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* * FACULDADE DE DIREITO Disciplina: Teoria da Constituição Prof. Esp. Ítalo José Rebouças * * CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO * * 1 – Quanto ao conteúdo: a) Constituição Material (real, substancial, ou de conteúdo): É aquela que trata especificamente sobre divisão do poder político, distribuição de competência e direitos fundamentais. b) Constituição Formal: É documento solene, em regra escrita, produzido por um Poder Constituinte e que goza de supremacia no ordenamento jurídico. * * 2 – Quanto à forma: a) Constituição Escrita: Conjunto de regras codificado e sistematizado em um único documento, para fixar a organização fundamental. (Constituição instrumento) b) Constituição não-escrita: Conjunto de regras não aglutinado em um texto solene, mas baseado em leis esparsas, costumes, jurisprudência e convenções. (Ex.: Inglaterra) * * 3 – Quanto ao modo de elaboração: a) Constituição Dogmática: Produto escrito e sistematizado por um órgão constituinte, com base em princípios e idéias fundamentais do Estado e valores políticos e ideológicos predominantes em determinado momento histórico. b) Constituição histórica: Fruto da lenta e contínua síntese da história, produzida pela tradição de um povo historicamente. * * 4 – Quanto à ideologia: a) Constituição liberal (ou negativa): Típica do modelo de Estado liberal. Consagra os valores liberais de não intervenção do Estado. b) Constituição social (positiva): Típica do modelo de Estado social. Consagra valores do Estado social, ordenador, implementador de direitos sociais, econômicos e culturais. * * 5 – Quanto à origem: a) Constituição Promulgada: Deriva do trabalho de uma Assembléia Nacional Constituinte composta por representantes do povo, especialmente encarregados de sua elaboração. (democrática ou popular). (CF/88) b) Constituição outorgada: Elaboradas e estabelecidas sem participação popular, através de imposição do poder. (Brasil 1824) c) Constituição cesarista: Impostas inicialmente pela vontade de um governante, e ratificadas posteriormente pelo povo por meio de consulta popular. (Ex.: Venezuela) * * 6 – Quanto à estabilidade: a) Constituição Imutável (fixas ou silenciosas): Não admite reforma no seu conteúdo. (Constituição da Espanha de 1876) b) Constituição Rígidas: Admitem reforma, mas exige-se um processo legislativo mais solene e dificultoso do que o existente para produção de outras espécies normativas. (Ex.: CF/88) c) Constituição Semi-rígida (semi-flexível): Algumas regras poderão ser alteradas por um processo legislativo simples, e outras, por um processo mais difícil. (Ex.: Brasil 1824) d) Constituição Flexível (plásticas): Geralmente não-escritas, podem ser alteradas por um processo legislativo mais simples. (Ex.: França, Noruega) * * 7 – Quanto a extensão e finalidade: a) Constituição sintéticas: Prevêem somente os princípios e normais gerais de regência do Estado, organizando-o e limitando seu poder, por meio da estipulação de direitos e garantias fundamentais (EUA) b) Constituição analítica: Regulamentam todos os assuntos que entendam relevantes à formação, destinação e funcionamento do Estado. (CF/88) * * 9 – Quanto ao modelo ou finalidade: a) Constituição-Garantia: É a Constituição que tem por fim a limitação do poder estatal. É a chamada Constituição negativa, pois estabelece limites na atuação do Estado na vida do cidadão. (EUA) b) Constituição Dirigente (diretiva, programática, positiva, prospectiva): Além de estruturar e delimitar o poder do Estado, prevê um plano de metas e programas a serem atingidos pelo Estado. Carregada de normas programáticas, dependendo da atuação concretizadora do legislador. (Ex.: CF/88) c) Constituição-balanço: Registra o estágio em que se encontram as relações de poder no Estado. Reflete a luta de classes (econômica e social) do Estado. (URSS 1924, 36 e 67) * * 10 – Quanto à correspondência com a realidade política: a) Constituição nominativas ou nominal: Embora criadas com a finalidade de regulamentar a vida política do Estado, não conseguem implementar este papel, pois estão em descompasso com a realidade política. (Ex.: Brasil 1824) b) Constituição normativas: Cartas políticas alinhadas à realidade política. (Ex. CF/88) c) Constituição semântica: Não buscam regular a vida do Estado. Tem por fim apenas formalizar e manter o político vigente. (Ex.: Constituição do Brasil de 1937, 67 e 69) * * 8 – Quanto ao sistema: a) Constituição principiológica: Há predominância de princípios, tornando necessária a ação concretizadora do legislador ordinário. b) Constituição preceitual: Há predominância de regras. * * 7 – Qualificação da Constituição brasileira de 1988: Formal Escrita Dogmática Social Rígida Dirigente Promulgada Principiológica Analítica Normativa * * 1- Abrindo a Constituição: a) Preâmbulo: “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”. * * 1- Abrindo a Constituição: a) Preâmbulo: Para que serve o preâmbulo? O Supremo Tribunal Federal decidiu que o preâmbulo não tem força normativa. A expressão “sob as bençãos de Deus”.
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