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Resumão - Aulas 1 a 5 - Administração Financeira

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ADMINSTRAÇÃO FINANCEIRA 
 
Aula 1: Síntese da Administração Financeira 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Entender como funciona e o que é administração financeira; 
2. Conhecer a relação das finanças com a contabilidade; 
3. Identificar o objetivo da administração financeira. 
 
Introdução 
A administração financeira preocupa-se com as tarefas do administrador financeiro. Estes 
administradores devem gerir ativamente os assuntos financeiros de qualquer tipo de empresa, 
mesmo se a empresa for sem fins lucrativos, empresa pública ou privada. 
Mas afinal, o que são Finanças? 
Podemos definir finanças como a arte e a ciência da gestão do capital. Também podemos afirmar 
que todos os indivíduos e organizações recebem, gastam e investem o seu dinheiro. 
A área de finanças irá preocupar-se com a dinâmica do processo entre os indivíduos, empresas 
e instituições. Esta área é ampla e dinâmica, e afeta todos os setores da empresa, mas 
principalmente os setores: financeiro e de administração financeira. 
 Setores Financeiros preocupam-se com o desenvolvimento e a entrega de serviços. 
 Setores Administrativos preocupam-se com o planejamento, captação de fundos para 
financiar a empresa, concessão de crédito a clientes, etc. 
 
Função da administração financeira 
Para entender a função da administração financeira é importante conhecer as modalidades 
jurídicas de organização de empresa. 
As três modalidades mais comuns são: 
 Firma Individual 
 Sociedade por cotas 
 Sociedade por ações 
Firma Individual: É uma empresa de propriedade, com uma única pessoa. É muito mais simples 
criar este tipo de empresa, já que é sujeita a menos regulamentações. 
Responsabilidade da Firma Individual sobre as dívidas da Empresa, é ilimitada e cabe ao 
proprietário o direito ao Lucro, assim como as obrigações com as dívidas. Desta forma, não há 
distinção entre rendimentos de pessoa física e de pessoa jurídica, desta forma o lucro da 
empresa é tributado como se fosse rendimento de pessoa física. 
Sociedade por cotas: É uma empresa de propriedade, com dois ou mais proprietários. 
A responsabilidade de uma sociedade por quotas é limitada, na qual cabe a um ou mais sócios 
gerais a responsabilidade pela gestão da empresa, mas haverá um ou mais sócios limitados que 
não terão participação ativa no negócio. 
O sócio limitado terá a responsabilidade pelas dívidas da empresa, e essa é restrita ao montante 
que tenha contribuído para o capital da sociedade, ou seja, ele só responderá na proporção da 
sua participação (Ex: se este sócio possui 50% das cotas, ele só responderá pelas obrigações na 
mesma proporção, ou seja, 50% desta obrigação). 
Sociedade por ações: A sociedade por ações é regida pela Lei 6404/76 (lei da S.A). É uma 
sociedade anônima com o capital dividido em ações. 
A responsabilidade da sociedade por ações: A responsabilidade dos sócios é limitada pelo preço 
da emissão das ações subscritas ou adquiridas. 
Todas as áreas da empresa são obrigadas a interagir com o pessoal de finanças e com o 
procedimento da administração financeira. 
A função da administração financeira tem uma relação com a teoria econômica e com a 
contabilidade e as atividades básicas do administrador. 
 
Estrutura da função financeira 
Todos os setores da empresa interagem com o setor financeiro. 
 
Tesoureiro: geralmente é responsável pela gestão de atividades financeiras, tais como 
planejamento financeiro e captação de fundos, tomada de decisões de investimentos, gestão de 
caixa e gestão de atividades de crédito, etc. 
Controller: lida com atividades contábeis, tais como: contabilidade gerencial, gestão de assuntos 
fiscais, contabilidade financeira, etc. 
 
Objetivo da administração financeira 
Alguns dizem que o objetivo da empresa é sempre maximizar o lucro, mas para alcançar este 
objetivo, o administrador financeiro deveria concentrar-se apenas no lucro geral da empresa, 
mas não é o que acontece. As Sociedades por ações medem seus lucros em termos de lucro por 
ação (LPA). 
Mas a Maximização do lucro não é o objetivo, pois sendo assim, ele ignoraria a distribuição dos 
resultados no tempo, os fluxos de caixa disponíveis aos acionistas e o risco. 
A administração financeira compete à gestão racional dos recursos financeiros da empresa. 
Quando os recursos são escassos, cabe ao departamento financeiro tomar as decisões, a fim de 
obter os melhores benefícios no futuro. 
O objetivo de uma empresa pode ser declarado de várias maneiras, como maximização dos 
lucros, maior participação de mercado, maximização das vendas e da riqueza dos proprietários, 
etc. 
O principal objetivo da Administração Financeira é o de maximizar a riqueza dos 
sócios/acionistas. Para que isso aconteça, as atribuições do Administrador Financeiro podem ser 
sintetizadas em três atividades básicas: 
A. Realização de análise e planejamento financeiro. 
B. Tomada de decisões de investimentos. 
C. Tomada de decisões de financiamento. 
 
Maximização dos lucros 
A Maximização dos Lucros é o objetivo principal de uma empresa, a ideia é ter lucros cada vez 
maiores em um curto prazo. 
Neste sentido o administrador pode tomar diferentes decisões, como minimizar as despesas 
com promoções de produtos, por exemplo: 
 Não realizar manutenção adequada em máquinas e equipamentos. 
 Substituir mão de obra qualificada de salários altos. 
 Substituir matéria prima de qualidade. 
Segundo Gitman (1997), a maximização do lucro não considera o risco, porém, a maximização 
da riqueza considera explicitamente o risco. 
Maximização da Riqueza dos Proprietários busca elevar o preço de mercado de ações ou da 
empresa. Essa elevação não resulta apenas dos lucros presentes, mas também do potencial de 
lucros futuros, da política de dividendos, da estrutura de capital, do crescimento, da segurança 
e outras variáveis. 
Maximização do Lucro não considera o risco, porém, a maximização da riqueza considera 
explicitamente no risco. 
Uma premissa básica na Administração Financeira é que existe uma relação entre risco e 
retorno, na qual: 
 Acionistas esperam perceber maiores retornos de investimento de maior risco, e vice-
versa, cada vez mais cedo. 
 Administradores Financeiros precisam levar em conta o risco, ao avaliarem 
investimentos potenciais. Indicar ano do autor e rever pontuação. 
A Companhia Drury está estudando a expansão de sua linha de produção em um de seus dois 
novos produtos, C ou D. 
O produto C parece ser um produto relativamente seguro para se investir. 
O produto D é considerado um item de moda altamente arriscado. 
Após considerar todos os custos, espera-se que os dois produtos gerem os seguintes lucros por 
ação ao longo de suas vidas de cinco anos. 
 
Se ignorarmos quaisquer diferenças no risco e usarmos uma abordagem de maximização do 
lucro, parece que o produto D seria o preferido. 
Contudo, se considerarmos que o produto D é altamente arriscado, enquanto que o produto C 
representa um investimento seguro, a conclusão poderá não ser tão direta. A empresa poderá 
apenas exigir um retorno de 10% sobre o produto C, ao passo que, como compensação para o 
maior risco do produto D, tenha que obter 15%. 
Tendo em vista que os acionistas exigem maiores retornos para maiores riscos, é importante 
que o Administrador Financeiro considere adequadamente o impacto do risco sobre os retornos 
deles. 
A abordagem da maximização da riqueza considera o risco, enquanto que a maximização do 
lucro o ignora. A maximização da riqueza é, portanto, a abordagem preferida. 
 
Relações entre finança e contabilidade 
As atividades do tesoureiro (financeiro) e do controller (contador) estão intimamenterelacionados e com frequência. A diferença básica entre finanças e contabilidade é que uma está 
relacionada a fluxo de caixa e a outra está relacionada à tomada de decisão. 
Em geral o Administrador financeiro dá mais ênfase ao fluxo de caixa, ou seja, entrada e saída 
de capital, ele mantém a solvência da empresa, sendo assim dizemos que ele trabalha com o 
regime de caixa. 
A função primordial do administrador financeiro é manter o grau de solvência da empresa, 
planejando seus fluxos de caixa. 
Já o Contador trabalha com o regime de competência; ele prepara demonstrações financeiras 
que reconhecem receitas no momento da venda e reconhecem as despesas quando são 
realizadas. 
A função primordial do contador = produzir e divulgar dados para a mensuração do desempenho 
da empresa, avaliando sua posição financeira, e para o pagamento de impostos. 
Tomada de Decisão 
O administrador (tesoureiro) avalia as demonstrações contábeis, produzindo dados para a 
melhor tomada de decisão, avaliando o risco e o retorno financeiro da empresa, com base em 
sua avaliação dos retornos e riscos correspondentes. 
Os contadores se dedicam na coleta e apresentação de dados financeiros. 
A tomada de decisão é a segunda diferença básica entre finanças e contabilidade. 
A falta de planejamento e controle financeiro faz com que muitas empresas quebrem. Elas 
apresentam insuficiência e inexistência de suporte financeiro necessários para sua organização, 
sendo indiscutivelmente necessárias de informações do Balanço Patrimonial, no qual se 
contabiliza estes dados na gestão financeira, analisando-se detalhadamente para a tomada de 
decisão. 
A preocupação com a tomada de decisão, junto ao administrador financeiro, segue devido à 
decisão entre os investimento e financiamentos, além de determinar recursos para a empresa. 
Entretanto, as decisões são realmente tomadas com base nos efeitos de seus fluxos de caixa 
sobre o valor da empresa. 
 
Etapas do processo de decisão de investimento 
O processo de tomada de decisão de investimento possui algumas etapas, a saber: 
 
 Identificação da oportunidade ou necessidade de investimento. 
Exemplo: Imagine uma oportunidade da abertura de uma nova empresa, o que lhe trará 
expansão nas vendas e consequentemente retornos financeiros. Mas outros problemas podem 
exigir investimentos, como: máquinas, equipamentos, mão de obra. 
 Busca de alternativa de investimento 
A busca de alternativa de investimentos deve ocorrer independentemente das preferências de 
investimento do investidor. Mas lembrem-se: Estas alternativas mudam de investidor para 
investidor, em virtude de algumas variáveis e a aceitação do risco (renda fixa, ações, etc.). 
 Análise do investimento 
Após a busca das alternativas de investimento, cabe a análise das mesmas. Esta deve ser 
criteriosa e tecnicamente fundamentada, utilizando os métodos de Valor Presente Líquido, 
prazo de retorno do investimento e a taxa interna de retorno. 
 Seleção do Investimento 
A seleção da melhor alternativa indicará a opção do investimento, assim será a escolha da 
alternativa que trará o retorno financeiro mais elevado, com o nível de risco aceitável pelo 
investidor. 
Objetivo da empresa 
 Maximização de Riquezas 
Podemos admitir que o objetivo principal da empresa, e, por conseguinte, de todos os 
administradores e empregados, é o de maximizar a riqueza de seus proprietá-rios. 
A maximização da riqueza em uma sociedade por ações é medida pelo preço da ação, ou seja, 
pelo valor que seria alcançado na venda dos direitos de participação no seu capital. 
 Minimização das Despesas 
O objetivo de melhorar os resultados apresentados pela empresa e aumentar o valor do 
patrimônio, por meio da geração de lucro líquido. 
Como a empresa pode obter rendimento com os fundos que recebe, o recebimento preferido é 
aquele que vem mais rápido e com resultado satisfatório. 
 
Funções do administrador 
O Administrador é o responsável pela execução das funções financeiras da empresa. 
As atividades do administrador financeiro podem ser relacionadas às demonstrações financeiras 
básicas da empresa. Suas atividades primárias fundamentais são: 
 
 
Posição do administrador financeiro junto à empresa 
 
 
Agency 
Quando a empresa cresce, o proprietário se afasta de algumas atividades operacionais, e para 
realizar essas funções contratam-se os gestores. 
Quando a empresa se torna grande demais, ela recorre à abertura de capital e assim capta 
recursos de terceiros por meio da emissão de ações. O proprietário se torna acionista e contrata 
um administrador responsável por esse gerenciamento e dá a ele o poder de tomar decisões. 
Administradores não proprietários. São contratados como agentes dos proprietários, que os 
contratam e delegam poderes para tomar decisões e administrar a empresa em nome deles. 
Isto pode se tornar um problema, pois muitos não se preocupam com o objetivo da empresa e 
sim com seus objetivos pessoais. 
Riscos de custos de Agency. Para minimizar o que chamamos de risco de custo de agency e 
contribuir para a maximização da riqueza do proprietário, os acionistas incorrem ao custo de 
monitoramento do comportamento do administrador. Como uma proteção contra os atos 
desonestos do administrador e a concessão de incentivos pecuniários a esses profissionais para 
maximizar o preço da ação. 
Separação de propriedade e gestão. Quando a empresa é separada entre propriedade e gestão, 
passamos a ter a figura do principal e do agente. O principal representa os acionistas e o agente 
representa os administradores contratados. 
 
O que se espera do Agente? 
Espera-se que ele realize ações alinhadas com o modelo de gestão do principal e que suas 
decisões atendam os propósitos de maximização da riqueza. 
Algumas situações que resultam em conflito de interesses por divergirem dos interesses 
próprios desses atores: 
1. O principal no comando da empresa pode implementar projetos de maior risco e retorno. O 
agente deve preferir projetos de menor risco, que não lhe causem problemas. 
2. O ganho que a empresa proporciona ao principal é considerado residual e ao agente cabe o 
ganho contratual. 
3. Já que a empresa é constituída sob o pressuposto da continuidade, as ações do agente, antes 
desenvolvidas pelo principal, devem ser empreendidas a fim de garantir a sobrevivência da 
empresa no longo prazo. 
 
Como reduzir os conflitos de agência 
Para minimizar os conflitos, ou até mesmo resolvê-los, devem ser criados mecanismos eficientes 
para a convergência de interesses entre o principal e o agente. 
Estes mecanismos são os incentivos e o monitoramento. O incentivo é a remuneração dos 
agentes. Eles podem ser remunerados com o recebimento de ações da empresa, ou com a opção 
de compra subsidiada pelas ações. 
 
Síntese da Aula 
Nesta aula, você: 
 Compreendeu o objetivo da administração financeira, como ele é subdivido, além de 
conhecer a forma como é apresentada cada uma das funções e atribuições do 
administrador financeiro e a posição da contabilidade junto ao papel de finanças. 
 Conheceu o papel dos administradores e a preocupação junto ao custo com agency, e a 
preocupação com a ética. 
 
Aula 2: Investimento 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Entender o valor do dinheiro no tempo; 
2. Saber como decidir sobre um projeto; 
3. Identificar a Taxa interna de retorno do investimento. 
 
Introdução 
Nesta aula, você compreenderá a análise de investimentos e fará uma alusão entre risco e 
retorno, a particularidade de cada um dentro do seu conceito, e o seu impacto na tomada de 
decisão do investimento, no projeto ou no mercado. 
Conheceráos tipos de análise de projetos e sua finalidade em cada momento, assim como seus 
comparativos. 
Você poderá identificar o momento e avaliar os dados fornecidos pela área de finanças e irá 
interpretar e mensurar seus dados, comparando o risco e o retorno no projeto. 
 
Análise de Investimentos 
Analisar investimentos ou elaborar um orçamento de capital nos leva a avaliar a viabilidade 
financeira dos investimentos e quando realizada envolve várias condições, critérios e objetivos. 
O primeiro método que utilizamos é o Valor Presente Líquido 
O Valor presente líquido (VPL) é uma técnica que procura avaliar em valor atual os fluxos de 
caixa de um determinado projeto de investimento, onde todos os valores são trazidos para a 
data presente, por meio de uma taxa de desconto, também conhecida como taxa de 
atratividade. 
O Valor presente líquido proporciona uma comparação entre o valor do investimento e o valor 
dos retornos esperados com todos os valores considerados no momento atual. 
Na análise de um projeto de investimento, é a técnica mais aceita por não deixar dúvidas sobre 
a decisão a ser tomada. 
 
Onde: 
 Fc0 ou I = investimento realizado, está no tempo 0 (ZERO) por ser desembolso. 
 FCn = fluxos de caixa líquido, esperados como retorno do investimento, portanto, uma 
entrada. 
 I = taxa de desconto ou taxa de atratividade, a qual permite trazer o Fluxo de caixa a valor 
presente. 
Se: VPL > 0, o projeto será aceito, pois os retornos oferecidos cobrirão o capital investido, o 
retorno mínimo exigido e ainda oferecerão um ganho líquido extraordinário ao investidor. 
Se: VPL < 0, o projeto será rejeitado, pois os retornos oferecidos não cobrirão o capital investido 
acrescido do retomo mínimo exigido. 
Se: VPL = 0, o projeto será indiferente, pois seu retomo apenas cobrirá o capital investido, ou 
seja, não oferece nenhum ganho além. 
Uma empresa pretende investir em um projeto o valor de $55.000,00, que deverão proporcionar 
receitas líquidas a partir de 2009 conforme tabela a seguir: 
 
Solução: 
Temos: Investimento inicial = Co = 55000. 
Receitas: 
C1 = 15500, C2 = 18800, C3 = C4 = C5 = 17200; no sexto ano a receita será C3 = 13500 + 9000 = 
22500, pois teremos 13500 do ano mais o preço de revenda 9000. 
Teremos então: 
VPL para uma taxa de juros i = 21 % a. a. = 21 /100 = 0,21 a. a. \ 1 + i = 1 + 0,21 = 1,21 
Substituindo na fórmula do VPL vem: 
VPL = VP - Co = = 15500 / 1,211 + 18800 / 1,21 2 + 17200 / 1,21 3 + 17200 / 1,214 + 17200 / 
1,215 + 22500 / 1,21 6 - 55000 
Sabendo-se que o valor de revenda dos 
equipamentos no ano 2010 é estimado em 
US$9000,00 e que a taxa de retorno esperada é igual 
a 21% a. a., pede-se analisar se o investimento 
planejado é rentável. 
Usando uma calculadora científica teremos: 
VPL = 12809,92 + 12840,65 + 9708,95 + 8023,93 + 6631,34 + 7169,19 - 55000 = + 2183,98. 
Decisão: 
Como o Valor Presente Líquido - VPL é um valor positivo, infere-se que o investimento é rentável 
e poderá ser feito, pois a taxa efetiva de retorno será certamente superior aos 21% a.a. (21% ao 
ano) esperados pela indústria. 
Usando a calculadora financeira HP 12C, a sequência de comandos seria: 
 
Considerando um projeto da empresa Truke de mestre com Investimento Inicial de $ 1.500, 
fluxos de entrada de caixa de 200, 350, 450, 550, sabendo que o custo de capital é de 10%, e 
que o tempo que a empresa estipulou para recuperar o investimento é de 2 e 5 meses, pede-
se: Determine o VPL. 
 
-315,17. Neste caso, o VPL foi negativo. Desta forma o projeto de investimento deverá ser 
rejeitado. 
Análise de Investimentos 
O segundo método de orçamento de capital é o Prazo de Retorno de Investimento (PAYBACK) 
É a medida do prazo de retorno do investimento. É onde encontramos a resposta de quanto 
tempo precisamos para recuperar o capital que foi investido. Este tempo é medido em meses, 
anos, dias, etc. 
Payback simples é o tempo necessário para a recuperação do investimento 
Exemplo: Um investidor coloca o capital de $ 1000,00 em um projeto que lhe dará um fluxo de 
caixa anual no valor de $ 350,00. Em quanto tempo ele recupera o seu capital? 
Quando as entradas de caixa forem iguais bastará dividir o valor do investimento por apenas 
uma das entradas líquidas de caixa. 
Sendo assim, teremos PB = 1000 /350 = 2.86 anos aproximadamente. 
Então o resultado é 2,86 anos, ou seja, maior que dois anos e menor do que 3 anos. Vamos 
supor que o investidor queira o resultado mais preciso. Então o tempo de recuperação do capital 
de $1000,00 será em: 2 anos, 10 meses e 10 dias. 
O melhor investimento é aquele em que se recupera o capital em menor tempo. 
Agora vamos supor que o mesmo investidor com o mesmo capital de $ 1000,00 investe em um 
projeto com as seguintes entradas líquidas de caixa: 
 
Vamos lá! Entradas diferentes de caixa. Não poderemos fazer como o método anterior, mas é 
fácil. 
O capital investido é de R$ 1000,00. Nos três primeiros anos ele recupera $900,00. 
Se adicionar o 4º ano o valor ultrapassará o valor do capital. Sendo assim, vamos fazer diferente. 
Como já sabemos que em 3 anos temos $900,00, só faltam $ 100,00, mas no quarto ano o valor 
ultrapassa. Então vamos dividir o que falta ($100,00) pelo que o próximo ano nos oferece ($ 
3500,00).  100/300 = 0,3333333 ano. 
Agora o procedimento é o mesmo, aconselho a não “zerar “ a máquina, podemos utilizar todos 
os números e multiplicar por 12 que é a quantidade de meses que tem o ano.  0,3333 x 12 = 
4 meses. 
Resultado: O capital será recuperado em 3 anos e 4 meses. 
Chegamos à conclusão que o melhor investimento é o primeiro projeto! Isso mesmo, aquele que 
se recupera o capital mais rápido. 
Então chegamos à conclusão que os critérios para a tomada de decisão são os seguintes: 
Se o período de payback for menor que o período máximo aceitável de recuperação, o projeto 
será aceito. 
Se o período payback for maior que o período máximo aceitável de recuperação, o projeto será 
rejeitado. 
 
Taxa Interna de Retorno (TIR) 
A Taxa Interna de Retorno (TIR) ou Internal Rate Return (IRR) é uma técnica sofisticada utilizada 
em orçamento de capital para analisar a viabilidade financeira de investimentos e projetos. É 
uma fórmula matemática-financeira utilizada para calcular a taxa de desconto que teria um 
determinado fluxo de caixa para igualar a zero seu Valor Presente Líquido. Em outras palavras, 
seria a taxa de retorno do investimento em analisado. 
TMA x TIR 
(TMA) é uma taxa de juros que representa o mínimo que um investidor se propõe a ganhar 
quando faz um investimento, ou o máximo que uma pessoa se propõe a pagar quando faz um 
financiamento. 
Se a TIR for maior que a taxa mínima de atratividade (TMA) utilizada como referencia. Então o 
investimento é classificado como economicamente atraente. Caso contrário, há recomendação 
técnica de rejeição. 
O cálculo da TIR dá um pouco mais de trabalho, já que podemos calcular através de tentativas, 
mas para evitar perda de tempo, podemos utilizar a calculadora financeira. 
Exemplo: Um investidor coloca o capital de $ 1000,00 em um projeto que lhe dará o seguinte 
fluxo de caixa anual: 
 
Qual a TIR deste projeto? 
Zero = -1000,00 + 220 (1+TIR)1 + 605 (1+TIR)2 +339,30 (1+ TIR)3 
Zero = -1000,00 + 220 (1,0756)1 + 605 (1,0756)2 +339,30 (1,0756)3 
VPL = Valor Presente de Fluxo de Caixa – Investimento Inicial 
Então VPL = 1000 - 1000 = 0 
A TIR desse projeto é igual a 7,56%, observe que o VPL é descontado na mesma taxa de 
atratividade (7,56%), assim demonstrando que a VPL é igual a zero. Então seu resultado é 
INDIFERENTE. 
Retornando todas as parcelas (entradas e saídas) de um fluxode caixa para o “momento zero” 
(hoje) e igualando ao valor presente. 
A equação que nos dá a taxa interna de retorno é a seguinte: 
 
A solução algébrica desse tipo de cálculo é bastante trabalhosa. Perceba que a solução da 
incógnita (i) só será possível por tentativa e erro. Faríamos a substituição dos termos e, por meio 
de tentativas, iríamos nos aproximando da taxa (i). 
Para visualizar melhor o problema, será necessário esquematizar um fluxo de caixa para cada 
situação. 
Um investidor recebeu uma proposta para entrar como sócio numa empresa que fez a 
seguinte previsão de lucro: 
 
Sabendo-se que o capital inicial investido por ele seria de R$ 20.000,00, calcule a taxa interna 
de retorno desse investimento. 
Usando a calculadora HP-12C, a sequência de comandos seria: 
 
Como a TIR deste exemplo foi maior que 1 deve-se aceitar o projeto. 
Obs.: A taxa encontrada foi a mensal, pois informamos os valores das parcelas em períodos 
mensais. 
 
 
VPL x TIR 
Quando os projetos são mutuamente exclusivos, ou quando há relacionamento de capital, esta 
classificação permite à empresa determinar qual deles é melhor pelo ponto de vista financeiro. 
Quando há necessidade de um racionamento do capital, devemos aplicar um dos dois ou até 
mesmo os dois tipos de cálculos (VPL e TIR) para determinar qual o projeto a ser aceito. Uma 
das causas mais conflitantes é o reinvestimento de entrada de caixa intermediaria, ou seja, 
quando a entrada é realizada ao término do projeto. 
 
Exemplo: Considerando um projeto da empresa Truke de mestre, com Investimento Inicial de $ 
1.500, fluxos de entrada de caixa de 200, 350, 450, 550, sabendo que o custo de capital é de 
10%. 
 
Observe que o valor do VPL é negativo, ou seja, este projeto será rejeitado por este método, e 
como a TIR obteve um resultado menor do que a taxa de atratividade (10%), confirma a rejeição 
do projeto. 
(Provão 2001) O diretor da Toalhas Joinville Ltda. deseja substituir uma empacotadora mecânica 
por outra eletrônica. Existem três empacotadoras candidatas. Apesar do investimento inicial ser 
o mesmo para todas as máquinas, a magnitude e a época de ocorrência dos fluxos de caixa 
intermediários diferem. O quadro e os perfis de Valor Presente Líquido (VPL) sintetizam os 
resultados encontrados: 
Sabendo que o custo de oportunidade é de 11% ao ano, quais Empacotadora(s) deve(m) ser 
escolhidas? 
 
As três empacotadoras seriam escolhidas, pois possuem um TIR superior ao custo de 
oportunidade. 
 
Risco 
Agora que relembramos tudo de análise de investimentos e entendemos a importância das 
ferramentas necessárias para a tomada de decisão, percebemos que nem tudo no mundo dos 
investimentos é só retorno positivo, e neste caso observamos que temos algo que nos leva a 
uma incerteza de investir em um determinado projeto, é o RISCO. 
Segundo Gitman, Risco é a possibilidade de perda financeira. 
Qualquer tipo de investimento gera Risco, a todo o momento podemos nos considerar nesta 
posição. No momento em que saímos de casa, já assumimos o risco até o nosso retorno, assim 
como em qualquer investimento. 
 
Síntese da Aula 
Nesta aula, você: 
 Compreendeu a diferença os diferentes instrumentos de análise de investimento, como ele 
é subdivido, além de conhecer como é apresentado o retorno de um investimento de 
projeto. 
 Conheceu os cálculos de análise de investimento, a Valor presente líquido, além de praticar 
a o prazo de retorno do investimento e avaliou cada projeto. 
 Aprendeu verificar a diferença entre VLP e TIR, além de conhecer o risco. 
 
Aula 3: Risco e Retorno 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Entender o que é e como funcionam Risco e Retorno; 
2. Conhecer a relação de Risco e Retorno; 
3. Identificar os tipos de Risco. 
 
Introdução 
Nesta aula, o aluno compreenderá a definição de risco e retorno, a particularidade de cada um 
dentro de seu conceito e o seu impacto na tomada de decisão do investimento no projeto ou 
mercado. 
Conhecerá os tipos de risco e sua finalidade em cada momento, assim como seus comparativos. 
O aluno identificará o momento e avaliar os dados fornecidos pela área de finanças e interpretar 
e mensurar seus dados, comparando risco e retorno. 
 
Risco 
Os conceitos de risco, retorno e custo de oportunidade devem nortear as decisões sobre 
investimentos. 
Risco é a possibilidade de perda financeira, pode ser considerado como sinônimo de incerteza e 
desta forma refere-se à variação das taxas de retorno. Já que, quando investimos podemos ter 
um retorno positivo ou negativo. Desta forma, podemos afirmar que quanto mais certo é o 
retorno do investimento, menor será o risco que ele oferecerá. 
Quando se trata de investimentos, geralmente, as pessoas apresentam um comportamento 
típico de aversão ao risco, mas para esta aceitação exige-se uma taxa de retorno aceitável. 
 
Quando um investidor tem intenção de aplicar seus recursos, é importante que ele conheça a 
relevância do risco e do retorno antes de investir. Imagine que este investidor tenha que optar 
entre dois investimentos que prometem retornos iguais, racionalmente escolhe-se o de menor 
risco. 
Exemplo: Imagine que um investidor dispõe de certa quantia em dinheiro e resolva aplicá-la em 
um banco. Ao chegar, o gerente apresenta vários produtos financeiros como: caderneta de 
poupança, CDB, fundos de investimento, ações, etc. 
O gerente irá informa-lo que alguns investimentos remuneram com taxas pré-fixadas (aquelas 
que são pactuadas na data da aplicação, o investidor saberá na data da aplicação o valor que 
resgatará no vencimento) e outras com rendimentos incertos, se o investidor aplicar em CDB, 
por exemplo, com vencimento para 30 dias e rendimento de 1%, seu investimento terá rendido 
exatamente o valor esperado. Neste caso, o risco é baixo, pois há certeza no valor do 
rendimento. 
No caso de um investimento no mercado acionário, o investidor poderá obter perda ou ganho. 
Imagine que um investidor tenha adquirido ações de uma determinada empresa por $ 10,00 e 
decide vende-las por $ 11,00 neste caso ele obteve 10% de ganho por cota de ação. 
Se a ação ao invés de subir tivesse caído para $ 8,00, o investidor teria uma perda de 20% por 
cota de ação. 
Podemos observar que no mercado temos vários tipos de riscos, como: 
 
Na verdade, o risco sempre estará associado à variabilidade do retorno do investimento e pode 
resultar em perda ou ganho, e o retorno corresponderá aos ganhos ou prejuízos proporcionados 
por um investimento. A incerteza está associada à ausência de conhecimentos ou de 
informações sobre os acontecimentos futuros. 
 Riscos específicos da empresa: 
Risco Operacional. É a probabilidade de a empresa não ser capaz de cobrir seus custos de 
operação. Seu nível é determinado pela estabilidade das receitas da empresa (fixos) e pela 
estrutura de seus custos operacionais (variáveis). 
Risco Financeiro. É a probabilidade de a empresa não ser capaz de saldar suas obrigações 
financeiras. Seu nível é determinado pela previsibilidade dos fluxos de caixa operacionais da 
empresa e suas obrigações financeiras com encargos fixos. 
 Riscos específicos dos acionistas: 
Risco de taxa de juros. A possibilidade de que as variações das taxas de juros afetem 
negativamente o valor de um investimento. A maioria dos investimentos perde valor quando a 
taxa de juros sobe e ganha valor quando ela cai. 
Risco de Liquidez. A possibilidade de que um ativo não possa ser liquidado com facilidade a um 
preço razoável. A liquidez é significativamente afetada pelo porte e pela profundidade do 
mercado no qual o ativo é costumeiramente negociado. 
Riscode mercado. A possibilidade de que o valor de um ativo caia por causa de fatores de 
mercado independentes do ativo (como eventos econômicos, políticos e sociais). Em geral, 
quanto mais o valor do ativo reage ao comportamento do mercado, maior é seu risco; quanto 
menos reage, menor é seu risco. 
 Riscos específicos dos acionistas: 
Risco do evento. A possibilidade de que um evento totalmente inesperado exerça efeito 
significativo sobre o valor da empresa ou um ativo especifico. Esses eventos raros, como a 
decisão do governo de mandar recolher do mercado um medicamento popular, costumam 
afetar somente um pequeno grupo de empresas ou ativos. 
Risco de câmbio. A exposição dos fluxos de caixa esperados para o futuro a flutuações das taxas 
de câmbio. Quanto maior a possibilidade de flutuações cambiais indesejáveis, maior o risco dos 
fluxos de caixa e, portanto, menor o valor da empresa ou do ativo. 
Risco de poder aquisitivo. A exposição dos fluxos de caixa esperados para o futuro a flutuações 
das taxas de câmbio. Quanto maior a possibilidade de flutuações cambiais indesejáveis, maior o 
risco dos fluxos de caixa e, portanto, menor o valor da empresa ou do ativo. Ao contrário, se os 
fluxos de caixa não variarem de acordo com os níveis gerais de preços, oferecem maior risco de 
poder aquisitivo. 
Risco de tributação. A possibilidade de que mudanças adversas na legislação tributária venham 
a ocorrer. Empresas e ativos cujos valores são sensíveis a essas mudanças implicam maior risco. 
 
Retorno 
O retorno de um investimento corresponde ao total de ganhos ou de prejuízos proporcionados 
por ele durante um intervalo de tempo. Podemos afirmar que o retorno é a possibilidade de 
perda ou ganho de um investimento. 
O retorno sobre um investimento é a variação do valor (final-inicial) mais o seu fluxo de caixa 
gerado durante um período. É expresso como uma porcentagem do investimento no início do 
período. 
Podemos utilizar a o cálculo de retorno para mensurar o retorno através do seguinte cálculo: 
 
Retorno realizado. Exige que o ativo seja comprado e vendido durante o período de tempo em 
que o retorno é medido. 
Retorno não realizado. É o retorno que pode ter sido realizado se o ativo tivesse sido comprado 
e vendido durante o período de tempo em que o retorno foi medido. 
Exemplo 1. No ano passado, um investimento teve um valor de mercado de R$ 30.000 gerando 
um fluxo de caixa durante esse ano de R$ 2.500. Considerando-se que o atual valor de mercado 
do investimento é de R$ 31.000, qual a taxa de retorno do investimento? 
 
Exemplo2. Consideremos que um investidor aplicou seus recursos na bolsa de valores no início 
de determinado ano. Investiu $ 50 mil em ações da empresa X e $ 30 mil em ações da empresa 
Y. No final do ano, as ações da empresa X estavam cotadas em $ 55 mil e as ações da empresa Y 
em $ 30 mil. Durante o ano, o investidor recebeu $ 3 mil de dividendos da empresa X e $ 1,5 mil 
da empresa Y. Com o emprego da equação do retorno têm-se: 
 
 
Relação Risco X Retorno 
Como já sabemos, existem vários tipos de risco e retorno. Vamos agora entender como trabalhar 
com os dois? 
Na verdade, podemos imaginar uma moeda, essa mesmo que você possui em sua carteira. Ela 
tem dois lados não é mesmo? 
Então, assim podemos exemplificar o risco e retorno; são faces de uma moeda onde, de um lado 
termos o retorno, mas sempre conviveremos com o outro lado: o risco. 
Para uma boa tomada de decisão, não podemos desprezar nenhum dos dois lados, afinal o 
retorno de um investimento sempre apresentará um risco. 
Os tipos de investimentos e administradores diferem uns dos outros. 
Os brasileiros geralmente são avessos a risco. Não é à toa que usamos mais os investimentos de 
poupança ou invés de investimentos em mercado de ações. 
Alguns preferem o “pouco, mas certinho”, e o medo do risco é tanto que nem ao menos 
“pulveriza“ seu capital. 
Administrador indiferente ao risco. Para o administrador indiferente ao risco, o retorno exigido 
não varia quando o nível de risco vai de x1 para x2. 
Essencialmente, não haveria nenhuma variação de retorno exigida em razão do aumento de 
risco. É claro que essa atitude não faz sentido em quase nenhuma situação empresarial. 
Administrador avesso ao risco. Para o administrador avesso ao risco, o retorno exigido aumenta 
quando o risco se eleva. Como esse administrador tem medo do risco, exige um retorno 
esperado mais alto para compensar o risco mais elevado. 
Administrador propenso ao risco. Para o administrador propenso ao risco, o retorno exigido cai 
se o risco aumenta. Teoricamente, como gosta de correr riscos, esse tipo de administrador está 
disposto a abrir mão de algum retorno para assumir maiores riscos. Entretanto, esse 
comportamento não tenderia a beneficiar a empresa. 
Em sua maioria, os administradores são avessos ao risco. Para certo aumento de risco, exigem 
aumento de retorno. 
Geralmente, tendem a serem conservadores, e não agressivos, ao assumir riscos em nome de 
suas empresas. Portanto, nesta aula será feita a suposição de que o administrador financeiro 
tem aversão a risco e exige retornos maiores para correr riscos mais altos. 
 
Análise de Sensibilidade 
Cada investidor tem suas preferências pessoais em relação a risco. 
Mais arrojados, ou seja, aqueles que aceitam níveis mais elevados de risco, esperam ser 
recompensados com ganhos maiores para seus investimentos. 
Mais conservadores, ou seja, aqueles que se sujeitam a níveis mais baixos de risco, contentam-
se com ganhos menores. Para avaliar o nível de risco o investidor utiliza a análise de sensibilidade 
de cenários e de análise estatística. 
A análise de sensibilidade busca oferecer ao tomador de decisão uma percepção do risco. Para 
fazer a análise de sensibilidade se faz necessário a criação de cenários diferentes e a associação 
de retornos a eles. 
São considerados três cenários: 
 Otimista; 
 Mais provável e 
 Pessimista 
A análise de sensibilidade de um determinado projeto sai a testá-lo em situações ou cenários 
futuros não esperados pelo investidor, mas que possuem probabilidade de ocorrência. 
O risco de um ativo pode ser medido pela amplitude dos retornos e esta é encontrada apenas 
subtraindo o resultado do retorno pessimista do resultado do retorno otimista. Quanto maior o 
resultado, maior será o RISCO do ativo. 
Exemplo: A Cia. Tudo de Bom está considerando duas alternativas de investimento, para as quais 
fez as estimativas abaixo: 
 
A empresa Tudo de Bom apresentou dois ativos onde cada um deles exige um dispêndio inicial 
de 20.000,00. 
A administração fez uma estimativa pessimista e uma otimista para os retornos associados a 
cada investimento. 
Um tomador de decisões avesso a risco preferiria ao ativo A ao ativo B, porque o A oferece o 
mesmo retorno mais provável que o B (15%), mas com o menor risco. 
 
Distribuição de probabilidades 
A probabilidade de um evento é a possibilidade de ele ocorrer. 
Utilizando a distribuição de probabilidades temos uma visão mais quantitativa de risco de um 
ativo. 
 Imagine um evento com 70% de probabilidade de ocorrência: poderá acontecer sete 
vezes em cada dez. 
 Atenção: eventos 100% certeza total. 
 Eventos iguais a zero nunca ocorrem. 
Uma distribuição de probabilidades é um modelo que associa a probabilidade aos eventos 
correspondentes. 
O tipo mais comum para ilustrar é o gráfico de barras. Este mostra somente o número limitado 
das de combinações entre eventos e probabilidades. 
Distribuição contínua de probabilidades é utilizada para grandes números de eventos. 
Retornando ao exemplo da empresa Cia Tudo de Bom, a organização indica a que em suasestimativas passadas as probabilidades dos eventos pessimistas, mais prováveis e otimistas são 
de 25%,50% e 25%, respectivamente. 
Uma avaliação das estimativas pessimistas, mais prováveis e otimistas dos resultados passados 
pela Companhia em estudo, indica que: 
 Em 25% Ocorreu o resultado pessimista 
 Em 50% Ocorreu o resultado mais provável 
 Em 25% Ocorreu a estimativa otimista. 
A soma dessas probabilidades precisa igualar-se a 100%, ou seja, elas devem basear-se em todas 
as alternativas consideradas. 
A Tabela abaixo apresenta os cálculos exigidos para se achar os valores esperados dos retornos 
para os ativos A e B: 
Valores Esperados de Retorno para Ativos A e B 
 
A figura abaixo apresenta um gráfico de distribuição probabilística contínua para os ativos A e 
B. Há vários pontos a se observar. 
 
Este exemplo visa somente esclarecer certos aspectos do risco. É por esta razão que os retornos 
esperados para os ativos diferentes são idênticos. 
 
Valor esperado de retorno (K) 
Se multiplicarmos as expectativas de retorno pelas respectivas probabilidades, obteremos o 
retorno esperado. 
 O Valor esperado de retorno é o retorno mais provável de um ativo, segue a fórmula: 
 
Exemplo: 
 
Os valores esperados dos retornos dos ativos A e B da Cia Tudo de Bom contêm os valores de 
retornos possíveis de cada ativo 17%. Mas não podemos esquecer que a amplitude do ativo A 
é menor, devido a isso a preferência a este ativo. 
Para resultados conhecidos e probabilidades iguais: 
 
Síntese da Aula 
Nesta aula, você: 
 Compreendeu a diferença entre o risco e retorno, como ele é subdivido, além de saber como 
é apresentado o retorno de um ativo. 
 Conheceu os cálculos de retorno do investimento, a medida de amplitude, além de praticar 
a variância, perceber amplitude e verificar que esta tem o papel de avaliar o risco do ativo. 
 Aprendeu verificar a medida de dispersão do ativo, confirmando os riscos e a variação com 
os retornos. 
 
Aula 4: Risco 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Entender como funciona correlação de carteiras. 
2. Conhecer a relação de Risco Beta. 
3. Compreender o modelo de precificação de ativos. 
 
Introdução 
Nesta aula, o aluno compreenderá como se aplica o perfil de risco utilizando o Beta das carteiras, 
o risco sistemático e não sistemático, e o seu reflexo no retorno do investimento. 
Compreender as características de risco e retorno de uma carteira, em termos de correlação e 
diversificação, bem como o impacto de ativos internacionais sobre ela. 
Rever os dois tipos de risco, o desenvolvimento e o papel do beta na mensuração de risco. 
 
Desvio Padrão - σ 
Aprendemos na última aula o retorno esperado, calculo que utilizaremos aqui em desvio 
padrão. 
O desvio padrão é uma medida que representa o grau de dispersão dos retornos esperados em 
relação à média. 
O desvio padrão é o indicador de risco de um ativo mais comum, pois ele mede a dispersão em 
torno do valor esperado do retorno �̅�. 
A expressão do cálculo do desvio- padrão dos retornos, σ é: 
 
Quanto maior o desvio padrão, mais alto é o risco. 
 
Sabemos que o valor do retorno esperado é de 17%. Sendo assim, vamos aplicar a expressão de 
desvio padrão. 
 
O desvio padrão do Ativo A é igual a 1,41% e o do Ativo B é de 32%. O maior risco do ativo B está 
confirmado no Ativo B desde o cálculo de amplitude. 
A tabela fornece os desvios padrão dos ativos A e B da Cia Tudo de Bom, calculados com base 
nos dados anteriores. 
Coeficiente de Variação- CV 
O coeficiente de variação é uma medida de dispersão útil que compara os riscos com os retornos 
esperados diferentes. Quanto maior o coeficiente de variação, maior o risco. 
 
Exemplo: Utilizando os dados da Cia Tudo e Bom, teremos: 
Ativo A CV = 1,41%/17% = 0,0829411% 
Ativo B CV = 32%/17% = 1,88235% 
O ativo B possui o maior coeficiente de variação e é, portanto, mais arriscado que o ativo A, 
confirmando assim o desvio padrão. 
O coeficiente de variação tem uma melhor utilidade quando os ativos possuem retornos 
esperados diferentes. 
 
Custo Oportunidade 
O custo de oportunidade é utilizado pelos investidores no processo de escolha de determinada 
aplicação. 
Exemplo. Investidor 
Um investidor que possua $50 mil aplicados no mercado financeiro, com uma remuneração de 
15% ao ano, caso ele não faça o investimento e reverta este capital par o seu próprio negócio e 
se ao final do período considerado o retorno seja menor do que o mercado oferece (15%). 
Ele perdeu dinheiro, mas se a taxa de retorno superar os 15%, ele terá ganho. 
Exemplo. Empregado 
Imagine um empregado de uma empresa qualquer, e que ele decide sair do seu emprego e abrir 
seu próprio negócio. Quando ele toma esta decisão deverá incluir no custo do empreendimento 
o salário que não receberá mais, pois sua remuneração seria o uso alternativo de sua mão de 
obra. 
 
Carteira de ativos 
Para administrar o risco o investidor deve diversificar seus investimentos em um conjunto de 
ativos. Com isso, retornos insuficientes proporcionados por um ativo, podem ser compensados 
por retornos maiores, proporcionados por outros. 
Combinando os ativos com o objetivo de montar uma carteira eficiente, o investidor obterá 
maior retorno possível e terá o menor risco possível, para que haja a combinação de ativos se 
faz importante o uso da correlação. 
 
Correlação de uma carteira (ρ) 
Para construir uma carteira eficiente, o investidor deve buscar ativo cujos retornos tenham 
movimentações diferentes. Isso é possível por meio de avaliação da relação entre as taxas de 
retornos dos ativos, utilizando a medida estatística, chamada correlação. 
Correlação é um conceito estatístico utilizado para saber como duas ou mais variáveis se 
relacionam e comparam o movimento dos retornos, ou seja, como um retorno de um ativo se 
movimenta em relação a outro. Também se é utilizada quando pretendemos saber se existe 
alguma relação entre, por exemplo, duas variáveis. 
O Objetivo da correlação de uma carteira eficiente é a redução do risco geral, ou seja, a busca 
por combinar a melhor maneira de combinar ou adicionar a carteira de ativos com correlação 
negativa. 
 Correlação positiva. Os dois ativos oscilam no mesmo sentido. 
 Correlação negativa. As variáveis se movem em sentido contrário. 
 Valor zero. Não há relação entre os ativos. 
Apesar do sentido, não podemos dizer dentro do universo estatístico que os eventos estão 
interconectados, ou seja, correlação não implica em causalidade. 
Mesmo quando fazemos um estudo entre ativos com correlação próxima de +1 ou –1, não é 
possível afirmar que há uma relação entre causa e efeito, especificidade que deve ser 
lembrada quando o investidor iniciar a interpretação dos dados. 
 
Para mais informações sobre esse assunto, leia “Correlação de uma carteira” logo abaixo. 
A seleção de carteiras procura identificar a melhor combinação possível de ativos, obedecendo 
às preferências do investidor com relação ao risco e retorno esperados. Dentre as inúmeras 
carteiras que podem ser formadas com os ativos disponíveis, e selecionadas aquela que 
maximiza seu grau de satisfação. 
O risco de uma carteira depende, não somente do risco de cada elemento que a compõe e de 
sua participação no investimento total, mas também da forma como seus componentes se 
relacionam entre si. Relacionando-se ativos com baixa correlação (ou covariância inversa) é 
possível reduzir-se o risco total da carteira. 
A Correlação mede a relação, se houver, entre duas séries de números que representam 
qualquer tipo de dados, desde retornos a notas obtidas em provas. 
Quando as duasséries variam na mesma direção, teremos uma correlação positiva perfeita. 
Quando as duas séries variam em direções opostas, teremos uma correlação negativa perfeita. 
Medimos o grau de correlação pelo coeficiente de correlação. Este pode variar de +1 e - 1. 
Obtemos essas variações da seguinte forma: +1 (correlação positiva perfeita) a -1 (correlação 
negativa perfeita). 
Segundo Gitman, o conceito de CORRELAÇÃO e COVARIÂNCIA: Método estatístico de calcular 
a maneira como os retornos se movem relativamente à outra carteira de ativos (quanto maior 
a diferença dos movimentos entre os ativos, menor o risco). 
A medida estatística é o coeficiente de correlação que assume valores dentro de uma faixa de 
+/-1, para séries que apresentam correlação positiva perfeita, até –1, para séries cuja correlação 
negativa é perfeita. 
 
Em uma carteira pouca diversificada, quando os cálculos apontam para uma correlação próxima 
de +1, existe um potencial de risco por não diversificação. 
Utilizamos o conceito de correlação 
O Quadro elaborado a seguir demonstra o retorno esperado da carteira formada com diferentes 
participações das ações A e B e o risco da carteira adotando-se coeficientes de correlação 
extremos (ρAB = +1 e ρAB = - 1). 
 
O risco da carteira (σp) foi calculado de acordo com o modelo de Markowitz, o qual leva em 
consideração o risco de cada ativo, sua participação na carteira e a correlação. 
Assim, para: 
 WA = 80%, 
 WB = 20% e ρAB = +1 
 
Tipos de risco 
Imagine que você coloca todo o seu dinheiro em um único investimento (ativo), o que acontece 
com o risco? Ele será muito maior. 
Para isso “pulverizamos” nossos investimentos, pois se tivermos uma perda em um ativo em 
outro nos recuperamos. Mas dependendo do acontecimento poderemos não recuperar. 
O risco total de uma carteira é formado por dois tipos de risco. São eles: o risco diversificável e 
o risco não- diversificável. 
O risco diversificável também é conhecido como risco não sistemático, representa a parte do 
risco de um ativo associado a causas aleatórias. 
O risco não diversificável também chamado de risco sistemático é atribuível a fatores de 
mercado que afetam todas as empresas e não pode ser eliminado por meio de diversificação, 
são os conhecidos riscos macroeconômicos, sociais e políticos. São eventos que podem 
representar grandes ameaça, mas esta ocorrência independe da vontade ou ação da empresa. 
 
Leitura complementar. 
O risco total de uma carteira é formado por dois tipos de risco. São eles: o risco diversificável e o risco não 
diversificável. 
O risco diversificável, também é conhecido como risco não sistemático, representa a parte do risco de um ativo 
associado a causas aleatórias. 
Este tipo de risco está associado a fatos como alterações ou problemas ao nível da gestão da empresa, greves ou 
modificações nos padrões de consumo relativos aos produtos da empresa. Podemos perceber que é fruto do erro de 
administração ou decisão empresarial e assim podem levar uma empresa a um estado de insolvência. Baixa 
produtividade, uma linha de produtos mal desenvolvida e ameaças da concorrência podem levar a empresa ao risco. 
O risco sistemático incide sobre todo e qualquer tipo de investimento. 
O risco financeiro de uma empresa é uma das fontes do risco não sistemático, pois ele relaciona-se ao nível de 
endividamento de uma empresa, e o risco não se dissolve. 
O risco de administração envolve a administração de uma empresa e esta está associada à tomada de decisão 
equivocada por parte dos administradores; 
O risco no setor econômico trará maior sazonalidade, tipos diferentes de ciclos de produção, maior concorrência. 
O risco não diversificável também chamado de risco sistemático é atribuível a fatores de mercado que afetam todas 
as empresas e não pode ser eliminado por meio de diversificação, são os conhecidos riscos macroeconômicos, sociais 
e políticos. São eventos que podem representar grandes ameaça, mas esta ocorrência independe da vontade ou ação 
da empresa. 
O risco não sistemático é dependente de cada investimento específico, assim, quanto mais elevado o risco, maior 
tende a ser a exigência de retorno que compense o risco. Algumas classes de risco sistemático: Risco em relação a 
taxas de juros, pois essas afetam as taxas de retorno dos investimentos. 
Risco inflacionário, pois a inflação causa problemas econômicos e assim aumentam o risco do mercado. 
Risco cambial, já que a valorização ou desvalorização da moeda local em relação as outras moedas causa um risco. 
Não podemos descartar eventos políticos, tsunami, inflação, incidentes internacionais, mudança de governo, etc. 
Em suma o risco sistemático incide sobre todo e qualquer tipo de investimento: de um título financeiro qualquer a 
uma empresa de qualquer natureza. 
O risco não sistemático, depende das características e do contexto de cada investimento específico, destra maneira 
quanto mais elevado esse risco, maior tende a ser a exigência de retorno que compense a exposição mais elevada. 
 
Coeficiente beta 
De um ativo pode ser determinado a partir de seus retornos históricos em relação aos retornos 
históricos da Carteira de Ativos do mercado. 
Na verdade, é uma regressão linear dos retornos dos ativos com o retorno do mercado. O valor 
do beta serve para indicar qual será a variação de um ativo. 
É uma medida relativa de risco não diversificável. É um indicador de variabilidade do retorno de 
um ativo em resposta a uma variação do retorno do mercado. 
Trabalha a rentabilidade de um ativo. O valor de beta é obtido a partir de dados de retorno. Os 
retornos históricos de um ativo são utilizados no cálculo do coeficiente beta. 
Interpretações dos betas 
 Os betas podem ser negativos ou positivos, mas os mais comuns são este último. 
 A maioria está entre 0,5 e 2,0. 
Tipos de Beta 
 Beta defensivo 
Se o beta for menor do que 1,0. 
Ex.: imagine se o Ibovespa varia 5% durante a semana e o beta da ação varia 0,75. Então 
teríamos: 
5% X 0,75 = 3,75% está seria a variação da ação neste período. 
 Beta agressivo 
Se o beta for maior do que 1,0. 
Ex.: imagine o IBOVESPA variando em 4% na semana e o valor do beta da ação em 1,80%, então 
teríamos: 7,2% esta seria a variação da ação. 
 Bata neutro 
Se beta for igual a 1,0 a rentabilidade da ação acompanha o mesmo parâmetro do índice. 
Coeficiente beta 
A carteira de ativos do mercado, por conter unicamente riso sistemático, apresenta coeficiente 
beta igual a 1. Assim, o coeficiente beta das ações individuais é comparável ao da carteira de 
ativos do mercado. 
 
Resumindo podemos afirmar que quando o Beta é 1 (um), temos o retorno do ativo igual ao 
retorno de mercado. 
Quando o Beta é nulo, temos o risco de um ativo igual ao retorno de um ativo livre de risco. 
Ex1: De acordo com a expectativa de retorno para uma carteira composta pelas seguintes ações, 
nas proporções a seguir. 
 Resposta: Beta: = 0,3.1,5 + 0,5.1 + 0,2.0,4 = 0,45 + 0,5.0,08 = 1,03 
Resumindo podemos afirmar que quando o Beta é 1 (um), temos o retorno do ativo igual ao 
retorno de mercado. 
Quando o Beta é nulo, temos o risco de um ativo igual ao retorno de um ativo 
 livre de risco. 
Ex.2: Uma empresa possui uma carteira composta por 40% de A, 35% de B e 25% de C. Dado o 
beta de A de 1,3, de B 0,5 e de C 0,3. 
Resposta: 
B = 0,4 x 1,3 + 0,35 x 0,5 + 0,25 x 0,3  B = 0,52 + 0,175 + 0,075  B = 0,77 
Síntese da Aula 
Nesta aula, você: 
 Compreendeu a diferença entre o risco e retorno, como ele é subdivido, além de 
conhecer como é apresentado o retorno de uma ativo. 
 Conheceu os cálculos de retorno do investimento, a medida de amplitude, além depraticar a variância, perceber amplitude e verificar que esta tem o papel de avaliar o 
risco do ativo. 
 Aprendeu verificar a medida de dispersão do ativo confirmando os riscos e a variação 
com os retornos. 
 
Aula 1: Modelo de Formação de Preços de Ativos 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Entender como modelo de precificação de ativos. 
2. Conhecer o que é capital. 
3. Compreender tipos de custos de capital. 
 
Introdução 
Nesta aula, você compreenderá o custo de capital, como se aplicam os tipos de custo de capital 
utilizando os diferentes métodos, o modelo Gordon, o reflexo que se dá em todos os tipos de 
custos, como de capital próprio e capital de terceiros, evidenciando as debêntures e 
empréstimos. 
 
Modelo de Precificação de Ativos - CAPM 
Utilizamos o coeficiente beta para medir o risco não diversificável. 
O Capital Asset Pricing Model (CAPM) 
Modelo de Precificação de Ativos de Capital, O CAPM busca demonstrar, de maneira objetiva, o 
relacionamento da rentabilidade esperada de um ativo qualquer num mercado em equilíbrio, 
com o risco não diversificável demonstrado pelo coeficiente beta. 
O CAPM é construído sobre a premissa de que a variância de retornos é a medida de risco 
apropriada, mas somente a variação que é não-diversificável é recompensada. 
O CAPM mede essa variância não-diversificável utilizando uma estimativa beta; ou seja, no 
CAPM mede-se o investimento em duas dimensões: 
 O rendimento esperado sobre o investimento que nada mais é do que a recompensa 
por essa aplicação. 
 E a variância nos ganhos esperados, que reflete o risco existente no investimento. 
A variância mede a diferença entre os retornos efetivos e os esperados, podendo essa medida 
ser capturada estatisticamente na distribuição dos ganhos. 
O modelo CAPM É o modelo que mostra que o retorno esperado de um determinado 
investimento ou ativo depende de três fatores: 
1. Valor puro do dinheiro no tempo. Medido pelo retorno ou taxa livre de risco, Rf, mostra a 
recompensa exigida por simplesmente esperar pela devolução do dinheiro, sem assumir risco 
nenhum. (poupança). 
2. Recompensa por assumir o risco não-diversificável que é medido pelo prêmio por risco de 
mercado. Corresponde a recompensa que o mercado oferece para se assumir um nível de risco. 
3. Nível de risco não-diversificável que é representado pelo Beta, b. Pode ser entendido como 
a reação da empresa em relação ao mercado. 
O Retorno esperado de um título é a medida correta da contribuição dele ao rendimento 
esperado da carteira. 
A partir do coeficiente beta, o CAPM consegue medir o retorno exigido sobre o mesmo, através 
da seguinte equação: kj = RF + [bj x (km – RF)], onde: 
 kj = retorno exigido sobre o ativo j. 
 RF = taxa de retorno livre de risco, medida, geralmente, pelo retorno de um título público. 
 Bj = coeficiente beta (ou índice de risco não-diversificável para o ativo j. 
 km = retorno de mercado (retorno sobre a carteira de ativos de mercado). 
Exemplo 1. A empresa SORTE S.A está em processo de crescimento e deseja determinar o 
retorno exigido de um ativo X com beta igual a 1,2 . A taxa de juros livre de risco é 8% ; o retorno 
da carteira de mercado é 11%. 
kj = RF + [bj x (km – RF)], 
RF = 8% 
bj = 1,2 
Km = 11% 
Kj = 8% + [1,2 x ( 11%-8%)] 
Kj = 8% + [ 1,2 x ( 3%)] 
Kj = 11,6% 
O prêmio de risco do mercado de 3% ( 11%-8%), quando ajustado pelo indicador de risco ( beta) 
do ativo 1,2, resulta em um prêmio por risco de 3,6% [1,2 x 3%] . esse prêmio de risco 
adicionado a taxa livre de risco de 8% , produz um retorno exigido de 11,6%. 
Prêmios por risco é a diferença entre o rendimento de um investimento arriscado em 
comparação com um investimento seguro. (km – RF) 
Exemplo 2. Conforme a expectativa de retorno para uma carteira composta pelas seguintes 
ações nas seguintes proporções. 
Considerando o Beta de Carteira, qual Será o Retorno da Carteira dado prêmio por risco de 5% 
e retorno livre de risco de 6,5%? 
Beta: = 0,3.1,5 + 0,5.1 + 0,2.0,4 = 0,45 + 0,5.0,08 = 1,03. 
Kj= RF + [bj x (Km - RF)] 6,5 + 1,03 x 5 = 11,65% 
 
 
Linha de Mercado de Títulos (LMT ou SML) 
Quando o modelo de formação de preços de ativos (CAPM) é representado graficamente, 
recebe o nome de linha de mercado de títulos. 
Esta linha é uma reta e reflete o retorno exigido no mercado para cada nível de risco não – 
diversificável (beta). 
A relação entre risco e retorno é representada pela SML. 
Exemplo. Vamos assumir que a taxa livre de risco seja 5%, e o mercado de ações global produzirá 
uma taxa de retorno de 12,5% no próximo ano. A empresa possui um beta de carteira no valor 
de 1,7. Utilizando a formula do modelo CAPM teremos: 
Kj = 5% + [ 1,7x (12,5% - 5%)] 
Kj = 17,75% 
Se você fizer um gráfico desta situação, ele se parecerá com isto: 
 
A linha de mercado de títulos não permanece estável, quando o tempo passa os deslocamentos 
podem levar a mudança do retorno exigido. O que leva esta mudança pode ser uma expectativa 
de inflação ou até mesmo a aversão a risco. 
A variação por expectativa de inflação pode resultar em mudanças da política monetária, afetam 
na importação e exportação. 
 
O Capital 
Segundo Gitman, o termo capital denota os fundos de longo prazo de uma empresa, no balanço 
patrimonial tudo que aparece no lado do passivo é capital, sendo que se divide em capital de 
terceiros e capital próprio. 
Ao estudar o custo de capital devemos primeiramente entender o que é capital e o seu custo. 
O capital divide-se em capital próprio e capital de terceiros. 
O Capital Próprio é aquele que faz parte do Patrimônio Líquido da empresa registrado no 
balanço patrimonial. 
O Capital de Terceiros que também está registrado no balanço patrimonial do lado do passivo, 
pode-se definir como o dinheiro que tomo emprestado para abrir uma empresa ou até mesmo 
aplicar nela algum recurso emprestado para melhoria de sua estrutura, ou compra de 
mercadorias a prazo, por exemplo. 
Exemplo. Se eu e você abrimos uma sociedade e temos juntado R$ 50.000,00, então o nosso 
Capital Próprio é de R$ 50.000,00. 
Podemos concluir que: o Capital Próprio, é o dinheiro que é de propriedade do dono da empresa, 
ou dos sócios que a abriram. 
Quando se trata de investimentos, geralmente as pessoas apresentam aversão ao risco, mas 
para que este investidor aceite o risco ele quer em troca um retorno satisfatório. 
Vamos pôr em prática: 
Imagine que um investidor que possui uma quantia no banco e deseja investir em um título, o 
gerente apresenta vários, e que alguns a remuneração é pré-fixada (o investidor já sabe 
antecipadamente quanto será a remuneração) e outros a remuneração é pós- fixada, esta última 
possui um rendimento incerto. 
Considerando esse caso, se eu e meu sócio só tivéssemos R$ 45.000,00 para iniciar um negócio 
e será preciso que nós tenhamos R$ 50.000,00, teremos que conseguir os R$ 5.000,00 restantes. 
Busca-se essa quantia através de um empréstimo bancário, por exemplo, digo que tal quantia é 
o Capital de Terceiros. 
Ou seja, “peguei” o dinheiro de terceiros. Mas podemos também considerar capital de terceiros 
a água, luz, telefone, Mercadorias, ou seja, tudo que você ou utiliza primeiro para pagar depois, 
isso significa que você está utilizando o serviço primeiro (o crédito) para depois saldar o 
compromisso. 
 
Mas o que é melhor para o empresário? Capital Próprio ou Capital de Terceiros? 
Ambos são importantes para uma empresa ou para quem a administre. 
O principal é saber o melhor momento para adquirir o empréstimo ou para usar o recurso 
próprio. Nem sempre o Capital de Terceiros será ruim, principalmente se tal aquisição acontecernuma boa negociação, onde a taxa de juros compense, e para qual finalidade será aplicada a 
quantia requisitada. 
Quando utilizamos o capital de terceiros para pagar dívidas fica complicado, pois continuamos 
endividados, apenas substituímos o passivo. Mas quando este capital é tomado para ampliar o 
negócio, ou adquirir bens, este capital é bem-vindo à nossa empresa, pois haverá um retorno. 
Vale lembrar que temos como: 
 
Fontes de Capital 
 Adição de capital social. 
 Maior prazo nas compras com fornecedores. 
 Sócio acionistas. 
 Obtenção de recursos no sistema financeiro. 
Fontes de Financiamento em Curto Prazo 
Com e sem garantias: 
 Empréstimos com garantia. 
 Caução de duplicatas a receber. 
 Factoring de duplicatas a receber. 
 Empréstimo com alienação de estoques. 
 Empréstimo com certificado de armazenagem. 
Fontes de Financiamento a Longo Prazo 
 Empréstimos. 
 Debênture: com garantia e sem garantia. 
 Ações. 
Segundo Gittman, o Custo do capital é a taxa de retorno que uma empresa deve conseguir nos 
projetos em que investe para manter o valor de mercado de sua ação. 
Podemos entender o custo de capital como a taxa de retorno exigida pelos investidores de 
capital, pois só assim eles serão atraídos para o determinado ativo. 
O custo de capital é estimado em um momento específico, ele reflete o custo médio de fundos 
em longo prazo em uma data futura. 
Exemplo. Se uma empresa opta por recursos de terceiros. 
 
As principais fontes de custo de capital 
As fontes de fundo podem ser representadas em quatro: 
 
 
Custo de capital de terceiros = este custo é formado por empréstimos e financiamentos 
contraídos em instituições financeiras e pelas obrigações emitidas pelas empresas, tais como as 
debêntures (valores mobiliários ativos emitidos por ações, de capital aberto ou fechado). 
Custo de capital de terceiros em longo prazo (ki) é o custo após o imposto de renda, hoje de 
levantar recursos emprestados a longo prazo. 
Os juros pagos às fontes de capital de terceiros são dedutíveis da base de cálculo do imposto de 
renda, o que torna o custo desta fonte menor que nos juros contratuais correspondentes. 
Exemplo 1. Imagine que a empresa Monta TUDO tenha em sua estrutura de capital, $200 mil de 
empréstimos, com juros de 20% ao ano, e que a empresa TOPA TUDO, seja totalmente 
financiada com capital próprio. 
Seguindo o ultimo demonstrativo, temos: 
 
A despesa com juros comparado a empresa Monta Tudo com a empresa Topa Tudo, reduziram 
em $40 mil o lucro antes do imposto de renda (Lair) da empresa Monta Tudo e proporcionou 
$10 mil a menos no valor de IR. Diante deste resultado chegamos a conclusão que, as despesas 
com lucros líquidas totalizaram $24 mil para a empresa Monta Tudo. Vamos provar calculando? 
Despesas com juros liquidas = despesas com juros X (1 – ALIQUOTAS DE IR) $ 40.000,00 x (1 – 0,40) = $ 24.000,00 
Assim podemos perceber que as despesas com juros líquidas da empresa Monta tudo 
apresentam uma taxa efetiva de 12% ao ano ($ 24.000,00 / $ 2000.000,00). Essa taxa 
corresponde ao custo do empréstimo e pode ser calculada com a seguinte fórmula: 
Ke = j x (1 – IR) 
 Ke = custo do empréstimo (taxa efetiva) 
 J = taxa de juros contratada 
 IR = alíquota do IR 
A empresa Monta Tudo terá o seguinte custo com o empréstimo: Ke = 20% x (1 – 0,40) = 12% 
Exemplo 2. A empresa GINGA paga juros, R$ 200.000,00 ao ano, sobre um empréstimo de R$ 
1.000.000,00. Calcule o seu custo de capital de terceiros, sabendo-se que o IR é de 25%. 
 
 
Custo das debêntures 
Quando uma empresa emite debêntures ela assume os encargos relativos a operações desse 
tipo. Este tipo pode ser negociado com ágio ou deságio, ou seja, podem ser vendidos com 
valores superiores ou inferiores, em relação ao valor nominal. 
Para determinar o custo dessa fonte de financiamento, é necessário elaborar o fluxo de caixa. 
Exemplo. Imagine que a Empresa Topa tudo tenha emitido debêntures nas seguintes condições: 
 
A empresa possui um prazo para resgate de quatro anos. A taxa de juros de 20% ao ano, pagos 
anualmente. Alíquota do IR da empresa de 40%. O custo que as debêntures apresentam (Kd), é 
determinado pela TIR (Taxa Interna de retorno). 
 
 
 
Síntese da Aula 
Nesta aula, você: 
 Compreendeu a diferença entre o risco e retorno, como ele é subdivido, além de conhecer 
como é apresentado o retorno de uma ativo. 
 Conheceu os cálculos de retorno do investimento, a medida de amplitude, além de praticar 
a variância, perceber amplitude e verificar que esta tem o papel de avaliar o risco do ativo. 
 Aprendeu verificar a medida de dispersão do ativo confirmando os riscos e a variação com 
os retornos.

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