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LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS NA PRÁTICA DOCENTE

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LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS 
 “TEMATICA DA SURDEZ E SEU ASPECTO MÉDICO SOCIAL E CULTURAL LIBRAS E CULTURA SURDA EM SEUS ASPECTOS”
 Deficiência Auditiva (também conhecida como Surdez) é a perda parcial ou total de audição. Pode ser de nascença ou causada posteriormente por doenças. O deficiente auditivo é considerado “surdo” quando sua audição não é funcional na vida comum. Pode ser de origem congênita, causada por viroses materna (doenças tóxicas desenvolvidas durante a gravidez) ou adquirida, causada por ingestão de remédios que lesam o nervo auditivo, exposição a sons impactantes, viroses, genética, meningite, entre outros. Os conceitos gerais sobre surdez, classificações, técnicas e métodos de avaliação da perda auditiva, características dos diversos tipos de surdez, etc., são fundamentais para compreender as implicações da deficiência auditiva, uma vez que, para o indivíduo que apresenta a surdez o mesmo pode ter prejuízos consideráveis em vários aspectos de seu desenvolvimento motor e cognitivo. No início da civilização os indivíduos que naquela época fossem reconhecidos como surdos eram considerados “não humanos”, vistos como desqualificados, com um nível muito abaixo dos ditos normais. Tal pessoa era completamente excluída da vida social, vistos como indivíduos com defeitos de nascença. O conceito de surdez e da pessoa surda vem sofrendo mudanças no decorrer da história, a ideia da pessoa surda, tem ênfase na “diferença” e não mais na “deficiência”. Isso pode ser observado nas ações, que consideram os direitos dos surdos enquanto cidadãos, embora, ainda perceba-se, que a sociedade tem muita dificuldade em mudar seus valores e assimilar novos conceitos, haja vista que, o problema da surdez provoca grande impacto na família, alterando a expectativa que os pais têm sobre este filho. A surdez muitas vezes é tida como um obstáculo na comunicação, que isola a criança da sua família e da comunidade (formada em sua maioria por ouvintes), que tem dificuldade de conviver com as diferenças. Entretanto, com a inclusão dos surdos no processo educativo, e o desenvolvimento das diversas línguas de sinais e o trabalho de ensino das línguas orais permitiram aos surdos os meios de desenvolvimento que lhes proporcionam uma maior inserção e participação no meio social, partindo da primicia que, a comunidade surda de fato não é formada apenas de indivíduos surdos como também, de indivíduos ouvintes (membros da família, interpretes, professores, amigos) que participam dos mesmos interesses em uma comunidade. Vale ressaltar que a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é de suma importância para o desenvolvimento das práticas que visam à inclusão social das pessoas surdas. A LIBRAS é a língua materna do Surdo Brasileiro e é fundamental para constituir a base cognitiva e linguística que vai permitir alfabetizar e escolarizar a criança surda. Assim como as línguas faladas, as línguas de sinais não são universais: cada país apresenta a sua própria. No Brasil a LIBRAS é reconhecida como meio legal de comunicação entre os surdos (Lei nº 10.436, regulamentada pelo decreto 5.626 de 05 de dezembro 2002). Todavia, para que haja a inclusão da comunidade surda em âmbito de maior amplitude se faz necessário à implantação de um Projeto de Inclusão Social para a pessoa surda nas escolas e demais instituições de ensino onde a língua de sinais seja posta ao alcance de todos os surdos, não apenas por se tratar de um direito assegurado por Lei, mas, por reconhecermos que os deficientes auditivos são parte integrante da sociedade e, portanto as suas necessidades devem ser atendidas e suas peculiaridades devem ser respeitadas. Os indivíduos surdos possuem potencial e a Língua Brasileira de Sinais é o principal meio que lhes proporcionam atuar na sociedade como cidadãos normais.
FONTES: www.scielo.br/pdf/es/v27n94/a14v27n94.pdf‎ 17.10.13
www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-65382009000300005&script...‎ 17.10.13
www.cultura-sorda.eu/.../A+CULTURA+SURDA+E+OS+INT$C3$89RP.. 17.10.13
Percurso Histórico da Educação de Surdos: a Origem dos Mitos e Concepções
Profa. Ma. Kate M. Oliveira Kumada
LIBRAS
• LIBRAS é a Língua Brasileira de Sinais.
 Reconhecida pela Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002, como o s i s t e m a l i n g u í s t i c o das
comunidades de pessoas surdas do Brasil.
A LIBRAS e as Línguas de Sinais
Ao redor do mundo existem outras línguas de sinais que, a s s i m c o m o a LIBRAS, representam a surdez em sua:
 História
 Cultura
 Identidade
 Estrutura linguística
 Entre outras
Percurso Histórico da Educação de Surdos
 Cabe salientar que as línguas de sinais não foram recentemente criadas ou inventadas, como muitos
acreditam.
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/1416933
Percurso Histórico da Educação de Surdos
Fonte: http://commons.wikimedia.org/ Antiguidade
Fonte: http://www.istockphoto.com
Grécia
Egito
Roma
Fonte: http://commons.wikimedia.org/
Percurso Histórico da Educação de Surdos
• Antiguidade: sem direitos até o século VI. Pelo Código Justiniano, surdos oralizados conquistam o direito de:
 Herdar fortunas.
 Unir-se em matrimônio.
 Ter propriedades.
• Idade Média: sem direito a educação.
Percurso Histórico da Educação de Surdos
• Idade Moderna:
 Primeiros educadores
 Ensino individual para filhos de nobres
 Pablo Bonet e Pedro Ponce de Leon
  Alfabeto manual
Fonte: http://commons.wikimedia.org/
Percurso Histórico da Educação de Surdos
• Entre 1760 e 1880:
Com abade Charles Michael de L’Épée:
 Surgem as primeiras escolas para surdos.
 Ensino individual passa a ser coletivo e público.
 Método Visual através de sinais franceses.
 Alunos surdos se tornaram educadores.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/
Percurso Histórico da Educação de Surdos
• Entre 1760 e 1880: Primeiras escolas para surdos do Método Oral:
– Thomas Braidwood (Inglaterra):
 Escrita, alfabeto digital e oralidade
– Samuel Heinicke (Alemanha):
 Oralismo puro
Percurso Histórico da Educação de Surdos : O Grande Conflito
Método Visual: Educação através da língua de sinais
Método Oral: Educação através da oralidade
Percurso Histórico da Educação de Surdos: a Origem dos Mitos e Concepções
PARTE 2 Congresso de Milão 1880
Congresso Internacional de Milão
• Educadores reunidos (exceto surdos)
• Votação elegeu o método oral
• Demissão de professores surdos
• Consequências no desenvolvimento
educacional e linguístico dos surdos
Percurso Histórico da Educação de Surdos
• No Brasil: Primeira escola para surdos:
 Fundada em 1857, por Ernest Huet, no Rio de Janeiro.
 Com mais de 150 anos, funciona até hoje como o INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos).
Percurso Histórico da Educação de Surdos
• No Brasil:
 Era utilizado o Método Visual.
  Após o Congresso de Milão, foi adotado o Método Oral.
 Seguindo tendências mundiais, na década de 1980, foi inserida a Comunicação Total.
Fonte: http://commons.wikimedia.or
Abordagens de Ensino
Bilinguismo: Reconhecimento da língua de sinais (L1)
Comunicação Total: Uso de vários recursos
Oralismo: Insucesso escolar e linguístico
Abordagens de Ensino Comunicação Total
• Uso de escrita, sinais, oralidade, figuras, mímicas, gestos, entre outros
• Preocupação com a comunicação
Bilinguismo
• Língua de sinais como L1
• Língua majoritária como L2
• Sujeito surdo como bilíngue
• Surdez como diferença linguística
Concepções de Surdez Clínico-patológica
• Surdez como deficiência auditiva
• Tratamento ou cura para a surdez.
• Aparelhos de amplificação sonora individual, implante coclear.
Socioantropológica
• Surdez como diferença linguística
• Acesso a língua de sinais
• Construção da identidade surda
• Contato com a cultura surda
• O passar dos anos trouxe inúmeras conquistas para a educação de surdos, desde o reconhecimento da língua de sinais até a desconstrução da surdez como deficiência.
• Contudo, vários mitos continuam sendo reproduzidos ao longo da história até os dias atuais.
Desvendandoalguns mitos
A língua de sinais é universal?
A língua de sinais é icônica?
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/1326249
Desvendando alguns mitos
A língua de sinais só expressa conceitos concretos?
E o surdo-mudo?
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/1326249
Percurso Histórico da Educação de Surdos: a
Origem dos Mitos e Concepções
AGORA É SUA VEZ
1. Durante a mudança de administração do INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos), entre 1930 e 1947, a escritora Cecília Meirelles escreveu algumas crônicas sobre as
crianças surdas que ela observou na referida instituição. Vamos analisar o excerto de uma de suas crônicas e, considerando a história da educação de surdos, identificar onde e em que
período da história esse olhar de encantamento para a forma particular de comunicação dos surdos foi revelado.
• 􀁬[...] espreitando, curiosas, gesticulando, rindo, encolhendo-se com desconfiança pelos cantos, ou olhando passivamente ao acaso, umas doze crianças vestidas de azul, nos aparecem, com essa estranha physionomia dos que não ouvem e não falam, e que
nos dão a impressão de os podermos, de repente, desencantar... (observadoras, curiosas, desconfiadas, de olhares passivos, vestidas de azul, uniformizadas, de fisionomia estranha, dão
impressão que são encantadas)􀁺 (COSTA, J. P. B. A educação do surdo
ontem e hoje: posição sujeito e identidade. Campinas: Mercado das Letras, 2010. p. 62).
2. O paradigma da inclusão é o modelo de ensino apregoado atualmente; contudo, ao retroceder na história é possível observar que outros destinos foram reservados às pessoas surdas até conquistarem o direito de serem respeitadas e incluídas no ensino regular.
( ) Na Roma e Grécia antiga, os surdos não eram considerados educáveis, por isso muitas crianças surdas foram destinadas à morte.
( ) Até 1760, apenas filhos de nobres e famílias mais abastadas tinham direito e acesso ao ensino formal.
( ) Entre 1760 e 1880, o abade L􀁠Épée criou o método oral e proibiu o uso da língua de sinais.
( ) Entre 1760 e 1880, educadores surdos fundaram escolas em diversas partes do mundo.
( ) Em 1880, o Congresso de Milão oficializou a língua de sinais como língua de instrução dos
surdos.
3. Na reportagem 􀁬Casal britânico quer direito de escolher embrião surdo􀁺, um casal de surdos britânicos criou polêmica ao desejar, através do tratamento de fertilização, escolher o embrião da criança para que ela também seja surda.
Disponível em:
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,casal-britanico-quer-direito-deescolher-
embriao-surdo,138871,0.htm. Acesso em: 1 mai. 2013.
Qual concepção de surdez e de surdos é defendida pelo casal?
􀁬A partir do século XVI surgiram as primeiras intenções na educação de surdos. Nessa primeira fase, até 1760, apenas surdos de famílias abastadas tinham acesso ao ensino formal e individual, ministrado por tutores. A preocupação em educar as crianças surdas estava ligada a
possibilidade, principalmente no caso de primogênitos, de serem reconhecidos pela lei para herdarem os bens da família. Nessa primeira fase o ensino foi inspirado nos sinais utilizados pelos monges beneditinos que viviam sob o voto de silêncio e no alfabeto digital desenvolvido por educadores da época.􀁺 (KUMADA, 2013). Você conhece o alfabeto digital ou
datilológico da LIBRAS?
Percurso Histórico da Educação de Surdos: a
Origem dos Mitos e Concepções
FINALIZANDO
• Você aprendeu que desde a Antiguidade os surdos tiveram seus direitos negligenciados – o direito à vida, à educação, ao matrimônio e até mesmo o direito a se expressar na própria língua.
Fonte: http://commons.wikimedia.org
• Assim, a inclusão, enquanto atual paradigma, tenta saldar uma antiga dívida com as comunidades de pessoas surdas.
• Reconhecer a língua de sinais e a pessoa surda como cidadão de direitos.
Fonte: http://commons.wikimedia.org
• Reconhecer que a educação de surdos deve ser mediada pela língua natural dos surdos.
• Para isso, é necessário uma sociedade preparada para acolher a surdez.
• Como? Através de:
 Intérpretes de LIBRAS
 Profissionais e escolas bilíngues em LIBRAS e língua portuguesa
 Legendas em programas televisivos
 E outras formas.
 O Papel da LIBRAS na Formação da Cultura e Identidade Surda Profa. Ma. Kate M. Oliveira Kumada 
 Introdução 
•Na aula passada, você acompanhou a história da educação de surdos e conheceu, especialmente, a origem da língua de sinais, seus mitos e concepções. 
•Contudo, a língua de sinais está presente não apenas no contexto histórico da surdez, mas também na construção da identidade e cultura surda. 
•De acordo com Choi et al. (2011, p. 35), a língua de sinais representa três papéis principais para os surdos: 
Identidade social Depositário de conhecimento cultural Meio de interação social. 
A Língua de Sinais como Identidade Social: o que É Identidade? 
•As pessoas podem se identificar com vários grupos, por nação, profissão, gênero, orientação sexual, religião, partido político, entre outros. 
•O sentimento de pertencimento a um grupo automaticamente gera a negação/oposição a outro. Fonte: http://www.sxc.hu/photo/928569 
O que É Identidade Surda? 
•Do mesmo modo, os sujeitos surdos se identificam com a comunidade surda, ou seja, com pessoas que possuem a mesma experiência visual de mundo e que se comunicam através da língua de sinais. Fonte: http://www.sxc.hu/photo/1215912 
Como se Constrói a Identidade Surda?
 Acesso à LIBRAS 
Acesso à cultura surda 
Contato com a comunidade surda 
•Crianças surdas 
•Adultos surdos 
Identidade Surda: a Importância do Contato com Surdos Adultos 
•Segundo a autobiografia da atriz e escritora surda Emmanuelle Laborit (1994, p. 49, apud CHOI et al., 2011, p. 27-8), ao encontrar um surdo adulto: 
“[...] compreendi imediatamente que não estava sozinha no mundo. Uma revelação imprevista. 
Um deslumbramento. Eu, que me acreditava única e destinada a morrer criança, como costumam imaginar que aconteceria às crianças surdas, acaba de descobrir que existia um futuro possível, já que Alfredo era adulto e surdo!” 
Identidade Surda: a Identidade da Diferença 
•De acordo com Choi et. al. (2011, p. 28), quanto mais convivem na comunidade surda, mais autoconfiantes e orgulhosos ficam os surdos, pois compreendem as diferenças entre as culturas e se percebem como diferentes, não mais como deficientes. 
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/1070365 
O Papel da LIBRAS na Formação da Cultura e Identidade Surda PARTE 2
O Papel da Língua de Sinais como Meio de Interação Social 
Não adianta gritar ou chamar pelo nome. 
Ou tocar no braço ou antebraço. 
Ou acenar com a mão. 
Ou pisar forte no chão. 
Ou bater na mesa. 
Ou acender e apagar a luz. 
O Papel da Língua de Sinais como Meio de Interação Social 
•Ao interagir com o surdo: 
•Não o toque pelas costas. 
•Apresente-se em seu campo visual. 
•Não lhe dê as costas. 
•Olhe para o seu interlocutor. 
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/720361 
O Papel da Língua de Sinais como Meio de Interação Social 
•Em um diálogo em LIBRAS é comum: 
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/1087378 
•Confirmação do entendimento. 
•Conversas diretas. 
•Chegadas e partidas longas. 
•Grandes rodas de conversas
O Papel da Língua de Sinais como Meio de Interação Social 
Os sinais pessoais: 
•Apresentação: 
Sinal, nome, surdo/ouvinte 
•Batizado do sinal: 
Feito por surdos 
Feito com base em uma característica física, uso de objetos ou comportamento constante 
 Permanente 

O Papel da Língua de Sinais como Meio de Interação Social 
•Pontos de encontro: 
•Associações, shoppings, terminais de ônibus ou metrô, entre outros 
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/112307 
O Papel da Língua de Sinais como Depositária de Conhecimento Cultural 
•A cultura surda pode se manifestar de diversas maneiras: 
•em teatros (uso simultâneo de língua de sinais, mímicas e coreografia) 
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/738757
O Papel da Língua de Sinais como Depositária de Conhecimento Cultural 
•A culturasurda pode se manifestar de diversas maneiras: 
•em poesias e poemas (uso da repetição de sinais, de movimentos, de ritmo ou de qualquer um dos parâmetros linguísticos) 
•em histórias de surdos (passadas de geração em geração, recentemente publicadas em vídeos e livros) 
O Papel da Língua de Sinais como Depositária de Conhecimento Cultural 
•A cultura surda pode se manifestar de diversas maneiras: 
•em piadas (é comum satirizar a condição de ser surdo ou ser ouvinte e as relações e diferenças entre surdos e ouvintes) 
•em literatura infantil (por exemplo, “Cinderela Surda”, 
“Rapunzel Surda” e fábulas), bem como em clássicos, contos, romances, entre outros 
O Papel da Língua de Sinais como Depositária de Conhecimento Cultural 
•Algumas formas de adaptações culturais para o acesso das pessoas surdas aos recursos tecnológicos são: conhecimento Prentice 
•TTS – Terminal Telefônico para Surdos 
•Campainhas luminosas 
•Celulares: SMS e videoconferências em chamadas 3G 
O Papel da Língua de Sinais como Depositária de Conhecimento Cultural 
•Algumas formas de adaptações culturais para o acesso das pessoas surdas aos recursos tecnológicos são: 
•Legenda oculta e outros tradutores 
•Babá eletrônica luminosa 
•Relógio de pulso e despertador vibratório 
O Papel da LIBRAS na Formação da Cultura e Identidade Surda
 AGORA É SUA VEZ 
1. Analise a imagem (à esquerda) e os sinais pessoais (à direita) dos personagens Mônica e Cebolinha, da Turma da Mônica, e justifique a referência de cada sinal. Fonte: CAPOVILLA, F. C.; RAPHAEL, W. D. Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngüe da Língua de Sinais Brasileira. 3. ed. São Paulo: Edusp, 2008. v. 1-2. p. 855-1.294.
Vamos aprender outros sinais pessoais? 
•Kate 
•Lula 
•Xuxa 
•Dilma 
•Chapeuzinho Vermelho 
•Jô Soares 
2. Analise as alternativas abaixo e indique se são (V) Verdadeiras ou (F) Falsas: 
( ) As interações em LIBRAS são marcadas por chegadas, partidas e conversas rápidas e diretas. 
( ) O olhar é imprescindível na interação com o surdo; por isso, virar as costas ou desviar o olhar pode ser considerado um insulto. 
( ) Em grandes rodas de conversa, os surdos respeitam o turno de cada interlocutor, sem entrecruzarem seus diálogos. 
( ) Durante uma apresentação, é identificado o sinal pessoal, depois é soletrado o nome e, em seguida, marcado se a pessoa é surda ou ouvinte. 
( ) Para garantir que a informação da conversa esteja acessível a todos, é comum os surdos sempre confirmarem se todos estão entendendo. 
3. Para iniciar uma comunicação em LIBRAS com uma pessoa surda, não basta dominar os sinais, é preciso estar sensível para as particularidades culturais presentes na comunidade surda. Com base nisso, responda: 
Para chamar a atenção de uma pessoa surda, você deve: 
•Chamá-la pelo seu nome ou pelo seu sinal pessoal. 
•Tocá-la no braço ou antebraço. 
•Acenar com a mão em seu campo visual 
•e/ou pisar fortemente no chão. 
•Tocar suas costas. 
•Apagar e acender as luzes. 
Vamos aprender alguns sinais de cumprimentos em LIBRAS? 
•Bom dia! 
•Boa tarde! 
•Boa noite! 
•Seja bem-vindo! 
•Olá, tudo bem? 
•Oi, tudo bem? 
•Qual é o seu nome? O meu nome é… 
•Qual é o seu sinal? O meu sinal é… 
•Eu sou surdo. Eu sou ouvinte. 
Fonte:http://www.sxc.hu/photo/904699 
O Papel da LIBRAS na Formação da Cultura e Identidade Surda 
FINALIZANDO 
Conclusão A LIBRAS representa para as pessoas surdas muito mais que um meio de comunicação: Fonte: http://www.sxc.hu/photo/1285842
•Trata-se de uma língua visual-espacial com a qual os surdos podem vivenciar o mundo e participar dele. 
•Uma língua que permite o sentimento de identificação com um grupo de pertencimento. 
•O ingresso no universo da surdez está muito além do domínio da língua de sinais. 
•Saber como interagir com as pessoas surdas é essencial. 
•Para isso, é necessário conhecer seus domínios linguísticos e culturais. 
Fonte:http://www.sxc.hu/photo/587214 
•Além disso, você aprendeu que a LIBRAS favorece a criação e reprodução de uma cultura surda riquíssima, com poesias, piadas, literatura, teatro, entre outros. 
Fonte:http://www.sxc.hu/photo/844547 
Quer exemplos? 
•As obras “Cinderela Surda”, “Rapunzel Surda” e o “Patinho Feito (surdo)” 
•A TV INES, primeira emissora brasileira virtual para surdos 
•Editoras, como LSB Vídeos e Arara Azul 
•Os dicionários trilíngues (virtuais e apps) 
•Entre outros Fonte: http://www.tvines.com.br/sobre.php
Aspectos Linguísticos da LIBRAS
Profa. Ma. Kate M. Oliveira Kumada
Introdução
• Nas aulas anteriores, você viu que a língua de sinais representa uma conquista histórica
para a comunidade de pessoas surdas.
• Durante muito tempo, os surdos foram privados de se expressarem através da
língua de sinais, sob o pretexto de que seu aprendizado prejudicaria a fala oral.
• Em decorrência de uma história de lutas em comum, de uma língua em comum e da
própria experiência visual de mundo partilhada pelos surdos, você aprendeu que
a surdez se tornou um elemento identificatório para a construção da identidade surda.
• E é também através da língua de sinais que inúmeras manifestações culturais são produzidas pela comunidade surda, tanto no âmbito da interação quanto no das expressões artísticas.
• Desse modo, socialmente e c u l t u r a lme n t e , v o c ê entendeu que a LIBRAS
atende a comunidade surda da mesma forma que a língua portuguesa atende aos brasileiros ouvintes. • Mas, e linguisticamente?
Aspectos Linguísticos da LIBRAS
• Em 1960, o linguista americano William Stokoe comprovou que a língua de sinais americana
apresentava estrutura linguística equiparada às línguas orais.
• Na década de 1980, foram iniciados os estudos lingüísticos sobre a LIBRAS, no Brasil.
• Vamos saber mais sobre isso?
 Aspectos Fonológicos da LIBRAS
• Parâmetros linguísticos:
  Configuração de mão, Localização, Movimento
 Orientação das palmas das mãos e traços não manuais (expressões faciais, movimento corporal e o olhar)
Surdez, prejuízo auditivo ou perda auditiva é uma inabilidade total ou parcial de ouvir1 . É causada por diferentes fatores, como idade, ruídos, doenças, intoxicações, traumas físicos, etc. Há um diagnóstico para determinar a severidade do prejuízo auditivo, medida em decibéis, e categorizada em suave, moderada, moderadamente severa ou profunda. A surdez também pode ser definida em três pontos de vista: ponto de vista médico, educacional ou cultural.2
Há uma série de medidas que podem ser tomadas para prevenir a perda auditiva, mas em alguns casos é impossível de reverter ou prevenir. Muitos avanços tecnológicos foram realizados para melhorar a audição dos deficientes auditivos. Entretanto, algumas dessas tecnologias têm causado controvérsias na comunidade surda
Em termos médicos, a surdez é categorizada em níveis do ligeiro ao profundo. É também classificada de deficiência auditiva, ou hipoacúsia.3 Os tipos de surdez quanto ao grau de perda auditiva:
Perda auditiva leve: não tem efeito significativo no desenvolvimento desde que não progrida, geralmente não é necessário uso de aparelho auditivo.
Perda auditiva moderada: pode interferir no desenvolvimento da fala e linguagem, mas não chega a impedir que o individuo fale.
Perda auditiva severa: interfere no desenvolvimento da fala e linguagem, mas com o uso de aparelho auditivo poderá receber informações utilizando a audição para o desenvolvimento da fala e linguagem.
Perda auditiva profunda: sem intervenção, a fala e a linguagem dificilmente irão ocorrer.
Audiologia
O Audiologista é o fonoaudiólogo especialista que se dedica ao estudo do sentido AUDIÇÃO, desde a recepção das ondas sonoras pelo ouvido até o completo processamento das informações auditivas pelo córtex do sistema nervoso central, dedicando-se pois ao estudo da anatomia, da fisiologia, da neurofisiologia e das patologias de todo o aparelho auditivo. Este profissional sem dúvida, é o mais capacitado para diagnosticar, atestar e tratar os distúrbios da audiçãoe suas consequências no dia-a-dia do indivíduo por eles acometido, daí o porque vem sendo muito requisitado na esfera do poder judiciário para que realize perícias nas questões que envolvem a audição, pois para o judiciário não basta saber que há lesão e o seu grau, é fundamental para a decisão do Juiz saber de que forma aquela lesão afeta a vida do cidadão. O Audiologista é por vezes confundido com o Otorrinolaringologista que é o especialista que se dedica ao estudo do ouvido, não tendo seu espectro de estudo ampliado para todos os aspectos do sentido da audição, seu processamento e suas influências no processo de linguagem e comunicação humana. O Audiologista realiza exames audiológicos e otoneurológicos(audiometria tonal limiar, audiometria vocal, índice de reconhecimento de fala, imitânciometria acústica, provas de função tubária, teste de reflexos neurológicos estapedianos, emissões otoacústicas transientes e evocadas por produto de distorção, audiometria de tronco encefálico, potenciais evocados de curta, média e de longa latência, monitoração transoperatória em neurocirurgias, vídeonistagmografia comum e infravermelha, vectoeletronistagmografia, rinometria acústica, exames de processamento auditivo central [avaliação de como o sistema nervoso central está processando a audição], dentre outros) para verificar se a função auditiva dos pacientes está normal ou se apresenta algum tipo de problema. Nesta área, o Fonoaudiólogo especialista em audiologia, realiza diagnósticos, prognósticos e estabelece tratamentos ou auxilia no estabelecimento de condutas de outros profissionais da área da saúde tais como pediatras, otorrinolaringologistas, neurologistas, neurocirurgiões, geriatras, clínicos gerais e outros. O audiologista também dedica-se ao estudo de física, acústica e psicoacústica, fundamentais para que possa compreender o funcionamento eletrônico complexo das próteses auditivas, o que o habilita a selecionar, ajustar, regular e adaptar aparelhos auditivos de forma precisa, para corrigir a função auditiva afetada por diferentes graus e formas de lesões, de pessoas em todas as faixas de idade a partir dos primeiros meses de vida. Este profissional deve ser consultado regularmente, desde os primeiros dias de vida, onde é realizada uma avaliação da capacidade auditiva do bebê ao nascimento, posteriormente ao completar 1 ano de vida, e ao entrar em idade escolar, ou quando apresentar quaisquer sintomas como dor, sensação de ouvido tapado, tonturas, zumbidos (chiado), estalos, e dificuldades para ouvir. A otoneurologia se dedica a diagnósticos relacionados à função vestibular que participa do controle do equilíbrio do indivíduo, área de fusão entre a fonoaudiologia, otorrinolaringologia e neurologia, cujas doenças desse sistema são popularmente conhecidas como "labirintires". Juntamente com o Otorrinolaringologista, o audiologista, participa da cirurgia de implante coclear (dispositivo eletrônico implantado no nervo da audição) fazendo exames antes e depois do implante para saber se o paciente reagiu bem ao aparelho, indicando ao Otorrino aonde colocar o aparelho na orelha do paciente. O audiologista pode também fazer a monitoração de pacientes em coma, auxiliando no prognóstico destes pacientes, realiza exames eletrofisiológicos da audição para auxiliar no processo de diagnóstico de morte encefálica, e pode realizar monitoração da ototoxicidade* ao paciente quando em uso de certas medicações como é o caso do uso dos antibióticos conhecidos como aminoglicosídios (amicacina, arbecacina, gentamicina, canamicina, azitromicina, neomicina, netilmicina, paromomicina, rodostreptomicina, estreptomicina, tobramicina e apramicina e as antraciclinas - utilizadas em quimioterapias. Este profissional é fundamental em todos os níveis de atenção à saúde, desde a atenção básica, passando pela média até a alta complexidade.
Ototoxicidade: danos progressivos nas células sensoriais do sentido da audição e do equilibrio no ouvido interno: pode resultar em ataxia (andar desequilibrado), vertigens; surdez temporária ou permanente.
Um aparelho auditivo tem como finalidade ajudar as pessoas com uma perda auditiva a perceber os sons. Atualmente, graças ao desenvolvimento da tecnologia digital e a um design bastante avançado, é possível encontrar aparelhos auditivos tão pequenos que podem ser colocados no fundo do canal auditivo – sem prejuízo da reprodução sonora, a qual é tão clara e cristalina, como a dos melhores reprodutores sonoros modernos. Os aparelhos auditivos melhoram a compreensão da fala em várias situações e dão suporte às muitas funções do sistema auditivo humano como localização sonora, compreensão, etc.
Os ruídos de fundo sempre constituíram um dos maiores problemas dos utilizadores de aparelho auditivo. Os aparelhos digitais avançados são capazes de reduzir os ruídos e realçar os sons, que são importantes para compreender a fala. Este processo realiza-se automaticamente dentro do aparelho auditivo sem que o utilizador se aperceba disso.
Outros recursos também estão disponíveis nas versões mais atuais como microfones direcionais para a fala, banda estendida de freqüência, que faz com que um maior número de sons seja amplificado e até mesmo a tecnologia Bluetooth. Esta, faz conexão entre equipamentos de audio e os aparelhos auditivos.
A tecnologia dos aparelhos auditivos evoluiu muito na última década. Há aproximadamente 3 anos (2007), foi lançada no Brasil, uma nova Era de aparelhos, com a tecnologia Wireless (superior à Digital). A Telex Soluções Auditivas foi a primeira a trazer essa inovação. Os resultados os aparelhos também depende do tipo ou características da deficiência auditiva.
O aparelho auditivo ajuda o ouvido a perceber os sons, amplificá-los e transmiti-los através do ouvido. Existem modelos retroauriculares e intracanais. Os retroauriculares podem ser do tipo BTE com molde ou com um adaptador fino; ou do tipo RITE (receiver in the ear), com o receptor externo, próximo á membrana timpânica. Esse último modelo tem sido o mais utilizado devido ao seu alto desempenho em amplificar os sons da fala e em não ocasionar o chamado "efeito de oclusão" que é tão comum em aparelhos intracanais.
Um aparelho auditivo convencional é constituído pelas seguintes partes:
1. Um microfone que capta os sons e os transforma em sinais elétricos.
2. Um amplificador que aumenta o volume sonoro.
3. Um alto-falante (em aparelhos auditivos chamado um telefone), que volta a transformar os sinais elétricos em sons.
4. Um molde que assegura que o aparelho auditivo assente bem no canal auditivo, por onde os sons são transferidos para o tímpano (aparelhos do tipo retroauricular).
5. Um tubo de plástico que conduz o som do aparelho auditivo para o molde (aparelhos do tipo retroauricular).
Já os mais modernos possuem um circuito integrado com um chip de alta velocidade de processamento de som onde, por meio de combinações binárias, ajustes automáticos vão sendo experimentados pelo usuário.
É importante que o molde esteja colocado corretamente e seja feito de forma a assentar da maneira mais conveniente no ouvido do usuário, em parte para evitar dores e incômodos quando o molde estiver em uso, e em parte para obter a melhor função do aparelho auditivo. Uma forma apropriada do molde contribui para eliminar o fenômeno da realimentação acústica (assobios) e um canal de ventilação aberto pode reduzir a sensação de ter o ouvido “entupido” ou se estar a falar “dentro de uma pipa”. Um molde que não assenta bem ou que aperta porque está mal colocado, pode levar a uma má utilização do aparelho. Se o usuário não for capaz de colocar o molde corretamente, necessita de ajuda.
O Molde deve ser trocado anualmente em caso de adultos e de seis em seis meses em caso de crianças.
Tubo
Exemplo de um aparelho
É importante que o tubo que liga o aparelho retro-auricular ao molde tenha um comprimento correto e que esteja limpo, inteiro e flexível. Se o tubo estiver curto o utilizador terá uma sensação de esticamento desagradávelno molde e o aparelho assobia; se o tubo estiver demasiado comprido, a colocação do aparelho pode ser difícil. O tubo também pode ter um cotovelo que impeça o som de sair. Tanto o molde como o tubo deverão estar ambos limpos.
O Tubo deve ser trocado de três em três meses ou quando estiver ressecado.

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