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Prévia do material em texto

Brasília-DF. 
Processo de criação do Perfume, 
análises sensoriais e estabilidade 
do Produto
Elaboração
Audrei Conti Pereira
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 6
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA ................................................................................................................ 11
CAPÍTULO 1
HISTÓRIA E PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA ................................................................................. 11
CAPÍTULO 2
MATÉRIAS-PRIMAS OLFATIVAS NATURAIS E SINTÉTICAS............................................................... 24
UNIDADE II
A FORMULAÇÃO DE PERFUMES ........................................................................................................... 48
CAPÍTULO 1
INGREDIENTES BÁSICOS ......................................................................................................... 48
CAPÍTULO 2
ETAPAS DO PROCESSO DA FORMULAÇÃO DE PERFUMES ........................................................ 56
UNIDADE III
PRODUÇÃO E ANÁLISE DE PERFUMES .................................................................................................. 77
CAPÍTULO 1
PROCESSO DE PRODUÇÃO EM ESCALAS MAIORES ................................................................ 77
CAPÍTULO 2
ANÁLISE SENSORIAL DE PERFUMES .......................................................................................... 80
CAPÍTULO 3
A ESTABILIDADE DOS PERFUMES .............................................................................................. 87
UNIDADE IV
PERFUMES CONTRATIPOS E PERFUMES IMPORTADOS ............................................................................ 94
CAPÍTULO 1
CONTRATIPOS ........................................................................................................................ 94
CAPÍTULO 2
ALGUMAS FORMULAÇÕES ................................................................................................... 102
CAPÍTULO 3
AS NOTAS DE FAMOSOS PERFUMES IMPORTADOS ................................................................. 104
UNIDADE V
OS PERFUMES E A MODA .................................................................................................................. 115
CAPÍTULO 1
A INFLUÊNCIA DA MODA NA CONSAGRAÇÃO DOS PERFUMES ............................................. 115
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 125
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade 
dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos 
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém 
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a 
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta para 
aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos 
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
7
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
Introdução
Na antiguidade, plantas e animais eram utilizados como matérias-primas para se obter 
diferentes fragrâncias. Acredita-se que a criação do perfume esteja relacionada a atos 
religiosos, quando os homens faziam oferendas aos seus deuses através da queima de 
madeira, folhas e materiais de origem animal. Esta fumaça, de odor característico, 
originou a palavra perfume, que se originou da palavra parfum, em língua francesa, 
que por sua vez foi retirada do italiano profumo, que teve origem no latim per fumum 
– que significa através da fumaça.
Desde então, muitas técnicas de extração de óleos essenciais de plantas e animais 
foram desenvolvidas, de forma a se obter as melhores qualidades e rendimentos das 
essências. Com o avanço da química e dos métodos de análises, diversas moléculas 
naturais foram substituídas por versões sintéticas, assim com novas moléculas foram 
criadas. A perfumaria passou a ser mais acessível devido a maior disponibilidade de 
matérias-primas. O conhecimento da memória olfativa ofereceu uma oportunidade de 
alcance do uso de perfumes em um nível psicofisiológio, conectando-se a emoções e 
desejos dos consumidores e criando necessidades na obtenção do produtos. Uma vez 
associados à moda, os perfumes foram muito além do simples fato de “se perfumar”, 
atingindo patamares de status sociocultural, caracterização da personalidade dos 
consumidores e preenchimento de necessidades pessoais. 
Neste curso discutiremos os conceitos básicos da perfumaria, bem como as etapas do 
processo do desenvolvimento e da formulação de perfumes. Em escalas maiores de 
produção, as etapas de fabricação são apresentadas para o processo de obtenção do 
produto na qualidade desejada. 
Ainda são apresentados os princípios da análise sensorial e o seu uso no controle de 
qualidade dos perfumes. 
Definiremos o que são contratipos e conheceremos algumas das empresas que os 
oferecem relacionando seus produtos aos originais importados.
Os perfumes mais famosos do mundo são determinados pelas suas principais notas 
de saída, corpo e de fundo. 
Em relação à publicidade dos perfumes e a influência da moda sobre eles, 
discutiremosDali-Pour-Homme-2250.html>.
Acesso em: 15/4/2019.
45
PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA │ UNIDADE I
Amadeirado ou Boisée
Esta família é predominantemente de perfumes masculinos, com notas opulentas, 
quentes e secas. As madeiras e outras matérias-primas desta família são normalmente 
caras e a família é subdividida em outras 8 famílias, que estão apresentadas a seguir.
Quadro 6. Subfamílias da família amadeirada.
Subfamília Notas
Am
ad
ei
ra
do
Amadeirado 
Amadeirado conífero cítrico Notas iniciais cítricas harmonizadas com notas amadeiradas de pinho.
Amadeirado especiado
Pimenta, cravo, noz-moscada, canela e outras especiarias são adicionadas a um 
amadeirado de santal suave
Amadeirado ambreado Notas quentes de fundo tais como cumarina, baunilha etc.
Amadeirado aromático
Tomilho, alecrim, mirto, sálvia, outras notas aromáticas adicionadas aos acordos 
amadeirados.
Amadeirado especiado couro Harmonização de notas amadeiradas com couro e animais.
Amadeirado marinho Harmonização entre notas amadeiradas aromáticas e notas oceânicas.
Amadeirado frutado Notas que remetem à natureza, constituídas de madeira e frutas.
Fonte: Adaptado de . Acesso em: 15/4/2019.
Abaixo, veja alguns famosos perfumes pertencentes às subfamílias apresentadas para 
a família chipre.
Figura 30. Exemplos de perfumes das subfamílias amadeiradas.
Amadeirado Amadeirado conífero 
cítrico
Amadeirado especiado Amadeirado 
ambreado
Vetiver (Carven) Bulgari pour homme 
(Bulgari)
Jaipur pour homme 
(Bougheron)
Patou pour homme 
(Jean Patou)
Fonte:
.
Acesso em: 
15/4/2019.
Amadeirado
frutado
Fonte: 
.
Acesso em: 15/4/2019.
Amadeirado 
aromático 
Xeryus (Givenchy)
Fonte: 
.
Acesso em: 15/4/2019.
Amadeirado especiado 
couro 
Acteur (Azzaro)
Fonte: 
. Acesso
em: 15/4/2019.
Amadeirado marinho 
Hugo (Hugo Boss) Dolce Vita 
(Christian Dior)
Fonte: 
.
Acesso em: 15/4/2019.
Fonte:
. Acesso 
em: 15/4/2019.
Fonte: 
.
Acesso em: 15/4/2019.
Fonte: 
.
Acesso em:
15/4/2019.
46
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA
Oriental ou Ambrée
O nome ambreado bastante conhecido vem do âmbar, uma substância de odor 
almiscarado proveniente do intestino das cachalotes. Hoje, somente o âmbar sintético 
é utilizado. Os perfumes desta família lembram odores orientais, opulentos, suaves e 
aveludados, tais como a baunilha entre outros. Esta família é subdividida em outras 6 
famílias, como é apresentado abaixo.
Quadro 7. Subfamílias da família Oriental.
Subfamília Notas
Or
ie
nt
al
Oriental suave Ambreado clássico, suave e quente.
Oriental floral especiado Ambreado com notas florais e cravo.
Oriental cítrico Ambreado com notas cítricas marcantes.
Oriental floral amadeirado Ambreado com notas marcantes amadeiradas e variações florais.
Semi oriental floral
Ambreado com notas dominantes florais, frescas que referenciam um buquê 
marcante.
Oriental floral frutado
Ambreado com florais diversificados e frutas tais como maçã, framboesa, pera, 
damasco, ameixa e morango.
Fonte: Adaptado de . Acesso em: 15/4/2019.
Abaixo, veja alguns famosos perfumes pertencentes às subfamílias apresentadas 
para a família oriental.
Figura 31. Exemplos de perfumes das subfamílias orientais.
Oriental suave Oriental floral especiado Oriental cítrico 
Shalimar (Guerlain) Just me (Montana) Sculpture (Nikos) 
Fonte: 
. Acesso em: 
15/4/2019. 
Fonte: 
. Acesso em: 
15/4/2019.
Fonte: 
. 
Acesso em: 15/4/2019.
Oriental floral amadeirado Semi oriental floral Oriental floral 
frutado 
Poème (Lancôme) Le Male (Jean-Paul Gautier) Jungle Eléphant 
(Kenzo)
Fonte: 
. Acesso em: 15/4/2019. 
Fonte: 
. Acesso em: 
15/4/2019.
Fonte: 
. 
Acesso em: 15/4/2019.
47
PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA │ UNIDADE I
Cuir (ou Couro)
Esta família tem menos importância em termos olfativos, apresentando somente 
3 subfamílias. Seus perfumes tentam reproduzir os odores secos do couro, madeira 
queimada, tabaco, bétula e fumaça. Um composto sintético importante utilizado como 
matéria-prima para esta família é isobutilquinoleina ou simplesmente IBQ. Outras 
matérias primas naturais, como essências de bétula, benjoim e labdanum também são 
utilizadas.
Quadro 8. Subfamílias da família couro.
Subfamília Notas
Co
ur
o Couro
Couro floral Notas de couro harmonizadas com florais, violeta e outras.
Couro tabaco Notas de couro harmonizadas com outras notas amadeiradas, com odor de feno e melado que lembram tabaco.
Fonte: Adaptado de http://insumos.com.br/cosmeticoseperfumes/pdf/Olfativas.pdf>. Acesso em: 15/4/2019.
Abaixo, veja alguns famosos perfumes pertencentes às subfamílias apresentadas para 
a família couro.
Figura 32. Exemplos de perfumes das subfamílias couros.
Couro Couro Floral Couro Tabaco 
Bel Ami (Hermès) Centaure Cuir Etalon (Pierre 
Cardin) 
Royal Copenhagen (Swank) 
Fonte: 
. Acesso em: 
15/4/2019.
Fonte: 
. Acesso 
em: 15/4/2019. 
Fonte: 
. Acesso em: 
15/4/2019.
http://insumos.com.br/cosmeticoseperfumes/pdf/Olfativas.pdf
48
UNIDADE IIA FORMULAÇÃO DE 
PERFUMES
CAPÍTULO 1
Ingredientes básicos
Em geral, as fórmulas de perfumes possuem uma composição básica com as seguintes 
matérias-primas:
 » Água.
 » Álcool.
 » Corantes.
 » Dipropilenoglicol.
 » Essências.
 » Fixadores.
Vamos ver abaixo a utilidade de cada um destes ingredientes:
A água
A água é necessária na fabricação de água de colônia, água de toilette, perfumes e 
outros. Esta água deve ser destilada ou deionizada, livre de impurezas que possam 
turvar os perfumes. Segundo Lima (2007): 
Na ausência da água destilada, pode-se ainda adicionar 21g de bórax 
em cada litro de água de chuva colhida diretamente da atmosfera sem 
contato com o telhado. Dissolve-se o bórax, deixa-se depurar, filtra-se e 
coloca-se num recipiente de vidro bem limpo.
49
A FORMULAÇÃO DE PERFUMES │ UNIDADE II
O álcool
Este componente é um dos produtos mais utilizados na fabricação dos perfumes. 
O álcool utilizado na produção de perfumes finos deve ser da melhor qualidade. O 
álcool de cereais é bastante recomendado, mas na sua ausência é possível utilizar 
álcool etílico. 
O álcool etílico a ser empregado em perfumaria deve ser de primeira qualidade, 
isto é, deve ser um álcool puro e retificado (isento de fusel), de concentração entre 
90º a 95º GL, incolor e inodoro. 
A etapa de retificação do álcool visa a concentrar o flegma proveniente 
da destilação de forma a obter um grau alcoólico de 96 ºGL à saída e retirar 
impurezas como álcoois homólogos superiores, aldeídos, ésteres, aminas, 
ácidos e bases.
Para saber mais sobre o processo de produção e purificação doálcool a 
partir da cana de açúcar, acesse este link: .
Atualmente, o álcool etílico super-refinado é o solvente da perfumaria. Empregado 
nas misturas com água, este solvente é inerte aos solutos, ajuda a proteger a 
essência dissolvida e apresenta baixo grau de irritabilidade à pele humana. O odor 
característico deste álcool é removido por desodorização, através da adição de uma 
pequena quantidade de goma de benjoim (ou outro fixador resinoso), deixando-se a 
mistura maturar durante uma ou duas semanas. O resultado é um álcool quase sem 
odor devido à neutralização do odor do álcool por meio das resinas.
Os corantes
Muitas vezes, os corantes são utilizados em perfumes líquidos. Neste caso, 
empregam-se soluções alcoólicas de corantes naturais, tais como clorofila, 
açafrão, resinas, bálsamos e outros. Anilinas sintéticas também podem ser 
utilizadas, desde que solúveis em álcool. Sua preparação deve ser feita à parte, 
anteriormente à produção do perfume. Esta solução deve ser filtrada para 
emprego na perfumaria.
50
UNIDADE II │ A FORMULAÇÃO DE PERFUMES
O Dipropilenoglicol
O dipropilenoglicol é um composto químico utilizado na fabricação da maioria das 
fragrâncias, usado para unir e carregar os elementos de um perfume, geralmente 
um ou mais óleos essenciais ou de fragrância. Também tem uma função antialérgica 
contra os componentes da formulação.
A mistura do dipropilenoglicol, da água e do álcool formam a base solvente 
do perfume, onde os solutos (óleos essenciais e fixadores) serão dissolvidos 
e estabilizados. Devido a sua natureza de mistura de isômeros estruturais, o 
dipropilenoglicol é de grande utilidade em diversas aplicações, além de perfumes, 
já que possui a capacidade de cossolubilizar água, óleos e hidrocarbonetos.
As essências
A maioria das substâncias odoríferas usadas em perfumarias é representada por: 
óleos essenciais, substâncias isoladas naturais ou substâncias semissintéticas e 
sintéticas.
Na unidade 1 lemos sobre as matérias-primas odoríferas naturais e sintéticas. Abaixo 
somente veremos algumas outras considerações gerais.
Quadro 9. Características e propriedades dos óleos essenciais.
Óleos 
Essenciais 
 » Podem ser definidos como óleos voláteis, odoríferos, de origem vegetal. 
 » Deve-se distinguir entre os óleos de flores naturais, obtidos por enfleurage ou por extração por solvente, e os óleos essenciais, 
obtidos por destilação. 
 » Os óleos essenciais destilados podem não ter certos componentes, que não são suficientemente voláteis ou que se perdem 
durante a destilação. 
 » Dois exemplos notáveis deste efeito são o óleo de rosas, em que o álcool feniletílico é perdido na porção aquosa do destilado, e 
o óleo de flor de laranja, no qual o óleo destilado contém somente uma pequena proporção do antranilato de metila, enquanto o 
óleo obtido por extração das flores pode conter até um sexto deste constituinte. 
 » Os óleos essenciais, a princípio, pouco se dissolvem em água, mas são solúveis em solventes orgânicos. Muitas vezes, a 
solubilidade em água é suficiente para dar um odor intenso à solução, como é o caso da água de flor de laranja.
 » Estes óleos são muito voláteis para que destilem inalterados na maior parte dos casos, e também são destilados a vapor. 
 » Podem ter coloração que vai do amarelo/castanho até o incolor. 
 » Um óleo essencial, usualmente, é uma mistura de compostos, embora o óleo de gaultéria seja quase o salicitado de metila puro. 
Os índices de refração dos óleos são elevados, chegando, em média, a 1,5. Os óleos têm uma ampla faixa de atividade ótica, 
destrogira e levogira. 
 » Nos vegetais vivos, os óleos estão provavelmente relacionados ao metabolismo, com a fertilização ou com a proteção contra 
inimigos. 
 » Qualquer parte das plantas, ou todas elas, pode conter o óleo. Encontram-se os óleos essenciais nos botões, nas flores, nas 
folhas, nas cascas, nos ramos, nos frutos, nas sementes, no lenho, nas raízes e nos rizomas em algumas árvores resinosas.
Fonte: Collaço et al., 2016.
51
A FORMULAÇÃO DE PERFUMES │ UNIDADE II
Os óleos essenciais podem ser classificados segundo a sua estrutura química, 
conforme é apresentado no quadro a seguir.
Quadro 10. Classificação dos óleos essenciais segundo a sua estrutura química.
Hidrocarbonetos Cimeno, estireno (fenileteno).
Álcoois  Linalol, geraniol, citronelol, terpinol, mentol, borneol.
Cetonas  Carvona, mentona, pulegona, irona, fenchona, tujona, cânfora, metilnonicetona, metilepcetona.
Fenóis  Eugenol, timol, caracol.
Aldeídos  Vitral, citronela, Benz aldeído, aldeído, dinâmico, aldeído cumínico, vanilina.
Ácidos  Benzóico, cinâmico, mirístico, isovalérico em estado livre. 
Ésteres  Principalmente dos ácidos benzóico, acético, salicílico, cinâmico.
Éteres  Cineol, éter interno (eucaliptol), anetol, safrol.
Terpenos  Canfeno, pineno, limoneno, felandreno, cedreno.
Lactonas  Cumarina.
Fonte: Collaço et al., 2016.
Quadro 11. Classificação dos óleos essenciais segundo a sua estrutura química.
Substâncias 
isoladas
naturais 
São substâncias químicas puras. Sua fonte é um óleo 
essencial ou outro material natural perfumado, tais como:
 » Eugenol.
 » Óleo de cravo-da-índia.
 » Pineno.
 » Óleo da terembitina.
 » Anetol.
 » Óleo de anis.
 › Linalol.
 › Óleo da linaloa.
 › Óleo de pau-rosa.
Fonte: Collaço et al., 2016.
Quadro 12. Substâncias sintéticas e semissintéticas.
Substâncias 
sintéticas/ 
semissintéticas
Mais de 50% das fragrâncias usadas nos perfumes modernos são provenientes de fórmulas contendo substâncias 
sintéticas mais baratas. 
Como vimos, algumas substâncias são sintetizadas a partir de matérias-primas naturais, e são chamadas de 
substâncias semissintéticas. Alguns exemplos são:
Vanilina  sintetizada a partir do eugenol (extraído do óleo de cravo-da-índia).
Ionona  sintetizada a partir do citral, extraído do óleo do capim-limão.
Terpineóis  produzidos a partir da terebintina e do óleo de pinho.
Sobre as substâncias sintéticas, diversas são utilizadas na perfumaria moderna, como vimos na unidade I deste 
módulo. Outras estão apresentadas abaixo, por serem fixadores sintéticos.
Fonte: Collaço et al., 2016.
52
UNIDADE II │ A FORMULAÇÃO DE PERFUMES
Os fixadores
As substâncias conhecidas como fixadores são compostos de baixa volatilidade, ou 
seja, de perfumes persistentes. São utilizados nas formulações com a finalidade de 
“fixar” as substâncias de perfumes mais voláteis. 
Como vimos, os perfumes são constituídos por notas odoríferas de diferentes 
volatilidades e o cheiro do perfume é constituído por impressões olfativas em série 
(sentidas em uma sequência, uma após a outra) e não pelo conjunto de todas elas. Para 
que isso ocorra, o uso do fixador é fundamental. 
De acordo com Collaço et al. (2016), fixadores são substâncias de volatilidade 
mais baixa que os óleos odoríferos, que agem de forma a retardar e uniformizar 
a velocidade de evaporação dos diversos constituintes olorosos da mistura. Eles 
podem ou não contribuir para a fragrância do perfume, porém, ao contribuir, devem 
misturar-se à fragrância principal complementando-a.
Abaixo apresentamos os tipos de fixadores usados na produção de perfumes:
Fixadores animais 
Certos aromas naturais são de origem animal, como vimos na Unidade I. Por 
suas características, estes produtos também apresentam a função de fixadores de 
fragrâncias e são chamados de fixadores animais dos perfumes. Veja mais detalhes a 
seguir.
Quadro 13. Fixadores aromáticos aninais e suas origens.
Castóreo
O castóreo é um dos produtos animais empregado em maior quantidade. É um exsudato de coloração castanho-amarelada das 
glândulas períneas do castor.
Entre os componentes odoríferos do óleo volátil do castóreo estão o álcool benzílico, a acetofenona, ol-borneol e a castorina 
(um componente resinoso volátil de estrutura desconhecida).
Agália
A agália é uma secreção gordurosa, mole, das glândulas períneasdos gatos-de-algália (civeta).
As secreções são recolhidas de 4 em 4 dias, e embaladas em chifres ocos, para exportação.
Almíscar
O almíscar é a secreção seca das glândulas prepuciais do almiscareiro macho, encontrado nos Himalaias.
O cheiro é devido a uma cetona cíclica, a muscona, presente num teor de 0,5 a 2%.
O almíscar cru tem um cheiro desagradável, em virtude da presença do escatol. Pela diluição e maturação, o cheiro de escatol 
desaparece e surge o odor doce e um tanto floral.
O almíscar atribui corpo e suavidade a uma formulação odorífera mesmo quando diluído, de modo que seu próprio cheiro fica 
imperceptível.
O seu odor almíscar é usado nos perfumes orientais pesados.
53
A FORMULAÇÃO DE PERFUMES │ UNIDADE II
Âmbar 
Cinzento
O âmbar cinzento é o menos usado, mas provavelmente o mais conhecido, entre os fixadores animais.
É um cálculo, ou secreção, desenvolvido por certas baleias.
O âmbar cinzento tem uma consistência cerosa, amolecendo-se a 60ºC, e pode ser branco, amarelo, castanho, negro, ou ter 
veios como o mármore. É constituído por 80 a 85% de ambreína (álcool tricíclico triterpênico), e por 12 a 15% de óleo de 
âmbar cinzento, que é o ingrediente ativo.
É empregado na forma de tintura, que deve ser maturada antes do uso. O cheiro da tintura é nitidamente de bolor e seu poder 
de fixação é grande.
Almíscar 
Zibata
O almíscar zibata é o mais novo fixador animal, derivado das glândulas do rato almiscareiro da Louisiana.
Somente durante a Segunda Grande Guerra o almíscar zibata foi comercializado.
Cerca de 90% dos materiais insaponificáveis das glândulas do rato almiscareiros consistem em álcoois cíclicos, inodoros, de 
cadeia grande, que se convertem em cetonas, com um aumento de umas 50 vezes no cheiro característico do almíscar. É um 
substitutivo, ou um complemento, do almíscar asiático.
Fonte: Collaço et al., 2016.
Fixadores resinosos
Outras substâncias utilizadas como fixadores são de origem vegetal. Estas substâncias 
(apresentadas abaixo) devem ser dissolvidas e maturadas antes da sua utilização nas 
formulações de perfumes. 
Quando a solução é feita a frio, a mistura é chamada de tintura. Quando a solução 
precisa ser aquecida para que a substância se solubilize, a mistura é conhecida por 
infusão.
Quadro 14. Resinas utilizadas como fixadores em perfumes.
Substância Tipo de resina
Benjoim Resina do tipo dura.
Resinas-goma Resina do tipo dura.
Mirra Resina um pouco mais mole.
Ládano Resina um pouco mais mole.
Bálsamo-do-Peru Moderadamente mole.
Bálsamo-de-tilú Moderadamente mole.
Copiaba Moderadamente mole.
Estoraque Moderadamente mole.
Terpenos Oleorresinas (materiais oleosos).
Extrato de resinas Oleorresinas (materiais oleosos).
Ambreína Menos viscosa.
Fonte: Collaço et al, 2016.
O solvente é o álcool, com adição (se necessário) de benzoato de bezina ou ftalato de 
dietila, para auxiliar na dissolução. 
Das resinas mais duras, o benjoim é a de maior uso. O ládano é a substância mais 
importante entre as gomas moles. Origina-se das folhas da planta Esteva cistus sp 
54
UNIDADE II │ A FORMULAÇÃO DE PERFUMES
que cresce na área mediterrânea. O cheiro do extrato desta goma lembra o âmbar 
cinzento. Este produto é comercializado sob o nome de ambreína e tem um valor 
fixador muito bom. 
Óleos Essenciais Fixadores 
Graças às suas propriedades odoríferas e altos pontos de ebulição (entre 285ºC 
a 290ºC), alguns óleos essenciais também são usados como fixadores. Os mais 
importantes são:
 » óleo de sálvia (Salvia sclarea);
 » óleo de vetiver (Andropogun squarrosum);
 » óleo de patchouli (Pogostemum cablin);
 » óleo de íris europeia (Íris florestina);
 » óleo de sândalo (Santalum sp.);
Fixadores sintéticos
Fixadores sintéticos, ou seja, artificiais, são utilizados na substituição de certos 
fixadores animais importados. Ésteres de ponto de ebulição elevado são utilizados. 
Alguns possuem odores comparáveis aos naturais, outros não possuem cheiro 
característico e são utilizados somente para auxiliar na fixação da fragrância do 
perfume.
 » Diacetato de glicerila.
 » Benzoato de benzila.
 » Ftalato de estila.
 » Benzo neto de amilha. 
 » Heliotropia.
 » Almíscar cetona. 
 » Fenilacetato de fenetila.
 » Hidroxicitronel.
55
A FORMULAÇÃO DE PERFUMES │ UNIDADE II
 » Almíscar ambreta.
 » Indol.
 » Benzofenona.
 » Ésteres do álcool cinâmico.
 » Ésteres do ácido cinâmico.
 » Cumarina.
 » Vanilina Escatol. 
 » Acetofenona.
56
CAPÍTULO 2
Etapas do processo da formulação de 
perfumes
As 5 etapas essenciais do processo
Para facilitar a descrição do processo os passos a serem seguidos estão apresentados 
em etapas. Algumas vezes a ordem das etapas não necessariamente deve ser seguida. 
O importante é que sejam levadas em conta separadamente para que se obtenha o 
resultado. 
Etapa 1 – Tenha os materiais à mão
Estes materiais são para a produção em escala de teste/desenvolvimento de um novo 
perfume. Para a produção em grandes escalas são necessários recipientes maiores 
(tachos, tanques etc.).
 » pipetas de 5 a 10 ml;
 » provetas de 50, 10 e 500ml;
 » bastão de vidro;
 » vidro âmbar para maceração;
 » copo de vidro graduado de 500 ml;
 » copo de vidro graduado de 50 ml;
 » filtro de papel;
 » funil de vidro;
 » frasco (embalagem).
Etapa 2 – Inicie pela solução alcoólica das 
essências
O ponto de partida para a preparação dos diferentes tipos de perfume (perfumes, 
água de colônia etc.) é a diluição das essências, óleos essenciais, tintura, outras 
substâncias aromáticas em álcool, de forma a preparar a solução alcoólica na 
concentração desejada. A partir deste ponto, entenda por essência o conjunto de 
57
A FORMULAÇÃO DE PERFUMES │ UNIDADE II
todas as substâncias aromáticas que formarão seu perfume, ou seja, a combinação 
dos odores que comporão as notas, bem como os fixadores. Também se podem 
incluir aqui os corantes.
Em relação à quantidade, as essências são adicionadas na proporção de 2% a 10%, 
dependendo do que se deseja alcançar em relação à intensidade do perfume (fracos, 
suaves, fortes, muito fortes), ao tipo de produto que se deseja preparar (perfumes de 
toucador, para lenços etc.) e à classe do produto (artigo ordinário, comum ou fino).
Os fixadores são utilizados na proporção entre 0,1% e 0,5% e precisam ser 
totalmente solúveis em álcool e na mistura de essências utilizadas, não devem 
apresentar odores que prejudiquem a composição aromática e devem ser 
incolores ou bem pouco coloridos.
As quantidades das essências devem ser variadas dentro da receita a fim de se 
desenvolver as fragrâncias mais harmonizadas e criativas. Para tanto, sugere-se que 
os testes sejam em quantidades pequenas até que se defina uma formulação.
Etapa 3 – Defina a quantidade dos solventes
Os solventes devem ser adicionados de modo a completar a proporção de 100% da 
fórmula do perfume. 
Como já mencionado, o álcool etílico é utilizado nas condições de alto grau de 
pureza, isento de fusel, na concentração adequada, quando incolor e inodoro. A 
água utilizada deve ser destilada ou deionizada.
A mistura produzida na etapa 1 deve ser diluída a frio com o álcool na concentração 
adequada. A solução deve ser agitada, guardada em lugar fresco e meio escuro. 
Caso esta solução turve, é necessário tratá-la com carbonato de magnésio, filtrá-la 
em papel filtro comum (LIMA, 2007).
Etapa 4 – Procedimento para todas as formulações 
Segundo Lima (2007), este procedimento definido pelo perfumista Jean Luc 
Morineau pode ser aplicado a qualquer tipo de perfume que se deseja preparar.
Procedimento para soluções contendo água:
1. Em um recipiente de vidro, adicione a essência ao álcool de cereais.
2. Adicione a água.
3. Adicione o fixador, misturando bem lentamente com um bastão de vidro.
58
UNIDADE II │ A FORMULAÇÃO DE PERFUMES
4. Agora é só macerar para perder o cheiro do álcool e aumentar a fixação 
da essência. 
5. Reserve por 30 dias diretamente em temperatura ambiente e em frasco 
escuro de vidro,longe da luz solar (outra opção é deixar por dez dias, 
alternando um dia na geladeira e um dia em temperatura ambiente, 
sempre protegido do calor e da luz solar. O tempo de maceração pode 
variar de acordo com os componentes da essência).
6. Filtre a solução nos frascos de suas próprias embalagens e pronto!
Procedimento para soluções SEM adição de água:
1. Em um recipiente de vidro, adicione a essência ao álcool de cereais.
2. Adicione o fixador em seguida
3. Misture lentamente com um bastão de vidro
4. Siga os passos da maceração do procedimento anterior.
5. Filtre a solução nos frascos de suas embalagens e pronto!
[ ]
O que é maceração? 
Em perfumaria, macerar significa impregnar, intensificar, apurar a fragrância. 
Conforme é apresentado no documento do Sebrae (2009), assim como 
os bons vinhos, uísques e cachaças, os perfumes também necessitam 
obrigatoriamente ficar curtindo (macerando). 
As essências são compostas por muitos elementos naturais que são extraídos 
de flores, folhas, caules, frutos, sementes, madeiras etc. Esses elementos 
deixam micropartículas suspensas na solução e são dessas partículas que se 
desprendem as notas aromáticas importantes que compõem a fragrância. 
Durante um período, a dispersão desses aromas continua a acontecer e é por 
isso que, com a maceração, o odor se intensifica muito mais. Infelizmente, 
muitas empresas não esperam o tempo necessário da maceração, pois o 
produto parado muitas vezes representa um custo, e vendem seus perfumes 
com baixa qualidade. Mesmo em perfumes com notas sintéticas, a maceração 
é importante, para eliminar o odor do álcool, que com o tempo vai se 
dissipando, deixando transparecer quase que apenas a essência.
59
A FORMULAÇÃO DE PERFUMES │ UNIDADE II
Importante:
 » Nunca utilize instrumentos metálicos na produção do perfume (colheres, 
recipientes etc.).
 » Os frascos e recipientes devem ser de vidro, pois os frascos plásticos 
podem interferir no cheiro do seu perfume (RENA, 2016). 
 » Sempre siga o tempo de maceração para obter perfumes com melhores 
qualidades.
Etapa 5. Fórmulas dos diferentes tipos de perfumes
Como vimos na Unidade I, há diferentes tipos de perfumes, dependendo da 
concentração da essência nele presente:
 » Extratos (20% a 40% de essência).
 » Parfum (15% a 20% de essência).
 » “Eau de Parfum” (10% a 15% de essência).
 » “Eau de Toilette” (5% a 10% de essência).
 » “Eau de Cologne” (3% a 5% de essência).
Segundo o perfumista Jean Luc Morineau (LIMA, 2007), os diferentes tipos de 
perfumes podem ser produzidos a partir da fórmula sugerida abaixo. Ajustando-se 
primeiramente a concentração das essências do produto que se quer obter, os outros 
ingredientes seguem a proporção conforme a fórmula abaixo. 
Fórmula básica para perfumes com concentração de essência a 10% (Eau de Toilette)
 » álcool: 70%;
 » essência: 10%;
 » fixador: 0%;
 » dipropilenoglicol: 2%;
 » água deionizada: 8%.
No caso da produção de perfumes artesanais, os produtos apresentam uma mistura 
de aproximadamente 80% de solvente e 10% a 15% de essência (no caso de Eau de 
parfum, chegando até a 35% no caso de extratos).
 » álcool: 60% a 70%;
 » água deionizada: 8% a 12 %;
 » dipropilenoglicol: 2% a 3%; 
60
UNIDADE II │ A FORMULAÇÃO DE PERFUMES
 » fixador: 3% a 10%;
 » essência: 10% a 15%. 
Seguindo esta proporcionalidade pode-se fazer qualquer quantidade de perfumes.
Veja abaixo algumas sugestões de fórmulas para os diferentes tipos de perfumes 
(LIMA, 2007).
Quadro 15. Fórmula sugestiva de água de colônia.
“Eau de cologne”
(É o mais suave de todos, com concentração de 5% de essência).
(São muitas versões deste produto. Aqui está uma variante típica de fórmula)
Ingredientes e quantidades Óleo Essencial de Alecrim – 5 gotas.
Óleo Essencial de Bergamota – 50 gotas.
Óleo Essencial de Lavanda – 25 gotas.
Óleo Essencial de Limão – 25 gotas.
Óleo Essencial de Néroli – 15 gotas.
Álcool de Cereais – 75ml.
Modo de Preparo:
 » Misturar todos os óleos. 
 » Adicionar o álcool de cereais.
 » Deixar o máximo de tempo possível em geladeira ou freezer
 » Coar em filtro de papel e envasar.
Fonte: . Acesso em: 6/5/2019.
Quadro 16. Fórmula sugestiva de água de colônia com fragrância suave.
“Eau de cologne Infantil”
(É o mais suave de todos, com concentração de 5% de essência).
(São considerados perfumes infantis)
Ingredientes e quantidades Essência – 50 ml.
Água destilada – 820 ml.
Álcool de cereais – 100ml.
Tween 20 – 50ml.
Dipropilenoglicol – 30ml.
Modo de Preparo:
 » Dissolver a essência no Tween. 
 » Adicionar o álcool de cereais.
 » Dissolver o dipropilenoglico. 
 » Adicionar a água destilada.
 » Coar em filtro de papel e envase.
Não é necessário macerar.
Usar uma essência tipo Mamãe & Bebê ou outra suave de sua preferência. Se quiser, adicione um pouquinho de corante.
Fonte: . Acesso em: 6/5/2019.
61
A FORMULAÇÃO DE PERFUMES │ UNIDADE II
Quadro 17. Fórmula sugestiva de água de toilette.
“Eau de Toilette”
Duração na pele: 4h a 6h
(Concentração aproximada de 10% de essência)
Ingredientes e quantidades Essência de sua preferência – 10 ml.
Água destilada – 4 ml.
Álcool de cereais – 82ml.
Fixador – 2 ml.
Dipropilenoglicol – 2 ml.
Modo de Preparo: 
 » Misture todos os materiais e coloque em um vidro escuro. 
 » Deixe no mínimo 36 dias na geladeira ou freezer. 
 » Quando retirar, acrescente 4 ml de água destilada.
Obs.: Caso você não tenha um vidro escuro, pode usar um vidro claro, mas não se esqueça de enrolá-lo com um jornal.
Fonte: . Acesso em: 6/5/2019.
Quadro 18. Fórmula sugestiva de “Eau de Parfum”.
“Eau de Parfum”
Duração na pele: de 6h a 8h
(Quantidade de essência entre 12% e 14%)
Ingredientes e quantidades Mistura 1
350 ml de álcool de cereais.
50g de essência para perfume.
10g de fixador.
Completagem.
60ml dipropilenoglicol.
120ml essência.
20ml água destilada.
Mistura 2
770 ml álcool de cereais.
30ml fixador htx.
Fonte: . Acesso em: 6/5/2019.
Quadro 19. Fórmula sugestiva de perfume.
Perfume (“parfum”)
Duração na pele: 12h a 20 h
(20% de essência)
Ingredientes e quantidades 660 ml de álcool de cereal.
200 ml de essência.
30 ml de fixador.
30 ml de propilenoglicol.
80 ml de água deionizada.
62
UNIDADE II │ A FORMULAÇÃO DE PERFUMES
Perfume (“parfum”)
Duração na pele: 12h a 20 h
(20% de essência)
Modo de Preparo: 
 » Adicionar os ingredientes na ordem (exceto a água). Mexa bem à medida que são incorporados à mistura.
 » Acrescente os 80 ml de água deionizada. 
 » Transfira para um vidro âmbar e macere por 10 dias, alternando 5 dias na geladeira e 05 dias em temperatura ambiente. 
 » Passe a mistura por um filtro de papel a fim de eliminar as impurezas
 » Envase em frascos limpos e secos.
Fonte: . Acesso em: 6/5/2019.
Lembre-se: as quantidades das essências e ingredientes podem ser ajustadas 
levemente para que a melhor condição olfativa seja alcançada. Você também pode 
variar o tempo de maceração e até mesmo a maneira de preparo, a fim de criar os 
seus próprios procedimentos e perfumes.
Como as fragrâncias também são aplicadas a outros produtos além dos perfumes, 
seguem abaixo algumas formulações de óleos e sabonetes líquidos.
 Quadro 20. Fórmula sugestiva de óleo de banho.
Fórmula para Preparo de Óleo de Banho
Ingredientes e quantidades Óleo Essencial de Alecrim – 5 gotas.
Óleo Essencial de Bergamota – 50 gotas.
Óleo Essencial de Lavanda – 25 gotas.
Óleo Essencial de Limão – 25 gotas.
Óleo Essencial de Néroli – 15 gotas.
Óleo de Amêndoas – 50 ml.
Modo de Preparo:
 » Misturar todos os óleos. 
 » Adicionar o óleo de amêndoas.
 » Deixar o máximo de tempopossível em geladeira ou freezer antes de usar
Fonte: . Acesso em: 6/5/2019.
Quadro 21. Fórmula sugestiva de óleo de banho bifásico.
Fórmula para Preparo de Óleo de Banho Bifásico
Ingredientes e quantidades Óleo vegetal – 50 ml.
Essência para óleo de banho – 10 ml.
Óleo Mineral – 15 ml.
Água – 25 ml.
Corante base água.
63
A FORMULAÇÃO DE PERFUMES │ UNIDADE II
Fórmula para Preparo de Óleo de Banho Bifásico
Modo de Preparo:
 » Coloque a água em um recipiente.
 » Pingue o corante, gota a gota, até atingir a cor desejada.
 » Adicione o óleo vegetal.
 » Adicione a essência.
 » Adicione o óleo mineral.
 » Identifique o óleo bifásico. 
Agite o frasco antes de usar. Armazene em local arejado, em temperatura ambiente.
Fonte: . Acesso em: 6/5/2019.
Quadro 22. Fórmula sugestiva de sabonete líquido antisséptico.
Fórmula para Preparo de Sabonete Líquido Antisséptico
Ingredientes e quantidades Água Deionizada – quantidade suficiente.
Lauril éter sulfato de sódio – 1000 g.
Amida 90 – 100 g.
Anfótero betaínico – 100 g.
Base perolizada – 150 g.
Irgasan pó – 25 g.
Propilenoglicol – 225 ml.
Cloreto de sódio – quantidade suficiente.
Essência para sabonete líquido – 15 ml.
Ácido cítrico – quantidade suficiente.
Modo de Preparo:
 » Coloque 2500ml de água deionizada em um recipiente limpo.
 » Sob agitação moderada adicione o laurel éter sulfato de sódio.
 » Ainda sob agitação, adicione a amida 90 e agite até homogeneização total.
 » Sob agitação, adicione o anfótero betaínico e em seguida a base perolizada.
 » Agite até a homogeneização total.
 » Separadamente, dissolva o Irgasan no propilenoglicol. Adicione esta mistura aos outros ingredientes acima.
 » Adicione a essência (sob agitação).
 » Com uma fita indicadora de pH, verifique se a medição está entre 5,5 a 6,5.
 » Se estiver acima desta faixa, corrija o pH adicionando ácido cítrico (previamente dissolvido em água) aos poucos. Meça o pH novamente e repita 
esta correção até atingir o valor de pH dentro da faixa desejada. 
 » Solubilize um pouco de cloreto de sódio em água e adicione um pouco na mistura acima, até observar um espessamento da mistura. Não adicione 
muito, para que não fique rala.
 » Pare a agitação e complete o volume até 5000ml com água destilada.
 » Homogeneíze totalmente.
 » Após a espuma baixar, envase em frascos apropriados.
 » Armazene em local arejado, em temperatura ambiente.
Fonte: . Acesso em: 6/5/2019.
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UNIDADE II │ A FORMULAÇÃO DE PERFUMES
Quadro 23. Fórmula sugestiva de desodorante líquido.
Fórmula para Preparo de Desodorante Líquido
Ingredientes e quantidades Hexaclorofeno – 0,3 g.
Propilenoglicol – 3 ml.
Álcool – 70 ml.
Água destilada – quantidade suficiente.
Essência – quantidade suficiente.
Modo de Preparo:
 » Misturar os ingredientes um a um sob agitação lenta.
 » Envasar em embalagem apropriada. 
 » Armazene o produto em local arejado, em temperatura ambiente.
Fonte: . Acesso em: 6/5/2019.
A regulamentação da produção e comercialização 
de perfumes no Brasil 
No Brasil, os perfumes enquadram-se na mesma legislação de cosméticos. Diversas 
leis regulam a preparação e a comercialização destes produtos no território 
nacional. Não vamos discutir a fundo nesta apostila as leis, portarias e órgãos 
que atuam nesse ramo, pois existe uma apostila inteira dedicada ao assunto neste 
curso. Abaixo, somente citaremos algumas das leis com uma breve descrição:
Lei no 6360/1976, decreto-lei no 79094/1977 e portarias
Estas normas são estabelecidas pelo Sistema de Vigilância Sanitária e coordenadas pela 
Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) – ambas atendem ao Ministério 
Público (MS). Entre outras determinações, estas normas obrigam os fabricantes a 
colocarem informações nos rótulos de seus produtos, tais como:
 » Orientação aos usuários em relação à forma de utilização do produto. 
 » Número de registro no Ministério da Saúde (MS). 
 » Autorização da Vigilância Sanitária. 
 » Composição dos produtos permitidos em cosméticos: matérias-primas, 
bioativos, perfumes, conservantes, bactericidas, protetores solares, 
fungicidas etc. 
 » Informações de precauções.
 » Informações de contraindicações.
65
A FORMULAÇÃO DE PERFUMES │ UNIDADE II
Segundo a definição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entende-
se por cosméticos produtos de higiene pessoal e perfumes (Resolução da Diretoria 
Colegiada – RDC 211/2005):
[...] preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de 
uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, 
unha, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas 
da cavidade oral, como objetivo exclusivo ou principal limpá-los, 
perfumados, alterar sua aparência e/ ou corrigir odores corporais e/ou 
protegê-los ou mantê-los em bom estado.
Lei no 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor)
O Código de defesa do consumidor obriga os fabricantes a colocarem informações 
nos rótulos dos cosméticos, tais como nomes ou abreviações conhecidas 
universalmente das substâncias contidas na composição do produto cosmético. 
A quantidade do princípio ativo, em porcentagem ou em peso, também deve ser 
mencionada quando sua função específica for informada na embalagem. A data de 
validade do produto e a data de fabricação também são informações que devem 
aparecer obrigatoriamente nos rótulos, além do modo de utilização do produto e 
as devidas precauções que os usuários devem ter ao usá-lo.
Resolução da Diretoria Colegiada: RDC no 92, de 9 de dezembro de 2008
Esta resolução é voltada para a comercialização de produtos cosméticos, 
perfumes e de higiene pessoal no exterior, sendo facilitada pela Anvisa e 
Mercosul. Ela estabelece as regras para produtos fabricados no Brasil e 
destinados à exportação, tanto para produtos de grau de risco 1 como para os 
produtos de grau de risco 2. Entre outras providências, determina que produtos 
fabricados no Brasil, exclusivamente para exportação, não necessitam de 
notificação ou registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. As empresas 
que se enquadram nesta situação deverão ter autorização de funcionamento 
para as atividades de fabricação e exportação de produtos de higiene pessoal, 
cosméticos e perfumes emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 
além de alvará ou licença sanitária emitida pela autoridade competente. 
Sempre que solicitado pela autoridade sanitária, as empresas são obrigadas 
a fornecer, imediatamente, todas as informações referentes aos produtos 
destinados exclusivamente à exportação. É de responsabilidade da empresa 
estar de acordo com a legislação dos países de destino de seus produtos.
66
UNIDADE II │ A FORMULAÇÃO DE PERFUMES
RDC no 211, de 14 de julho de 2005
Esta Resolução da Diretoria Colegiada apresenta a nomenclatura internacional 
para ingredientes cosméticos – em inglês International Nomenclature of Cosmetic 
Ingredient – INCI. O objetivo de se ter esta nomenclatura é facilitar a identificação de 
ingredientes cosméticos provenientes de qualquer país. É uma linguagem universal, 
adotada mundialmente. Sendo assim, as nomenclaturas de ingredientes apresentadas 
nos rótulos das embalagens brasileiras de produtos de higiene pessoal, cosméticos e 
perfumes devem seguir o INCI.
Conforme apresentado por Gomes e Damazio (2017), segue uma lista de Leis, 
Portarias e Resoluções da Diretoria Colegiada (RDC) que devem ser seguidas para a 
fabricação e comercialização de cosméticos, perfumes e produtos de higiene pessoal. 
É importante salientar que os profissionais desta área devem sempre consultar 
atualizações e novas regulamentações no site da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária ().Decretos no 79.094/1977 e 3.961/2001 – Regulamentam a Lei no 6.360, de 23 
de setembro de 1976, que submete ao sistema de vigilância sanitária os insumos 
farmacêuticos, medicamentos, produtos de higiene pessoal, cosméticos, drogas, 
correlatos e outros.
Lei no 6.437/1977 – configura as infrações sanitárias, estabelece as sanções 
respectivas e dá outras providências.
Portaria no 348/1997 – Manual de Boas Práticas de Fabricação e Roteiro de 
Inspeção. Item 11-A: a empresa deverá apresentar documentos comprobatórios no 
ato da inspeção.
Resolução no 481, de 23 de setembro de 1999 – Estabelece parâmetros para o 
controle microbiológico de produtos de higiene pessoal, perfumes e cosméticos.
RDC no 38, de 21de março de 2001 – Estabelece critérios e procedimentos 
necessários para o registro de novas categorias de produtos cosméticos, destinados 
ao uso infantil.
RDC no 13, de 17 de janeiro de 2003 – Determina a obrigatoriedade de 
inclusão de diretrizes de rotulagem de produtos de higiene oral indicados para 
hipersensibilidade dentária.
RDC no 48, de 16 de março de 2006 – Regulamento Técnico “Lista de substâncias 
que não podem ser utilizadas em produtos de higiene pessoal, cosméticos e 
perfumes”.
67
A FORMULAÇÃO DE PERFUMES │ UNIDADE II
RDC no 3, de 18 de janeiro de 2012 – Regulamento Técnico Mercosul sobre “Lista 
de substâncias que os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes não devem 
conter, exceto nas condições e com as restrições estabelecidas, que consta como anexo 
e faz parte da presente resolução”.
RDC no 29, de 10 de junho de 2012 – Aprova o Regulamento Técnico Mercosul 
sobre “Lista de substâncias de ação conservantes permitidas para produtos de higiene 
pessoal, cosméticos e perfumes” e dá outras providências.
RDC no 30, de 1 de junho de 2012 – Aprova o Regulamento Técnico Mercosul sobre 
protetores solares em cosméticos e dá outras providências.
RDC no 44, de 9 de agosto de 2012 – Aprova o Regulamento Técnico Mercosul 
sobre “Lista de substâncias corantes permitidas para produtos de higiene pessoal, 
cosméticos e perfumes” e dá outras providências.
RDC no 15, de 26 de março de 2013 – Aprova o Regulamento Técnico sobre 
“Lista de substâncias de uso cosmético: acetato de chumbo, pirogalol, formaldeído, 
paraformaldeído” e dá outras providências.
RDC no 19, de 10 de abril de 2013 – Dispõe sobre os requisitos técnicos para a 
concessão de registro de produtos cosméticos repelentes de insetos e dá outras 
providências.
RDC no 17, de 10 de fevereiro de 2015 – Dispõe sobre os requisitos técnicos para 
a regularização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes e dá outras 
providências.
RDC no 69, de 23 de março de 2016 – Dispõe sobre o Regulamento Técnico 
Mercosul sobre “lista de filtros ultravioletas permitidos para produtos de higiene 
pessoal, cosméticos e perfumes”.
RDC no 237, de 15 de setembro de 2018 – Simplificação da regulamentação de 
cosméticos para crianças.
Além das Leis, Portarias e Resoluções da Diretoria Colegiada (RDC), os fabricantes 
de cosméticos, perfumes e produtos de higiene pessoal devem conhecer os órgãos que 
regulam a preparação e a comercialização de produtos no Brasil:
68
UNIDADE II │ A FORMULAÇÃO DE PERFUMES
Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e 
Qualidade Industrial (INMETRO) 
O Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (INMETRO) 
possui os regulamentos técnicos relacionados às quantidades especificadas (em 
massa ou volume) dos produtos em suas embalagens, as quais devem ser informadas 
de maneira adequada. Este órgão fiscaliza todos os bens comercializados no Brasil, 
insumos, produtos e outros.
Órgãos estaduais de proteção ambiental
Os órgãos estaduais de proteção ambiental controlam a poluição causada pelas 
fábricas. Estes órgãos são vinculados às secretarias do meio ambiente.
Câmara técnica de cosméticos (CATEC)
A câmara técnica de cosméticos (CATEC) é subordinada à Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA). Foi instituída pela Portaria no 485, de 7 de julho de 
2004 com a finalidade de:
 » orientar a definição de métodos e procedimentos científicos;
 » realizar estudos e pesquisas; 
 » emitir recomendações, ajudando a Gerência Geral de Cosméticos nos 
assuntos relacionados aos perfumes, produtos de higiene pessoal e 
cosméticos.
Gerência geral de cosméticos 
Por meio da gerência geral de cosméticos, a Agência Nacional de Saúde (ANS) 
elaborou um guia para a avaliação de segurança de produtos cosméticos com 
orientações e critérios a serem seguidos para garantir a qualidade e a segurança dos 
produtos. Esta avaliação deve ser sempre realizada antes da disponibilização dos 
produtos ao mercado, ou seja, antes de o consumidor ter livre acesso a estes.
Boas práticas de fabricação de produtos 
Atualmente, a norma em vigor que dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação 
de Cosméticos, Produtos de Higiene Pessoal e Perfumes é a RDC no 48/2013 (parte 
harmonizada com a norma do Mercosul).
69
A FORMULAÇÃO DE PERFUMES │ UNIDADE II
Esta norma atenta-se à regularização dos produtos de higiene pessoal, cosméticos 
e perfumes comercializados, bem como à fabricação por indústrias habilitadas e 
regularmente inspecionadas pela autoridade sanitária competente. 
Essa Resolução estabelece procedimentos e práticas a serem adotados pelos 
fabricantes de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes com o intuito de 
assegurar a qualidade destes produtos. São abordados na norma procedimentos e 
boas práticas em termos de:
 » processos;
 » instalações;
 » métodos;
 » sistemas de fabricação;
 » controles adequados.
Alguns itens da RDC no 48/2013 que podemos destacar, conforme apresentados no 
site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, são:
 » Os fabricantes de produtos de higiene pessoal, cosméticos e 
perfumes devem assegurar que estes produtos são adequados para 
o uso pretendido e estão de acordo com os requisitos de qualidade 
pré-estabelecidos.
 » Os aspectos de segurança para o pessoal envolvido na fabricação e de 
proteção ambiental estão regulamentados por legislação específica e os 
estabelecimentos devem cumprir com os requisitos aplicáveis a cada 
uma das áreas.
 » O detentor do Registro ou Notificação ou Admissão é responsável pela 
qualidade do produto de higiene pessoal, cosméticos e perfumes.
Como mencionado, mais detalhes sobre legislações e regulamentações brasileiras 
para perfumes, cosméticos e produtos de higiene pessoal estão apresentados em 
uma apostila específica de assuntos regulatórios e legislação neste curso. 
Fornecedores de matérias-primas
Existem diversas empresas que fornecem matérias-primas para cosméticos no 
Brasil. Para auxiliar, listamos abaixo alguns fornecedores. É importante ressaltar 
70
UNIDADE II │ A FORMULAÇÃO DE PERFUMES
que estas informações foram retiradas da internet, sem avaliação de idoneidade, 
qualidade etc. Cabe ao empreendedor fazer a análise dos fornecedores que melhor 
lhe atendem.
Ferquima Indústria e Comércio LTDA:
 » Fabrica e comercializa óleos essenciais para a indústria cosmética e 
bases hidrossolúveis para cremes e xampus. 
 » Endereço: Estrada Mineração Ouro Branco, 2.017. São Paulo – SP. 
 » Telefone: (+55 11) 4158-3544/ 4159-1784.
 » Site: .
Givaudan Brasil:
 » Cria e fornece fragrâncias, sabores e ingredientes especiais para 
cosméticos em geral. 
 » Endereço: Av. Engenheiro Billings, 2.185. São Paulo – SP. 
 » Telefone: (+55 11) 3760-8000.
 » Site: .
Quorum Fragrâncias Indústria e Com. LTDA:
 » Oferece diversificada linha de essências para uso em cosméticos etc. 
 » Endereço: Via Natalino Verdi, 120. Charqueada SP. 
 » Telefone: (+55 19) 3186-9600/ 3186-9619.
 » Site: .
Rei das Essências:
 » Insumos e essências naturais para cosméticos.
 » Endereço: Rua: Tupi 85, Loja 09. Belo Horizonte – MG. Tel: (31) 3224-
1516.
 » Site: .71
A FORMULAÇÃO DE PERFUMES │ UNIDADE II
African Artesanato:
 » Fornecedor de matéria-prima. 
 » Loja em São Paulo End: Rua Tiradentes, 804, em frente à ACM, Centro. 
Guarulhos SP CEP: 07090-000.
 » Telefone: (+55 11) 6099-2377 / 6099-2371 Fax: (+55 11) 6099-2279.
 » E-mail: africanart@africanart.com.br.
 » Site: .
Alfanove:
 » Distribuem produtos para Indústria de Cosmético em Geral. 
 » Telefone: (+55 11) 6352-0095. 
 » E-mail: alfanove@ig.com.br.
Arte Feita:
 » Fornecem essências, bases de glicerina, matérias-primas líquidas e 
sólidas, além de promover diversos cursos na área de cosmética. 
 » Loja São Bernardo do Campo – SP.
 » Endereço: Rua São Savino, 20. 
 » Telefone: (+55 11) 4123 1947.
 » Loja São José dos Campos.
 » Endereço: Av. Mal Floriano Peixoto, 175, Centro. Cep: 12210-040. 
 » Site: .
Beraca Sabará Químico Ingredientes Ltda – Divisão Food/Feed:
 » Fornecedor de corantes para cosmético, medicamentos e produtos de 
toucador.
 » Endereço: Rua Souza Melo, 73/75. São Paulo SP CEP: 03770-000.
 » Telefone: (+55 11) 6643-5018 Fax: (+55 11) 6643-5115.
72
UNIDADE II │ A FORMULAÇÃO DE PERFUMES
 » E-mail: vanice@gruposabara.com.br.
 » Site: .
Brazmo Indústria e Comércio Ltda:
 » Atua no suprimento químico para as indústrias de cosméticos, alimentícia 
e outras. 
 » Endereço: Rua Moisés Kahan, 134, Barra Funda. São Paulo – SP. 
 » Telefone/Fax: (+55 11) 3879-5600.
 » E-mail: brazmo@brazmo.com.br.
 » Site: .
Casa das Essências:
 » Matéria-prima para fabricação de perfumes e cosméticos em geral. 
 » Endereço: Rua Silveira Martins, 78, Sé. São Paulo SP Cep: 01019-000.
 » Telefone: (+55 11) 3104-2725.
 » E-mail: ss@casadasessencias.com.br.
 » Site: .
Chemyunion Química Ltda:
 » Fabricante de princípios ativos para indústria de cosméticos. 
 » Endereço: Rua José de Oliveira Cassú, 447. Sorocaba SP Cep: 18103-065.
73
A FORMULAÇÃO DE PERFUMES │ UNIDADE II
 » Telefone: (+55 15) 2102-2002 DDG: 0800 772-5583 Fax: (+ 55 15) 2102-
2001.
 » E-mail: vendas@chemyunion.com.br.
 » Site: .
Distribuidora Miraí Ltda:
 » Fornecedor de corantes para cosméticos, medicamentos e produtos de 
toucador. 
 » Endereço: Rua Tenente Leopoldino, 416. Mirai – MG Cep: 36790-000.
 » Telefone: (+55 32) 3426-1809 Fax: (+55 32) 3426-1093.
 » E-mail: dimirai@interminas.com.br.
Duarte Amaral e Cia Ltda:
 » Comercializam produtos químicos em pequenas e grandes embalagens. 
Dentre sua linha de produtos encontramos variados tipos de glicerinas e 
essências. 
 » Telefone/ Fax: (+55 11) 6604-2533 / 6604-3991 São Paulo SP. 
 » Site: .
EMFAL:
 » Especialidades Químicas.
 » Endereço: Rua K, 105, Jardim Piemonte. Betim – MG. PABX: (+55 31) 
3597-1020.
 » E-mail: emfal@emfal.com.br.
 » Site: .
Franchel Cosméticos Ltda:
 » Fornecedor de almíscar.
 » Endereço: Pça. Nossa Sra. de Lourdes s/n, Qd 46, Lt 1/6. Aparecida de 
Goiânia GO Cep: 74912-390.
74
UNIDADE II │ A FORMULAÇÃO DE PERFUMES
 » Telefax (+55 62) 278-0500.
 » E-mail: ti@gotasuave.com.br.
Indústrias de Plásticos Caria Ltda:
 » Fabricantes de excipientes para remédios e cosméticos.
 » Endereço: Rua Guaicurus, 760. São Paulo SP. Cep: 05033-001.
 » Telefone: (+55 11) 3872-3122 Fax: (+55 11) 3864-8833.
 » E-mail: vendas@caria.com.br.
 » Site: .
MAÍZ Artes & Essências:
 » Venda de matérias-primas para perfumes e cremes em geral. 
 » Endereço: Rua Carlos Gomes, 143, Centro. Cep: 40060-330. Salvador 
BA. 
 » Telefone: (+55 71) 3328-9720.
 » Site: .
Natu’s Life Indústria e Comércio Ltda:
 » Fabricação de artigos de perfumaria e cosméticos: Álcool, lauril, essência 
e extrato. 
 » Endereço: Rua N1, 275, Jorge Américo. Feira de Santana BA. Cep: 44020-
660. 
 » Telefax: (+55 75) 3226-8354.
 » E-mail: natus.life@bol.com.br.
Primola Fragrâncias Ltda:
 » Fabricação de essência. 
 » End.: Av Luis Tarquínio Pontes – S/N. Qd 05, Lote 32, Galpão 20, Jd 
Belo Horizonte. Lauro de Freitas BA. 
 » Tel.: (+55 71) 3379-9962/ 3379-9889/ Fax: (+55 71) 3379-9962.
 » E-mail: primola@uol.com.br.
75
A FORMULAÇÃO DE PERFUMES │ UNIDADE II
Química Bpar Ltda:
 » Atua na distribuição de produtos químicos para os segmentos alimentício, 
cosmético e farmacêutico. 
 » Endereço: Alameda dos Maracatins, 992, Conj. 81, Bloco A, Moema. São 
Paulo – SP. 
 » Telefone/Fax: (11) 5094-2050.
 » E-mail: bpar@bpar.com.br.
 » Site: .
Royal Marck Indústria Química:
 » Produtos para lavanderias industrial, hospitalar e doméstica, produção 
de fragrâncias para vários setores, matérias-primas para fabricação de 
cosméticos, automotivos etc.
 » Endereço: Rua Mineira, 281, Cumbica. Guarulhos SP. Cep: 07223-190. 
 » Telefone/Fax: (11) 6412- 8018. 
 » E-mail: royalmarck@royalmarck.com.br.
 » Site: .
Sasil – Distribuidora de Termoplásticos e Produtos Químicos:
 » Produtos químicos. 
 » Endereço: Alameda Granjas Rurais, Presidente Vargas, Lt 17. Salvador 
BA CEP: 41297-430.
 » Telefax: (+55 71) 3293-8500.
 » E-mail: sasilba@sasil.com.br.
 » Site: .
Sciavicco Comércio e Indústria Ltda:
 » Endereço: Rua Niquelina, 921, Sta. Efigênia. Belo Horizonte MG.
 » Tel.: (+55 31) 3463-2272 / Fax: (+55 31) 3467-2819.
 » Site: .
76
UNIDADE II │ A FORMULAÇÃO DE PERFUMES
Via Fiori Perfumaria e Cosmética Ltda:
 » Fabricação de artigos de perfumaria e cosméticos: álcool de cereais e 
essências. 
 » Endereço: Rua São Bartolomeu, 31, Amparo. Santo Antônio de Jesus – 
BA CEP: 44572-630.
 » Telefax: (75) 3631-2150.
 » E-mail: viafiori@aceleranet.com.br.
77
UNIDADE IIIPRODUÇÃO E 
ANÁLISE DE PERFUMES
CAPÍTULO 1
Processo de produção em escalas 
maiores
Para estudarmos as etapas do processo de produção de um perfume, até seu 
transporte para comercialização, vamos considerar a formulação de uma “Eau de 
toilette”, com 10% de essência, que pode durar de 4h a 6h na pele. A composição 
básica será álcool etílico, água destilada, fixador, dipropilenoglicol e essência.
Sendo assim, podemos escrever uma fórmula do tipo:
Quadro 24. Fórmula sugestiva água de toilette.
Ingredientes e quantidades Essência – 10%.
Água destilada – 7%.
Álcool etílico – 80%.
Fixador – 1%.
Dipropilenoglicol – 2%.
Fonte: Collaço et al., 2016.
Vejamos agora os passos e equipamentos para uma produção em grande escala:
Entrada de matérias-primas 
Todas as matérias primas devem ser analisadas, por amostragem ou lote a lote 
(dependendo da empresa fornecedora e do fabricante). É importante que eventuais 
desconformidades sejam identificadas a fim de se manter a repetitividade do 
produto em termos de odor, que é a “razão de existir” do seu perfume. 
Deve-se manter o estoque sob controle, em condições ideais de armazenamento, a 
fim de se evitar mudanças nos insumos. 
78
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E ANÁLISE DE PERFUMES
Embalagens e produtos acabados também devem ter atenção especial em relação 
ao armazenamento.
Pesagem ou fracionamento dos ingredientes 
Após a análise das matérias-primas, elas são devidamente separadas conforme a 
formulação que será produzida. Neste caso, para a produção de 1000 litros da “Eau de 
Toilette”, os seguintes produtos deverão ser separados.
Quadro 25. Ingredientes e quantidade da água de Toilette.
Fórmula em porcentagem Quantidades de cada ingredientepara 1000 litros de Eau de toilette
Essência – 10%.
Água destilada – 7%.
Álcool etílico – 80%.
Fixador – 1%.
Dipropilenoglicol – 2%.
Essência – 100 litros.
Água destilada – 70 litros.
Álcool etílico – 800 litros.
Fixador – 10 litros.
Dipropilenoglicol – 20 litros.
Fonte: Collaço et al., 2016.
Os ingredientes, já fracionados, são levados para a área de produção.
Misturadores
O procedimento de produção do perfume, em grande escala, sempre deve seguir o 
procedimento desenvolvido em laboratório (escala de teste). 
A ordem, a velocidade e a mistura das matérias-primas devem seguir ao que 
foi definido, a fim de se manter o padrão do produto sempre mais alto possível e 
totalmente controlado. 
Após finalizado o processo de mistura, amostras do lote são enviadas para o controle 
de qualidade em laboratório. É importante para a empresa controlar a água, as 
matérias-primas, os produtos em processo, o produto acabado e até as embalagens. 
Nesta etapa do controle de qualidade, análises físico-químicas e microbiológicas são 
realizadas, conforme definido no desenvolvimento do produto. Vale lembrar que os 
perfumes estão inclusos na legislação de cosméticos e mais detalhes são estudados 
neste curso, na disciplina referente às legislações.
Uma vez que o lote produzido foi aprovado, ele é encaminhado para a maceração. 
Caso algum parâmetro não esteja adequado nos resultados dos testes de controle 
de qualidade, o lote deve se reprocessado, quando possível, a fim de atender às 
exigências/padrão de qualidade ou, ainda, pode ser reaproveitado na fabricação de 
outros produtos. 
79
PRODUÇÃO E ANÁLISE DE PERFUMES │ UNIDADE III
Maceração 
O produto, após processado e analisado, fica no processo de maceração por 5 dias. 
Como vimos, este processo é importante para a intensificação do perfume.
Filtração
A filtração é realizada para retirar impurezas do produto antes de seu envase. As 
impurezas devem ser corretamente destinadas para tratamento, conforme sua 
natureza e procedimento da empresa. 
Envase 
O envase é realizado logo após a filtração, em frascos de vidros com dimensões 
conforme será comercializado. Os frascos, devidamente rotulados, são 
acondicionados em caixas e armazenados.
Armazenagem e transporte 
Os perfumes acabados são armazenados adequadamente até a ida ao mercado. O 
transporte também deve ser considerado como parte do processo de controle de 
qualidade do produto, pois deve manter as condições necessárias para que não haja 
mudanças no produto final. 
Figura 33. Fluxograma das etapas de produção do perfume.
 
 
Fornecedor 
(matéria-prima) 
Análise da 
matéria-prima 
Fracionamento 
Misturadores 
Análise de 
Qualidade Maceração 
Filtração Resíduos 
Envas
e 
Armazenamento 
Expedição 
Cliente 
Fonte: Collaço et al., 2016.
80
CAPÍTULO 2
Análise sensorial de perfumes
Fundamentos básicos da análise sensorial
A análise sensorial é uma ciência que mede, analisa e interpreta as lembranças e 
reações das pessoas quando expostas a alimentos e outros materiais que estimulam 
sua visão, audição, paladar, olfato e/ou tato.
Por trazer informações valiosas sobre aceitação, característica e marketing de 
produtos no mercado, a análise sensorial é essencial para as tomadas de decisões de 
desenvolvimento de produtos. Na indústria alimentícia, esse tipo de análise se tornou 
uma regra, assim como na indústria cosmética e de perfumes (AMARAL; SILVA, 2017).
A análise sensorial trata diretamente da percepção humana em relação a um produto. 
Para utilizar de maneira objetiva os dados emocionais e sensoriais de uma pesquisa, 
métodos científicos específicos foram desenvolvidos, garantindo a medição com 
precisão, confiabilidade e reprodutibilidade de informação. Assim, esse tipo de análise 
passou a ser uma ferramenta para:
 » o desenvolvimento de produtos;
 » o controle de qualidade;
 » o desenvolvimento de processos produtivos;
 » a avaliação do armazenamento na qualidade do produto;
 » o estudo da estabilidade do produto;
 » o estudo a variabilidade da embalagem;
 » a investigação dos benefícios e atributos do produto (comportamento 
perante os consumidores quando o produto está no mercado).
O objetivo da avaliação sensorial é encontrar o melhor custo-benefício de um 
produto ao correlacionar as informações sensoriais dos consumidores e os seus 
dados de análises físicas e químicas (PEREIRA, 2013). 
A análise sensorial é dividida em testes descritivos e testes discriminativos.
81
PRODUÇÃO E ANÁLISE DE PERFUMES │ UNIDADE III
Testes descritivos
Os testes descritivos são realizados para avaliar a intensidade dos atributos de um 
único produto. Para este tipo de avaliação, análises qualitativas e quantitativas são 
realizadas.
Nas análises qualitativas, informações de características (atributos) do produto são 
obtidas.
Nas análises quantitativas, informações da intensidade (quantificação) de cada um dos 
atributos encontrados na análise qualitativa são obtidas. 
Os atributos aqui citados são as diferentes experiências sensoriais, seguindo a 
linguagem do consumidor final. A análise sensorial é realizada por um grupo de 
pessoas treinadas, que identificam e quantificam as percepções, ou melhor, os 
atributos dos produtos em análise.
Testes discriminativos
Os testes discriminativos determinam se duas ou mais amostras são diferentes. 
Ao avaliar as amostras em paralelo, este tipo de teste é realizado para avaliar se as 
diferenças entre as amostras são percebidas. Geralmente, avaliam-se amostras que 
tenham alterações pequenas em suas formulações ou no processo de produção.
As fragrâncias são consideradas um dos atributos mais importantes de um 
produto e sua aceitação no mercado. O desenvolvimento dos aromas se origina 
na natureza, seja por meio do uso de matérias-primas naturais ou por matérias-
primas sintetizadas em laboratório de forma a “copiar um aroma natural”. Sendo 
assim, as fragrâncias têm influência direta em atributos da imagem do produto em 
um segmento do mercado.
A percepção do odor é o resultado do estímulo químico dos órgãos olfativos, 
desencadeando efeitos biológicos e psicofisiológicos nos seres vivos. De acordo com 
Malnic (2007), citado por Pereira (2013), os mamíferos podem diferenciar um grande 
número de moléculas odoríferas. 
Como apresentado na apostila de aromas naturais, os odores estão diretamente 
ligados à memória. Este fenômeno é conhecido como memória olfativa.
Segundo Hennemann (2012):
82
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E ANÁLISE DE PERFUMES
A “memória olfativa” é um fenômeno que acontece porque o olfato 
está diretamente ligado aos mecanismos fisiológicos que regem 
as emoções. Quando sentimos um cheiro, a informação passa 
pelas narinas e é processada no sistema límbico, parte do cérebro 
responsável pela memória, sentimentos, reações instintivas e reflexos.
Figura 34. Representação da ação das substâncias aromáticas no sistema límbico.
 
Sistema Límbico 
Células Olfativas 
Cavidade Nasal 
 
Substâncias Aromáticas 
Neurônios Olfativos 
Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-sZrW8bgCtOI/T_4wRMID3II/AAAAAAAADA8/OeWvLCHuYTQ/s1600/sistema-limbico.jpg. Acesso 
em: 28/4/2019.
É comum sentirmos um cheiro e imediatamente lembrarmos de um lugar. Ao 
lembrarmos do lugar, as emoções são despertadas. Quando as lembranças são 
boas, as emoções também são boas e automaticamente passamos a apreciar este 
odor e a desejar senti-lo com frequência. Porém, se as lembranças forem ruins, as 
emoções despertadas pelo odor não agradarão. Sendo assim, o julgamento de um 
perfume sofre interferência das experiências emocionais, culturais e pessoais de 
cada indivíduo – e aqui está mais uma razão para que as análises sensoriais sejam 
realizadas por especialistas e pessoas treinadas para esta função.
Para saber mais sobre como as fragrâncias acionam nossos mecanismos de 
memória acesse o seguinte link: .A quantificação da resposta dos indivíduos em relação ao odor do perfume, ou 
seja, o desempenho do perfume, é importante na análise sensorial dos perfumes. 
Segundo Calvin e Jellinek (1994), citado por Pereira (2013), a palavra desempenho 
refere-se à habilidade de um perfume ser percebido. 
83
PRODUÇÃO E ANÁLISE DE PERFUMES │ UNIDADE III
A melhor relação de custo-benefício para um perfume está exatamente ligada ao 
fator desempenho, pois o que todos procuram é o máximo efeito de percepção do 
odor utilizando a menor concentração de matéria-prima odorífera na formulação.
Diferentes aspectos de desempenho do perfume são avaliados, de acordo com o 
que é apresentado na quadro a seguir.
Quadro 26. Aspectos de desempenho de um perfume.
Impacto O impacto é o desempenho (ou a percepção) de um perfume nos primeiros momentos de contato com o produto – ao 
cheirar um frasco ou logo que é aplicado à pele.
Difusão Medida da distância que a fragrância é percebida, assim que é realizada a aplicação. A difusão elevada é desejável.
Tenacidade Aderência, durabilidade efetiva da fragrância em um produto perfumado ou em uma superfície que o produto tenha sido 
aplicado.
Substantividade Habilidade de um perfume aplicado interagir com a pele.
Volume* Efetividade da fragrância em um determinado substrato, após algum tempo de aplicação.
Fonte: Adaptado de Pereira, 2013.
A volatilidade das matérias-primas odoríferas determina o poder de interação com a 
pele. Os materiais mais voláteis são os primeiros a serem percebidos. Como vimos, 
estes materiais compõe a nota de saída de um perfume. A volatilidade dos materiais é 
determinada pela medição da pressão de vapor dos mesmos, em temperatura ambiente.
Em termos das moléculas odoríferas, os fatores potência e substantividade são os 
parâmetros que impactam no seu desempenho.
A substantividade do odor deve ser desejada. 
A potência é a medida da intensidade de uma molécula odorífera. A intensidade 
teórica de uma molécula odorífera é expressa em termos de seu valor odorífero. 
Calvin e Jellinek (1994) explicam a intensidade pela seguinte função matemática em 
termos de valor odorífero:
OV = a concentração da molécula odorífera no headspace
threshold da molécula odorífera no ar
Onde: 
OV = valor odorífero
Headspace = ar que está próximo da molécula
Threshold = mínima concentração percebida da molécula no ar
84
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E ANÁLISE DE PERFUMES
O odor dos perfumes, bem como de quaisquer outros produtos perfumados é 
afetado pelo odor da base dos produtos, por forças de atração física devido à forma 
da base e por decomposição química por conta da reação com componentes da 
base.
Figura 35. Importantes aspectos do desempenho de um perfume.
 
Difusão 
Volume 
Tenacidade Impacto 
Distância 
Tempo 0 
Fonte: Carneiro, 2012. Disponível em . Acesso em: 
28/4/2019.
Difusão de gases
A difusão de um gás é calculada pela raiz quadrada de seu peso molecular. Os gases 
mais leves se propagam mais rapidamente que os gases mais pesados. Sendo assim, 
quanto mais pesado o gás, menos volatilidade e maior persistência ele possui.
As forças de atração entre a base e as moléculas odoríferas de uma fragrância também 
influenciam na persistência.
A interação com o substrato também pode aumentar a persistência. Nos substratos, 
esta força passa a ser chamada de força de adesão. O grau de adesão no substrato é 
chamado de substantividade.
A adesão sobre um substrato é um importante fator para definir o atributo 
persistência de uma fragrância. Ao falarmos de perfume, estamos nos referindo 
à pele como o substrato de adesão. Neste cenário, o principal atributo da 
persistência de uma fragrância a ser avaliado é a substantividade, que pode ser 
dividida em:
 » Substantividade I  deposição do perfume (ou do componente odorífero) 
sobre um substrato durante a aplicação.
85
PRODUÇÃO E ANÁLISE DE PERFUMES │ UNIDADE III
 » Substantividade II  liberação do perfume (ou duração da percepção do 
odor) no substrato após a aplicação.
Tanto a substantividade I como a II estão relacionadas à (Pereira, 1994):
 » Interação da fragrância com a pele.
 » Pressão de vapor dos componentes odoríferos.
 » Percepção do threshold.
 » Valor odorífero (OV) das matérias-primas das fragrâncias.
Avaliação do odor
O desafio para a avaliação de odores está na determinação do threshold. Threshold é 
diferente de ponto de detecção.
Limite de detecção é a menor concentração que se pode detectar.
Threshold é a menor concentração em que um odor pode ser reconhecido, isto é, a 
menor concentração que permite se dizer “qual é” ou “o que é”. É o limiar entre a 
substância inodora e a odorífera.
As pessoas avaliam amostras e dizem se a substância olfativa está presente ou não. 
Este tipo de informação é muito importante para definir que níveis de identificação 
de um componente em um produto podem ser percebidos quando ele é aplicado 
sobre a pele.
Existem diferentes tipos de escalas sensoriais para a avaliação da percepção da 
intensidade de um odor. A Lei de Stevens é uma importante relação matemática que 
auxilia nesta avaliação. 
Conforme apresentado por Pereira (2013), a Lei de Steves considera que alterações 
iguais na magnitude de um estímulo ou sensação (S) produzem modificações 
correspondentes na percepção da intensidade (I). A Lei pode ser apresentada como 
uma função, pelas equações abaixo:
I = cSk e Log I = k Log S + log c
Onde:
 » I = percepção da intensidade
 » c = concentração do estímulo 
86
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E ANÁLISE DE PERFUMES
 » S = sensação
 » k = constante
Pelas equações percebe-se que o log da intensidade percebida está relacionado 
diretamente ao log da magnitude do estímulo.
Avaliadores de perfumes treinados e especialistas utilizam com precisão de 95% a 
escala de magnitude por rótulos (LMS), construída por GREEN et al. (1993), que 
considera o comprimento de uma escala de 20 cm, como apresentado na figura a 
seguir.
Quadro 27. Escada de magnitude por rótulos.
Quase não detectável 0,3 cm
Fraco 1,2 cm
Moderado 3,4 cm
Forte 7,1 cm
Muito forte 10,7 cm
O mais forte possível 20 cm
Fonte: Adaptado de Pereira, 2013.
Figura 36. Escala de magnitude de Green et al., 1993.
 O mais forte possível 
Muito forte 
Forte 
Moderado 
Fraco 
Quase não detectável 
20 cm 
10,7 cm 
7,1cm 
3,4 cm 
1,2 cm 
0,3 cm 
Fonte: Adaptado de Pereira, 2013.
87
CAPÍTULO 3
A estabilidade dos perfumes
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), perfumes 
são produtos enquadrados na legislação de cosméticos. Sendo assim, em termos 
de controle de qualidade e estabilidade dos perfumes, as exigências são definidas 
no Guia de Estabilidade de Produtos Cosméticos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, por meio da Gerência-Geral 
de Cosméticos, elaborou o Guia de Estabilidade de Produtos Cosméticos, 
que apresenta recomendações para a avaliação da estabilidade de produtos 
cosméticos, desde a fase de desenvolvimento até, ao menos, o término do prazo 
de validade estimado.
O Guia de Estabilidade de Produtos Cosméticos pode ser encontrado no site da 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa ou no seguinte endereço: .
Figura 37. Exemplo de análise microbiológica para teste de estabilidade.
 
Fonte: https://kasvi.com.br/wp-content/uploads/2016/03/chamada-3.jpg. Acesso em: 25/4/2019.
O conhecimento da estabilidade de produtos cosméticos contribui para o 
desenvolvimento da formulação pensando no acondicionamento adequado, para 
a determinação da validade do produto, para o monitoramento da estabilidade 
microbiológica, organoléptica e físico-química.
88
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E ANÁLISE DE PERFUMES
Os fatores que alteram a estabilidade de um produto podem ser extrínsecos, 
relacionados às condições ambientais, ou intrínsecos, relacionados às formulaçõesdo produto. Abaixo são apresentados alguns fatores de cada tipo.
Figura 38. Fatores extrínsecos.
 
 
•Alterações organolépticas.
•Alterações físico-químicas.
•Alteraçõesmicrobiológicas.
•Alterações toxicológigas.
Tempo (envelhecimento do 
produto)
•Altas temperaturas alteram ciscosidade, 
aspecto, cor e odor do produto.
•Baixas temperaturas podem turvar, precipitar 
e cristalizar componenetes dos produtos.
Temperatura
•A luz ultravioleta e o oxigênio formam radicais 
livres que desencadeiam reações de oxi-
redução.
•Aceleram o processo oxidativo
Luz e Oxigênio
•Afeta aspecto físico, volume e peso de 
produtos na forma sólida, tal como talco, 
sombras, sabonetes em barras, sais etc.
•Pode ocasionar contaminação microbiológica
Umidade
•Materiais tais como plásticos, vidros e papéis 
podem influenciar a estabilidade.
•Devem ser realizados testes de 
compatibilidade do produto com o material 
usado para acondicionamento.
Material de 
Acondicionamento
•emulsões, suspensões, géis e soluções são 
mais suscetíveis à contaminação por 
possuírem água em sua formulação.
•cumprir as Boas Práticas de fabricação e uso 
de conservantes adequados evita este 
problema.
Micro-organismos
•Durante o transporte, pode causar separação 
de fases, alteração de viscosidade e 
compactação de soluções.
•Também altera a temperatura do produto.
Vibração
Fonte: Adaptado do Guia de Estabilidade de Produtos Cosméticos. Disponível em: . Acesso em: 25/4/2019.
89
PRODUÇÃO E ANÁLISE DE PERFUMES │ UNIDADE III
Figura 39. Fatores intrínsecos
•Separação de fases.
•Cristalização.
•Precipítação.
•Formação de gretas.
Incompatibilidade Física
•Afeta a estabilidade de ingredientes.
•Afeta a eficácia.
•Afeta a segurança do produto.
pH
•Levam à alteração das características 
organolépticas e físicas das formulaçõesReações de oxi-redução
•Ocorrem na presença de água.
•Éster e amidas são mais sensíveis.Reações de hidrólise
•Reações indesejáveis entre componentes da 
formulação.
Interação entre Ingredientes da 
Formulação
•Materiais tais como plásticos, vidros e papéis 
podem influenciar a estabilidade.
•Devem ser realizados testes de compatibilidade 
do produto com o material usado para 
acondicionamento.
Interação entre Ingredientes da 
Formulação e o material de 
acondicionamento
Fonte: Adaptado do Guia de Estabilidade de Produtos Cosméticos. Disponível em: . Acesso em: 25/4/2019.
Os procedimentos dos testes de estabilidade não serão contemplados neste módulo. 
Estão descritos em detalhes no Guia de Estabilidade de Produtos Cosméticos, 
(Disponível em: ) os 
procedimentos para o estudo da estabilidade preliminar e a estabilidade acelerada, 
testes de prateleiras, testes de compatibilidade entre formulação e material de 
acondicionamento, teste de transporte e de distribuição, ensaios organolépticos, 
ensaios físico-químicos e ensaios microbiológicos.
Os testes de estabilidade devem ser realizados durante o desenvolvimento de 
novas fórmulas e lotes pilotos; na validação de novo processos e nas mudanças no 
processo de fabricação já consolidados; quando houver mudanças no material de 
acondicionamento e nas matérias-primas das formulações. 
90
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E ANÁLISE DE PERFUMES
Falaremos mais sobre os parâmetros gerais de avaliação da estabilidade, aplicados a 
quaisquer tipos de produtos – produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes – 
que são: 
 » Parâmetros Organolépticos – determinam as características de 
aceitação do produto pelo consumidor em que são avaliados:
 › Aspecto.
 › Cor.
 › Odor.
 › Sabor.
 › Sensação ao toque (tato).
 » Parâmetros Físico-químicos – determinam alterações na 
formulação, muitas vezes não visíveis, que podem indicar problemas 
de estabilidade. São sugeridas as avaliações de:
 › Valor de pH.
 › Viscosidade.
 › Teor de água.
 › Materiais voláteis.
 › Centrifugação.
 › Tamanho de partículas.
 › Granulometria.
 › Umidade.
 › Densidade.
 › Condutividade elétrica.
 › Teor de ativo, se necessário – Técnicas analíticas quantitativas 
tais como espectrofotometria, infravermelho, cromatografias e 
eletroforese podem ser usadas para estas determinações.
91
PRODUÇÃO E ANÁLISE DE PERFUMES │ UNIDADE III
Figura 40. Escala de pH, indicando a faixa de pH da pele.
 
0 4,2 6,57 9 10 
14 
Pele 
Ácido Alcalino 
Fonte: . Acesso em: 25/4/2019.
 » Parâmetros Microbiológicos – avaliam se a escolha de conservantes 
é adequada e a eficácia em termos dos componentes da formulação. 
Os testes normalmente usados são a contagem microbiana e o teste de 
desafio do sistema conservante conhecido como challenge test.
Figura 41. Exemplo de teste microbiológico.
 
Fonte: . Acesso em: 25/4/2019.
A manutenção das características do produto deve considerar a funcionalidade e a 
segurança do mesmo, de modo a manter os produtos sem alterações quanto ao efeito 
inicial proposto. Outros aspectos a serem considerados são:
 » Aspectos Físicos – as propriedades físicas originais devem ser 
conservadas (aspecto uniforme, odor, cor etc.).
 » Aspectos Químicos – o teor de ingredientes, a integridade da estrutura 
química e outros parâmetros devem ser mantidos dentro dos limites 
especificados. 
92
UNIDADE III │ PRODUÇÃO E ANÁLISE DE PERFUMES
 » Aspectos Microbiológicos – as características microbiológicas devem ser 
conservadas conforme os requisitos especificados.
A aprovação de produtos em termos de estabilidade depende de critérios 
pré-estabelecidos pelo formulador. Normalmente, as amostras são avaliadas em 
paralelo a uma amostra-padrão, considerada “referência”. Desta forma, os resultados 
entre o lote avaliado e a referência devem ser similares. Em geral, os critérios 
considerados são:
1. Aspecto: aspecto inicial do produto deve manter-se o mesmo durante 
todo o teste, exceto quando submetido a testes de temperaturas altas 
e/ou baixas.
2. Cor e odor: devem permanecer estáveis por 15 dias de exposição à luz 
solar. Pequenas alterações são aceitáveis em temperaturas elevadas. 
3. Viscosidade: deve estar dentro dos limites definidos pelo formulador, 
considerando-se que o consumidor final também pode reconhecê-la. 
4. Compatibilidade com o material de acondicionamento: deve-se 
considerar a integridade da embalagem e da formulação, considerando 
a funcionalidade, o peso e a vedação da embalagem. 
Ao término do estudo de estabilidade, é necessária a elaboração de um relatório com 
as seguintes informações:
 » Identificação do produto.
 » Material de acondicionamento utilizado no teste. 
 » Condições do estudo (condições de armazenamento das amostras, 
período do teste e periodicidade das avaliações).
 » Resultados (poderão ser registrados na forma de tabela relacionando as 
condições de armazenamento, tempo e periodicidade das análises).
 » Conclusão (avaliar os resultados obtidos, relatar se o produto foi aprovado 
ou não, condições em que o teste foi conduzido, e estimar o prazo de 
validade).
 » Assinatura do responsável pelo estudo.
93
PRODUÇÃO E ANÁLISE DE PERFUMES │ UNIDADE III
Abaixo estão listados os normativos que fundamentam as exigências da estabilidade de produtos cosméticos no Brasil. Consulte sempre que necessário!
Resolução 79/2000 – Normas e Procedimentos para Registro de Produtos de 
Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes e Listas de Corantes Permitidos e de 
Substâncias de Uso Restrito. 
Resolução 335/1999 – Normas e Procedimentos para Notificação de 
Produtos Grau de Risco 1 – Artigo 2o : “O fabricante ou importador deve 
possuir dados comprobatórios que atestem a qualidade, segurança e 
eficácia de seus produtos”. 
Portaria 348/1997 – Manual de Boasbrevemente a importância dos anúncios publicitários nas 
9
campanhas de lançamento de perfumes, sua relação direta com a moda e a 
maneira de despertarem o desejo e a necessidade dos produtos de sucesso.
Objetivos
 » Conhecer a estrutura básica dos perfumes.
 » Aprender os passos de desenvolvimento de uma fragrância.
 » Conhecer os tipos de matérias-primas olfativas.
 » Classificar as famílias olfativas.
 » Entender as etapas de produção de perfumes em grande escala.
 » Fundamentar a análise sensorial e sua utilização na perfumaria.
 » Definir o que são contratipos e conhecer empresas que os fabricam.
 » Conhecer os contratipos vendidos no mercado brasileiro.
 » “Formular” alguns perfumes florais (conhecer algumas fórmulas de 
florais clássicos).
 » Entender a relação da perfumaria com a moda e seus anúncios 
publicitários. 
10
11
UNIDADE IPRINCÍPIOS DA 
PERFUMARIA
CAPÍTULO 1
História e princípios da perfumaria
A história do perfume no mundo
Acredita-se que criação do perfume esteja relacionada a atos religiosos, 
quando os homens faziam oferendas a seus deuses através da queima 
de madeira, folhas e materiais de origem animal. Esta fumaça, de odor 
característico, originou a palavra perfume, que veio do Francês parfum, 
que por sua vez foi retirada do Italiano profumo, e antes, do Latim per 
fumum – através do fumo, sendo usada a palavra fumo no sentido de 
fumaça.1
Na história, há diversos relatos da criação e do uso de perfumes. Os mais antigos 
frascos de perfume noticiados são de 5000 a. C., fabricados na Mesopotâmia e no 
Egito com alabastro e pedra (RÊGO et al., 2009).
Os árabes têm um papel fundamental na história da criação de perfumes. 
Possuidores de conhecimentos médicos e de higiene avançados para aquela 
época, criaram métodos para a extração de substâncias odoríferas de animais 
e plantas. Unguentos passaram a ser produzidos a partir da descoberta de que 
tais materiais passavam seus odores a óleos e gorduras, após algum tempo de 
imersão nestes meios. Eram produzidos recipientes específicos chamados de 
alabastros.
Figura 1. Alabastros utilizados de 1300 a 1785 a.C.
 
Fonte: . Acesso em: 15/4/2019.
1 “Etimologia de perfume”. Disponível em: . 
Acesso em: 15/4/2019.
12
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA
A crença dos egípcios no uso de perfumes para tornar o espírito e o corpo eternos 
fazia com que incensos e bálsamos fossem aplicados em corpos durante os rituais 
religiosos. Os incensos eram obtidos por meio da queima de substâncias odoríferas 
e os bálsamos e óleos essenciais, geralmente, da maceração e da extração primitiva 
de flores e raízes. As mulheres egípcias também se perfumavam com óleos para as 
festas, com incitação ao prazer.
O médico e filósofo Avicena (980-1073) descobriu a destilação dos óleos essenciais 
das rosas e, desta forma, criou a Água de Rosas (século X). 
Em seguida, há registros da criação da Eau de Toilette, criada para a rainha da 
Hungria. Conhecida como Água da Rainha da Hungria, este é o primeiro perfume 
produzido à base de álcool.
Os deuses da mitologia grega também estão ligados à história do perfume, uma vez 
que acreditava-se que, com perfumes, os mortais recebiam a piedade dos Deuses. O 
perfume teria sido uma criação de Afrodite. Segundo a mitologia, ela – Afrodite – 
deixou cair uma gota de sangue de um dedo ferido sobre uma rosa. Por sua vez, Eros, 
Deus do amor, transformou o sangue em perfume, com um beijo na rosa. Os gregos 
utilizavam plantas aromáticas para tratamento de doenças e também para o prazer.
Podemos concluir que, desde os primórdios, os perfumes, aromas e fragrâncias 
estão correlacionados ao bem-estar, às sensações e aos prazeres. Inicialmente, 
os odores exalados da fumaça provinda da queima de plantas e animais tinham 
caracteres religiosos e místicos, em oferenda a deuses. Diversas religiões pelo 
mundo utilizavam a fumaça em seus altares para a obtenção de seus desejos. 
Depois, os perfumes ligaram-se ao lado sensorial do prazer e do profano, como 
ferramenta de sedução na nobreza Europeia.
Por conta da dificuldade de se obter e da escassez, os perfumes eram símbolos de 
status social, sendo ligados aos aristocratas e nobres. Os métodos desenvolvidos 
para a obtenção dos óleos essenciais necessitavam de muita matéria-prima e o 
rendimento destes processos era baixíssimo (por exemplo, para se obter 1 litro de 
óleo de rosas eram necessárias 5000 pétalas!).
Os métodos mais comumente utilizados na antiguidade eram a maceração e a 
enfleurage (desenvolvida no século XVII).
13
PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA │ UNIDADE I
Maceração
A extração de óleos essenciais por maceração é talvez a técnica mais antiga de 
obtenção de óleos. Consiste em macerar a matéria-prima em óleo ou graxa, 
obtendo uma pomada ou unguento. Essa técnica deu origem a enfleurage, 
desenvolvida na França, com melhorias na qualidade dos produtos. 
Figura 2. Roda para Maceração.
 
Fonte: . Acesso em: 15/4/2019.
Enfleurage 
Também conhecida como Enfloração, é uma técnica antiga (século XVII) de 
extração de óleos essenciais de pétalas de flores. As pétalas são colocadas em 
uma gordura animal, que absorve o óleo odorífero das mesmas. Essas pétalas 
são substituídas por outras após 24 horas. Este processo se repete até a gordura 
ficar saturada de óleo, com aspecto de “pomada”. Esta gordura é, então, filtrada e 
destilada, misturada a um álcool e novamente destilada para obtenção do óleo 
essencial. Este processo é lento e caro e por isso foi praticamente extinto, porém 
ele vem sendo reutilizado e adaptado devido à alta qualidade dos óleos assim 
extraídos. 
Figura 3. Extração de óleo de lírio por enfleurage.
 
Fonte: . Acesso em: 15/4/2019.
Muitos séculos depois da origem dos perfumes, Paris tornou-se uma cidade ícone 
em perfumaria e, há menos de 200 anos, a cidade alemã Colônia especializou-se na 
produção de águas de colônia (DIAS; SILVA, 1996, p. 3).
14
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA
No século XIX a perfumaria tem seu avanço e o uso de fragrâncias tem novas 
finalidades. O avanço da perfumaria provém do avanço da química, do conhecimento 
de moléculas, do desenvolvimento dos novos e melhores métodos de extração e do 
desenvolvimento da química orgânica no campo das sínteses laboratoriais. Foi neste 
período que a produção das fragrâncias sintéticas, isto é, a produção de moléculas 
odoríferas em laboratório deu origem à perfumaria moderna.
Os estudos e as pesquisas no campo dos aromas naturais e óleos essenciais 
levaram ao conhecimento das estruturas químicas dos aromas naturais e, 
consequentemente, proporcionaram a síntese de moléculas odoríferas em 
laboratório e em escala industrial. Atualmente, apesar de muitos produtos 
naturais ainda serem indispensáveis na produção de certas fragrâncias 
conhecidas, os produtos sintéticos apresentam-se cada vez mais promissores na 
obtenção de fragrâncias idênticas às naturais e de outras fragrâncias totalmente 
novas.
No final do século XX, a perfumaria alinha-se à Indústria Cultural. Paul Poiret (1879 – 
1944) foi o primeiro estilista a unir moda e perfumaria. Por meio do uso dos diversos 
meios de comunicação em massa e das personalidades dos mais variados ramos, um 
novo conceito foi associado aos perfumes (sem a necessidade inicial de sentir seu 
próprio odor!). Como aponta Rêgo et al. (2009):
Atores, modelos cantores, atletas, qualquer celebridade que se 
destaque é candidato a ter um perfume com o próprio nome. Antônio 
Banderas, Britney Spears, David Beckham, Gabriela Sabatini já 
são grifes de perfumes. “A personalidade da pessoa passa para o 
perfume”, explica a publicitária Elizabeth Vansan, especializada em 
marketingPráticas de Fabricação e Roteiro de 
Inspeção. – Item 12.15: “estudo de estabilidade dos produtos com registros 
de condições dos testes, resultados, métodos analíticos usados”. 
Resolução 481/1999 – Parâmetros para Controle Microbiológico de Produtos 
Cosméticos. 
Resolução RDC 161/2001 – Lista de Filtros Ultravioleta Permitidos. 
Resolução RDC 162/2001 – Lista de Conservantes Permitidos. 
Pareceres Técnicos da Câmara Técnica de Cosméticos – Recomendações 
Técnicas com requisitos específicos para determinados tipos de produtos 
ou substâncias.
94
UNIDADE IV
PERFUMES 
CONTRATIPOS 
E PERFUMES 
IMPORTADOS
CAPÍTULO 1
Contratipos
O que são perfumes contratipos? 
Os contratipos são imitações dos perfumes originais, reproduzindo-os o mais próximo 
possível em termos de aroma. Na contramão do desenvolvimento dos perfumes, a 
criação de um contratipo baseia-se na descoberta das matérias-primas (essências) 
que fazem parte de um perfume original. Com esta informação, fabricam algo 
muito similar em termos de odor, porém normalmente a quantidade de essências 
é diminuída em relação ao original, baixando o preço do produto, bem como o seu 
tempo de duração na pele.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Perfumaria, Higiene e Cosmética 
(Abiphec), este processo não é ilegal, pois o produto não é vendido como se fosse 
o original, mas sim como algo similar. Não utilizam nomes nos contratipos, mas 
números associados aos produtos nacionais e suas referências importadas. 
Outro fato que barateia o produto contratipo é a embalagem, já que são mais modestas 
e simples do que as originais.
No mercado, os contratipos das seguintes essências importadas são encontrados:
Essências contratipo dos perfumes masculinos importados:
 » Acqua di gio (Giorgio Armani).
 » After sport (Atkinson) (colônia inglesa).
 » Alan & delon.
 » Angel.
95
PERFUMES CONTRATIPOS E PERFUMES IMPORTADOS │ UNIDADE IV
 » Azarro tradicional.
 » Bugari black.
 » Bulgari tradicional.
 » Café café.
 » Carolina herrera tradicional.
 » Ck one (Calvin Klein).
 » Dolce & gabanna tradicional.
 » Drakar noir (Guy Laroche).
 » Dreams (Versace).
 » Dune (Cristhian Dior).
 » Escape (Calvin Klein).
 » Eternity (Calvin Klein).
 » Fahrenheit (Cristhian Dior).
 » Ferrari black.
 » Ferrari red.
 » Giorgio Armani tradicional.
 » Hugo boss número 1.
 » Jazz (Yves Saint Louren).
 » Jean Paul Gualtier.
 » Jopp.
 » Kouros (Yves Saint Lauren).
 » Minotaure.
 » Paco rabane xs.
 » Polo tradicional.
 » Polo sport.
 » Ted Lapidus.
96
UNIDADE IV │ PERFUMES CONTRATIPOS E PERFUMES IMPORTADOS
Essências contratipo dos perfumes femininos importados
 » Acqua di gio (Giorgio Armani).
 » Allure (Chanel).
 » Amarige (Givenchy).
 » Amor amor (Cacharel).
 » Anais anais (Cacharel).
 » Angel.
 » Azarro vivid.
 » Benetton colors.
 » Bugari blv.
 » Carolina Herrera.
 » Carolina herrera 212 ice.
 » Chanel 5.
 » Chanel 19.
 » Ck be (Calvin Klein). 
 » Dolce & gabanna light blue.
 » Dune (Cristhian Dior).
 » Eden (Cacharel).
 » Eternity (Calvin Klein).
 » Gabriela sabatini tradicional.
 » Jean Paul Gualtier.
 » Ysatis (Givenchy).
 » J’adore (Cristhian Dior).
 » Kenzo tradicional.
 » Lapidus woman (Ted Lapidus).
 » Le´malle ib2080.
 » Lou lou (Cacharel). 
 » Miracle (Lancome).
97
PERFUMES CONTRATIPOS E PERFUMES IMPORTADOS │ UNIDADE IV
 » Noa (Cacharel).
 » Opium (Yves Saint Lauren).
 » Organza (Givenchy).
 » Paloma Picasso.
 » Paris (Yves Saint Lauren).
 » Poison (Cristhian Dior).
 » Poeme (Lancome).
 » Polo Rauph Lauren romance.
 » Samsara (Guerlain).
 » Tomy tomy (Tomy Highfinger).
 » Trésor (Lancome).
Muitos perfumes nacionais também possuem contratipos de essências à venda no 
mercado. Veja a seguir.
Essências contratipo de perfumes NACIONAIS femininos, masculinos e infantis
 » Absinto (água de cheiro) (feminino).
 » Acqua fresca (feminino) (natura).
 » Biografia (natura) (feminino).
 » Biografia (natura) (masculino).
 » Enamorata (feminino) (O Boticário).
 » Florata (boticario) (feminino).
 » Giovana baby (feminino).
 » Hoje (natura) (feminino).
 » Kaiak (natura) (masculino).
 » Kaiak (natura) (feminino).
 » Kriska (natura) (feminino).
 » Mamãe bebê (natura).
 » Musk (masculino) (Avon).
98
UNIDADE IV │ PERFUMES CONTRATIPOS E PERFUMES IMPORTADOS
 » Musk (feminino) (O Boticário).
 » Quasar (masculino) (O Boticário).
 » Sr. N (masculino) (natura).
 » Styleto (masculino) (O Boticário).
 » Tabú (avon) (masculino).
 » Talco pom pom.
 » Thaty (O Boticário) (feminino).
 » Uomini (masculino) (O Boticário). 
Muitas empresas brasileiras produzem e vendem no mercado os seus contratipos. 
Parys Elysées, Contém 1g, Nuancie, La Rive, Fator 5, THIPOS e Hinode são algumas 
das empresas que fabricam contratipos de perfumes importados com qualidade alta 
(algumas com até 90% dos originais). Estes contratipos são vendidos com números 
ou diferentes nomes em seus rótulos, porém são indicadas as referências de suas 
fragrâncias em tabelas.
Quadro 28. Perfumes masculinos da Hinode e a indicação das referências importadas.
Gold 1 = Azzaro
Gold 2 = Kouoros
Gold 3 = Polo
Gold 4 = Dolce & Gabbana
Gold 6 = Le Male
Gold 17 = Polo Black
Gold 18 = Abercrombie
Gold 19 = CH 212 for men
Gold 28 = 1 Million
Gold 29 = Ferrari Black
Gold 30 = Polo Blue
Gold 31 = Diesel Fuel
Gold 32 = Lapidus
Gold 42 = Animale for men
Gold 43 = Cool water
Gold 45 = Joop! Homme
Gold 47 = Fahrenheit
Gold 53 = Azzaro Silver Black
Gold 57 = Fahernheit Summer
Fonte: . Acesso em: 26/4/2019.
99
PERFUMES CONTRATIPOS E PERFUMES IMPORTADOS │ UNIDADE IV
Figura 42. Exemplo de embalagem da Hinode – Perfume GOLD 4.
(contratipo do Dolce & Gabbana)
 
Fonte: . 
Acesso em: 26/4/2019.
Quadro 29. Perfumes femininos da Hinode e a indicação das referências importadas.
Gold 5 = Chanel 5
Gold 8 = dolce & Gabbana
Gold 9 = Gabriela Sabatini
Gold 10 = Angel
Gold 12 = 212 Carolina Herrera
Gold 13 = Fantasy
Gold 14 = Lady Million
Gold 16 = Bombshell
Gold 20 = Flower By Kenzo
Gold 21 = Hypnose
Gold 22 = Very Irrésistible
Gold 23 = JPG Classique
Gold 24 = J’adore
Gold 26 = Angel or Demon
Gold 33 = Dior Addict
Gold 35 = L’eau D’Issey
Gold 37 = Tresor
Gold 46 = CH 212 Sexy
Gold 51 = Euphoria
Fonte: . Acesso em: 26/4/2019.
Figura 43. Exemplo de embalagem da Hinode – Perfume GOLD 26.
(contratipo do Angel or Demon da Givenchy)
 
Fonte: . Acesso em: 
26/4/2019.
100
UNIDADE IV │ PERFUMES CONTRATIPOS E PERFUMES IMPORTADOS
A empresa Parys Elysees é considerada como a empresa de contratipos de melhor 
custo benefício, com os produtos de ótima qualidade. Seus perfumes têm nomes 
próprios e são vendidos como similares a outros perfumes internacionais.
Quadro 30. Perfumes Contratipos da Parys Elysees de fragrâncias MASCULINAS e as indicações dos originais.
Fragrância Paris Elysées Nome do perfume importado Marca
Nyse 212 Carolina herrera
Y2k 212 sexy Carolina herrera
Adagio Acqua di gio Giorgio armani
Adventure Allure sport Chanel
Black caviar Armani code Giorgio armani
Attimo Azzaro Azzaro
No hazar Azzaro Azzaro
Black shark Black xs Paco rabanne
Klass Chic Carolina herrera
Ice Ck one Calvin klein
Number one Ck one Calvin klein
High water Cool water Davidolf
Ovation Cool water Davidolf
Euro Couros Yves saint loren
Pure caviar Couros Yves saint loren
Sporting man Dior homme Dior
Dragoon Drakkar noir masculino Guy laroche
Identity Eternity Calvin klein
Pepper Fahrenheit Dior
Vodka extreme Ferrari black Ferrari
Hacker Higer Dior
Spell Hypnôse Lancôme
Monsieur elysees Issey miake Issey miake
Man is man La nuit de l’homme Ysl
Grey caviar Lapidus Ted lapidus
MaxLe male Jean paul galtier
Blue lazer Light blue Dolce & gabanna
Montecristo Paco rabanne Paco rabanne
Omyn Paco rabanne Paco rabanne
Handsome Polo Ralph lauren
Handsome black Polo black Ralph lauren
Handsome black Polo black Ralph lauren
Unik for man The one Dolce & gabanna
Night life Ysl Yves saint loren
Fonte: . Acesso em: 28/4/2019.
101
PERFUMES CONTRATIPOS E PERFUMES IMPORTADOS │ UNIDADE IV
Quadro 31. Perfumes Contratipos da Parys Elysees de fragrâncias FEMININAS e as indicações dos originais.
Fragrância Paris Elysées Nome do perfume importado Marca
Scent of a woman 212
Sexy woman 212 sexy
Triomphe avenue 5th avenue Elizabeth arden
Blue feeling Amarige Givenchy
Image Amarige Givenchy
Amour toujours Amor amor Cacharel
Black caviar woman Armani code Giorgio Armani
Black purple Black xs Paco rabanne
Lass Ch Carolina Herrera
Dulce amore Dolce & gabanna Dolce & gabanna
Extasia Euphoria Calvin klein
It’s life Fantasy Britney spears
Bloom Femme individuelle Montblanc
Je vs aime Flower by kenzo Kenzo
Daniela sabrini Gabriela sabatine Gabriela sabatine
Clethra Hypnôse Lancôme
I love J’adore Dior
I love J’adore Dior
Royal flower Laguna Salvador dali
Blue lazer Light blue Dolce & gabanna
Pink Light blue Dolce & gabanna
Petits bisoux Lou lou Cacharel
Rouge amor Nina Nina ricci
Miss elysées No v Chanel
French touch Paris Yves saint loren
Destineé Pleasures Lauder
Unik The one Dolce & gabanna
Fonte: . Acesso em: 28/4/2019.
102
CAPÍTULO 2
Algumas formulações
Diversas fórmulas são encontradas na internet para a produção de perfumes. 
Algumas serão apresentadas nesta unidade.
Quadro 32. Fórmula sugestiva para um Perfume “Chipre” Clássico.
Ingredientes Quantidades (partes em volume)
Essência de pau-rosa
Essência de bergamota
Essência de violeta
Essência de limão 
Essência de crisântemo
Essência de ylang-ylang
Essência de rosa
Essência de cravo
Acetato de linalila
Essência de heliotrópio
Solução de musc cetônico a 20% 
Solução de vanilina a 10
Solução de bálsamo de Tolu
Tintura de fava cumaru
Tintura de benjoim
Álcool inodoro
40
28
10
5
5
5
5
5
5
5
70
50
50
200
80
50
Fonte: . Acesso em: 20/4/2019.
Quadro 33. Fórmula sugestiva para um Perfume “Bouquet de France”. 
Ingredientes Quantidades (partes em volume)
Essência de bergamota
Essência de âmbar
Essência de rosa
Essência de néroli
Essência de jasmim 
Essência de cássia 
Essência de íris 
Essência de verbena
Essência de lavanda 
Essência de cravo 
Essência de cedro 
Solução de musk ambreta a 20%
Solução de vanilina a 10%
Tintura de benjoim
Álcool inodoro
30
20
15
10
10
10
6
5
5
3
2
60
40
100
300
Fonte: . Acesso em: 20/4/2019.
103
PERFUMES CONTRATIPOS E PERFUMES IMPORTADOS │ UNIDADE IV
Quadro 34. Fórmula sugestiva para um Perfume “Bouquet Classique”.
Ingredientes Quantidades (partes em volume)
Essência de rosa 
Essência de néroli
Essência de bergamota 
Essência de cedro 
Essência de pau-rosa 
Essência de âmbar 
Essência de gerânio 
Solução de musc ambreta a 20%
Solução de musk cetônico a 20%
Tintura de benjoim
Tintura de rosa
Tintura de néroli 
Álcool inodoro
30
20
15
10
10
8
8
30
30
80
50
50
260
Fonte: . Acesso em: 20/4/2019.
Quadro 35. Fórmula sugestiva para um Perfume “Flor de Primavera”.
Ingredientes Quantidades 
(partes em volume)
Óleo de rosa
Tintura de violeta
Tintura cássia
Óleo de Bergamota
Tintura de âmbar
5
25
25
8
50
Fonte: . Acesso em: 20/4/2019.
104
CAPÍTULO 3
As notas de famosos perfumes 
importados
Como já estudamos, a estrutura de um perfume é composta por 3 notas, que se 
volatilizam em diferentes momentos, fazendo com que o perfume tenha diferentes 
aromas, durabilidade, tempo de percepção, “fixação”, qualidade, atributos etc. Cada 
nota – nota de saída, nota de corpo e nota de fundo – é formada por uma mistura 
de inúmeros ingredientes, harmonizados entre si. Abaixo, vamos ver algumas 
composições dos perfumes mais famosos do mundo, incluindo alguns brasileiros de 
importância histórica na perfumaria nacional.
As notas descritas em cada perfume são as mais características. Nem todos os 
componentes de cada perfume estão listados, porque as fórmulas são desconhecidas. 
As notas citadas são as descritas em artigos e fontes de informação, baseados nos 
aromas identificados por especialistas em perfumes.
Para facilitar, os perfumes estão apresentados em pequenas fichas técnicas, com 
informações históricas, curiosidades, notas principais de sua fragrância, tipo de 
produto comercializado e foto do produto para ajudar na sua identificação.
Figura 44. Informações sobre o perfume Chanel No 5.
CHANEL N. 5 
 
Notas Notas 
» Jasmim 
» Rosa 
» Aldeídos Sintéticos 
» Outros muitos 
ingredientes 
Tipo: Eau de Parfum, Eau de Toilette, Eau Premiére. 
Eau de Toilette  notas de sândalo e florais sutis. 
Eau de Parfum  notas cítricas e baunilha. 
Eau de Premiére  reforço nas notas florais. 
História: 
É o perfume mais famoso do mundo. Criado em 1921 por 
Ernest Beaux, após um pedido de Coco Bambu para a 
criação de um perfume com cheiro de mulher. Tem fragrância 
floral intensa. Foi o pioneiro no uso de aldeídos sintéticos, fato 
que mudou o rumo da perfumaria mundial. 
Fonte:. Acesso em: 29/4/2019.
105
PERFUMES CONTRATIPOS E PERFUMES IMPORTADOS │ UNIDADE IV
Figura 45. Informações sobre o perfume N. 4711.
N. 4711 
 
 
Fonte: 
 
 
 
Notas 
 
Notas 
» Sândalo 
» Groselha preta 
» Peônia 
» Evódia (planta 
Chinesa associada 
ao equilíbrio) 
 
Tipo: água de Colônia 
Recentemente ganhou nova edição e é 
comercializado como colônia, Body Sorbet Lotion e 
Desodorantes Spray. 
História: 
Criada no século 18 na cidade de Colônia 
(Alemanha), por Wilhelm Muelhens, que morava na 
casa de N. 4711 e desenvolvia fragrâncias. Famosa 
por ter poder de cura quando bebida pura ou 
misturada ao vinho, caiu no gosto de Napoleão 
Bonaparte em 1810, que fez com que o produto fosse 
conhecido no mundo todo 
Fonte: . Acesso em: 29/4/2019.
Figura 46. Informações sobre o perfume Acqua Fresca.
 
Acqua Fresca (O Boticário) 
 
 
 
Notas Notas de saída 
» Bergamota 
» Limão 
» Agulhas de pinho 
Notas de corpo 
» Flor de Laranjeira 
» Jasmim 
» Lavanda 
» Alecrim 
Notas de Fundo 
» Musgo de carvalho 
» Cedro 
» Âmbar 
» Patchouli 
 
Tipo: água de Colônia 
Também pode ser encontrado nas versões: Loção 
hidratante perfumada, desodorante Spray e Sabonete 
perfumado. 
História: 
Acqua Fresca é um dos perfumes mais bem-sucedidos da 
perfumaria brasileira. De fragrância cítrica, lembra o aroma 
de folhas recém cortadas. 
Fonte: . Acesso em: 29/4/2019.
106
UNIDADE IV │ PERFUMES CONTRATIPOS E PERFUMES IMPORTADOS
Figura 47. Informações sobre o perfume Anais Anais.
Anais Anais 
(Cacharel) 
 
Notas Notas de saída 
» Flor de Laranjeira 
» Verde 
Notas de corpo 
» Ylang-Ylang 
tuberosa 
» Jacinto 
» Íris 
Notas de Fundo 
» Incenso 
» Cedro 
» Âmbar 
» Sândalo 
 
Tipo: Água de ToiletteHistória: 
Primeiro perfume da marca, lançado em 1978. É um dos 
perfumes mais marcantes de todos os tempos, de aroma 
floral intenso. Até hoje, sua fragrância é idêntica à criação. 
Fonte: . Acesso em: 29/4/2019.
Figura 48. Informações sobre o perfume Angel.
Angel 
(Thierry Mugler) 
 
 
 
Notas Notas de saída 
» Melão 
» Coco 
» Laranja 
» Cassis 
» Jasmim 
» Bergamota 
» Algodão Doce 
Notas de corpo 
» Mel 
» Pêssego 
» Cereja 
» Ameixa 
» Orquídea 
» Jasmim 
» Damasco 
» Lírio 
» Framboesa 
» Rosa 
Notas de Fundo 
» Cumaru 
» Patchouli 
» Almíscar 
» Âmbar 
» Baunilha 
» Chocolate 
» Caramelo 
 
Tipo: Eau de Parfum e Eau de Toilette 
História: 
Lançado em 1992, esse perfume marcou a história da 
perfumaria, por usar pela primeira vez alimentos como 
ingredientes. Foi o primeiro perfume com toque 
gourmand. É uma das fragrâncias mais facilmente 
reconhecidas, com forte aroma doce. 
Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/beleza/perfumes/confira-historia-e-composicao-dos-20-perfumes-mais-famosos,3
45bde703b07a310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html. Acesso em: 29/4/2019.
107
PERFUMES CONTRATIPOS E PERFUMES IMPORTADOS │ UNIDADE IV
Figura 49. Informações sobre o perfume Aromatics Elixir.
Aromatics Elixir 
(Clinique) 
 
 
 
Notas Notas de saída 
» Verbena 
» Sálvia 
» Camomila 
» Gerânio 
» Rosa 
» Flores brancas 
Notas de corpo 
» Ylang-Ylang 
» Jasmim 
Notas de Fundo 
» Incenso 
» Musgo de carvalho 
» Almíscar 
» Patchouli 
» Vetiver 
» Sândalo 
 Tipo: Eau de Parfum 
História: 
Primeiro perfume da marca, lançado em 1971 por Bernard 
Chant. É um Chipre marcante, com notas de musgo e floral. 
Foi lançada versão limitada em 2007 com vaporizador estilo 
retrô. 
Fonte: . Acesso em: 29/4/2019.
Figura 50. Informações sobre o perfume Azzaro Pour Homme.
Azzaro Pour Homme 
 
Notas Notas de saída 
» Alcarávia 
» Íris 
» Lavanda 
» Sálvia 
» Manjericão 
» Limão 
» Anis 
Notas de corpo 
» Patchouli 
» Vetiver 
» Sândalo 
» Cedro 
» Cardamomo 
Notas de Fundo 
» Couro 
» Almíscar 
» Âmbar 
» Fava 
» Musgo de Carvalho 
 
 Tipo: Eau de Parfum 
História: lançado há 34 anos, ainda é um dos perfumes 
mais vendidos em todo o mundo. No Brasil, é o masculino 
campeão de vendas desde 2007, segundo a Puig, 
detentora da marca. Além do Azzaro pour Homme, há 
outras três versões, Elixir, L'Eau de Azzaro e Azzaro Night 
Time. Em todas elas, destaca-se o perfume da fava do 
cumaru, que batiza uma família olfativa na perfumaria, a 
Fougère. 
Fonte: . Acesso em: 29/4/2019.
108
UNIDADE IV │ PERFUMES CONTRATIPOS E PERFUMES IMPORTADOS
Figura 51. Informações sobre o perfume CK One.
 
CK One 
(Calvin Klein) 
 
 
 
 
Notas Notas de saída 
» Abacaxi 
» Verdes 
» Tangerina 
» Cardamomo 
» Limão 
» Bergamota 
Notas de corpo 
» Noz moscada 
» Violeta 
» Jasmim 
» Rosa 
» Frésia 
Notas de Fundo 
» Sândalo 
» Almíscar 
» Âmbar 
» Cedro 
» Musgo de Carvalho 
» Chá verde 
 
 Tipo: Eau de Toilette 
História: 
O primeiro unissex da grife, com perfume fresco e cítrico. 
Lançado em 1994, logo se transformou em sucesso de 
vendas. É uma das fragrâncias mais copiadas do mundo. 
Âmbar marca as notas de fundo; chá-verde, as de coração; 
e bergamota, as de saída. O frasco com vidro leitoso 
reforçava o frescor e a liberdade de gêneros. As 
campanhas do perfume também ajudaram a consolidar o 
sucesso do produto, trazendo jovens em momentos 
irreverentes, com roupas ajustadas ou seminus, como é 
marca registrada na história da grife. A empresa 
transformou o perfume em uma etiqueta, que inclui também 
jeans e underwear. 
Fonte: . Acesso em: 29/4/2019.
Figura 52. Informações sobre o perfume Classique.
Classique 
(Jean Paul Gaultier) 
 
 
Notas Notas de saída 
» Rosa 
» Anis 
Notas de corpo 
» Flor de Laranjeira 
» Gengibre 
Notas de Fundo 
» Baunilha 
» Âmbar 
 
 
Tipo: Eau de Parfum, Eau de Toilette 
História: 
Lançado 1993, foi criado para ser marcante e reconhecido 
sem dúvidas. O frasco é um dos mais famosos do mundo, 
reproduzindo um dorso feminino usando um corpete. O 
corpo da modelo brasileira Shirley Mallmann serviu de 
inspiração para o formato do frasco. 
Fonte: . Acesso em: 29/4/2019.
109
PERFUMES CONTRATIPOS E PERFUMES IMPORTADOS │ UNIDADE IV
Figura 53. Informações sobre o perfume Armani Eau Pour Homme.
Armani 
Eau Pour Homme 
 
 
 
Notas Notas de saída 
» Mandarina 
» Bergamota 
» Neroli 
Notas de corpo 
» Noz-Moscada 
» Canela 
» Lavanda 
Notas de Fundo 
» Patchouli 
» Vetiver 
» Musgo de carvalho 
 
Tipo: Eau de Toilette 
História: 
Giorgio Armani: em 1982, o estilista lança um perfume 
forte, em sintonia com a afirmação das mulheres no 
mercado de trabalho. O produto acompanhou a proposta 
de outros, como Poison, da Christian Dior, e o Opium, da 
Yves Saint Laurent. A fragrância não é mais vendida. A que 
ainda está no mercado é a primeira fragrância masculina 
lançada sob a grife do estilista italiano, em 1984. 
Fonte: . Acesso em: 29/4/2019.
Figura 54. Informações sobre o perfume Happy Clinique.
Happy 
(Clinique) 
 
 
Notas Notas de saída 
» Maçã 
» Ameixa 
» Bergamota 
Notas de corpo 
» Frésia 
» Lírio 
» Orquídea 
Notas de Fundo 
» Sândalo 
» Âmbar 
 
Tipo: Eau de Toilette 
História: 
Happy, Clinique: é o perfume feminino mais vendido da 
marca. Criado em 1997, tem notas frescas para remeter a 
uma manhã ensolarada e feliz. Há também uma versão 
masculina e outra com notas mais amadeiradas, batizada 
de Happy Heart. 
Fonte: . Acesso em: 29/4/2019.
110
UNIDADE IV │ PERFUMES CONTRATIPOS E PERFUMES IMPORTADOS
Figura 55. Informações sobre o perfume Miss Dior.
Miss Dior 
 
 
Notas Notas de saída 
» Gálbano 
Notas de corpo 
» Jasmim Sambac 
Notas de Fundo 
» Patchouli ou Oriza 
 
 
Tipo: Eau de Toilette 
História: 
Miss Dior, Christian Dior: em 1947, o estilista Christian Dior 
apresentava ao mundo uma nova silhueta que ficou 
conhecida como New Look e que se transformou em um 
dos momentos mais importantes da história da moda. No 
mesmo ano, foi criado o perfume Miss Dior, que se 
propunha ser uma tradução desse estilo na perfumaria. 
Fonte: . Acesso em: 29/4/2019.
Figura 56. Informações sobre o perfume Loulou.
 
Loulou 
(Cacharel) 
 
 
 
 
Notas Notas de saída 
» Flor de Tiaré 
Notas de corpo 
» Ylang-Ylang 
Notas de Fundo 
» Cumaru 
» Incenso 
 
Tipo: Eau de Parfum 
História: 
Loulou, Cacharel: é uma das fragrâncias mais 
marcantes de todos os tempos e que fez grande 
sucesso na década de 1980. Foi lançada em 1987 
e traz flor de tiaré, usadas nos colares de boas- 
vindas no Taiti, nas notas de cabeça; ylang-ylang, 
no coração; cumaru e incenso nas notas de fundo,resultando num aroma forte, marcante e que gerou 
fãs incondicionais e também os que o detestam. 
Loulou é daqueles perfumes que deixam rastros por 
onde a mulher passa. O frasco azul foi 
originalmente inspirado na lâmpada mágica de 
Aladim. 
Fonte: . Acesso em: 29/4/2019.
111
PERFUMES CONTRATIPOS E PERFUMES IMPORTADOS │ UNIDADE IV
Figura 57. Informações sobre o perfume Opium.
 
Opium 
(Yves Saint Laurent) 
 
 
Notas Notas de saída 
» Cravo 
» Coentro 
» Ameixa 
» Laranja 
» Pimenta 
» Jasmim 
» Manjericão 
» Bergamota 
Notas de corpo 
» Sândalo 
» Patchouli 
» Canela 
» Raiz de lírios 
» Pêssego 
» Rosa 
Notas de Fundo 
» Labdanum 
» Bálsamo de Tolu 
» Sândalo 
» Âmbar 
» Vetiver 
» Incenso 
» Cedro 
» Mirra 
Tipo: Eau de Parfum 
História: 
O estilista Yves Saint Laurent posou nu para a campanha 
do primeiro perfume masculino da sua grife, em 1971. 
Apesar de a imagem ter atravessado décadas, foi o 
perfume feminino lançado em 1977 que alcançou status de 
ícone. Opium é classificada com fragrância oriental 
apimentada. 
Fonte: . Acesso em: 29/4/2019.
112
UNIDADE IV │ PERFUMES CONTRATIPOS E PERFUMES IMPORTADOS
Figura 58. Informações sobre o perfume Poison.
 
Poison 
(Dior) 
 
 
Notas Notas de saída 
» Coentro 
» Ameixa 
» Bagas Silvestres 
» Anis 
» Pau-brasil 
Notas de corpo 
» Cravo 
» Jasmim 
» Flor de Laranjeira 
» Tuberosa 
» Opoponax 
» Canela 
» Incenso 
» Rosa 
Notas de Fundo 
» Sândalo 
» Âmbar 
» Vetiver 
» Almíscar 
» Cedro da Virgínia 
» Baunilha 
» Heliotrópio 
Tipo: Eau de Parfum 
História: 
Poison, Christian Dior: a palavra quer dizer veneno em 
francês, e marca um perfume de fragrância muito 
marcante, que é citado sempre que perfumes fortes são 
o assunto. Lançado em 1985, com notas apimentadas, 
coentro, cereja silvestre, mel de laranja e opponax entre 
outras. 
Fonte: . Acesso em: 29/4/2019.
Figura 59. Informações sobre o perfume Rastro.
 
Rastro 
(Aparecido Basílio) 
 
 
Notas 
 
 
 
Notas 
» Lavanda 
» Flores 
Tipo: Colônia e Desodorante Spray 
História: 
Rastro: criado em 1965 por Aparício Basílio, foi o primeiro 
perfume de luxo do Brasil, segundo a especialista em 
perfumes Renata Ashcar. Estilista e artista plástico que foi 
também presidente do Museu de Arte Moderna de São 
Paulo, Aparício tinha uma loja chamada Rastro, na rua 
Augusta, que vendia roupas e objetos de decoração. 
Começou a criar a própria fragrância, que tivesse a mesma 
qualidade dos produtos importados. O perfume era feito 
artesanalmente, incluindo o frasco, de vidro, o que gerava 
longas filas de espera, transformando a marca em símbolo 
de status, modernidade e elegância. 
Fonte: . Acesso em: 29/4/2019.
113
PERFUMES CONTRATIPOS E PERFUMES IMPORTADOS │ UNIDADE IV
Figura 60. Informações sobre o perfume Seiva de Alfazema.
 
Seiva de Alfazema 
(Phebo) 
 
 
 
Notas 
 
 
 
Notas 
» Extrato de lavanda 
» Notas amadeiradas 
» Almíscar 
Tipo: Colônia 
História: 
Seiva de Alfazema: a verdadeira Seiva de Alfazema, 
fabricada pela Procter & Gamble, foi lançada em 1943, 
inspirada nos Alpes Suíços. Inicialmente, a colônia era 
produzida na fábrica de Belém e comercializada em 
garrafas de meio litro. Em 1960, sua produção foi 
transferida para a fábrica de São Paulo e sua embalagem 
adaptada para competir em um mercado de massa. Hoje, 
65% de suas vendas ocorrem na Região Nordeste do país. 
Isso se dá devido à sua credibilidade, cheiro característico 
e por ser a mais utilizada em oferendas religiosas. A colônia 
Seiva de Alfazema Extra é feita da flor de alfazema, sendo 
sua fragrância predominante de lavanda fresca, 
amadeirada e almiscarada. 
Fonte: . Acesso em: 29 abr. 2019.
Figura 61. Informações sobre o perfume Shiraz.
 
Shiraz 
(Natura) 
 
 
Notas 
 
 
 
Notas de saída 
» Bergamota 
» Cassis 
» Mandarina 
» Pêssego 
» Ameixa 
» Sálvia 
Notas de corpo 
» Jasmim 
» Rosa 
» Noz-moscada 
» Cravo 
» Canela 
» Cardamomo 
Notas de Fundo 
» Sândalo 
» Musgo de carvalho 
» Cedro 
» Baunilha 
» Patchouli 
Tipo: Perfume 
História: 
Shiraz, Natura: lançado em 1993, marcou o 
desenvolvimento do segmento no Brasil, que data dessa 
década, segundo a especialista em perfumes Renata 
Ashcar. Reunia algumas das mais raras essências do 
mundo e marcou o desenvolvimento da perfumaria 
brasileira. Sua fragrância é inspirada no Oriente. A 
fragrância voltou ao portfólio em 2009 quando a Natura 
completou 40 anos em um projeto especial chamado Oscar 
Freire (uma homenagem ao início da trajetória da Natura, 
que começou com uma loja na Rua Oscar Freire). 
Fonte: . .Acesso em: 29/4/2019.
114
UNIDADE IV │ PERFUMES CONTRATIPOS E PERFUMES IMPORTADOS
Figura 62. Informações sobre o perfume Trèsor.
Trèsor 
(Lancôme) 
 
 
 
 
Notas 
 
 
 
Notas de saída 
» Broto de groselha 
» Buquê de rosas 
» Damasco 
Notas de corpo 
» Lilás 
» Pétalas de 
magnólia 
Notas de Fundo 
» Sândalo 
» Baunilha 
 
Tipo: Colônia 
História: 
Trèsor, Lancôme: o perfume lançado em 1990 é um dos 
carro-chefe da empresa francesa de perfumaria e 
cosméticos. A fragrância que traz nas notas de cabeça 
brotos de groselha preta, buquê fresco de rosas e de 
damasco; notas de coração de lilás e pétalas de 
magnólia; e sândalo e baunilha nas notas de fundo. 
Fonte: . Acesso em: 29/4/2019.
Figura 63. Informações sobre o perfume Diavolo For Men.
Diavolo for Men 
(Antônio Banderas) 
 
 
Notas 
 
 
 
Notas de saída 
» Tangerina 
» Folhas verdes 
» Bergamota 
Notas de corpo 
» Patchouli 
» Pimenta 
» Gerânio 
Notas de Fundo 
» Couro 
» Sândalo 
» Almíscar 
 
Tipo: Eau de Toilette 
História: 
Perfumes de celebridades: Sophia Loren lançou seu perfume 
em 1981. E outras personalidades seguiram o mesmo 
caminho. Mas foi no fim dos anos 1990 que o segmento ganhou 
corpo. A fragrância apontada por especialistas como uma das 
que alavancou os perfumes de celebridades foi o Glow, da 
cantora e atriz Jennifer Lopez, lançado em 2002. Atualmente 
ela assina 19 perfumes e estima-se que ganhe mais dinheiro 
com os produtos do que com a carreira de cantora. Para os 
homens, o ator Antônio Banderas lançou o primeiro perfume 
em 1997, o Diavolo for Men, com notas verdes refrescantes e 
couro amadeirado. Em novembro de 2019, o ator lançará a 12ª 
fragrância. No Brasil, um dos perfumes mais vendidos é o da 
ex-jogadora argentina de tênis Gabriela Sabatini, criado em 
1989. 
 
Fonte: . Acesso em: 29/4/2019.
115
UNIDADE VOS PERFUMES E A 
MODA
CAPÍTULO 1
A influência da moda na consagração 
dos perfumes
Os perfumes estão cada vez mais inseridos no universo da moda, onde o contexto 
cultural ditará a escolha de imagens e conceitos, design dos frascose embalagens e 
processos produtivos. A moda e sua publicidade determinam como os indivíduos, ou 
seja, o público consumidor, perceberá o valor do produto – o universo criado pelas 
marcas das indústrias de perfumes.
A publicidade, na indústria da moda, comunica a essência da uma marca através 
de imagens que moldam os valores, identidades e subjetividades dos consumidores 
dessas marcas. As subjetividades estão relacionadas à satisfação pessoal dos 
indivíduos de pertencerem a um grupo. Ao se identificar com a marca (valores que 
seus produtos trazem como “presentes” ao serem utilizados), a publicidade cria um 
desejo de compra do produto, o desejo do valor de se obter uma identidade, de se 
obter o significado simbólico ou “estado de alma” que este produto representa.
Como explicam Castilho e Martins (2005), citado por Vieira-Sena (2016): 
Nos mundos ilusórios criados pela moda, o sujeito entra em 
conjunção com determinados produtos aos quais são agregados 
valores subjetivos. São esses, por sua vez, que promovem a satisfação 
do sujeito em relação à sua identidade construída.
O ato da compra acontece quando um consumidor quer poder se reconhecer 
inserido a um grupo dentro de um contexto aproado por ele. Os perfumes agem, 
segundo Landowski (2002): 
como uma força irresistível que se apodera inteiramente do 
sujeito, ou como involucro transparente que recobre o corpo 
e parece transfigurá-lo como o faria uma segunda pele, mais 
perfeita, mais sensível.
116
UNIDADE V │ OS PERFUMES E A MODA
Uma vez vestidos com essa pele mais perfeita, temos um indivíduo mais poderoso, 
de maior auto aceitação, mais seguro e desejado, bem-sucedido, e outras coisas mais 
que são traduzidas pelo inconsciente do próprio usuário. Seu modo de ser e de estar 
no meio social são, então, totalmente guiados pela publicidade que o fez comprar 
ou desejar aquele produto. Desta forma, a publicidade, associada à criação de bons 
perfumes, é o diferencial entre os perfumes de sucesso e os outros.
No estudo de anúncios de perfumes, segundo Vieira-Sena (2016), as escolhas 
feitas por uma marca em seus anúncios publicitários produzem no público uma 
disposição para “sentir afeto” a partir da imaginação sobre o que está figurativizado 
na propaganda do objeto (neste caso, ao frasco do perfume). É de impressionar 
como as qualidades atribuídas aos perfumes durante a comunicação em um 
anúncio publicitário são fortes, pois estruturam os valores abstratos que mostram a 
sociedade atual de forma que não seja necessário sentir a fragrância de um produtos 
(pois o que é apresentado não são as fragrâncias, mas os valores e sentidos que são 
nelas investidos com o propósito de conferir a identidade do perfume, da marca e 
também a identidade de quem os possui).
Nas propagandas de perfumes, é bastante comum observar a sensualidade e o desejo 
de quem os utiliza. Sobre este modo de anúncio, Landowski (2006) afirma que para 
a publicidade fazer a mediação e instalar o desejo pelo produto é necessário que 
entre “ela” (por exemplo, uma mulher assistindo a uma propaganda de perfume) e 
“ele” (pessoa a quem se deseja), o produto anunciado se coloque como um estranho 
intermediador, resultando na tríade: ela, o produto e o ele (ou, nos casos que serão 
apresentados abaixo: o feminino, o perfume e o masculino). Assim, o perfume toma 
o significa de emoção e desejo, sendo o mediador entre os corpos e servindo de fator 
de união entre eles. Como descrito por Vieira-Sena (2016), nessa mediação, o objeto 
perfume transfigura-se em algo que substitui ou ainda, que efetiva a presença do outro 
– o perfume é uma parte do masculino com a qual o feminino se relaciona (quer como 
espera, ausência sentida, presença carnal, presença projetada etc.).
Nos anúncios publicitários de perfumes veem-se cenas narrativas com interlocutores 
diretos das personagens das publicidades, que se atraem pelo olhar. A maneira 
intensa como esta comunicação é realizada faz com que o observador (aquele que está 
assistindo ao anúncio) passe a participar da cena de modo a “sentir junto” o que está 
sendo apresentado. As sensações despertadas pelos anúncios de perfumes sobre seu 
público fazem com que os mesmos projetem sobre a marca uma posição social (de 
possuir tal perfume) e o pertencimento a uma classe social diferenciada. Assim como 
na moda a personalidade está associada ao jeito de vestir, aqui, esta personalidade 
associa-se ao jeito de se perfumar e no jeito de ser. 
117
Os Perfumes e a Moda │ UNIDADE V
Os anúncios publicitários de perfumes mostram o “estado de alma” como objetivo, 
onde os personagens são humanos com corpos considerados muito bonitos, 
em um ambiente quase irreal, mágico, poderoso, que cria expectativas de novas 
possibilidades aos consumidores ao adquirirem o produto.
Os estudos sobre anúncios publicitários da moda identificam 4 maneiras de se vestir: 
1. Indivíduos que se vestem para si mesmos (subjetal).
2. Indivíduos que se vestem pelos atributos da roupa (objetal).
3. Indivíduos que vestem suas roupas pelos seus fins práticos (pragmático).
4. Indivíduos que se vestem para obter status por meio da roupa (simbólico).
Através das mesmas relações que se pode inferir ao corpo vestido e ao corpo 
perfumado, os perfumes são anunciados de forma similar às roupas. Sendo assim, 
temos as analogias:
1. Corpo perfumado subjetal: aqui estão dispostos os indivíduos que se 
perfumam primeiro para si, sentindo prazer nos aromas e nos valores 
propostos remetidos pelo perfume. O perfume leva o indivíduo ao 
encontro de si mesmo. Diz-se que, nesta relação, o indivíduo se ajusta ao 
perfume e o perfume se ajusta ao indivíduo. O indivíduo e o perfume são 
continuação um do outro – um não anula o outro. A vitalidade do corpo 
é recuperada na vitalidade do perfume, todas as qualidades de um e de 
outro são sentidas. Os tipos de perfumes usados por esses sujeitos são de 
formulação basicamente floral, sintética (aldeídos) e frutal. 
Como descrito por Vieira-Sena (2016), um exemplo deste tipo de anúncio é visto nos 
perfumes Chanel No5, Moschino, The one.
[...] publicidade de Chanel No 5, na qual a figura feminina está em um 
encontro com ela mesma e é atualizada pelo perfume, mostrando-se 
segura e pronta para atuar no mundo; no anúncio do perfume da marca 
italiana Moschino, no qual vemos uma mulher que se apraz em sentir, 
cheirar a si própria e que em última instância cheira todo glamour 
proporcionado pelo perfume; no anúncio do perfume “The one”, em 
que o sujeito experimenta a si próprio em outra dimensão, a memória. 
Cavalieri (2010) afirma que o olfato é o sentido que ativa de forma 
mais rápida e quase incontrolável a nossa memória. O perfume ativa 
sua memória de forma a levá-la a reviver, reexperienciar um momento 
único.
118
UNIDADE V │ OS PERFUMES E A MODA
Figura 64. Anúncio publicitário do Chanel No 5 em 2009.
Fonte: . Acesso em: 28/4/2019.
Figura 65. Anúncio publicitário Moschino.
Fonte: Vieira-Sena, 2016.
Figura 66. Anúncio publicitário da Dolce & Gabbana para o lançamento do perfume The One.
Fonte: . Acesso em: 15/4/2019.
119
Os Perfumes e a Moda │ UNIDADE V
2. Corpo perfumado objetal: estes indivíduos opõem-se ao corpo 
perfumado subjetal. Na visão objetal o sujeito tem por base o 
predomínio do “parecer” feminina ou sedutora para o outro, em 
oposição ao sujeito subjetal, para o qual a relação consigo mesmo de 
“ser” ou se sentir da mesma forma era suficiente.
Os indivíduos aqui classificados perfumam-se para marcar a sua presença no parecer 
para o outro, utilizando-se dos atributos oferecidos pelo perfume e sua marca. Os 
indivíduos são remodelados por aquilo que é proposto pelo perfume. O perfume é o 
objetode valor e o usuário é visto a partir de repercussões dos valores do perfume 
pelo simples fato de estar assim perfumado. A fragrância tem um estado secundário 
e o primário passa a ser “o que” perfuma o indivíduo, ou seja, a marca. Segundo 
Vieira-Sena (2016).
[...] o perfume reconstrói o sujeito que se faz ser admirado por sua 
aparência olfativa, segundo um domínio do parecer positivado no 
social. [...]Temos aqui um sujeito em relação de descontinuidade com 
sua real aparência olfativa. São sujeitos que constroem o parecer pela 
ação do perfume.
Exemplos de publicidade são apresentadas nos perfumes J’adore, Chance, Gucci 
Guilty e Armani Code.
A publicidade do perfume J’adore, mostra o perfume sendo o responsável por tornar a 
mulher absolutamente feminina – a mulher feminina nasce do perfume. 
Figura 67. Anúncio publicitário da Dior para o perfume J’adore.
Fonte: . Acesso em: 28/4/2019.
120
UNIDADE V │ OS PERFUMES E A MODA
Na publicidade de Chance o perfume torna a mulher mais impulsiva, atualizada e 
capaz de aproveitar as oportunidades que aparecem, inclusive as sexuais. 
Figura 68. Publicidade da Chanel, perfume Chance.
Fonte: . Acesso em: 28/4/2019.
Nos anúncios de Gucci Guilty e Armani Code o perfume atualiza as mulheres como 
sujeitos irresistíveis, extremamente competentes a seduzir, Gucci é culpado pela 
sedução e Armani dá o código secreto que habilita essa mulher a tomar atitude e 
dominar a cena da sedução. 
Figura 69. Anúncio publicitário do perfume Gucci Guilty.
Fonte: Vieira-Sena, 2016.
121
Os Perfumes e a Moda │ UNIDADE V
Figura 70. Anúncio do perfume Armani Code.
Fonte: . Acesso em: 28/4/2019.
Os perfumes escolhidos para esta categoria têm intensidade marcante, tais como 
formulações de floral, frutal e floral oriental intensos. A intensidade dos perfumes 
encobre qualquer aroma natural do usuário e se diz que o perfume “esconde” o 
indivíduo.
3. Os pragmáticos estão no mesmo eixo dos indivíduos que perfumam 
para si, porém com a intensão de serem fins práticos. O perfume 
está associado ao fator de proteção do corpo de forma a não cheirar 
mal. que dá a ele possibilidade de se aventurar e ainda assim ter uma 
aparência olfativa desejável. Indivíduos que buscam a praticidade 
e a funcionalidade do perfume. O traço da funcionalidade prevalece 
assim como a relação de continuidade entre o usuário e o perfume. 
OS perfumes com estas características são os constituídos por notas 
ozônicas, aquáticas e refrescantes. Nas publicidades de Burberry 
Sport e Chrome Sport, os indivíduos sentem-se capaz de aproveitar 
as atividades esportivas, seja no ar ou no mar, em harmonia com os 
odores que exalam (os perfumes em si).
Figura 71. Campanha do perfume Burberry Sport.
Fonte: Vieira-Sena, 2016.
122
UNIDADE V │ OS PERFUMES E A MODA
Figura 72. Publicidade do perfume Chrome Sport.
Fonte: . Acesso em: 28/4/2019.
4. Nesta outra categoria e em oposição aos indivíduos que se perfumam 
de forma prática, estão aqueles que se perfumam em busca de obter 
posição social ou status de visibilidade. Aqui estão os indivíduos que se 
perfumam com o fim simbólico, onde acreditam que o perfume valoriza 
os consumidores usuário e que se conforma com o simbolismo que o 
perfume lhes transfere. Segundo Vieira-Sena (2016): 
A aparência perfumada do sujeito impera sobre a aparência do seu 
corpo, e é o perfume que faz o sujeito ser para o outro e para si 
mesmo, subjugado pelo simbólico.
O indivíduo quer recobrir-se com o valor agregado ao perfume, mascarar-se com 
seus atributos, assegurando seu próprio valor e status – o perfume proporciona 
inserção social. Os perfumes que se enquadram nesta categoria apresentam 
formulação de base floral ou frutal, e o nome dos perfumes remete às condições 
simbólicas de status e visibilidade aos usuários. Exemplos são vistos nos perfumes 
212 VIP, Lady Million, Parisienne, Infusion D’Iris.
O anúncio publicitário do perfume 212 VIP apresenta a promessa de inserir 
o indivíduo em um mundo “VIP”, de valores exclusivos voltados a poucos – “os 
merecedores”. 
Figura 73. Anúncio publicitário do perfume 212 VIP.
Fonte: . Acesso em: 28 abr. 2019.
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Os Perfumes e a Moda │ UNIDADE V
O anúncio publicitário de Lady Million apresenta uma mulher em conjunção com os 
valores de riqueza e poder.
Figura 74. Anúncio publicitário do perfume Lady Million do Paco Rabanne.
Fonte: . Acesso em: 28/4/2019.
A campanha da Parisienne promete transformar qualquer mulher em uma parisiense. 
Figura 75. Anúncio publicitário do perfume Parisienne.
Fonte: . Acesso em: 28/4/2019
A publicidade de Infusion D’Iris remete o uso do perfume a valores de tradição e 
sofisticação da marca Prada. 
Figura 76. Anúncio publicitário do perfume Infusion D’Iris.
Fonte: . Acesso em: 28/4/2019.
124
UNIDADE V │ OS PERFUMES E A MODA
Os diferentes casos publicitários apresentados acima mostram que a construção 
dos valores de uma marca propaga-se ao usuário dos perfumes através do olfato, 
despertando o desejo dos consumidores sobre todos os atributos que a marca lhe 
oferece por meio de anúncios publicitários em harmonia com as fragrâncias dos 
perfumes e o impacto de seus frascos. 
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	_Hlk11752218
	Apresentação
	Organização do Caderno de Estudos e Pesquisa
	Introdução
	Unidade I
	Princípios da Perfumaria
	Capítulo 1
	História e princípios da perfumaria
	Capítulo 2
	Matérias-primas olfativas naturais e sintéticas
	Unidade II
	A Formulação de Perfumes
	Capítulo 1
	Ingredientes básicos
	Capítulo 2
	Etapas do processo da formulação de perfumes
	Unidade III
	Produção e Análise de Perfumes
	Capítulo 1
	Processo de produção em escalas maiores
	Capítulo 2
	Análise sensorial de perfumes
	Capítulo 3
	A estabilidade dos perfumes
	Unidade IV
	Perfumes Contratipos e Perfumes Importados
	Capítulo 1
	Contratipos
	Capítulo 2
	Algumas formulações
	Capítulo 3
	As notas de famosos perfumes importados
	Unidade V
	Os Perfumes e a Moda
	Capítulo 1
	A influência da moda na consagração dos perfumes
	Referênciasde mercado. A fama funciona como uma publicidade prévia 
do produto e os atributos que teriam de ser mostrados na campanha 
já são conhecidos do consumidor, que se identifica com o famoso. 
Ao longo desta trajetória, o perfume deixa de ser um privilégio da 
nobre burguesia e torna-se acessível a todos. Perfume continua sendo 
sinônimo de encanto e sedução. Assim, a história da perfumaria tem 
seu status atual de uma grande indústria dos cheiros, onde também se 
encontram intimamente unidos a publicidade, o marketing com suas 
várias formas de apelo racional e emocional.
A história da perfumaria no Brasil
Os nativos, antes da descoberta do Brasil, já utilizavam diversos elementos da 
natureza, tais como plantas, flores, partes de animais e outros materiais como 
15
PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA │ UNIDADE I
matérias-primas aromáticas e adornos de embelezamento. Foi com um cenário de 
uso das fragrâncias em rituais indígenas religiosos e culturais, bem como em seus 
asseios pessoais e fins curandeiros que os portugueses se depararam ao entrarem 
em contato com os nativos. 
Segundo Gonçalves (2017), os índios tinham o costume de tomar banhos com 
aromas que serviam também como cura e proteção espiritual, saúde e bem-estar.
As cartas de Pedro Vaz Caminha e os relatos portugueses sobre 
a esplêndida aparência dos nativos afirmam que os índios eram 
muito limpos, depilados, de uma formosura ímpar e agradável 
ao olhar do português. Com isso, a herança genética dos povos 
brasileiros, de influências de brancos, índios e negros instaurou 
uma forma amistosa do Brasileiro expressar sua relação com 
os cheiros e norteou a História da perfumaria no país, no qual a 
fragrância sempre foi mais do que um mero produto de beleza e 
de perfumação, mas um código de comunicação com as emoções, 
com o zelo da alma, do corpo e do espírito, de expressar a essência 
humana do Brasileiro, que é naturalmente de bem-estar, prazer e 
cultivo da autoestima.
Os europeus somente utilizavam as fragrâncias para disfarçar maus odores, já que 
não tinham o hábito de se banharem constantemente por medo de contrair doenças 
(somente lavavam as mãos e o rosto, pois pensavam ser suficiente). No entanto, 
aqui, o hábito dos banhos era frequente e estar limpo e perfumado, tanto fisicamente 
quanto espiritualmente, era sinônimo de livrar-se das impurezas físicas e espirituais, 
estando mais próximo da Divindade. Estar limpo, cheiroso, com cabelos brilhantes 
e dentes brancos era o estilo de vida do nativo brasileiro, que mantém sua cultura de 
vaidade pessoal até os dias atuais.
As índias exalavam aromas inebriantes e sedutores que aguçavam os sentidos dos 
portugueses e, dessa mistura, acrescentando-se os negros mais tarde, gerou-se uma 
nação de combinações de etnias.
O Brasil, com uma abundância de rios, florestas e espécies naturais sempre teve uma 
relação muito forte com a água. O clima quente e úmido na região Norte e Nordeste 
ajudava na questão cultural das populações mais primitivas já desfrutarem de 
banhos de cheiros. A água de lavanda, valorizada pelo seu frescor, é um legado da 
cultura do perfume, assim como outras misturas de flores e ervas, óleos naturais de 
urucum, andiroba, coco, pitanga, entre outros elixires de beleza para pele e cabelo, 
usados pelos indígenas. Outros aromas foram somados aos brasileiros quando os 
16
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA
portugueses, durante a exploração das especiarias da Índia, trouxeram para o Brasil 
outras matérias-primas aromáticas, tais como o cravo e a canela. Assim, formaram-se 
os “aromas do Brasil”, tão diversificados nas variedades de flores, madeiras, frutos, 
resinas, raízes, plantas etc.
Apesar de toda a fartura de matérias-primas, nem sempre o Brasil teve uma cultura 
de bons cheiros. No período do Brasil Colonial, as embarcações Portuguesas, muito 
precárias em higiene, espalhavam doenças e dizimavam a população. Avessos a 
banhos, instaurou-se um período de mau odor e mau hálito, pela falta de higiene 
pessoal. Lentamente, os portugueses aderiram à cultura de banhos e ao uso de plantas 
e flores perfumadas de maneira limitada, pois mantinham os hábitos de pouco asseio 
europeu por acreditar estarem mais suscetíveis a doenças quando a pele está lavada. 
No Século XVI, a povoação do país aconteceu em péssimas condições de 
saneamento, as casas não tinham banheiros, as fezes e urinas de animais estavam 
por toda a parte e os escravos trazidos para cá estavam maltratados em questão de 
asseio pessoal. As cidades fediam. A família real instalada no Rio de Janeiro em 
1808 (Brasil Imperial) manteve os pobres hábitos europeus de higiene, os poucos 
banhos, a falta total de saneamento básico (os dejetos humanos eram jogados 
na rua) e as raras trocas de roupas. Apesar de toda imundice, as famílias nobres 
e ricas eram as grandes usuárias de perfumes franceses, para encobrir os maus 
cheiros da falta de higiene de uma pele pouco lavada, coberta de vestimentas 
pesadas em um local de clima quente e úmido como o nosso.
Nos séculos XIX e XX, os avanços fizeram os bons aromas renascerem no Brasil. Como 
explica Gonçalves (2017), o crescimento da perfumaria está muito relacionado ao 
crescimento da indústria de higiene pessoal e às influências europeias e americanas 
com os seus perfumes importados e seus hábitos. 
Iniciou-se a tomada de medidas de saneamento básico para conter as doenças; o 
interesse por higiene pessoal cresceu quando os primeiros produtos perfumados 
locais foram criados; com a criação de casas de banho no Rio de Janeiro, os banhos 
passaram a ser mais constantes; a sensação de limpeza e o “estar cheiroso” trouxe um 
bem-estar que passou a ser apreciado.
Após o período do império, empreendedores europeus passaram a desenvolver 
produtos locais ao se alojarem no Rio de Janeiro e em São Paulo. A abolição 
da escravatura, a diversificação da mão de obra pelos imigrantes europeus, 
o crescimento das populações burguesas e proletárias e a diminuição das 
importações pelas políticas aduaneiras incentivando a industrialização local 
foram fatores decisivos para os investimentos na perfumaria local.
17
PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA │ UNIDADE I
As empresas Granado, Gessy Lever (atual Unilever), Phebo e Myrta produziram seus 
primeiros produtos perfumados, voltados à higiene, tais como águas de colônia, 
loções, talcos e sabonetes e seguiam as boas práticas europeias para produtos de 
regiões quentes e úmidas como a nossa; os famosos sabonetes franceses e ingleses, 
como o Pear’s Soap e as águas de colônias italianas eram usados como referência.
No século XX, a influência americana e a urbanização crescente apresentaram um 
cenário próspero em relação à higiene pessoal e aos hábitos de se perfumar, nas classes 
elitizadas. Os produtos aqui fabricados tinham a mesma qualidade dos importados, 
eram desejados e bem aceitos. Uma evolução ocorreu ao adicionar boas fragrâncias 
aos próprios produtos de higiene pessoal, tais como sabonete, loções, desodorantes, 
brilhantina para os cabelos, pó de arroz etc. Assim, os perfumes podiam até mesmo 
ser substituídos. Já nesta época, usar bons produtos e perfumes era sinônimo de estar 
socialmente impecável, ter melhor aceitação e ascensão social. 
Em relação aos produtos, eram todos de fabricação artesanal, inspirados pelas 
Boticas e farmácias, assim como ocorria na Itália – prática que foi trazida para cá 
pelos inúmeros imigrantes italianos.
Nos anos 1930 e 1940, alguns produtos desenvolvidos e de grande fama foram:
 » Colônia de Lavanda Phebo, criada pela farmácia Granado.
 » Água de Hungria, criada pela Perfumaria Kanitz, de origem Húngara.
 » Água de Colônia Parisiana, da Perfumaria Myrta.
 » Água de Cheiro, da Gessy.
 » Produtos multifuncionais (que limpam e perfumam), tais como os Leites 
de Colônia e de Rosas. 
Os sabonetes eram muito valorizados e famosos, tal como o sabonete Gessy, criado 
pela empresa José Milani & Cia. Em 1960, esta empresa se uniu à Lever(empresa 
inglesa que já produzia o icônico sabonete Lux), formando o império Gessy Lever. 
A Granado fabricava o seu tradicional sabonete glicerinado (um clássico até hoje) 
e a Myrta lançou o Eucalol, muito divulgado na época. A Colgate também competia 
no mercado de sabonetes com a linha Cashmere Bouquet (criada em 1946) e havia 
outros concorrentes internacionais – Lifebuoy (década de 1940).
Os perfumes importados atingiam somente uma minoria rica e ligada à moda. Os 
lançamentos da época, voltados às mulheres emancipadas e independentes, eram:
18
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA
 » No 5 da Chanel.
 » Shalimar da Guerlain.
 » Joy da Coty.
A era do Rádio e a época de Ouro do Cinema influenciaram mais mulheres a cuidar 
da sua autoestima e beleza, apresentando-se mais sedutoras como aquelas dos filmes. 
Perfumes menos florais e mais orientais e chypres foram lançados, impregnados de 
uma personificação de mulheres fatais. Foi nessa época (ainda anos 1930 e 1940) que 
as empresas de beleza Lâncome, Helena Rubinstein e Elizabeth Arden se instalariam 
no Brasil e trouxeram os conceitos internacionais da beleza feminina.
Estar limpo e perfumado eram exigências àqueles que queriam ser socialmente 
aceitos e estarem de acordo com os padrões de beleza e cuidados pessoais da 
época (impostos pelos americanos e suas propagandas de país bem desenvolvido).
Mesmo durante a segunda guerra mundial notava-se a preocupação com a beleza 
e a autoestima, principalmente por parte das mulheres. Nessa época, os perfumes 
importados ainda eram para uma minoria (e já provocavam desejos por se 
associarem a ideia de status, riqueza e poder). Os produtos nacionais que faziam 
sucesso eram: linha Cashmere Bouquet, a Seiva de Alfazema (lançada em 1943), a 
Menphis e a Herbíssimo Alfazema. 
Entre os anos 1930 e 1960, o avanço da perfumaria e do uso de fragrâncias em 
produtos cosméticos foram impulsionados pelas empresas Johnson & Johnson, 
L’oréal, Colgate, Avon, Coty, e Christian Gray, que se instalariam no Brasil. Nestes 
anos também surgiram as grandes casas de fragrâncias IFF, Givaudan e Firmenich.
O aumento da industrialização no Brasil nos anos 1950 e a emancipação feminina 
colocaram as mulheres como as principais consumidoras no mercado de perfumes. 
Assim, foram criadas as fragrâncias Phebo, Tabu e Atkinsons, que alcançaram grandes 
posições no mercado. 
A Avon instalou a sua fábrica em no Brasil em 1970 e revolucionou a indústria 
de cosméticos e perfumes pelo seu método de vendas diretas, colocando a 
mulher ativamente no mercado de trabalho, dando força à independência e ao 
empreendedorismo feminino. Lançou os sucessos Toque de Amor e Topaze.
A partir dos anos 1970, após o final da ditadura, as famílias brasileiras começavam 
a crescer dando espaço para os “cheirinhos de bebê” da Johnson e Johnson, da 
Procter & Gamble e da Kimberly-Clark. Perfumes clássicos, tais com o Wild Musk da 
Coty e o Lancaster Argentino da Niasi, foram lançados, assim como as fragrâncias 
icônicas Chanel no 19 e Yves Saint Laurent Opium, para mulheres sensuais, 
misteriosas, que enfatizavam o poder feminino. As indústrias Natura e Boticário 
19
PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA │ UNIDADE I
iniciaram as suas operações, seguindo o espírito visionário de seus fundadores, 
estas gigantes fizeram sucesso.
Dos anos 1960 para frente, a perfumaria fina começou a crescer entre a elite 
paulistana. As fragrâncias Rastro (1965) e Giovanna Baby (1974) foram lançadas 
e a Natura se estabeleceu na Oscar Freire. Empreendedores como Aparício Basílio 
da Silva da Rastro relaciona a perfumaria ao “prestígio e moderno (fashion)” pela 
primeira vez.
Algumas das indústrias responsáveis pelo reconhecimento da perfumaria brasileira de 
qualidade e de inovação são: 
 » Natura  criada por Antônio Luiz da Cunha Seabra em 1969 (1969).
 » Água de Cheiro  de Elizabeth Pimenta (1976).
 » O Boticário  criado por Miguel Krigsner (1977).
 » L’acqua di Fiori  de Marlene e Leopoldo Mesquita (1980).
Estas empresas, juntamente a outras empresas e empreendedores pequenos 
da época, movimentaram a produção de fragrâncias com “a cara do Brasil” e 
fomentaram a indústria local pós-ditadura, mesmo nos anos 1980, período de 
inflações, falências e recessões. Em meio às dificuldades econômicas, as indústrias 
conseguiram desenvolver novos produtos e mercados, como fizeram a Natura 
e o Boticário. A Natura criou o conceito do bem-estar com biodiversidade e 
sustentabilidade. Fez uma ligação intima entre o ser humano e os princípios ativos 
extraídos da natureza brasileira. O Boticário, por sua vez, investiu em design e 
em novas matérias-primas, colocando-se como perfumaria internacional sem se 
distanciar da essência, da identidade e do frescor dos produtos locais. O perfume 
Acqua Fresca, lançado em 1979, é o primeiro desta geração, sendo considerado um 
clássico.
O sistema de franquias na distribuição e nas vendas dos perfumes da Água de 
Cheiro, L’acqua di Fiori e O Boticário auxiliaram na evolução e no sucesso da 
perfumaria no Brasil por democratizarem as vendas, que até então estavam nas 
mãos da Mesbla, Sears e Mappin. Neste momento, os perfumes que se destacaram 
foram: o Absinto, da Água de Cheiro e o Musk Almíscar, da Cabeça Feita.
Na década de 1990, a recuperação da economia do nosso país facilitou o 
crescimento industrial, as importações e a valorização do Real. Com isso, 
famosos perfumes internacionais se popularizaram no nosso meio, forçando as 
indústrias nacionais a lançarem novas fragrâncias. A Natura lançou o Shiraz, 
20
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA
Biografia, Kriska e Kaiak. O Boticário lançou Thaty, Floratta e Quasar. L’acqua 
di Fiori lança o Inizzio e Ozone. A empresa Contém 1g é criada (em 1994) e suas 
fragrâncias aparecem no mercado.
Nos anos 2000, a Natura cria a linha de produtos Ekos, com conceito 
autossustentável. Novas empresas são criadas, tais como a Jequiti (2006) e a 
Eudora (2011). Natura e O Boticário estabelecem suas operações internacionais. 
De acordo com a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, 
Perfumaria e Cosméticos), em 2009 o market share do Brasil era de 13,6% no 
mercado mundial de perfumes, crescimento de cerca de 12% em relação a 2008. 
Atualmente, o Brasil é líder global em perfumaria.
A estrutura dos perfumes
Os perfumes são produzidos por uma mistura de fragrâncias. Esta mistura não é 
algo aleatório ou ocasional, mas sim, derivada de um estudo da composição química 
(moléculas) das matérias-primas odoríferas, bem como da maneira que estes odores 
afetam a emoção das pessoas, trazendo sensações que possam remeter ao passado, a 
uma ocasião específica, a uma percepção prazerosa etc.
A perfumaria é a arte de juntar o maior número de matérias-primas diferentes 
de forma harmoniosa de modo a trazer as emoções que se deseja por meio do 
odor. São muitos os produtos naturais e sintéticos utilizados nas mais diversas 
formulações de perfumes. 
A composição de um perfume, estruturalmente falando, é dada pela mistura de 
fragrâncias de diferentes volatilidades, chamadas notas de um perfume. Um bom 
perfume é formado por três notas em harmonia entre si, sendo:
Nota de saída ou cabeça do perfume 
A nota de saída (ou também conhecida como cabeça de um perfume) representa 
15% a 20% da composição do perfume. Esta nota é composta pelas substâncias mais 
voláteis da mistura e é responsável pelos primeiros odores da fragrância, sentidos 
logo que aplicamos um perfume, abrimos um amaciante ou um produto de limpeza 
etc. O odor desta nota (isto é, a volatilidade dos componentes desta nota) tem uma 
duração de aproximadamente 30 minutos. 
21
PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA │ UNIDADE I
Nota de corpo ou coração do perfume 
A nota de corpo (chamada também de corpo do perfume) corresponde a 50% – 
60% da composição da fragrância. Seu odor é sentido após a nota de saída ter se 
volatilizado completamente. Esta nota define a personalidade do perfume e o seu 
sucesso,pois tem duração de até 8 horas (tempo do processo de volatilização dos 
seus componentes), fazendo uma ligação com a nota de fundo.
Nota de fundo ou base do perfume
A nota de fundo (ou base do perfume) representa de 20% a 30% da composição 
da fragrância. É composta por notas pesadas, pelos componentes menos voláteis 
da mistura. Sua fragrância permanece na região aplicada por horas. Esta nota é 
chamada de “fixador” do perfume.
Diferentes nomes estão associados às notas, devido aos odores e sensações que 
elas remetem. Na figura da pirâmide olfativa abaixo podemos observar algumas 
nomenclaturas das fragrâncias utilizadas em cada nota.
Figura 4. Notas de um perfume e nomenclaturas.
 
 CÍTRICO 
 NOVO FRESCOR 
 AROMÁTICO 
 VERDE 
 ALDEÍDO 
FLORAL 
FRUTAL 
MARINHO 
ESPECIADO 
 AMADEIRADO 
 FOUGÈRE 
 POLVOROSO 
 ORIENTAL 
 GOURMAND 
 AMBAR 
 CHIPRE 
 COURO 
 MUSK 
Notas de Saída 
Notas de Corpo 
Notas de 
Fundo 
Fonte: . Acesso em: 15/4/2019.
22
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA
Para melhor entender as diferentes volatilidades entre as moléculas odoríferas e os 
seus usos nas referentes notas de saída, corpo e fundo de um perfume, observe a figura 
abaixo.
Figura 5. Comparação de volatilidade entre os grupos de fragrâncias e as divisões de usos nas notas de 
perfumes.
 
 
Nota 
Superior 
Nota 
Intermediária 
Nota 
De Fundo 
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I 
L 
H 
A 
Tempo de volatilidade 
VO
LA
TI
LI
D
AD
E 
Volatilidade Das Classes de Fragrâncias 
Fonte: . Acesso em: 15/4/2019.
Tipos de perfumes
A intensidade de um perfume é determinada pela quantidade de essências na sua 
composição. As essências são os componentes odoríferos, que combinados ditarão 
as notas do perfume. Elas são também os componentes mais caros da fórmula e, 
portanto, determinarão o preço do produto.
Diferentes quantidades de essências em um perfume resultam nos diferentes 
produtos classificados como na figura abaixo.
23
PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA │ UNIDADE I
Figura 6. Tipos de perfumes ordenados pela quantidade de óleo essencial em sua composição.
 
 
“Eua de cologne” 
A base perfumada é simplificada e as notas de cabeça são acentuadas, o que dá uma sensação de maior frescor. 
Neste caso, a concentração é de 3 a 5%. Duração na pele: efêmero. Ideal após o banho.
“Eau de Toilette”
A base perfumada é modificada para ressaltar as notas frescas e sua concentração pode variar de 5 a 10%. Duração 
na pele: 4 a 6 horas.
“Eau de Parfum” 
Permite um perfumar mais sutil e marcante ao mesmo tempo. A base perfumada é ligeiramente modificada e sua 
concentração se situa entre 10 e 15% de óleos essenciais. Duração na pele: 6 a 8 horas.
Parfums
Produtos mais envolventes da linha, os mais nobres e de maior valor, com concentração de óleos essenciais entre 
15% e 20%. A duração estimada deste produto na pele é de 12h a 20h. 
Extraits
produtos com quantidade de essências entre 20% e 40%.
Fonte: . Acesso em: 15/4/2019.
24
CAPÍTULO 2
Matérias-primas olfativas naturais e 
sintéticas
As matérias-primas naturais
Os aromas naturais podem ser de origem animal ou vegetal. Pode parecer estranho, 
mas há séculos, os aromas animais são utilizados na composição das essências de 
perfumes. Por serem substâncias de baixa volatilidade e de odores fortes, estas 
essências são utilizadas como fixadores em perfumes, completando a fragrância 
principal. Veja abaixo aromas animais bastante conhecidos (ASHCAR, 2001):
 » Musk ou Almíscar – a palavra almíscar vem do sânscrito muská, que 
significa “testículo”. É desta glândula do veado almiscarado macho 
(Moschus moschiferus) que se obtém o produto almíscar, de odor 
peculiar e grande valor agregado. O cheiro desta substância, após 48 
horas, passa de um odor animal para um odor bom, quente, sensual e 
doce (assim descrito por perfumistas). 
Figura 7. Cervo Almiscarado.
 
Fonte: . 
Acesso em: 28/4/2019.
 » Civette (algália) – secreção retirada de uma glândula genital do gato 
selvagem.
Figura 8. Civeta Africana. 
 
25
PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA │ UNIDADE I
Fonte: . Acesso em: 
28/4/2019.
 » Âmbar gris – excreção sólida e agregada, excreto do estômago (“vômito”) 
da baleia cachalote, encontrada flutuando nos mares ou depositado nas 
praias.
Figura 9. Ambergris. Crédito da Foto: K De Lapp of The Rising Phoenix Group Photo of Ambergris on the Beach 
Bahamas.
 
Fonte . Acesso em: 
28/4/2019.
 » Castóreo – secreção retirada de glândulas internas de gordura para 
proteção da pele do castor.
Figura 10. Castor.
 
Fonte: . Acesso em: 28/4/2019.
 A extração destas secreções envolve remoção cirúrgica das glândulas e 
morte destes animais. Grupos ativistas, consumidores simpatizantes, 
as agências reguladoras tais como a IFRA (Associação Internacional de 
Fragrâncias) ou ABIFRA no Brasil e o desenvolvimento da tecnologia na 
química com os anos agiram (e agem) para a substituição de 100% destes 
produtos naturais pelos equivalentes sintéticos, de maneira segura ao 
consumidor. 
 As fragrâncias naturais de origem vegetal são providas de diferentes 
fontes, tais como: 
26
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA
 » Fragrância floral  óleos obtidos de flores (rosa, jasmim etc.).
 » Fragrância verde  óleos extraídos de árvores e arbustos (pinho, cânfora 
etc.).
 » Fragrância animal  óleos de origem animal (castóreo, almíscar etc.).
 » Fragrância amadeirada  óleos de raízes e casca de árvores (cedro, 
sândalo etc.).
O quadro a seguir apresenta a algumas matérias-primas vegetais, segundo a origem de 
sua extração.
Quadro 1. Matérias-primas naturais de acordo com a origem da extração de sua fragrância.
Origem Nome em português Nome Botânico Origem
Nome em 
português
Nome Botânico
FLORES
BOGARI Jasminun sambac
ESPECIARIAS, 
CONDIMENTOS 
E ERVAS
ALECRIM Rosmarinus officialis
CALÊNDULA Calendula officinalis ANIS Pimpinella ansium
FLOR DE LARANJEIRA 
(Neroli)
Citrus aurantium 
amara BAUNILHA Vanilla planifólia
FRÉSIA Freesia odorata CANELA-DA-CHINA Cinammomum cassia
GARDÊNIA (Jasmin-do-
cabo) Gardenia jasminoides CANELA-DO-CEILÃO Cinammomum ceylanicum
GERÂNIO
Pelargonium 
graveolens CITRONELA Cymbopogon nardus
ÍRIS Iris germanica COMINHO Cuminum cyminum
JACINTO Hyacinthus orientalis CRAVO-DA-ÍNDIA Eugenia caryophillata
JASMIM
Jasminum 
grandiflorum ou 
officinale ENDRO Anethum graveolens
JASMIM-DO-IMPERADOR Osmanthus fragrans ERVA-CIDREIRA Cymbopogon citratus
JUNQUILHO Narcissus jonquilla ESTRAGÃO Artemisia dracunculus
LAVANDA
Lavandula Officinalis, 
Lavandula vera LOURO Laurus nobilis
LILÁS Syringa vulgaris MANJERICÃO Ocimum basilicum
LÍRIO Lilium candidum MANJERONA Majorana hortensis
LÍRIO-DO-VALE
Convallaria
Majalis MENTA Mentha spicata, piperita
MADRESSILVA Lonicera caprifolium NOZ-MOSCADA Myristica fragrans
MIMOSA Acacia decurrens ORÉGANO Origanum vulgare
NARCISO Narcissus poeticus PIMENTA Piper nigrum
ROSA
Rosa centifolia, Rosa 
damascena SÁLVIA ESCLAREA Salvia sclarea
TUBEROSA Polianthes tuberosa TOMILHOThymus vulgaris, Thymus 
serpyllum
VIOLETA Viola odorata VERBENA Lippia citriodora
ILANGUE-ILANGE Cananga odorata ZIMBO JUNÍPERO Juniperus communis
27
PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA │ UNIDADE I
Origem Nome em português Nome Botânico Origem
Nome em 
português
Nome Botânico
RAÍZES E 
RIZOMAS
GENGIBRE Zingiber officinalis
FRUTAS
ABACAXI Ananas comosus ou sativus
ÍRIS
Iris pallida, Iris 
florentina AMEIXA Prunus domestica
VALERIANA Valeriana officinalis AMÊNDOA AMARGA Prunus amara
VETIVER Vetiveria zizanoides AMÊNDOA DOCE Prunus dulcis
FOLHAS E 
CAULES
CÁLAMO Aconis calamus
BERGAMOTA/
TANGERINA Citrus bergamia
CIPRESTE
Cypressus 
sempervirens CEREJA SILVESTRE Prunus cerasus
EUCALIPTO Eucalyptus globulus COCO Cocos nucifera
FIGO Ficus carica DAMASCO Prunus americana
FOLHA D ECEDRO Thuja occidentalis LARANJA AMARGA Citrus aurantium amara
GERÂNIO
Pelargonium 
graveolens LARANJA DOCE Citrus aurantium dulcis
MURTA Myrthus communis LARANJA PÊRA Citrus aurantium
PATCHULI Pogostemon cabin LIMÃO Citrus aurantifolia
PETITGRAIN
Citrus aurantium 
amara MANGA Mangifera indica
TABACO Nicotina tabacum MEXERICA Citrus reticulata
VIOLETA Viola odorata PEÊSSEGO Prunus pérsica
MUSGOS, 
MADEIRA E 
CASCA DE 
ÁRVORES
CABREÚVA
Myrocarpus 
froridosus TORANJA (Pomelo) Citrus decumana ou paradisi
CEDRO Juniperus virginiana
RESINAS, 
GOMAS E 
BÁLSAMOS
BENJOIN Styrax tonkinensis
MUSGO Evenia furfuracea ESTORAQUE Liquidambar orientalis
MUSGO DE CARVALHO Evernia prunastri GÁLBANO Ferula galbaniflua
PAU-ROSA Aniba roseadora INCENSO/OLÍBANO Boswellia carterii
PAU-SANTO (Guaiaco) Bulnesia sarmienti LABDANUM Cistus ladaniferus
PINHO Pinus sylvestris MIRRA Commiphora myrrha
SÂNDALO Santalum álbum OPOPÂNACE Commiphora erythaea
SEMENTES E 
GRÃOS
CARDAMOMO
Elletaria 
cardamomum TEREBINTINA Pinus palustres
COMINHO Cuminum cyminum
COENTRO Coriandrum sativum
FAVA-TONGA Dipteryx odorata
FENO-GREGO
Trigonella foenum 
graecum
Fonte: adaptada de Ashcar, 2001.
As matérias-primas sintéticas
A produção das fragrâncias sintéticas, isto é, a produção de moléculas odoríferas em 
laboratório, iniciou-se por volta do final do século XIX, dando origem a perfumaria 
moderna. Os estudos e as pesquisas no campo dos aromas naturais e óleos 
essenciais levaram ao conhecimento das estruturas químicas dos aromas naturais e 
consequentemente proporcionaram a síntese de moléculas odoríferas em laboratório 
e em escala industrial. 
Apesar de muitos produtos naturais ainda serem indispensáveis na produção de 
certas fragrâncias conhecidas, os produtos sintéticos apresentam-se cada vez mais 
28
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA
promissores na obtenção de fragrâncias idênticas às naturais e de outras fragrâncias 
totalmente novas. As chamadas fragrâncias sintéticas são consideradas um marco na 
história da perfumaria, pois apresentarem diversas vantagens em relação aos extratos 
vegetais ou animais:
 » Os materiais sintéticos quase sempre são mais baratos de serem 
produzidos, em comparação com as matérias-primas naturais.
 » Por serem mais baratos, possibilitam o uso em uma gama maior de 
produtos – desde a perfumaria fina (perfumes e colônias), cosméticos, 
artigos de higiene pessoal até os mais variados produtos de limpeza.
 » As reações de produção de fragrâncias em laboratório são controladas 
de modo a terem sempre a maior eficiência possível do processo de 
síntese. Sendo assim, maiores rendimentos são obtidos, diminuindo o 
preço do produto.
 » A pureza das substâncias sintéticas também é, muitas vezes, maior 
em comparação aos óleos essenciais, sendo necessária uma menor 
quantidade da matéria-prima para conseguir o mesmo odor.
 » Também é possível fazer moléculas sintéticas mais estáveis do 
ponto de vista químico, que não se degradam em meios oxidantes, 
ácidos e básicos. Isto permite sua utilização em um maior número 
de produtos.
 » A não degradação das moléculas (devido a sua maior estabilidade, 
conforme comentado acima) permite um maior controle de qualidade 
em termos de odor, coloração, estabilidade do produto, entre outras.
 » Para moléculas sintéticas mais reativas ainda há a possibilidade 
de aumentar a vida útil e a validade dos produtos ao estabilizá-las 
pela adição de agentes estabilizantes, conservantes, fotoprotetores, 
antioxidantes, filtros UV, entre outros.
 » A produção sintética das fragrâncias auxilia muito na preservação 
de certas espécies animais e vegetais devido à extração desmedida 
dos seus óleos essenciais. Abaixo, seguem estruturas de fragrâncias 
sintéticas utilizadas na perfumaria em substituição do odor naturas 
29
PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA │ UNIDADE I
Ambergris, derivado de excreto de baleias cachalotes, como 
apresentado no início deste módulo.
Algumas fragrâncias são classificadas como semissintéticas. As moléculas 
de fragrâncias consideradas semissintéticas são obtidas em laboratório, 
utilizando-se como materiais de partidas algumas matérias-primas naturais. 
Estas matérias primas são quimicamente modificadas, resultando em 
produtos mais próximos aos naturais, reduzindo a toxicidade e mantendo 
parte de suas propriedades.
As fragrâncias sintéticas, por sua vez, são obtidas a partir de reações químicas, 
utilizando como materiais de partida somente produtos químicos (não são 
utilizados extratos naturais). 
São diversos os aromas sintéticos utilizados em cosméticos e perfumes pela indústria 
moderna. Considerando os Almíscares mais utilizados, temos:
Nitroalmíscar
Como aprendemos, o almíscar natural é retirado de uma glândula do veado 
almiscarado, incentivando a caça e a iminência da extinção destes animais. Com o 
aumento da procura deste produto e as leis de proteção aos animais, estudos foram 
desenvolvidos para a obtenção de musk sintético. Em 1888, o químico alemão Albert 
Baur descobriu acidentalmente o primeiro almíscar sintético enquanto procurava 
maneiras mais eficientes de produção de trinitrotolueno (TNT). O produto era o 
simtrinitro-butil tolueno, um produto nitrogenado resultante da condensação do 
tolueno com brometo de isobutila em meio a cloreto de alumínio. Este foi o primeiro 
almíscar sintético utilizado em perfumes, substituindo o almíscar natural, porém 
seu uso foi proibido devido a sua toxicidade e instabilidade (MARTINS, 2014).
Segundo Sergei (2014), Albert Baur ainda criou o Cetona Almíscar, o Xylene Almíscar 
e o Ambrette de Almíscar. A Givaudan criou o Almíscar Tibetene, o Almíscar Alpha e 
o Moskene.
Cetona Almíscar
A Cetona Almíscar foi usada no Chanel no 5, construindo o imenso sucesso desta 
fragrância.
30
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA
Figura 11. Estrutura da cetona almíscar e imagem do perfume Chanel no 5. 
 
Cetona Almíscar Perfume Chanel nº5
Fonte: . Acesso em: 
5/4/2019.
Xylene Almíscar
O Xylene Almíscar, mais barato e com um odor mais “duro” que a cetona almíscar, foi 
bastante usado em produtos de higiene e limpeza.
Ambrette Almíscar
O Ambrette de Almíscar tinha uma nota floral de frésia no seu odor, diferentemente 
dos outros nitroalmíscar. 
Moskene
O Moskene, criado pela Givaudan, também é um nitro composto com odor almíscar 
e assim como todos os outros nitromusks (ou nitroalmíscar), teve seu uso banido em 
1970. 
Esta classe de produtos nitrogenados apresenta alta toxicidade, atingindo o nosso 
sistema neurológico, e também são instáveis à luz, alterando a cor dos perfumes que os 
contém.
Almíscar Policíclico
Com todo o sucesso do odor almíscar na perfumaria, os estudos continuaram no 
sentido de encontrar novas opções sintéticas para a utilização em perfumes. De 
acordo com Borisov (2014), Heinrich Walbaum descobriu que o odor natural 
extraído do animal Almíscar Tonkin era de uma cetona. Dando-lhe o nome de 
Muscona, Heinrich estabeleceu a fórmula empírica desta molécula. 
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PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA │ UNIDADE I
Entre 1922-1926, o professor Leopold Ruzicka descobriu a estrutura químicado 
Muscona, uma cetona com um grande anel de 15 átomos de carbono. Este trabalho 
lhe conferiu o Prêmio Nobel da Química em 1939, pela contribuição no campo de 
estudo de cetonas macrocíclicas e a busca de novas estruturas similares com odores 
sintéticos parecidos aos naturais. 
Além da muscona, outras moléculas policíclicas de odor almíscar foram produzidas 
em laboratório, como, por exemplo:
Galaxolídeo
Descoberta em 1965, foi utilizada em amaciantes de roupas. Produto descontinuado 
nos anos 1990 por não ser biodegradável.
Exaltolídeo, ou 15-ciclopentadecanolida
Lactona macrocíclica com odor muito semelhante ao composto natural, biodegradável.
Ambretolida
Lactona encontrada nas sementes da planta Ambretta. É importante ressaltar que 
o ambrette encontrado na planta não tem similaridade química com a Cetona de 
Ambrette acima estudada, que é da classe do nitroalmíscar, banida por sua toxicidade.
Globanona, Velviona, Cosmona, Muscenona, Nivanolina e Globalida são outras 
moléculas policíclicas com aroma almíscar utilizadas na perfumaria. Para saber 
mais, acesse: .
Almíscar Alicíclico
Outras moléculas alicíclicas, ou com grande parte linear, foram descobertas. 
Exemplos são o Appelide, o Serenolide, o Sylkolide (nota de cabeça almiscarada), 
o Helvetolide, criado em 1990 tinha cheiro almiscarado frutado com amoras e o 
Romandolide, criado em 2000, de odor almiscarado fresco com tons de cânfora.
Veja abaixo as estruturas químicas do Helvetolide e do Romandolide. Observe a 
similaridade das moléculas. A síntese destes produtos em laboratório, que resultará 
em uma ou outra molécula como produto, é um belo exemplo da importância da 
química orgânica para o mundo.
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA
Figura 12. Estruturas do helvetolide e romandolide.
Fonte: . Acesso em: 26/4/2019.
Almíscar Branco
Almíscar branco é a mistura de almíscares policíclicos e alicíclicos, resultando em 
uma fragrância de algodão fresco, linho, pura e com ar de limpeza.
Segundo Borisov (2014), o perfume Empório Armani White for Her foi o pioneiro 
na criação do almíscar branco, em 2001. Ele era uma mistura do almíscar linear 
Helvetolide e do almíscar macrocíclico Habanolide. Outros exemplos de almíscar 
branco são: Cologne Thierry Mugler (2002) e Glow J. Lo (2002).
Figura 13. Fragrâncias que utilizam o almíscar branco em sua composição. 
 
Fonte: . Acesso em: 26/4/2019.
Outras fragrâncias sintéticas muito utilizadas
Além dos compostos sintéticos de odor almíscar, muitos outros são utilizados com 
frequência em cosméticos, perfumes, produtos de higiene pessoal, produtos de 
limpeza, aromatizantes entre outros. A seguir vamos listar alguns deles, detalhando a 
sua importância para que você possa conhecer, compreender e associar a química dos 
odores. 
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PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA │ UNIDADE I
 » Cumarina (ou benzo-a-pirona): possuei odor de baunilha e é muito 
utilizada como aromatizante e nota de fundo de perfumes.
 » Heliotropina (ou piperonal): é uma derivada artificial do óleo de 
sassafrás, usado há décadas para aromatizar perfumes. Usada tanto 
para produzir um aroma de cereja nos florais frutados como para dar 
um toque quente e sensual a fragrâncias orientais.
 » Vanilina: este sintético é de grande sucesso, pois substitui o óleo 
essencial de baunilha, caro e de difícil extração. De aspecto quente, 
ambarado e doce, possibilitou o aparecimento do gênero oriental de 
perfumes opulentos com grande fixação (BARROS, 2015).
 » Quinolinas: foram criadas para conferir odores animalescos e de couro 
aos perfumes. 
 » Iononas: de odor próximo ao da violeta, são responsáveis pelos traços 
frescos, frutados, amadeirados e atalcados das fragrâncias. Lembram as 
notas íris e lilás. 
 » Evernyl: possui o cheiro de grama úmida após a chuva. O evernyl 
tenta reproduzir esse odor suave e amadeirado, porém este composto 
sintético pode causar dermatite de contato e por isso não é muito usado 
(BARROS, 2015). 
 » Salicilatos: dependendo do tipo, podem proporcionar odores florais, 
herbáceos, adocicados e canforados.
 » Aldeídos: em termos odoríferos, são revolucionários, com cheiro 
distante dos odores naturais, mas ainda assim bastante agradáveis. Os 
aldeídos trazem vida às notas delicadas nos perfumes. Foram utilizados 
no famoso perfume Chanel no. 5 os aldeídos C10, C11 e C12, conferindo-
lhe parte do sucesso de sua existência. Segundo Alcântara (2013), os 
odores dos aldeídos podem ser florais (como a impressão de brisas 
frescas e flores como jasmim, rosa, íris e lírio do vale), frutados ou 
cítricos (em sabonetes dão a sensação do frescor do limão). Aldeídos 
florais verdes trazem sensações de aromas do ar livre. O resultado é 
uma fragrância com o cheiro da grama verde e de plantas. Ainda há 
os aldeídos amadeirados, com aromas de cedro, patchouli, carvalho e 
outros tons de madeira que sugerem calor.
Os aldeídos mais utilizados na produção de perfumes estão apresentados abaixo. 
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA
Aldeídos C7 – possuem odor herbáceo verde.
Figura 14. Exemplo de aldeído C7.
Fonte: . Acesso em: 26/4/2019.
Aldeídos C8 – também é chamado de octanal, possui odor de laranja.
Figura 15. Exemplo de aldeído C8.
Fonte: . Acesso em: 26/4/2019.
Aldeídos C9 – possuem odor de rosas.
Figura 16. Exemplo de aldeído C9.
Fonte: . Acesso em: 26/4/2019.
Aldeídos C10 – também são chamados de decanal, possuem odor de casca de laranja, 
enquanto o citral possui odor de limão.
Figura 17. Exemplo de aldeído C10.
Fonte: . Acesso em: 26/4/2019.
Aldeídos C11 – nome IUPAC undecanal, existente no óleo das folhas de coentro, 
responsabilizando-se por este odor característico.
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PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA │ UNIDADE I
Figura 18. Exemplo de aldeído C11.
Fonte: . Acesso em: 26/4/2019.
Aldeído C12 – possui odor de lilás ou violetas.
Figura 19. Exemplo de aldeído C12.
Fonte: . Acesso em: 26/4/2019.
Aldeído C13 – possui odor da cerosa, com tom grapefruit.
Figura 20. Exemplo de aldeído C13.
Fonte: . Acesso em: 26/4/2019.
Aldeído C14 – lembra o odor da pele de pêssego. Também conhecido como Gamma 
undecalactona possui um cheiro frutado de pêssego ou damasco, conferindo assim as 
notas frutadas aos perfumes.
Figura 21. Exemplo de aldeído C14.
Fonte: . Acesso em: 26/4/2019.
 » Hidroxicitronelal: possui odor característico de lírio-de-vale. Ao ser 
combinado com aldeídos, cria-se um aroma de radiante buquê de flores. 
O cheiro remete às energizantes manhãs frescas da primavera e tem um 
tom romântico.
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA
 » Ambroxan: fragrância sintética de grande sucesso. Seu cheiro está 
presente em produtos de limpeza e aromatizadores de ambiente. Foi 
inicialmente sintetizado como substituinte do âmbar gris (caríssimo 
produto natural extraído do excreto de baleias). Sua síntese pode ser feita 
por diferentes precursores.
 » Dihidromircenol: utilizado em perfumes masculinos, confere a sensação 
de frescor e limpeza e odor de lavanda, cítrico, cedro, cumarina e musgo 
de carvalho. Este composto está presente nas fragrâncias sport. 
 » Hedione: conhecido como o componente afrodisíaco da perfumaria. 
Confere o odor radiante da flor do jasmim. É considerado um 
transportador de aroma para os cítricos. Graças a ele, Edmond 
Roudnitska criouo primeiro perfume cítrico potente da história – Eau 
Sauvage. (BARROS, 2015) 
Figura 22. Estrutura do hedione, usado no perfume Eau Sauvage da Dior.
 
Fontes: e . Acesso em: 4/4/2019.
 » Etil maltol: este componente tem um odor de caramelo com nuances de 
frutas vermelhas e remete à infância. Thierry Mugler foi o pioneiro no 
uso. A princípio, fragrâncias deste tipo foram rejeitadas na perfumaria, 
porém hoje em dia são febre e são conhecidas como gourmands.
Figura 23. Estrutura do etil maltol, usado em diversos perfumes da classe gourmands.
Fonte: e https://www.punmiris.com/himg/o.48479.jpg>. Acesso em: 4/4/2019.
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PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA │ UNIDADE I
 » Iso E Super: esta é a molécula que mais aparece nas fragrâncias 
modernas. É definida como nota quente, seca e confortável, remetendo 
a cedro. Apesar de ter um cheiro suave, ela é versátil, densa e bastante 
agradável. Muito utilizada em fragrâncias masculinas e considerada um 
feromônio. Também é utilizada em produtos de higiene pessoal e de 
limpeza. 
Figura 24. Estrutura do Iso E Super. 
Fonte: . Acesso em: 
4/4/2019.
De acordo com Yudov (2016), em 1973, John B. Hall e James M. Sanders, da empresa 
América International Flavors & Fragrances deram o nome de Isocyclemone E a um 
novo composto químico descoberto. O aprimoramento deste composto resultou no 
atual Iso E Super. O sucesso deste composto veio com o lançamento do Christian Dior 
Fahrenheit, um perfume masculino revolucionário, sem referências aos aromas dos 
anos 1970 e 1980. Neste perfume, altas doses de Iso E Super foram utilizadas, sendo o 
principal ingrediente ativo da fragrância.
 » Cashmeran: com aroma de madeira de caxemira (árvore que não 
existe), esta molécula foi sintetizada por John Hall, o mesmo químico que 
sintetizou a Iso E Super. A Cashmeran é considerada um musk policíclico, 
pois possui estrutura muito próxima ao galaxolide – musk mais popular. 
Considerando seu cheiro, ela é mais amadeirada do que almíscar.
Seu odor é complexo, remete ao odor da pele banhada ao sol, com efeito salino e 
animálico, mas também apresenta notas frutada, chipre, balsâmica e resinada. Por ser 
insolúvel em água, este componente é utilizado também em cosméticos, produtos de 
higiene pessoal e produtos de limpeza. 
Algumas outras substâncias têm estruturas similares a da cashmeran, com diferenças 
nas nuances dos odores. São elas: 
 » Nebulone – odor mais almiscarado que a cashmeran.
 » Trisamber ou furano amadeirado – com odor mais amadeirado e 
ambarado.
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA
 » Amber Xtreme – utilizado no Paco Rabanne Invictus.
 » Calone: o calone foi o precursor de uma família de compostos 
com aromas aquáticos. Criado por químicos da Pfizer, enquanto 
pesquisavam benzodiazepinas como tranquilizantes, sintetizando 
e vendendo o diazepam benzodiazepina com nome comercial 
Vallium. O Calone, ou melhor, o metil benzodiazepina tinha um 
forte cheiro de melancia. Ao terminar sua patente, começou a ser 
utilizado por em perfumes com tendências a odores aquáticos, e 
agora ele é conhecido por Aquamore, Watermelon, Ketone, Ozonor 
e Calone.
O Calone foi o único da sua família odorífera por um bom tempo, porém 
pesquisas no campo da química das fragrâncias resultaram na descoberta de 
outras moléculas de odores mais potentes. 
O Transluzone foi o primeiro composto a ser descoberto após o Calone, com odor 
mais floral e menos marinho. Pode ser encontrado em Replica – Beach Walk e no 
Biotherm Eau Ocean. 
O Cascalone e o Aldolone, com odor ozônico, mais intenso que o Calone, e sem 
a parte desagradável deste último, que remete a ostras, foram sintetizados pela 
Firmenich.
O Azurone, criado pela Givaudan, é mais forte que o Calone. Seu uso é encontrado 
nas fragrâncias Secretions Magnifiques e Oscar Marine Spirit, em quantidades bem 
pequenas – 0,025% e 0,06% respectivamente, porém com efeitos únicos e marcantes 
nestas fragrâncias.
Figura 25. Estrutura do Calone 1951 e similares.
Fonte . Acesso em: 4/4/2019.
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PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA │ UNIDADE I
 » Damasconas: com um cheiro de rosa e damasco misturados, 
foram usadas nos anos 80 para criar um efeito de floral à base de 
rosas com um lado frutado. Um exemplo de fragrância famosa com 
grande quantidade de damasconas é Paris, referindo-se a um buquê 
de rosas. Hoje as damasconas estão em desuso pela descoberta de sua 
foto-sensibilidade.
Muitos outros compostos sintéticos comuns na perfumaria são:
 » Adoxal (floral fresco).
 » Fructone (polpa de fruta).
 » Isobutavan (frutado vanílico).
 » Linalool (picante fresco).
 » Amilo alilo glicolato (picante frutado).
 » Melonal (melão/pepino).
 » Floralozone (aquático floral).
 » Rhubofix (ruibarbo).
 » Stemone (folhas/figo).
 » Acetato de vetiveryl (vetiver).
 » Helional (feno).
 » Saffraleine (couro suave).
 » Castoreum (couro oleoso).
 » Kephalis (tabaco ambarado). 
 » Civetone (animálico).
 » Derivados de ciclopentadionas (aroma mentolado).
Alguns destes sintéticos são patenteados e somente podem ser usados pelas indústrias 
que os sintetizaram.
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UNIDADE I │ PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA
Conheça a interessante história dos almíscares, que complementará seu 
aprendizado em relação à química dos compostos sintéticos. Acesse o site: 
.
Classificação das famílias olfativas segundo a 
Comissão Técnica da Sociedade Francesa dos 
Perfumistas
Os perfumes também são classificados em relação ao seu aroma, contudo esta 
classificação é muito controversa. A classificação considerada oficial é a realizada pela 
Sociedade Francesa dos Perfumistas (Societé Française des Parfumeurs – SFP). 
Atualmente, as famílias são 7: Hespéridée, Florale, Fougère, Chypre, Boisée, Ambrée 
e Cuir. Essas famílias são divididas internamente, totalizando 46 subfamílias. 
Veremos, a seguir, as características e os detalhes de cada família.
Hespéridée
Esta palavra francesa tem a sua origem no latim científico hesperidium, que por sua 
vez faz alusão à mitologia grega, onde as Hesperídes habitavam ilhas com jardins de 
pomos de ouro, as laranjas. Em português esta família é conhecida como cítricos e 
as fragrâncias que fazem parte dela são os óleos essenciais de produtos da família da 
laranjeira (limão, laranja, tangerina e bergamota). As subfamílias são apresentadas no 
quadro abaixo.
Quadro 2. Subfamílias da família Cítricos.
Subfamília Notas
He
sp
ér
id
ée
s 
ou
 
cí
tr
ic
os
Cítrico 
Cítrico especiado Adição de notas especiadas ao cítrico (cravo, canela, pimenta, noz-moscada).
Cítrico aromático Notas aromáticas adicionadas ao cítrico (tomilho, alecrim, menta, orégano).
Cítrico floral cíprio
Outras notas frescas junto ao cítrico (jasmim, musgos e fundo amadeirado). Nova geração da 
Água de Colônia.
Cítrico amadeirado Nota floral e fundo amadeirado com mais intensidade que o cítrico.
Cítrico floral amadeirado Notas florais em conjunto com amadeirado.
Fonte: Adaptado de . Acesso em: 15/4/2019.
A seguir, veja alguns famosos perfumes pertencentes às subfamílias apresentadas 
para a família Cítricos.
41
PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA │ UNIDADE I
Figura 26. Exemplos de perfumes das subfamílias cítricas.
Cítrico Cítrico Especiado Cítrico aromático 
Eau de Patou (Jean Patou) Cacharel pour homme (Cacharel) Eau de Dali (Salvador Dali 
Fonte: 
. Acessoem: 15/
4/2019.
Cítrico floral amadeirado 
Fonte: 
. Acesso em: 
15/4/2019. 
Cítrico floral cíprio 
Ô de Lancôme (Lancôme) 
Fonte: 
. Acesso em: 15/
4/2019.
Cítrico amadeirado 
Drakkar (Guy Laroche) CK One (Calvin Klein) 
Fonte: 
. Acesso em: 15/4/2019.
Fonte: 
. Acesso em: 15/4/2019. 
Fonte: 
. Acesso 
em: 15/4/2019. 
Fougère
Esta fragrância é constituída por notas de lavanda e cumarina, associadas a outras 
notas cítricas, amadeiradas, especiadas e aromáticas. Os perfumes desta família são 
masculinos. As subfamílias estão apresentadas no quadro abaixo.
Quadro 3. Subfamílias da família Fougère.
Subfamília Notas
Fo
ug
èr
e
Fougère
Fougère floral ambreada Nota fougère harmonizada com um floral e sustentada por uma nota ambreada de fundo.
Fougère ambreada doce Notas clássicas de fougère, fundo ambreado e notas de baunilha.
Fougère especiada Fougères clássicas, notas florais e adição de notas especiadas (pimenta, cravo, caneta etc.).
Fougère aromática Fougère harmonizado com notas de tomilho, alecrim e, às vezes, também especiado.
Fougère frutada Além da fougère, notas frutadas e florais frutadas são percebidas.
Fonte: adaptado de . Acesso em: 15/4/2019.
Abaixo, veja alguns famosos perfumes pertencentes às subfamílias apresentadas para 
a família Fougère.
42
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA
Figura 27. Exemplos de perfumes das subfamílias fougère.
Fougère Fougère floral ambreada Fougère ambreada doce 
Jicky (Guerlain) Para Hombre (Loewe) The dreamer (Versace) 
Fonte: 
. 
Acesso em: 15/4/2019. 
Fonte: 
. Acesso em: 
15/4/2019. 
Fonte: 
. 
Acesso em: 15/4/2019. 
Fougère especiada Fougère aromática Fougère frutada 
Polo Sport Extrème (Ralph 
Lauren) 
Egoiste platinum (Chanel) Escape for Men (Calvin 
Klein) 
Fonte: 
. Acesso 
em: 15/4/2019. 
Fonte: 
. 
Acesso em: 15/4/2019. 
Fonte: 
. Acesso em: 15/
4/2019.
Floral
Esta família inspira-se diretamente na natureza, com fragrâncias chamadas de 
soliflor, constituídas por somente uma flor. Outras fragrâncias mais complexas 
desta família são constituídas por outras flores, conhecidas como “buquês florais”. 
A família representa mais de 60% dos perfumes, sendo estes predominantemente 
femininos. 
Quadro 4. Subfamílias da família Florais.
Subfamília Notas
Fl
or
ai
s
Soliflor
A perfumaria moderna começou com este tipo de perfume, inspirados na natureza, 
nas rodas, violeta, jasmim etc.
Soliflor lavanda Perfume masculino de referência, forte (com óleo de lavanda de 50%). Inconfundível.
Buquê floral
Notas inspiradas na natureza, associadas a florais. Maior número de matérias-primas, 
lembrando um buquê de flores.
Floral aldeidado
Início do uso de aldeídos e importante família de perfume. Composto por um buquê 
floral com notas ligeiramente amadeiradas, acetinadas e animais.
Floral verde Notas frescas, verdes e de ervas adicionadas a um buquê floral.
Floral amadeirado frutado
Notas frutadas de pêssego, ameixa, damasco e maçã adicionadas a um perfume 
“buquê floral” amadeirado.
Floral amadeirado
Nota floral dominante de rosa, violeta, jasmim e outras. Notas cítricas e herbáceas de 
cabeça e notas amadeiradas, acetinadas e avaniladas no prolongamento.
Floral marinho Buquê floral clássico acompanhado por notas marinhas.
Floral frutado Notas novas tais como damasco, melão, framboesa, lichia, pera.
Fonte: adaptado de . Acesso em: 15/4/2019.
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PRINCÍPIOS DA PERFUMARIA │ UNIDADE I
Abaixo, veja alguns famosos perfumes pertencentes às subfamílias apresentadas 
para a família Floral.
Figura 28. Exemplos de perfumes das subfamílias florais.
Soliflor Soliflor Lavanda Buquê Floral
Diorissimo (Christian Dior)
Pour un homme
(Caron)
Joy (Patou)
Fonte: 
. Acesso em:
15/4/2019.
Floral aldeidado
Chanel n. 5 (Chanel) 
Fonte: 
.
Acesso em: 15/4/2019.
Floral verde 
Vent-Vert (Balmain) 
Fonte:
. Acesso em: 
15/4/2019.
Floral amadeirado
frutado
Aimez-moi (Caron)
Fonte: 
. Acesso em:
15/4/2019.
Floral amadeirado 
Farenheit (Dior)
Fonte: 
. Acesso 
em: 15/4/2019.
Floral marinho 
Escape (Calvin Klein)
Fonte: 
. Acesso em:
15/4/2019.
Floral frutado 
So de la Renta 
(Oscar de la Renta)
Fonte: 
. Acesso 
em: 15/4/2019.
Fonte: 
. Acesso em: 15/
4/2019.
Fonte: 
. Acesso em: 15/4/2019.
Abaixo, veja alguns famosos perfumes pertencentes às subfamílias apresentadas para 
a família chipre.
Figura 29. Exemplos de perfumes das subfamílias Chipre.
Chipre Chipre frutado Chipre floral aldeidado Chipre couro
Pour Monsieur (Chanel) Yvresse (Yves Saint 
Laurent)
Antilope (Weil) La Nuit (Paco 
Rabanne)
Fonte: 
. 
Acesso em: 15/4/2019.
Fonte: 
.
Acesso em: 15/4/2019.
Fonte: 
. Acesso 
em: 15/4/2019.
Fonte: 
. Acesso em: 
15/4/2019.
Chipre aromático Chipre verde Chipre floral
Jules (Christian Dior) Miss Dior (Christian Dior) Dali pour homme (Salvador 
Dali)
Fonte:
. Acesso 
em: 15/4/2019.
Fonte: 
. Acesso em:
15/4/2019.
Fonte: 

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