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Atividades Esportivas para Pessoas com Deficiência Física 
 
 
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ATIVIDADES ESPORTIVAS PARA PESSOAS 
COM DEFICIÊNCIA FÍSICA: 
ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTES PARA PESSOAS COM 
DEFICIÊNCIA FÍSICA 
 Profa. Msa. Márcia da Silva Campeão 
 
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO 
 
Atualmente, muito se tem escrito e discursado sobre Inclusão 
Social, principalmente no que se refere à Inclusão Escolar, devido às 
diversas exigências legais, tais como o faz a LDB nº 9394/96, no seu Art. 
4º Inciso III, que defende claramente o atendimento especializado gratuito 
aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede 
regular de ensino. Portanto, as aulas de Educação Física não se 
encontram à parte desse contexto, muito pelo contrário, é preciso situar, 
analisar e discutir o quadro social e educacional; e, principalmente, as 
questões morais e éticas dos desafios que os profissionais de Educação 
Física estão enfrentando em face da política de inclusão. Mesmo porque a 
inclusão não deve ser encarada como uma questão de exigência legal, 
mas, sobretudo, como um fator de disponibilidade e afeto, de consciência 
plena das diferenças individuais e de respeito a estas. A inclusão deve 
visar à vida, à real condição de vida, e não somente ao momento escolar. 
Para Carmo (2002), essa nova exigência “inclusivista” tem deixado 
os dirigentes educacionais, assim como a maioria dos professores, 
confusos diante da obrigação de terem que trabalhar, no mesmo espaço e 
tempo, com crianças que apresentam as mais diferentes formas de 
habilidades, capacidades, comportamentos e histórias de vida. Diferenças 
estas que sempre existiram, porém foram negadas ou desconsideradas 
pela maioria dos educadores, causando, assim, dentre outros problemas, 
a falta de motivação e interesse pelas aulas, falta de participação, com 
consequente evasão escolar e baixo rendimento por parte daqueles que 
não correspondem às expectativas. Esse quadro gera desafios a serem 
solucionados. Atualmente as propostas caminham na direção da inclusão 
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em todas as áreas, tais como, na educação, no trabalho, nos esportes, no 
lazer. Para tanto, sugerimos que haja um consenso na compreensão e 
aceitação do modelo de deficiência social, que transfere a 
responsabilidade pelas desvantagens dos deficientes, das limitações 
corporais dos indivíduos, para a sociedade, em sua incapacidade de 
prever e se ajustar à diversidade. 
Nossa proposta de trabalho destaca as características dos diversos 
tipos de deficiência física, os principais problemas relacionados com a 
prática de atividades físicas e esportes para pessoas com deficiência 
física, assim como sugere adaptações para facilitar o acesso a essas 
práticas, nos seus diversos níveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1111---- O QUE É DEFICIÊNCIA FÍSICA?O QUE É DEFICIÊNCIA FÍSICA?O QUE É DEFICIÊNCIA FÍSICA?O QUE É DEFICIÊNCIA FÍSICA? 
 
Muitas têm sido as definições utilizadas para definir deficiência 
física, mas, do ponto de vista prático, deficiência física caracteriza-se por 
um distúrbio da estrutura anatômica ou da função que interfere na 
movimentação e/ou locomoção do indivíduo (Telford & Sawrey, 1978). 
Tendo em vista a variedade e a complexidade das deficiências 
físicas existentes, destacaremos algumas características gerais, com a 
preocupação de não generalizarmos os quadros, enfatizando apenas as 
deficiências físicas mais comuns, com um foco mais aprofundado na 
Paralisia Cerebral. 
O critério de escolha dos tipos de deficiência física apresentados 
relaciona-se com as que apresentam maior chance de serem encontradas 
no nosso cotidiano de professores de educação física, na rede regular de 
ensino, ou mesmo, em classes especiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2222 –––– CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO 
DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICASDAS DEFICIÊNCIAS FÍSICASDAS DEFICIÊNCIAS FÍSICASDAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS 
 
2.1 Quanto à natureza: 
a) Ortopédicas – São as deficiências que se referem aos 
problemas dos músculos, ossos e/ou articulações. 
b) Neurológicas – São as deficiências que se referem às 
deteriorações ou lesões do sistema nervoso central. 
b.1 - Quanto ao período em que ocorreu a lesão: 
▪ congênitas ou adquiridas 
 ▪ pré-natais – durante a gestação 
▪ Peri-natal – no momento em que acontece o nascimento 
 ▪ pós-natal – após o nascimento 
b.2 - Quanto à evolução: 
 ▪ progressivas 
 ▪ permanentes ou crônicas 
 
 
 
 
 
 
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3333 –––– PRINCIPAIS TIPOS PRINCIPAIS TIPOS PRINCIPAIS TIPOS PRINCIPAIS TIPOS 
DE DEFICIÊNCIAS FÍSICASDE DEFICIÊNCIAS FÍSICASDE DEFICIÊNCIAS FÍSICASDE DEFICIÊNCIAS FÍSICAS 
 
▪ Paralisia Cerebral - (PC) 
▪ Traumatismo Crânioencefálico - (TCE) 
▪ Lesões Medulares – (L M) 
▪ Poliomielite (paralisia infantil) 
▪ Distrofia Muscular 
▪ Espinha Bífida 
 ▪ Amputações 
 
3.1 – Paralisia Cerebral 
Também denominada Encefalopatia Crônica da Infância, 
apresenta um grupo de sintomas incapacitantes permanentes, resultantes 
de danos nas áreas do cérebro responsáveis pelo controle motor. É um 
problema não-progressivo. Dependendo do local e da magnitude do dano 
cerebral, os sintomas podem variar bastante, desde os severos 
(incapacidade total de controlar os movimentos corporais), até os mais 
leves (somente uma pequena dificuldade na fala). Costuma vir 
acompanhada de lesões em outras áreas e por isso é muitas vezes 
considerada uma deficiência múltipla. 
 
▪ Incidência 
O quadro geral aceito da incidência de paralisia cerebral ao 
nascimento é de 7 por 1.000. Desse número, estima-se que uma criança 
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morre, duas são hospitalizadas e quatro necessitam de tratamento 
especial. 
 
▪ Etiologia 
As causas da PC são inúmeras e muitas vezes desconhecidas. 
Podem ser de origem pré-natal, peri-natal e pós-natal. Para Souza (1998), 
a maior causa da PC no nosso meio é a anóxia perinatal, devido a um 
trabalho de parto anormal ou prolongado. 
 
▪ Características dos tipos de Paralisia Cerebral 
 - Classificação por tipo clínico - Essa classificação tenta especificar o tipo 
de alteração de movimento que a criança apresenta: 
 
Tipo Espástico – lesão no córtex 
Segundo Souza (1998), é o tipo mais comum da paralisia 
cerebral, situando-se a sua incidência em torno de 75%. Tônus muscular 
é entendido como grau de tensão em um grupo muscular, que pode ser 
sentido na palpação e quando o alongamos ou encurtamos passivamente. 
Como a espasticidade predomina em alguns grupos musculares e não em 
outros, o aparecimento de deformidades articulares nesse grupo de 
paralisia cerebral é comum. 
 
Características Motoras: (Levitt, 2001) 
Hipertonia davariedade faca-de-mola. Se os músculos espásticos são 
alongados com uma velocidade determinada, eles respondem de maneira 
exagerada. Eles se contraem, bloqueando o movimento. Esse reflexo de 
estiramento hiperativo pode ocorrer no início, meio ou fim da amplitude de 
movimento. 
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Posturas anormais: Elas estão normalmente associadas aos músculos 
anti-gravitacionais, que são extensores, nas pernas, e flexores, nos 
braços. As posturas anormais são mantidas por grupos musculares 
firmemente espásticos, cujos antagonistas estão fracos, ou 
aparentemente fracos, no sentido de que não conseguem vencer a ação 
firme dos músculos espásticos e, assim, corrigir as posturas anormais. 
Mudanças na hipertonia e posturas: Podem ocorrer com excitação, medo 
ou ansiedade, que aumentam a tensão muscular. A posição da cabeça e 
pescoço pode afetar a distribuição da hipertonia. Movimentos súbitos, 
mais do que movimentos lentos, aumentam a hipertonia. 
Movimento voluntário: Espasticidade não significa paralisia. O movimento 
espástico está presente e pode ser obtido. Pode haver fraqueza na 
iniciação do movimento, ou durante o movimento em diferentes momentos 
de sua amplitude. 
 
Características Gerais: (Levitt, 2001) 
1º) A inteligência varia, mas pode ser mais afetada que em criança com 
outro tipo de paralisia cerebral. 
2º) Problemas perceptivos, especialmente nas relações espaciais, são 
mais comuns nesse tipo de paralisia. 
3º) Perda sensorial ocasionalmente ocorre na criança com hemiplegia. 
Pode haver uma perda de campo visual e falta de sensação na mão. O 
crescimento dos membros hemiplégicos pode ser menor que o dos 
membros do lado não-afetado. 
4º) Anormalidades da caixa torácica e respiração pobre podem ser 
encontradas. 
5º) Epilepsias são mais comuns do que em outros tipos de paralisia 
cerebral 
 
Tipo Atetósico – lesão nos gânglios da base 
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De acordo com Souza (1998), é o segundo tipo de Paralisia 
Cerebral mais comum no nosso meio. A lesão situa-se nos núcleos da 
base, levando ao aparecimento de movimentos involuntários, que são 
classificados como: 
Atetóides: Movimentos involuntários presentes nas extremidades, lentos, 
serpenteantes, que parasitam o movimento voluntário. 
Coréicos: Movimentos involuntários presentes nas raízes dos membros, 
rápidos, que ocasionalmente impossibilitam a ocorrência do movimento 
voluntário. 
Distônicos: Movimentos atetóides mantidos, com posturas fixas, que 
podem se modificar após algum tempo. 
Nesse tipo de paralisia cerebral, as deformidades em geral não 
ocorrem ou são mais raras. São devidas à movimentação involuntária e 
poderão inverter a deformidade, após algum tempo, ou após alguma 
medida terapêutica. 
 
Características Motoras: (Levitt, 2001) 
Movimentos involuntários – atetose: esses são movimentos estranhos, 
não intencionais, que podem ser incontroláveis. Os movimentos 
involuntários podem ser rápidos ou lentos; apresentar-se em padrões 
contorcidos, espasmódicos, trêmulos, deslizantes, rotatórios, ou sem 
padrão identificável. Estão presentes durante o repouso, em algumas 
crianças. O movimento involuntário aumenta com a excitação, 
insegurança ou esforço, até mesmo para resolver um problema mental. A 
atetose diminui com a fadiga, sonolência e febre. Pode estar presente em 
todas as partes do corpo, incluindo a face e a língua, mãos e pés. 
Controle postural: Os movimentos involuntários, ou espasmos distônicos, 
podem desequilibrar a criança. 
Movimentos voluntários: São possíveis, mas pode haver uma demora 
inicial antes que sejam começados. O movimento involuntário pode 
transtornar parcial ou totalmente o movimento desejado, tornando-o 
descoordenado. 
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Hipertonia ou hipotonia: Podem existir ou pode haver flutuação do tônus. 
Pode haver distonia ou torção da cabeça, tronco ou membros. Espasmos 
súbitos em flexão ou extensão podem ocorrer. 
Dança atetóide: Alguns atetóides são incapazes de manter o peso sobre 
os pés e, continuamente, movimentam os pés para cima, ou para cima e 
para fora, em uma dança atetóide. 
Eles podem pôr o peso em um pé, enquanto deslizam o outro pé ou 
arranham o chão em um movimento de retirada. 
Paralisia dos movimentos de fixação ocular: As pessoas que apresentam 
o quadro da atetose podem achar difícil olhar para cima e, algumas vezes 
também, fechar os olhos voluntariamente. 
 
Características Gerais: (Levitt, 2001) 
1º) A inteligência é frequentemente boa e pode ser bastante elevada. 
Ocasionalmente, um prejuízo intelectual pode estar presente. 
2º) Perdas auditivas do tipo específico para altas frequências estão 
associadas à atetose causada por Kernicterus. 
3º) “Motivação” e personalidades extrovertidas são frequentemente 
observadas entre os atetóides. Labilidade emocional é mais frequente do 
que em outros tipos de paralisia cerebral. 
4º) Dificuldades de articulação da fala e problemas de respiração podem 
estar presentes. 
 
Tipo Atáxico – lesão no cerebelo 
Segundo Souza (1998), é um tipo clínico raro na Paralisia 
cerebral. Trata-se de uma incoordenação dos movimentos, de origem 
cerebelar. É mais frequente que esse tipo de PC venha associado a outro 
tipo clínico, como o espástico. O diagnóstico de ataxia é difícil, já que a 
criança apresenta uma desordem motora que dificulta os testes clássicos 
de avaliação da coordenação axial e apendicular. 
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Características motoras: (Levitt, 2001) 
Distúrbios de equilíbrio: Há uma fixação pobre da cabeça, tronco e 
cinturas pélvica e escapular. Alguns atáxicos compensam tal instabilidade, 
apresentando reações de equilíbrio excessivas com os braços. A 
instabilidade também é encontrada em atetóides e espásticos. 
Movimentos voluntários: Estão presentes, mas são desajeitados ou 
descoordenados. A criança, ao buscar um objeto, atinge aquém ou além 
dele, no que é chamado de “dismetria”. Movimentos de precisão da mão 
são pobres. 
Hipotonia: É comum. A ataxia pode estar presente também nos casos 
hipertônicos. 
 
Características Gerais: (Levitt, 2001) 
1º) Prejuízos intelectuais ocorrem, especialmente na presença de 
problemas visuais e perceptivos. 
2º) Crianças inteligentes “desajeitadas” são algumas vezes 
diagnosticadas como tendo paralisia cerebral atáxica. 
3º) Um atáxico “puro” raramente é diagnosticado. 
 
Tipo Misto 
É uma combinação do tipo espástico e atetósico. Muitas crianças 
afetadas apresentam incapacidades severas. 
 
 
 
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Classificação de Topografia 
Dependendo da parte do corpo que foi afetada, as classificações 
usadas mais frequentemente são as seguintes: 
Quadriplegia: envolvimento dos quatro membros. Dupla hemiplegia 
também é expressão usada, significando que os braços estão mais 
afetados que as pernas e que pode haver uma paralisia supra-bulbar 
congênita. 
Diplegia: Envolvimento dos quatro membros, com as pernas mais 
afetadas que os braços. 
Paraplegia: Envolvimento dasduas pernas. 
Triplegia: Envolvimento de três membros. 
Hemiplegia: Um lado do corpo é afetado. 
Monoplegia: Um membro é afetado. 
Podem ser encontrados outros termos usados por outros autores. Todos 
são termos adicionais e que podem confundir o diagnóstico, embora 
essas classificações também se baseiem no local do corpo acometido. 
De acordo com Souza (1998), a classificação por severidade do 
comprometimento motor, isto é, leve, moderado e severo ou grave, é 
geralmente usada em combinação com a classificação anatômica e a 
clínica: por exemplo, hemiparesia espástica grave. 
 
Deficiências Associadas 
Quanto ao quadro clínico da paralisia cerebral, como já 
mencionado anteriormente, as manifestações motoras constituem a 
principal característica clínica. Podem coexistir em diversas associações 
inúmeras outras manifestações, tais como, distúrbio visual e da 
motricidade ocular, déficit da acuidade auditiva, retardo do 
desenvolvimento neuro-motor, hiperatividade, déficit da atenção, distúrbio 
do comportamento, distúrbio da fala, epilepsias, distúrbios cognitivos e de 
percepção, deficiência mental e depressão. 
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A frequência de deficiência mental (DM) nos casos de PC varia 
segundo alguns autores. Ellemberg e Nelson (1981) encontraram 41% de 
crianças com DM, Hagberg et al. (1975), referem que a taxa de DM varia 
de 0.4 a 0.8 por 1.000 nascidos vivos. Esses autores fizeram divisão de 
seus casos de PC segundo os tipos clínicos de PC e encontraram 
porcentagens variáveis de DM: na forma hemiplégica, 15% das crianças 
eram portadoras de DM; na forma tetraplégica, 100% eram severamente 
retardadas; na forma diplégica, 30% dos casos apresentam diferentes 
graus de DM; na forma atáxica, 52% das crianças eram normais; na forma 
atetósica, 95% eram normais e nas formas mistas, taxas de 38% a 71% 
foram consideradas normais. 
Stanley (1979) agrupou DM, epilepsia, déficit visual e déficit 
auditivo em um único grupo de distúrbios em crianças com PC. Encontrou 
taxas de 21% a 34% de comprometimento, segundo o grupo etário e o 
período estudado. Quanto à presença de epilepsia em crianças com PC, 
aproximadamente 25% têm algum tipo de manifestação epilética. 
Segundo Shephered (1979), esses distúrbios associados, podem 
ser primários, causados pela lesão, ou secundários, que são resultantes 
de movimentos alterados, dos fatores ambientais e das atividades não 
vivenciadas pela criança, como por exemplo, o uso da mão para alcançar, 
agarrar, manipular objetos e a exploração de seu próprio corpo. 
A pouca referência visual, pode ser responsável, por exemplo, 
pelas alterações do esquema corporal e da orientação no espaço, 
interferindo no modelo motor, no processo cognitivo, na questão afetiva e 
na interação com o ambiente. Os problemas auditivos, visuais e da fala 
podem, por sua vez, afetar o processo cognitivo, acarretando novos 
problemas no desenvolvimento geral da criança. (Duarte, 1985). 
Nem toda criança apresenta algumas ou todas essas deficiências 
associadas. Mesmo que as deficiências fossem apenas físicas, a pobreza 
de movimentos resultante impediria a criança de explorar o ambiente 
completamente. Ela está, portanto, limitada na aquisição de sensações e 
percepções das coisas cotidianas. Uma criança pode, então, aparentar 
distúrbios de percepção que não sejam necessariamente orgânicos, mas 
causados pela falta de experiência. A mesma falta de experiências 
cotidianas retarda o desenvolvimento da linguagem e afeta a fala da 
criança. Sua compreensão geral pode sofrer, de maneira que ela aparenta 
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ser mentalmente retardada. Isso pode ir longe, a ponto de uma 
inteligência normal ser camuflada por uma deficiência severa. 
Além disso, a falta de movimento pode afetar o comportamento 
geral da criança. Assim, alguns comportamentos anormais podem ser 
decorrentes da falta de experiências sociais e emocionais satisfatórias 
para as quais o movimento é necessário. (Levitt, 2001). 
 
▪ Considerações Gerais: 
A paralisia cerebral não é uma doença. O seu controle está 
voltado para amenizar os sintomas provocados pelo dano cerebral e 
ajudar a criança a atingir o seu potencial máximo de crescimento e 
desenvolvimento. Do ponto de vista educacional, é altamente 
recomendável uma abordagem em que os profissionais de saúde e 
educação trabalhem em conjunto com os pais. 
 
3.2 Traumatismo Crânio Encefálico – TCE 
Significa uma lesão cerebral que pode reduzir ou alterar o estado 
de consciência e provocar o comprometimento das funções físicas, 
cognitiva, social, comportamental e emocional. Pode ser causado por 
acidentes com veículos motorizados, em esportes, ou na recreação, 
agressões e quedas acidentais. Os acidentes automobilísticos são a 
principal causa, seguidos pelas quedas e, em terceiro lugar, pelas 
agressões. 
 
▪ Incidência 
O TCE é a principal causa de morte e deficiência em crianças e 
adultos jovens com menos de 45 anos (Brain Injury Association, 1997). As 
lesões na cabeça são dez vezes mais frequentes que as da medula 
espinhal. A maior taxa de incidência de lesão ocorre entre homens jovens, 
com idade entre 15 e 24 anos. 
 
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▪ Classificação 
- Lesão aberta: causada por acidente, ferimento à bala ou golpe, 
provocando lesão visível. 
- Lesão fechada: causada por uma sacudida forte, falta de 
oxigênio e hemorragias cranianas. 
O TCE pode variar de muito leve a grave. O grave caracteriza-se 
por um estado prolongado de inconsciência (coma) e uma série de 
limitações funcionais, após a reabilitação. 
 
▪ Considerações Gerais 
No caso de crianças em idade escolar, o programa de reabilitação 
tem preferência em relação à escola, cujos funcionários devem ser 
convidados a visitar o hospital e observar o programa terapêutico do 
aluno, assim que for clinicamente possível, promovendo-se as adaptações 
necessárias para dar continuidade à evolução do tratamento e do preparo 
da conduta escolar. 
 
3.3 Lesões Medulares 
A medula espinhal é uma coluna canelada de, aproximadamente, 
45 cm de comprimento e 1 cm de diâmetro. Geralmente são 31 pares de 
nervos espinhais que provêm da medula espinhal e saem do canal 
vertebral através de forames. As lesões medulares são problemas que 
decorrem de uma lesão ou doença nas vértebras e/ou nos nervos da 
coluna vertebral. Quase sempre estão associadas a certo grau de 
paralisia, devido ao dano na medula espinhal. O grau de paralisia 
depende do local da lesão na coluna vertebral e do número de fibras 
nervosas destruídas em consequência dessa lesão. A perda é 
permanente, já que a medula espinhal não tem capacidade de regenerar-
se. 
 
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▪ Natureza da lesão 
Dependendo do tipo de agressão, pode ser: 
- Completa: quando não existe nenhuma função motora ou 
sensitiva abaixo do nível da lesão. 
- Incompleta: quando existe alguma função residual, motora ou 
sensitiva abaixo do nível da lesão. 
Quando afeta a região cervical, a lesão caracteriza uma 
tetraplegia ou uma tetraparesia (acometimento dos quatro membros). 
Quando afeta a região torácica, lombar ou sacral caracteriza uma 
paraplegia ou paraparesia(lesão dos membros inferiores e/ou tronco). 
 
▪ Considerações Gerais 
Normalmente, as atividades recreativas e esportivas são 
empregadas para aconselhamento e terapia, como um motivo para se 
trabalhar intensamente, e também como distração. O professor de 
educação física pode prever necessidades nas áreas de imagem corporal, 
de força na parte superior do tronco, amplitude de movimento, resistência 
e tolerância à cadeira de rodas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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▪ Problemas associados 
Úlceras por pressão 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Prevenção 
Manter mobilidade 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Conhecer para prevenir 
 - Certificar-se do esvaziamento da bexiga e intestino antes das 
atividades. 
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 - Observar os locais de maior contato com a cadeira de rodas (glúteos e 
costas), para ver se não há a formação de escaras. 
 - Observar o horário dessas atividades, para que não sejam na hora mais 
quente do dia. 
 
3.4 Poliomielite 
Também conhecida como pólio, é uma paralisia causada por 
infecção viral, provocada por um vírus denominado poliovírus. Esse vírus 
ataca a substância cinzenta da medula, destruindo as células motoras. O 
controle do intestino e da bexiga, assim como a sensibilidade nos 
membros comprometidos, não é afetado por esse problema. 
 
▪ Incidência 
Atualmente, a ocorrência de pólio em crianças em idade escolar é 
pequena, devido à ampla utilização da vacina Salk. Embora os casos de 
pólio não sejam comuns, muitos indivíduos que já tiveram a doença 
apresentam, em épocas posteriores, uma recorrência dos sintomas, 
conhecida como síndrome pós-pólio, geralmente de 35 a 40 anos depois 
do primeiro surgimento da doença. 
 
▪ Considerações Gerais 
Dependendo do acometimento acarretado pela pólio no indivíduo, 
podem-se trabalhar suas potencialidades através de exercícios, com o 
objetivo de quebrar as tensões, permitindo assim, uma exploração e o 
manuseio do seu esquema corporal, melhorando o sedentarismo e 
sequelas secundárias. 
 
 
 
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3.5 Distrofia Muscular 
A distrofia muscular progressiva é uma doença hereditária de 
causa desconhecida, caracterizada pela degeneração dos músculos 
estriados. 
A distrofia muscular pseudo-hipertrófica ou distrofia muscular de 
Duchenne (DMD) é a que evolui mais rapidamente, a mais grave e a mais 
conhecida. É transmitida para ambos os sexos, mas compromete 
predominantemente o sexo masculino. 
 
▪ Evolução 
- início dos sintomas entre 3 e 5 anos. 
- fraqueza muscular progressiva. 
- hipertrofia da panturrilha. 
- perda da deambulação por volta dos 9 aos 11 anos. 
- fraqueza muscular generalizada. 
- insuficiência respiratória antes da terceira década. 
 
▪ Considerações Gerais 
É uma das doenças mais incapacitantes e mais graves da 
infância, visto que mais da metade dos casos situa-se entre os 4 e 15 
anos. Essas pessoas podem se cansar facilmente, sobretudo se 
executarem atividades que envolvam grandes grupos musculares por 
longo período de tempo. Esse cansaço pode fazer com que a pessoa 
fique frustrada, levando a um prejuízo do desempenho e da autoestima. 
Para evitar isso, o professor deve permitir períodos de descanso e 
substituição de jogadores em atividades relacionadas à resistência. O 
risco de problemas de saúde é muito grande, quando não é considerado 
pelo professor o nível tolerável de intensidade e duração das atividades. 
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3.6 Espinha Bífida 
 É uma alteração do fechamento de um ou mais arcos vertebrais, 
que pode resultar em distúrbios neurológicos, além de desvios da 
estrutura óssea. 
 
▪ Tipos 
- Oculta: geralmente é assintomática, detectada em exame de raios-X. 
Torna a estrutura da coluna vertebral menos resistente, fazendo o 
indivíduo mais propenso a sofrer deslizamento de vértebras, razão pela 
qual deve evitar carregar pesos excessivos. 
- Meningocele: quando a meninge passa pelo defeito da coluna vertebral, 
fazendo uma saliência, onde se forma um tumor com protrusão sacular 
junto à coluna. Raramente está associada com déficit neurológico. Seu 
único problema é a ruptura do saco e infecção. 
- Mielomeningocele: quando se forma uma protrusão sacular contendo 
meninges, líquor, porções medulares e fibras nervosas, levando quase 
sempre a lesões medulares parciais ou totais. 
 
 
 
 
 
 OCULTA MENINGOCELE MIELOMENINGOCELE 
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▪ Incidência 
 As estatísticas mostram uma incidência de um a três casos em 
cada 1.000 nascimentos. A mielomeningocele é uma das mais comuns 
malformações congênitas e uma causa de frequente incapacidade durante 
a infância. 
 
▪ Considerações Gerais 
 Os professores de educação física da escola devem auxiliar os 
outros professores a avaliar as capacidades percentual e motora das 
crianças com meningomielocele. Muitas são capazes de participar de 
atividade em grupo, entretanto, algumas apresentam problemas de 
percepção, lateralidade e direção. 
 
3.7 Amputações 
 Podem ser definidas como a remoção de um membro ou parte 
dele. 
 
▪ Classificação 
- Congênita: ausência de uma parte ou todo o membro. 
- Tumor: em alguns casos, a amputação pode ser necessária para 
interromper uma doença maligna. 
- Trauma: acidentes de carros, com armas de fogo e com maquinário 
pesado. 
- Doenças: que causam problemas circulatórios, como diabetes e 
arteriosclerose. 
 
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▪ Causas 
 - As causas mais comuns de amputação dos membros inferiores e 
superiores são de ordem vascular, por tumores e traumas decorrentes de 
acidentes em diversas situações. 
 - A causa mais comum das amputações provocadas por eventos 
vasculares é a diabetes e o tabagismo. 
 
▪ Considerações Gerais 
Os indivíduos amputados não sofrem muitas restrições quanto à 
prática de atividade física, desde que estejam preparados, principalmente, 
psicologicamente. A falta de membros, tanto superiores, como inferiores, 
pode afetar o nível de habilidade motora. É recomendado que, antes de 
se iniciar um programa de atividade física com pessoas amputadas, haja 
uma avaliação das áreas mais implicadas, como: amplitude de movimento 
funcional; equilíbrio e estabilidade; força; integridade da pele 
(principalmente no local da amputação) e o tipo de amputação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4444 –––– BENEFÍCIOS E OBJETIVOS BENEFÍCIOS E OBJETIVOS BENEFÍCIOS E OBJETIVOS BENEFÍCIOS E OBJETIVOSA prática de atividades físicas e esportes por pessoas com 
deficiência tem se tornado um acelerador do processo de reabilitação, 
trazendo não apenas benefícios físicos, como também, resultados 
psicológicos que melhoram a motivação, autoimagem e auto-valorização, 
já que, dentro da percepção saudável ou doente, possibilita à pessoa 
perceber-se saudável e deixar de ver o corpo como um repositório de 
frustrações. 
Para tanto, é importante ressaltar e conscientizar os médicos 
sobre a necessidade dessa prática para seus pacientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5555 ---- IMPLICAÇÕES PARA IMPLICAÇÕES PARA IMPLICAÇÕES PARA IMPLICAÇÕES PARA 
A EDUCAÇÃO FÍSICAA EDUCAÇÃO FÍSICAA EDUCAÇÃO FÍSICAA EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
Para Winnick (2004), a maior parte das pessoas com deficiência 
pode se beneficiar com as atividades de educação física e esportes. O 
tipo e o grau da deficiência física, educabilidade motora, nível de interesse 
e metas educacionais gerais determinam as modificações e adaptações 
necessárias. A segurança dos alunos e o acompanhamento de perto, 
pelos professores, das atividades realizadas, garantem o primeiro estágio 
de desenvolvimento dos participantes. Como a maioria dos problemas 
apresentados são de origem médica, é importante que professores de 
educação física mantenham contato direto com os profissionais de saúde, 
para elaborarem programas que supram as necessidades especiais de 
seus alunos. 
O professor deve, inicialmente, avaliar seu aluno a fim de detectar 
possíveis problemas, como falta de flexibilidade; incapacidade de 
sustentar atividade aeróbica; falta de força e resistência para erguer o 
corpo, transferi-lo de forma independente; ou para erguer o corpo para 
prevenir úlceras de decúbito (escaras) e impulsionar a cadeira de rodas; e 
a porcentagem de gordura excessiva, incompatível com uma boa saúde 
(Gorgatti & Costa, 2005). 
Para participar de um programa de atividades físicas, é obrigatório 
que a pessoa com deficiência física se submeta a uma avaliação médica e 
funcional, para que sejam detectadas, principalmente, as condições 
secundárias de saúde, que normalmente são fatores limitantes para essas 
práticas, tais como: infecções, febre, alterações acentuadas de 
temperatura corporal, dermatites, escaras, dor sem causa conhecida, 
recuperação após cirurgia e fraturas. 
Para alunos usuários de cadeira de rodas, deve haver inicialmente 
uma adaptação a esse novo instrumento, através de atividades 
específicas. O treinamento deve englobar a propulsão da cadeira em 
situações variadas: para frente, para trás, em curvas, com obstáculos, em 
terrenos acidentados, solicitando-se que o aluno execute as ações de 
forma mais lenta ou mais acelerada. O importante, no treinamento, é que 
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o aluno torne-se íntimo da funcionalidade e estrutura da cadeira e do seu 
controle sobre ela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6666 –––– ACESSIBILIDADE ACESSIBILIDADE ACESSIBILIDADE ACESSIBILIDADE 
 
Dentro de nossa experiência prática na promoção de atividade 
física e esportes para pessoas com deficiência, um dos maiores, senão o 
maior empecilho para a consumação do programa, é a acessibilidade. A 
maioria dos nossos alunos, mesmo tendo conhecimento e desejo de 
participar, não conseguem chegar ao local, ou, se chegam, muitas vezes 
não conseguem acesso às instalações. Esse é um problema de todo 
profissional que trabalha com pessoas com deficiência física. A 
conscientização se faz necessária, para que possamos exigir os direitos 
constitucionais que garantem o desenvolvimento dos programas 
oferecidos. 
Diante desse panorama, embora a Constituição Federal atual seja 
norteada pelo princípio de que o direito de livre acesso ao meio físico e de 
livre locomoção é parte indissociável dos Direitos Humanos, falta a visão 
de obrigatoriedade e de compromisso, bem como uma ligação entre a Lei 
e os parâmetros já existentes, estabelecidos pelas normas técnicas de 
acessibilidade da NBR 9050/1994, feita pela ABNT. 
Não pretendemos, aqui, referenciar todas as exigências, mas sim, 
tornar relevantes alguns aspectos essenciais para participação das 
pessoas com deficiência física, não apenas em atividades específicas, 
mas também nas da sua vida diária. Para tanto, sugerimos que sejam 
estudados e analisados os padrões e critérios ditados pela NBR 9050/94, 
que visam a proporcionar às pessoas com deficiência física e àquelas 
com capacidade ambulatória reduzida condições adequadas e seguras de 
acessibilidade autônoma aos banheiros, portas, corredores e áreas de 
transferência e aproximação, que são tidos como área de circulação 
indispensável às adaptações e segurança das pessoas com deficiência. 
 
 
 
 
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7777 ---- CRITÉRIOS DE ADAPTAÇÃO CRITÉRIOS DE ADAPTAÇÃO CRITÉRIOS DE ADAPTAÇÃO CRITÉRIOS DE ADAPTAÇÃO 
(Rios, M.; Carol, N. 1997) 
 
Os critérios de adaptação que descreveremos, não devem ser 
tomados como obrigatórios ou fazendo parte de todos os jogos e 
atividades. São simplesmente soluções alternativas que, segundo o tipo 
de jogo ou atividade e os próprios alunos com deficiência, podem ser 
aplicadas ou não. Não têm a pretensão de se tornarem um receituário, 
apenas um guia de orientações, que devem ser ampliadas e flexíveis, de 
acordo com a realidade e o critério de cada professor. 
 
1 – O Espaço 
 - Delimitar o espaço para compensar as dificuldades de deslocamento 
que normalmente se apresentam. 
 - Terreno liso para favorecer os deslocamentos, de acordo com os 
diferentes tipos de deambulação. Devem ser evitadas superfícies 
irregulares ou com cascalhos, terra e areia, que dificultam a mobilidade e 
aumentam a fadiga. 
 - Variação das distâncias para compensação nas atividades de corridas. 
Recomenda-se que se realize uma corrida prévia e se observe a diferença 
entre a maioria do grupo e os alunos com mobilidade reduzida. Tendo 
essa distância aproximada, já será possível aplicar as regras adaptadas 
(variação das distâncias) em todos os outros jogos. 
- Criar locais de “refúgio”, principalmente, nos jogos de pegar que 
permitam o aluno com mobilidade muito reduzida, um tempo de descanso 
e vantagem. 
 - Prestar muita atenção para evitar lesões tanto nos alunos com cadeiras 
de rodas com pouco domínio no controle da cadeira, quanto com os 
demais alunos, através de encontrões e tropeços. 
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2 – O Material 
 - Utilizar materiais macios para os alunos com dificuldade de percepção. 
 - Utilizar material alternativo ou adaptado, como por exemplo, calhas para 
os alunos com PC, ou de cadeira de rodas para alunos com grandes 
problemas de equilíbrio, em situações que seja necessário. 
 - Para alunos com problemas de coluna vertebral que apresentam 
grandes desvios, (por exemplo, escoliose), nas atividades de recepção e 
lançamento, é aconselhável que se useuma cadeira para que possam 
executar o movimento de maneira estática. 
 - Para alunos com grande dificuldade na fala, normalmente PC, é 
necessário utilizar facilitadores de comunicação, como por exemplo, 
alfabetários, prancheta com fotos, ou perguntar ao aluno e à família qual o 
melhor meio de comunicação. 
 - Antes de começar as atividades com alunos usuários de cadeira de 
rodas, proteger com espuma as extremidades da cadeira, para evitar 
lesão nos companheiros. 
 - Pode ser conveniente utilizar joelheiras e cotoveleiras em alunos que se 
desequilibram com facilidade (PC). 
 
3 – As Regras 
 - Modificar o regulamento dos jogos, e incluir novas regras específicas de 
acordo com as necessidades. 
 - Variar os sistemas de pontuação e alguns dos requisitos do jogo, como 
meio de possibilitar o sucesso na conquista de pontos. 
 - Quando os alunos com dificuldade de locomoção, ou com pouca 
habilidade em tocar a cadeira de rodas, assumirem papel de perseguidor, 
os companheiros serão considerados tocados quando o perseguidor 
estiver distante, pelo menos um metro, e gritar o nome do aluno e em 
seguida dizer: “tocado”. 
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 - Por segurança, serão advertidos ou deixarão de ganhar pontuação os 
alunos que, repetidamente, se chocarem com as muletas, cadeiras e 
andadores dos companheiros. 
 
4 - As Habilidades 
 - O professor, sempre ao iniciar uma atividade, deve consultar os alunos 
com dificuldade motora sobre a possibilidade de execução de 
determinado gesto ou técnica ensinada, ou seja, o aluno deve ter a 
oportunidade de tentar descobrir e mostrar como ele consegue 
desempenhar as tarefas, dentro de suas possibilidades. 
 - Se o aluno com dificuldade permitir, pedir a outro companheiro para 
auxiliá-lo, desde que o próprio aluno oriente de como deseja ou de como 
necessita ser auxiliado. 
 
 5 – Aluno Colaborador 
 - No caso de alunos com maior grau de comprometimento, assim como 
para os mais novos, é recomendada a colaboração de um monitor ou 
ajudante durante as aulas, o qual, na medida do possível, deve ir sendo 
substituído pelos próprios colegas da turma. 
 
 
 
 
 
 
 
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8888 ---- JOGOS HABITUAIS E ADAPTAÇÕES JOGOS HABITUAIS E ADAPTAÇÕES JOGOS HABITUAIS E ADAPTAÇÕES JOGOS HABITUAIS E ADAPTAÇÕES 
PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICAPARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICAPARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICAPARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA 
 
1 – O Balanço 
Conteúdo principal – Equilíbrio e força. 
Espaço – amplo, liso e plano. 
Material – tábuas de madeira de 100 x 225 cm, com suporte central fixado 
no solo, de modo que favoreça o balanço, regulável na altura. para 
aumentar ou diminuir a dificuldade. 
Número de participantes – grupos de, no máximo, 10 jogadores em 
cadeira de rodas, por balanço. 
Desenvolvimento e regra – A um sinal, o jogador impulsiona a cadeira 
de rodas e tenta subir e descer do balanço o mais rápido possível. Ganha 
o jogador que em menos tempo realizar a tarefa e com menor número de 
erros. 
Orientações didáticas – O professor deve controlar a correta entrada e 
saída do balanço e evitar que o aluno saia dos limites da rampa. 
Observações – Jogo recomendado para usuários de cadeira de rodas, 
sem comprometimento nos membros superiores 
 
2 – O escultor 
Conteúdo principal – conhecimento corporal e relaxamento. 
Espaço – amplo, liso e delimitado. 
Material - não é necessário. 
Número de participantes – em pares. 
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Situação inicial – alunos em pares, de frente um para o outro. Um atua 
como escultor e o outro como escultura. 
Desenvolvimento e regra – trata-se de confeccionar uma escultura com 
o corpo do companheiro. O escultor irá movendo as extremidades e as 
demais partes do corpo do companheiro, que deve permanecer parado 
(estátua) na posição “em que foi esculpido”. 
Orientações didáticas – Se os alunos forem usuários de cadeira de 
rodas, deve-se orientar para que o escultor desenvolva seu trabalho 
partindo da posição do esculpido, facilitando os movimentos de acordo 
com a posição sentada. Caso haja alunos com problemas de equilíbrio, 
mesmo que não necessitem de cadeira de rodas, deve-se trabalhar na 
posição sentada. E se houver alunos com grande comprometimento motor 
nos membros superiores, as informações devem ser repassadas, pelo 
escultor, de forma oral, para que o jogador que estiver sendo esculpido 
possa fazer a posição de acordo com o seu próprio entendimento e 
possibilidade física. 
 
3 – Corrida de Funis 
Conteúdo principal – Respiração e habilidades motrizes básicas. 
Espaço – Liso, amplo e delimitado. 
Material – dois postes, uma corda de 2 - 3 m e 6 cones para cada equipe, 
confeccionados de papel tipo A4. 
Número de participantes – Equipes de no máximo 6 jogadores. 
Situação inicial – Amarra-se a corda aos postes, paralela ao chão. O 
funil deve estar enfiado na corda em uma de suas extremidades. Um 
jogador de cada equipe abaixo ou a lado do primeiro funil. 
Desenvolvimento e regra – A um sinal, cada jogador deve soprar o funil, 
deslocando-o até o poste do outro lado da extremidade da corda. Uma 
vez conseguido, inicia o mesmo trabalho o segundo jogador, e assim 
sucessivamente. Ganha a equipe que primeiro deslocar todos os funis 
pela corda. 
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Orientações didáticas – Deve-se ter em conta a forma de deslocamento 
dos participantes de cada grupo, para colocar a corda a uma altura que 
resulte cômoda a todos. 
Observação – Essa atividade é recomendada especialmente para 
pessoas com problemas respiratórios. 
 
4 – Os Números 
Conteúdo principal – Expressão corporal. 
Espaço – Amplo, liso e delimitado. 
Material - Um colchonete por jogador. 
Número de participantes – máximo de 15 jogadores. 
Situação inicial – Cada jogador em seu colchonete. 
Desenvolvimento e regra – O professor nomeará um número de 0 a 9 e 
cada jogador deverá representar o número corporalmente. 
Orientações didáticas – Se o piso do local da atividade permitir, o 
colchonete poderá ser dispensado, ou ficar a critério de cada jogador. 
Caso haja muitos problemas para fazer a transferência para o solo, ou se 
algum aluno não concordar em ir para o chão, a atividade pode e deve ser 
feita na própria cadeira de rodas. Em função da mobilidade de cada aluno, 
será ele mesmo que sempre buscará a solução para a representação. 
 
5 – Reação 
Conteúdo principal – Velocidade de reação. 
Espaço – Amplo, liso e delimitado. 
Material – não é necessário. 
Número de participantes – Grupo de no máximo 10 jogadores. 
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Situação inicial – alunos distribuídos livremente pelo espaço 
Desenvolvimento e regra – A um sinal do professor, os jogadores 
deverão responder o mais rápido possível às seguintes determinações: ao 
dizer um, girar para a direita; ao dizer dois, girar para esquerda; ao dizer 
três, deslocar-se para frente; ao dizer quatro, deslocar-se para trás; ao 
dizer cinco, levantaros dois braços. Cada vez que um jogador errar, 
soma-se um ponto de penalização. Perde o jogador que mais pontos 
soma. 
Orientações didáticas – Atenção para os possíveis choques. 
Observação – Recomendado para pessoas usuárias de cadeira de rodas 
e/ou ambulantes com problemas de equilíbrio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCLUSCONCLUSCONCLUSCONCLUSÃOÃOÃOÃO 
 
 As pessoas com deficiências físicas precisam buscar na educação 
física as mesmas metas que os seus colegas não deficientes, desde que 
lhes sejam oferecidas condições de reconhecerem seus limites e suas 
possibilidades. Os professores devem entender a natureza da deficiência 
e as capacidades funcionais que podem ser adquiridas. 
 O programa de educação física deve enfatizar particularmente a 
consciência corporal, aptidão física e desenvolvimento de esportes para a 
vida toda. 
 Embora o professor seja responsável pela criação de um 
ambiente inclusivo, onde devem ser supridas as necessidades de todos 
os alunos, é importante que os alunos com deficiência aprendam a 
defender seus interesses, analisar jogos e atividades, oferecendo 
sugestões de como podem ser modificados para que possam participar 
com êxito, sendo respeitados como agentes autônomos, e reconhecidos 
em seu direito de ter suas opiniões, de fazer suas escolhas e agir com 
base em valores e crenças pessoais. 
 Consideramos o investimento na prática de esporte para pessoas 
com deficiência um dos maiores meios de inclusão social, pela 
demonstração da possibilidade de utilização de suas capacidades 
remanescentes na forma de desenvolvimento e performance. 
 Sejam quais forem os objetivos, o certo é que a pessoa que 
pratica a atividade física melhora sua motivação, a autoimagem e auto-
valorização, diferindo muito à medida que se considere saudável ou 
doente. 
 É investindo no humano, respeitando as diferenças, 
compreendendo as necessidades específicas, que estaremos propiciando 
condições para o desenvolvimento pessoal e para a prática da autonomia, 
de forma que as pessoas se reconheçam e se percebam participantes da 
mesma vida vivida e desejada por todos. 
 Os sonhos, os desejos, os ideais, as preferências, as emoções 
não são expressões e sentimentos exclusivos de algumas poucas 
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pessoas privilegiadas, mas antes, representam o privilégio que nos torna 
unicamente humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS 
 
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Atividades Esportivas para Pessoas com Deficiência Física 
 
 
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