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Questionário de Direito Administrativo II 1. Qual a diferença entre servidor público strictu sensu e lato sensu? Os servidores públicos lato sensu são todos os agentes públicos que se vinculam à Administração Pública, direta e indireta do Estado, sob o regime jurídico estatutário, ou celetista de natureza profissional e empregatícia, ainda que o façam apenas ocasional ou episodicamente. Já os servidores stricto sensu são os que entretêm com o estado e com as pessoas jurídicas de Direito Público da Administração indireta relação de trabalho de natureza profissional e caráter não eventual sob o vínculo de dependência. 2. O que é agente público? Dê exemplos. Agente público é a expressão mais ampla que se pode conceber para designar genérica e indistintamente os sujeitos que servem ao Poder Público como instrumentos expressivos de sua vontade ou ação, ainda quando o façam apenas ocasional ou episodicamente. Quem quer que desempenhe função estatal, enquanto as exercita é um agente público. Abarca tanto os agentes políticos, os servidores públicos em sentido estrito, os empregados públicos, os empregados temporários, os agentes honoríficos, os militares e os particulares em colaboração com a administração. 3. Como os agentes públicos são remunerados? Os agentes públicos podem ser remunerados de duas formas:a primeira é por subsídio, que é a forma remuneratória de certos cargos, por meio da qual a retribuição que lhes concerne é efetuada por meio de pagamentos mensais de parcelas únicas, individuais e insuscetíveis de aditamentos ou acréscimos de qualquer espécie. Por esta espécie só não se excluem as verbas indenizatórias. São devidas aos membros de Poder, detentores de mandato eletivo, os Ministros de Estado, os Secretários Estaduais e Municipais. A outra forma é a remuneração por vencimentos, fixados por lei, por meio da qual há o padrão de vencimento básico somado às vantagens pecuniárias auferidas pelo servidor a título de adicional e gratificação. Sendo inativo ou pensionista receberá provento. 4. Apresente quatro características dos estatutários. Os servidores públicos submetem-se a um estatuto (lei); após aprovação em estágio probatório adquirem estabilidade, somente podendo ser demitidos por sentença transitada em julgado, PAD ou avaliação periódica; possuem cargo público e um regime próprio de aposentadoria. 5. Apresente quatro características dos empregados públicos. Os empregados públicos submetem-se a um contrato de trabalho; possuem direito adquirido quanto às regras contratuais; possuem emprego público e seu regime de aposentadoria é geral. 6. Apresente três características dos temporários. Possuem um contrato de trabalho temporário com a Administração; a necessidade é temporária e excepcional interesse público. 7. Explique o regime de previdência dos estatutários, celetistas, empregados públicos. Os servidores públicos estatutários ou efetivos possuem um regime previdenciário especial, podendo ser compulsória, quando o servidor alcança a idade de 70 anos, independente do sexo ou a voluntária, que exige, além dos requisitos a serem preenchidos também a manifestação da vontade, podendo ser por tempo de contribuição ou por idade. A aposentadoria voluntária por tempo de contribuição é integra, exige idade mínima de 60 anos para homens e 55 para mulheres, tempo de contribuição de 35 anos para homens e 30 para mulheres, tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço público e 5 anos no último cargo efetivo. A voluntária por idade é proporcional ao tempo de contribuição, exigindo 65 anos de idade para homens e 60 para mulheres, 10 anos de efetivo exercício no serviço público e 5 anos no último cargo efetivo. Há também a possibilidade de aposentadoria por invalidez, decorrente da impossibilidade física ou psíquica do servidor, nos termos da lei e de caráter permanente, para exercer as funções do seu cargo. Já os servidores celetistas ou empregados públicos é aplicável o regime geral da previdência social, o mesmo dos trabalhadores em geral da iniciativa privada, exigindo 35 anos de contribuição para homem e 30 para mulher e idade mínima de 65 anos para homem e 60 anos para mulher. 8. Explique o regime de previdência dos ocupantes de função de confiança e cargo em comissão. Quanto aos ocupantes de função de confiança, o regime previdenciário será o especial, pois todos obrigatoriamente devem ser efetivos do ente público. Já os cargos em comissão, sendo servidores estatutários ocupantes apenas e exclusivamente de cargos em comissão o regime será o geral da previdência. No entanto, quanto aos servidores de carreira, será regime especial de previdência. 9. O que é função de confiança? Função de confiança é a atribuição de direção, chefia ou assessoramento; de livre nomeação e exoneração; só podem ser exercidas por servidores ocupantes de cargo efetivo. Independe de lei, é de eficácia plena. 10. O que é cargo em comissão? Cargo em comissão são cargos de livre nomeação e exoneração, que só admite provimento em caráter provisório, destinando-se às atribuições de direção, chefia e assessoramento, preenchidos por uma parcela unicamente pelos servidores de carreira nas condições previstas em lei e outra por indicação política. A instituição de tais cargos é sempre permanente, mas o seu desempenho é sempre precário pois quem o exerce não adquire o direito à continuidade da função. 11. Explique o regime jurídico único dos servidores públicos no Brasil, desde a promulgação da CF/88. A Constituição, em sua redação original, previa um regime jurídico único para os servidores da administração pública direta, das autarquias e fundações públicas, segundo os quais apenas se admitia a existência de cargos públicos. Com o advento da Emenda Constitucional nº 19/98, o artigo que carregava tal disposição foi modificado, de modo que autorizava a lei a adotar o regime de emprego também para a administração direta e indireta pública. No entanto, em 2007 o STF declarou a inconstitucionalidade da referida emenda, restaurando o artigo original com efeito ex nunc, resguardando os direitos adquiridos mas proibindo empregos públicos na Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional. 12. O que é órgão público? Órgão é uma unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que o integram com o objetivo de expressar a vontade do estado, em outras palavras, é um instrumento despersonalizado que atua em direito próprio e sintetizam os vários círculos de atribuições do Estado. 13. Defina cargo público. Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. São criados por lei, com denominação própria e vencimentos pagos pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. 14. Defina classe, carreira e cargo. Classe é o agrupamento de cargos da mesma profissão, e com idênticas atribuições, responsabilidades e vencimentos. São os degraus de acesso na carreira. Carreira é o agrupamento de classes da mesma profissão ou atividade, escalonadas segundo a hierarquia do serviço privativo dos titulares dos cargos que a integram. Cargo é o lugar dentro da Administração com nome próprio, atribuições, deveres e responsabilidade, remuneração estabelecidos por lei que o cria ou extingue. 15. Explique forma de provimento derivadoe originário de cargo público. Forma de provimento originário é aquele em que alguém é posto no cargo independentemente do fato de ter, não ter ou haver tido algum vinculo com o cargo público. Não guarda qualquer relação com a anterior situação do provido. A forma derivada, por outro lado, é aquela que deriva, ou seja, se relaciona com o fato do servidor ter ou haver tido algum vínculo anterior com o cargo público. 16. Apresente e explique qual é a forma de provimento originário de cargo. A única forma de provimento originário é a nomeação, a qual se define como o provimento autônomo de um servidor em cargo público, ou seja, é o ato pelo qual se atribui um cargo a alguém, normalmente efetuado pelo chefe do executivo. 17. O que é nomeação, posse e início do exercício? Nomeação é o ato pelo qual se atribui um cargo a alguém, normalmente efetuado pelo chefe do executivo. Posse é o ato de aceitação do cargo que deve ocorrer em 30 dias da publicação do ato de provimento sob pena de caducidade e com ela ocorre a chamada “investidura” do servidor, que é o travamento da relação funcional. O início do exercício é colocar-se à disposição da repartição em que vai desempenhar suas funções, no prazo de 15 dias da posse e, caso omitido, enseja exoneração. 18. O que é ascensão? Ascensão é a forma de provimento derivado pela qual o servidor é elevado de cargo situado na classe mais elevada de uma carreira para o cargo da classe inicial de carreira diversa ou carreira tida como complementar da anterior. É inconstitucional à luz da Constituição Federal pois não se admite a mudança de carreira sem concurso público. 19. O que é transferência? Transferência é a forma de provimento derivado pela qual há a passagem do servidor de seu cargo efetivo para outro de igual denominação, porém localizado em quadro funcional diverso. É uma modalidade de provimento inconstitucional. 20. O que é readaptação? Readaptação é a forma de provimento derivado pela qual há a investidura do servidor em cargo de atribuições compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada por exame médico. 21. O que é reversão? Reversão é a forma de provimento derivado pela qual há o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando os motivos da aposentadoria forem declarados insubsistentes por junta médica oficial. Pode também ser o retorno à atividade de servidor que teve sua aposentadoria cassada para imediata aplicação de pena de demissão. 22. O que é reintegração? Reintegração é o retorno do servidor, estável, ao cargo antes ocupado quando sua demissão foi anulada por decisão administrativa ou judicial, tendo direito ao ressarcimento de remuneração e vantagens não percebidas. 23. O que é recondução? Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, em decorrência da inabilitação em estágio probatório em outro cargo ou reintegração do anterior ocupante. Só se aplica ao servidor estável. 24. Quais os requisitos para se poder acumular cargos públicos? Os requisitos para se acumular cargos públicos são: compatibilidade de horários e teto remuneratório. 25. Acumulação é vedada ou permitida? A vedação é só para cargos ou não? Em regra é vedada para cargos, empregos e funções públicas. Entretanto a Constituição reconhece a conveniência do aproveitamento da capacidade técnica e científica de determinados profissionais, abrindo exceções à não acumulação e a permitindo expressamente em alguns casos. 26. Quais os casos em que se pode acumular na ativa? Quanto aos servidores na ativa é permitido acumular o cargo de juiz com um de professor, dois cargos de professor, um cargo de professor e um de Membro do Ministério Público, um cargo de professor com um técnico ou científico, dois cargos ou empregos privativos dos profissionais da saúde. 27. Quais os casos em que se pode acumular na inativa? A acumulação na inativa somente é possível nas hipóteses cabíveis de acumulação na atividade, quais sejam um de professor e de juiz, um de professor e membro do MP, dois de professor, um de professor e um técnico ou científico e dois na área da saúde. Ademais, possui como diferenças a possibilidade de acumular cargos eletivos e cargos em comissão. 28. Quais os casos em que se pode acumular na eletiva? Quanto aos cargos eletivos, tem-se: o vereador pode acumular seu cargo ou função, desde que haja compatibilidade de horários. O prefeito não pode acumular, ficando apenas à frente do mandato eletivo, entretanto pode fazer opção quanto à remuneração. Aos demais mandatos eletivos é vedada a acumulação, devendo ficar exclusivamente com o mandato eletivo. 29. Quais os requisitos para se adquirir estabilidade? 1º) Nomeação para cargo de provimento efetivo; 2º) Nomeação em virtude de aprovação em concurso público; 3º) Estágio probatório de três anos, no qual é observada a conveniência ou não de sua permanência no serviço público mediante requisitos estabelecidos em lei para a aquisição da estabilidade. 4º) Obrigatoriedade de avaliação especial de desempenho por comissão instituída para esta finalidade. 30. Qual a diferença entre estabilidade e efetividade? A estabilidade é uma característica pessoal do servidor público, adquirida após a satisfação de certas condições de seu exercício enquanto a efetividade é uma característica do cargo. 31. Quais as formas de desinvestidura do servidor não estável? Reprovação em estágio probatório; Não iniciar o exercício dentro do prazo determinado pelo estatuto; Para o cumprimento do limite orçamentário; Quando extinto o cargo; Quando da reintegração de servidor estável no cargo ocupado por servidor não estável. 32. Quais as formas de desinvestidura do servidor estável? Em virtude de sentença judicial transitada em julgado; Insuficiência de desempenho; Em virtude de processo administrativo com contraditório e ampla defesa; Por ato normativo motivado m cumprimento à Lei de Responsabilidade Fiscal (limite de gasto com o servidor público. 33. O que é equiparação da remuneração? É vedado ou não e por quê? Equiparação salarial é a previsão de igual remuneração para carreiras ou cargos diversos. É uma situação inconstitucional porque ao aumentar o salário de um dos cargos ou carreiras automaticamente gera o aumento da remuneração do outro a ele equiparado, gerando um efeito dominó ou cascata. 34. O que é vinculação de remuneração? É vedado ou não e por quê? Vincular a remuneração é atrelar uma remuneração à outra, de modo que a alteração do cargo vinculante provoca, automaticamente, a alteração da prevista para o cargo vinculado. A Constituição proíbe o tratamento jurídico paralelo de cargos com funções desiguais (equiparação) e a subordinação de um cargo a outro, dentro ou fora do mesmo Poder, ou a qualquer fator que funcione como índice de reajustamento automático, como o salário mínimo, ou a arrecadação orçamentária (vinculação), para fins de remuneração do pessoal administrativo. 35. Defina subsídio e explique a quem se aplica obrigatoriamente. Subsídio é uma forma de remuneração efetivada por meio de uma parcela única, a qual não permite qualquer forma de acréscimo, seja gratificações, prêmios, adicionais, abonos... Aplica-se aos membros do Poder, os detentores de mandatos eletivos, os ministros de Estado e os secretários estaduais e municipais, podendo ser imposto a outras carreiras pelo ordenamento infraconstitucional. 36. O que é vencimento e remuneração?Vencimento é a retribuição pecuniária devida ao servidor pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao padrão fixado em lei. Remuneração é a contraprestação dos serviços prestados à Administração, é o padrão vencimento básico somado às vantagens pecuniárias auferidas pelo servidor a título de adicional ou gratificação. 37. O que é indenização, adicionais e gratificação do servidor público? Indenizações são as vantagens pecuniárias de caráter eventual devidas ao servidor em situações nas quais ele necessitou efetuar alguma despesa para desempenhar suas atribuições, visando recompor o patrimônio do servidor que sofreu uma redução em decorrência do regular exercício de suas funções. Adicionais são as vantagens pecuniárias que a Administração concede aos servidores em razão do tempo de exercício ou em face da natureza peculiar da função. Gratificação é vantagem pecuniária atribuída precariamente aos servidores que estão prestando serviços comuns da função em condições anormais de segurança, salubridade ou onerosidade. 38. Teto remuneratório se aplica aos empregados públicos? O teto remuneratório aplica-se também aos empregados públicos de as empresas públicas ou sociedades de economia mista receberem recursos da Administração Direta para pagamento das despesas de pessoal e custeio em geral. Ou seja, aplica-se o teto desde que dependam de verba púbica para a sua manutenção, salvo contrário, não se submetem ao teto. 39. Explique o teto remuneratório federal. Na esfera federal, o teto remuneratório são os subsídios mensais dos ministros do Supremo Tribunal Federal e cujo valor não pode ser ultrapassado por ninguém no âmbito da Federação. 40. Explique o teto remuneratório estadual. Nos Estados e Distrito Federal, o teto irá variar conforme se trate de servidor de cada Poder. Se for do Legislativo, ficará limitado pelos subsídios dos deputados Estaduais, que recebem 75% dos Deputados Federais. Se Executivo, pelos subsídios mensais do Governador. Se Judiciário, funcionará como teto o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça que, de resto, estão limitados a 90,25% do subsídio mensal dos Ministros do STF, aplicando-se o mesmo limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos. 41. Explique a possibilidade, ou não, de teto único estadual. Com o advento da Emenda Constitucional nº 47, o art. 37 da Constituição teve acrescido o § 12 que faculta aos Estados e Distrito Federal, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, adotarem um teto único como limite: os subsídios dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, o que não se aplica aos subsídios dos Deputados Estaduais e dos Vereadores que possuem teto próprio definido na Constituição. 42. Explique o teto remuneratório municipal. O teto municipal encontra limite nos subsídios do Prefeito. 43. Qual é o teto dos representantes dos ministérios públicos O teto dos representantes do Ministério Público é o do judiciário Estadual, o mesmo dos Desembargadores, no valor de 90,75% dos subsídios dos Ministros do STF. 44. Qual é o teto dos defensores públicos estaduais? O teto dos defensores públicos estaduais é o do judiciário Estadual, o mesmo dos Desembargadores, no valor de 90,75% dos subsídios dos Ministros do STF. 45. Qual é o teto dos procuradores de estado? O teto dos procuradores de estado é o do judiciário Estadual, o mesmo dos Desembargadores, no valor de 90,75% dos subsídios dos Ministros do STF. 46. Qual é o limite do teto dos desembargadores? O limite do teto dos Desembargadores do Tribunal de Justiça é 90,25% dos subsídios dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. 47. O que é sindicância? Sindicância é o procedimento investigatório, correspondente ao inquérito policial, porquanto inexistindo acusado ou responsabilização, inexiste contraditório e ampla defesa. Portanto, não é possível a lavratura de ato punitivo pela falta de observância dos preceitos constitucionais. Comprovada a autoria, é obrigatória a observância dos princípios do contraditório e ampla defesa. 48. O que é processo administrativo disciplinar e quais as suas fases? O Processo Administrativo disciplinar é a sucessão formal de atos fundamentada na lei e que busca dar firmeza à lavratura de um ato administrativo. É o meio legal utilizado pela Administração para a aplicação de penalidades por infrações graves, sendo uma forma de proteção para o servidor de decisões injustas, pois deve oportunizar sempre o contraditório e ampla defesa. Suas fases são: Instauração (realizada pela autoridade superior mediante portaria de designação de comissão e define os fatos); Inquérito (divide-se em Instrução com a colheita de provas, interrogatório e avaliação de sanidade mental, Defesa e Relatório, que é o último ato da comissão que resumirá os pontos e concluirá pela absolvição ou condenação, além de apresentar dispositivos afrontados se tiver) e Julgamento (pela autoridade superior acatando o relatório, salvo quando contrário às provas nos autos). 49. Explique o princípio da verdade material no PAD. O princípio da verdade material ou real é o princípio vigente no Processo Administrativo Disciplinar por meio do qual se busca, por iniciativa da comissão, o que de fato aconteceu, não apenas o que o servidor puder provar em sua defesa. Desta forma todas as provas da questão deverão estar nos autos, ainda que o acusado não as tenham requerido. 50. Quais são os recursos cabíveis no PAD? Pedido de reconsideração: é requisito obrigatório para posterior protocolo dos demais recursos, é enviado para a mesma autoridade que proferiu a decisão impugnada. Recurso Hierárquico Próprio: protocolizado para a autoridade imediatamente superior dentro da mesma entidade. Recurso Hierárquico Impróprio: protocolizado para autoridade superior fora da entidade. 51. O que é revisão do PAD? Revisão, que não se confunde com recurso, visto que só tem lugar quando, a qualquer tempo, se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada. Por não se tratar de recurso, a simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão. 52. Qual é o termo a quo da prescrição do PAD? Ciência lei 8.112/90 Art. 142 §1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido. 53. Quais são os prazos para prescrição das penalidades administrativas no PAD? Os prazos prescricionais para as penalidades são de 180 dias para advertência; 2 anos quanto à suspensão; 5 anos para demissão, cassação de aposentadoria e destituição de cargo em comissão. 54. Quais são as responsabilidades que podem ser aplicadas aos servidores públicos em razão de ato ímprobo? A responsabilidade civil é a obrigação que se impõe ao servidor de reparar o dano causado à Administração por culpa ou dolo no desempenho de suas funções. A ela se aplica a responsabilidade tão só decorrente de dolo ou culpa, portanto subjetiva. A responsabilidade penal é a que se resulta do cometimento de crimes funcionais, os efetivos da condenação podem ser além das penas privativas de liberdade, restritivas de direito e multa, a perda do cargo ou inabilitação para função pública, a perda de bens, o impeachment. A responsabilidade administrativa é a que resulta da violação de normas internas da Administração pelo servidor sujeito ao estatuto e disposição complementares estabelecidas em lei, decreto ou qualquer outro provimento regulamentar da função pública. A responsabilidadepolítica é a suspensão dos direitos políticos. 55. São, ou não, acumuláveis e dependentes? As responsabilidades são acumuláveis e independentes conforme dispõe o art. 125 da lei 8.112 “As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si”. 56. Quais são os casos em que absolvição penal interfere nas demais? Quando houver absolvição penal que negue a existência do fato ou sua autoria, sentença penal que reconheça expressamente que o fato foi praticado em estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal ou no exercício regular de direito. 57. Quais são os princípios aplicáveis à previdência dos servidores públicos? Princípio da unicidade de regime e gestão do sistema previdenciário pelo qual cada ente público poderá adotar apenas um regime previdenciário especial. Os servidores em geral podem se enquadrar num ou noutro regime, dependendo da natureza do vínculo de trabalho com o Poder Público. 58. Qual é a idade para a aposentadoria compulsória? Integral ou não? A idade para a aposentadoria compulsória é 70 anos, sendo em regra proporcional ao tempo de serviço, entretanto poderá ser integral se preenchidos os requisitos de 35 anos para homens e 30 anos de tempo de contribuição se mulher; 10 anos de tempo de serviço público e 5 anos de exercício no último cargo efetivo. 59. Quais são os requisitos para a aposentadoria voluntária por idade? São requisitos para aposentadoria voluntária por idade: 65 anos para os homens e 60 para as mulheres; 10 anos de tempo de serviço públicos e 5 anos de efetivo exercício no último cargo. 60. Quais são os requisitos para a aposentadoria voluntária integral? São requisitos para a aposentadoria voluntária integral: 60 anos para homens e 55 para mulheres, 35 anos de tempo de contribuição para homens e 30 para mulheres, 10 anos de tempo de serviço públicos e 5 anos de efetivo exercício no último cargo. 61. Quais os requisitos para a aposentadoria do professor? A aposentadoria voluntária dos professores tem por requisitos: 30 anos de contribuição para homens e 25 para mulheres; comprovação de exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. 62. Defina serviço público. Serviço público é toda atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade material destinada à satisfação da coletividade em geral, mas fruível singularmente pelos administrados, que o Estado assume como pertinente a seus deveres e presta por si mesmo ou por quem lhe faça às vezes, sob um regime de Direito Público, instituído em favor dos interesses definidos como públicos no sistema normativo. 63. Explique o conceito serviço público no sentido material, formal e subjetivo. Em sentido material aborda a atividade exercida, serviço público aquela atividade que tem por objeto a satisfação de necessidades coletivas, interesses prestigiados pelo ordenamento - atividade que objetiva a satisfação das necessidades coletivas e interesses prestigiados pelo ordenamento. Em sentido formal, tem como escopo analisar o regime jurídico do serviço: público, derrogatório e exorbitante do direito comum - Direito Público, derrogatório, exorbitante do direito comum. Em sentido subjetivo utiliza como ponto determinante para definir algo como sendo serviço público a pessoa prestadora da atividade - executada pela Administração Pública. 64. Apresente quatro princípios aplicáveis ao serviço público. Princípio da supremacia da prestação estatal: ao Estado é atribuído o dever de prestar diretamente, nos casos previstos em lei, ou indiretamente mediante autorização, concessão ou permissão. Princípio da supremacia do interesse público: o norte obrigatório de quaisquer decisões atinentes ao serviço serão as conveniências da coletividade, jamais os interesses secundários dos Estados ou dos investidos no direito de prestá-los. Princípio da Impessoalidade: há a inadmissibilidade de discriminações entre os usuários. Princípio da Continuidade: impossibilidade de interrupção e o pleno direito dos administrados de que não seja suspenso ou interrompido. 65. Classifique serviço público quanto à essencialidade. Quanto à sua essencialidade, o serviço público pode ser essencial, quando a Administração o presta diretamente à comunidade por reconhecer a essencialidade e necessidade para o grupo social e o Estado. Ou utilidade pública, quando a Administração reconhecer a conveniência (não existe a essencialidade/necessidade), presta direto ou aquiesce a outros, terceiros, nas condições regulamentadas sob o controle por conta e risco dos prestadores mediante remuneração. 66. Classifique serviço público quanto à adequação. Quanto à adequação, pode ser próprio, se relacionam intimamente com as atribuições do Estado (defesa nacional, segurança, saúde) e para tal usa da supremacia. Só devem ser executados por órgãos ou entidades públicas, sem delegação particular e por ser essenciais, são gratuitos ou baixa remuneração. Ou impróprio, não afetam substancialmente as necessidades da comunidade, mas satisfazem interesses comuns, presta remuneradamente por descentralização ou delega a concessionários, permissionários ou autorizatórios, sempre com regulamentação e controle público. 67. Explique serviço público quanto à finalidade. Quanto à finalidade, pode ser Administrativo, quando a Administração executa para atender necessidades internas ou preparar outros serviços; ou Industriais, quando produzem renda para quem presta, mediante remuneração da utilidade usada ou consumida, através da tarifa ou preço, sempre fixado pelo poder Público. Somente são explorados diretamente quando necessários à segurança nacional ou interesse público. 68. Explique serviço público quanto aos destinatários. Quanto aos destinatários, pode ser uti universi quando prestados para atender a coletividade no todo, sendo indivisíveis, seus destinatários são indeterminados, não podendo ser mensuráveis na sua utilização. 69. O que é serviço público uti singuli? Como é remunerado? Os serviços uti singuli tem usuários determinados, utilizado particularmente, sendo mensuráveis a cada destinatário. Devem ser remunerados por taxa (tributo) ou tarifa (preço público) e não por imposto. 70. O que é serviço público uti universi? Como é remunerado? Os serviços uti universi são prestados para atender a coletividade no todo, sendo indivisíveis, seus destinatários, indeterminados, não podendo ser mensuráveis em sua utilização. Devem ser mantidos por impostos (tributo geral) e não por taxa ou tarifa (mensurável / proporcional ao uso) 71. O que é preço público, taxa e tarifa? Preço público ou tarifa é a prestação exigida pelo Estado ou por quem lhe faça as vezes, em regime de direito privado. É vinculado a um serviço público que, em regra, será delegado ao particular através de contrato. É receita originária, pois provém da exploração do patrimônio público. Seu regime é contratual e não há compulsoriedade no seu pagamento, ou seja, não se paga a mera disponibilidade. Já a taxa é um tributo, portanto objeto de uma obrigação instituída por lei, imposta para todas as pessoas que se encontrem em situação de usuários, sejam efetivos ou potenciais, de determinado ente estatal. 72. O que é outorga e delegação de serviço público? Outorga ocorre quando o Estado cria uma entidade de direito público e a ela transfere por lei, determinado serviço público ou de utilidade pública. Não há outorga a ente particular,pois a titularidade é sempre do Estado e ocorre por tempo indeterminado. Já a delegação ocorre quando o Estado transfere, por contrato (concessão) ou ato unilateral (permissão ou autorização), unicamente a execução do serviço para que o delegado o preste ao público em seu nome e por sua conta e risco, nas condições regulamentares e sob controle estatal. 73. Explique autorização de serviço público. Autorização de serviço público é o ato discricionário e precário pelo qual o Poder Público torna possível ao pretendente a realização de certa atividade, serviço ou utilização de determinados bens particulares ou públicos, de seu exclusivo ou predominante interesse, que a lei condiciona à aquiescência prévia da administração. 74. Explique permissão de serviço público. A permissão de serviço público é em princípio, discricionária e precária, mas admite condições e prazos para exploração do serviço a fim de garantir rentabilidade e assegurar a recuperação do investimento do permissionário visando atrair a iniciativa privada. Permissão de serviço público é ato unilateral 75. Explique concessão de serviço público. Concessão de serviço público é a delegação contratual da execução do serviço, na forma autorizada e regulamentada pelo Executivo. O contrato de concessão é de Direito Administrativo, bilateral, oneroso, comutativo e realizado intuitu personae, licitação. Concessão de serviço público é o instituto através do qual o Estado atribui o exercício de um serviço público a alguém que aceita prestá-lo em nome próprio, por sua conta e risco, nas condições fixadas unilateralmente pelo Poder Público, mas sob garantia contratual de equilíbrio econômico-financeiro, remunerando-se pela própria exploração do serviço, em geral e basicamente mediante tarifas cobradas diretamente dos usuários do serviço. 76. Quais são as modalidades de PPP? Concessão Patrocinada e Concessão Administrativa. 77. O que é concessão patrocinada? Concessão Patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas que envolve, além da tarifa dos usuários, contraprestação orçamentária do parceiro público ao parceiro privado. Nesse caso o retorno do investimento realizado pelo setor privado será coberto com tarifas sobre o serviço realizado, além de uma complementação de até 70 % patrocinada pelo parceiro público. 78. O que é concessão administrativa? Concessão Administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração pública seja usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. Nesse caso, não haverá cobrança de tarifa, mas um complemento do parceiro público para o retorno do investimento. 79. Apresente quatro características de PPP. 1ª) Financiamento do Setor Privado: o poder público não disponibilizará integralmente recursos financeiros para os empreendimentos públicos que contratar, cabendo ao setor privado fazer investimentos no setor da concessão; 2ª) Compartilhamento de riscos: o poder concedente deve solidarizar-se com o parceiro privado no caso de eventual ocorrência de prejuízos ou outra forma de déficit, ainda que decorrentes de caso fortuito, força maior, fato do príncipe e a imprevisão. 3ª) Pluralidade compensatória: pagamento direto em pecúnia pelo usuário e obrigação do Estado em desfavor do concessionário pela execução da obra ou do serviço. 4ª) A contratação será precedida de licitação na modalidade concorrência. 80. Explique competência de serviço público. A competência para a prestação de serviço público é repartida entre os entes políticos segundo critérios técnicos e jurídicos; natureza e extensão dos serviços; capacidade para executá- los. Além destes parâmetros deve-se sempre analisar a abrangência do interesse público, ou seja, observar se o interesse é nacional (competência da União); interesse público regional (competência dos Estados); e interesse público local (competência dos Municípios); o Distrito Federal, à luza da Constituição Federal abarca a competência dos Municípios e Estados.A primeira competência é a material, para a execução dos serviços, que pode ser privativa ou comum. A competência legislativa refere-se à capacidade de editar leis e pode ser privativa, concorrente e suplementar. 81. Apresente três direitos dos usuários de serviços públicos. 1º) Direito ao recebimento do serviço adequado. 2º) Direito de obterem e utilizar o serviço com liberdade de escolha. 3º) Direito de informação. 82. Apresente três deveres dos usuários de serviços públicos. 1º) Dever de colaborar com o Poder Público para melhoria e regularidade dos serviços. 2º) Dever de comunicar ao concedente as irregularidades cometidas pelo comissionário, bem como os atos ilícitos por ele cometidos. 3º) Contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos empregados na execução do servilo, reprimindo o vandalismo. 83. Quais são as formas de extinção do serviço público? Pelo advento do termo contratual; encampação; caducidade; rescisão; anulação, falência ou extinção da empresa concessionária. 84. O que é extinção do serviço público a termo? A extinção pelo advento do termo contratual é o término do prazo da concessão, com o retorno do serviço ao poder concedente. 85. O que é reversão do serviço público? Reversão é o retorno dos bens vinculados à prestação do serviço público e necessários à continuação deste ao ente público, uma vez que integram o patrimônio do concedente, pertencem ao interesse público, sendo assim, finda a concessão retornam obrigatoriamente ao ente público. 86. O que é encampação do serviço público? Encampação é a retomada coercitiva do serviço, pelo poder concedente, durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público. Não cabe ao concessionário, em qualquer caso, a oposição à encampação, ficando sua indignação restrita à indenização dos prejuízos perpetrados pelo ato de império promovido pela Administração pública. Só se efetiva com o pagamento prévio da indenização e com autorização legislativa. 87. O que é caducidade do serviço público? Caducidade é a extinção da concessão por inadimplemento ou inadimplemento defeituoso. Antes de instaurar processo administrativo para determinar a inadimplência, a Administração deve comunicar à concessionária os descumprimentos contratuais e a estipulação do prazo para sanar as irregularidades, caso não sanadas, instaurar-se-á o processo com contraditório e ampla defesa e a declaração de caducidade se dará por decreto do Poder Concedente. 88. O que é rescisão do serviço público? Rescisão é a extinção da concessão por parte do concessionário quando a concedente descumpre as determinações contratuais, mas a mesma só se efetiva por meio de ação judicial específica para este fim, e, em virtude do princípio da continuidade o concessionário não pode interromper ou paralisar o serviço público até a decisão judicial transitada em julgado. 89. O que é anulação do serviço público? Anulação é a extinção do serviço público por ilegalidade da licitação ou do contrato da concessão e acarretará a responsabilização de quem houver dado causa à ilegalidade. Não se confunde com extinção vez que a execução do contrato é regular, mas o contrato é ilegal. 90. De quem é a competência para legislar sobre propriedade, desapropriação e requisição? A competência para legislar sobre propriedade, desapropriação e requisição é da União. 91. Quais são os fundamentos para se promover a intervenção do Estado na propriedade? A supremacia do interesse público, agindoo estado de forma vertical, restringindo o uso da propriedade quando nela intervém; e a função social da propriedade, possibilitando ao Estado intervir na propriedade sempre que ela não estiver atendendo ao bem estar social. 92. O que é servidão administrativa? Servidão Administrativa é um direito real público que autoriza o Poder Público a usar a propriedade imóvel para permitir a execução de obras e serviços de interesse coletivo. 93. O que é ocupação temporária? Ocupação temporária é a forma de limitação do Estado na propriedade privada que se caracteriza pela utilização transitória, gratuita ou remunerada de imóvel de propriedade particular, para fins de interesse público, sendo essencialmente decorrente da necessidade de um local para depósito de equipamentos e materiais destinados à realização de obras e serviços públicos nas vizinhanças da propriedade particular. 94. O que é requisição? Requisição é a modalidade de intervenção estatal através da qual o Estado utiliza bens móveis, imóveis ou serviços particulares em situação d perigo público iminente. Não é livre a requisição, é necessário situação de perigo público iminente, ou seja, aquele perigo que coloque em risco a coletividade e prestes a se consumar ou a expandir-se de forma irremediável. A indenização somente decorre do dano provocado, sendo sempre a posteriori. É ato auto- executório. 95. O que é limitação administrativa? Limitação administrativa é toda determinação de caráter geral, gratuita, unilateral e de ordem pública condicionada do exercício de direitos ou de atividades particulares às exigências de bem-estar social. Em princípio não gera direito à indenização, somente caso a administração aja ilegalmente ou com abuso de poder. São imposições de caráter geral, que podem contrariar interesses dos proprietários, mas nunca direitos subjetivos, não são prejuízos individuais, mas sacrifícios coletivos. 96. O que é tombamento? Tombamento é a medida que se insere no arcabouço jurídico de proteção aos bens que compõe o patrimônio histórico e artístico nacional. Implica obrigação de fazer, não fazer bem como permitir, porquanto o poder público pode impor a ele a obrigação de não se fazer alterações no bem, de fazer obras de conservação e também obrigação de permitir ou suportar a fiscalização. 97. Apresente as principais características da servidão administrativa. Natureza jurídica de direito real; Incide sobre bens imóveis; Possui caráter perpétuo; Indenização prévia e condicionada ao real prejuízo; Inexistência de auto-executoriedade: só se constitui por acordo ou decisão judicial. 98. Apresente as principais características da ocupação temporária. Direito de caráter não-real; Só incide sobre a propriedade imóvel; Tem caráter de transitoriedade; Situação constitutiva de ocupação é a necessidade de realização de obras e serviços públicos normais; Indenização varia de acordo com a modalidade de ocupação: vinculada à desapropriação haverá caráter indenizatório, e, se não for, inexistirá a menos que haja prejuízos ao proprietário. 99. Quais as principais características da requisição? Direito pessoal da Administração; Pressuposto de perigo público iminente; Transitoriedade; Indenização, se houver, ulterior. 100. Quais as principais características da limitação administrativa? Atos legislativos ou administrativos normativos; Caráter de definitividade; Motivo constituído pelos interesses públicos abstratos; Ausência de indenizabilidade. 101. Quais as principais características do tombamento? Dever de conservar; Dever de vizinhança; Direito de preferência; Fruto de devido processo legal; Deve ser registrado em cartório. 102. Quais das formas de intervenção do Estado na propriedade ensejam indenização? A servidão administrativa, se houver prejuízo e a priori. A requisição, se houver prejuízo, a posteriori. A ocupação administrativa, se houver prejuízo, a posterior. Tombamento, pode existir se houver prejuízo. 103. Quais as formas de intervenções relativas do Estado na propriedade? Servidão Administrativa; Requisição; Ocupação Temporária; Limitação Administrativa; Tombamento. 104. O que é forma de intervenção relativa e absoluta do Estado na propriedade? A intervenção relativa ou restritiva é a imposição de restrições e condicionamentos de uso na propriedade por parte do Estado, sem retirá-la de seu dono. O proprietário permanece como detentor do domínio da propriedade, mas sofrerá algumas restrições no seu uso em razão das imposições do poder público. Já a intervenção absoluta ou supressiva, o Estado transfere coercivamente para si a propriedade de terceiro em virtude do interesse público previsto em lei. 105. O que é obrigação positiva, negativa e permissiva na limitação? Obrigações positivas são obrigações de fazer, imposições do Estado de construir, limpeza dos imóveis; as negativas são obrigações de não fazer, imposições quanto ao tamanho mínimo do imóvel, limitação do número de pavimentos e permissivas são tolerar as vistorias da vigilância sanitária, dos elevadores. 106. Existe indenização no tombamento e na limitação administrativa? Quanto ao tombamento, em regra não existe indenização, mas existirá se houver prejuízo. Já a limitação administrativa não enseja indenização por ser imposição de caráter geral, no entanto, se realizada ilegalmente ou com abuso de poder poderá ensejar. 107. O que é o dever de conservar? Dever de conservar é a obrigação de reparar e manter o bem, decorrente do tombamento. 108. O que é o dever de vizinhança? Dever de vizinhança é a vedação de qualquer construção que impeça ou reduza a visibilidade em relação ao prédio tombado, bem como colocar cartazes ou anúncios sem a autorização do órgão competente. 109. O que é o direito de preferência? Direito de preferência é estabelecido em lei que o proprietário, antes de alienar o bem tombado deve notificar o ente federado, onde este se situa, para exercerem dentro de 30 dias, seu direito de preferência na alienação do bem. 110. Os bens tombados podem sofrer oneração? Sim, conforme dispõe o art. 22, §3º do Decreto-lei 25/37 o direito de preferência a que se submetem os bens tombados não inibe o proprietário de gravar livremente a coisa tombada de penhor, anticrese ou hipoteca. 111. Quais as modalidades de desapropriação? As modalidades gerais, que são por necessidade pública, utilidade pública e interesse social e as modalidades específicas, que são pelo caráter sancionatório ( não cumprimento da função social da propriedade urbana ou propriedade rural) e o caráter confiscatório (expropriação de glebas de terras em que se cultivem plantas psicotrópicas). 112. Pode desapropriar bem público? Bens públicos podem ser desapropriados, sempre pelo ente mais abrangente em relação ao mais restrito, a União pode desapropriar dos Estados e Município, no entanto o caminho inverso é vedado. 113. Quais são as formas de desapropriação sancionatórias? São a desapropriação pela função social da propriedade urbana e pela função social da propriedade rural. 114. Quem é competente para promover a desapropriação sancionatória? Caso o imóvel seja desapropriado por motivo de reforma agrária, a desapropriação será exclusiva da União, no descumprimento da função social de propriedade urbana será competência do Município, entretanto, nas demais hipóteses, são todas as entidades que podem declarar (União/Estados/Município/DF), bem como concessionários e permissionários de serviço público. 115. Como é efetivada a indenização das desapropriações?A indenização é direito de natureza pública, devendo ser prévia, justa e em dinheiro. Poderá ser em títulos da dívida pública na desapropriação por descumprimento da função social de propriedade urbana e em títulos da dívida agrária, quando descumprimento da função social da propriedade rural. 116. Quem possui competência para promover a fase legislativa? A competência para a promoção da fase legislativa é exclusiva da União; 117. Quem possui competência para promover a fase declaratória? A fase declaratória somente é da competência dos entes públicos, quais sejam União, Estados, Municípios e Distrito Federal. 118. Quem possui competência para promover a fase executória? A fase executória pode ser realizada por todas as entidades que podem declarar, bem como concessionários e permissionários de serviço público (desde que haja autorização no contrato). 119. Quem é o sujeito ativo da desapropriação? O sujeito ativo da desapropriação é apenas aquela pessoa que pode submeter o bem à força expropriatória, o que se faz através da declaração de utilidade pública ou interesse social e as entidades dotadas do art. 3º do dec-lei 3365/41 podem apenas promover a desapropriação e se beneficiar. 120. Quem é o sujeito passivo da desapropriação? Qualquer pessoa privada ou pública (Estados, Município e DF). 121. Quais são os objetos da desapropriação? Em regra geral, tudo aquilo que pode ser objeto de propriedade, ou seja, todo bem móvel, imóvel, corpóreo ou incorpóreo, inclusive o espaço aéreo e o subsolo, desde que a utilização deste acarrete prejuízo ao proprietário. 122. Quais bens não podem ser desapropriados? Não são passíveis de desapropriação os bens de entes mais abrangentes pelo mais restrito, os bens da União, bem como os bens personalíssimos ou sem conteúdo patrimonial. 123. Quais as fases da desapropriação? Fase declaratória, na qual o poder público declara a utilidade pública ou interesse social do bem para fins de desapropriação. Fase executória, que poderá ser amigável ou judicial, compreende os atos pelos quais o poder público efetiva o transpasse do bem, do patrimônio do particular para o público. Fase de transferência do bem. 124. O que é imissão provisória na posse? Imissão provisória na posse é a transferência da posse do bem já no início da lide, concedida pelo juiz. Tem dois requisitos: o poder público deve declarar a urgência e depositar em juízo importância fixada segundo critérios definidos em lei. 125. Explique indenização na desapropriação, antes e depois da declaração. A indenização antes da declaração de desapropriação deverá ser integral, abrangendo as construções, todas as benfeitorias existentes antes do ato declaratório. Já a indenização posterior ao ato expropriatório serão pagas apenas as benfeitorias necessárias, as úteis desde que autorizadas pelo expropriante, excluindo-se as benfeitorias voluptuárias e as construções feitas posteriormente, independentemente de autorização. 126. Explique a indenização das benfeitorias. As benfeitorias serão integralmente indenizadas se realizadas antes da declaração de expropriação, após o ato expropriatório somente são indenizáveis as benfeitorias necessárias e as úteis, desde que estas sejam autorizadas pelo poder expropriante. As benfeitorias voluptuárias não são indenizáveis após a declaração, mesmo que autorizadas. 127. Explique a indenização das construções. As construções realizadas antes da declaração da desapropriação são integralmente indenizadas, entretanto, as construções realizadas posteriormente ao ato expropriatório não são incluídas no valor da indenização. 128. Explique a indenização dos juros compensatórios e moratórios. Juros compensatórios são aqueles devidos pelo expropriante a título de compensação pela ocorrência da imissão provisória e antecipada na posse do bem. Os juros moratórios são aqueles devidos pelo expropriante em decorrência da demora no pagamento da indenização, ou seja, é a pena imposta a devedor em atraso com o cumprimento da desapropriação. 129. Explique a indenização dos honorários advocatícios na desapropriação. Os honorários advocatícios são calculados sob a diferença entre a oferta inicial e o valor da indenização, acrescido de juros moratórios e compensatórios. Funda-se no princípio constitucional do ônus da sucumbência, vez que ocorrente da diferença entre a oferta e a definição judicial da investigação. 130. O que é desapropriação por zona? Desapropriação por zona é a desapropriação de uma área maior do que necessária à realização de uma obra ou serviço, para reservá-la para acréscimos posteriores ou para revenda. 131. O que é desapropriação indireta? Desapropriação indireta é o apossamento do imóvel particular pelo Poder Público, sem qualquer obediência às formalidades ou ao rito previsto em lei para desapropriação. Ocasiona a integração ao patrimônio público do imóvel, restando ao proprietário apenas promover ação de indenização. 132. Qual a extensão do controle jurisdicional nas desapropriações? A defesa do expropriado nos atos da ação expropriatória é severamente limitada, restringindo-se a questões relativas ao preço ou a vicio processual. Também é vedado ao Pode judiciário discutir a presença ou ausência de utilidade ou necessidade pública. 133. O que é retrocessão? Retrocessão é um direito real do ex-proprietário de reaver o bem expropriado, mas não preposto à finalidade pública. O poder público, uma vez efetivada a desapropriação deve aplicar o bem à finalidade pública que suscitou o desencadeamento e sua força expropriatória. 134. O que é tredestinação? Tredestinação ocorre quando o bem expropriado for utilizado para outra finalidade pública, in casu não há qualquer vício. Afasta-se a hipótese de etrocessão se não houver tido desvio de finalidade. O interesse público pode exigir alterações em sua destinação e até mesmo sua venda em determinado momento. 135. Defina bens públicos segundo o CC e segundo Direito Administrativo. O Código Civil conceitua bens públicos como os bens de domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Já o direito Administrativo conceitua como todos os bens destinados à coletividade. Não compreendem apenas os bens próprios do Estado, mas também aqueles que servem para a utilização do público em geral. Sendo assim, abrange os bens pertencentes às outras pessoas mas que se encontrem vinculados ao interesse público. 136. O que é domínio público? Domínio público é o conjunto de bens destinados à coletividade. Não compreendem apenas os bens próprios do Estado, mas também aqueles que servem para a utilização do público em geral. Sendo assim, abrange os bens pertencentes às outras pessoas mas que se encontrem vinculados ao interesse público. 137. O que é domínio eminente? Domínio eminente relaciona-se ao poder público que permite ao estado, de forma geral, submeter à sua vontade todos os bens situados em seu território, não tendo relação com o domínio patrimonial, visto que se relaciona com a noção de soberania, protegendo todo e qualquer bem contido no território nacional. 138. Classifique bens públicos quanto à sua titularidade. Podem ser federais, enumerados de modo não taxativo por lei no art. 20, relacionando-os segundo o critério de segurança nacional, proteção à economia do país, interesse público nacional e extensão do bem. Estaduais enumerados na Constituição Federal no art. 26 e Municipais, quenão foram contemplados na partilha constitucional de bens públicos, mas há vários bens que lhes pertencem como ruas, praças, jardins, prédios. 139. O que é faixa de fronteira? Faixa de fronteira, segundo o art. 20, §2º da CF, é a faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, considerada fundamental para a defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. 140. O que é mar territorial e qual a sua extensão? Mar territorial compreende uma faixa de doze milhas marítimas de largura medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular, sendo área de extensão da soberania do Brasil, tanto ao espaço aéreo sobrejacente, bem como ao leito e seu subsolo. 141. O que é plataforma continental e qual a sua extensão? A plataforma continental compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural de seu território terrestre, até o bordo exterior da margem continental, ou até uma distância de duzentas milhas marítimas das linhas de base. O Brasil exerce direitos de soberania sobre a plataforma continental, para efeitos de exploração dos recursos naturais. 142. O que é zona de exploração exclusiva e qual a sua extensão? Zona de exploração econômica exclusiva compreende uma faixa que se estende das doze às duzentas milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial. O Brasil tem direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não-vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, ao leito do mar e seu subsolo, e no que se refere a outras atividades com vistas à exploração e ao aproveitamento da zona para fins econômicos. 143. O que é terrenos da marinha e qual a sua extensão? Terrenos da marinha são todos os que, banhados pelas águas do mar ou dos rios navegáveis, em sua foz, vão até a distância de 33 metros para a parte de terras, contados desde o ponto em que chega o preamar médio. A utilização dos terrenos de marinha, inclusive para edificações, depende de autorização federal, mas tratando-se de áreas urbanas ou urbanizáveis, as construções a atividades civis nelas realizadas ficam sujeitas a regulamentação e a tributação municipais, como as demais realizações particulares A reserva dominial da União visa, unicamente, a fins de defesa nacional, sem restringir a competência estadual e municipal o ordenamento territorial e urbanístico dos terrenos de marinha, quando utilizados por particulares para fins civis. 144. O que é terrenos marginais e qual a sua extensão? Terrenos marginais ou reservados são aqueles a 15 metros da enchente média para dentro do território que são terrenos da União. Se construir sem a autorização da União não há indenização. 145. O que é bem de uso comum do povo? Bens de uso comum do povo são aqueles que se destinam à utilização geral pelos indivíduos, podendo ser federais, estaduais ou municipais. Nessa categoria de bens não está presente o sentido técnico de propriedade, prevalecendo 146. O que é bem de uso especial? Bens de uso especial são aqueles que visam à execução dos serviços administrativos e dos serviços públicos em geral. São bens patrimonialmente indisponíveis e que compõe o aparelhamento material da Administração para atingir seus fins. 147. O que é bem dominical? Bens dominicais ou patrimonialmente disponíveis são aqueles que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real de cada uma das entidades federativas. São os bens desafetados, sem uso. 148. Qual é a classificação de bem público quanto à sua utilização? Bens de uso do povo; Bens de uso especial e bens dominicais. 149. Qual é a classificação de bem público quanto à sua natureza? Bens indisponíveis Bens patrimoniais indisponíveis Bens patrimoniais disponíveis. 150. O que é bem público indisponível? Bens indisponíveis são aqueles que não ostentam caráter tipicamente patrimonial, por isso mesmo, as pessoas a que pertence não podem deles dispor – o qu significa que não podem ser alienados, onerados, nem desvirtuados de suas finalidades, alem do poder público ter o dever de conservá-los, melhorá-los e mantê-los ajustados a seus fins, sempre em benefício da coletividade. 151. O que é bem público patrimonialmente indisponível? Bens patrimoniais indisponíveis são aqueles efetivamente utilizados pelo Estado para alcançar os seus fins, possuem caráter patrimonial e avaliação pecuniária, todavia em virtude da natureza patrimonial do bem público e de sua característica de indisponibilidade são classificados como tal. 152. O que é bem público patrimonialmente disponível? Bens patrimoniais disponíveis são os bens dominicais em geral, porque nem se destinam ao público em geral, nem são utilizados para o desempenho normal das atividades administrativas Possuem caráter patrimonial e podem ser alienados nas condições em que a lei estabelecer 153. Quais os requisitos para se alienar bem público? Autorização legislativa; Avaliação prévia; Licitação na modalidade concorrência ou leilão; Interesse público motivado; Desafetação do bem público. 154. O que é afetação de bem público? Afetação é o fato administrativo pelo qual se atribui ao bem público uma destinação pública especial de interesse direito ou indireto da Administração. É o bem que está sendo utilizado para determinado fim público, seja diretamente do estado ou pelo uso dos indivíduos em geral. 155. O que é desafetação de bem público? Desafetação é o fato administrativo pelo qual um bem público é desativado, deixando de servir à finalidade pública, podendo ser alienado. 156. Apresente quatro requisitos do regime jurídico dos bens públicos. Inalienabilidade: é a qualidade do bem que não pode ser vendido, transferido, doado. Imprescritibilidade: significa que os bens públicos são insuscetíveis de aquisição por usucapião, independentemente da categoria a que pertençam. Impenhorabilidade: é o ato de natureza constritiva que, no processo, recai sobre bens do devedor para propiciar a satisfação do credor no caso de não-cumprimento da obrigação. Impossibilidade de incidir execução forçada, ou seja, penhora sobre bens públicos Impossibilidade de oneração: não é possível deixar um bem público como garantia para credores no caso de inadimplemento da obrigação. 157. Explique o que é impossibilidade de oneração de bens públicos. Impossibilidade de oneração: não é possível deixar um bem público como garantia para credores no caso de inadimplemento da obrigação. Inexistem direito reais de garantia como penhor, hipoteca e anticrese sobre bens públicos. 158. Explique imunidade de impostos dos bens públicos. A Constituição Federal veda aos entes federados instituir impostos sobre o patrimônio uns dos outros, extensível a proibição ao patrimônio de autarquias e fundações públicas quanto a bens vinculados a suas finalidades essenciais ou delas decorrentes. Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas não possuem tal imunidade. 159. Explique forma de aquisição originária e derivada de bens públicos. Forma de aquisição originária: ocorre quando o fato jurídico em si enseja a transferência da propriedade, sem relação com qualquer título jurídico de que seja titular anterior proprietário, bem como por qualquer manifestaçãode vontade A aquisição é direta, ao adquirente independe da figura do transmitente, não dando ensejo às dicussões sobre vícios de vontade ou legalidade na transmissão do bem Forma de aquisição derivada: é indispensável a existência da vontade de outra pessoa, o transmitente, bem como a existência e o interesse do adquirente, ou seja, alguém transmite um bem ao adquirente mediante certas condições por ele estabelecidas, pode ensejar discussão sobre vícios de vontade e sobre o negócio jurídico. 160. Dê dois exemplos de forma de aquisição originária de bens públicos. Desapropriação (só existe a vontade do Estado para que ocorra a transferência da propriedade, ademais os bens adquiridos por desapropriação são contraídos sem nenhum vício anterior, extintos os direitos reais de terceiros sobre o bem) e usucapião (o CC admite expressamente como forma de aquisição de bens pelo Estado, estabelecendo as condições para a consumação). 161. Dê dois exemplos de forma de aquisição derivada de bens públicos. Compra e venda e dação em pagamento 162. Explique a forma de aquisição de bens públicos – perdimento de bens. Decorrente de condenação penal, instrumentos utilizados no ato ilícito, sanções decorrentes de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito. 163. Explique a forma de aquisição de bens públicos – abandono. 164. Explique a gestão de bens públicos – uso comum. Uso comum é a utilização de um bem público pelos membros da coletividade sem que haja discriminação entre os usuários, nem consentimento estatal específico para este fim. É gratuito, ilimitado e irrestrito. 165. Explique a gestão de bens públicos – uso especial. Uso especial é a forma de utilização do bem público em que o indivíduo se sujeita a regras específicas e consentimento estatal, ou se submete às incidências da obrigação de pagar pelo uso. Há a exclusividade do uso aos que pagam a remuneração ou aos que recebem o consentimento estatal para o uso. 166. Explique a gestão de bens públicos – uso privativo. Uso privativo é o direito de utilização de bens públicos conferidos pela Administração a pessoas determinadas, mediante instrumento jurídico específico para tal fim. 167. Explique a gestão de bens públicos – uso compartilhado. Uso compartilhado ocorre quando pessoas públicas e prestadoras de serviços públicos utilizam concomitantemente áreas de propriedades de pessoas diversas. Quando a relação ocorre entre entes públicos, faz-se, em regra, convêncio. 168. Explique a concessão de direito real de uso do bem público. É o contrato administrativo pelo qual o Poder Público transfere ao particular o uso remunerado ou gratuito de terreno público com direito real resolúvel de uso de terreno público ou sobre o espaço aéreo que o recobre, para os fins que, previa e determinadamente, o justificarem (urbanização, industrialização, edificação, cultivo ou qualquer outra exploração de interesse social). 169. Explique cessão de uso. Cessão de uso é aquela em que o poder público consente o uso gratuito de bem público por órgãos da mesma pessoa ou de pessoa diversa, incumbida de desenvolver atividade que, de algum modo, traduza interesse para a coletividade 170. Explique a forma de alienação do bem público – investidura. É instituto definido pela Lei Geral de Licitações como sendo a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante de obra pública, quando esta área se tornar inaproveitável isoladamente, jamais podendo ser alienada por preço inferior ao da avaliação.
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