências. Sob o enfoque da perspectiva antropológica, obviamente nossa herança genética é importante e deve ser considerada como um fator que pode facilitar ou impedir certos comportamentos. Entretanto, essa herança por si só, não garante necessariamente a tendência aos indivíduos desenvolverem hábitos e características tão marcantes.
Vamos refletir sobre isso...
Suponha que um cientista vá fazer uma pesquisa em favelas urbanas, onde os recursos materiais de sobrevivência são mínimos e as crianças têm pouco acesso à educação. Suponha que ele verifique que em um ambiente de cem crianças, cinco possuem o que chamamos de “ouvido absoluto”, uma capacidade de distinguir com absoluta precisão as notas musicais emitidas. Apesar de possuírem essa capacidade, essas crianças dificilmente terão oportunidades sociais de desenvolver essa habilidade. Portanto, a habilidade inata, nesse caso, será de pouca valia para a vida pessoal dessas crianças.
A relação entre indivíduo e sociedade
Podemos citar também características tais como o gene da obesidade ou da dependência química. O fato de um indivíduo ser portador de qualquer uma dessas heranças genéticas não é suficiente para garantir que ele vá desenvolver um comportamento para utilizar bem esses recursos.
A relação entre indivíduo e sociedade
Assim, para a antropologia, a experiência estimulada e garantida pelo meio social pode ser muito mais determinante do que qualquer característica inata. O aprendizado, o reforço, o estímulo e o reconhecimento de nossas atitudes e habilidades por parte do grupo social são de extrema importância para o desenvolvimento de características desejadas. Todos gostam de ser premiados, elogiados e reconhecidos, assim buscamos demonstrar empenho no desenvolvimento de habilidades esperadas pelo grupo social. Mas, ao contrário, quando somos reprimidos, repreendidos, tolhidos em certos comportamentos, sendo excluídos do bom convívio social, procuramos evitar esse comportamento.
Questão para discussão
Quanto é que cada um de nós pode interferir em nossa sociedade?
A relação entre indivíduo e sociedade
O grupo sofre a interferência de seus indivíduos. Uma sociedade que cria condições favoráveis, por meio de instituições
e de sua determinação coletiva, ou de seus valores, para permitir que um número cada vez maior de indivíduos possa desenvolver plenamente suas potencialidades, se tornará uma sociedade melhor.
Isso acontece em qualquer grupo social, assim como na família ou nas empresas. As características de um grupo dependem das características de seus indivíduos, mas um e outro não podem fazer muita coisa isoladamente.
Roque de Barros Laraia (2006), diz:
Em outras palavras, não basta a natureza criar indivíduos altamente inteligentes, isto ela o faz com frequência, mas é necessário que coloque ao alcance desses indivíduos o material que lhes permita exercer a sua criatividade de uma maneira revolucionária.
Em síntese....
Portanto, para as ciências da sociedade, a herança genética dos indivíduos não é garantia para determinar seu desenvolvimento ao longo da vida. Essa natureza que dá características únicas a cada indivíduo depende de sua condição social e de sua interação com o meio. Os indivíduos sofrem interferência de seu meio social, e, por outro lado, o meio sofre a influência de cada um. Por isso, quanto mais a sociedade der condições de desenvolvimento das potencialidades de cada um, mais irá realizar feitos e conquistas.

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