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01Aula e órgãos anatômicos e Fecundação (aula 1)

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Embriologia
Profa. Susanne Ferreira
EMBRIOLOGIA
É o estudo das etapas e dos mecanismos de formação do embrião, abrangendo o período que vai desde a segmentação da célula-ovo até o nascimento do novo indivíduo.
REVISÃO:
Gônadas
Gameta feminino
Gameta masculino
TERMOS IMPORTANTES:
Ovulação
Fecundação
Gametogênese
Colo do Útero
Canal da vagina
Útero
Tuba Uterina
Ovário
Endométrio
Miométrio
Fecundação
Terço distal
Terço médio
Terço proximal
Gametogênese 
Gametogênese 
Definição
Processo de produção de gametas
Homem – Gônadas masculinas (Testículos) - Espermatogênese
Mulher – Gônadas femininas (Ovários) - Ovogênese
1) Aparelho reprodutor masculino
	b) Testículos (Visão interna)
Túbulos Seminíferos: Local onde ocorre a espermatogênese (formação de espermatozóides).	
Epidídimo
Túbulo Seminífero
ESPERMATOGÊNESE
OVOGÊNESE
2) Aparelho reprodutor feminino
Ovários: Gônadas femininas
Produz óvulos (ovócito II)
Produz os hormônios estrógeno e progesterona.
Colo do Útero
Útero
Ovário
Endométrio
Miométrio
Hímen
EMBRIÃO FEMININO
OVOGÔNIAS
OVOCITOS 1 (diplóteno até começo da puberdade) 
3° e 7° MÊS
Puberdade
OVOCITOS 2 (óvulo)
OVULAÇÃO
MULHERES
EMBRIÃO MASCULINO
ESPERMATOGÔNIAS
PUBERDADE
ESPERMATOZOÍDES
24 DIAS
HOMENS
Fecundação
metáfase II
Morfologia dos gametas
Recapitulando...
	Características gerais da fecundação:
Ocorre na ampola da tuba uterina
Consiste numa série de eventos moleculares coordenados
Inicia com a capacitação e aproximação dos gametas
Termina com a mistura dos cromossomas maternos e paternos na metáfase da 1ª mitose do zigoto
Dura em torno de 24 horas
350 milhões de espermatozóides no ejaculado humano normal: apenas UM se fundirá com o ovócito secundário para formar a célula capaz de originar um novo ser, o ZIGOTO!!!
Etapas da fecundação:
1- Capacitação
2- Atração dos gametas
3- Travessia da corona radiata
4- Reconhecimento da Zona Pelúcida
5- Reação acrossomal
6- Penetração na Zona Pelúcida
7- Fusão das membranas dos gametas
8- Ativação do OVO 
Capacitação
Dura em torno de 7 horas
Ocorre no trato reprodutor feminino
 São mudanças estruturais e funcionais que tornam o espermatozóide capaz de interagir com moléculas do envoltório do ovócito (zona pelúcida).
 Prepara o espermatozóide para sofrer a reação acrossomal somente no momento apropriado.
Espermatozóides que sofrem capacitação prematura são inviáveis
Líquido seminal contém moléculas inibidoras da capacitação prematura, são elas:	
	- Colesterol e desmosterol 
	- FPP (Fertilization Promoting Peptide)
	- Glicodelina-S
	- Prostassomas (vesículas ricas em colesterol contendo Ca2+)
No pH vaginal se fundem à membrana do espermatozóide
liberando Ca2+ no citosol e
fornecendo colesterol à membrana
Colesterol: estabiliza a membrana,
protegendo-a da perda de íons
e da capacitação prematura
 Vagina e colo uterino
 Por estímulo da inseminação são invadidos por 		leucócitos
liberam produtos oxidativos (ROS) 
 Que têm efeito deletério sobre espermatozóides anormais 
Muco cervical X capacitação
Ao serem inseminados, os espermatozóides migram do líquido seminal para o muco cervical.
O Muco Cervical:
 No período ovulatório: é altamente hidratado.
 É ambiente seletivo: serve de barreira a espermatozóides anormais.
 Apresenta elementos elástico-fibrosos:
 Removem moléculas ligadas não covalentemente à superfície do espermatozóide (adsorvidas).
 Auxiliam no direcionamento dos espermatozóides.
Passagem do espermatozóide pelo ambiente uterino
Estrógenos presentes no sêmen
Induzem contrações do miométrio logo abaixo do endométrio
Contrações se iniciam na região cervical em ondas para o fundo do útero
Levando rapidamente os espermatozóides e muco hidratado para o fundo do útero
Oviduto como ambiente 
regulatório
Os espermatozóides seguem preferencialmente para o istmo ipsilateral ao ovário com o folículo dominante.
Graças à comunicação vascular folículo-útero-tuba uterina, que leva hormônios diretamente do folículo dominante ao útero e oviduto, sem passagem pela circulação sistêmica, pela anastomose de vasos. 
No istmo:
Os espermatozóides se prendem e desprendem do epitélio tubário levando à hiperativação.
	 isto retarda sua chegada até o ovócito, sendo 		que somente cerca de 200 espermatozóides 			alcançam a ampola da tuba.
Podendo ser um primeiro controle à polispermia.
Muitos espermatozóides ficam presos neste epitélio.
Resultados da capacitação:
 maior mobilidade das proteínas de membrana.
 remoção de proteínas e carboidratos que impedem a interação com a zona pelúcida do ovócito.
2. Atração dos gametas
 Quimiotaxia:
Ovócito e células foliculares secretam sinais químicos que guiam os espermatozóides capacitados para o ovócito.
Termotaxia:
A ampola que contém o ovócito fica 1°C mais aquecida que o restante do corpo. Esta temperatura mais elevada atrai os espermatozóides na direção do ovócito.
Descrito em coelhos, porém ainda não comprovado em humanos.
O ovócito liberado na ovulação está rodeado por:
 ZONA PELÚCIDA: capa extracelular de glicoproteínas
 CORONA RADIATA (cumulus oophorus): células foliculares e matriz extracelular rica em ácido hialurônico
Corona radiata sofre expansão, facilitando a adesão do conjunto ovócito-zona pelúcida-corona radiata às fímbrias do infundíbulo.
O grau de adesão às fímbrias é crítico!
Pode ser afetado por substâncias químicas:
 fumaça de cigarro aumenta esta adesão.
Isso pode explicar a mais alta incidência de gravidez ectópica em mulheres fumantes.
Espermatozóides maduros, viáveis e com acrossoma intacto apresentam em sua membrana a proteína PH-20 que possui ação de hialuronidase.
Facilitando a penetração do espermatozóide na matriz extracelular da corona radiata rica em ácido hialurônico.
3. Travessia da corona radiata
ZONA PELÚCIDA é composta de:
glicoproteínas sulfatadas
	ZP1, ZP2 e ZP3 
Funções:
Barreira espécie-específica.
Filtra substâncias.
Impede a polispermia.
Impede a implantação prematura.
Estabiliza as clivagens, permitindo a compactação do concepto inicial.
4. Reconhecimento da zona pelúcida
Zona pelúcida
Células foliculares
Ao encontrar a zona pelúcida:
 espermatozóide se liga a ZP3,
 disparando:
 - aumento da concentração de cálcio no citoplasma.
 - aumento do pH citoplasmático.
 levando à FUSÃO da membrana plasmática do 	espermatozóide com a membrana externa do 	acrossoma e conseqüente:
	EXOCITOSE DO CONTEÚDO ACROSSOMAL.
5. Reação acrossomal
Acrossoma intacto
Acrossoma liberando seu conteúdo
Membrana acrossomal interna
6. Penetração na zona pelúcida 
 Conteúdo acrossomal apresenta enzimas hidrolíticas
como acrosina, colagenase, fosfolipase C, proteinase ácida, entre outras...
7. Fusão das membranas
Após a travessia da zona pelúcida o espermatozóide entra em contato com a membrana do ovócito = ADESÃO
INTEGRINA 
(do ovócito) 
+ 
DESINTEGRINA
(fertilina do espermatozóide)
ETAPAS DA FECUNDAÇÃO
8. Conseqüências da fecundação
1- ATIVAÇÃO METABÓLICA DO OVÓCITO:
 - aumento do cálcio intracelular ativa síntese lipídica.
 - aumento do pH intracelular ativa síntese protéica.
2- BLOQUEIOS À POLISPERMIA
3- RETOMADA DA 2ª DIVISÃO MEIÓTICA
4- FORMAÇÃO DOS PRONÚCLEOS MASCULINO E FEMININO
5- FUSÃO DOS PRONÚCLEOS
6- FORMAÇÃO DO FUSO MITÓTICO A PARTIR DO 	CENTRÍOLO DO ESPERMATOZÓIDE
E OS OUTROS ESPERMATOZÓIDES???
É necessário impedir a entrada de outros espermatozóides.
Mas como?????
BLOQUEIOS À POLISPERMIA
Bloqueios à polispermia 
Bloqueio rápido*: ocorre a despolarização da 					 membrana do ovócito
	é transitório: pois a membrana se repolariza em seguida.
A despolarização se dá pela entrada de íons sódio no ovo  mudando o potencial de membrana:
 				de –70mV  para +10mV
	Espermatozóides não aderem a membrana com 					potencial positivo.
* Este bloqueio rápido foi descrito para outros grupos animais, porém ainda não foi comprovado em humanos.
Bloqueio Lento ou Reação Cortical:
É a liberação do conteúdo dos grânulos corticais por exocitose induzida pelo aumento do cálcio intracelular.
Os grânulos corticais contêm enzimas hidrolíticas que:
 degradam açúcares da ZP3.
 modificam a ZP2.
	Isto impede a ligação de outros espermatozóides à zona pelúcida, bloqueando assim a polispermia, por se tratar de uma alteração química na composição da zona pelúcida, este bloqueio é dito permanente.
Bloqueios à polispermia 
Retomada da 2ª divisão meiótica
 A penetração do espermatozóide estimula o ovócito a completar a segunda divisão meiótica, formando o ovócito maduro e o segundo corpo polar.
Formação dos Pronúcleos
 Os cromossomos maternos se descondensam, formando o pronúcleo feminino.
 No citoplasma do ovócito o núcleo espermatozóide se descondensa, formando o pronúcleo masculino.
Fusão dos pronúcleos e formação do fuso mitótico
 Ocorre o crescimento dos pronúcleos pela replicação dos DNAs materno e paterno.
 Os pronúcleos se aproximam e se fundem, misturando dos cromossomos maternos e paternos.
 Os cromossomos do zigoto se arranjam num fuso mitótico na preparação para a primeira divisão mitótica da clivagem.
Fusão dos pronúcleos masculino e feminino:
Resultados da fecundação:
1) restaura o número diplóide normal de cromossomos. 	
2) determina o sexo do futuro embrião.
3) com a mistura dos cromossomos maternos e paternos: zigoto constitui célula geneticamente única.
4) ativação do ovo para que se inicie o processo de clivagem.
Curiosidades...
SUPERFECUNDAÇÃO - É a fertilização de dois ou mais ovócitos em diferentes tempos. 
 SUPERFETAÇÃO - conseqüência da superfecundação. É a presença de dois fetos no útero formados em tempos diferentes.
Podem ter pais diferentes... 
A FORMAÇÃO DE GÊMEOS
			Fases da fecundação / fertilização
	
 	1. Penetração na coroa radiada
 	2. Penetração na zona pelúcida
 	3. Fusão das membranas do ovócito / espermatozóide
	4. Término da segunda divisão meiótica do ovócito e formação 
		do prónúcleo
	5. Formação do prónucleo do masculino
	6. Fusão dos prónucleos para a formação do zigoto
		
	
REVISÃO

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