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Neuroquímica da Dor 
 
A neurotransmissão é o processo pelo qual os neurônios comunicam-se entre si através das 
sinapses, que são conexões especializadas. Essa comunicação pode ser analisada de três 
formas: anatômica, química e elétrica. 
Do ponto de vista anatômico, os neurônios são as células responsáveis pela comunicação no 
cérebro, conectando-se por meio de diferentes tipos de sinapses: axodendríticas (entre 
axônio e dendrito), axossomáticas (entre axônio e corpo celular) e axoaxônicas (entre dois 
axônios). A comunicação é unidirecional, ou seja, ocorre do neurônio pré-sináptico para o 
pós-sináptico. 
No aspecto químico, os neurotransmissores são armazenados nos terminais pré-sinápticos e 
liberados na sinapse, onde ativam receptores no neurônio pós-sináptico, gerando uma 
resposta. 
Os neurônios variam em forma, tamanho e localização, influenciando suas funções no 
sistema nervoso. Alterações em sua atividade podem resultar em sintomas 
comportamentais, que podem ser modulados por fármacos. 
Estrutura do Neurônio 
Os neurônios apresentam uma estrutura geral que pode variar conforme sua localização e 
função no cérebro. No entanto, todos compartilham elementos básicos: 
• Soma (corpo celular): Contém o núcleo e é responsável por coordenar as atividades 
celulares. 
• Dendritos: Prolongamentos que recebem informações de outros neurônios. Em 
alguns casos, possuem espinhas dendríticas para aumentar a superfície de contato. 
• Axônio: Projeção longa que envia informações para outros neurônios. Pode formar 
terminações pré-sinápticas ao longo de seu percurso (en passant) ou em sua 
extremidade. 
 
 
Tipos de Conexões Sinápticas 
Os neurônios comunicam-se por meio de sinapses, que podem ser classificadas de acordo 
com a região de contato: 
• Sinapse axodendrítica: O axônio de um neurônio faz conexão com os dendritos de 
outro. 
• Sinapse axossomática: O axônio se liga diretamente ao corpo celular (soma) do 
neurônio seguinte. 
• Sinapse axoaxônica: O axônio de um neurônio conecta-se ao axônio de outro 
neurônio. 
 
A comunicação nessas sinapses ocorre em sentido anterógrado, ou seja, sempre do 
neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico. 
 
 
 
 
Bases Químicas da Neurotransmissão 
Embora tenha uma estrutura anatômica, a neurotransmissão é essencialmente um processo 
químico sofisticado. Os sinais químicos no cérebro são codificados, transduzidos e 
transmitidos entre os neurônios. 
Neurotransmissão Sináptica Clássica 
A comunicação neuronal segue um padrão específico: 
1. Estimulação do neurônio pré-sináptico: Pode ser ativada por neurotransmissores, 
hormônios, luz ou impulsos nervosos. 
2. Geração de impulsos elétricos: Esses impulsos são conduzidos até o terminal 
axônico. 
3. Conversão para sinal químico: No terminal pré-sináptico, os sinais elétricos induzem 
a liberação de neurotransmissores na fenda sináptica. 
4. Ativação do neurônio pós-sináptico: Os neurotransmissores ligam-se a receptores 
específicos, propagando a mensagem. 
Dessa forma, enquanto a comunicação dentro de um neurônio é elétrica, a comunicação 
entre neurônios é química. 
 
Princípios da Neurotransmissão Química 
Neurotransmissores e Seus Principais Sistemas 
No cérebro, existem mais de uma dúzia de neurotransmissores conhecidos ou suspeitos. No 
entanto, seis sistemas de neurotransmissores são particularmente importantes na 
psicofarmacologia, pois são os principais alvos das substâncias psicotrópicas: 
• Serotonina: Envolvida na regulação do humor, sono, apetite e outros processos 
fisiológicos. 
• Noradrenalina: Relacionada à resposta ao estresse, atenção e excitação. 
• Dopamina: Fundamental para o controle do movimento, motivação e recompensa. 
• Acetilcolina: Importante para o aprendizado, memória e controle motor. 
• Glutamato: O principal neurotransmissor excitatório do cérebro, essencial para a 
plasticidade sináptica e cognição. 
• GABA (ácido γ-aminobutírico): O principal neurotransmissor inibitório, regulando a 
excitabilidade neuronal e prevenindo hiperatividade do sistema nervoso. 
Estrutura da Sinapse e Neurotransmissão 
A sinapse é uma estrutura especializada onde ocorre a comunicação química entre os 
neurônios. Suas partes principais incluem: 
• Neurônio pré-sináptico: Contém o terminal axônico, responsável pela liberação dos 
neurotransmissores. 
• Mitocôndrias: Fornecem a energia necessária para o processo de neurotransmissão. 
• Vesículas sinápticas: Pequenas estruturas que armazenam neurotransmissores até 
que sejam liberados na sinapse. 
• Fenda sináptica: Espaço entre os neurônios pré e pós-sináptico, onde os 
neurotransmissores são liberados e se ligam aos receptores do neurônio seguinte. 
• "Cola sináptica": Moléculas na fenda sináptica que ajudam a estabilizar e reforçar a 
conexão entre os neurônios. 
• Receptores: Presentes na membrana do neurônio pós-sináptico (e às vezes também 
no pré-sináptico), são essenciais para a detecção dos neurotransmissores e a 
ativação da resposta neuronal. 
 
 
Funcionamento da Neurotransmissão 
O processo de neurotransmissão química ocorre da seguinte forma: 
1. Estimulação do neurônio pré-sináptico: Um impulso elétrico viaja pelo axônio até o 
terminal sináptico. 
2. Liberação dos neurotransmissores: Os neurotransmissores são liberados das 
vesículas sinápticas para a fenda sináptica. 
3. Ligação aos receptores: Os neurotransmissores se ligam a receptores no neurônio 
pós-sináptico, gerando uma resposta celular. 
4. Remoção ou reciclagem: Os neurotransmissores podem ser degradados por 
enzimas, recaptados pelo neurônio pré-sináptico ou difundidos para fora da sinapse. 
Neurotransmissão: Clássica, Retrógrada e de Volume 
A neurotransmissão pode ocorrer de diferentes formas no sistema nervoso, sendo a clássica 
a mais comum, mas também existindo outros tipos, como a retrógrada e a de volume. 
Neurotransmissão Clássica 
• Inicia-se com um processo elétrico dentro do neurônio, onde impulsos elétricos 
percorrem o axônio da célula. 
• No entanto, esses impulsos não saltam diretamente para outros neurônios. 
• A comunicação entre os neurônios ocorre de forma química, não elétrica. 
• O neurônio pré-sináptico libera neurotransmissores na sinapse, que se ligam aos 
receptores do neurônio pós-sináptico. 
• Esse processo é chamado de acoplamento excitação-secreção, onde o impulso 
elétrico no primeiro neurônio é convertido em sinal químico na sinapse. 
• A informação química recebida pelo segundo neurônio pode ser transformada 
novamente em um impulso elétrico ou desencadear uma cascata de reações 
químicas dentro da célula. 
• Esse processo ocorre majoritariamente de forma anterógrada, ou seja, do terminal 
axônico do primeiro neurônio para o segundo neurônio. 
Neurotransmissão Retrógrada 
• Diferente da clássica, a neurotransmissão retrógrada ocorre no sentido oposto, ou 
seja, do neurônio pós-sináptico para o neurônio pré-sináptico. 
• Certos neurotransmissores, como endocanabinoides, são liberados pelo neurônio 
pós-sináptico e regulam a atividade do neurônio pré-sináptico. 
• Esse mecanismo é importante para controle da plasticidade sináptica, modulando a 
intensidade e duração da comunicação neuronal. 
 
Principais exemplos de neurotransmissores retrógrados: 
• Endocanabinoides (EC): Produzidos no neurônio pós-sináptico e liberados para se 
ligarem aos receptores CB1 no neurônio pré-sináptico, modulando a liberação de 
neurotransmissores. 
• Óxido nítrico (NO): Um gás que difunde da membrana pós-sináptica para a pré-
sináptica, influenciando a produção de monofosfato de guanosina cíclico (cGMP), 
que regula a neurotransmissão. 
• Fatores neurotróficos (exemplo: NGF - Fator de Crescimento Neural): 
Transportados para o núcleo do neurônio pré-sináptico, onde influenciam a 
expressão gênica e a plasticidade neuronal. 
 
 
Neurotransmissão de Volume 
• Ocorre sem a necessidade de sinapses específicas. 
• Neurotransmissorespodem se difundir no espaço extracelular e atingir diversos 
neurônios dentro de um determinado raio. 
• Se um neurotransmissor encontrar um receptor incompatível, não haverá interação. 
• Esse processo é semelhante à transmissão de sinal em redes de celular, onde um 
sinal pode alcançar qualquer dispositivo dentro de sua área de cobertura. 
• Esse tipo de neurotransmissão desempenha um papel essencial na ação de fármacos 
psicotrópicos, que podem atuar em múltiplos receptores distribuídos no cérebro, 
não apenas em áreas com sinapses bem definidas. 
• Esse tipo de neurotransmissão tem papel essencial em sistemas de 
neurotransmissores difusos, como dopamina e noradrenalina, que afetam grandes 
áreas do cérebro simultaneamente. 
 
 
Neurotransmissão de Volume da Dopamina no Córtex Pré-Frontal 
A dopamina (DA) no córtex pré-frontal apresenta um exemplo clássico de 
neurotransmissão de volume, pois sua ação não se restringe apenas às sinapses onde é 
liberada. Isso ocorre devido à baixa quantidade de transportadores de recaptação de 
dopamina (DAT) ( proteína neuronal que recaptura a dopamina extracelular (DA) liberada 
durante a neurotransmissão de volta para o neurônio pré-sináptico ) nessa região, 
diferentemente de outras áreas do cérebro, como o estriado, onde há um grande número 
dessas bombas. 
Mecanismo da Neurotransmissão de Volume da Dopamina 
• Quando a dopamina é liberada em uma sinapse específica, parte dela se liga aos 
receptores dopaminérgicos no neurônio pós-sináptico correspondente. 
• Como há poucas bombas DAT no córtex pré-frontal, a dopamina não é rapidamente 
removida do meio extracelular. 
• Assim, a dopamina se espalha para outros receptores dopaminérgicos 
extrassinápticos, localizados tanto no mesmo neurônio (em dendritos vizinhos) 
quanto em neurônios próximos. 
Diferença entre Córtex Pré-Frontal e Estriado 
• No estriado, a neurotransmissão dopaminérgica é mais localizada e controlada, pois 
há alta quantidade de DAT, removendo rapidamente a dopamina do espaço 
extracelular. 
• No córtex pré-frontal, devido à baixa quantidade de DAT, a dopamina permanece 
ativa por mais tempo e pode afetar múltiplos receptores em diferentes locais, sem 
necessidade de uma sinapse específica. 
Importância Funcional 
• A neurotransmissão de volume da dopamina no córtex pré-frontal é essencial para 
processos cognitivos complexos, como atenção, planejamento e tomada de 
decisão. 
• Essa característica também torna a dopamina no córtex pré-frontal mais sensível a 
variações na liberação e na degradação, o que pode estar relacionado a distúrbios 
neuropsiquiátricos, como TDAH e esquizofrenia. 
 
 
Neurotransmissão de Volume e Autorreceptores Monoaminérgicos 
A neurotransmissão de volume também ocorre nos neurônios monoaminérgicos ( 
neurônios do sistema nervoso central que contêm neurotransmissores como a serotonina, 
dopamina, norepinefrina ou epinefrina ), especificamente por meio de autorreceptores ( 
Um receptor que é sensível ao transmissor secretado pelo neurônio no qual o receptor está 
localizado) encontrados na região somatodendrítica (dendritos e corpo celular). Esses 
autorreceptores desempenham um papel crucial na autorregulação da atividade neuronal, 
inibindo a liberação de neurotransmissores e reduzindo a atividade do próprio neurônio. 
 
Mecanismo de Ação dos Autorreceptores 
• Autorreceptores estão localizados na parte superior do neurônio, na região 
somatodendrítica. 
• Quando ativados, esses receptores inibem a liberação do neurotransmissor da 
extremidade axônica do neurônio, diminuindo a transmissão de impulsos elétricos. 
• As monoaminas liberadas pelos próprios dendritos podem se ligar a esses 
autorreceptores e regular a atividade neuronal, sem a necessidade de sinapse. 
Diferença entre Autorreceptores Somatodendríticos e Receptores Sinápticos 
• Diferente dos receptores pós-sinápticos clássicos, os autorreceptores 
somatodendríticos não dependem de uma sinapse direta para serem ativados. 
• O neurotransmissor parece “extravasar” dos dendritos e difundir-se para alcançar 
seus próprios receptores, regulando a atividade do neurônio de forma indireta. 
Relevância para a Regulação Monoaminérgica e Psicofarmacologia 
• A regulação da atividade dos neurônios monoaminérgicos pelos seus 
autorreceptores somatodendríticos é um processo ainda em investigação. 
• Esse mecanismo pode estar relacionado à ação de antidepressivos, que modulam a 
neurotransmissão monoaminérgica, como a serotonina e a noradrenalina. 
• Destaca-se que nem toda neurotransmissão química ocorre em sinapses, 
reforçando a importância da neurotransmissão de volume na regulação da função 
neuronal. 
Acoplamento Excitação-Secreção 
O acoplamento excitação-secreção é o processo pelo qual um impulso elétrico em um 
neurônio é convertido em um sinal químico na sinapse, permitindo a comunicação 
neuronal. Esse mecanismo ocorre no terminal axônico pré-sináptico e envolve a ativação de 
canais iônicos dependentes de voltagem. 
Conversão de Estímulo Elétrico em Liberação Química 
1. Um impulso elétrico (potencial de ação) percorre o axônio do neurônio pré-
sináptico. 
2. Esse impulso ativa canais de sódio sensíveis à voltagem (VSSC), permitindo a 
entrada de sódio (Na⁺) e a propagação da carga elétrica pelo axônio. 
3. Quando o impulso atinge o terminal axônico, ele causa a despolarização da 
membrana, QUE ativa canais de cálcio sensíveis à voltagem (VSCC), resultando na 
entrada de cálcio (Ca²⁺) no terminal pré-sináptico. 
4. A quantidade de neurotransmissor liberado na fenda sináptica (o espaço entre dois 
neurônios) é diretamente proporcional à quantidade de cálcio que entra no terminal 
pré-sináptico. 
5. Embora o mecanismo exato não seja completamente compreendido, acredita-se 
que, ao entrarem no terminal, os íons cálcio se ligam a proteínas especiais chamadas 
"sítios de liberação" na membrana interna do terminal. 
6. A ligação do cálcio aos sítios de liberação provoca a abertura desses locais na 
membrana, o que permite que vesículas contendo neurotransmissores se fundam 
com a membrana e liberem seus conteúdos na fenda sináptica. 
Conversão de Sinal Químico em Sinal Elétrico 
1. O neurotransmissor liberado se liga a receptores no neurônio pós-sináptico. 
2. A membrana do neurônio pós-sináptico contém muitas proteínas receptoras, que 
são responsáveis por receber os neurotransmissores. 
→ Componentes das Proteínas Receptoras: 
• Componente de Ligação: Fica exposto na fenda sináptica, onde se liga ao 
neurotransmissor liberado pelo terminal pré-sináptico. 
• Componente Ionóforo: É a parte da proteína que atravessa toda a membrana 
pós-sináptica e alcança o interior do neurônio pós-sináptico. 
→ Tipos de Componentes Ionóforos: 
• Canal Iônico: Permite a passagem de íons específicos (como sódio, potássio, cálcio, 
etc.) através da membrana pós-sináptica, essas mudanças iônicas modificam o 
potencial elétrico do neurônio pós-sináptico, podendo gerar um novo potencial de 
ação. 
• Ativador de "Segundo Mensageiro": Não é um canal iônico, mas uma molécula que, 
ao ser ativada, se projeta para o citoplasma do neurônio e ativa substâncias dentro 
da célula. Essas substâncias atuam como "segundos mensageiros", modulando as 
funções celulares específicas. 
• Função dos "Segundos Mensageiros": Esses mensageiros internos podem aumentar 
ou diminuir atividades dentro do neurônio pós-sináptico, regulando funções 
celulares importantes. 
Transdução Contínua de Sinais 
• O sistema nervoso transduz constantemente sinais elétricos em sinais químicos e 
vice-versa. 
• Esse processo ocorre em alta velocidade, permitindo a rápida comunicação entre 
neurônios. 
• O armazenamento prévio de neurotransmissores no terminal pré-sináptico 
assegura que a transmissão ocorra imediatamente quando o impulso chega. 
 
 
 
 
 
 
1. O Que São Cascatas de Transdução de Sinais? 
São processos bioquímicosque começam com a ativação de um neurotransmissor (primeiro 
mensageiro) e se propagam através de uma sequência de mensageiros químicos dentro da 
célula. 
Fases: 
• O neurotransmissor se liga ao receptor na membrana celular, ativando um segundo 
mensageiro. 
• Esse segundo mensageiro ativa outras moléculas, como enzimas (quinases), que 
modificam proteínas por fosforilação. 
• A cascata continua com terceiros e quartos mensageiros, que regulam a expressão 
gênica, produção de proteínas e outras respostas biológicas. 
 
2. Como as Cascatas de Sinalização Atuam? 
• O processo ocorre rapidamente, em menos de 1 segundo. 
• Algumas consequências são de curto prazo, mas outras podem durar dias ou até a 
vida toda. 
• Moléculas especializadas atuam como um "correio expresso de revezamento", 
transferindo sinais sequencialmente. 
 
3. Exemplos de Cascatas 
O texto menciona duas cascatas distintas: 
1. Primeira cascata 
• O neurotransmissor ativa um segundo mensageiro. 
• Este ativa uma quinase (enzima) que adiciona grupos fosfato a proteínas-alvo. 
• Essas proteínas fosforiladas geram respostas celulares, incluindo expressão gênica. 
2. Segunda cascata 
• O neurotransmissor ativa um segundo mensageiro ligado a canais iônicos. 
• O canal abre, permitindo a entrada de íons (exemplo: cálcio). 
• Isso ativa um terceiro mensageiro diferente, que regula a sinalização celular. 
• Essas cascatas trabalham juntas e seu equilíbrio é essencial para o funcionamento do 
sistema nervoso. 
 
4. Importância na Psicofarmacologia 
• Essas cascatas estão ligadas ao funcionamento dos neurônios e à resposta a 
medicamentos psicotrópicos. 
• Desequilíbrios na sinalização podem contribuir para doenças mentais. 
• Cada molécula na cascata pode ser um alvo terapêutico para novas drogas 
psiquiátricas. 
Elementos da Cascata 
 
1. Primeiro Mensageiro (Neurotransmissor): 
 
• Molécula liberada na sinapse que se liga ao receptor pós-sináptico. 
• Exemplo: serotonina, dopamina, glutamato. 
 
2. Segundo Mensageiro: 
 
• Molécula intracelular que propaga o sinal do receptor. 
• Pode ser um íon, como o cálcio (Ca²⁺), ou outras moléculas como AMPc ( ou cAMP ) 
(adenosina monofosfato cíclico). 
 
3. Terceiro Mensageiro (Enzimas Reguladoras): 
 
• Ocorrem duas possibilidades na cascata: 
• Quinases: Adicionam grupos fosfato às proteínas (fosforilação), ativando funções 
celulares. 
• Fosfatases: Removem grupos fosfato (desfosforilação), inibindo certas funções. 
→ Fosforilação (quinases): Ativação ou mudança funcional de proteínas (exemplo: 
ativação de enzimas, regulação de fatores de transcrição). 
→ Desfosforilação (fosfatases): Inibição ou retorno ao estado basal das proteínas 
(exemplo: desligamento de vias de sinalização celular). 
 
4. Quarto Mensageiro (Fosfoproteínas): 
 
• Proteínas ativadas ou inativadas pela fosforilação/desfosforilação. 
• Regulam funções como expressão gênica e sinaptogênese. 
 
 
O equilíbrio entre quinases e fosfatases é essencial para manter a atividade neuronal 
adequada. Essas cascatas determinam a intensidade e duração da resposta celular, podendo 
afetar memória, aprendizado e plasticidade sináptica. 
 
Relevância na Psicofarmacologia 
 
• Medicamentos psicotrópicos podem modular essas cascatas. 
• Alterações nesses processos estão ligadas a doenças mentais, como depressão e 
esquizofrenia. 
 
 
1. Sequência Temporal da Transdução de Sinais 
 
A transdução de sinais ocorre em diferentes fases, com efeitos que podem durar dias ou até 
mais tempo. O processo começa com: 
 
1. Ligação do primeiro mensageiro (neurotransmissor) ao receptor pós-sináptico. 
2. Ativação de canais iônicos ou produção de segundos mensageiros por enzimas 
intracelulares. 
3. Ativação de terceiros e quartos mensageiros, geralmente proteínas fosforiladas 
(fosfoproteínas). 
4. Ativação da expressão gênica, resultando na síntese de novas proteínas. 
5. Mudanças duradouras na função neuronal, pois as proteínas recém-sintetizadas podem 
modificar permanentemente a célula. 
 
Dessa forma, os efeitos da neurotransmissão não são apenas imediatos, mas também 
podem levar a alterações prolongadas no funcionamento do cérebro. 
 
Principais Cascatas de Transdução de Sinais no Cérebro 
 
 Há quatro sistemas principais: 
 
1. Sistemas ligados às proteínas G 
 
• Ativados por neurotransmissores ( segundo mensageiro é uma substância 
química que ativa outras proteínas na célula ) 
• Atuam através de segundos mensageiros como AMPc ( ou cAMP ) ee IP3. 
• São alvos de diversos fármacos psicotrópicos. 
 
2. Sistemas ligados a canais iônicos 
 
• Neurotransmissores ativam canais para íons como Na⁺, K⁺ e Ca²⁺ ( O segundo 
mensageiro pode ser um íon, como o cálcio, que entra na célula e inicia a transdução 
de sinais ) 
• Regulam rapidamente a excitabilidade dos neurônios. 
• Muitos fármacos psiquiátricos atuam nesse sistema. 
 
3. Sistemas ligados a hormônios 
 
• Envolvem hormônios como cortisol, estrogênio e tiroxina. ( Quando o hormônio se 
liga a seu receptor no citoplasma, forma um complexo que pode entrar no núcleo e 
ativar genes específicos. ) 
• Atuam por meio de receptores intracelulares que regulam a expressão gênica. 
 
4. Sistemas ligados a neurotrofinas 
 
• Incluem fatores de crescimento neuronal, como BDNF (fator neurotrófico derivado 
do cérebro). ( Este sistema envolve um conjunto de mensageiros que inclui enzimas 
quinases, responsáveis pela ativação de respostas celulares, como a sinaptogênese e 
a sobrevivência neuronal. ) 
• Afetam a sobrevivência, plasticidade e regeneração neuronal. 
 
Mecanismos Específicos em Cada Sistema: 
• Neurotransmissores ativam tanto o sistema ligado às proteínas G quanto o sistema 
ligado a canais iônicos. Ambos os sistemas, por sua vez, ativam genes no núcleo da 
célula por meio da fosforilação de uma proteína chamada CREB (proteína de ligação 
do elemento de resposta ao cAMP). 
• Sistema Ligado às Proteínas G: Funciona através de uma cascata envolvendo o 
cAMP (monofosfato de adenosina cíclico) e a proteinoquinase A (PKA). 
• Sistema Ligado a Canais Iônicos: Este sistema envolve o cálcio como segundo 
mensageiro, que ativa a cálcio/calmodulina quinase (CaMK). 
• Sistema Ligado aos Hormônios: Hormônios como estrogênio podem entrar no 
neurônio e formar um complexo hormônio-receptor nuclear, que então entra no 
núcleo e interage com elementos de resposta hormonal (HRE), ativando genes 
específicos. 
• Sistema das Neurotrofinas: Ativa uma série de enzimas quinases, incluindo 
proteínas como Ras (proteína G), Raf (quinase), MEK (proteinoquinase ativada por 
mitógeno), ERK (quinase regulada por sinal extracelular), RSK (S6 quinase 
ribossômica), MAPK (MAP quinase) e GSK-3 (glicogênio sintase quinase 3). Essa 
cascata regula funções como sinaptogênese (formação de sinapses) e a sobrevida 
neuronal. 
 
Etapas do Processo de Transdução de Sinal ( Sistema ligado a Proteína G ): 
A transdução de sinal ocorre em várias etapas sequenciais: 
• Ligação do Neurotransmissor ao Receptor: O primeiro passo é a ligação do 
neurotransmissor ao seu receptor específico. Essa interação faz com que o receptor 
sofra uma mudança de conformação. 
• Ativação da Proteína G: A mudança de conformação do receptor permite que ele se 
ajuste à proteína G. Assim, o complexo receptor-neurotransmissor passa a ser capaz 
de se ligar à proteína G, modificando a sua conformação. 
• Interação entre Receptor e Proteína G: O receptor do neurotransmissor e a proteína 
G cooperam entre si. A proteína G, após ser ativada pela mudança conformacional 
do receptor, adquire uma nova forma e pode então interagir com uma enzima. 
• O complexo formado entre o neurotransmissor, o receptor e a proteína G é 
chamado de complexo ternário, que produz ainda outra mudança de conformação, 
que ocorre dessa vez na proteína G, representada aqui por uma mudança de seu 
formato do lado direitoda proteína G. Esse processo prepara a proteína G para a sua 
ligação à enzima capaz de sintetizar o segundo mensageiro. 
• Ativação da Enzima e Produção do Segundo Mensageiro: A proteína G, agora 
ativada, se liga a uma enzima (no exemplo, a adenilato ciclase). A enzima então 
sintetiza o cAMP (monofosfato de adenosina cíclico), que é o segundo mensageiro 
responsável por transmitir o sinal para o interior da célula. 
Resultado da Transdução de Sinal: 
• O cAMP atua como o segundo mensageiro intracelular, e sua produção é a conclusão 
do processo de transdução de sinal no sistema ligado à proteína G. Esse mensageiro 
pode, então, desencadear outras respostas dentro da célula, como a ativação de 
enzimas adicionais ou a modulação de processos celulares específicos. 
 
 
Proteinoquinase como Terceiro Mensageiro: 
• O cAMP (segundo mensageiro) ativa proteinoquinases, que são enzimas 
intracelulares responsáveis pela fosforilação de outras proteínas, um processo 
crucial para a transdução de sinais. 
• Sua função principal é adicionar grupos fosfato (fosforilação) em várias 
fosfoproteínas. 
 
 
 
• As fosfoproteínas incluem: 
o Canais iônicos regulados por ligantes (que podem ser ativados ou inibidos 
pela fosforilação). 
o Canais iônicos regulados por voltagem (que podem ser modulados pela 
fosforilação, alterando a condutância iônica). 
o Enzimas reguladoras (que têm sua atividade aumentada ou diminuída pela 
fosforilação). 
• A fosforilação pode ter efeitos diferentes, dependendo da proteína: 
o Ativação de algumas proteínas quando recebem o grupo fosfato. 
o Desativação de outras proteínas, dependendo da função que a fosforilação 
exerce. 
• As proteinoquinases inicialmente se encontram inativas, associadas a unidades 
reguladoras. Quando o cAMP se liga a essas unidades, ocorre a dissociação, ativando 
a proteinoquinase e permitindo que ela fosforile outras proteínas dentro da célula. 
• Esse processo é crucial para ativar ou desativar outras vias celulares e gerar a 
resposta apropriada à estimulação. 
 
 
Fosfatase como Terceiro Mensageiro ( Sistema ligado a Canais Iônicos ): 
• O cálcio (Ca²⁺), que pode atuar como um segundo mensageiro, também ativa 
enzimas chamadas fosfatases, como a calcineurina. 
• A fosfatase tem a função de remover grupos fosfato das fosfoproteínas. 
• As fosfoproteínas alvos da fosfatase incluem: 
o Canais iônicos regulados por ligantes. 
o Canais iônicos regulados por voltagem. 
o Enzimas reguladoras. 
• A remoção de grupos fosfato pode ter efeitos variados: 
o Ativação de algumas proteínas quando o grupo fosfato é removido. 
o Inativação de outras proteínas quando o grupo fosfato é retirado. 
• A calcineurina é uma fosfatase inativa quando ligada a outras moléculas, mas a 
ligação do cálcio à fosfatase ativa essa enzima, permitindo que ela remova grupos 
fosfato de fosfoproteínas. 
• As fosfoproteínas desfosforiladas, por sua vez, funcionam como quartos 
mensageiros, modulando as respostas celulares e conduzindo processos como a 
ativação de genes ou a modulação de outras atividades celulares 
 
 
1. Objetivo Final da Neurotransmissão: 
• A neurotransmissão busca modificar a expressão gênica nas células, ou seja, ativar 
ou desativar genes. 
• O objetivo é influenciar a transcrição gênica, o processo pelo qual a informação de 
um gene é copiada para o RNA, o qual, posteriormente, leva à síntese de proteínas. 
2. Cascatas de Transdução de Sinal por Neurotransmissores e a CREB: 
• As cascatas de transdução de sinais, ativadas por neurotransmissores, acabam 
levando à fosforilação da CREB. 
• A CREB (proteína de ligação do elemento de resposta ao cAMP) é um fator de 
transcrição localizado no núcleo celular. 
• Função da CREB: A CREB ativa a expressão gênica, especialmente de genes 
imediatos ou genes precoces, os quais são ativados logo após um sinal ser recebido 
pela célula. 
• Ativação da CREB: Quando o neurotransmissor ativa o receptor ligado à proteína G, 
a proteinoquinase A é ativada e pode migrar para o núcleo da célula. Lá, a 
proteinoquinase A fosforila a CREB, ativando esse fator de transcrição, o que leva à 
expressão gênica. 
3. Cálcio como Segundo Mensageiro: 
• Sistema ligado a canais iônicos também pode ativar a CREB, mas por uma via 
diferente. 
• O cálcio entra na célula como segundo mensageiro e se liga a uma proteína chamada 
calmodulina. 
• A calmodulina ativa proteinoquinases dependentes de cálcio/calmodulina (caMK), 
que são enzimas distintas das proteinoquinases ativadas por proteína G. 
• Assim como a proteinoquinase A, essas quinases dependentes de cálcio também 
podem migrar para o núcleo e fosforilar a CREB, ativando-a e promovendo a 
expressão gênica. 
4. Resumo do Processo: 
• Ambos os sistemas, proteína G e cálcio, resultam na fosforilação da CREB. 
• A CREB, uma vez fosforilada, ativa a transcrição de genes específicos, que se 
expressam inicialmente na forma de RNA e depois como proteínas codificadas por 
esses genes. 
 
Transdução de Sinal Hormonal e Ativação Gênica 
• Além dos sistemas de proteínas G e cálcio, hormônios também desempenham um 
papel importante na regulação da expressão gênica. 
• Hormônios como estrogênio, cortisol e hormônios tireoidianos atuam de maneira 
distinta: eles se ligam a receptores citoplasmáticos. 
• Após essa ligação, complexos hormônio-receptor se formam e translocam para o 
núcleo da célula. 
• No núcleo, esses complexos hormonais interagem com elementos de resposta 
hormonal (HREs) presentes no DNA, funcionando como fatores de transcrição para 
ativar genes adjacentes. 
 
Cascata de Quinases Ativada pelas Neurotrofinas 
• As neurotrofinas ( proteínas que regulam o crescimento, a sobrevivência e a função 
dos neurônios ) atuam como primeiros mensageiros, iniciando uma cascata de 
transdução de sinais no neurônio. 
• Cascata de Quinases: A ativação das neurotrofinas leva à ativação de quinases, que 
são enzimas que adicionam grupos fosfato a outras proteínas. 
• A Ras, uma proteína G, é o ponto de partida dessa cascata. Ela ativa a Raf, que, por 
sua vez, ativa a MEK (MAPK/ERK quinase), que continua ativando outras quinases, 
como ERK, RSK, MAPK e GSK-3. 
• O objetivo final dessa cascata é modificar a expressão gênica, um processo essencial 
para a função neuronal. 
Importância da Via das Neurotrofinas 
• Embora os nomes das quinases e das proteínas na cascata possam parecer 
complicados, o objetivo principal é entender que as neurotrofinas ativam uma 
sequência de quinases que leva à modificação da expressão gênica. 
• Essa via é fundamental para funções importantes dos neurônios, como: 
o Sinaptogênese (formação de novas sinapses) 
o Sobrevivência celular (sobrevivência dos neurônios) 
o Mudanças plásticas associadas a aprendizado e memória. 
Alvos das Quatro Vias de Transdução de Sinais 
• Vários genes são ativados por essas vias de sinalização. Esses genes incluem aqueles 
responsáveis pela síntese de: 
o Enzimas para neurotransmissores 
o Fatores de crescimento 
o Proteínas do citoesqueleto 
o Proteínas de adesão celular 
o Canais iônicos 
o Receptores e outras proteínas de sinalização intracelulares. 
• Expressão gênica: A ativação de genes pode levar à produção aumentada ou 
diminuída dessas proteínas essenciais para as funções neuronais. 
Impacto da Expressão Gênica no Funcionamento Neuronal 
• A síntese de proteínas regulada pelas vias de sinalização é crucial para o 
desempenho das funções neurais. 
• Ações biológicas variadas que são realizadas dentro dos neurônios, tais como: 
o Sinaptogênese e fortalecimento de sinapses. 
o Neurogênese (formação de novos neurônios) e apoptose (morte celular 
programada). 
o Alterações na eficiência do processamento de informações nos circuitos 
corticais. 
• Respostas comportamentais: A expressão gênica influencia uma gama de 
comportamentos, como: 
o Aprendizado 
o Memória 
o Respostas a antidepressivos.o Efeitos de psicoterapia, e em alguns casos, pode até afetar a produção de 
doenças mentais. 
 
 
Estímulos Via Periférica? 
 
 
Divisão Motora do Sistema Nervoso 
• O sistema nervoso desempenha um papel essencial no controle das atividades do 
corpo, sendo responsável por três funções motoras principais: 
o Contração dos músculos esqueléticos para gerar movimento corporal. 
o Contração da musculatura lisa nos órgãos internos (como o trato 
gastrointestinal, pulmões, etc.). 
o Secreção de substâncias pelas glândulas exócrinas e endócrinas, que afetam 
diversas partes do corpo. 
Essas funções são chamadas funções motoras do sistema nervoso, e as estruturas que 
executam essas funções são os efetores, que incluem os músculos e glândulas. 
Neuroeixo Motor Esquelético 
• O neuroeixo motor esquelético refere-se ao sistema nervoso que controla a 
contração dos músculos esqueléticos. Ele é composto por diferentes áreas do 
sistema nervoso central, que têm papéis distintos no controle motor: 
o Medula espinhal: Responsável por reflexos rápidos e movimentos 
automáticos. 
o Formação da substância reticular bulbar, pontina e mesencefálica: Essencial 
para funções motoras automáticas, como a regulação do tônus muscular e 
reflexos. 
o Gânglios da base: Controlam e ajustam os movimentos, particularmente 
movimentos mais sutis e coordenados. 
o Cerebelo: Fundamental para o controle motor fino e a coordenação dos 
movimentos, além de ajustar os movimentos conforme a necessidade do 
corpo. 
o Córtex motor: A parte superior do sistema nervoso central, responsável por 
comandos motores mais complexos, deliberados e conscientes. Está 
envolvido em processos cognitivos, como o planejamento e a execução de 
movimentos mais complexos. 
Funções e Hierarquia de Controle 
• O controle motor do corpo é hierárquico: 
o Áreas inferiores do sistema nervoso (como a medula espinhal e a formação 
reticular) lidam com movimentos automáticos e instantâneos, como reflexos 
rápidos e respostas a estímulos sensoriais. 
o Áreas superiores (como o córtex motor) controlam movimentos complexos 
e voluntários, que requerem processos cognitivos e planejamento. 
Níveis do SNC 
Nível Medular (Medula Espinhal) 
A medula espinhal não é apenas uma via de transmissão entre o encéfalo e o resto do 
corpo. Ela possui circuitos neurais próprios que realizam funções importantes de forma 
autônoma. 
Principais funções da medula espinhal: 
1. Movimentos de marcha – Coordena os padrões rítmicos de locomoção, permitindo 
andar sem controle consciente direto. 
2. Reflexos de retirada – Atua em respostas rápidas, como afastar a mão de um objeto 
quente ou pontiagudo. 
3. Reflexos posturais – Mantém o equilíbrio e sustenta o corpo contra a gravidade por 
meio do enrijecimento das pernas. 
4. Controle autônomo – Regula funções como: 
a. Tônus vascular (ajustando a pressão sanguínea localmente). 
b. Movimentos gastrointestinais (coordenando a digestão). 
c. Excreção urinária (controlando a micção). 
Os níveis superiores do sistema nervoso geralmente não atuam diretamente nos músculos 
ou órgãos, mas controlam e modulam os reflexos e funções da medula espinhal. 
 
2. Nível Cerebral Inferior ou Subcortical 
O nível subcortical envolve várias estruturas encefálicas que controlam funções automáticas 
e subconscientes. 
Principais regiões e suas funções: 
1. Bulbo e ponte – Regulam funções vitais como: 
a. Pressão arterial. 
b. Respiração. 
2. Cerebelo e formação reticular – São responsáveis pelo equilíbrio corporal e 
coordenação motora. 
3. Tálamo e hipotálamo – Desempenham papéis essenciais na regulação de emoções e 
comportamentos instintivos. 
4. Gânglios da base – Participam do controle motor, ajudando na execução de 
movimentos suaves e coordenados. 
5. Reflexos alimentares – Ativados automaticamente em resposta ao sabor da comida. 
Algumas respostas incluem: 
a. Produção de saliva. 
b. Movimentos reflexos, como lamber os lábios. 
6. Padrões emocionais – Algumas reações emocionais são controladas pelo nível 
subcortical, podendo ocorrer mesmo sem a participação do córtex cerebral. 
Exemplos: 
a. Raiva. 
b. Excitação. 
c. Respostas sexuais. 
d. Reação à dor e ao prazer. 
O nível subcortical permite que o organismo funcione de maneira eficiente sem a 
necessidade de um controle consciente contínuo. 
 
Nível Cerebral Superior ou Cortical 
O córtex cerebral é a camada mais externa do cérebro e representa a parte mais 
desenvolvida do sistema nervoso central. Ele desempenha um papel fundamental nos 
processos cognitivos superiores, como pensamento, memória e tomada de decisões. No 
entanto, ele não opera de maneira isolada, sempre atuando em conjunto com as estruturas 
subcorticais. 
1. Armazenamento e Processamento de Memórias 
• O córtex cerebral é um grande reservatório de memórias. 
• Ele armazena informações e experiências que podem ser acessadas e utilizadas para 
guiar decisões e comportamentos futuros. 
2. Interação com as Estruturas Subcorticais 
• O córtex nunca funciona sozinho. Ele depende das estruturas subcorticais para 
executar muitas de suas funções. 
• As estruturas subcorticais, como o tálamo, hipotálamo, gânglios da base e cerebelo, 
fornecem suporte ao córtex para garantir que as funções sejam realizadas de 
maneira eficiente. 
• Sem o córtex, as funções subcorticais seriam imprecisas e menos organizadas. 
• A informação armazenada no córtex contribui para que as funções subcorticais 
sejam mais refinadas e precisas. 
3. Papel no Estado de Vigília e Pensamento 
• O córtex cerebral é fundamental para a maioria das funções mentais superiores, 
como: 
o Raciocínio lógico. 
o Planejamento. 
o Criatividade. 
o Interpretação de estímulos sensoriais. 
• No entanto, ele não inicia o estado de vigília por conta própria. 
• São as estruturas subcorticais que ativam o córtex, permitindo que ele acesse 
memórias e execute processos de pensamento. 
 
Sinapses: 
Sinapses Químicas 
Definição: A sinapse química é o tipo mais comum no sistema nervoso central dos 
seres humanos. Nessa sinapse, um neurônio transmite um sinal para outro neurônio 
ou célula por meio da liberação de substâncias químicas chamadas 
neurotransmissores. 
1. Ação Seletiva: 
a. Nas sinapses químicas, o neurotransmissor liberado pelo neurônio pré-
sináptico atua de forma seletiva nos receptores específicos do neurônio pós-
sináptico. 
b. Isso significa que o neurotransmissor pode excitar ou inibir a célula alvo, 
dependendo do tipo de receptor que ele ativa. Além disso, pode modificar a 
sensibilidade do neurônio para outros sinais. 
2. Bloqueio de Sinais: 
a. A transmissão do sinal nas sinapses químicas pode ser modulada ou 
bloqueada por diferentes mecanismos. 
b. Substâncias químicas ou medicamentos podem inibir a liberação de 
neurotransmissores, bloquear os receptores ou interferir com a síntese dos 
neurotransmissores, impedindo a transmissão do sinal. 
c. Isso permite um controle preciso e flexível sobre as respostas do sistema 
nervoso. 
Sinapses Elétricas 
Definição: A sinapse elétrica é um tipo de comunicação celular caracterizado pela 
transferência direta de carga elétrica entre células adjacentes. 
1. Condução de Eletricidade: 
a. As sinapses elétricas são caracterizadas pela transmissão direta de 
eletricidade de uma célula para outra através de junções comunicantes (gap 
junctions). 
b. Essas junções são pequenas estruturas tubulares proteicas que formam 
canais entre as células, permitindo o fluxo livre de íons entre elas. Isso 
possibilita uma transmissão rápida e direta do sinal elétrico. 
2. Junções Comunicantes (Gap Junctions): 
a. As junções gap são formadas por conexões entre as membranas celulares 
adjacentes, com canais que permitem que os íons passem de uma célula para 
a outra. 
b. Essas junções são cruciais para a transmissão de potenciais de ação de uma 
célula para outra, especialmente emtecidos como músculo liso e músculo 
cardíaco. 
3. Bidirecionalidade: 
a. Uma característica importante das sinapses elétricas é que a transmissão do 
sinal é bidirecional, ou seja, a informação pode fluir em ambas as direções 
entre as células conectadas. 
b. Isso é possível porque as junções gap permitem que os íons se movam 
livremente em ambas as direções, facilitando a comunicação rápida entre 
células adjacentes. 
 
Características das sinapses elétricas: 
• As sinapses elétricas permitem uma transmissão muito rápida dos sinais, pois não 
envolvem a liberação de neurotransmissores. 
• No sistema nervoso central humano, essas junções gap são relativamente raras. 
 
Função em outros tecidos: 
• No músculo liso visceral e no músculo cardíaco, as sinapses elétricas são mais 
comuns. Elas permitem que os potenciais de ação se propaguem rapidamente de 
uma célula para outra, coordenando a contração muscular, como em processos de 
contração cardíaca e movimento do músculo liso. 
Comparação entre as Sinapses Químicas e Elétricas 
• Sinapse Química: 
o Utiliza neurotransmissores para comunicar sinais entre células. 
o A transmissão é mais lenta, mas permite maior controle e modulação da 
sinalização. 
o Comum no sistema nervoso central. 
• Sinapse Elétrica: 
o Permite a comunicação direta de sinais elétricos entre células adjacentes. 
o A transmissão é mais rápida, mas menos flexível do que nas sinapses 
químicas. 
o Mais comum em tecidos como músculo cardíaco e liso visceral. 
 
 
Sinais Facilitatórios e Inibitórios 
 
Excitação 
Os receptores excitatórios promovem excitação do neurônio pós-sináptico, elevando o 
potencial da membrana para níveis mais positivos, com o objetivo de atingir o limiar de 
excitação ( proteínas que regulam o crescimento, a sobrevivência e a função dos neurônios 
). Os principais mecanismos que causam excitação são: 
1. Abertura dos canais de sódio: 
a. A abertura desses canais permite a entrada de um fluxo massivo de íons 
sódio (Na⁺) para o interior das células pós-sinápticas, que carrega cargas 
elétricas positivas. 
b. Isso despolariza a célula e aumenta o potencial intracelular (membrana da 
célula se torna mais positiva), ajudando a atingir o limiar de excitação para 
que o neurônio dispare um potencial de ação. 
2. Redução da condução dos canais de cloreto ou potássio: 
a. Se os canais de cloreto (Cl⁻) ou potássio (K⁺) tiverem sua condução reduzida, 
isso impede a entrada de cloreto (que tem carga negativa) ou a saída de 
potássio (que tem carga positiva). 
b. Ambos os mecanismos aumentam a carga positiva dentro da célula, fazendo 
o potencial interno da membrana se tornar mais positivo do que o normal. 
Isso gera um efeito excitatório, aproximando a célula do limiar para disparar 
um sinal elétrico. 
3. Alterações no metabolismo celular: 
a. Alterações metabólicas podem ocorrer dentro do neurônio pós-sináptico, 
afetando a atividade celular de forma excitadora, podendo aumentar a 
atividade celular ou modificar os processos envolvidos na excitação 
neuronal. 
b. Ou seja, as alterações podem resultar no aumento do número de receptores 
excitadores na membrana ou na diminuição do número de receptores 
inibitórios. Isso facilita ainda mais a excitação, já que mais receptores 
excitadores tornam o neurônio mais suscetível à ativação. 
Inibição 
Os receptores inibitórios têm o efeito oposto, ou seja, inibem a atividade do neurônio pós-
sináptico, tornando o ambiente interno da célula mais negativo, dificultando a geração de 
um potencial de ação. Os principais mecanismos que causam inibição são: 
1. Abertura dos canais de cloreto: 
a. Quando os canais de cloreto se abrem, íons cloreto (Cl⁻) entram na célula. 
b. Como o cloreto tem carga negativa, sua entrada aumenta a negatividade 
interna da célula, tornando o neurônio menos propenso a disparar um 
potencial de ação. 
2. Aumento da condutância de potássio: 
a. O aumento da condutância para íons potássio (K⁺) faz com que mais potássio 
saia da célula. 
b. A saída de íons positivos torna a parte interna da membrana ainda mais 
negativa, inibindo a célula e dificultando a geração de um potencial de ação. 
3. Ativação de enzimas receptoras: 
a. Certos receptores ativam enzimas que inibem funções celulares. 
b. Essas enzimas podem aumentar o número de receptores inibitórios ou 
diminuir o número de receptores excitatórios, reduzindo ainda mais a 
capacidade do neurônio de gerar um sinal excitatório. 
 
 
Neurotransmissores de Moléculas Pequenas e de Ação Rápida 
 
Principais: 
 
Classe I: 
• Acetilcolina 
Classe II ( Aminas ): 
• Norepinefrina 
• Epinefrina 
• Dopamina 
• Serotonina 
• Histamina 
Classe III ( Aminoácidos ): 
• Ácido gama-aminobutírico (GABA) 
• Glicina Glutamato Aspartato 
Classe IV: 
• Óxido nítrico (NO) 
 
Os neurotransmissores constituídos por moléculas pequenas são geralmente sintetizados no 
citosol do terminal pré-sináptico. Após a síntese, eles são transportados ativamente para o 
interior das vesículas sinápticas, onde ficam armazenados até o momento da liberação. 
Liberação e Ação dos Neurotransmissores 
Quando um potencial de ação chega ao terminal pré-sináptico, algumas vesículas liberam 
seu conteúdo na fenda sináptica. Esse processo ocorre em questão de milissegundos. O 
neurotransmissor liberado se liga aos receptores na membrana do neurônio pós-sináptico, 
promovendo mudanças na condutância dos canais iônicos. Esse efeito pode ser excitatório 
ou inibitório: 
• Excitação: O neurotransmissor pode aumentar a condutância dos canais de sódio 
(Na⁺), permitindo a entrada de íons positivos e favorecendo a geração de um novo 
potencial de ação no neurônio pós-sináptico. 
• Inibição: O neurotransmissor pode aumentar a condutância dos canais de potássio 
(K⁺) ou cloreto (Cl⁻), o que tende a estabilizar ou hiperpolarizar a membrana, 
dificultando a geração de um novo impulso nervoso. 
Reciclagem das Vesículas Sinápticas 
As vesículas que armazenam neurotransmissores são reutilizadas diversas vezes. Após 
liberar o neurotransmissor, a membrana da vesícula se funde temporariamente à 
membrana sináptica. Em seguida, essa membrana sofre um processo de invaginação e se 
desprende para formar uma nova vesícula. 
A nova vesícula ainda contém proteínas enzimáticas ou transportadoras responsáveis por 
sintetizar e armazenar o neurotransmissor novamente, garantindo a continuidade da 
transmissão sináptica. 
Exemplo: Acetilcolina 
A acetilcolina é um exemplo típico de neurotransmissor de molécula pequena e ação rápida. 
Sua síntese ocorre no terminal pré-sináptico a partir de acetilcoenzima A e colina, por meio 
da ação da enzima colina acetiltransferase. Após sua produção, a acetilcolina é 
transportada para vesículas sinápticas. 
Quando liberada na fenda sináptica, a acetilcolina é rapidamente hidrolisada pela enzima 
colinesterase ( presente no retículo de proteoglicanos que preenche o espaço da fenda 
sináptica ), que a transforma em acetato e colina. A colina resultante é recaptada pelo 
terminal pré-sináptico para ser reutilizada na síntese de nova acetilcolina. As vesículas são 
então recicladas e preparadas para armazenar novos neurotransmissores. 
Esse processo garante uma transmissão eficiente e rápida dos sinais nervosos, característica 
essencial para funções como o controle motor e a comunicação entre neurônios. 
Características dos Neurotransmissores de Molécula Pequena 
1. Acetilcolina 
A acetilcolina é um neurotransmissor amplamente distribuído no sistema nervoso e está 
envolvida na ativação muscular, na modulação do sistema nervoso autônomo e em diversas 
funções cerebrais. 
• Locais de secreção: 
o Terminais das células piramidais do córtex motor. 
o Neurônios dos gânglios da base. 
o Neurônios motores que inervam os músculos esqueléticos. 
o Neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso autônomo. 
o Neurônios pós-ganglionaresdo sistema nervoso parassimpático. 
o Alguns neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático. 
• Efeitos: 
o Geralmente possui efeito excitatório, promovendo a contração muscular e 
facilitando a comunicação entre neurônios. 
o Em algumas situações específicas, pode ter efeito inibitório, como no caso da 
inibição do coração pelo nervo vago no sistema parassimpático. 
2. Norepinefrina 
A norepinefrina, também conhecida como noradrenalina, está envolvida na regulação da 
atenção, vigília e resposta ao estresse. 
• Locais de secreção: 
o Tronco cerebral e hipotálamo, especialmente nos neurônios do locus 
ceruleus, situado na ponte. 
o Maiorias dos neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático. 
• Efeitos: 
o No sistema nervoso central, regula a atividade geral do encéfalo e influencia 
o estado de alerta e vigília. 
o No sistema nervoso autônomo, pode excitar ou inibir diferentes órgãos, 
dependendo do tipo de receptor envolvido. 
3. Dopamina 
A dopamina é um neurotransmissor fundamental para o controle motor e para o sistema de 
recompensa do cérebro. 
• Local de secreção: 
o Neurônios que se originam na substância negra, com projeções para a região 
estrial dos gânglios da base, em diversas áreas do córtex. 
• Efeito: 
o Predominantemente inibitório, ajudando a regular os movimentos e a 
prevenir atividades excessivas dos neurônios motores. 
o Também está envolvida em processos de motivação, prazer e aprendizado. 
4. Glicina 
A glicina é um neurotransmissor inibitório importante para o controle da atividade neuronal 
na medula espinhal. 
• Local de secreção: 
o Sinapses da medula espinhal. 
• Efeito: 
o Atua sempre como neurotransmissor inibitório, ajudando a controlar 
reflexos motores e a regular sinais que passam pela medula espinhal. 
5. GABA (Ácido Gama-Aminobutírico) 
O GABA é um dos principais neurotransmissores inibitórios do sistema nervoso central. 
• Locais de secreção: 
o Medula espinhal. 
o Cerebelo. 
o Gânglios da base. 
o Diversas áreas do córtex cerebral. 
• Efeito: 
o Sempre inibitório, ou seja, reduz a atividade dos neurônios aos quais se liga. 
o Desempenha um papel fundamental no controle da excitabilidade neuronal, 
ajudando a prevenir descargas excessivas que podem levar a convulsões. 
o Está envolvido na regulação do tônus muscular e em processos de 
relaxamento e controle do estresse. 
6. Glutamato 
O glutamato é o principal neurotransmissor excitatório do sistema nervoso central. 
• Locais de secreção: 
o Terminais pré-sinápticos de vias sensoriais aferentes. 
o Diversas áreas do córtex cerebral. 
• Efeito: 
o Sempre excitatório, aumentando a atividade dos neurônios e facilitando a 
transmissão de sinais nervosos. 
o Essencial para processos como aprendizado e memória, pois participa da 
plasticidade sináptica. 
o Tem um papel importante na transmissão de sinais sensoriais e no 
funcionamento de circuitos cerebrais complexos. 
7. Serotonina 
A serotonina é um neurotransmissor com múltiplas funções no sistema nervoso, atuando 
principalmente como inibidor em diversas regiões. 
• Locais de secreção: 
o Núcleos da rafe mediana, localizados no tronco cerebral. 
o Fibras que se projetam para diferentes áreas do encéfalo e da medula 
espinhal. 
o Especialmente presente nos cornos dorsais da medula espinhal e no 
hipotálamo. 
• Efeito: 
o Atua como inibidor das vias da dor na medula espinhal, reduzindo a 
percepção da dor. 
o Auxilia no controle do humor, desempenhando um papel essencial na 
regulação de emoções e no tratamento de distúrbios como depressão e 
ansiedade. 
o Influencia o ciclo do sono, podendo induzir o sono e regular os ritmos 
circadianos. 
8. Óxido Nítrico (NO) 
O óxido nítrico é um neurotransmissor incomum, pois não é armazenado em vesículas, 
como os outros neurotransmissores de molécula pequena. 
• Locais de secreção: 
o Áreas encefálicas envolvidas em comportamentos de longo prazo e 
memória. 
• Efeito e mecanismo de ação: 
o Não é armazenado em vesículas, mas sim sintetizado conforme necessário 
no terminal pré-sináptico. 
o Difunde-se diretamente para os neurônios pós-sinápticos adjacentes, sem a 
necessidade de uma liberação vesicular. 
o Não altera significativamente o potencial de membrana, mas modifica 
funções metabólicas intracelulares, influenciando a excitabilidade neuronal 
por longos períodos (segundos a minutos). 
o Pode estar envolvido em processos de aprendizado e memória, regulando a 
plasticidade sináptica. 
 
 
 
Atividade dada em sala: 
 
Caso Clínico 1 
 
Mariana, 28 anos, é estudante de pós-graduação e procura atendimento médico queixando-
se de fadiga mental, dificuldade de aprendizado, insônia e episódios de ansiedade. Ela 
menciona que, devido à alta carga acadêmica, tem se alimentado mal e consumido 
energéticos e café em excesso. Além disso, relata um leve tremor nas mãos e episódios de 
dor de cabeça. 
 
O exame neurológico não revela déficits motores ou sensitivos evidentes, mas um exame 
laboratorial mostra baixos níveis de triptofano, vitamina B6 e ácido fólico. Suspeitando de 
um possível comprometimento na neurotransmissão, o médico decide explicar as principais 
vias de formação e sinalização dos neurotransmissores. 
 
Questão 1 – Dissertativa: Explique as três principais vias de sinalização dos 
neurotransmissores: 
 
 
 
Questão 2 – Objetiva: Qual das alternativas abaixo descreve corretamente a função de 
uma estrutura neuronal? 
 
A) Dendritos - responsáveis pela condução do potencial de ação ao longo do axônio em 
direção ao terminal sinaptico. 
 
B) Axônio principal estrutura responsável pela recepção de sinais sinapticos de outros 
neurônios. 
 
C) Corpo celular (soma) contém o núcleo e a maior parte das organelas, sendo responsável 
pela integração e processamento das informações recebidas. 
 
D) Nódulos de Ranvier - regiões mielinizadas do axōnio que aceleram a condução do 
impulso nervoso. 
 
E) Terminal sinaptico região do neurônio onde ocorre a geração do potencial de ação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	Estrutura do Neurônio
	Tipos de Conexões Sinápticas
	Princípios da Neurotransmissão Química
	Neurotransmissores e Seus Principais Sistemas
	Estrutura da Sinapse e Neurotransmissão
	Funcionamento da Neurotransmissão
	O processo de neurotransmissão química ocorre da seguinte forma:
	Neurotransmissão: Clássica, Retrógrada e de Volume
	Neurotransmissão Clássica
	Neurotransmissão Retrógrada
	Neurotransmissão de Volume
	Neurotransmissão de Volume da Dopamina no Córtex Pré-Frontal
	Mecanismo da Neurotransmissão de Volume da Dopamina
	Diferença entre Córtex Pré-Frontal e Estriado
	Importância Funcional
	Neurotransmissão de Volume e Autorreceptores Monoaminérgicos
	Mecanismo de Ação dos Autorreceptores
	Diferença entre Autorreceptores Somatodendríticos e Receptores Sinápticos
	Relevância para a Regulação Monoaminérgica e Psicofarmacologia
	Acoplamento Excitação-Secreção
	Conversão de Estímulo Elétrico em Liberação Química
	Conversão de Sinal Químico em Sinal Elétrico
	Etapas do Processo de Transdução de Sinal ( Sistema ligado a Proteína G ):
	Resultado da Transdução de Sinal:
	Proteinoquinase como Terceiro Mensageiro:
	Fosfatase como Terceiro Mensageiro ( Sistema ligado a Canais Iônicos ):
	1. Objetivo Final da Neurotransmissão:
	2. Cascatas de Transdução de Sinal por Neurotransmissores e a CREB:
	3. Cálcio como Segundo Mensageiro:
	4. Resumo do Processo:
	Transdução de Sinal Hormonal e Ativação Gênica
	Cascata de Quinases Ativada pelas Neurotrofinas
	Importância da Via das Neurotrofinas
	Alvos das Quatro Vias de Transdução de Sinais
	Impacto da Expressão Gênica no Funcionamento Neuronal
	Divisão Motora do Sistema Nervoso
	Neuroeixo Motor Esquelético
	Funções e Hierarquia de Controle
	Níveis do SNC
	Nível Medular (Medula Espinhal)
	Principais funções da medula espinhal:
	2. Nível Cerebral Inferior ou Subcortical
	Principais regiões e suas funções:
	Nível Cerebral Superiorou Cortical
	1. Armazenamento e Processamento de Memórias
	2. Interação com as Estruturas Subcorticais
	3. Papel no Estado de Vigília e Pensamento
	Sinapses:
	Sinapses Químicas
	Sinapses Elétricas
	Comparação entre as Sinapses Químicas e Elétricas
	Excitação
	Inibição
	Liberação e Ação dos Neurotransmissores
	Reciclagem das Vesículas Sinápticas
	Exemplo: Acetilcolina
	1. Acetilcolina
	2. Norepinefrina
	3. Dopamina
	4. Glicina
	5. GABA (Ácido Gama-Aminobutírico)
	6. Glutamato
	7. Serotonina
	8. Óxido Nítrico (NO)

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