Buscar

Serviços de transporte público Caminhabilidade

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

SERVIÇOS DE TRANSPORTE COLETIVO/ CAMINHABILIDADE 
1
Do ponto de vista conceitual, a caminhabilidade é uma qualidade do lugar. O caminho que permite ao pedestre uma boa acessibilidade às diferentes partes da cidade, garantido às crianças, aos idosos, às pessoas com dificuldades de locomoção e a todos.
Caminhe, ande a pé, use a bicicleta;
Utilize o transporte coletivo;
Lute por uma boa calçada no seu bairro;
Diminua o uso do automóvel;
Caminhabilidade
2
Diz-se como sendo o conceito de Serviços de Transporte Coletivo, aquele meio de transporte proporcionado pelo poder publico que providencia o deslocamento de pessoas de um ponto a outro. Sendo assim, é parte essencial de uma cidade que busca seu desenvolvimento por meio sustentável.
3
Nosso transporte embora cubra toda a localidade municipal, deixa a desejar nas condições de conforto ao usuário, como diariamente noticiado e presenciado pelos milhares de rio-pretenses que se utilizam desse meio para diversos fins, seja como passeio ou como meio de deslocar-se ao local de trabalho. 
É possível presenciar cenas da lotação de plataformas, ônibus trafegando com capacidade máxima de passageiros entre outros fatores desagraveis aos usuários que fazem esse meio de transporte ficar como segunda opção desses cidadãos.
4
Dedicamos parte essencial de nosso tempo diário em deslocamentos, sendo assim é essencial o investimento em todos os tipos de transportes disponíveis, e tenha-se por parte do governo o oferecimento de um transporte público de qualidade, não pode-se o cidadão de bem, trabalhador, pagante de impostos contentar-se com o transporte oferecido atualmente na nossa cidade. 
Atualmente a situação é insuportável para quem precisa deslocar-se em horários de pico, principalmente pela manhã e pelo fim da tarde. Logo, pode-se esperar pelo atraso devido aos congestionamentos que irá enfrentar nos principais pontos da cidade, e ainda nas rodovias circundantes, feitas para facilidade o acesso ponto a ponto, acabam por causar o mesmo desagrado dos que circundam pelo centro da cidade. 
5
O espaço público atualmente delimitado por ruas, avenidas, calçadas e demais vias utilizadas por veículos automotores, pedestres e ciclistas estão em constante evolução. 
Infelizmente o modelo urbanístico utilizado para essa expansão em grande parte das cidades atuais é baseado em sua maior parte com o foco em veículos. Pensando nisso, os governos investiram radicalmente no aumento de vias de tráfego veicular causando situações incomuns aos pedestres diferente do que ocorreria em uma cidade totalmente planejada com foco em todos os meios de deslocamento. 
6
São José do Rio Preto temos diversas ruas, tanto antigas quanto novas, que mostram a exclusão do pedestre no quesito deslocamento, tornando impossível sua passagem sem o comprometimento de sua integridade física que é colocada em risco no momento que surge a necessidade de ele invadir a via de tráfego veicular para seguir de um ponto a outro, como visto nas figuras 1 e 2. 
7
Como se não bastasse o risco imposto a quem decidi deixar o carro em casa e ir caminhando de um ponto a outro pela falta de calçamento principalmente em ruas antigas, temos diversos exemplos de avenidas com construção mais recente que não apresentem suporte a caminhabilidade de pedestres, deficientes e idosos de forma alguma, impondo exclusivamente o uso de veículos automotores quase que como regra para o deslocamento pelos referidos pontos, é o caso demonstrado na figura. 
8
É notável o descaso quando tratamos da caminhabilidade, por diversos governos como cidadão. Como se não bastasse, ainda temos a invasão dos poucos espaços destinados ao caminhar pelos veículos que irregularmente são estacionados nessas calçadas que já de pouco auxiliam o pedestre, com a ajuda dos veículos então torna-se totalmente impossível seu uso sem risco acentuado a integridade física do pedestre. 
Não pode a administração pública focar-se em melhorar somente o transporte coletivo, a cidade precisa de melhoras em todas as áreas. 
9
É notável o exemplo da cidade de São Paulo – SP que irá contar até o final do ano de 2014 com 109,4 km de ciclovias e tem em seu planejamento a meta de atingir até o final de 2015 um total de aproximadamente 400 km. 
Mais do que a necessidade de um transporte coletivo melhorado, a caminhabilidade busca juntamente com a sustentabilidade a implementação pelos governos de meios efetivos e funcionais de transporte. 
10
São José do Rio Preto implementou recentemente aproximadamente 17 km de ciclofaixa, porém as mesmas funcionam apenas aos domingos, sendo assim direcionadas apenas para o hobby pessoal, em horários pré-determinados pela administração pública, com isso, torna-se impossível que o cidadão que tem como plano adquirir uma bicicleta para deslocar-se diariamente ao trabalho ou demais locais adquira juntamente um seguro de vida, porque o risco apresentado é iminente.
É quase certo que uma pessoa que mora em uma região mais afastada e precise trabalhar no centro da cidade e opte pelo uso da bicicleta vai encarar o desafio de manter-se com vida todos os dias, porque não se pode ter como sendo seguro o deslocamento por nenhuma das principais ruas e avenidas da cidade.
11
Vamos imaginar uma bicicleta transitando as 17 horas pela Av. Alberto Andaló, sentido centro-bairro?
Embora o Código de Trânsito Brasileiro determine através do art. 58 que na ausência de ciclovia ou ciclofaixa a via deva ser compartilhada, não é o que ocorre. 
Em um local onde até mesmo as motos tem dificuldade e necessidade em competir por seu espaço, é difícil um ciclista que conseguiria ir de um ponto a outro da avenida sem sofrer alguma dificuldade, visto que é posto ao risco iminente de um acidente, seja pela falta de condições e espaço destinado a uma bicicleta, seja pela imprudência de motoristas. 
A opção para o caso apresentado seria a
implementação de espaço exclusivo para 
ciclistas.
12
Imaginemos uma ciclovia implementada ao longo do canteiro central na Av. Alberto Andaló, aos que escolhem locomover-se de bicicleta seria perfeito, porém, se com o espaço atual totalmente destinado aos veículos automotores já temos a confusão diária que se forma, imaginemos com o espaço deles sendo reduzido para a implementação desse meio de transporte, obviamente se teria um novo problema em mãos.
Para isso, as políticas públicas devem alavancar o processo de mudança do paradigma da priorização do automóvel através do planejamento e implantação de infraestruturas adequadas à caminhada e à utilização 	da bicicleta, buscando calçadas e rotas urbanas 	acessíveis, ciclovias e/ou ciclofaixas seguras e 	agradáveis, bem como equipamentos urbanos 	destinados aos usuários de bicicletas como 	paraciclos, bicicletários e pontos de apoio aos 
 ciclistas, oferecendo acessibilidade a 		 diferentes destinos, sempre 			 integrados ao sistema viário e ao 		 transporte público de passageiros. 			
13
Ainda visualizando a figura, vemos a dificuldade dos deficientes físicos, que se locomovem por meio de cadeiras de rodas. Embora a cidade tenha um número considerável de rampas de acesso e vagas de estacionamento prioritário, os usuários dessa modalidade sofrem uma grande frustração ao se depararem com rampas que dão acesso a ruas que estão em desnível com a calçada, tornando-a assim, totalmente ineficiente para sua criação, perdendo o uso exigido e fundamental que é necessário para um cadeirante realizar seu deslocamento. 
Em São José do Rio Preto – SP apenas a região central conta com piso podotátil, essencial para o deslocamento de deficientes visuais, ou seja, tais usuários têm sua caminhabilidade delimitada a áreas centrais e ainda assim, como visto na figura 4, enfrentam obstáculos indesejados fruto da falta de responsabilidade e conscientização da importância de manter tal trajeto livre de obstáculos que possam atrapalhar seu deslocamento. 
14
É importante inserir
o acesso a caminhabilidade ilimitada como uma lógica de direito básico, não podendo assim ser vista como um serviço prestado a população, muito menos enxergado como um favor do poder público aos munícipes, trata-se portanto de um direito essencial de todo contribuinte que deve ser cobrado diariamente pela sociedade e aperfeiçoado de acordo coma s necessidades de cada localidade pelo estado.
A caminhabilidade é um aspecto fundamental para o desenvolvimento do país, visto que todos os trabalhadores se utilizam de algum meio para chegar a seu serviço e contribuir de forma sustentável e eficiente para a evolução do país.
15
Funcionalidade: devem conectar os principais focos de geração – atração de viagens, sem desvios ou esperas desnecessárias. Especialmente importante, neste sentido, é a conexão “caminhável” às estações e paradas de transporte público, assim como aos centros de emprego, escolas, comércio, diversão, centros culturais etc.
Atratividade: Por atravessar zonas animadas ou de atividade intensa, ou pelas vistas e panoramas que proporcionam, ou ainda pelo ritmo e concentração de pontos de interesse, monumentos etc. 
Conforto: devem ser amplos, bem pavimentados, declividades moderadas, pouco ruidosos, com zonas de sombra e proteção frente à chuva, e dotados de equipamentos públicos (bancos, telefones etc.). 
Segurança: devem proporcionar segurança tanto em relação aos veículos (com separação de calçada, cruzamentos preferenciais etc.) como a possíveis situações de baixa sociabilidade e insegurança (através de itinerários vigiados, ausência de lugares ocultos, implantação de iluminação pública etc.). 
Como forma de definir os itinerários caminháveis, o professor Julio Pozueta, cita os principais requisitos:
(Pozueta, Julio - DUyOT-ETSAM-UP - em La ciudad paseable) 
16
1. Somos todos pedestres em deslocamentos obrigatórios ou à passeio. 
2. Tornam-se mais seguras as ruas com a presença de pessoas. 
3. Muitos são obrigados a caminhar; outros escolhem fazê-lo. 
4. É barato. 
5. É bom para os negócios (comércio, turismo etc.). 
6. Qualquer outro modo de deslocamento exige caminhar. 
7. É bom para o meio ambiente. 
8. Pode reduzir a demanda de infraestruturas de transporte. 
9. Pode melhorar a saúde das pessoas. 
10. Melhora a qualidade de vida (independência, sociabilidade etc.). 
Com isso torna-se, também, essencial citar o artigo “10 razões para promover o deslocamento a pé” :
(SANDT, L. et al. A residente’s guide for creating safe and walkable communities. Washington: FHWA, 2008.) 
17
CONCLUSÃO
Entendemos com isso que os espaços públicos estão degradados devido ao fluxo intenso de veículos que transportam apenas um passageiro, transportes individuais
Já para os usuários que optam pelo transporte coletivo na intenção de fugir de grandes congestionamentos há o difícil acesso a esses meios, seja por ausência de linhas que atendam determinada região, seja por superlotação de ônibus e terminais que acabam gerando a mesma sensação de desconforto que um veículo individual preso em um engarrafamento.
Então é ai que entra a intenção da caminhabilidade, proporcionar as pessoas, independentemente de suas limitações físicas ou financeiras, a sensação de segurança ao caminhar, restabelecendo uma necessidade básica humana a muito tempo deixada de lado pela falta de segurança.
18
São necessárias medidas que recuperem a confiança no caminhar e consequentemente influenciem na redução da frota de veículos, para isso algumas alternativas poderiam ser destacadas, dentre elas podemos citar o melhoramento das calçadas, estabelecendo a visão de que quem se move somos nós e não o carro, nós temos que ir de um ponto ao outro, não nosso veículo.
Outra medida que visa diminuir o trafego intenso de veículos. Cada região precisa ter critérios elaborados especificamente para atender as suas demandas e receber um correto acompanhamento do funcionamento dessas alternativas e soluções que visem a melhora na caminhabilidade e consequentemente, com o menor uso de veículos, na sustentabilidade desses grandes centros urbanos.
19
Transporte Gratuito
Tallin, Estônia – 420 mil habitantes
Estimativa de redução anual: R$ 38.808.00,00 – R$ 92,40 por pessoa
Sydnei, Austrália
Principais linhas são gratuitas. A primeira percorrendo o coração da cidade que conta com um grande centro comercial, a outra cruzando a região que possui alta taxa de escolas e hospitais
Baltimore, EUA
Ônibus Gratuitos e híbridos – 600 mil habitantes
Estimativa de redução anual: R$ 38.808.000,00 – R$ 92,40 por pessoa
Brasil
Agudos – SP
Extinguiu tarifa de R$ 2,40 em 2011, uso dos ônibus aumentou em 60%
Porto Real – RJ
Aboliu tarifa de R$ 0,50 em 2011, aumentou linhas de ônibus – 16 mil habitantes, 3 mil utilizam diariamente o transporte coletivo.
Soluções possíveis:
20
Transporte Gratuito
Adotar faixas de veículos em que só podem trafegar automóveis com mais de duas pessoas, sendo necessário que haja fiscalização e punição para os infratores.
Instalar pedágios nas áreas centrais.
Londres – R$ 35,00 por dia
Cingapura – uso de ônibus, aumento de 15%, engarrafamentos reduzidos em 40%
Limite de veículos por pessoa
Licença veicular chegando a custar até 21 mil reais
Atualmente menos de 30% das famílias possuem carro
São Paulo - pretende implantar um pedágio nas avenidas marginais da cidade para reduzir o tráfego e aumentar a arrecadação municipal.
Soluções possíveis:
21
22
Obrigado!
23

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais

Materiais recentes