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AATIVIDADE FÍSICA COMO PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA OBESIDADE INFANTIL

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A ATIVIDADE FÍSICA COMO PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA OBESIDADE 
INFANTIL 
 
Emanuela de Abreu Valente* 
João Guilherme Pereira Barros** 
 
RESUMO 
O excesso de peso aumentou nas últimas décadas em função de mudanças de hábitos 
de vida da população (OMS). O sobrepeso e a obesidade são uma realidade presente 
na vida de crianças e jovens, mesmo em locais considerados de baixa renda, talvez 
em consequência de uma alimentação hipercalórica, horas na frente da TV, redução de 
espaços de lazer, insegurança, proliferação dos botões do controle remoto e tantos 
outros motivos internos e externos. Este estudo tem como objetivo apresentar o 
importante papel que a atividade física tem na prevenção e tratamento da obesidade 
infantil e demonstrar aos profissionais da área a real importância da realização da 
atividade física para prevenção e tratamento da obesidade. Na realização da coleta de 
dados foram considerados os principais fatores associados à obesidade infantil, e as 
fases mais acarretadas, que segundo dados da OMS (2005) são, a fase entre seis a 
dez anos com meninas e meninos entre 21,8% e 21,5% respectivamente, e 
adolescentes de onze a dezesseis anos com meninas e meninos entre 29,1% e 28,5%, 
respectivamente, além das principais consequências desse problema de saúde 
Pública. Tornar-se-á claro o importante papel que a atividade física tem no tratamento e 
controle desse problema e quais as formas de intervenção do Educador físico nesse 
processo. 
Palavras-chave: Obesidade Infantil; Atividade Física; Prevenção; Tratamento; 
Sedentarismo; 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
A preocupação com obesidade infantil não é um acontecimento atual. Segundo 
Fisberg (1995) “a obesidade não é um problema tão antigo como os primeiros passos 
do ser humano na terra”. No decorrer dos séculos a obesidade tem sido motivo de 
questionamentos. Nos países desenvolvidos, ela é considerada uma doença crônica e 
um dos mais importantes problemas de saúde pública (RODRIGUES 1998). 
 
*Graduanda do Curso de Licenciatura Plena em Educação Física pela Uepa-Universidade do Estado do 
Pará 
**
 Mestrando do Programa de Mestrado do Núcleo de Medicina Tropical - UFPa 
2 
 
A obesidade infantil tem crescido nas últimas décadas no mundo inteiro, 
constituindo-se um fator de grande preocupação na área da saúde pública (GUEDES e 
GUEDES, 1997). Segundo a OMS são vários os países atingidos pela obesidade 
infantil como Portugal, Estados Unidos da América, Reino Unido, Argentina, Brasil e 
Austrália. 
A prevalência mundial da obesidade infantil vem apresentando um rápido 
aumento nas últimas décadas, sendo caracterizada como uma verdadeira epidemia 
mundial. Este fato é bastante preocupante, pois a associação da obesidade com 
alterações metabólicas, como a dislipidemia, a hipertensão e a intolerância à glicose, 
considerados fatores de risco para o diabetes mellitus tipo 2 e as doenças 
cardiovasculares até alguns anos atrás, eram mais evidentes em adultos; no entanto, 
hoje já podem ser observadas frequentemente na faixa etária mais jovem (FISBERG 
apud STYNE 2001). 
Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF, 2008-2009) realizada pelo 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da 
Saúde (MS), apresentou um aumento importante no número de crianças acima do 
peso no Brasil. Em 2008, o excesso de peso atingia 33,5% das crianças de cinco a 
nove anos. Estimativas do ministério apontam que cerca de 525 mil crianças e 140 mil 
adolescentes têm obesidade mórbida no Brasil. Segundo a Pesquisa de Orçamento 
Familiar (POF) de 2011, o número já aumentou para 34,8% das crianças com idade 
entre cinco e nove anos que estão acima do peso recomendado pela Organização 
Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. Ainda de acordo com a OMS, um 
ambiente favorável às escolhas alimentares saudáveis para crianças é fundamental 
para a redução da obesidade infantil. 
Vários fatores são importantes na gênese da obesidade, entre eles podemos 
citar, a herança genética, o meio ambiente, os fatores sócio-econômicos, os 
fisiológicos, os metabólicos, os psicológicos, bem como gênero, a idade e o padrão de 
distribuição de gordura corporal – estão contribuindo para a elevação dos índices de 
obesidade (GUEDES e GUEDES, 1997). No entanto, o que explicaria este crescente 
aumento do número de indivíduos obesos são às mudanças no estilo de vida e aos 
hábitos alimentares (ROSENBAUM 1998). O aumento no consumo de alimentos ricos 
em açúcares simples e gordura, com alta densidade energética, “fast foods” e a 
3 
 
diminuição da prática de exercícios físicos, são os principais fatores relacionados ao 
meio ambiente (OLIVEIRA et. al. 2003). 
Crianças que passam grande parte do tempo ociosas, assistindo programas de 
televisão, com dieta alimentar hipercalórica e são sedentárias, apresentam maior 
suscetibilidade de serem obesas na infância, na adolescência e na vida adulta 
(MCARDLE et. al. 1998). Segundo Soares (2003), 70% dos adultos obesos já foram 
crianças obesas em maior ou menor grau. 
O objetivo deste trabalho é apresentar o papel da atividade física na prevenção 
e tratamento da obesidade infantil, buscando demonstrar os diversos tipos de atividade 
física para crianças, que influenciem na diminuição do sedentarismo, provoquem o 
aumento no gasto energético, e especialmente, uma mudança de comportamento, 
tornando a prática de atividade física prazerosa e auxilie na busca de um estilo de vida 
saudável, além de demonstrar aos profissionais de educação física as atividades que 
podem ser realizadas como também os efeitos sobre o tratamento da obesidade 
infantil, para que possam intervir de forma positiva. 
 
2- MATERIAL E MÉTODOS 
 
O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, elaborado através de 
coleta de dados em artigos científicos publicados em bancos de dados, como Pubmed, 
Medline e Scielo, usando estratégias de busca que contenham as palavras-chave 
“obesidade infantil”, “Atividade física para tratamento da obesidade”, “sedentarismo”, 
“sobrepeso”, ”epidemiologia da obesidade infantil”. Além de livros, monografias e TCC’s 
de graduação, fazendo um levantamento sob o ponto de vista de vários autores, de 
dados epidemiológicos, fatores, conseqüências e tratamento da obesidade. 
 
3- MARCO TEÓRICO 
 
3 .1 Obesidade Infantil. 
 
3.1.1 Definição 
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A obesidade é uma enfermidade crônica que se acompanha de múltiplas 
complicações, caracterizada pela acumulação excessiva de gordura em uma 
magnitude tal que compromete a saúde (CONSENSO LATINO AMERICANO EM 
OBESIDADE – 2001). Entre as complicações mais comuns está o diabete mellitus, a 
hipertensão arterial, as dislipidemias, as alterações osteomusculares e o incremento da 
incidência de alguns tipos de carcinoma e dos índices de mortalidade (MELO 2009). 
A obesidade é ainda o resultado de ingerir mais energia que a necessária. Não 
há dúvidas que este consumo excessivo pode iniciar-se em fases muito remotas da 
vida, nas quais as influências culturais e os hábitos familiares possuem um papel 
fundamental. Por isso dizemos que a obesidade possui fatores de caráter múltiplo, tais 
como os genéticos, psicosociais, cultural-nutricionais, metabólicos e endócrinos 
(SANNER 2001). 
 Segundo o Manual de Psiquiatria Infantil, de 1985, uma criança é considerada 
obesa quando ultrapassa em 15% o peso médio correspondente à sua idade, desde 
que o excesso de peso corresponda ao acúmulo de lipídios, fato que pode ser avaliado 
pela espessura da prega cutânea. No entanto, não é fácil estabelecer parâmetros que 
definam, com precisão, o limite entre peso normal, sobrepesoe obesidade. 
A obesidade pode ser classificada de duas formas: 1- endógena ou primária, 
que deriva de problemas hormonais, tais como: alterações do metabolismo tireoidiano, 
gonadal, hipotálamo - hipofisário, tumores como o craniofarigeoma e as síndromes 
genéticas; 2- exógena ou nutricional ou secundária que é multicasual, derivada do 
desequilíbrio entre a ingestão e o gasto calórico, devendo ser manejada como 
orientação alimentar, especialmente mudanças de hábito e otimização da atividade 
física (FISBERG 2005; MELLO; LIFT; MEYER, 2004). 
Segundo Rodrigues 1998, 95% dos casos de obesidade estão relacionados ao 
tipo exógena, e por esse motivo o estudo desta última se faz mais relevante, já que a 
incidência é mais elevada. 
Campos (1995) salienta que a família de indivíduos com obesidade exógena 
apresenta como características: excesso de ingestão alimentar, sedentarismo, 
relacionamento intrafamiliar complicado, desmame precoce, introdução precoce de 
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alimentos sólidos, substituições de refeições por lanches e dificuldades nas relações 
interpessoais. 
 
3.1.2 Causas Da Obesidade Infantil 
 
3.1.2.1. Aspectos Genéticos 
 
Durante os últimos 60 anos, um grande número de autores tem acreditado que 
filhos de pais obesos podem apresentar maiores riscos de serem obesos, quando 
comparados a filhos de pais magros. De acordo com Bouchard (apud Williams 2003), 
foram identificados setenta supostos genes da obesidade e existem fortes evidências 
da ligação de oito deles com a obesidade, a influência da hereditariedade na 
obesidade gira em torno de 25% a 40%. 
Ainda segundo Ferreira (2005) cerca de 80% das crianças entre 10 e 14 anos 
com um dos pais com sobrepeso e obesidade são obesas. 
Um importante estudo publicado em 1997 por Ferreira (2005)evidenciou que, 
entre crianças de até três anos, a obesidade atual não é um fator de risco para a 
obesidade futura. Nesse grupo etário, o principal fator de risco para a obesidade na 
idade adulta é a presença de obesidade nos pais. Já nos grupos dos três aos nove 
anos, a obesidade atual é o principal determinante da obesidade futura, 
independentemente da obesidade familiar. Considerando-se todo o grupo de crianças 
com menos de 10 anos, a obesidade paterna aparece como um fator de risco 
independente capaz de aumentar em mais que o dobro o risco de obesidade na fase 
adulta. 
A obesidade é uma doença multigênica, e é sabido que os fatores genéticos 
influenciam diretamente nas características do desenvolvimento do tecido adiposo, 
bem como na determinação da taxa metabólica basal (TMB) do indivíduo obeso, que 
pode estar diminuída (RODRIGUES, 1998). 
 
3.1.2.2. Hábitos Alimentares 
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Segundo a classificação etiológica a obesidade exógena é responsável por 95% 
dos casos e está relacionada a fatores ambientais como a hipoatividade e 
principalmente aos maus hábitos alimentares, ou seja, os fatores externos são 
responsáveis pela grande maioria dos casos de obesidade da atualidade (DAMASO, 
2001). Desta forma podemos observar o quanto é importante cuidar da alimentação, 
principalmente na infância, onde ainda estão se constituindo os padrões alimentares da 
criança depende em grande parte dos pais e familiares. 
Para Soares (2003), a obesidade infantil atinge na maior parte dos casos 
crianças de classe média alta que, além de terem um conforto que contribui para o 
sedentarismo, tem hábitos alimentares nada saldáveis, pois estão acostumados com 
pizzas, sanduiches, refrigerante, entre outras guloseimas. 
Entretanto, ainda assim, a obesidade infantil também atinge crianças de baixa 
renda, que não possuem acesso as mesmas guloseimas que as crianças das classes 
sociais mais abastadas, mas, todavia, encontram outras guloseimas a preços 
acessíveis e de grande teor calórico como pipocas, biscoitos, bombons, enfim entre 
comprar frutas e outros alimentos com preço mais elevado, os pais optam pelo mais 
barato (SILVA et.al., 2005). 
Garcia 1998 apud Soares, 2002, diz que a dieta da criança deve ser rica em 
verduras, legumes, frutas e não se deve proibir nada, apenas restringir no dia-a-dia o 
que é hipercalórico. Já que o hábito alimentar das crianças obesas é fortemente 
influenciado pelos inadequados hábitos familiares, tais como: alta ingestão de lipídios e 
de glicídios, provocando alta rejeição de hortaliças e frutas. 
 
3.1.2.3. Sedentarismo 
 
A saúde é um bem inestimável, mas para que ela permaneça é preciso evitar 
alguns hábitos de vida considerados como prejudiciais como, por exemplo, o 
sedentarismo, o qual segundo Silva (2005) é cada vez mais freqüente no cotidiano de 
adultos, adolescentes e crianças, de ambos os gêneros e diferentes faixas etárias. De 
acordo com Epstein et. al. (1996) existe uma influência direta do baixo nível de 
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atividade física sobre o desenvolvimento da obesidade na infância e adolescência. 
Logo, uma das alternativas para o tratamento da obesidade é aumentar o nível de 
atividade física. 
Podemos incluir como um dos grandes estimuladores do sedentarismo em 
crianças os equipamentos eletro – eletrônicos, com os quais eles passam horas se 
“divertindo”. Segundo Guedes e Guedes (1997) grandes levantamentos populacionais 
sugerem estreita relação entre a prevalência de obesidade e de sobrepeso e o tempo 
dedicado a assistir TV e vídeo. 
A forma de vida sedentária da sociedade moderna, facilitada pelos avanços 
tecnológicos (videogames não ativos, televisão, DVD, automóvel, etc.), contribui para a 
redução do gasto energético que já está reduzido no obeso (MELLO; LUFT; MEYER, 
2004). 
Uma criança que assisti regularmente a televisão, não só está em uma postura 
sedentária, com também sofre a influência das propagandas, que promovem uma 
maior ingestão de alimentos ricos em gorduras e açúcares e de baixo valor nutricional. 
Assim, Silva e Malina (2003) exprimem que: presente em praticamente todo lar 
brasileiro, a TV é uma forma de lazer acessível a todas as camadas da população e, 
por vezes, substitui a atividade física por ausência de segurança (ou percepção de 
segurança) nos equipamentos públicos de lazer, principalmente nos grandes centros 
urbanos. 
 
3.1.3 Consequências Da Obesidade Infantil 
 
 Várias complicações podem ocorrer na saúde de uma criança com sobrepeso. 
A obesidade infantil pode acarretar em elevação dos triglicerídeos e do colesterol, 
alterações ortopédicas, problemas respiratórios, diabetes mellitus, hipertensão arterial, 
entre outros distúrbios segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Além disso, 
uma criança obesa aumenta a probabilidade de se tornar um adulto obeso, o que pode 
gerar uma gama de problemas de saúde tendo como conseqüência até a morte. Sob 
esta visão, Escrivão e Lopez (1995) informam: a maioria das complicações da 
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obesidade iniciadas na infância e na adolescência acaba se manifestando na fase 
adulta, levando ao aumento da mortalidade e à diminuição da esperança de vida. 
 O crescente aumento da obesidade tem elevado a prevalência da diminuição 
da tolerância à glicose e de diabetes entre a população mais jovem. Um estudo 
realizado entre crianças obesas revelou uma prevalência de 25% de diminuição da 
tolerância à glicose e 4% de diabetes (FERREIRA, 2005). 
 Rodrigues (1998) verificou num estudo longitudinal sobre a variação da 
pressão arterial sistólica e diastólica de crianças por um período de 4 anos, uma 
correlação direta entre aumento de pressão excesso e tecido adiposo. As crianças que 
mantiveram pressão arterial elevada, nesses 4 anos, eram as mais pesadas, fatos 
evidenciados por maiores valores de IMC (Índice de Massa Corporal), DCT (Dobra 
Cutânea Tricipital),PA (Perímetro Abdominal) e PQ (Perímetro de Quadril) 
 Crianças com peso elevado têm tendência à falta de oxigênio, devido ao 
aumento da demanda ventilatória, aumento do esforço respiratório, diminuição da 
eficiência muscular, diminuição da reserva funcional, micro dilatação dos brônquios, 
infecções, asma e apneia do sono (MELLO, LUFT, MEYER, 2004). 
 
4- ATIVIDADE FÍSICA 
 
 A atividade física pode ser entendida como qualquer movimento corporal, 
produzido pela musculatura esquelética, que resulta em gasto energético 
(CASPERSEN, 1985), tendo componentes e determinantes de ordem biopsicossocial, 
cultural e comportamental, podendo ser exemplificada por jogos, lutas, danças, 
esportes, exercícios físicos, atividades laborais e deslocamentos (PITANGA, 2002). 
 Segundo WHO/FIMS (1995) a atividade física, é necessária em todas as 
idades e deveria ser proporcionada a todas as crianças e adolescentes. Além disso, 
sugere-se que os programas de exercícios físicos deveriam contemplar o aspecto 
lúdico, agradável, de forma que tais atividades se tornassem mais atraentes levando à 
formação desses hábitos para toda a vida. 
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 Sabe-se que a prática regular de atividades físicas sistematizadas pode 
contribuir para a melhoria de diversos componentes da aptidão física relacionada à 
saúde, como força, resistência muscular, resistência cardiorrespiratória, flexibilidade e 
composição corporal. Essas modificações podem favorecer, sobretudo, o controle da 
adiposidade corporal, bem como a manutenção ou melhoria da capacidade funcional e 
neuromotora, facilitando o desempenho em diversas tarefas do cotidiano (MORRIS e 
MORTON et al, 1994). Entretanto, as diminuições dos níveis de atividade física podem 
favorecer para o aparecimento de disfunções crônico-degenerativas não somente em 
adultos, mas também em jovens e crianças. Segundo Alves (2003, p. 5). 
Ser fisicamente ativo desde a infância apresenta muitos benefícios, não só na 
área física, mas também nas esferas sócio e emocional, e pode levar a um 
melhor controle das doenças crônicas da vida adulta. Além disso, a atividade 
física melhora o desenvolvimento motor da criança, ajuda no seu crescimento 
e estimula a participação futura em programas de atividade física. 
 É indiscutível a enorme importância de se sair da inércia, pois além do ganho 
físico, há um aumento na auto-estima. Para Alves (2003) existem três grandes 
vantagens da atividade física em crianças: 1) as crianças são mais saudáveis: têm 
menos excesso de peso, apresentam um melhor desempenho cardiovascular, número 
menor de crises de asma, além de apresentarem uma maior densidade óssea; 2) 
esses efeitos são transferidos para idade adulta; 3) manutenção do hábito na vida 
adulta. Crianças e adolescentes que se mantêm fisicamente ativos apresentam uma 
probabilidade menor de se tornarem sedentários. 
 Porém, infelizmente, no mundo atual, a atividade física diária das crianças e de 
adolescentes tem sido cada vez menor o que pode levar a prejuízos no processo de 
crescimento e desenvolvimento. Dessa forma torna-se necessário incentivar os jovens 
a participarem de programas de atividades físicas (DE ROSE, 2002). Pois, maiores 
mudanças na quantidade de gordura corporal estão associadas a programas de 
exercícios físicos que predominam na utilização de energia proveniente do 
metabolismo aeróbico. 
 Na adolescência, as mudanças corporais e psicológicas, reforçam a 
necessidade de uma atividade física, principalmente durante o estirão, pois estimula a 
proliferação dos chamados osteoblastos (células que contribuem para o crescimento 
do tecido ósseo) (BODY, l997). 
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 De acordo com a OMS, os pais têm uma importante responsabilidade na vida 
ativa dos seus filhos, pois: se a mãe pratica atividade física, o filho é 2 vezes mais 
ativo; se o pai pratica atividade física, o filho é 3,5 vezes mais ativo; se o pai e a mãe 
praticam atividades físicas, o filho será 6 vezes mais ativo. 
Faz-se necessário que as atividades físicas sejam eficientes e que promovam 
alterações fisiológicas capazes de tratar e prevenir a obesidade. O importante é 
entender como o exercício é capaz de promover o emagrecimento, para que possa 
trazer resultados eficientes (DE ROSE, 2002). 
 
5- OBESIDADE INFANTIL X ATIVIDADE FÍSICA 
 
Segundo Gentil (2010), há vários estudos mostrando que o treinamento mais 
eficiente para a redução do percentual de gordura, é o treinamento de alta intensidade, 
mais especificamente o treinamento intervalado. 
O método intervalado consiste em priorizar a capacidade anaeróbica alática e a 
anaeróbica glicolítica (WEINECK, 1991). Esse método é caracterizado por uma maior 
intensidade de trabalho e uma menor duração do esforço. 
Segundo McArdle (1998) a energia gasta no treinamento de resistência em 
circuito (um exercício contínuo que utiliza uma baixa resistência e altas repetições), 
alcançava uma média de aproximadamente 9 kcal por minuto. O treinamento de 
resistência padronizado realizado regularmente reduz o risco de doença coronariana, 
aprimora o controle glicêmico, modifica favoravelmente o perfil das lipoproteínas e 
eleva a taxa metabólica de repouso. 
A duração do exercício afeta a perda de gordura. Há maior dispêndio calórico no 
exercício mais prolongado. O dispêndio calórico adicional imposto pelo exercício mais 
freqüente produz resultados ainda maiores (MCARDLE, 1998). 
A mudança nos hábitos de vida pode influenciar no aumento da atividade de 
vida diária (AVD´s), como descer escadas do edifício onde mora, jogar balão, pular 
corda, caminhar na quadra, além de ajudar nas lidas domésticas. O fato de mudar de 
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atividade já ocasiona aumento do gasto energético e, especialmente, mudança de 
comportamento, de não ficar inerte, por horas, numa só atividade, como vídeo-game 
não ativo, computador e televisão (MELLO; LUFT; MEYER, 2004). 
Em virtude da atual prevalência de obesidade em crianças e adolescentes não 
podemos deixar de evidenciar a presença dos mesmos no ambiente escolar, 
principalmente nas aulas de educação física. Todavia em geral, há um descaso com o 
obeso, que muitas vezes é julgado incapaz por colegas de turma e às vezes pelos 
próprios professores, sendo marginalizado, o que agrava o processo (FISBERG, 1995). 
As aulas de educação física, dado seu caráter diferenciado das demais 
disciplinas, deveriam ser utilizadas de maneira oportuna para o desenvolvimento de 
propostas educativas de incentivo e aquisição de hábitos de vida saudáveis, que 
favoreçam o controle do peso corporal e a melhoria da qualidade de vida do aluno, pois 
segundo Ballone (2003), entre os múltiplos fatores geradores da obesidade infantil, o 
afastamento das crianças das atividades físicas exuberantes da infância parece ser o 
mais importante deles. 
Dessa forma, entende-se que a educação física deveria utilizar-se de seus 
conteúdos como jogos, esportes, danças, ginástica, etc. para auxiliar a redução da 
gordura corporal e sedentarismo em alunos obesos ou com sobrepeso. Incentivando-
os a buscarem, não o “corpo perfeito”, mas um “organismo saudável”, o qual geraria 
bem estar físico e mental (DUARTE, 2010). 
Segundo Duarte (2010), de acordo com os dados coletados em escolares do 
município de Belém, bairro do Guamá, 78% de crianças não obesas ou com sobrepeso 
dava-se ao grande número de atividades físicas realizadas nas aulas de educação 
física e também das aulas extra-escolares, realizadas em clubes ou escolhinhas de 
esportes, onde as crianças frequentavam de duas a três vezes por semana. 
Atualmente é grande a proliferação de Escolinhas de várias modalidades na 
nossa sociedade, como futebol, vôlei, basquete, natação..., destinadasa acolher um 
público infantil e adolescente, basicamente compreendendo as idades de 6 até 16 anos 
(SCAGLIA, 1995). 
 O esquema de dias alternados é o mais freqüentemente recomendado, pois o 
tempo de descanso entre as sessões é preciso para que as adaptações fisiológicas e 
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musculoesqueléticas ocorram e os indivíduos não sofram lesões, entrem em fadiga 
muscular ou percam o condicionamento físico por sessões muito espaçadas 
(POLLOCK, l993). 
Um tema relacionado ao conceito da intensidade dos exercícios, sobre o qual 
muito pouco se conhece, é a função do treinamento de resistência nos programas de 
controle de peso (GENTIL, 2010). 
 De acordo com Dâmaso (2001), em todas as propostas de atividades, além do 
respeito à atuação multiprofissional na estruturação das mesmas, o profissional 
envolvido deve estar atento às seguintes considerações: respeitar a individualidade 
biológica; respeitar o quadro clínico e a gravidade de qualquer desordem que a pessoa 
apresente; respeitar a fase do desenvolvimento motor, fisiológico e intelectual. 
Segundo McArdle (1998) e Cole (2000), as atividades ideais consistem em 
exercícios aeróbios contínuos realizados com grandes grupos musculares que 
comportam um custo calórico de moderado a alto, como caminhada rápida, corrida, 
pular corda, ciclismo natação. Muitos desportos e jogos recreativos também afetam 
positivamente o peso corporal. 
A atividade física lúdica, além de ser extremamente prazerosa é também um 
artifício para que a criança possa atingir um hábito de vida mais saudável. Partindo 
dessa mesma idéia França (2003) explica que estudos revelam com clareza as 
diversas possibilidades de a partir de vivências corporais conscientes e consistentes no 
âmbito do lazer, buscar elementos para a construção da melhoria da qualidade de vida. 
Para Romera (2003) o entendimento sobre o exercício de ensinar/aprender, 
quanto mais espontânea e prazerosa for à atividade melhores os resultados que seus 
praticantes obterão. A autora se refere à educação escolar, mas dentro deste contexto 
pode-se também pensar no exercício de ensinar/aprender a vontade de se exercitar, os 
benefícios das atividades físicas e o quanto pode ser gostoso praticar. 
De acordo com marco teórico acerca da temática atividade física como prevenção 
e tratamento da obesidade infantil, afirma-se que cada vez mais é crescente a 
discussão sobre o tema entre profissionais da área da saúde e Órgãos do Governo, já 
que a obesidade infantil é tratada como um problema de saúde pública no mundo 
inteiro (OMS, 2005). 
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Estudos apontam ainda algumas formas de tratamento e controle da obesidade 
infantil, como a realização de uma dieta balanceada que segundo Garcia 1998 apud 
Soares, (2002), dizem que a dieta da criança deve ser rica em verduras, legumes, 
frutas e não se deve proibir nada, apenas restringir no dia-a-dia o que é hipercalórico. 
Já que o hábito alimentar das crianças obesas é fortemente influenciado pelos 
inadequados hábitos familiares, tais como: alta ingestão de lipídios e de glicídios, 
provocando alta rejeição de hortaliças e frutas. 
Outra forma para tratamento é a mudança de hábitos sedentários, que são 
considerados prejudiciais para a saúde (SILVA, 2005), para a realização de atividades 
físicas que causem gasto calórico e causem a melhoria de diversos componentes da 
aptidão física relacionada à saúde, como força, resistência muscular, resistência 
cardiorrespiratória, flexibilidade e composição corporal (MORRIS e MORTON, 1994). 
Ainda de acordo com os achados sobre os benefícios da atividade física para 
com a obesidade infantil, se afirma que apesar de existirem trabalhos feitos sobre a 
utilização dos conteúdos nas aulas de educação física como os jogos, esportes, 
danças, ginástica, etc. para auxiliar a redução da gordura corporal e sedentarismo em 
alunos obesos ou com sobrepeso, não existem estudos que comprovam 
cientificamente sua eficácia, assim como são comprovados os medicamentos para 
tratamento da mesma. 
Alguns autores como Gentil, (2010) e Weineck, (1999), afirmam que a atividade 
intervalada e intensa são as que mais causam dispêndio calórico, mas segundo 
Pollock, 1993, o esquema de dias alternados e baixa intensidade é o mais 
freqüentemente recomendado. Já que para crianças e adolescente as atividades 
devem ser mais lúdicas, além de ser extremamente prazerosa é também um artifício 
para que a criança possa atingir um hábito de vida mais saudável (FRANÇA, 2003). 
Outros achados definem a realização de jogos e esporte como uma vivência 
mais lúdica e prazerosa para as crianças, se tornando importante o papel das 
escolinhas de esporte e clubes, que promovem atividades como, futebol, vôlei, 
natação, etc., é que afirma Scaglia (1995). Realizar uma atividade de forma 
espontânea e prazerosa é o primeiro passo para melhorar os benefícios da mesma 
sobre a saúde e bem estar do indivíduo. 
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Contudo, torna-se necessária a realização de estudos que explorem mais os 
tipos de atividade física que beneficiem ao tratamento e controle da obesidade infantil, 
em termos de intensidade, volume e frequência. 
 
CONCLUSÃO 
 
A obesidade na infância e na adolescência está se tornando um problema cada 
vez mais freqüente, estando relacionada a diversas doenças graves, provocando 
preocupações agravantes, considerando-se um importante caso de saúde pública. 
Sendo assim, os estudos comprovam que as mudanças nos padrões de atividade 
física e nutrição de hoje são responsáveis por esse crescimento. 
Crianças que preferem utilizar, como forma de diversão, o computador e os 
videogames não ativos, embora sejam diversões para uma parcela mais “seleta” da 
sociedade, também exercem grandes influências, pois preferem, muitas vezes, 
movimentar apenas “alguns dedos” sobre as teclas e botões a se deixar envolver por 
atividades em ambientes mais amplos, de caráter mais lúdico e de maior gasto 
energético, como as brincadeiras mais tradicionais da infância, como correr, pular 
corda, jogar amarelinha, etc., e passaram a ficar confinadas em suas casas e 
apartamentos. 
Por isso intervenções imediatas devem ser realizadas, afim de, demonstrar os 
benefícios da prática regular e sistematizada de forma coerente da atividade física para 
a melhora da saúde e da qualidade de vida das crianças. Para isso torna-se importante 
a participação de educadores físicos, afim de, promover atividades prazerosas e que 
contribuam para um maior gasto calórico e melhor benefício para a saúde. 
A prevenção e o tratamento da obesidade infantil devem, ainda, partir de uma 
completa modificação comportamental da sociedade, que propicie uma vida mais 
saudável, com uma alimentação de qualidade e atividade física preventiva. Além disso, 
ações públicas, que permitam o acesso de todos, independentemente de classe social, 
as informações sobre os determinantes e conseqüências da obesidade são 
imprescindíveis para o controle da doença. 
 
15 
 
PHYSICAL ACTIVITY AS PREVENTION AND TREATMENT OF CHILDHOOD 
OBESITY 
ABSTRACT: 
Excess weight has increased in recent decades due to changes in life habits of the 
population (WHO). Overweight and obesity are a fact of life for children and young 
people, even in areas considered low-income, perhaps as a result of a high calorie diet, 
hours in front of the TV, a reduction of amenity, insecurity, proliferation of control buttons 
remote and many other internal and external reasons. This study aims to present the 
important role that physical activity has on the treatment and control of childhood 
obesity and health professionals to demonstrate the real importance of doing physical 
activity for treatment of obesity.In conducting the data collection will be considered the 
main factors associated with childhood obesity, and the stages entailed, which 
according to the WHO (2005) are the phase between six to ten years in girls and boys 
between 21 and 21.8% 5% respectively, and adolescents from eleven to sixteen years 
in girls and boys between 29.1% and 28.5%, respectively, besides the main 
consequences of this public health problem. It will make clear the important role that 
physical activity has on the treatment and control of this problem and what forms of 
intervention by the physical educator in this process. 
Keywords: Childhood Obesity; Physical Activity; Overweight; Sedentary Lifes. 
 
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