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Revisão Final - Fundamentos

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Fundamentos das Ciências Sociais – Revisão III Geral
Professora Laís Rossiter – Monitor Eliaquim Ferreira
1 – Sobre os tipos de Conhecimento...
Mítico - busca explicar o mundo a partir da ação de entidades que estão além do mundo natural, que o transcendem.
Religioso - se da a partir da separação da esfera do sagrado e do profano (Um único Deus).
Filosófico – pode ser traduzido como o amor a sabedoria
Senso Comum - compreensão do mundo baseada no aprendizado acumulado de gerações anteriores.
Científico - aquele que resulta de investigação metódica, sistemática de realidade.
2 – Ciências Sociais é um ramo das ciências humanas que estuda os aspectos sociais do mundo humano, ou seja, a vida social de indivíduos e grupos humanos. Entre seus principais ramos de estudo 
podem ser citados três, a Sociologia cujo principal objeto de estudo é a própria sociedade, suas mudanças e as relações que os homens estabelecem vivendo em sociedade; a Ciência Política com o estudo da política — dos sistemas políticos, das organizações e dos processos políticos e por último a Antropologia que estuda o homem a partir daquilo que o constitui em sua humanidade.
3 - O Problema Social designa comumente algo que atinge um grupo, ou uma categoria de indivíduos, por outro lado os problemas sociológicos são o objeto de estudo da Sociologia enquanto ciência, a qual se debruça sobre esses para compreender suas características gerais.
4 – Socialização - É um processo através dos qual os seres humanos são induzidos a adotar os padrões de comportamento, normas, regras e valores do seu mundo social.
5 - Relativismo cultural é a visão de que todas as crenças, costumes e ética são relativas ao indivíduo dentro do seu próprio contexto social. Em outras palavras, "certo" e "errado" dependem de cada cultura; o que é considerado moral em uma sociedade pode ser considerado imoral em outra, e, uma vez que não existe um padrão universal de moralidade, ninguém tem o direito de julgar os costumes de uma outra sociedade. Por outro lado tomar conhecimento do outro sem aceitar sua lógica de pensamento e de seus hábitos acaba por gerar uma visão etnocêntrica e preconceituosa, o que pode até mesmo se desdobrar em conflitos diretos. O etnocentrismo está, certamente, entre as principais causas da intolerância internacional e da xenofobia (preconceito contra estrangeiros ou pessoas oriundas de outras origens).
6 - Multiculturalismo (ou pluralismo cultural) é um termo que descreve a existência de muitas culturas numa região, cidade ou país, com no mínimo uma predominante.
7 - Diversidade cultural são os vários aspectos que representam particularmente as diferentes culturas, como a linguagem, as tradições, a culinária, a religião, os costumes, o modelo de organização familiar, a política, entre outras características próprias de um grupo de seres humanos que habitam um determinado território. A diversidade cultural é um conceito criado para compreender os processos de diferenciação entre as várias culturas que existem ao redor do mundo. As múltiplas culturas formam a chamada identidade cultural dos indivíduos ou de uma sociedade; uma "marca" que personaliza e diferencia os membros de determinado lugar do restante da população mundial.
8 - Revolução Francesa/Revolução Industria/Iluminismo ...
São todos elementos ligados ao processo de ascensão da burguesia ao poder econômico-tecnológico (Revolução Industrial); político (Revolução Francesa) e cultural 
(iluminismo).
9 – 
Rousseau: Para ele, o homem nasceria bom, mas a sociedade o corromperia. Da mesma forma, o homem nasceria livre, mas por toda parte se encontraria acorrentado por fatores como sua própria vaidade, fruto da corrupção do coração. O indivíduo se tornaria escravo de suas necessidades ( São três, Comer, Procriar e Descansar) e daqueles que o rodeiam, o que em certo sentido refere-se a uma preocupação constante com o mundo das aparências, do orgulho, da busca por reconhecimento e status.
Locke: Foi claro defensor do poder transformador das instituições de ensino. De acordo com seus ensaios, o homem nascia sem dominar nenhuma forma de conhecimento e, somente com o passar dos anos, teria a capacidade de acumulá-lo (Através das Instituições). A partir dessa premissa é que o autor acreditava que as mazelas eram socialmente produzidas e poderiam ser superadas pelo homem.
Hobbes: É considerado como um dos teóricos do poder absolutista em vigor na Idade Moderna, para ele o Estado deveria ser a instituição fundamental para regular as relações humanas, dado o caráter da condição natural dos homens que os impele à busca do atendimento de seus desejos de qualquer maneira, a qualquer preço, de forma violenta, egoísta, isto é, movida por paixões. ( Lembrem também da Expressão “O Homem é o Lobo do Homem” que é de autoria dele, assim como a Obra do Leviatã, onde diz que todo homem só não se levanta e rebela-se, sabendo que existirá outro homem mais forte que ele que irá puni-lo, no caso, o Estado, e o Estado é o Leviatã).
10 - Estado de Natureza pode ser entendido como a ausência de sociedade, é anterior a sociedade civil (Homem Civil). Hobbes afirmava que o Estado de Natureza nada mais era do que qualquer situação onde não existe governo. Locke por sua vez, entendia que o Estado de Natureza era uma situação onde as pessoas se submetiam às Leis da natureza. Feita a conceituação do Estado de Natureza, pode-se partir para o entendimento de sociedade civil que, ao contrário do Estado de Natureza, possui Estado, leis jurídicas, organização política, normas de moral e propriedade privada. É uma sociedade organizada. 
Estado de Natureza = Ausência de Sociedade/Estado
Estado/Socidade Civil = Presença de Sociedade/Estado/Organização Social
11 - A Expansão da Revolução Industrial pela Europa fez com que uma nova ordem fosse instaurada na Europa, nova ordem essa que foi a consolidação da sociedade capitalista e o fim da Sociedade Feudal, com isso os mais diversos problemas da sociedade ficaram em evidência, e por estarem em evidência diversos pensadores  sociais buscaram refletir e entender as alterações existentes na sociedade, na tentativa de entende-las , analisá-las e até mesmo propor soluções, o que é entendido como o começo da sociologia. 
AUGUSTE COMTE
12 - O Pensamento positivistas de Auguste Comte desenvolveu-se no interior da concepção cienticifista, segundo a qual a ciência é considerada  o único conhecimento possível e o método das ciências da natureza o único válido, devendo portanto ser estendido a todos os campos da indagação e atividade humana. 
13 - Movimentos Dinâmicos (Progresso) - representa mudanças nos modos de vida em sociedade para formas mais complexas. Movimentos Estáticos (Ordem) -  preserva a base de todas as instituições sociais totalizantes.  Incentiva a manutenção da ordem, valendo-se de modos tradicionais de viver em sociedade. 
14 - Estado Teológico (Explicações Transcendentais, sintetizado na Figura de um Deus ou deuses. -> Estado Metafísico (Substitui a divindade por forças abstratas) -> Estado Positivo ( Ultima Evolução, é o estágio superior do progresso social, porque se sustenta nos métodos científicos.)
ÉMILE DURKHEIM
15 – Ao Contrário de Auguste Comte, este estabeleceu um método e objeto de estudo próprio à investigação social – OS FATOS SOCIAIS.
16 - Características do Fato Social:
Coercitividade – Está evidente pelas sanções legais ou espontâneas a que o indivíduo está sujeito quando tenta rebelar-se contra ela.
A1) Sanções Legais – São as que estão na forma de lei, positivadas
A2) Sanções Espontâneas – São as que afloram como resposta a uma conduta considerada inadequada por um grupo ou uma sociedade.
A Coerção pode se manifestar direta ou indiretamente... Direta ( Você se adaptando ao método de ensino de um professor, pois se assim não fizer não terá êxito em sua avaliação. Indireta ( Um comerciante que na tentativa de alcançar a concorrência, automatiza sua produção tal como as outras fizeram, e assimo fez pela concorrência e não por uma lei que o obrigasse)
	A3) Sanções Formais – Tal como as legais, a obrigação e a punição pela transgressão estão estabelecidas formalmente ( O Código Penal)
	A4) Sanções Informais – Quando é exercida espontaneamente pelas pessoas no seu dia a dia ( Exemplo, quando uma pessoa chama a atenção de outra ao tentar furar uma fila, pode-se dizer que estão ligadas a moral).
Externalidade – Porque são coletivos, como a religião e o sistema econômico, ou seja existem fora dos indivíduos e são internalizados através do processo de socialização.
17 - Fatos Sociais Fixos e Não Fixos:
Fixos (Maneiras de Ser) fenômenos de Ordem Coletiva que determinam o comportamento dos indivíduos, mais nesse caso há uma durabilidade no tempo uma permanência/estabilidade. (Sistema Religioso o Econômico, quando você nasceu já existia você vai morrer e ele vai continuar existindo por um bom tempo.
Não Fixos (Maneiras de Agir) Formas de Pensar e Agir coletivamente que determinam o comportamento dos indivíduos, que o obrigam a agir de uma determinada forma, mas não tem uma longa duração no tempo, ou seja, são efêmeras e instáveis. (Um linchamento, por exemplo, um indíviduo que presencia e ajuda num linchamento assim o faz por ser coagido pela massa a fazer, e se fosse por vontade próprias, sozinho talvez não o fizesse).
18 – Fato Social Normal e Patológico:
Durkheim faz uma reflexão sobre fatos sociais "normais" e "patológicos". Ele parte de um modelo que chamamos de modelo orgânico de sociedade. Quer dizer, ele compara a sociedade a um organismo vivo. Sendo assim, alguns fatos sociais seriam parte do funcionamento desse sistema, enquanto outros seriam problemáticos, causando graves distúrbios no funcionamento (assim como uma doença ou patologia, daí o nome de "patológicos").
19 – Consciência Coletiva: Conjunto de crenças e dos sentimentos comuns a média dos membros de uma sociedade que forma um sistema determinado com vida própria.
20 – Solidariedade Social: Laços que unem os indivíduos entre si formando a Coesão Social.
KARL MARX
21 - Com base no materialismo histórico de Karl Marx, o estudo da sociedade deve ter como ponto de partida: a análise das relações do homem com a natureza e das relações entre homens na atividade produtiva.
22 – Ponto de Partida de Karl Marx é a observação das condições materiais de existência ( MATERIALISMO HISTORICO DE KARL MARX): o trabalho, a atividade produtiva dos homens [...] LER O RESUMO DA PAGINA 120 DO LIVRO DIDATICO. 
MAX WEBER
23 – Vem pra bater Karl Marx, pra ele NÃO era apenas o conflito de classes e as contradições dos modos de produção que faziam a história andar pra frente. Existiam múltiplos conflitos de interesses DENTRO das classes, e não ENTRE elas
24 – Segundo Weber, sociólogos deveriam emitir apenas juízos científicos (aquilo que é), e não juízos de valor (aquilo que deveria ser).
25 – Os tipos de Ação: 
“Ação, é a conduta humana que possui um significado, dado por quem a executa. Portanto, apenas a ação que possui um sentido é objeto de estudo da Sociologia.”
I – Ação Racional com relação a fins – O indivíduo escolhe um meio com o objetivo de realizar um fim ( se quero ganhar mais, trabalho mais).
II – Ação Racional com reação a valores – O indivíduo age por suas próprias convicções, levando em conta SOMENTE a fidelidade às suas crenças, que ele vê como legítimas ( um militante discursando na rua)
III – Ação Tradicional – Ocorre toda vez que o indivíduo age exatamente de acordo com as regras ou costumes que foram herdados, e que ele segue respeitosamente ( rituais familiares ou religiosos, casamentos, batismos...)
IV – Ação Afetiva (Irracional) – Motivada por sentimentos como por exemplo, alguma paixão ( um ataque de Ciúmes).
26 - A Teoria da Dominação:
I – Racional-Legal: Baseada no respeito a uma regra ou norma vista como legítima. Exemplo: A Constituição de um País.
II – Tradicional: Baseada no respeito a uma ordem antiga, a uma tradição. Exemplo: Quando um indivíduo vive de acordo com as regras de uma religião, de uma dinastia, de um poder familiar.
III – Carismática: O Indivíduo admira ou obedece a um chefe ou líder que considera excepcional. Exemplo: Os seguidores de Hitler, os de Jesus e assim por diante.
27 – Tipo Ideal - Na concepção de Weber é um instrumento da análise sociológica elaborado para a apreensão de fenômenos sociais. Através da elaboração de tipologias puras, ou seja, destituídas de tom avaliativo, oferece um recurso analítico baseado em conceitos, como o que é religião, burocracia, economia, capitalismo, dentre outros. Uma das principais características do tipo ideal é o fato de que não corresponde à realidade, mas pode ajudar em sua compreensão, estabelecido de forma racional, porém com base nas escolhas pessoais anteriores daquele que analisa.

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