Logo Passei Direto
Buscar

Direito Administrativo: Serviços Públicos

User badge image
I

em

Ferramentas de estudo

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

DIREITO ADMINISTRATIVO
CPIV
1º PERÍODO 2024
TEMAS
01 Serviços Públicos I. Conceito. Características. Princípios. Atividade econômica em sentido estrito X 
serviços públicos. Serviços públicos e direitos fundamentais. A crise da noção do serviço público. Aspectos 
pertinentes da Lei das Liberdades Econômicas (Lei nº 13.874/2019). Classificação dos serviços públicos. 
Direitos dos usuários (Lei nº 13.460/2017). Aplicação do Código de Defesa do Consumidor.
02 Serviços Públicos II. Titularidade/competência. Execução Direta. Regiões metropolitanas, aglomerações 
urbanas e microrregiões (Estatuto da Metrópole - Lei nº 13.089/2015). Consórcios públicos (Lei nº 
11.107/2005).
03 Intervenção do Estado no domínio econômico I. Estado Regulador, Estado Executor e Estado 
Monopolista. Desestatização e Privatização. Descentralização legal (outorga) e negocial (delegação). 
Regime jurídico da empresa prestadora de serviços públicos e da empresa que explora atividades 
econômicas pelo Estado. Lei nº 13303/2016 (Aspectos Gerais)
04 Intervenção do Estado no domínio econômico II. Agência Reguladora. Fonte normativa. Natureza 
jurídica. Função. Regime jurídico dos servidores. Poder normativo. Lei nº 13.848/2019.
05 Concessão de Serviços Públicos. Fontes normativas constitucional e infraconstitucional. Modalidades de 
concessão. Natureza jurídica. Política tarifária, fiscalização e encargos do concedente. Responsabilidade e 
encargos do concessionário. Prazo da concessão, extinção e reversão.
06 Permissão de Serviços Públicos. Conceito, natureza, referências constitucionais. Aplicação de regras 
das concessões. Extinção. Serviços Públicos Autorizados.
07 Parceria Público-Privada. Regime especial de outorga: peculiaridades. Concessão Patrocinada e 
Concessão Administrativa. Requisitos. Fundo Garantidor de Parcerias. Programa de parcerias de 
Investimentos - PPI (Lei nº 13.334/2016).
08 Estado Gestor (3º Setor). Regimes de parcerias: regimes de convênios administrativos, regimes de 
contrato de gestão (as Organizações Sociais), Gestão por colaboração (OSCIP-Organização da sociedade 
civil de interesse público). Lei nº 13.019/2014 (Aspectos Gerais) Serviço Social Autônomo.
09 Análise de Gabarito
Tema 01: 
Serviços Públicos I. Conceito. Características. Princípios. Atividade econômica em sentido estrito X 
serviços públicos. Serviços públicos e direitos fundamentais. A crise da noção do serviço público. Aspectos 
pertinentes da Lei das Liberdades Econômicas (Lei nº 13.874/2019). Classificação dos serviços públicos. 
Direitos dos usuários (Lei nº 13.460/2017). Aplicação do Código de Defesa do Consumidor.
DIREITO ADMINISTRATIVO - CP05 - 04 - CPIV - 1º PERÍODO 2024 1
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CADERNO DE EXERCÍCIOS
01ª QUESTÃO:
O Município X fez editar uma Lei que veda o uso de carros particulares para o transporte remunerado 
individual de pessoas, mediante a utilização de plataformas digitais, tais como os aplicativos. 
Paralelamente, o mesmo ente federativo fez editar norma que admitiu o deferimento de autorização para o 
serviço de taxi na localidade, mediante requisitos objetivos e razoáveis, sem a realização de licitação, bem 
como a transferência inter vivos, mediante alienação, e causa mortis das respectivas outorgas. 
Tais normas foram questionadas, pelas vias pertinentes, de forma autônoma, sob o fundamento de 
violação ao disposto no art. 175, da CRFB/88, que exige a realização de licitação para a concessão e 
permissão de serviços públicos.
Diante dessa situação hipotética, esclareça se as atividades em questão são serviços públicos, para fins de 
enfrentamento da constitucionalidade de cada uma delas, à luz da orientação do C. STF.
02ª QUESTÃO:
Caio, Tício e Mévio são amigos de longa data, residentes no mesmo Município, e, em uma reunião, 
chegaram à conclusão de que todos sofreram com a interrupção do serviço de energia elétrica nos últimos 
tempos. 
O corte do serviço de Caio foi decorrente de dívidas de dois anos atrás, em nome de Lina, antiga locatária 
do imóvel em que reside atualmente. A situação de Tício decorreu da suspensão da atividade para reparo, 
que perdurou cerca de duas horas, mediante a devida notificação de que o conserto seria realizado. Já a 
de Mévio é resultante da apuração de consumo decorreu da verificação de fraude em seu medidor, relativo 
ao período de sessenta dias antes da constatação da fraude, mediante instauração de processo 
administrativo em que garantida a ampla defesa e contraditório, mediante notificação cinco dias depois do 
prazo para pagamento. 
Diante dessa situação hipotética, analise a viabilidade de interrupção do serviço em comento para cada um 
dos usuários mencionados, à luz da orientação do C. STJ.
Tema 02: 
Serviços Públicos II. Titularidade/competência. Execução Direta. Regiões metropolitanas, aglomerações 
urbanas e microrregiões (Estatuto da Metrópole - Lei nº 13.089/2015). Consórcios públicos (Lei nº 
11.107/2005).
01ª QUESTÃO:
O Estado Beta fez editar a Lei Complementar ABC, que criou uma região metropolitana composta da 
capital e mais quatro municípios limítrofes, quais sejam, W, X, Y e Z, para a integração e gestão dos 
serviços de saneamento básico, com desenho institucional que garante a representatividade e participação 
de cada um dos entes federativos na execução das respectivas atividades e repartição de eventuais 
benesses. 
Ocorre que o Município W não concorda em ter que compulsoriamente integrar a região metropolitana em 
questão, tal como decorre da Lei Complementar, de modo que seus representantes questionam a 
constitucionalidade da norma estabelecida, sob o fundamento de que viola a autonomia municipal (art. 18 
CRFB/88), bem como pelo fato de que eventual gestão associada deveria se dar por consórcio público, tal 
como decorre do art. 241 da CRFB/88, na forma regulamentada pela Lei nº 11.107/2005. 
Analise a viabilidade de criação da região metropolitana para a gestão dos serviços públicos em comento, 
mediante o enfrentamento dos argumentos apontados pelo Município W acerca de sua 
inconstitucionalidade, à luz da orientação do C. STF.
02ª QUESTÃO:
: Foi editada uma Resolução que traz a previsão de regras como forma de garantir à população o direito de 
acesso às informações do Poder Judiciário, em atendimento à Lei 12.527/2011.
Essa resolução preconiza, por exemplo, que a remuneração dos membros e servidores do Poder Judiciário 
será divulgada no site dos Tribunais.
Porém, tal resolução trouxe o regramento de que serviços notariais e de registro, que possuem natureza 
privada, também divulgassem suas informações em sítio eletrônico, como por exemplo, a previsão da 
divulgação nominal da remuneração dos notórios e registradores, para população ter acesso às 
informações referentes aos serviços prestados e assim ter uma ampla fiscalização. 
Diante do caso apresentado, diga, à luz do entendimento do STJ, se a previsão nominal da remuneração 
dos serviços notariais e de registros ofende a legalidade.
DIREITO ADMINISTRATIVO - CP05 - 04 - CPIV - 1º PERÍODO 2024 2
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CADERNO DE EXERCÍCIOS
Tema 03: 
Intervenção do Estado no domínio econômico I. Estado Regulador, Estado Executor e Estado Monopolista. 
Desestatização e Privatização. Descentralização legal (outorga) e negocial (delegação). Regime jurídico da 
empresa prestadora de serviços públicos e da empresa que explora atividades econômicas pelo Estado. 
Lei nº 13303/2016 (Aspectos Gerais)
01ª QUESTÃO:
Logo após ao advento da Constituição de 1988, foi criada a sociedade Alfa, sociedade de economia mista 
com o escopo de desenvolver atividade econômica em sentido estrito, certo que a lei de regência de tal 
entidade administrativa previa a possibilidade de criação de subsidiárias e não contém exigência no sentido 
de que sua extinção dependa de lei específica. 
Pouco tempo atrás, após o advento da Lei nº 13.303/2016, com vistas a implementar metas de 
desinvestimento, a sociedade Alfa, utilizando-seda previsão autorizativa genérica de sua lei de regência, 
criou uma subsidiária, a sociedade Beta, para o desempenho de parcela da sua atividade, a fim de, 
posteriormente, vender o controle acionário na bolsa de valores, sem autorização legal específica e sem 
licitação, nos termos do art. 29, XVIII, do aludido Diploma Legal. 
No ano corrente, entendeu-se que a sociedade Alfa deveria passar a integrar o plano nacional de 
desestatização, objetivando-se alienar o seu controle acionário, através de leilão, com base na autorização 
genérica constante do art. 2º, da Lei nº 9.491/97, in verbis: 
Art. 2º Poderão ser objeto de desestatização, nos termos desta Lei:
I - empresas, inclusive instituições financeiras, controladas direta ou indiretamente pela União, instituídas 
por lei ou ato do Poder Executivo; 
Diante dessa situação hipotética, responda, fundamentadamente, aos questionamentos a seguir, à luz da 
orientação do E. STF. 
A) O que se entende por desestatização? Quais são os requisitos para a venda do controle acionário da 
sociedade Alfa? Este poderia ser realizado com base na Lei nº 9.491/99, tal como pretendido, ou 
dependeria de lei específica para tanto? 
B) É constitucional a alienação do controle acionário da sociedade Beta nos termos pretendidos?
02ª QUESTÃO:
Tecnologiquea S/A é uma sociedade de economia mista estadual que se dedica à prestação de serviços na 
área de tecnologia, relevantes para o funcionamento da Administração estadual, mas que são realizados 
com finalidade lucrativa e em ambiente concorrencial. 
Considerando que o objetivo principal da mencionada entidade é a realização de atividades para o poder 
público, a aludida estatal ajuizou ação cível ordinária com o objetivo de obter o reconhecimento da 
imunidade tributária recíproca, nos termos do art. 150, VI, a, da CRFB/88, a fim de afastar a cobrança 
atinente a impostos federais, especialmente o imposto de renda incidente sobre os rendimentos 
decorrentes dos serviços por ela prestados. 
Analise se a pretensão da entidade administrativa merece acolhida, mediante o apontamento dos requisitos 
para o reconhecimento da imunidade tributária, à luz da orientação do C. STF.
Tema 04: 
Intervenção do Estado no domínio econômico II. Agência Reguladora. Fonte normativa. Natureza jurídica. 
Função. Regime jurídico dos servidores. Poder normativo. Lei nº 13.848/2019.
DIREITO ADMINISTRATIVO - CP05 - 04 - CPIV - 1º PERÍODO 2024 3
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CADERNO DE EXERCÍCIOS
01ª QUESTÃO:
No regular exercício da fiscalização inerente ao poder de polícia outorgado pela Lei de Regência, a 
Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL - constatou a prática de ilícitos por parte das 
sociedades Alfa e Beta, que atuam no respectivo setor regulado. 
Quanto à sociedade Alfa, foi verificada a violação de norma constante de uma de suas Resoluções acerca 
da prestação de serviços, a ensejar a aplicação de multa. Já com relação à sociedade Beta, observou-se o 
cometimento de crime e a necessidade de busca e apreensão dos bens utilizados para tal finalidade, no 
âmbito de sua competência, que seria pertinente no caso. 
Acerca das referidas situações, vale transcrever o disposto no art. 19, IV, X e XV, da Lei nº 9.472/97: 
Art. 19. À Agência compete adotar as medidas necessárias para o atendimento do interesse público e para
 o desenvolvimento das telecomunicações brasileiras, atuando com independência, imparcialidade, 
legalidade, impessoalidade e publicidade, e especialmente: 
IV - expedir normas quanto à outorga, prestação e fruição dos serviços de telecomunicações no regime 
público; 
X - expedir normas sobre prestação de serviços de telecomunicações no regime privado; 
XV - realizar busca e apreensão de bens no âmbito de sua competência; 
Considerando os dispositivos acima transcritos, responda, fundamentadamente aos questionamentos a 
seguir, à luz da orientação do C. STF. 
A) O poder normativo conferido à Agência Reguladora, que ensejaria a aplicação da penalidade à 
sociedade Alfa, viola o princípio da legalidade? 
B) A ANATEL poderia promover a busca e apreensão dos bens em questão da sociedade Beta, sem 
decisão judicial?
02ª QUESTÃO:
Sociedade Servitios é uma concessionária de transporte interestadual e, diante de cometimento de infração 
ao respectivo contrato de delegação, foi multada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, 
após procedimento simplificado, cujo trâmite está estabelecido em Resolução da Agência, editada com 
respaldo em sua competência normativa, delineada na Lei nº 10.233/2001. 
Inconformada, Servitios ajuizou ação anulatória da mencionada penalidade, sob o fundamento de que o 
procedimento simplificado em questão não prevê a oportunidade de a interessada apresentar alegações 
finais, direito consagrado no art. 2º, parágrafo único, X, c/c art. 38, da Lei nº 9.784/99, que não lhe foi 
assegurado pela Agência, a violar, portanto, o princípio da legalidade, bem como o da ampla defesa e do 
contraditório. 
Analise se os argumentos da demandante merecem acolhida, mediante o enfrentamento da validade do 
poder normativo das agências reguladoras, à luz da orientação do C. STJ.
Tema 05: 
Concessão de Serviços Públicos. Fontes normativas constitucional e infraconstitucional. Modalidades de 
concessão. Natureza jurídica. Política tarifária, fiscalização e encargos do concedente. Responsabilidade e 
encargos do concessionário. Prazo da concessão, extinção e reversão.
01ª QUESTÃO:
No dia 07/07/2023, Jean, dono de uma empresa de materiais de construção, foi flagrado trafegando pela 
BR 101 com excesso de 1.750 kg no Peso Bruto Total - PBT. Diante disso, foi lavrado o Boletim de 
Ocorrência n° 12125874999625 e o respectivo auto de infração: B77.900-X.
Ocorre que o condutor, precisa rotineiramente trafegar pela BR 101, e em período posterior, foi verificado 
que o condutor possuía diversas multas pelo tráfego com excesso de peso, configurando reincidência na 
pratica.
Diante dessa ocorrência, o Ministério Público Federal, ingressou com ação civil pública para impedir a 
pratica da conduta, irregular e reiterada, pelo motorista com a cominação de pena de danos materiais e 
danos morais coletivos.
Analisando o caso hipotético apresentado, diga, justificando conforme entendimento do C. STJ, se os 
pedidos do MPF merecem acolhimento pelo juízo competente.
DIREITO ADMINISTRATIVO - CP05 - 04 - CPIV - 1º PERÍODO 2024 4
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CADERNO DE EXERCÍCIOS
02ª QUESTÃO:
Após os devidos trâmites, Sociedade Vainafé S/A tornou-se concessionária de serviço público de 
transporte estadual, mas, no curso do contrato de concessão devidamente formalizado, houve uma 
profunda reformulação societária que importou na transferência de seu controle acionário e alteração de 
sua denominação para Sociedade Voudeboua S/A. 
O Poder concedente anuiu com a aludida transferência, na medida em que atendidas às exigências de 
capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal necessárias à assunção do 
serviço, bem como porque a sociedade comprometeu-se a cumprir todas as cláusulas do contrato em 
vigor. 
Por discordar da conduta administrativa, o Ministério Público ajuizou ação civil pública para impugnar a 
conduta da Administração, com fulcro no art. 37, XXI, c/c art. 175 da CRFB/88, sob a alegação de que os 
contratos de concessão são formalizados intuitu personae, com a sociedade vencedora da respectiva 
licitação, qual seja, sociedade Vainafé S/A, de modo que a transferência da concessão subverte as 
determinações constitucionais, notadamente os princípios da isonomia e da impessoalidade, 
indispensáveis na formalização de avenças pelo Poder Público. 
Analise se os argumentos do parquet merecem acolhida, à luz da orientação do C. STF.
Tema 06: 
Permissão de Serviços Públicos. Conceito, natureza, referências constitucionais. Aplicação de regras das 
concessões. Extinção. Serviços Públicos Autorizados.
01ª QUESTÃO:
Após se depararcom a jurisprudência do C. STJ no sentido de que não se aplica o art. 42, §2º, da Lei nº 
8987/95, às permissões de serviços públicos formalizadas sem a realização de licitação, Plínio ficou com 
fundadas dúvidas acerca da existência de distinções entre concessão e permissão de serviços públicos. 
Analise se existe distinção entre as mencionadas modalidades de delegação, eventualmente apontando, 
no mínimo, dois aspectos distintivos e/ou duas características comuns entre eles.
02ª QUESTÃO:
Marcelle, dirigente de uma associação de proteção ao meio ambiente, não prestou contas de recursos que 
ela havia recebido do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima - MMA, por meio de convênio, para 
serem aplicados em um projeto ambiental.
O Tribunal de Contas da União, no julgamento de Tomada de Contas Especial, fixou que Marcelle possuía 
responsabilidade de restituir aos cofres públicos as quantias auferidas em razão do contrato de convênio.
Apesar de decisão para que Marcelle reembolsasse aos cofres públicos, ela se manteve inerte e não 
realizou a devida restituição dos valores.
Passou 5 anos da condenação e diante disso, a União propôs ação de execução para o cumprimento da 
obrigação.
Porém, o Juiz Federal extinguiu a ação de execução em razão da prescrição. 
A União recorreu fundamentando que a pretensão de ressarcimento ao erário em decisão fixada pelo 
Tribunal de Contas era imprescritível.
Diante do caso hipotético apresentado, diga, à luz do entendimento do STF, se a pretensão da União será 
acolhida.
Tema 07: 
Parceria Público-Privada. Regime especial de outorga: peculiaridades. Concessão Patrocinada e 
Concessão Administrativa. Requisitos. Fundo Garantidor de Parcerias. Programa de parcerias de 
Investimentos - PPI (Lei nº 13.334/2016).
DIREITO ADMINISTRATIVO - CP05 - 04 - CPIV - 1º PERÍODO 2024 5
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CADERNO DE EXERCÍCIOS
01ª QUESTÃO:
O Estado Alfa almeja realizar uma concessão especial, na modalidade parceria público-privada, no âmbito 
da educação universitária. 
A ideia do projeto inclui a construção de manutenção dos edifícios e contratação de professores para a 
realização das atividades educacionais, mediante contraprestação em dinheiro do poder público e cobrança 
de tarifa dos usuários de matrícula e mensalidades a preços populares. 
Diante dessa situação hipotética, responda fundamentadamente aos questionamentos a seguir.
A) Estabeleça a distinção entre as modalidades de parcerias público-privadas previstas no ordenamento, 
para então indicar qual seria aquela almejada pelo Estado Alfa no projeto mencionado. 
B) Analise se a cobrança dos usuários almejada é viável, à luz da orientação do C. STF.
02ª QUESTÃO:
Em 2016, a União fez editar a Lei nº 13.334/2016, que estabelece o Programa de Parcerias de 
Investimentos - PPI, destinado a ampliação e fortalecimento da interação entre o Estado e a iniciativa 
privada por meio da celebração de contratos de parceria para a execução de empreendimentos públicos de 
infraestrutura e de outras medidas de desestatização.
Pelas vias pertinentes, foram questionados diversos dispositivos da mencionada norma, notadamente o 
disposto no respectivo art. 6º, in verbis: 
Art. 6º Os órgãos, entidades e autoridades da administração pública da União com competências 
relacionadas aos empreendimentos do PPI formularão programas próprios visando à adoção, na regulação
 administrativa, independentemente de exigência legal, das práticas avançadas recomendadas pelas 
melhores experiências nacionais e internacionais, inclusive:
I - edição de planos, regulamentos e atos que formalizem e tornem estáveis as políticas de Estado fixadas 
pelo Poder Executivo para cada setor regulado, de forma a tornar segura sua execução no âmbito da 
regulação administrativa, observadas as competências da legislação específica, e mediante consulta 
pública prévia;
II - eliminação de barreiras burocráticas à livre organização da atividade empresarial;
III - articulação com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE, bem como com a Secretaria 
de Acompanhamento Econômico - SEAE do Ministério da Fazenda, para fins de compliance com a defesa 
da concorrência; e
IV - articulação com os órgãos e autoridades de controle, para aumento da transparência das ações 
administrativas e para a eficiência no recebimento e consideração das contribuições e recomendações.
Com relação ao aludido dispositivo, alegou-se que se teria configurado ofensa ao princípio da reserva 
legal, na medida em que o Poder Executivo Federal se autoconcede um verdadeiro cheque em branco 
para regular, independentemente do que prescrever a legislação pátria e em detrimento das prerrogativas 
do Poder Legislativo, atos e ações administrativas necessárias à consecução dos objetivos do PPI.
Analise se os argumentos apresentados acerca da inconstitucionalidade do dispositivo em questão 
merecemacolhida, à luz da orientação do E. STF.
Tema 08: 
Estado Gestor (3º Setor). Regimes de parcerias: regimes de convênios administrativos, regimes de 
contrato de gestão (as Organizações Sociais), Gestão por colaboração (OSCIP-Organização da sociedade 
civil de interesse público). Lei nº 13.019/2014 (Aspectos Gerais) Serviço Social Autônomo.
DIREITO ADMINISTRATIVO - CP05 - 04 - CPIV - 1º PERÍODO 2024 6
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CADERNO DE EXERCÍCIOS
01ª QUESTÃO:
Associação Mundomelhor é uma entidade sem fins lucrativos que se dedica a promover atividades 
educativas complementares para menores em situação de risco. 
Trata-se de entidade que exerce suas atividades junto ao Estado Beta há mais de cinco anos e que foi 
qualificada pelo mencionado ente federativo como Organização Social nos termos da lei estadual, que 
dispõe especificamente sobre a matéria. 
Ocorre que Mundomelhor vem ampliando o seu espectro de atuação e visa buscar recursos junto ao 
governo federal, mediante a qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - 
OSCIP, razão pela qual questionou a sua assessoria jurídica sobre quem seria a autoridade competente 
para tanto, se há discricionariedade no ato de reconhecimento ou qualquer outro impedimento para 
alcançar a mencionada finalidade, bem como quanto a aplicabilidade da Lei nº 13019/2014 aos termos de 
parceria formalizados com uma OSCIP. 
Esclareça os questionamentos suscitados pela Associação Mundomelhor, à luz do ordenamento vigente.
02ª QUESTÃO:
Em um município interiorano, o Prefeito celebrou acordo de cooperação diretamente com empresa sob 
controle acionário estadual para planejar, executar e operar o saneamento básico em todo o seu território, 
atribuindo-lhe, portanto, os serviços mediante remuneração paga pelos respectivos usuários. Considerando 
que o Ministério Público recebeu representação questionando tal avença, examine a juridicidade do ajuste. 
Resposta objetivamente fundamentada.
BIBLIOGRAFIA GERAL:
DIREITO ADMINISTRATIVO - CP05 - 04 - CPIV - 1º PERÍODO 2024 7
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CADERNO DE EXERCÍCIOS
- AMARAL, Antonio Carlos Cintra do. Concessão de Serviço Público. 2 ed., São Paulo: Malheiros, 2002.
- ARAGÃO, Alexandre Santos de. Curso de Direito Administrativo. 2 ed. Rio de janeiro: Forense, 2013. 
- ______ . Agências Reguladoras e a Evolução do Direito Administrativo Econômico. 3 ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2013.
- ______ . Direito dos Serviços Públicos. 4 ed. Belo Horizonte: Fórum, 2021.
- ______. Empresas Estatais - O Regime Jurídico das Empresas Públicas e Sociedades de Economia 
Mista. São Paulo: Forense; 2017.
- ______; MARQUES NETO, Floreano Azevedo (coord.). Direito Administrativo e Seus Novos Paradigmas. 
Belo Horizonte: Forum, 2017. 
- CAETANO, Marcello. Manual de Direito Administrativo. 10 ed. revista e atualizada pelo Professor Doutor 
Diogo Freitas do Amaral. Rio de Janeiro: Almedina, 2008. 2 v.
- CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 35 ed. São Paulo: Atlas, 2021.
- ______. Consórcios Públicos- Lei nº 11.107, de 06.04.2005 e Decreto nº 6.017, de 16.01.2007. São 
Paulo: Atlas, 2013
- CRETELLA JÚNIOR, José. Curso de Direito Administrativo. 18 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2003.
- ______. Tratado de Direito Administrativo. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, vol 1 e 2, 2002; vol 3, 2003; vol 
4, 2005; e vol 5, 2006.
- ENTERRÍA , Eduardo García De ; FERNÁNDEZ, Tomás-Ramón - Revisor: Sundfeld, Carlos Ari. Curso de 
Direito Administrativo - Vol. 1 e 2 - São Paulo: Revista dos Tribunais.
- GRAU, Eros Roberto. A Ordem Econômica na Constituição de 1988. 19 ed., São Paulo: Malheiros, 2018.
- JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. 13 ed., São Paulo: Revista dos Tribunais, 2018. 
- ______ . Teoria Geral das Concessões de Serviços Públicos. São Paulo: Dialética, 2003
- ______ . O Direito das Agências Reguladoras Independentes. São Paulo: Dialética, 2002.
- ______. Estatuto Jurídico das Empresas Estatais- Lei 13.303/2016- "Lei das Estatais". São Paulo: Revista 
dos Tribunais, 2018 
- MARQUES NETO, Floriano Azevedo. Concessões. Belo Horizonte: Forum, 2015
- MEDAUAR, Odete. Direito Administrativo Moderno. 22. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2020.
- MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 43 ed. São Paulo: Malheiros, 2018. 
- MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 32. ed. São Paulo: Malheiros, 2017. 
- MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Curso de Direito Administrativo. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, 
2014.
- ______. Direito Regulatório. Rio de Janeiro: Renovar, 2003.
- MOTTA, Fabrício; MÂNICA, Fernando; OLIVEIRA, Rafael Arruda. Parcerias com o Terceiro Setor. As 
Inovações da Lei nº 13019/2014. Belo Horizonte: Forum, 2018.
- PEREIRA JÚNIOR, Jessé Torres; DOTTI, Marinês Restelatto. Comentários à Lei das Empresas Estatais: 
Lei 13.303/2016. Belo Horizonte: Fórum, 2018.
- PIETRO, Maria Sylvia Zanella di. Direito Administrativo. 34 ed São Paulo: Atlas, 2021.
- ______ . Parcerias na Administração Pública: Concessão, Permissão, Franquia, Terceirização, Parceria 
Público-Privada e Outras Formas. 11 ed., São Paulo: Atlas, 2017.
- OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito Administrativo. 9 ed. São Paulo: Método, 2021.
- ______ . Teoria Geral das Concessões de Serviço Público. São Paulo: Dialética. 2003.
- ______ . Administração Pública, Concessões e Terceiro Setor. 3 ed. São Paulo: Método, 2015.
- ______ . Novo Perfil da Regulação Estatal. Administração Pública de Resultados e Análise de Impacto 
Regulatório. Rio de Janeiro: Forense, 2015.
- PEREIRA, Cesar A. Guimarães. Usuários de Serviços Públicos. São Paulo: Saraiva, 2006.
- SOUTO, Marcos Juruena Villela. Direito Administrativo Regulatório. 2ª ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 
2005.
- SUNDFELD, Carlos Ari Vieira. Fundamentos de Direito Público. 5. ed. São Paulo: Malheiros, 2010.
- ______ . Direito Administrativo Econômico. São Paulo: Malheiros, 2000.
- ______ . Direito Administrativo para Céticos. 2 ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
- ______ (org). Parcerias Público Privadas. 2. ed. São Paulo: Malheiros, 2011.
- ______ . ROSILHO, André (orgs). Direito da Regulação e Políticas Públicas. São Paulo: Malheiros, 2014. 
- TALAMINI, Eduardo. JUSTEN, Monica Spezia. Parcerias Público-Privadas. São Paulo: Editora Revista 
dos Tribunais. 2005.
- VIOLIN, Tarso. Terceiro Setor e as Parcerias com a Administração Pública - Uma Análise Crítica. 3 ed. 
Delo Horizonte: Forum, 2015.
DIREITO ADMINISTRATIVO - CP05 - 04 - CPIV - 1º PERÍODO 2024 8
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CADERNO DE EXERCÍCIOS

Mais conteúdos dessa disciplina