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Direito Processual Civil (Analista Judiciário e Oficial de Justiça) - Aula 03 (1)

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Aula 03
Curso: Direito Processual Civil p/ TRF 3ª Região (Analista Judiciário e Oficial de
Justiça)
Professor: Gabriel Borges
 Direito Processual Civil ʹ TRF 3ª Região 
 Teoria e Exercícios comentados 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ TRF 3ª Região - ANALISTA JUDICIÁRIO ± 
JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA 
 
AULA 03: Dos Atos Processuais 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Continuação ± Dos atos processuais 02 
2. Resumo 21 
3. Questões comentadas 22 
4. Lista das questões apresentadas 40 
5. Gabarito 45 
 
"Eu tentei 99 vezes e falhei, mas na centésima tentativa eu consegui, nunca 
desista de seus objetivos mesmo que esses pareçam impossíveis, a próxima 
tentativa pode ser a vitoriosa." (Albert Einstein). 
 
Continuação ± DOS ATOS PROCESSUAIS 
 
6. PRAZOS 
Prazo é o lapso temporal para que o ato seja validamente constituído. 
Delimita-se pelo termo inicial (dies quo) e pelo final (dies ad quem). Os atos 
processuais são realizados nos prazos prescritos em lei. Quando a lei é omissa, o 
juiz determina os prazos, levando em conta a complexidade da causa (art. 177). Os 
prazos se classificam quanto às consequências processuais, à origem e à natureza. 
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Em relação às consequências processuais, os prazos se dividem em: 
próprios, aqueles fixados às partes, gerando a sua inobservância a perda da 
possibilidade de praticar determinado ato ± preclusão temporal; impróprios, que são 
fixados aos órgãos judiciários, ou seja, são os atos praticados pelos juízes. Esses, 
uma vez não observados, não geram qualquer consequência no processo. 
Quanto à origem, os prazos podem ser classificados em: legais, judiciais e 
convencionais. Os legais são definidos em lei e não podem ser, regra geral, 
modificados pelo juiz nem pelas partes do processo. Os judiciais são fixados pelo 
juiz como a escolha da data da audiência. Já os convencionais são definidos de 
comum acordo entre as partes. 
Por sua natureza, os prazos processuais podem ser: dilatórios e 
peremptórios. São dilatórios quando, embora fixados em lei, puderem ser ampliados 
ou reduzidos pelo juiz ou por convenção entre as partes. São exemplos de prazos 
dilatórios o art. 45 do CPC e o art. 265, inciso II, CPC. 
Art. 45: O advogado poderá, a qualquer tempo, renunciar ao mandato, 
provando que cientificou o mandante a fim de que este nomeie substituto. Durante 
os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuará a representar o mandante, desde 
que necessário para lhe evitar prejuízo. 
Art. 265: Suspende-se o processo: [...] II ± pela convenção das partes. 
Intuitivamente, peremptórios, portanto, são aqueles que não podem ser 
alterados, nem pelas partes nem pelo juiz. São exemplos de prazos peremptórios, 
os prazos para contestar e para recorrer. 
O CPC, contudo, permite que, em casos excepcionais, o juiz possa ampliar 
qualquer prazo. Assim, o juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte, 
prorrogar o prazo processual por até 60 dias. Já nos casos de calamidade pública a 
prorrogação é ilimitada, ou seja, não tem limite (art. 182, parágrafo único, CPC). 
Art. 182: É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou 
prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o 
transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias. 
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Parágrafo único. Em caso de calamidade pública, poderá ser excedido o 
limite previsto neste artigo para a prorrogação de prazos. 
 
A jurisprudência tem entendido que as regras de aplicação dos 
prazos processuais são restritivas, de modo que havendo 
dúvida sobre seu perecimento, deve-se considerar que não se 
perdeu. 
 
6.1. CURSO 
Art. 178, CPC: O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é contínuo, não se 
interrompendo nos feriados. 
Como determina o artigo supracitado, o prazo é ininterrupto nos feriados. No 
entanto, a superveniência de férias e o recesso (de final de ano) suspendem o curso 
do prazo, o que lhe sobejarem recomeçam a correr do primeiro dia útil seguinte ao 
termo das férias. 
Suspende-se também o curso do prazo por obstáculo criado pela parte ou 
ocorrendo uma das duas hipóteses: morte ou perda da capacidade processual de 
qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador ou quando for 
oposta exceção de incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal, bem como de 
suspeição ou impedimento do juiz. Casos em que o prazo será restituído por tempo 
igual ao que faltava para a sua complementação. 
 
6.2. TERMO INICIAL DOS PRAZOS 
Os prazos são, em regra, contados com exclusão do dia inicial e inclusão do 
dia de vencimento. Além disso, considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia 
útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em que (§1o, art. 184): 
I ± for determinado o fechamento do fórum; 
II ± o expediente forense for encerrado antes da hora normal. 
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§ 2o Os prazos somente começam a correr do primeiro dia útil após a 
intimação. 
Exemplo: se a intimação for feita na sexta-feira, o prazo começará a ser 
contado na segunda-feira; se a intimação for realizada no sábado, dia em que não 
há expediente forense, é considerada realizada a intimação na segunda-feira e, 
portanto, o prazo começará a ser contado na terça-feira. 
A intimação é o marco inicial dos prazos processuais. O art. 240, CPC, 
dispõe que, salvo disposição em contrário, os prazos para as partes, para a Fazenda 
Pública e para o Ministério Público são contados da intimação. Se ocorrem em dia 
em que não houve expediente forense, as intimações são consideradas realizadas 
no primeiro dia útil seguinte. 
As regras para a fixação do termo inicial do prazo estão estabelecidas no art. 
241 do CPC. O prazo começa a correr quando a citação ou intimação: 1) ocorrer por 
correio ± da data de juntada aos autos do aviso de recebimento; 2) ocorrer por oficial 
de justiça ± da data de juntada aos autos do mandado cumprido; 3) houver vários 
réus: da data de juntada aos autos do último aviso de recebimento ou mandado 
citatório cumprido; 4) o ato se realizar em cumprimento de carta de ordem, 
precatória ou rogatória: da data de sua juntada aos autosdevidamente cumprida; 5) 
a citação for por edital: finda a dilação assinada pelo juiz. 
 
6.3. PRAZOS PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO E FAZENDA PÚBLICA 
O art. 188 do CPC aduz que será computado em quádruplo o prazo para 
contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o 
Ministério Público. 
Entende-se por Fazenda Pública: a União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Territórios e os Municípios, bem como as autarquias e fundações públicas. As 
sociedades de economia mista e as empresas públicas não gozam dos privilégios 
determinados no art. 188 do CPC, pois têm regime jurídico de direito privado. 
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Em relação ao prazo para apresentar as contrarrazões não se aplica o 
disposto no art. 188 do CPC. O dispositivo é bem claro ao determinar que é 
computado em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer. 
Quanto ao recurso adesivo, a jurisprudência tem interpretado o art. 188 c/c 
com art. 500, I, c, do CPC e manifestado no sentido de que o prazo para o MP e 
para a Fazenda Pública também é computado em dobro, uma vez que o recurso 
adesivo não está condicionado à apresentação das contrarrazões e, portanto, são 
institutos independentes (STJ ± EDcl no REsp 171.543/RS). 
Ressalte-se que em relação à Defensoria Pública, esse prazo deve ser 
contado em dobro, visto que o art. 5o, § 5o, da Lei no 1.060/1950 dispõe que todos os 
prazos serão contados em dobro: 
§ 5o: Nos Estados onde a Assistência Judiciária seja organizada e por eles 
mantida, o Defensor Público, ou quem exerça cargo equivalente, será intimado 
pessoalmente de todos os atos do processo, em ambas as Instâncias, contando-se-
lhes em dobro todos os prazos. 
 
7. NULIDADES 
Não se confundem vícios e nulidades do ato processual. Ato viciado é ato 
imperfeito, praticado sem a devida observância da forma legal; enquanto o ato nulo 
será o que, além de imperfeito, já foi alcançado pela nulidade. 
É questão de tempo, então, para o ato imperfeito tornar-se nulo? Não. 
Porque nem todo ato imperfeito se tornará nulo. Lembrem-se do princípio da 
instrumentalidade da forma, que citamos no tópico sobre a forma dos atos 
processuais. Lemos o art. 244, deem mais uma olhada nesse artigo. 
 
7.1. MERA IRREGULARIDADE 
Tem vício de gravidade menor. Gerada por inobservância a regras sem 
importância para validade do ato. Não produz nulidade. 
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Exemplo: assinatura em petição com caneta de cor clara, quando a regra do 
art.169 é de que os atos e termos do processo serão datilografados ou escritos com 
tinta escura e indelével. 
 
7.2. NULIDADES RELATIVAS 
Decorre de atos que podem produzir seus efeitos processuais se a parte não 
requerer sua nulidade. O defeito recai sobre interesses disponíveis, privados. 
A sua convalidação se dará tácita ou expressamente por aceitação da parte. 
Assim, para que ocorra a nulidade, a parte deve manifestar-se, reivindicando a 
invalidação do ato. 
 
7.3. NULIDADE ABSOLUTA 
 Enquanto a nulidade relativa ocorre quando estão em questão 
faculdades processuais das partes, a nulidade absoluta contraria condições da ação 
e pressupostos processuais. 
O juiz pode decretá-la de ofício, já que, por meio dela, busca-se a 
preservação de interesses de ordem pública, não de alcance privado somente. 
Pretende-se garantir o cumprimento das formas legais, com a garantia da boa 
administração jurisdicional. 
Assim a nulidade absoluta é um vício insanável, podendo ser reconhecida de 
ofício ou a qualquer tempo, durante o processo, a requerimento das partes. 
- Fluxograma comparativo das nulidades: absoluta e relativa: 
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7.4. ATOS INEXISTENTES 
Serão inexistentes os atos que não tiverem sequer os requisitos mínimos 
para sua formação. Jamais serão convalidados. Produzem resultados fáticos, mas 
no plano jurídico é como se não existissem. Podem ser arguidos a qualquer tempo 
por ação declaratória de inexistência de ato jurídico. 
Exemplo é o do art. 37: 
Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar em 
juízo (...). 
Parágrafo único. Os atos, não ratificados no prazo, serão havidos por 
inexistentes, respondendo o advogado por despesas e perdas e danos. 
Os atos inexistes jamais poderão ser convalidados, ou seja, o ato inexistente 
não existirá em hipótese alguma; não há meio de se fazer com que este passe a 
existir. 
 
7.5. INVALIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS 
Uma vez presentes todos os elementos constitutivos mínimos para 
existência do ato e que se passa a analisar a validade dos atos processuais. Diz-se 
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inválido o ato quando ocorre o descumprimento das regras legais por aquele que o 
pratica. 
Vimos duas das três espécies de vícios que podem acarretar invalidade do 
ato: a nulidade absoluta e a relativa. A outra espécie de vício que pode provocar a 
invalidade do ato chama-se anulabilidade. A anulabilidade é consequência da mera 
irregularidade do ato processual (tópico 7.1). É um vício sanável e pode ser 
reconhecida pelo magistrado, dependendo de provocação. 
A anulabilidade ocorre quando há violação de norma dispositiva. Mas o que 
é uma norma dispositiva (ou facultativa)? É aquela que dispõe sobre determinado 
assunto, sem imposição à vontade das pessoas, ou seja, é aquela que dispõe sobre 
determinado assunto sem determinar às partes o que fazer. 
Ok. E o que são normas cogentes? São normas que independem da 
vontade das partes. Caracterizam-se pela imperatividade, podendo ser classificadas 
em preceptivas, quando obrigam determinada conduta e proibitivas, quando vedam 
determinada conduta. Neste último caso, não há possibilidade para a manifestação 
da vontade das partes. Condicionam em absoluto a conduta das partes, não 
deixando nenhum espaço para desvios às regras estabelecidas. 
³���� WHU-se-á nulidade absoluta quando for violada uma norma 
cogente de proteção de direito público; nulidade relativa 
quando se infringir norma cogente de tutela de interesse 
privado; e, por fim, anulabilidade, quando for transgredida 
norma jurídicadispositiva�´� �&kPDUD��$OH[DQGUH�)UHLWDV��9RO�� ,��
pág. 267) 
Não poderíamos deixar de mencionar o princípio do prejuízo (ou da 
transcendência). Importante princípio na análise das invalidades processuais dispõe 
não poder ser declarada a invalidade do ato quando este não estiver causando 
prejuízo às partes. Não haverá invalidade processual sem prejuízo: o ato não se 
repetirá nem se lhe suprirá a falta quando não prejudicar a parte (§ 1° do art. 249, 
CPC). 
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Igualmente não será reconhecida a invalidade do ato processual quando o 
juiz puder decidir o mérito em favor daquele a quem aproveitaria a decretação da 
invalidade do ato. 
Art. 249, CPC: O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são 
atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou 
retificados. 
 § 2° Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a 
declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou 
suprir-lhe a falta. 
Esse princípio é aplicável à nulidade relativa e às situações de anulabilidade. 
Em relação à nulidade absoluta não pode ser aplicado, pois a nulidade absoluta 
pressupõe, absolutamente, que há prejuízo, decorrente do fato de violar uma norma 
cogente. Assim, na nulidade absoluta, é irrelevante ter havido ou não o prejuízo 
efetivo. 
 
7.6. CONVALIDAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS 
Os atos inválidos poderão ser convalidados, existindo duas formas de 
convalidação: a objetiva e a subjetiva. A primeira ocorre com a aplicação 
concomitante dos princípios das instrumentalidades das formas e o do prejuízo. 
Assim, uma vez verificado que o ato processual atingiu sua finalidade essencial 
(instrumentalidade), apesar de formalmente inadequado, e que não causou prejuízo 
às partes, convalida-se o ato processual, não mais podendo decretar a sua 
invalidade. 
Na convalidação subjetiva a parte prejudicada requer a invalidade do ato 
processual quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, 
contudo a decretação da nulidade não pode ser requerida pela parte que lhe deu 
causa (art. 243, CPC). Além disso, a parte deve manifestar-se na primeira 
oportunidade que tiver sob pena de preclusão. 
 Art. 245, CPC: A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira 
oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. 
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Parágrafo único. Não se aplica esta disposição às nulidades que o juiz deva 
decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, provando a parte legítimo 
impedimento. 
Reparem que o parágrafo único do artigo citado é bem claro quando 
determina serem tais regras aplicáveis, tão-somente, às invalidades que não podem 
ser reconhecidas de ofício. 
Os vícios que provocam invalidade processual: nulidade absoluta, relativa e 
anulabilidade, são intrínsecos ao processo, e, uma vez, este encerrado, ou seja, 
quando ocorre o trânsito em julgado da sentença, todos os vícios se convalescem. 
(P� UD]mR� GLVVR�� D� FRLVD� MXOJDGD� p� FRQKHFLGD� FRPR� ³sanatória geral´�� RX�
seja, transitada em julgado a sentença, todos os atos, até mesmo aqueles a 
princípio insanáveis, serão sanados. 
De outro modo, quando há um vício tão grave na sentença transitada em 
julgado, esta pode ser rescindida, ou seja, pode haver a rescisão dessa sentença, 
por meio da ação rescisória. A rescindibilidade pode ocorre nas hipóteses previstas 
no art. 485 do CPC: a sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser 
rescindida quando: 
I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do 
juiz; 
II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente; 
III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou 
de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; 
IV - ofender a coisa julgada; 
V - violar literal disposição de lei; 
VI - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo 
criminal, ou seja, provada na própria ação rescisória; 
VII - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência 
ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar 
pronunciamento favorável; 
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VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, 
em que se baseou a sentença; 
IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa. 
Dessa forma, toda vez que ocorrer uma das hipóteses previstas acima, a 
rescisão da sentença poderá ser pleiteada. A ação rescisória deverá ser proposta no 
prazo máximo de 2 anos a contar do trânsito julgado da sentença. Após este prazo, 
não poderá alegar a rescindibilidade, sendo este vício também sanado. Quando isso 
ocorre, temos o fenômeno chamado coisa soberanamente julgada. 
 
7.7. INEFICÁCIA DOS ATOS PROCESSUAIS 
Este tema é dividido em duas partes: a ineficácia dos atos processuais 
inválidos e dos atos válidos. Quanto aos atos processuais inválidos, seus efeitos 
serão produzidos até que seja decretada a invalidade, ou seja, o ato processual 
deixará de produzir seus efeitos quando declarada a invalidade. 
Em relação aos atos processuais válidos, todos os seus efeitos serão 
produzidos, a princípio. Contudo, há casos em que a ineficácia do ato processual 
válido decorre da própria impossibilidade de produzir seus efeitos normais, como 
nas sentenças condenatórias genéricas, que, em verdade, não estipulam 
condenação alguma. 
 
7.8. PRECLUSÃO 
Consiste na perda do direito de agir, pelas partes ou, mesmo, pelo juiz. 
Aliás, há doutrinadores que entendem ser o processo, um desenrolar de preclusões. 
Chiovenda elaborou a seguinte classificação: 
Preclusão temporal: ocorre quando não se respeita prazo processual e por 
esse motivo se perde o direito de agir. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de 
praticar o ato (art. 138, CPC). 
Preclusão Lógica: decorre da impossibilidade de contrariar conduta 
anterior. Assim, a parte que aceitar uma decisão, não poderá contra ela recorrer (art. 
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503, CPC). 
Preclusão Consumativa: vem da perda da escolhade como agir, por já ter 
sido realizada. Exemplo: o autor deveria ter apresentado o rol de testemunhas junto 
com a petição inicial, mas não o fez. Ele tinha a faculdade de fazê-lo, mas não a 
utilizou. 
Em prova: 
(TRT 20ª Região ± FCC 2012) As espécies de preclusão são: 
a) todas as condições de procedibilidade processual, que objetivam a 
formação e o desenvolvimento válido e regular do processo. 
b) a perempção, a litispendência e a coisa julgada, extinguindo-se o processo, 
em razão de seu reconhecimento, com resolução do mérito. 
c) a decadência e a prescrição, extinguindo-se o processo, quando 
reconhecidas, sem resolução do mérito. 
d) todas as exceções processuais, meios de defesa indireta, que visam a 
obstar o regular prosseguimento do processo. 
e) temporal, consumativa e lógica, impossibilitando a prática do ato processual 
ulterior se antes reconhecidas nos autos. 
Gabarito: E 
 
8. O TEMPO E LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS 
Em regra, realizam-se em dias úteis, das seis às 20 horas. A prática dos 
atos processuais aos sábados não é proibida, nada impede que um ato processual 
seja levado a efeito nesse dia, o que torna o sábado um dia útil. Contudo, de acordo 
com as regras administrativas dos órgãos judiciários, não há expediente forense aos 
sábados. 
 
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Não confundam horário para a prática de ato processual 
com horário de expediente forense. 
O expediente forense pode encerrar-se às 17, 18 ou 19 
horas. Havendo necessidade de praticar o ato por meio de petição, 
ela deverá ser apresentada no protocolo, no horário de 
expediente, nos termos das regras de organização judiciária local. 
Já o ato externo poderá ser praticado até as 20 horas, ou seja, sua 
prática pode extrapolar o horário de expediente. 
Acrescenta-se que, de acordo com o art. 172, §1°do CPC, 
serão concluídos depois das 20 horas os atos iniciados antes, 
quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. 
Excepcionalmente e mediante autorização expressa do 
juiz, a citação e a penhora poderão realizar-se em domingos e 
feriados, ou nos dias úteis, fora do horário estabelecido no CPC, 
observando-se o art. 5°, XI, da CF: a casa é asilo inviolável do 
indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do 
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. 
 
 
De acordo com as normas de organização judiciária, os 
atos processuais dos Juizados Especiais podem ser realizados em 
horário noturno. (Lei 9.099/95, art. 12 do CPC). 
Já no processo eletrônico, os atos processuais são 
considerados realizados no dia e hora de seu envio ao poder 
judiciário. De modo que, os atos processuais realizados por meio 
eletrônico não se sujeitam ao horário do expediente forense. 
Exemplo: considere a interposição de um recurso, cujo 
prazo se encerra no dia 05 de junho. Se a petição fosse 
apresentada de modo convencional, o prazo se esgotaria com o 
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encerramento do expediente forense; contudo, por meio eletrônico, 
o advogado poderá enviá-la ao sistema até a meia-noite do dia 05 
de junho. 
 
8.1. LUGAR 
Em regra, o lugar dos atos processuais é o da sede do juízo. Podem, 
todavia, ocorrer em outro lugar, por motivo de deferência ± seriam os casos 
previstos no art. 411 do CPC: para inquirir: o Presidente da República, o procurador-
geral da República, os senadores e deputados federais, entre outros; 
De interesse da justiça ± exemplos: enfermidade da pessoa, ou inspeção 
judicial. 
Lembrem-se que os atos realizados fora dos limites territoriais da comarca 
são requisitados por carta precatória, rogatória ou de ordem. 
 
9. FÉRIAS E FERIADOS FORENSES 
Os juízes, desembargadores e ministros têm direito a férias anuais de 60 
dias. 
As férias, em regra, eram gozadas coletivamente, de 2 a 31 de janeiro, e de 
2 a 31 de julho. Com a aprovação da EC. N° 45/04, as férias coletivas foram 
vedadas nos juízos de primeiro grau e nos tribunais de segundo. 
Persiste a seguinte regra: A atividade jurisdicional é ininterrupta, sendo que, 
nos dias em que não houver expediente forense comum, trabalharão em regime de 
plantão os juízes escalados, salvo nos tribunais superiores, neles as férias coletivas 
continuam a existir. Assim: Ministros gozam de férias coletivas; desembargadores e 
juízes, não. 
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A regra é que os atos processuais sejam praticados em dias úteis apenas, o 
que exclui as férias e os feriados. O CPC prevê exceções em seus arts. 173 e 174: 
Art. 173, CPC: Durante as férias e nos feriados não se praticarão atos 
processuais. Excetuam-se: 
I - a produção antecipada de provas (art. 846); 
II - a citação, a fim de evitar o perecimento de direito; e bem assim o arresto, 
o sequestro, a penhora, a arrecadação, a busca e apreensão, o depósito, a prisão, a 
separação de corpos, a abertura de testamento, os embargos de terceiro, a 
nunciação de obra nova e outros atos análogos. 
Parágrafo único. O prazo para a resposta do réu só começará a correr no 
primeiro dia útil seguinte ao feriado ou às férias. 
Art. 174. Processam-se durante as férias e não se suspendem pela 
superveniência delas: 
I - os atos de jurisdição voluntária bem como os necessários à conservação 
de direitos, quando possam ser prejudicados pelo adiamento; 
II - as causas de alimentos provisionais, de dação ou remoção de tutores e 
curadores, bem como as mencionadas no art. 275; 
III - todas as causas que a lei federal determinar. 
Elpídio Donizetti explica que por duas razões a inclusão do inciso XII ao art. 
93 da CF em nada mudou os artigos do CPC que dispõe sobre o assunto. 
9HMDPRV�� ³3ULPHLUR� SRUTXH�� QRV� WULEXQDLV� VXSHULRUHV�� FRQWLQXD� YLJHQGR� R�
regime de férias coletivas, aplicando-se, portanto, as disposições dos arts. 173 e 174 
do CPC. O outro motivo da inalterabilidade é que, com a vedação das férias 
coletivas, tem-VH�DGRWDGR�R�³UHFHVVR�GH�ILQDO�GH�DQR�´� 
 
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Vamos praticar... 
(PGE MT ± FCC 2011)A respeito do tempo e lugar dos atos processuais, é 
certo que 
a) a produção antecipada de provas pode ser praticada nos feriados. 
b) os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das nove às dezoito horas. 
c) os prazos estabelecidos pelo juiz suspendem-se nos feriados. 
d) podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar os prazos 
dilatórios, mesmo depois do respectivo vencimento. 
e) a parte não poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu 
favor. 
Gabarito: A 
 
10. DISTRIBUIÇÃO 
Distribuição é o ato administrativo e material por meio de que os feitos 
judiciais são distribuídos, de modo equânime e alternado. É pratica de suma 
importância para a garantia do princípio do juízo natural. Segundo esse princípio, o 
juiz de uma causa é determinado de modo prévio, abstrato e objetivo pelas normas 
gerais de competência e organização judiciária. 
Assim, as normas de distribuição determinam, de modo concreto, a 
competência onde há mais de um juiz, respeitando o princípio do juízo natural ± 
relativo à determinação do juiz legalmente competente. 
Para determinar um juiz legalmente competente, é necessário estabelecer, 
previamente, um conjunto de regras para a divisão interna das funções e 
atribuições nos locais onde houver mais de um juiz competente. A competência, 
assim, é determinada de modo impessoal, não podendo as partes determinar qual o 
órgão julgador de sua preferência. Estamos diante de normas cogentes, 
indisponíveis que visam ao interesse público. Qualquer tentativa de fraude à 
distribuição significa violação ao princípio do juiz natural, às normas de distribuição e 
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às regras de competência absoluta. 
Ainda sobre a distribuição é importante a leitura do dispositivo abaixo. Não 
se preocupem em entender os conceitos que ainda não trabalhamos, procurem 
gravar somente o que se diz sobre a distribuição. Todos os termos do dispositivo 
serão oportunamente estudados. 
Art. 253. [CPC] Distribuir-se-ão por dependência [uma ligada a outra] as 
causas de qualquer natureza: 
I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já 
ajuizada; 
II - quando, tendo sido extinto o processo, sem julgamento de mérito, for 
reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam 
parcialmente alterados os réus da demanda; 
III - quando houver ajuizamento de ações idênticas, ao juízo prevento. 
Parágrafo único. Havendo reconvenção ou intervenção de terceiro, o juiz, de 
ofício, mandará proceder à respectiva anotação pelo distribuidor. 
Caiu em prova: 
(TRF 1º Região ± FCC 2011) Considere as seguintes assertivas a respeito da 
distribuição: 
 
I. Distribuir-se-ão por dependência as causas de qualquer natureza quando, 
tendo sido extinto o processo, sem julgamento de mérito, for reiterado o 
pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores. 
II. Distribuir-se-ão por dependência as causas de qualquer natureza quando, 
tendo sido extinto o processo, sem julgamento de mérito, for reiterado o 
pedido, ainda que sejam parcialmente alterados os réus da demanda. 
III. O juiz, de ofício ou a requerimento do interessado, corrigirá o erro ou a falta 
de distribuição, compensando-a. 
IV. É vedada a fiscalização da distribuição pela parte ou por seu procurador, 
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tratando-se de ato interno exclusivo do cartório competente. 
De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma 
SOMENTE em: 
 a) I e III. 
b) II e IV. 
c) I, II e III. 
d) I, II e IV. 
e) II, III e IV. 
Gabarito: C 
 
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RESUMO DA AULA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tempo e lugar 
Art. 172 do CPC: Em regra, os atos serão realizados na sede do juízo, das 6 às 
20 horas, nos dias úteis. 
§ 1°: Serão, todavia, concluídos depois das 20 horas os atos iniciados antes, 
quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. 
§ 2°: A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante 
autorização expressa do juiz, realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias 
úteis, fora do horário estabelecido. 
Os atos processuais têm por finalidade CRIAR, MODIFICAR OU 
EXTINGUIR a relação jurídico-processual. 
Classificação dos atos 
Atos das partes: autor, réu, 
terceiros intervenientes e pelo 
MP. 
Solenes e não 
solenes 
Regra geral os atos são 
públicos, salvo os 
processos que correm em 
segredo de justiça. 
Formas Publicidade 
Atos do juiz: sentenças, 
decisões interlocutórias e 
despachos. 
Atos do escrivão: 
documentação e 
comunicação. 
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Processam-se durante as férias e não se suspendem pela superveniência 
delas: 
I - os atos de jurisdição voluntária bem como os necessários à conservação de 
direitos, quando possam ser prejudicados pelo adiamento; 
II - as causas de alimentos provisionais, de dação ou remoção de tutores e 
curadores, bem como as mencionadas no art. 275; 
III - todas as causas que a lei federal determinar (como a desapropriação). 
 
Durante as férias e nos feriados são praticados os seguintes atos 
processuais. 
I - a produção antecipada de provas; 
II - a citação, a fim de evitar o perecimento de direito; 
III- o arresto, o sequestro, a penhora, a arrecadação, a busca e apreensão, o 
depósito, a prisão, a separação de corpos, a abertura de testamento, os 
embargos de terceiro, a nunciação de obra nova e outros atos análogos. 
x O prazo para a resposta do réu só começará a correr no primeiro dia útil 
seguinte ao feriado ou às férias. 
 
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Dilatórios:de acordo com a conveniência das partes, 
podem ser ampliados ou reduzidos. 
Peremptórios: defeso alteração (mesmo que as 
partes estejam em comum acordo). 
x O juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o 
transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas 
nunca por mais de 60 dias. Em caso de 
calamidade pública, poderá ser excedido o 
limite de 60 dias para a prorrogação de prazos. 
 
Natureza 
Em regra são contínuos, não se interrompem nos 
feriados. De acordo com o art. 179 do CPC, as férias 
suspendem os prazos. 
x Também suspendem: obstáculos da parte 
contrária; morte, perda de capacidade 
processual, convenção das partes e exceção 
de incompetência. 
Cursos 
Prazos 
Lapso temporal em que o ato pode ser 
validamente praticado 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
01. (PGE AM ± FCC 2010) No processo em que se usa meio eletrônico na 
comunicação de atos, observar-se-á a seguinte regra: 
a) considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da 
disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico e os prazos 
processuais terão início no primeiro dia útil que se seguir ao considerado 
como data da publicação. 
b) os prazos processuais terão início cinco dias após a disponibilização da 
informação no Diário de Justiça eletrônico. 
Comunicação dos atos processuais: Citação ou intimação: Podem ser realizadas por ordem 
judicial, carta ou meio eletrônico. 
Citação: é o ato pelo qual se chama a juízo 
o réu ou o interessado, a fim de se 
defender. 
Intimação: ato pelo qual se dá ciência a 
alguém dos atos e termos do processo, para 
que faça ou deixe de fazer alguma coisa. 
Pode ser realizada: oficial de justiça, escrivão, 
publicação na imprensa, edital e hora certa. 
- Art. 236. No Distrito Federal e nas Capitais 
dos Estados e dos Territórios, consideram-se 
feitas as intimações pela só publicação dos 
atos no órgão oficial. 
§ 1° É indispensável, sob pena de nulidade, 
que da publicação constem os nomes das 
partes e de seus advogados, suficientes para 
sua identificação. 
§ 2° A intimação do Ministério Público, em 
qualquer caso será feita pessoalmente. 
Real: correio, 
oficial de justiça, 
meio eletrônico. 
Ficta: edital ou 
hora certa 
Efeitos da citação: torna se prevento o 
juízo, induz litispendência, constitui em 
mora o devedor, interrompe a prescrição. 
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c) considera-se como data da publicação o dia da disponibilização da 
informação no Diário da Justiça eletrônico e os prazos processuais terão início 
no primeiro dia útil que se seguir. 
d) as cartas precatórias, rogatórias e de ordem não poderão ser feitas por meio 
eletrônico. 
e) a publicação eletrônica substitui qualquer outro meio de publicação oficial e 
também as intimações ou vista pessoais, que a lei determinar. 
COMENTÁRIO: 
Regida pela Lei nº 11.419 de 2006 ± lei que modificou o CPC, sobre a 
comunicação de atos processuais por meio eletrônico é importante destacar que: 
Os tribunais poderão criar Diário da Justiça eletrônico, disponibilizado na 
Internet, para publicação de atos judiciais e administrativos próprios e dos órgãos a 
eles subordinados, bem como comunicações em geral (art. 4º). 
§ 1º O sítio e o conteúdo das publicações deverão ser assinados 
digitalmente com base em certificado emitido por Autoridade Certificadora 
credenciada. 
§ 2º A publicação eletrônica substitui qualquer outro meio e publicação 
oficial, para quaisquer efeitos legais, à exceção dos casos que, por lei, exigem 
intimação ou vista pessoal. 
§ 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da 
disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico. 
§ 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao 
considerado como data da publicação. 
§ 5º A criação do Diário da Justiça eletrônico deverá ser acompanhada de 
ampla divulgação, e o ato administrativo correspondente será publicado durante 30 
(trinta) dias no diário oficial em uso. 
Essa é a redação do art. 4º da Lei 11.419/06. Reparem que o examinador 
copiou, na letra A, exatamente os parágrafos 3º e 4º da lei. 
Gabarito: A 
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02. (PGE RJ ± FCC 2009) No tocante aos atos processuais, é INCORRETO 
afirmar: 
a) A penhora poderá ser feita aos domingos, independentemente de 
autorização judicial, quando o adiamento puder causar grave prejuízo à parte 
ou à própria prestação jurisdicional. 
b) Serão realizados em dias úteis das 6 às 20 horas, podendo ser concluídos 
após as 20 horas, se a interrupção prejudicar a diligência. 
c) Pela intimação se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para 
que faça ou deixe de fazer alguma coisa. 
d) A citação pelo correio não se admite na execução civil e nas ações de 
estado. 
e) O ato será válido quando alcançar a finalidade, mesmo se realizado de forma 
diversa da prevista em lei, quando inexistir cominação de nulidade. 
COMENTÁRIO: 
Nessa questão, o examinador quis testar o conhecimento do candidato 
sobre: 
O tHPSR� GRV� DWRV�� D� OHWUD� ³D´� FRQWpP� HUUR�� Mi� TXH� R� †� �ž� GR� DUW�� ���� GL]�
exatamente o oposto ± ³$�FLWDomR�H�D�SHQKRUD�SRGHUmR��HP�FDVRV�H[FHSFLRQDLV��H�
mediante autorização expressa do juiz, realizar-VH�HP�GRPLQJRV�H�IHULDGRV������´��$�
OHWUD� ³E´� IDOD� H[DWDPHQte do que dispõe o § 1º do mesmo artigo, portanto, está 
correta. 
Intimação ± D�OHWUD�³F´�WHP�R�FRQFHLWR�OHJDO�GH�LQWLPDomR��DUW������GR�&3&���
também está correta. 
Exceções à citação pelo correio. A citação pelo correio é a regra, contudo 
não seguirá essa forma: a) nas ações de estado; b) quando for ré pessoa incapaz; 
c) quando for ré pessoa de direito público; d) nos processos de execução; e) 
quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de 
correspondência; f) quando o autor a requerer de outra forma (art. 222 do CPC). 
3ULQFtSLR� GD� LQVWUXPHQWDOLGDGH� GDV� IRUPDV�� TXH� GL]�� ³2V� DWRV� H� WHUPRV�
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processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei 
expressamentea exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe 
preeQFKDP�D�ILQDOLGDGH�HVVHQFLDO´��DUW������GR�&3&� 
Gabarito: A 
 
03. (TRT CE ± FCC 2009) No que concerne aos prazos, de acordo com o Código 
de Processo Civil, é certo que 
a) decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o 
direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que o não 
realizou por justa causa. 
b) podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar o prazo 
peremptório, mas a convenção só tem eficácia se, requerida antes do 
vencimento do prazo e se fundar em motivo legítimo. 
c) quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a 
comparecimento depois de decorridas quarenta e oito horas. 
d) nas comarcas onde for difícil o transporte o juiz poderá prorrogar quaisquer 
prazos, mas nunca por mais de trinta dias. 
e) a parte não poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu 
favor. 
COMENTÁRIO: 
Afirmativa A: Art. 183 do CPC: 
Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o 
direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que o não realizou por 
justa causa. 
Gabarito: A 
 
04. (TRE AL ± FCC 2010) Considere as seguintes assertivas a respeito dos atos 
processuais: 
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I. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar 
os prazos peremptórios. 
II. Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de dez dias o 
prazo para a prática de ato processual a cargo da parte. 
III. Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a 
comparecimento depois de decorridas vinte e quatro horas. 
IV. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão 
contados em dobro os prazos para contestar e em quádruplo para recorrer. 
De acordo com o Código de Processo Civil está correto o que se afirma 
APENAS em 
a) I, II e III. 
b) I, II e IV. 
c) I e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
COMENTÁRIO: 
,PSRUWDQWH�HVFODUHFHU��³GHIHVR´�p�VLQ{QLPR�GH�SURLELGR� 
O ato peremptório é aquele em que se perde o próprio direito de ação. Diz-
se, ademais, como está na questão, que é aquele que não pode ser ampliado nem 
pelo juiz, nem pelas partes. O primeiro item está correto. 
O item II está em confronto com o art. 185 do CPC ± ³QmR�KDYHQGR�SUHFHLWR�
legal nem assinação pelo juiz, será de 5 dias o prazo para a prática de ato 
processual a cargo da parte´�±, portanto, errado. 
2�WHUFHLUR� LWHP�IDOD�H[DWDPHQWH�R�TXH�GLVS}H�R�DUW�������³4XDQGR�D� OHL�QmR�
marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de 
GHFRUULGDV����KRUDV´ 
O item IV está errado, porque na situação descrita o prazo será contado em 
dobro para contestar, recorrer e, em regra, para falar nos autos (art. 191 do CPC). 
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Gabarito: C 
 
05. (FCC) No que se refere aos prazos, de acordo com o Código de Processo 
Civil é correto afirmar que 
a) o juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte ou em caso de 
calamidade pública, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 
(sessenta) dias. 
b) quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a 
comparecimento depois de decorridas 48 (quarenta e oito) horas. 
c) o advogado que exceder o prazo legal para devolver os autos será intimado 
para devolução no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de perder o 
direito de vista fora de cartório e incorrer em multa, correspondente a dois 
salários mínimos vigentes na sede do juízo. 
d) computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para 
recorrer quando a parte for a Fazenda Pública, o Ministério Público, ou 
Empresa Pública. 
e) se suspende o curso do prazo quando for oposta exceção de impedimento 
ou suspeição do juiz, devendo ser restituído o prazo por tempo igual ao que 
faltava para a sua complementação. 
COMENTÁRIO: 
$� OHWUD� ³D´�H[S}H�XPD�UHJUD�H�VXD�H[FHomR��p�GHIHVR�jV�SDUWHV��DLQGD�TXH�
todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios. O juiz 
poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas 
nunca por mais de 60 dias. Em caso de calamidade pública, poderá ser excedido 
este limite para a prorrogação de prazos. (Art. 182 e seu parágrafo único). 
$�OHWUD�³E´�WHULD�TXH�IDODU�HP�24 horas, que é o prazo previsto no art. 192 do 
CPC. Assim, há julgado que diz ser nula a audiência realizada sem a presença do 
advogado de uma das partes que fora intimado no dia em que a audiência se 
realizou. (1ª Câm. Do TJ-SC, Relator Desembargador João Martins) 
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2� HUUR�QD� OHWUD� ³F´�HVWi� DR� GL]HU� D� PXOWD�HP� TXH� LQFRUUHUi� R�DGYRJDGR� QD�
situação narrada na questão ± que será de meio salário mínimo, não de dois (art. 
192 do CPC). 
Atenção! Não se fala em empresa pública nesses casos, o STJ já decidiu 
pela não aplicação da contagem em quádruplo para empresas públicas ao julgar 
recurso da Caixa Econômica Federal. 
$� OHWUD� ³H´�HVWi� YDOLGDGD� SHOR�DUW�� ���� FRPELQDGR� FRP� R� DUW�� ����GR� &3&��
inciso III. 
Gabarito: E 
 
06. (MPE RO ± 2010) Com relação aos atos processuais, assinale a opção 
correta. 
 a) Auto é um termo processual que se refere à narração, por escrito, das 
audiências. 
b) É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou ampliar 
os prazos. 
c) O prazo para o MP contestar deve ser computado em dobro. 
d) Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil subsequente quando 
o expediente forense for encerrado antes da hora normal. 
e) A estrutura processual baseia-se no princípio da instrumentalidade das 
formas, de modo que, de acordo com o CPC, não se pode mitigar a incidência 
desse princípio em nenhuma hipótese. 
COMENTÁRIO: 
$OWHUQDWLYD� ³D´� HVWi� HUUDGD�� $XWRV�� FRQMXQWR� GH� WHUPRV� H� GHPDLV� DWRV� GR�
processo. 
1. Autos originais: conjunto original de termos e demais atos do processo. 
2. Autos suplementares: reprodução dos autos originais de formação 
obrigatória em todas as comarcas, com exceção do Distrito Federal e das Capitais, 
todavia essa obrigação quase nunca é cumprida. A utilidade de tais autos é a de 
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substituir os originais em casos de extravio e de permitir o processamento da 
execução provisória. 
,WHP� ³E´� HUUDGR�� SRLV� DV� SDUWHV� SRGHP, de comum acordo, reduzir ou 
prorrogar o prazo dilatório. 
- Conceito de prazos dilatórios: São dilatórios quando, embora fixados em 
lei, puderem ser ampliados pelo juiz ou por convenção entre as partes. 
2� LWHP� ³F´� HVWi� HUUDGR� H� YHUVD� VREUH� R� SUD]R� SDUD� R� 0LQLVWpULR� 3~EOLFR�
contestar e recorrer. Lembrem-se que o prazo será contado em quádruplo para 
contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda ou o Ministério 
Público. 
 d) Assertiva está correta. O prazo será prorrogado, até o primeiro dia útil, se 
o vencimento cair em feriado ou o expediente forense for encerrado antes da hora 
normal. 
e) Errado. O CPC utiliza o princípio da instrumentalidade das formas - a 
formalidade exigida pelos atos para sua validade não possui caráter rígido. 
Art. 154, CPC: Os atos e termos processuais não dependem de forma 
determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os 
que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial. 
Gabarito: D 
 
07. (DPU ± 2010) Quanto ao tempo e ao lugar dos atos processuais, assinale a 
opção correta. 
 a) Nos feriados, poderá ser realizada citação da parte, a fim de evitar-se o 
perecimento do direito. 
b) Os atos processuais devem ser realizados em dias úteis das 8 às 22 horas. 
c) Os atos de jurisdição voluntária não se processarão durante as férias, mas o 
serão os necessários à conservação de direitos. 
d) Se o ato a ser praticado pela parte em determinado prazo depender de 
petição, esta deverá ser apresentada até as 18 horas. 
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e) Durante as férias e nos feriados, o prazo para GABARITO do réu começará a 
correr no último dia destes períodos. 
COMENTÁRIO: 
a) Esse é o item correto. Lembrem-se que durante as férias e nos feriados 
não se praticarão atos processuais, salvo: 
1) a produção antecipada de provas; 
2) a citação, a fim de evitar o perecimento de direito. 
Atenção! 
x Feriados são os dias em que não há expediente forense (dias 
não-úteis), como nos domingos, festas nacionais. 
b) O item está correto quando diz que os atos devem ser realizados em dias 
úteis, mas de modo errado em relação ao horário. Os atos podem ser realizados das 
6 às 20 horas e não das 8 às 22 horas. 
c) Item errado. Processam-se durante as férias e não se suspendem pela 
superveniência delas: os atos de jurisdição voluntária bem como os necessários 
à conservação de direitos, quando possam ser prejudicados pelo adiamento. 
d) Quando o ato tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de 
petição, esta deverá ser apresentada no protocolo, dentro do horário de 
expediente, nos termos da lei de organização judiciária local e não até as 18 horas. 
O item está errado. 
e) Item errado. O prazo para a resposta do réu só começará a correr no 
primeiro dia útil seguinte ao feriado ou às férias. 
Gabarito: A 
 
08. (DPU ± 2010) É situação que, por si só, excepciona a regra de que os atos 
processuais devem ser realizados na sede do juízo, 
a) a inspeção judicial in loco. 
b) o feriado forense. 
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c) o ato que ultrapasse o horário normal de funcionamento do fórum. 
d) o interesse das partes. 
e) a oitiva de menor. 
COMENTÁRIO: 
Segundo o art. 176 do CPC, os atos processuais realizam-se, geralmente, 
na sede do juízo. Podem, todavia, efetuar-se em outro lugar, em razão de 
deferência, de interesse da justiça, ou de obstáculo arguido pelo interessado e 
acolhido pelo juiz. 
$VVLP��HQWUH�RV�FDVRV�SUHYLVWRV�SHOR�&3&��HVWi�R�GD�DOWHUQDWLYD�³D´��2�MXiz, 
de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, 
inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato, que interesse à 
decisão da causa (art. 440). 
Ademais, a realização dos atos pode ser deslocada da sede do juízo quando 
a parte, ou a testemunha, por enfermidade, ou por outro motivo relevante, estiver 
impossibilitada de comparecer à audiência, mas não de prestar depoimento. 
Além do deslocamento de caráter subjetivo, relativo à pessoa, previsto no 
art. 411 do CPC: 
São inquiridos em sua residência, ou onde exercem a sua função: 
I - o Presidente e o Vice-Presidente da República; 
II - o presidente do Senado e o da Câmara dos Deputados; 
III - os ministros de Estado; 
IV - os ministros do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de 
Justiça, do Superior Tribunal Militar, do Tribunal Superior Eleitoral, do Tribunal 
Superior do Trabalho e do Tribunal de Contas da União; 
V - o procurador-geral da República; 
VI - os senadores e deputados federais; 
VII - os governadores dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal; 
VIII - os deputados estaduais; 
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IX - os desembargadores dos Tribunais de Justiça, os juízes dos Tribunais 
de Alçada, os juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais 
Eleitorais e os conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito 
Federal; 
X - o embaixador de país que, por lei ou tratado, concede idêntica 
prerrogativa ao agente diplomático do Brasil. 
Gabarito: A 
 
09. (TRF 2ª Região ± 2009) No que diz respeito à invalidade dos atos 
processuais, assinale a opção correta. 
 a) A citação pode ser invalidada de ofício pelo magistrado a qualquer tempo, 
antes da sentença. 
 b) O juiz deve tentar aproveitar o ato processual defeituoso, 
independentemente do grau do defeito. 
 c) O juiz pode reconhecer de ofício a qualquer tempo, antes da sentença, a 
sua incompetência em razão da abusividade de uma cláusula de foro de 
eleição. 
 d) Decisão judicial proferida à revelia de réu que não foi citado não poderá ser 
invalidada após o prazo da ação rescisória. 
 e) A revogação da confissão pode ser feita por meio de petição dirigida ao juiz 
da causa, antes de proferida a sentença. 
COMENTÁRIO: 
Questão importante para memorizarmos que o erro de forma do processo 
acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, 
devendo praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto 
possível, as prescrições legais (art. 250 do CPC). 
Gabarito: B 
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10. (DPU ± 2010) Considerando a hipótese da existência de um ato processual 
cuja realização não esteja sujeita a qualquer prazo prescrito pela lei, assinale a 
opção correta. 
a) Como não é estabelecido pela lei ou pelo juiz, esse prazo não é contínuo. 
b) O prazo será determinado pelo juiz, levando-se em consideração a 
complexidade da causa. 
c) O ato pode ser praticado até o momento exatamente anterior à próxima 
etapa procedimental do feito. 
d) O silêncio da lei importa na obediência ao prazo geral de resposta do réu, 
qual seja, o de quinze dias. 
e) A extinção do direito de praticar o ato nessa hipótese sempre dependerá de 
declaração judicial. 
COMENTÁRIO: 
Regra geral os atos processuais serão realizados nos prazos determinados 
em lei. Caso a Lei seja omissa, o magistrado determinará os prazos, tendo em conta 
a complexidade da causa. 
Devemos lembrar que na ausência de prazo legal e de prazo fixado 
judicialmente (pelo juiz), e somente nessas duas hipóteses, o prazo para realização 
de qualquer ato processual será de cinco dias. 
Gabarito: B 
 
11. (TRF 4ª Região ± FCC 2007) No que concerne à distribuição e ao registro 
analise: 
I. Será cancelada a distribuição do feito que, em 10 dias, não for preparado no 
cartório em que deu entrada. 
II. As causas de qualquer natureza distribuir-se-ão por dependência quando, 
tendo sido extinto o processo, sem julgamento de mérito, for reiterado o 
pedido. 
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III. O erro ou a falta de distribuição será corrigido pelo Juiz apenas se houver 
requerimento do interessado. 
IV. Havendo reconvenção, não haverá necessidade de proceder à respectiva 
anotação pelo distribuidor, bastando uma certidão nos autos principais. 
De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que consta APENAS 
em 
a) II. 
b) I e II. 
c) II, III e IV. 
d) III e IV. 
e) IV. 
COMENTÁRIO: 
Primeiramente vejamos: 
Distribuição é o ato administrativo e material por meio de que os feitos 
judiciais são distribuídos, de modo equânime e alternado. É pratica de suma 
importância para a garantia do princípio do juízo natural. Segundo esse princípio, o 
juiz de uma causa e determinado de modo prévio, abstrato e objetivo pelas normas 
gerais de competência e organização judiciária. 
2�LWHP�³,´�HVWi�LQFRUUHWR��SRLV�VHUi�FDQFHODGD�D�GLVWULEXLomR�GR�IHLWR�TXH��em 
30 dias não for preparado no cartório em que deu entrada e não em 10 como traz o 
item (art. 257, CPC). 
O art. 257 trata das ações que têm sua distribuição cancelada por falta de 
preparo. Ai vocês me perguntam: o que é preparo? 
Preparo é o adiantamento (pagamento) das despesas relativas ao 
processamento de determinado ato. 
2�LWHP�³,,´�HVWi�FRUUHWR��'i-se a distribuição por dependência às causas que 
devam ser julgadas simultaneamente com a principal já ajuizada, assim as causas 
posteriormente apresentadas se juntarão à principal. (art. 253 do CPC). 
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Trata-se de conexão, que é uma relação de semelhança entre demandas, 
que é considerada pelo direito positivo como apta para a produção de determinados 
efeitos processuais. No caso em tela, determina a distribuição por dependência. A 
mera semelhança de pedidos não fará incidir essa regra. 
Passemos a leitura do art. 253 do CPC: 
Distribuir-se-ão por dependência as causas de qualquer natureza: 
 I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já 
ajuizada; 
II - quando, tendo sido extinto o processo, sem julgamento de mérito, for 
reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam 
parcialmente alterados os réus da demanda; 
III - quando houver ajuizamento de ações idênticas, ao juízo prevento. 
2� LWHP�³,,,´�HVWi�HUUDGR��SRUTXH�R�PDJLVWUDGR�SRGH�ID]r-lo de ofício, isto é, 
sem requerimento de qualquer das partes. 
2� LWHP� ³,9´� HVWi� HUUDGR�� XPD� YH]� TXH� R� MXL]� GHWHUPLQDUi� D� DQRWDomR� GD�
reconvenção. Não é matéria do nosso curso, portanto, não estudem a reconvenção. 
Mas, para não os deixar curiosos e de maneira simplificada, a reconvenção é 
modalidade de resposta do réu em que além de contestar, ele alega novos fatos, 
promovendo uma espécie de nova ação dentro da contestação. 
Gabarito: A 
 
12. (TCE BA 2013) Os atos judiciais ou provimentos do Juiz podem ser de três 
diferentes espécies: despachos, decisões interlocutórias e sentenças. 
Acerca desses atos judiciais assinale a afirmativa correta. 
a) O despacho do Juiz é manifestação recorrível por meio de agravo de 
instrumento. 
b) A decisão interlocutória é manifestação do magistrado irrecorrível, que visa 
apenas impulsionar o processo. 
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c) As sentenças terminativas são decisões do Juiz que implicam em resolução 
do mérito. 
d) O despacho é a manifestação pela qual o Juiz rejeita o pedido do autor, 
tomandoǦo por improcedente. 
e) A decadência ou a prescrição de um direito é pronunciada pelo Juiz por 
meio da prolação de sentença definitiva. 
COMENTÁRIO: 
a) Errada. Dos despachos, em regra, não cabe recurso (art. 504, CPC). O 
ato judicial atacado por agravo de instrumento é a decisão interlocutória. 
b) Errada. A definição dessa letra serve ao despacho meramente. A decisão 
interlocutória é recorrível e tem conteúdo decisório incidente ao processo, ou seja, 
ocorre no curso do processo. 
c) As sentenças terminativas resolvem sobre o processo sem análise de 
mérito. Trata-se de decisão sobre aspectos formais do processo. 
d) Os atos judiciais que implicam rejeição ou aprovação do pedido do autor 
são sentença ou acórdão. Nessas hipóteses há análise de mérito. 
e) Correta. Opção a ser marcada. Conforme disposições dos artigos 267 e 
295 do CPC: 
 Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: I - quando o 
juiz indeferir a petição inicial [...] 
Art. 295. A petição inicial será indeferida: [...] IV - quando o juiz verificar, 
desde logo, a decadência ou a prescrição (art. 219, § 5°) 
Gabarito: E 
 
13. (TCE BA 2013) As sentenças são comumente classificadas em duas 
categorias: as que extinguem o processo contendo resolução de mérito e as 
que extinguem o processo sem que tenha havidoresolução do mérito. 
Assinale a alternativa que reflete, respectivamente, a classificação que se 
apoia no critério acima mencionado. 
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a) Terminativas e condenatórias. 
b) Terminativas e definitivas. 
c) Condenatórias e declaratórias. 
d) Constitutivas e condenatórias. 
e) Definitivas e terminativas. 
COMENTÁRIO: 
É por meio da sentença que o juiz extingue um módulo processual ± a 
sentença determina a extinção do processo, que se concretizará, de fato, com o 
trânsito em julgado. 
As sentenças se classificam em: 1) terminativas, quando encerram o 
processo sem julgamento do mérito (artigo 267 do CPC); e 2) de mérito (definitiva), 
nos casos do artigo 269. 
Gabarito: E 
 
14. (TCE BA 2013) ³2�-XL]�GHWHUPLQD�R�HQYLR�GRV�DXWRV�DR�DXWRU�SDUD�TXH�VH�
PDQLIHVWH�DFHUFD�GH�XP�GRFXPHQWR�MXQWDGR�DRV�DXWRV�SHOR�UpX´�� 
Essa afirmativa caracteriza 
a) uma decisão interlocutória. 
b) uma sentença definitiva. 
c) um despacho. 
d) uma sentença terminativa. 
e) uma sentença meramente declaratória 
COMENTÁRIO: 
Em primeiro lugar, percebam que não há conteúdo decisório no ato 
mencionado. Em segundo, vale dizer que o CPC adotou o entendimento de que 
seria despacho todo ato judicial que não fosse sentença nem decisão interlocutória 
(§3º, artigo 162). 
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O conceito de despacho previsto no Código de Processo Civil é residual. 
Despacho difere da decisão interlocutória e da sentença por não ter 
elemento resolutório; dessa forma, se uma questão processual é resolvida pelo juiz 
falamos, em regra, em decisão interlocutória ou sentença. Mas, se por seu ato o juiz 
nada julga, apenas dá movimento ao processo, falamos em despacho. 
Gabarito: C 
 
15. (TCE BA 2013) A sentença é um importante ato judicial. Nos termos da lei 
processual, toda sentença apresenta requisitos essenciais. Assinale a 
alternativa que elenca corretamente esses requisitos essenciais. 
a) Relatório, dispositivo e síntese. 
b) Síntese, justificação e fundamentos. 
c) Relatório, fundamentos e dispositivo. 
d) Relatório, justificação e fundamentos. 
e) Dispositivo, fundamentos e justificação. 
COMENTÁRIO: 
Conforme CPC: 
³Art. 458. São requisitos essenciais da sentença: 
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da 
resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no 
andamento do processo; 
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de 
direito; 
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes lhe 
submeterem.´ 
/RJR��OHWUD�³F´�p�D�RSomR�D�VHU�PDUFDGD� 
Gabarito: C 
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QUESTÕES DA AULA 
 
01. (PGE AM ± FCC 2010) No processo em que se usa meio eletrônico na 
comunicação de atos, observar-se-á a seguinte regra: 
a) considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da 
disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico e os prazos 
processuais terão início no primeiro dia útil que se seguir ao considerado 
como data da publicação. 
b) os prazos processuais terão início cinco dias após a disponibilização da 
informação no Diário de Justiça eletrônico. 
c) considera-se como data da publicação o dia da disponibilização da 
informação no Diário da Justiça eletrônico e os prazos processuais terão início 
no primeiro dia útil que se seguir. 
d) as cartas precatórias, rogatórias e de ordem não poderão ser feitas por meio 
eletrônico. 
e) a publicação eletrônica substitui qualquer outro meio de publicação oficial e 
também as intimações ou vista pessoais, que a lei determinar. 
 
02. (PGE RJ ± FCC 2009) No tocante aos atos processuais, é INCORRETO 
afirmar: 
a) A penhora poderá ser feita aos domingos, independentemente de 
autorização judicial, quando o adiamento puder causar grave prejuízo à parte 
ou à própria prestação jurisdicional. 
b) Serão realizados em dias úteis das 6 às 20 horas, podendo ser concluídos 
após as 20 horas, se a interrupção prejudicar a diligência. 
c) Pela intimação se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para 
que faça ou deixe de fazer alguma coisa. 
d) A citação pelo correio não se admite na execução civil e nas ações de 
estado. 
e) O ato será válido quando alcançar a finalidade, mesmo se realizado de forma 
diversa da prevista em lei, quando inexistir cominação de nulidade. 
 
03. (TRT CE ± FCC 2009) No que concerne aos prazos, de acordo com o Código 
de Processo Civil, é certo que 
a) decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o 
direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que o não 
realizou por justa causa. 
b) podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar o prazo 
peremptório, mas a convenção só tem eficácia se, requerida antes do 
vencimento do prazo e se fundar em motivo legítimo. 
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c) quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a 
comparecimento depois de decorridas quarenta e oito horas. 
d) nas comarcas onde for difícil o transporte o juiz poderá prorrogar quaisquer 
prazos, mas nunca por mais de trinta dias. 
e) a parte não poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu 
favor. 
 
04. (TRE AL ± FCC 2010) Considere as seguintes assertivas a respeito dos atos 
processuais: 
I. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar 
os prazos peremptórios. 
II. Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de dez dias o 
prazo para a prática de ato processual a cargo da parte. 
III. Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a 
comparecimento depois de decorridas vinte e quatro horas. 
IV. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão 
contados em dobro os prazos para contestar e em quádruplo para recorrer. 
De acordo com o Código de Processo Civil está correto o que se afirma 
APENAS em 
a) I, II e III. 
b) I, II e IV. 
c) I e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
 
05. (FCC) No que se refere aos prazos, de acordo com o Código de Processo

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