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ESTACIO DE SA Aluna: Monica de Oliveira Marques Campus: Nova America Curso: Direito Turno: Manha HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO - CCJ0105 Título - A Era Vargas - O Estado Novo e a ditadura Vargas Descrição - Respostas do CC 10 Para esta nossa décima aula deve ser solicitado que o aluno leia, antes da aula, o conteúdo constante no Capítulo 6, entre as páginas 147 (O período da Ditadura do Estado Novo (de 1937 a 1945) e a Constituição de 1937) e 154 do Livro Didático. São marcos jurídicos fundamentais do período: a Constituição de 1937, Código Penal de 1940 e Código de Processo Penal de 1941, e CLT (1943). Porém, podem ser citados em aula, a fim de melhor ilustrar os fatos apresentados, os seguintes documentos: Decreto-lei nº 1.402, de 05 de julho de 1939 (que regulamentou a associação a sindicatos, ou seja, a sindicalização); Decreto-lei nº 1.237, de 02 de maio de 1939, que organizou a Justiça do Trabalho, Decreto-lei nº 4.298, de 14 de maio de 1942 (que tratou da criação e normas de aplicação e recolhimento do Imposto Sindical), Decreto-Lei nº de 07 de maio de 1945 (Lei Orgânica dos Serviços Sociais do Brasil, que criou o Instituto dos Serviços Sociais do Brasil) e o Código Eleitoral de 1945 (Lei Agamenon), que restabeleceu definitivamente a Justiça Eleitoral no país com a atribuição de reorganizar o alistamento eleitoral e as eleições e trouxe como novidade a exclusividade dos partidos políticos na apresentação dos candidatos. É interessante que o professor enfatize as características de um regime autoritário, entre elas a ausência de representantes do povo. Nesses momentos atuais, em que se observa a pouca adesão dos cidadãos aos comandos do Poder Legislativo, é importante que se ressalte a importância do mesmo, nem que seja em razão do caráter simbólico ostentado, como representante da vontade popular. Por isso é interessante que se enfatize a extinção da Justiça Eleitoral no Estado Novo, com a abolição dos partidos políticos e a suspensão das eleições livres. Essa questão poderá ser analisada na correção da questão apresentada em Aplicação: Articulação teoria e prática. Também se deve conceder maior acento às questões referentes à supressão de garantias fundamentais, de forma que o aluno perceba que a ditadura não respeita o Estado de Direito e menos ainda o Estado de "Direitos". Outra questão é discutir em sala de aula se é possível considerar que a Constituição de 1937 tenha entrado em vigência já que dependia para tanto de um referendo (que o texto chamou de "plebiscito") ou se realmente, como afirmam alguns, a ditadura nos suprimiu até mesmo a aparência de um Estado de Direito. Descrição Abaixo apresentamos dois dispositivos da Constituição de 1937, mais especificamente os artigos 11 e 12: (...) ?Art. 11 - A lei, quando de iniciativa do Parlamento, limitar-se-á a regular, de modo geral, dispondo apenas sobre a substância e os princípios, a matéria que constitui o seu objeto. O Poder Executivo expedirá os regulamentos, complementares. Art 12 - O Presidente da República pode ser autorizado pelo Parlamento a expedir decretos-leis, mediante as condições e nos limites fixados pelo ato de autorização.? (...) Como se sabe, o Estado Novo se configurou em uma ditadura, entre outros motivos, por ter sido governado por meio exclusivo de Decretos-lei emanados pelo Poder Executivo, sem participação legislativa por parte do Parlamento. Todavia, conforme lido acima, era da responsabilidade do Parlamento (Poder Legislativo) limitar e autorizar a emanação dos referidos Decretos (art. 12), sendo que ao Poder Executivo caberia somente expedir os regulamentos, complementares às normatizações gerais estabelecidas pelo Parlamento (art.11) . Pergunta-se: a) Por que razão o Parlamento não se utilizou das prerrogativas que a Constituição lhe conferia? Resposta da Discursiva a) A ampliação das atividades do Estado contemporâneo impôs nova visão da teoria da separação de poderes e novas formas de relacionamento entre os órgãos legislativo e executivo e destes com o judiciário, tanto que atualmente se prefere falar em colaboração de poderes, que é característica do sistema parlamentarista, em que o governo depende da confiança do parlamento, enquanto, no presidencialismo, desenvolveram-se as técnicas da independência orgânica e harmônica dos poderes. b) É possível conceber um regime democrático com a concentração das funções executiva, legislativa e judiciária nas mãos do Chefe do Poder Executivo? Não, poderia dar ensejo a trágicos fins, uma vez que, como todos sabem, o homem se desvirtua ante a concentração e a não limitação de poder a ele outorgado c) O Estado Novo de Vargas é um caso isolado no período, ou pode ter recebido influências externas na forma como se configurou? Sim, recebeu influências militares. Resolva as questões objetivas 1 e 3 do capítulo 6 de seu Livro Didático. Respostas das Objetivas do Livro. Segundo a pesquisadora da Fundação Getulio Vargas, Ângela Maria de castro Gomes, “poucos períodos na História do Brasil produziram desdobramentos tão duradouros, importantes e ambivalentes como o dos oito anos que cobrem o período conhecido como Estado Novo (1937-1945)”. Assim, com relação à ambiência jurídico-político-institucional dessa etapa da “Era Vargas”, é correto afirmar que: A - Uma das características mais marcantes do regime do Estado Novo diz respeito à radicalização da natureza federativa do Estado brasileiro, uma vez que, pela constituição de 1937, os municípios adquiriram a condição de entes federativos, dotados de ampla autonomia em relação aos estados e em relação à União. B – Apesar do perfil autoritário do regime estado-novista, as eleições para renovação periódica da Câmara dos Deputados e do Senado foram mantidas regularmente durante os oito anos de sua vigência, o que contribuiu, decisivamente para limitar os poderes de Getúlio Vargas à frente do Executivo federal; C – A continuidade do processo de configuração da nova institucionalidade social e trabalhista do estado brasileiro durante o período do estado Novo, processo este iniciado nos primeiros tempos do Governo Provisório, esteve associada à produção da imagem de Getúlio Vargas como protetor dos trabalhadores como pai dos pobres. D – Tal como nas constituições anteriores (as de 1824, 1891 e 1934), a Carta de 1937 contemplava a intervenção do Estado na economia e nas questões da natureza social, tendo sido firmado em seu texto, o rol de preceitos que nortearam a produção da legislação social e trabalhista no Brasil desde, pelo menos, a proclamação da República. E – Ainda que a ordem constitucional de 1937 tivesse se configurado em um ambiente de exercício pleno da democracia, as questões da natureza social e trabalhista foram colocados em um segundo plano, visto que a lógica liberal, assumida em sua plenitude por Vargas e por seus assessores, se constituiu em considerável obstáculo à adoção de políticas de intervenção estatal tanto na economia, como na área social. Respostas da Questão 1: Letra C Questão 3 As constituições brasileiras de 1934 e de 1937 foram produzidas no contexto do ordenamento sócio-político-econômico resultante do movimento revolucionário de 1930, que rompeu, em grande parte, com o modelo republicano da chamada República Velha, ao mesmo tempo em que refletiam em seus textos as tendências antiliberais que marcaram o ambiente político da Europa na década de 1930 e que produziram efeitos notáveis sobre as sociedades latino-americanas. Assim, no que se refere a alguns dos principais aspectos dessas duas cartas constitucionais, é correto afirmar que: Pela carta de 1934, o Poder Legislativo era exercido pela Câmara dos Deputados, com a colaboração do Senado Federal, o que significou uma redução das atribuições legislativas da casa congressual representativa da Federação; Pela constituição de 1937, o presidente da República compartilhava seu poder com o Conselho Federal nas funções de coordenação da atividade dosórgãos representativos e de promoção ou orientação da política legislativa. A constituição de 1934, manteve os princípios formais fundamentais da organização do Estado brasileiro presentes na primeira constituição republicana de 1891, como a divisão quadripartite dos poderes independentes e coordenados entre si e o regime representativo. O texto constitucional de 1937 definia que os governos estaduais seriam exercidos por governadores eleitos por meio de eleições diretas; No que se refere a temas de natureza social e trabalhista, somente foram incorporados pela Constituição de 1937, já que os constituintes que produziram o texto de 1934 se omitiram com relação a tais questões. Respostas da Questão 3: Letra C
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