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1 MANUAL DE DIETÉTICA E DIETOTERAPIA HOSPITALAR 2 Copeira A evolução da Nutrição é contínua, ocorrendo constantemente mudanças de conceitos e de dietas, e nós, profissionais integrantes desta ciência tão notável, temos que nos manter o máximo possível atualizados. Também é muito importante a conscientização do seu valor profissional. Sua profissão é fundamental dentro do Serviço de Nutrição e Dietética do Hospital Geral Valdemar de Alcântara, e a tudo que se relaciona com a distribuição das dietas. Pesquisas demonstram que o contato, a relação pessoal que os funcionários da área de saúde mantém com os pacientes, também influenciam muito em seu restabelecimento. Enfim, sua profissão é muito honrosa e necessária. 3 Importância do Serviço de Nutrição e Dietética em um hospital O hospital é uma entidade que visa a recuperação do indivíduo doente, sendo este seu principal objetivo. O hospital é constituído de setores técnicos e auxiliares (médico, enfermagem, nutrição e etc) que se organizam de modo a atingir o objetivo, ficando bem claro que um setor necessita do outro e não há setor mais ou menos importante. Todos os setores devem ser providos de profissionais responsáveis, cientes de que suas atitudes podem auxiliar ou não no restabelecimento do enfermo. O papel da nutrição dentro do hospital é individualizar a dieta, preparar e distribui-la dentro dos horários estabelecidos, preocupando-se com a aceitação do paciente a fim de recupera-lo e mantê-lo nutricionalmente bem. - Todos nós trabalhamos com um único objetivo, o de oferecer ao paciente uma alimentação: - Eu represento todos do Serviço de Nutrição. - Sabem por que estou aqui? - Para falar sobre o nosso trabalho e aumentarmos nossos conhecimentos. - Hoje eu sei porque é muito importante o Serviço de Nutrição e Dietética. Através de uma alimentação balanceada e individualizada, de acordo com a enfermidade, podemos observar que os pacientes podem se restabelecer e vir a ter alta hospitalar, o mais breve possível. Equilibrada Saborosa Variada Com boa Apresentação Nos Horários Corretos 4 Alimentação Adequada O padrão alimentar sofre influência de preceitos religiosos, tabus, hábitos alimentares e sócio-culturais incutidos no indivíduo desde a infância. Tanto na saúde quanto na doença é importante uma alimentação adequada às necessidades. A Dietoterapia é a ciência que estuda e aplica a dieta com princípio terapêutico, tendo a dieta normal como padrão. A finalidade básica da dietoterapia é ofertar ao organismo debilitado nutrientes adequados ao tipo de doença, condições físicas, nutricionais e psicológicas do paciente, mantendo ou recuperando o estado nutricional. Uma dieta nutritiva deve ser planejada de acordo com as doenças e condições físicas do indivíduo, atendendo às leis de Escudero (quantidade, qualidade, harmonia e adequação) A dieta deverá ser balanceada, composta por diferentes tipos e grupos de alimentos. Conforme a necessidade, uma pessoa deverá ingerir maior ou menor quantidade de alimentos de determinados grupos. Importante: em qualquer tipo de dieta, a ingestão de líquidos deverá ser elevada, em média 4 litros/dia, a fim de evitar infecções urinárias. A ingestão só deverá ser diminuída por determinação do nutricionista ou médico. Uma alimentação adequada e apropriada para cada fase da vida é indispensável a todos os seres vivos, para a manutenção da saúde e diminuição de riscos de doenças. Quando ficamos doentes, a alimentação adequada colabora na recuperação e reconstrução das células, órgãos e tecidos. Nosso sistema imunológico e demais funções vitais dependem dos micro-nutrientes extraídos dos alimentos que ingerimos. O equilíbrio é fundamental 5 Pirâmide Alimentar 1- Energéticos extra Estes alimentos deverão ser consumidos moderadamente. São compostos por gorduras e açúcares simples. Principais fontes Gorduras óleos, azeites, manteiga, outros Sacarose açúcar de mesa Mel 6 2 e 3 - Construtores Os alimentos construtores são compostos pelas proteínas, responsáveis pela formação e renovação dos tecidos do corpo, como a pele, os músculos, ossos e outros. 4 e 5 - Reguladores Os alimentos reguladores, têm como nutrientes, as vitaminas e os minerais. Tais alimentos, conservam e fortalecem o sistema imunológico, regulam a digestão, a circulação sanguínea e proporcionam o bom funcionamento dos intestinos, pois são ricos em fibras. Principais fontes Verduras alface, escarola, agrião, couve, outros Legumes abobrinha, chuchu, cenoura, pepino, outros Frutas mamão, laranja, abacaxi, melão, tomate, abacate, outros Obs.: alguns cereais, podem ajudar no bom funcionamento dos intestinos Principais fontes Carnes Vermelha (bovinos, suínos, etc), carne branca(aves, peixes), ovos, outros Leite e derivados queijos, iogurte, outros Leguminosas feijão, fava, lentilha, grão de bico, outros 7 6- Energéticos Os alimentos energéticos são compostos por carboidratos, que fornecem energia para o corpo realizar diversas atividades, principalmente as físicas como andar, tocar cadeira de rodas, deambular com órteses, fazer exercícios de fortalecimento, esportes diversos e outros. Principais fontes Cereais arroz, milho, trigo, outros Tubérculos e Raízes Batata, mandioca, inhame, outros Diversos Pães, massas, biscoitos, outros 8 Alguns exemplos de dietas Dieta hipocalórica - para perder peso - Aumentar a dose de alimentos reguladores. - Diminuir a dose dos alimentos energéticos, construtores e energéticos extra. Dieta hipercalórica - para ganhar peso - Aumentar a dose dos alimentos energéticos; - Manter a dose dos reguladores, construtores e energéticos extra Dieta laxativa - para melhorar e/ou aumentar o funcionamento dos intestinos - Aumentar a dose de alimentos reguladores. - Aumentar a ingestão de líquidos. Dieta constipante - para "prender" o intestino - Diminuir a dose de alimentos reguladores; - Manter a dose dos alimentos energéticos, construtores e energéticos extra Dieta Hiperprotéica (rica em proteínas)- para evitar ou ajudar na cicatrização de úlceras por pressão e melhorar da desnutrição - Aumentar a dose dos alimentos construtores - Manter a dose dos demais grupos 9 Ácido Fólico: Funções: Divisão celular e transmissão de traços hereditários, formação e maturação dos eritrócitos e leucócitos. Fontes: Espinafre, vegetais de folhas verdes, fígado, levedo de cerveja, cenoura, gema de ovo. Deficiência: Diminuição do crescimento, anemia megaloblástica e outros distúrbios sangüíneos,glossites e distúrbios no trato gastrointestinal. Excesso: Interfere na ação farmacológica de drogas anticonvulsivas. Cálcio: Funções: Crescimento, gestação, lactação, construção e manutenção dos ossos e dentes, formação do coágulo, Você sabe para que serve e quais as fontes de minerais e vitaminas? 10 transporte nas membranas celulares, transmissão nervosa e regulação dos batimentos cardíacos. Fontes: Leite e derivados, sardinha, mariscos, ostras, repolho crespo, folhas de nabo, folhas de mostarda, brócolis. Deficiência: Raquitismo, osteomalácia, osteoporose, escorbuto, tetania. Cloro: Funções: Manutenção do equilíbrio hídrico e pressão osmótica. Fontes: Sais de cozinha, alimentos do mar, alimentos de origem animal, leite, carne, ovos. Deficiência: Perda de apetite, falha de crescimento, fraqueza muscular, letargia e severa alcalose metabólica hipocalêmica Excesso: Não há referências. Ferro: Funções: Componente da hemoglobina e mioglobina, importante na transferência de O2. Fontes: Fígado, carnes, gema de ovo, legumes, grãos integrais 11 ou enriquecidos, vegetais verde-escuros, melaço escuro, camarão, ostras. Deficiência : Anemia ferropriva, perdas sangüíneas não habituais, parasitas e ma absorção. Excesso: Lesão tecidual, ulceração de mucosas, acidose metabólica, dano hepático e alveolar e insuficiência renal (doses de 3 a 10g/dia). Flúor: Funções: Reduz cáries dentárias e pode minimizar a perda óssea. Fontes: Água potável, chá, café, arroz, soja, espinafre, gelatina, cebola, alface. Deficiência: Aumento da incidência de cáries dentárias. Excesso: Hipocalcemia e possível hiperparatireoidismo secundário. Fósforo: Funções: Atua no sistema de tampão, faz parte da estrutura das membranas celulares, é componente essencial dos ácidos nucléicos. 12 Fontes: Queijos, gema de ovo, leite, carnes, peixes, aves, cereais de trigo integral, legumes, castanhas. Deficiência: Manifestações neuromusculares, esqueléticas, hematológicas e renais. Excesso: Não há referências. Magnésio: Funções: Síntese protéica, contratilidade muscular, excitação dos nervos. Fontes: Cereais de trigo integral, castanhas, carnes, leite, vegetais verdes, legumes. Deficiência : Anorexia, falta de crescimento, alterações eletrocardiográficas e neuromusculares, tetania. Excesso: Não há referências. 13 Potássio: Funções: Manutenção do equilíbrio hídrico normal, equilíbrio osmótico e equilíbrio ácido-básico normais, regulação da atividade neuromuscular, crescimento celular. Fontes: Frutas, leite, carnes, cereais, vegetais, legumes. Deficiência: Fraqueza muscular, apatia mental, insuficiência cardíaca. Excesso: Confusão mental, dormência nas extremidades, respiração fraca e enfraquecimento da ação cardíaca. Sódio: Funções: Regulação do fluído extracelular e do volume plasmático, condução do impulso nervoso e controle da contração muscular. Fontes: Sais de cozinha, alimentos do mar, alimentos de origem animal, leite, ovos. Deficiência: Normalmente não há. Excesso: Hipertensão arterial. Vitamina A: 14 Funções: Visão, crescimento, desenvolvimento ósseo, desenvolvimento e manutenção do tecido epitelial (pele), imunidade, reprodução, anti-cancerígeno. Fontes: Óleo de fígado de peixe, fígado, rim, ovo, leite, óleo de dendê, cenoura, couve, espinafre, manteiga. Deficiência: Cegueira noturna, alterações cutâneas. Excesso : Dor e fragilidade óssea, hidrocefalia e vômitos em crianças, pele seca com fissuras, unhas frágeis, perda de cabelo, gengivite, anorexia, irritabilidade, fadiga, hepatomegalia e função hepática anormal, oscite e hipertensão portal. Vitamina B1 (ou Tiamina): Funções: Respiração tecidual, metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. Fontes: Carne de porco, gema de ovo, fígado, coração miúdos, presunto, nozes, levedo de cerveja, germe de trigo. Deficiência: Confusão mental, fraqueza muscular, instabilidade emocional, depressão, irritabilidade, perda de apetite, letargia, beribéri (insuficiência cardíaca e manifestações nervosas). 15 Excesso: Não há referências. Vitamina B12 (ou Cianocobalamina): Funções: Metabolismo celular, crescimento. Fontes: Fígado, coração, mariscos, ostras, gema de ovo, carnes, queijos, peixe, camarão, lagosta. Deficiência: Diminuição do crescimento, anemia e outros disturbios sanguíneos e distúrbios no trato gastrointestinal. Excesso: Interfere na ação farmacológica de drogas anticonvulsivas. Vitamina B2 (ou Riboflavina): Funções: Crescimento, produção de corticosteróides, formação das células vermelhas do sangue, gliconeogenese e atividade reguladora das enzimas tiróideas. Fontes: Leite, ovos, fígado, coração, músculo de boi e aves, hortaliças de folhas verdes, levedo de cerveja. Deficiência: Estomatite angular, lacrimejamento, queimação e coceira nos olhos, síndrome urogenital. 16 Excesso: Não há referências. Vitamina B6 (ou Piridoxina): Funções: Imunidade celular, liberação de glicogênio hepático e muscular, diurético. Fontes: Fígado, carnes, gema de ovo, cereais, pães integrais, banana, batata, frango, abacate. Deficiência: Anormalidades no sistema nervoso central, retardo mental, convulsões, anemia hipocrônica Excesso: Insônia. Vitamina C (ou Ácido Ascórbico): Funções: Produção e manutenção do colágeno (integridade celular), cicatrização, absorção do ferro. Fontes: Frutas cítricas, hortaliças de folhas verdes, pimentão, tomate, batata. Deficiência: Fragilidade capilar, hemorragia, escorbuto. Excesso: Formação de cálculos de urato, cistina e oxalato (+ de 9 g/dia). 17 Vitamina D: Funções: Absorção, mobilização e reabsorção de cálcio e fosfato. Fontes: Óleo de fígado de peixe, manteiga, fígado, gema de ovo, leite, salmão, atum e luz solar. Deficiência: Raquitismo, osteomalácia. Excesso: Calcificação óssea excessiva, cálculos renais, calcificação metastática de partes moles (rins e pulmões), hipercalcemia, cefaléia, fraqueza, vômitos, náusea, constipação, poliúria, polidipsia. Vitamina E: Funções: Antioxidante. Fontes: Germe de trigo, óleo de milho, sementes de algodão, girassol e soja, vegetais de folhas verdes, gema de ovo. Deficiência: Fragilidade muscular, deposição ceróide no músculo liso, creatinúria, hemólise, reabsorção fetal, atrofia testicular, anormalidades embrionárias, distrofia muscular, encefalomalácia e necrose hepática. Excesso: Efeito anticoagulante e prolongamento do tempo de coagulação sangüínea. 18 Vitamina K: Funções: Processo de coagulação sangüínea. Fontes: Vegetais de folhas verdes, fígado, leite, nabo, iogurte, gema de ovo. Deficiência: Hemorragia. Excesso: Anemia hemolítica, hernicterus em crianças. Vitamina PP (ou Niacina): Funções: Componente de coenzimas relacionadas às enzimas respiratórias e vasodilatadoras. Fontes: Fígado, carnes, peixes, trigo integral, amendoim. Deficiência: Fraqueza muscular, anorexia, indigestão, pelagra, estomatiteangular, língua vermelha, lesões dermatológicas, perturbações mentais. Excesso: Formigamento e enrubecimento da pele, sensação de latejamento na cabeça. 19 Zinco: Funções: Constituinte de diversas enzimas e insulina, importante no metabolismo dos ácidos nucléicos. Fontes: Leite, fígado, moluscos, arenque, farelo de trigo. Deficiência: Alterações na gustação, diarréia, depressão mental, paranóias, dermatites oral e perioral, alopecia. Excesso: Irritação gastrointestinal ou vômitos, deficiência de cobre. Cuidado nutricional para pacientes hospitalizados 20 O alimento é uma parte importante de apoio nutricional. As tentativas devem ser feitas para prover as preferências do paciente, proporcionar uma atmosfera agradável e providenciar auxílio para alimentação quando necessário. A atenção à cor, textura, composição e temperatura dos alimentos e um conhecimento correto das dietas terapêuticas são necessários. Para o paciente, entretanto, o sabor agradável e a apresentação atraente são os elementos mais importantes. As dietas terapêuticas são baseadas em uma dieta normal, adequada, modificada, conforme a necessidade, para atender as necessidades individuais, tais como a capacidade digestiva e absortiva, alívio do processo de doença e fatores psicosociais. Em geral, a dieta terapêutica deve diferir da dieta normal do indivíduo o mínimo possível. Apesar das recomendações nutricionais (RDA) serem formuladas para pessoas saudáveis, freqüentemente são usadas como a base para a avaliação da adequação das dietas terapêuticas. As necessidades específicas de nutrientes para um estado de doença em particular sempre devem ser lembradas durante o planejamento da dieta. 21 Conduta Nutricional A alimentação equilibrada é fundamental para a saúde, somos o que comemos. A prescrição dietética envolve várias etapas: Entrevista ao paciente Anamnese (história alimentar) Avaliação do estado nutricional Hipótese diagnóstica nutricional Conduta Alimentar Avaliação do envolvimento da dieta nos resultados Reabilitação nutricional 22 Dietas de rotina Todos os hospitais e instituições têm algumas dietas específicas, básicas e de rotina planejadas para uniformidade e conveniência do serviço. Dietas hospitalares devem ser tão flexível quanto o possível, embora atenda as necessidades nutricionais dos pacientes. A prescrição da dieta designa o tipo, quantidade e freqüência de alimentação com base no processo de doença do indivíduo e nas metas do tratamento da doença. A prescrição pode especificar um nível calórico ou outra restrição a ser implementada. Pode também limitar ou aumentar vários componentes da dieta, tais como carboidrato, proteínas, gordura, vitaminas, minerais, fibras, polinutrientes ou água. Os tipos de dietas padrão variam, mas podem geralmente ser classificadas como geral, com alimentos moles ou líquidos. Numa dieta terapêutica para chegar a ingestões apropriadas de vitaminas e minerais, deve-se considerar o seguinte: 1. necessidade para indivíduos saudáveis; 2. natureza da doença ou lesão; 3. estoques corpóreos de nutrientes específicos; 4. perda normal e anormal através da pele, urina ou trato intestinal; e 5. interações droga nutrientes. A dietoterapia é uma das modalidades de tratamento de que dispõe a equipe de saúde, podendo constituir-se na principal forma terapêutica ou ser utilizada em combinação com agentes terapêuticos, bem como, em alguns casos, ser complementar a outras modalidades de tratamento. O papel dos requerimentos nutricionais nas patologias e a importância em fornecer os nutrientes essenciais como forma de prevenir a doença têm sido reconhecidos há muito anos, e, há 2500 anos, Hipócrates já advertia sobre a importante relação existente entre nutrição e doença; no entanto, a sua valiosa instrução somente apresentou maior impacto na era da pesquisa. A dieta exerce um importante papel na promoção e na manutenção de uma boa saúde, prevenindo e tratando doenças crônicas e acelerando a recuperação das injúrias. Todos os hospitais possuem dietas básicas de rotina, elaboradas de acordo com o padrão básico específico, como forma de facilitar o serviço das unidades de alimentação e nutrição, sendo classificadas, de acordo com sua característica física, em dieta normal (geral), branda, pastosa, semilíquida e líquida. Portanto as dietas devem ser flexíveis para poderem ser práticas e viáveis. 23 As dietas terapêuticas podem ser definidas como modificações quantitativas e qualitativas da dieta normal. O ajuste de uma dieta pode se dar de acordo com uma das seguintes formas: Mudança na consistência dos alimentos (dieta geral, branda, pastosa, semilíquida e líquida); Aumento ou diminuição no valor energético (dieta hipocalórica ou hipercalórica) Aumento ou diminuição no tipo de alimento (dieta hipossódica, dieta rica em fibras e pobre em fibras); Exclusão de alimentos específicos (dieta isenta de glúten); Ajuste na proporção e equilíbrio de proteínas, gorduras e carboidratos (dieta para diabéticos, dieta hipoprotéica, dieta hipolipídica); Dieta Geral Indicação: Indivíduos que não necessitam de modificações em nutrientes e na consistência. Incluem todos os alimentos da Pirâmide alimentar. Características: - Consistência: Normal - Fracionamento: 5 a 6 refeições - Normoglicídica, normolipídica e normoprotéica. 24 Exemplo de Dieta Geral Refeições Alimentos Substituições Café da manhã leite café pão francês geléia laranja queijo, coalhada chá torrada "" abacaxi, banana, maçã Lanche da manhã mamão maçã, pêra, kiwi Almoço arroz feijão bife grelhado cenoura cozida agrião em salada óleo e sal mamão massa, batata, polenta lentilha, ervilha seca frango, ovo chuchu, abobrinha alface, rúcula, catolonia ervas aromáticas melancia, melão Lanche da Tarde ricota chá de cidreira mini-torrada pêra leite, coalhada café bolo, biscoito maçã, caqui, kiwi Jantar arroz feijão frango cozido escarola refogada beterraba em salada óleo e sal laranja lima massa, batata, mandioca lentilha, ervilha seca carne de vaca, peixe acelga, almeirão, agrião beringela, quiabo ervas aromáticas mexerica, morango Ceia leite iogurte, queijo fresco 25 Dieta Branda Indicação: Indivíduos com problemas mecânicos de ingestão e digestão, que impeçam a utilização da dieta geral, havendo assim necessidade de abrandar os alimentos para melhorar a aceitação. Pode ser adotada em alguns pós-operatórios para facilitar o trabalho digestivo. Esta dieta é usada como transição para dieta geral. Características: - Consistência: tecido conectivo e celulose abrandada por cocção ou ação mecânica - Fracionamento: 5 a 6 refeições - Normoglicídica, normolipídica e normoprotéica - Alimentos que devem ser excluídos: Especiarias e condimentosfortes como pimenta do reino e outros; Frituras; Doces concentrados (marmeladas, goiabada, doce de leite, etc) Bebidas gaseificadas; Hortaliças cruas; Frutas cruas, exceto mamão; Leguminosas: pode-se incluir apenas o caldo ou o caldo batido e coado; Embutidos e conservas; 26 Preparações Indicadas: - Salada cozida (vegetais cozidos temperados com molhos simples) - Carnes frescas cozidas, assadas e grelhadas; - Vegetais cozidos no forno, água, vapor e refogados; - Ovo cozido, pochê ou quente; - Frutas (sucos, cozidas ou sem cascas) - Torradas, biscoitos, pães (não integrais) - Bolo simples, sorvete simples - Sopas; - Óleos vegetais, margarina; - Gorduras somente para cocção, não para frituras; - Evitar alimentos flatulentos (cebola, Feijão, repolho, quiabo...) 27 Exemplo de Dieta Branda Refeições Alimentos Substituições Café da manhã Leite Café pão francês geléia Banana cozida queijo, coalhada chá torrada "" pêra e maçã cozidas ou sem casca, mamão Lanche da manhã mamão pêra e maçã cozidas ou sem casca, banana Almoço arroz Caldo de feijão Frango cozido cenoura cozida óleo e sal Maçã sem casca massa, batata, polenta Caldo de ervilha ou lentilha Peixe cozida, ovo cozido chuchu, abobrinha ervas aromáticas pêra sem casca, banana, mamão Lanche da Tarde ricota chá de cidreira mini-torrada Pêra sem casca leite, coalhada café bolo, biscoito maçã, caqui, kiwi Jantar arroz frango cozido beterraba cozida óleo e sal massa, batata, mandioca carne de vaca, peixe beringela, chuchu e cenoura ervas aromáticas Ceia leite iogurte, mingau 28 Dieta Pastosa Indicação: Indivíduos com dificuldade de mastigação e deglutição, em alguns pós- operatórios e casos neurológicos. Características: - Consistência: os alimentos devem estar em forma de purê, mingau, as carnes devem ser desfiadas ou trituradas; - Fracionamento: 5 a 6 refeições; - Normoglicídica, normoproteíca e normolipídica. Preparações Indicadas: - Leite e derivados (queijos cremosos, naturais ou coagulados); - Carnes (magras, de boi, ave, peixe), moídas, desfiadas; - Ovo (quente, pochê, cozido); - Frutas (cozidas, em purê, em suco); - Sopas (massas, legumes liquidificados, farinha e canja); - Arroz para; - Óleos vegetais, margarinas, creme de leite; - Pão e similares (torradas, biscoitos, bolachas com espessante); - Sobremesas: Sorvetes simples, geléia, doce em pasta, pudins, cremes, arroz-doce, frutas cozida, bolo simples. 29 Exemplo de Dieta Pastosa Refeições Alimentos Substituições Café da manhã Leite Café pão francês geléia Banana cozida amassada queijo, coalhada chá torrada "" pêra e maçã cozidas ou sem casca, mamão Lanche da manhã Mamão em cubos pêra e maçã cozidas ou sem casca, banana Almoço Arroz papa Caldo de feijão Frango desfiado Purê de cenoura óleo e sal Maçã cozida massa, batata, polenta Caldo de ervilha ou lentilha Peixe cozida, ovo cozido chuchu, abobrinha ervas aromáticas pêra sem casca, banana, mamão Lanche da Tarde ricota chá de cidreira mini-torrada Pêra cozida leite, coalhada café bolo, biscoito maçã, caqui, kiwi Jantar Arroz papa Carne desfiada cozida Purê de batata óleo e sal massa, batata, mandioca carne de vaca, peixe beringela, chuchu e cenoura ervas aromáticas Ceia leite iogurte, mingau 30 Dieta Semilíquida Indicação: Indivíduos com problemas mecânicos na ingestão e digestão, com dificuldade de deglutição e mastigação; em determinados preparos de exames e cirurgias, pós-operatórios. É usada também como transição para dieta branda e geral. É equivalente à dieta chamada leve. Características: - Consistência: semilíquida (sopas, purês, carne moída ou desfiada – tecido conectivo abrandado pela cocção). - Fracionamento: 5 a 6 refeições - Normoglicídica, normoproteíca e normolipídica. Preparações Indicadas: - Água e infusos (chá, mate, café); - Sucos (de carne, verduras e frutas) coados; - Purê de vegetais; - Caldo de carne e vegetais; - Sopas espessas, liquidificadas e cremosas; - Leite ou coalhada, creme, queijos cremosos e margarina; - Sobremesa: sorvetes, gelatina, pudins, cremes 31 Exemplo de Dieta Semilíquida Refeições Alimentos Substituições Café da manhã Leite Café Torrada geléia Suco de laranja queijo, coalhada chá Biscoito maizena "" pêra , maçã, mamão Lanche da manhã Suco de goiaba Laranja, tangerina, abacaxi Almoço Sopa arroz Frango desfiado Cenoura e batata triturados óleo e sal Suco de maçã massa, batata, polenta Caldo de ervilha ou lentilha Peixe cozida, ovo cozido chuchu, abobrinha ervas aromáticas Cajá, caju Lanche da Tarde ricota chá de cidreira mini-torrada leite, coalhada café bolo, biscoito Jantar Sopa Carne desfiada cozida Batata (purê) óleo e sal massa, batata, mandioca carne de vaca, peixe beringela, chuchu e cenoura ervas aromáticas Ceia Mingau de f. láctea iogurte, mingau 32 Dieta Líquida Indicações: Indivíduos com problemas de mastigação e deglutição, em casos de afecções do trato digestivo, em determinados preparos de exames, em alguns pré e pós-operatório, podem ocorrer carência de nutrientes, tornando-se necessário um acompanhamento contínuo e uma complementação nutricional para evitar a desnutrição. Características: - Alimentos de consistência líquida ou que se liquefazem na boca, e de fácil absorção. - Fracionamento: 5 a 6 refeições Pode ser: Líquida completa ou líquida restrita Líquida completa é composta por alimentos na forma líquida ou que possam ser transformados em líquidos no momento da ingestão. Dietas líquidas completas são planejadas de maneira a suprir as necessidades do paciente, e, para o aumento dos teores protéicos e calóricos, pode ser necessária a utilização de suplementos calóricos e vitamínicos. Preparações Indicadas: - Leite, iogurte, coalhada, leite batido com frutas, queijos cremosos; - Bebidas: chá, café, chocolate, mate, bebidas não gasosas, gemada, sucos de frutas e de vegetais coados; - Cereais: papa de cereais; - Sopas: sopas de vegetais peneiradas, sopas cremosas coadas, caldo de galinha, de carne, caldo de feijão; - Ovo quente; gemada; - Gordura: óleos vegetais, margarinas, creme de leito; - Alimentos espessantes: farinha pré-cozida de arroz, trigo, milho, isolados protéicos, clara de ovo, etc. Líquida restrita contém preparações com quantidades mínimas de resíduos, muitas vezes utilizadas no pós-operatório, antes que as funçõesgastrointestinais sejam restabelecidas. A dieta é composta principalmente por carboidrato e água, na forma de chás, caldos de carne e legumes coados, bebidas carbonatadas, suco de frutas coado ou sintético e gelatina, sorvetes ou picolé de frutas sem leite. O leite e produtos preparados com leite não devem ser oferecidos. 33 Exemplo de Dieta Líquida completa Refeições Alimentos Substituições Café da manhã Leite Café Suco de laranja queijo, coalhada chá pêra , maçã, mamão Lanche da manhã Suco de goiaba Laranja, tangerina, abacaxi Almoço Sopa passada arroz Frango desfiado Cenoura e batata triturados óleo e sal Suco de maçã massa, batata, polenta Caldo de ervilha ou lentilha Peixe cozida, ovo cozido chuchu, abobrinha ervas aromáticas Cajá, caju Lanche da Tarde Leite batido com frutas leite, coalhada Frutas Jantar Sopa passada Carne desfiada cozida Batata (purê) óleo e sal massa, batata, mandioca carne de vaca, peixe beringela, chuchu e cenoura ervas aromáticas Ceia Mingau de f. láctea iogurte, mingau 34 Exemplo de Dieta Líquida restrita Refeições Alimentos Substituições Café da manhã chá Suco de maçã queijo, coalhada chá pêra , maçã, mamão Lanche da manhã Suco de goiaba Laranja, tangerina, abacaxi Almoço Sopa (caldo coada) Frango desfiado Cenoura e batata triturados óleo e sal Suco de maçã Peixe cozida, ovo cozido chuchu, abobrinha ervas aromáticas Cajá, caju Lanche da Tarde Água de côco Chá Jantar Sopa passada (caldo coada) Carne desfiada cozida Chuchu, batata e cenoura óleo e sal massa, batata, mandioca carne de vaca, peixe beringela, chuchu e cenoura ervas aromáticas Ceia Chá e suco de fruta iogurte, mingau 35 Dietas especiais e modificadas Todas estas dietas podem sofrer modificações, quanto a quantidade dos nutrientes que as compõem, podendo, portanto, apresentarem-se acrescidas das seguintes nomenclaturas ou especificações: DIETA LÍQUIDA; DIETA SEMILÍQUIDA; DIETA BRANDA; DIETA PASTOSA DIETA GERAL; COM RESÍDUO; SEM RESÍDUO, podem variar de acordo com a prescrição descrita no prontuário do paciente em que o médico e o nutricionista achem o mais adequado ao seu paciente; sendo assim elas podem variar sob as seguintes nomenclaturas: Hiperproteica, Hipossódica, Assódica, Hipogordurosa, Sem gordura, Hipoprotéica, sem resíduo, mais resíduos ou rica em fibra. Nota: Os prefixos Hiper, Hipo, A- são muito utilizados na dietoterapia, para designar quando: Hiper- Um aumento do nutrientes em questão Hipo- Uma diminuição do nuriente em questão. A- A ausência total do nutriente em questão. A seguir teremos alguns exemplos de dieta com prefixo Hiper e sua respectiva explicação: Dieta Hiperprotéica- Dieta que apresenta um aumento na quantidade da proteína ingerida. Dieta Hipercalórica- Dieta que apresenta um aumento na quantidade de calorias ingeridas Exemplo de Dietas com prefixos Hipo e sua explicação: Dieta Hipoprotéica- Dieta que apresenta uma diminuição na quantidade de proteínas ingeridas. Dieta Hipogordurosa- Dieta que apresenta uma diminuição na ingestão de alimento gorduroso Exemplo de dieta com prefixo A e sua explicação: Dieta aprotéica- Dieta que não apresenta alimentos que contenha proteína 36 Dieta assódica- Dieta que não contém adição do cloreto de sódio (sal), e verificar os alimentos que contenham menor teor de cloreto de sódio em sua composição in natura Dieta Hipossódica- Dieta em que não se adiciona cloreto de sódio na sua preparação Mas para que serve as Dietas Laxativas? Indicação: Obstipação Intestinal (Dieta rica em fibras) Alimentos que devem ser incluídos para aumentar o teor de Fibras: - Frutas como laranja e mexerica com o bagaço, mamão, ameixa, abacaxi, uva - Sucos de frutas como laranja, mamão, abacaxi - Cereais integrais: farelo de trigo, farelo de aveia - Hortaliças: tomate, berinjela, beterraba, pepino e outros (de preferência com casca) e verduras de folha (de preferência cruas): alface, almeirão, rúcula, escarola e outras Outro fator importante é a oferta hídrica. Para que as fibras possam agir alterando o peso e a maciez das fezes, é essencial a ingestão abundante de líquidos (água, sucos e outros) pelo menos oito copos por dia. 37 Dietas Constipantes Indicação: Diarréia – Aumento na freqüência (normalmente acima de três vezes/dia) da evacuação com fezes semilíquidas ou líquidas caracteriza a diarréia, sendo acompanhado por perda excessiva de líquidos e eletrólitos (especialmente sódio e potássio). Característica da Dieta: - Oferta de líquidos e eletrólitos suficiente para repor as perdas (a água de côco é interessante por ser rica em potássio; bebidas isotônicas também podem ser usadas). - Normalmente o leite e seus derivados são evitados porque o nível de lactase nos enterócitos encontra-se diminuído e pode haver intolerância. - A oferta de fontes de fibras solúveis (frutas) - Evitar alimentos que tenham fibras insolúveis (folhosos), pois estas aceleram o trânsito intestinal. Dieta com mínima formação de resíduos Indicações: - Preparo de exames a serem realizados no intestino e que exigem lavagem intestinal, como enema opaco e colonoscopia. - Preparo de cirurgias do trato gastrintestinal O que é Resíduo? É a porção de alimentos que permanece no intestino após o processo de digestão e absorção. Dessa forma, alimentos com alto teor de fibras insolúveis são excluídos, uma vez que essas fibras, por não serem digeridas pelas enzimas gastrintestinais, formam muitos resíduos. 38 Características da dieta: - Normoproteíca, normolipídica, normoglicídica - Alimentos permitidos: Chá; Bolacha água e sal, bolacha água, torrada, biscoito de povilho; Margarina (em pequenas porções) Açúcar, mel, geléia (em pequenas quantidades); Clara de ovo; Arroz, macarrão; Consome; Frango, peixe; Gelatina, suspiro, sagu; Água de côco, groselha, bebidas isotônicas; Sucos industrializados; Picolé de maracujá ou uva ou limão; Dieta para Doença Celíaca O tratamento é essencialmente dietoterápico, consistindo na exclusão do glúten (trigo, aveia, centeio e cevada) na alimentação. Característica da dieta: Evitar alimentos que tenham em sua composição glútem (Aveia, trigo e centeio) 39 Dieta para úlcera e gastrite Características da dieta: - Consistência: adaptada às condições da cavidade oral e conforme tolerância individual. - Fracionamento: 4 a 5 refeições/dia (evitar longos períodos de jejum). - Alimentos a serem evitados: Frituras: nas frituras de imersão com o aquecimento do óleo forma-se uma substância (acroleína) (que é um potente irritante gastrointestinal); Bebidas alcoólicas; Café Refrigerantes Pimenta Doces concentrados As frutas dependem dos pacientes (alguns toleram ácidas) Dieta para Colite Ulcerativa e Doença deCrohn Denomina-se doença intestinal inflamatória um grupo de distúrbios inflamatórios crônicos envolvendo os intestinos delgado e grosso; geralmente dividida em Colite Ulcerativa e Doença de Crohn. A Doença de Crohn caracteriza-se por inflamação crônica que se estende por todas as camadas da parede intestinal. Envolve predominantemente a parte inferior do intestino delgado (íleo). Suas principais manifestações clínicas são: febre, dor ou cólica abdominal, fadiga generalizada, diarréia por período de tempo prolongado ou recorrente, anorexia e perda de peso. Pode haver anemia causada pela perda de sangue oculto, pelo efeito da inflamação crônica sobre a medula óssea ou pela má absorção de folato e vitamina B12. 40 A Colite Ulcerativa caracteriza-se por uma reação inflamatória que envolve sobretudo a massa colônica. Esta doença inflamatória crônica e ulcerativa da mucosa do intestino grosso sempre começa no reto. Seus principais sintomas são: diarréia sanguinolenta e dor abdominal, esses sintomas são freqüentemente acompanhados por febre e perda de peso. Na Doença de Crohn e Colite Ulcerativa devem ser excluídos da alimentação os condimentos, os alimentos de difícil digestibilidade e ricos em enxofre. A purina, por ser capaz de aumentar o peristaltismo, e agravar o quadro de diarréia, também deve estar isenta da dieta. Os alimentos ricos em enxofre devem estar fora da alimentação por provocarem o acúmulo de gases no trato intestinal - ou flatulência. Os alimentos que apresentam maior probabilidade de produzir gases são: brócolis, couve-de-bruxelas, couve-flor, feijão e ervilhas secos, leite e laticínios (para pessoas com dificuldade de digerir o açúcar natural do leite), cebola, soja e nabo. Os gases podem ser bloqueados com alimentos conhecidos como agentes antiflatulência, como é o caso do gengibre. Os chás de erva-doce e cidreira se enquadram também neste contexto. Dieta para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC Características da dieta: - Hipercalórica, hipoglicídica, hiperlipídica e hiperprotéica - Consistência pastosa no inicio para melhor adesão a dieta, depois geral - Fracionamento: 6 a 8 refeições - Evitar vegetais que provoque gases (Repolho, cebola, couve) - Sucos devem ser constantes (dieta rica em líquidos, exceto se tiver com edema) - Banana cozida tem excelente efeito em excesso de secreções 41 Dieta para Acidente Vascular Cerebral – AVC Características da dieta: - Maioria das vezes inicialmente por sonda - A alimentação deve progredir a partir de líquidos fluidos para líquidos mais consistentes. Após isto, a dieta pode evoluir para purês ou alimentos macios. - Se tiver dificuldade de engolir, deve se evitar líquidos muitos finos (sucos e vitaminas), pois pode aspirar líquidos para o pulmão. - Dieta de ser na maioria das vezes laxativa - Hiperproteica e hipercalórica - Deve ser utilizados espessantes em alguns casos - Aumentar o uso de frutas e verduras Dieta para Insuficiência Cardíaca Congestiva – ICC Característica da dieta: - Hipossódica, hiperprotéica e hipolipídica - Se tiver com os pé inchados não pode dá sache de sal - A maior porção de sal deve ser ingerida no jantar e não almoço - Alimentação deve ser rica em fontes rica em potássio (banana, abacaxi, laranja) - As maiorias dos pacientes têm restrição hídrica, é melhor utilizar a fruta no lugar do suco - A dieta deve ser rica em fibras. - Se for gordo, a dieta deve ser hipocalórica. - Adicionar na alimentação fibras solúveis (maçã, aveia, laranja) 42 Dieta para Glomerulonefrite aguda - GNDA Característica da dieta: - Hipossódica, hipoprotéica e hipercalórica - Alimentos não permitidos: Sal Pão Grandes quantidades de carne Restringir alimentos ricos em sódio (evitar excessos) Alimentos Ricos em Sódio Alimentos protéicos animais Abacate Abacaxi Abóbora Acelga, folhas Agrião Alface Arroz Bacalhau industrializado Peixes marinhos Banana Batata-doce Batata-inglesa Berinjela Tomate Uva Beterraba Brócolos Caju Cenoura Chicória Chuchu Couve Couve-flor Feijão Fígado Bovino Gema de ovo Laranja Leite de vaca Mamão Repolho Vagem 43 Dieta para Diabetes Característica da dieta: - Hiperproteica e normocalórica - Evitar açúcares - Consumir alimentos ricos em fibras (principalmente solúveis – Frutas) - Consistência: Geral - Os horários devem ser adequados - Evitar excessos de sal - É melhor frutas do que sucos - Pode consumir 1 vez pão, exceto se tiver alguma alteração feita pelo nutricionista - Em casos de hipoglicemia, de preferência levar leite desnatado sem açúcar. Se tiver perto das grandes refeições levar esta. - Este paciente deve ser sempre alimentado imediatamente, não podendo faltar ou demorar sua refeição. Dieta para Insuficiência Renal em Diálise - Hiperprotéica, Hipercalórica e hipossódica. - Deve ser pobre em potássio e fósforo. - Alimentos Ricos em potássio que devem ter cuidado: Chocolate, feijão, ameixa seca, pão integral, suco concentrado de fruta, uva passa, café, banana, mamão, água de côco, uva, melão, maracujá, laranja, goiaba e tangerina - Consistência: Branda - Fracionamento: 6 a 8 refeições - Evitar líquidos exagerados Dieta para Hepatopata - Normoprotéica, Hipolipídica e hipossódica. 44 - Evitar carne vermelha - Aumentar a ingestão de vegetais e soja - Pode alimentos ricos em potássio - Evitar alimentos muito ácidos - Restrição hídrica está sempre presente. 45 Ética Profissional Ètica é um conjunto de obrigações e responsabilidades que existe em toda profissão. Portanto você deve: Ser responsável, pontual e assíduo; Trabalhar uniformizado Respeitar as normas da empresa; Ser discreto; Chamar as pessoas pelo nome e com respeito; Acatar as ordens de seus superiores; Respeitar seus superiores e colegas; Cuidar do local de trabalho e do equipamento que utiliza; Interessar-se pelo seu trabalho e procurar aprender coisas novas; Trabalhar sorrindo, pois os pacientes necessitam de pessoas agradáveis; Ser tolerante com os pacientes, quando perguntam algo; Assumir os erros cometidos; Nunca falar o que não sabe; Não falar alto no local de serviço 46 Funções da Copeira 1. Participar de reuniões periódicas promovidas pelo nutricionista; 2. Informar ao nutricionista eventuais irregularidades que possam comprometer o desenvolvimento de suas atividades; 3. Manter a ordem e a limpeza do local; 4. Distribuir refeições aos pacientes, seguindo sempre o mapa de dietas; 5. Atender aos pedidos de lanches, sucos para pacientes e/ou acompanhantes, quando permitido; 6. Recolher louças e utensílios utilizados na distribuição de refeições; 7. Observar e informar sobre a aceitação e queixas, referentes às refeições dos pacientes, elaborando o relatório ao nutricionista; 8. Proceder à montagem das bandejaspara posterior distribuição das refeições 9. Zelar pela guarda e controle das louças e utensílios utilizados na distribuição das refeições aos pacientes; 10. Proceder, quando necessário, à higienização adequada dos utensílios sob sua responsabilidade; 11. Promover a separação de louças e utensílios, provenientes de áreas contaminadas, encaminhando-os para a adequada higienização; 12. Desempenhar tarefas afins 47 Apresentação Pessoal Esteja sempre com o uniforme bem passado, em ordem, sem rasgos e limpo; Proteja os cabelos com toucas, gorros ou rede; Use sapatos fechados e que não escorreguem; Não use maquilagem em excesso; Use desodorante neutro sempre que necessário; Não use adornos (dedos, pulso e pescoço) As unhas devem estar sempre curtas, limpas e sem esmalte; Escove os dentes após as refeições; Lavar as mãos constantemente com água e sabão próprios, não deixar a torneira aberta, desperdiçando água, pois ela é de extrema importância e precisamos saber economizar; O uso de luvas descartáveis fica a critério da chefia quando for solicitado; 48 Atendimento ao paciente Para atendermos bem nossos pacientes, é preciso saber o que ele espera de nós, demonstrando o bom profissional que somos. Devemos ter alguns cuidados na distribuição das refeições: Bata levemente na porta antes de entrar no quarto; Cumprimente o paciente e demais pessoas que estiverem no quarto, assim que entrar; Esteja sempre informada (o) sobre o cardápio do dia e quais as composições das dietas especiais; Verifique se a refeição servida está de acordo com a prescrição da dieta; Nunca se atrase na entrega das refeições, pois os pacientes têm horários certos para se alimentar; Trate o paciente com respeito e educação, pois ele saberá retribuir; Se o paciente lhe pedir algo que não conste no mapa de refeições, como: sal, açúcar ou mais líquidos, consulte o nutricionista; 49 Distribuição de refeições Seguindo algumas regras você evitará certos erros: Identificar corretamente as bandejas. Confira as etiquetas em todas as refeições, trocando as ilegíveis; Confira sempre o número do quarto e o leito antes de servir a dieta ao paciente; Não esqueça de conferir os materiais ao recolher a bandeja do quarto, exceto descartáveis; Nunca deixe de servir qualquer alimento que faça parte da dieta do paciente; Cubra sempre os alimentos durante a distribuição; È obrigação de a copeira saber quais os alimentos que devem ser servidos nas dietas padronizadas; Procurar informa-se com o nutricionista se tiver qualquer dúvida quanto à dieta; 50 Lembre-se: - UM CUMPRIMENTO, UM SORRISO É SEMPRE UM INCENTIVO PARA O PACIENTE ALIMENTA-SE MELHOR. - SEJAM EDUCADOS NÃO DISCUTAM COM O PACIENTE. - NUNCA FORNEÇA AO PACIENTE ALIMENTOS QUE ELE NÃO POSSA COMER, SOMENTE PARA AGRADÁ-LO.
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