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TENSÕES NOS SOLOS - CAPILARIDADE Bacharelado em Engenharia Civil Elaurie Favalessa Jefferson Oliveira Heliton Roberto Vilella Luidi Augusto L. da Silva Rafael Montarini Galisteu Sônia Mara de Sá SEMINÁRIO INTRODUÇÃO Solo Trifásico : Sólidos, água, ar Transmissão de esforços Importância de se conhecer as tensões presentes no solo ao se apoiar uma carga Analisar previamente e posteriormente o comportamento do solo com suas respectivas tensões Informar a respeito da Capilaridade Deformações devido a compressão, compressibilidade e adensamento Elasticidade e Plasticidade Reologia OBJETIVO Este trabalho tem como finalidade aprofundar o estudo das propriedades físicas dos solos, demonstrando situações com tensão em meios particulados e devido ao peso próprio, pressões, a ação da água no solo, e as deformações que ocorrem no mesmo. Definindo assim, alguns aspectos teóricos, buscando apontar como e quando esses fenômenos se tornam possíveis de ocorrer. 1. CONCEITO DE TENSÕES NUM MEIO PARTICULADO Em grande parte dos problemas de engenharia de solos, é necessário o conhecimento do estado de tensões em pontos do subsolo, antes e depois da construção de uma estrutura qualquer. As tensões na massa de solo são causadas por cargas externas ou pelo próprio peso do solo. Conceito de tensões num meio particulado os solos são constituídos por partículas e as forças são transmitidas de partícula a partícula e suportadas pela água dos vazios. A maneira na qual as forças são transmitidas entre as partículas é muito complexa e depende do tipo de mineral. Granulares Argilosas Figura 1 Figura 2 2. TENSÕES DEVIDAS AO PESO PRÓPRIO DO SOLO Em uma situação de tensões geostáticas, portanto, a tensão normal vertical inicial( ) no ponto “A” pode ser obtida considerando o peso do solo acima do ponto “A” dividido pela área. onde: P = (peso do prisma) V = (volume do prisma) A = (área do prisma) = peso específico natural do solo Na figura 2 abaixo veremos um solo composto de várias camada horizontais e a tensão será o somatório do efeito das diversas camadas. Figura 2- Tensões totais verticais no subsolo. Pinto (2000) 3. PRESSÃO NEUTRA E CONCEITO DE TENSÕES EFETIVAS Pressão neutra (μ): é a pressão da água ou poro-pressão é originada pelo peso da coluna d’água no ponto considerado. Terzaghi chegou a conclusão que a tensão total num plano qualquer deve ser considerada como a soma das suas parcelas: 1) A tensão efetiva que é a é a tensão suportada pelos grãos do solo. 2) A pressão neutra ou poro-pressão é a pressão da água. Terzaghi estabeleceu o Princípio das Tensões Efetivas: “Se a tensão total num plano aumentar, sem que a pressão da água aumente, as forças transmitidas pelas partículas nos seus contatos se alteram, as posições relativas dos grãos mudam” O aumento de tensão foi efetivo! http://images.slideplayer.com.br/5/1612903/slides/slide_12.jpg Terzaghi estabeleceu o Princípio das Tensões Efetivas,que pode ser expresso em duas partes: 1) A tensão efetiva, para solos saturados, pode ser expressa por: 2) Todos os efeitos mensuráveis resultantes de variações de tensões nos solos, como compressão, resistência ao cisalhamento são devido a variações de tensões efetivas”. 4. AÇÃO DA ÁGUA CAPILAR NO SOLO A água pode entrar no solo de variar formas. A água retida no solo pode ser classificada como: - Gravitacional - Água Capilar - Água Higroscópica A propriedade do solo de atrair e reter a água no estado líquido e em forma de vapor são o resultado da ação conjunta e complexa de uma série de fatores. Nessa interação solo-água, verifica-se a influência das forças de adsorção do solo: Adesão e Coesão Fatores que afetam a retenção de água pelo solo: - Textura e tipo de argila - Matéria Orgânica: *Efeito direto *Efeito indireto - Estrutura do solo O teor de umidade no solo é, muitas vezes, o fator mais importante ao se verificar as características de engenharia do solo Além das forças de adsorção, deve-se considerar ainda que no solo, o espaço poroso é bastante semelhante a tubos capilares, aparecendo também na retenção de água pelo solo a ação dos fenômenos de capilaridade. 5. DEFORMAÇÕES Definição de Deformação: As cargas de uma determinada estrutura ou, por exemplo, da construção de um aterro, são transmitidas ao solo gerando uma redistribuição dos estados de tensão em cada ponto do maciço, a qual irá provocar deformações em maior ou menor intensidade, em toda área nas proximidades do carregamento, que por sua vez, resultarão em recalques superficiais. Compressão (ou expansão): É o processo pelo qual uma massa de solo, sob a ação de cargas, varia de volume (“deforma”) mantendo sua forma. Adensamento: Processo dependente do tempo de variação de volume (deformação) do solo devido à drenagem da água dos poros. Principais Causas das Deformações. • Compressão das partículas sólidas; • Compressão dos espaços vazios do solo, com a consequente expulsão da água (no caso de solo saturado); • Compressão da água (ou do fluido) existente nos vazios do solo. Tipos de Deformação Todos os materiais sofrem deformação quando sujeitos a uma mudança de esforço. A deformação dos solos, principalmente os solos finos, não é instantânea. Recalques diferenciais provocam nas estruturas esforços adicionais que comprometem à sua própria estabilidade. 6. ELASTICIDADE E PLASTICIDADE ELASTICIDADE Elasticidade é o fenômeno do aparecimento de deformações imediatas e reversíveis. (Apostila de MC da UFPR). Classifica-se um material como elástico quando a energia dissipada após um ciclo de carregamento-descarregamento é nula e assim, como pode ser visto na Fig. 1.1, as deformações envolvidas no processo são totalmente reversíveis. É importante ressaltar que um material elástico pode apresentar uma curva tensão-deformação linear ou não linear. . FIGURA 1.1 - Características do comportamento tensão-deformação de um material elástico linear – Fonte: Apostila de Mecânica dos Solos I – USP a) Elasticidade Linear O primeiro modelo constitutivo utilizado para solos baseou-se na teoria da elasticidade linear, a partir da relação entre tensão (σ) e deformação (ε), formulada por Hooke em 1678. σ = E ⋅ ε onde σ é a tensão, ε é a deformação e E é um parâmetro do material denominado módulo de elasticidade. Esta equação é representada pela Fig.1.2 b) Elasticidade não-linear O modelo apresentado no item anterior tem como característica principal a representação do comportamento elástico dos materiais através de um valor constante para o módulo de elasticidade. Contudo, os solos apresentam um comportamento tensão-deformação não-linear, de acordo com a Fig.1.2 sendo assim, o seu módulo de elasticidade é variável com a variação do seu estado de tensão. (Material didático USP) FIGURA 1.2 - Características do comportamento tensão-deformação de um material elástico não-linear – Fonte: Apostila de Mecânica dos Solos I – USP. PLASTICIDADE A plasticidade pode ser definida em Mecânica dos Solos, como a propriedade que um solo tem de serem moldados, sob certas condições de umidade, sem variação de volume experimentar deformações rápidas, sem que ocorra variação volumétrica apreciável e ruptura, Trata-se de umas das mais importantes propriedades das argilas (Homero Pinto Caputo, 6ª edição). As três características essenciais da plasticidade são: um critério de escoamento ou plastificação, uma lei de fluxo e uma lei de endurecimentoou encruamento. LODI, P.C (1998). Figura 1.3 - Comportamento elastoplástico de um metal. Atkinson & Bransy (1978). Fonte – Tese de doutorado . LODI, P.C (1998). Para solos, a distinção entre deformação recuperável e irrecuperável é melhor ilustrada pelo comportamento que se observa durante uma compressão isotrópica. A figura 1.3 ilustra o comportamento de uma argila sob carregamento e descarregamento isotrópico. Figura 1.3 – Comportamento elastoplástico de uma argila em um ensaio de compressão isotrópica. Atkinson & Bransby (1978). Fonte: Tese de doutorado . LODI, P.C (1998). 7. REOLOGIA Definições Tipos de Reologia Macro Reologia FLUIDOS NEWTONIANOS E FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS INSTRUMENTOS PARA MEDIR A REOLOGIA CONCLUSÃO Após a realização desse trabalho, vimos que o solo está exposto a vários tipos de tensões e deformações. Entendemos que o solo ao sofrer solicitações se deforma, modificando o seu volume e forma iniciais. A magnitude das deformações apresentadas pelo solo irá depender de suas propriedades elásticas e plásticas, da situação e do carregamento a ele imposto. O conhecimento das tensões atuantes em um maciço de terra é de vital importância no entendimento do comportamento de praticamente todas as obras de Engenharia Civil. REFERÊNCIAS Tensões nos Solos. Disponível em: < ftp://ftp.ifes.edu.br/cursos/Transportes/CelioDavilla/Solos/Literatura%20complementar/Apostila%20FURG%20Solos/10-%20TENSOES_NO_SOLO.pdf > Acesso em: 22/03/2015. Tensões na Massa de Solo. Disponível em: < http://www.cesec.ufpr.br/docente/andrea/MEcSolosAvan/PPGCC/TensAula1.pdf > Acesso em: 23/03/2015. PINTO, Carlos de Souza. Curso Básico de Mecânica dos Solos, 3 ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos Solos e suas Aplicações. 6 ed. Rio de Janeiro. Mecânica dos Solos III Disponível em: < http://www.engenhariaconcursos.com.br/arquivos/MecDosSolos/mecdossolosII.pdf > Acesso em: 25/03/2015. Mecânica dos Solos. Tensões nos Solos. Disponível em: < http://slideplayer.com.br/slide/1795431/ > Acesso em: 25/03/2015 A água no Solo. Disponível em: < http://www.dcs.ufla.br/site/_adm/upload/file/pdf/mozart/aula5.pdf > Acesso em: 27/03/2015. Compressibilidade e Adensamento. Disponível em: < http://www.ufjf.br/nugeo/files/2009/11/04-MS-Unidade-03-Compressibilidade-e-Adensamento-2013.pdf > Acesso em: 28/03/2015. Compressibilidade e Adensamento. Disponível em: < http://www.civilnet.com.br/Files/MecSolos2/Compressilidade%20e%20Adensamento.pdf > Acesso em: 28/03/2015. Apostila de Material de Construção da UFPR, pg. 11. LODI, P.C (1998) – Pg. 11 – Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos. Apostila de Mecânica dos Solos I – USP. Disponível para download em: < https://www.passeidireto.com/arquivo/2060451/apostila-mecanica-dos-solos-i---usp > Acesso em: 30/03/2015. Reologia. Disponível em: < http://www.fisicadosolo.ccr.ufsm.quoos.com.br/downloads/Disciplinas/FisicaSolo/SEM_Reologia_solo.pdf > Acesso em: 31/03/2015.
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