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3. REQUISITOS DA EXECUÇÃO
3.1 Regras gerais sobre pressupostos processuais e condições da ação
Nosso sistema processual possui um regime geral comum para a atividade jurisdicional de conhecimento e executiva, onde se aplica aos respectivos processos as regras gerais sobre pressupostos processuais e condições da ação, examinadas no curso de teoria geral do processo civil.
A fim de relembrar, as partes precisam ter capacidade de ser parte e estar em juízo, e ser representadas por advogados (ressalvado o art. 9º da Lei 9099 de 1995); o juiz tem que ser competente e não pode ser impedido; é vedado o instituto da litispendência, bem como propor ação novamente quando já se julgou seu mérito (coisa julgada); a petição inicial deve ser regular e apta; impõe-se a presença de interesse processual, possibilidade jurídica do pedido e legitimidade das partes.
Independentemente da propositura de embargos de devedor, de impugnação ao cumprimento de sentença, ou mesmo de arguição na própria execução, o juiz tem o dever (ex officio) de averiguar a presença dos requisitos processuais para a atuação jurisdicional executiva, podendo, ser arguido em qualquer tempo ou grau de jurisdição, pelo caráter de ordem pública que possuem. 
3.2 Requisitos específicos do processo de execução
Como já dito, não haverá discussão acerca do mérito da demanda no processo de execução, assim, também na fase de cumprimento de sentença; a não ser pela propositura da ação incidental de embargos do devedor ou incidente de impugnação.
Os pressupostos básicos para realizar a execução estão estabelecidos precipuamente no art. 580 e seguintes do CPC. Nos termos do art. 580: “A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível, consubstanciada em título executivo”. E o art. 586 prevê que “a execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível”. O art. 475-J, caput , da mesma forma alude à certeza e liquidez da quantia objeto da condenação. Ainda, o art. 618 determina ser nula execução não fundada em título que retrate obrigação líquida, certa e exigível (incs. I e III). O art. 581, por sua vez, vincula a execução ao inadimplemento total ou parcial do devedor.
3.3 Título executivo
3.3.1 Conceito e função
Segundo Wambier (p. 61, 2008), “título executivo é cada um dos atos jurídicos que a lei reconhece como necessários e suficientes para legitimar a realização da execução”.
Há enumeração exaustiva dos títulos executivos no ordenamento. Isso porque, como é óbvio, autorizar-se execução sem cognição sobre a razão das partes é algo drástico, que só deve ocorrer em hipóteses precisas e expressamente estabelecidas. 
O título afasta a necessidade de qualquer investigação, no bojo do processo, acerca da existência do direito. É, então, ato jurídico estabelecido em lei apto a ensejar a execução e dispensar discussão sobre existência do crédito. O juiz só verifica se o exequente juntou o documento representativo de algum daqueles atos catalogados na lei como título executivo, líquido, certo e exigível. Se juntou, é o que basta: o juiz defere a execução.
3.3.2 Natureza
Título executivo é ato legitimador da execução e retratado por documento.
Exemplificando: quando alguém vai até o juiz, munido de nota promissória (que é título executivo), e pede-lhe que inicie a execução, o pedaço de papel intitulado nota promissória, com a aposição de valores, datas, etc., não prova propriamente – ao menos no âmbito do processo de execução - que existe débito. Demonstra, isso sim, que está presente um daqueles atos a que a lei confere o condão de autorizar o emprego dos mecanismos executórios.
3.3.3 Criação legislativa dos títulos executivos
Em virtude da taxatividade legal, as partes não podem pretender conferir a qualidade de título executivo a outros atos que não os estabelecidos pela lei.
O legislador houve por bem dividir os títulos executivos em judiciais e extrajudiciais. Ambos dão ensejo à atuação executiva. No entanto: (1) os títulos executivos extrajudiciais serão sempre executados mediante um processo autônomo de execução, ao passo que os títulos executivos judiciais, em determinadas hipóteses, poderão dar ensejo a uma fase de cumprimento de sentença, inserida no próprio processo em que o título de formou; (2) há diferenças procedimentais na fase inicial da execução em um e outro caso; (3) é diferente o âmbito de matérias alegáveis nos embargos à execução do título executivo extrajudicial e na impugnação à execução do título executivo judicial.
3.3.3.1 Títulos executivos judiciais
Títulos executivos judiciais consistem em provimentos jurisdicionais, ou equivalentes, que contêm a determinação a uma das partes de prestar algo à outra. O ordenamento confere a esses provimentos a eficácia de, inexistindo prestação espontânea, autorizar o emprego dos atos executórios.
A Lei nº. 11.232 de 2005 incluiu o art. 475-N, que prevê o rol dos títulos executivos judiciais, outrora previsto no art. 584.
Destacam-se:
a) A sentença proferida no processo judicial civil e que contenha eficácia condenatória. É a hipótese mais comum de titulo executivo judicial.
Tal eficácia (a determinação para uma parte cumprir prestação perante a outra) não se faz presente só nas chamadas sentenças precipuamente condenatórias. As sentenças declaratórias e constitutivas também portam, normalmente, eficácia condenatória, pois, com algumas exceções, veiculam condenação do vencido ao pagamento de custas judiciais e dos honorários advocatícios. E, relativamente a tais verbas de sucumbência, aquelas sentenças funcionam como título executivo. Quanto a sentenças meramente declaratória, estas não tem o condão de surtir efeitos executivos. Ou seja, não servem como título executivo.
Por outro lado, note-se que, quando a prestação pretendida concerne a dever de fazer, de não fazer ou à entrega de coisa, a sentença de procedência terá eficácia mandamental e executiva lato sensu.
b) “a sentença penal condenatória transitada em julgado” (art. 475-N, II).
É a eficácia civil da sentença penal condenatória: a sentença que condena o réu no processo penal vale, desde logo, como título executivo para a vítima (ou familiares) receber indenização civil, a ser arcada pelo condenado, em virtude do crime que cometeu. Nesse caso, bastará que se proceda, através de um processo civil, a liquidação e execução da sentença, sem ser necessário discorrer acerca da autoria e materialidade do fato que determinou o dano ao lesado.
c) a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta em juízo (art. 475-N, III e V).
c.1) Com a sentença homologatória de transação (art. 269, III; Lei 9.099/95, art. 57) e conciliação (art. 449; Lei 9.099/95, art. 22, parágrafo único, etc.), o juiz, ao chancelar a autocomposição, torna jurisdicional a solução que as partes deram ao conflito. Daí que, contendo o acordo homologado a imposição de alguma prestação às partes, servirá de título para a execução.
Ainda, nos termos do art. 57, caput, da Lei 9.099/95: “O acordo extrajudicial, de qualquer natureza ou valor, poderá ser homologado no juízo competente, independentemente de termo, valendo a sentença como título executivo judicial”.
Também a sentença que reconhece a procedência do pedido e a renuncia ao direito a que se funda a ação (art. 269, II e V), na parcela em que sejam condenatórias, constituirão título executivo judicial.
d) a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (art. 475-N, VI), relativamente à eficácia condenatória que contenha.
Depois de homologada a sentença, compete a Justiça Federal de primeiro grau sua execução (art. 109, X da CF).
Também nessa hipótese, embora se trate de titulo executivo judicial, haverá a necessidade de instauração de um novo processo destinado à liquidação da sentença, se for o caso, e à execução, perante o juizfederal, sendo imprescindível que o executado seja citado (art. 475-N, § único).
e) o formal e a certidão de partilha (art. 475-N, VII). São os documentos que retratam a adjudicação de quinhão sucessório, formalizando a transferência da titularidade de bens em virtude de sucessão causa mortis. 
O formal e a certidão têm força executiva somente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a titulo universal ou singular (art. 475-N, VII, segunda parte); estando na posse de outras pessoas, haverá necessidade de prévio processo de conhecimento perante esses possuidores.
A Lei nº. 11.441/07 criou a possibilidade de o inventário e a partilha ser feitos perante o tabelião, quando não houver testamento e todos os interessados foram capazes e não tiverem nenhuma divergência quanto à partilha (art. 982, CPC, redação dada pela lei acima). Porém, tal escritura pública não terá caráter de titulo executivo judicial, pois não provém de autoridade jurisdicional ou equivalente. A escritura terá apenas valor e eficácia de titulo executivo extrajudicial (art. 585, II).
f) “a sentença arbitral” (art. 475-N, IV).
Sentença arbitral (Lei nº. 9307/96, art. 23 e seguintes) é a decisão em procedimento de arbitragem. Pela arbitragem, de comum acordo, pessoas com capacidade de contratar submetem seus litígios, que versem sobre direitos patrimoniais disponíveis, à decisão de terceiro particular por elas escolhido. A sentença arbitral será titulo executivo quando contiver eficácia condenatória. Tal como já se observou relativamente à sentença estrangeira homologado pelo STJ e à sentença penal condenatória, também nessa hipótese haverá necessidade de propor um novo processo destinado à execução da sentença arbitral.
g) outros dispositivos legais esparsos também podem criar títulos executivos judiciais.
Por exemplo, na ação monitoria, a decisão que concede o mandado de cumprimento de sentença torna-se titulo executivo judicial se não houver embargos ou estes forem rejeitados (art. 1.102c, caput e § 3º). Nesse caso, a execução corre no próprio processo.
3.3.3.2 Títulos executivos extrajudiciais
Esses títulos são atos que abstratamente indicam alta probabilidade de violação de norma ensejadora de sanção e que, por isso, recebem força executiva. Confiram-se alguns deles:
a) “letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque” (art. 585, I). Trata-se de alguns dos muitos títulos de crédito aos quais a lei atribui eficácia executiva. É bom lembrar que só é possível promover a execução de cheque enquanto não tiver prescrito, podendo ser cobrado, quando assim estiver, por ação de cobrança ou monitória. A duplicata é titulo causal, ou seja, só pode ser emitido com base em uma determinada fatura (como a venda mercantil ou uma prestação de serviços). Se ele for aceita (aceite do devedor), por si só já é suficiente para a execução. Se não aceita, poderá ser executada, se vier acompanhada de dois documentos – nota fiscal, com respectivo comprovante de entrega de mercadoria ou prestação do serviço, e o instrumento de protesto.
b) “a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos transatores” (art. 585, II)
c) os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução (direitos reais de garantia), bem como os de seguro de vida (art. 585, III).
A petição inicial de execução amparada em seguro de vida (CC/02, art. 789 e seguintes) será instruída com a apólice e a prova do óbito do segurado. 
d) “o crédito decorrente de foro e laudêmio” (art. 585, IV).	
O foro é verba anual que o enfiteuta paga ao senhorio direto (proprietário) como contrapartida pelo domínio útil do imóvel (art. 678 do CC/1916). Laudêmio é a quantia a ser paga ao senhorio direto toda vez que o domínio útil for transferido por venda ou dação em pagamento. A enfiteuse será sempre instruída por escrito (bem como, será registrada na matrícula do imóvel – Lei 6015/73, art. 167, I, 10), com o que fica satisfeita a exigência de documento comprobatório de titulo executivo.
e) “o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como e encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio” (art. 585, V).
Aluguel é o crédito periódico a que faz jus o locador, nos contratos de locação. Agora, não é preciso haver instrumento contratual escrito. Basta de algum modo (mediante correspondência entre as partes, registro em livros, etc.), possa-se comprovar por escrito a existência do contrato – o qual, em si mesmo, pode ter forma meramente verbal.
Bom que se diga, taxas e despesas condominiais apenas pode ser diretamente exigíveis pela via executiva, sem prévio processo de conhecimento, quando pretendidos, pelo locador em face do locatário, como “encargos acessórios” na relação locatícia.
f) “o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão judicial” (art. 585, VI).
g) “a certidão de divida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei” (art. 585, VII).
A inscrição em divida ativa, conquanto, em si, seja ato unilateral da Fazenda Pública, é precedida de procedimento administrativo em que se garante o contraditório (CF, art. 5º, LV). Está disciplinada no CTN (arts. 201 a 204) e na Lei 6.830/80 (art. 2º). A certidão de divida ativa servirá de titulo executivo especial (execução fiscal).
h) o art. 585, VIII, ressalva, ainda, como títulos executivos extrajudiciais, “todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva”. 
Apenas lei federal poderá instituir títulos executivos, uma vez que é da União a competência para legislar sobre processo (CF, art. 22, I).
i) os títulos executivos extrajudiciais oriundos de outro país independem de homologação no Brasil. “o título, para ter eficácia executiva, há de satisfazer aos requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e indicar o Brasil como lugar de cumprimento da obrigação” (art. 585, §2º, segunda parte).
3.3.4 Competência para o processamento das execuções
As regras a respeito da competência para o processamento das execuções encontram-se previstas nos artigos 575 a 579 do Código de Processo Civil, e diferenciam-se a depender da natureza do titulo executivo.
a) Titulo executivo judicial
Tendo em vista que em se tratando de execução de titulo executivo judicial esta se dará nos termos da fase de cumprimento da sentença (Lei 11.232/05).
Dessa forma, o art. 475-P dispõe que o cumprimento de sentença efetuar-se-á perante os tribunais, nas causas de sua competência originária; no juízo em que se processou a causa no primeiro grau de jurisdição e no juízo cível competente quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral ou de sentença estrangeira.
A lei possibilita ao exeqüente, conforme parágrafo único do art. 475-P, em se tratando de cumprimento perante o juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição, a faculdade (discricionariedade) para alterar regra de competência executória, podendo processar a execução no local onde se encontram os bens sujeitos à expropriação ou optar, ainda, pelo local do domicílio do executado. Nesses casos, basta requerer ao juízo de origem a remessa dos referidos autos, passando, portanto a competência do referido juízo ser relativa, visando dar praticidade na execução.
b) Título executivo extrajudicial
As regras de competência utilizadas para a execução dos títulos executivos extrajudiciais são as mesmas utilizadas para a propositura de ações de conhecimento, sendo via de regra, o domicílio do réu, o local de cumprimentoda obrigação, ou ainda, as previsões especiais, a exemplo do foro do alimentando para a execução de alimentos. Remete-se ao estudo da competência.
 4 – CARACTERES DO TITULO EXECUTIVO
O art. 580 do CPC baseia a ação executória no titulo executivo. Tal documento, aduzem os arts. 618, I, e 586, caput, conjugará os atributos da certeza, liquidez e exigibilidade. 
Inicialmente, cabe precisar as noções de certeza, liquidez e exigibilidade. Extremando-as, Carneluti asseverou que, o título é certo quando não há dúvida acerca da sua existência; líquido, quando inexiste suspeita concernente ao seu objeto; e exigível, quando não se levantam objeções sobre sua atualidade. Porém, não há nenhum rigor absoluto nesses título, pois há uns que se encontram desprovidos de uma das características.
6.1 Certeza do título
Consiste na determinação do objeto do direito a ser satisfeito. Se no título explicita a natureza do direito nele previsto. 
Do ponto de vista da forma, o juiz examinará o original ou a cópia exibida e deliberará se o documento, a priori, oferece segurança quanto à existência do crédito nele contemplado; além dos requisitos de direito material exigidos para a formação do título, p.ex., se a duplicata não aceita se fez acompanhar do instrumento de protesto e do comprovante de remessa e entrega da mercadoria.
6.2 Liquidez do título
Consiste na determinação ou determinabilidade do quantum debeatur (quantidade devida ao credor), a partir dos elementos contidos no título. Um título tem liquidez quando, a partir dele próprio, se chega ao valor devido pelo devedor ao credor.
6.3 Exigibilidade do título
Decorre do alcance do termo da obrigação. A título de exemplo, cite-se que o cheque é sempre exigível, por ser uma ordem de pagamento à vista.
7 – Forma do título executivo
O art. 614, I, 1ª parte, do CPC manda o credor instruir a petição inicial com o título executivo extrajudicial.
Formalmente, o credor devera exibir o original do título. De regra a jurisprudência se mostra inflexível:
a) rejeita-se execução guarnecida de cópias reprográficas de cambiais (art. 585, I), porquanto, como explicou a 3ª Turma do STJ, o título, “restando em poder do credor, pode ensejar circulação, inclusive alterando a legitimidade ativa da pretensão executória”�;
b) descumpre o art, 614, I, a apresentação de cópia de cheque, repelida a juntada ulterior da cártula. � 
Exceções à regra, buscam equacionar alguns entraves práticos à segura instrução da demanda. Assim:
a) acolhe-se cópia reprográfica do contrato de abertura de crédito, decidiu a 3 Turma do STJ;� 
Em alguns casos, há necessidade de proteger o original, considerando-se o expressivo valor da cártula, e, nessa contingência, guardar-se-á o título em estabelecimento bancário, impedida sua circulação.
Esta multiplicação de cópias e seu uso em vários processos não compromete a função probatória do título. É que, segundo o art. 365, caput, do CPC, translados, certidões e reproduções, autenticadas por notário; as emitidas pelo escrivão judicial, bem como a cópia digital de título executivo extrajudicial, cópias do processo declaras autenticas pelo próprio advogado, se não lhes for impugnada, fazem a mesma prova que os originais.
� STJ, REsp. 33.530-2-PR, 26.04.93, Rel. Min. Dias Trindade, DJU 24.05.93, p. 10.008.
� 5ª Câm. Cív. Do TARS, Ap. 189054828, 15.08.89, Rel. Paulo Augusto Monte Lopes.
� STJ, REsp. 11.725-RN, 18.02.92, Rel. Min. Eduardo Ribeiro, RJSTJ 4(31)414.
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