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Belo Horizonte 
2024 
 
 
 
 
FACULDADE PITÁGORAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOME DO ALUNO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE GESTÃO HOSPITALAR 
 
PROJETO INTEGRADO 
 
Belo Horizonte 
2024 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO INTEGRADO 
Projeto integrado apresentado como requisito obrigatório 
para a obtenção da pontuação necessária do curso de 
Gestão Hospitalar pela Universidade ... . 
 
Orientador: Prof. 
 
NOME DO ALUNO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................ 3 
2 ATIVIDADE 1 ................................................................................... 4 
3 ATIVIDADE 2 ................................................................................. 12 
4 ATIVIDADE 3 ................................................................................. 16 
5 ATIVIDADE 4 ................................................................................. 17 
6 ATIVIDADE 5 ................................................................................. 20 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................... 26 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................... 27 
 
 
3 
1 INTRODUÇÃO 
Neste projeto integrado com ênfase em Gestão Hospitalar serão analisados 
conteúdos referentes ao conteúdo programático do curso para que possa ser 
possível aprimorar as habilidades teóricas e práticas. 
Na atividade 1 será explanado sobre as instituições de saúde presentes no 
município em que resido, além de mostrar o motivo de este ser referência em saúde. 
Também será possível investigar sobre indicadores de saúde específicos para o 
município de Belo Horizonte – MG, onde trataremos de casos de dengue, 
Chicungunya e Zica e Covid-19. 
Na atividade 2 será detalhada sobre as etapas que compreendem o Design 
Thinking, uma abordagem utilizada para o desenvolvimento de produtos e serviços. 
Na atividade 3 será elaborada uma estratégia para definir um objetivo 
específico para direcionar os resultados e criar uma Estrutura Analítica do Projeto 
(EAP) que será voltado para a criação de um WebSite para o Posto de Saúde 
Pindorama. 
Na atividade 4 será discutido sobre o sistema de saúde e qual o modelo de 
gestão é adotado para que os pacientes sejam atendidos de maneira eficiente. 
Na atividade 5 foi realizada uma pesquisa sobre a legislação brasileira que 
aborda a responsabilidade civil na área da saúde. Foram analisados elementos 
importantes sobre um caso fictício envolvendo a responsabilidade civil e foi realizada 
uma análise crítica sobre o papel do gestor hospitalar na prevenção de situações 
que possam resultar em responsabilidade civil. 
 
 
 
4 
2 ATIVIDADE 1 
Quais instituições de saúde estão presentes em seu município? 
 
Belo Horizonte conta atualmente com 152 centros de saúde, 596 equipes de 
Estratégia Saúde da Família, o Hospital Metropolitano Odilon Behrens (HOB), o 
Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC). 
São oito Centros de Referência em Saúde Mental (CERSAM), cinco Centros 
de Referência em Saúde Mental Álcool e outras (CERSAM-AD) e três Centros de 
Referência em Saúde Mental Infanto-juvenil (CERSAMi). A capital conta ainda com 9 
Centros de Convivência. 
Na atenção especializada, são cinco Unidades de Referência Secundária 
(URS), nove Centros de Especialidades Médicas (CEM), quatro Centros de 
Especialidades Odontológicas (CEO), quatro Centros de Reabilitação (CREAB), dois 
Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), dois Centros de 
Testagem e Aconselhamento (CTA), um Centro Municipal de Oftalmologia (CMO), 
um Centro Municipal de diagnóstico por imagem (CMDI). 
A rede de Urgência e Emergência é composta por nove Unidades de Pronto 
Atendimento (UPAs), um Serviço de Urgência Psiquiátrica Noturno (SUP) e o SAMU. 
A rede de apoio ao diagnóstico possui cinco laboratórios distritais, um 
laboratório central, um laboratório de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e 
nove laboratórios de UPA. 
A Vigilância em Saúde tem em a estrutura um Laboratório de Bromatologia, 
um Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais (CRIE), um Laboratório de 
Zoonoses, um Centro de Controle de Zoonoses, cinco centros de esterilização de 
cães e gatos, uma Unidade Móvel de Castração e o Serviço de Atenção ao Viajante. 
Na promoção à saúde, são 82 Academias da Cidade em funcionamento, com 
mais de 15 mil alunos e locais que promovem a prática Lian Gong. 
 
Qual o município de referência para o atendimento em saúde na região em que 
você reside? 
 
Resido no bairro Pindorama em Belo Horizonte e o município de referência 
para o atendimento em saúde na região é Belo Horizonte – MG. 
 
 
5 
 
Quais características torna este município referência em saúde? 
 
A inauguração de Belo Horizonte, em 1897, ocorreu numa época marcada por 
avanços sanitários. A nova capital passou a sediar a Secretaria do Interior do Estado 
de Minas Gerais e a Diretoria de Higiene, responsáveis pelo combate às epidemias, 
saneamento e higienização pública. Dez anos depois, foram criadas a Fundação 
Ezequiel Dias, vinculada à pasta, e a Escola de Medicina, precursora da atual 
Faculdade de Medicina da UFMG. A assistência à população carente era prestada 
pela Santa Casa de Misericórdia e outras “casas de caridade”, com recursos de 
doações. Com o aumento da demanda, o governo passou a subvencionar e 
fiscalizar esses serviços e, posteriormente, a implantar e gerir hospitais. Em 1977, a 
fusão de três fundações assistenciais deu origem à Fundação Hospitalar do Estado 
de Minas Gerais (Fhemig), que administra hoje mais de 20 unidades assistenciais. A 
entidade participou de processos importantes como a reforma psiquiátrica, a 
extinção dos sanatórios e a reintegração social de pacientes de tuberculose e 
hanseníase. 
Nos anos 70 e 80, mobilizações pela democratização da saúde no país 
reorientaram as políticas centradas no setor privado e vinculadas à Previdência 
Social. A ‘saúde como direito de todos e dever do Estado’ foi o tema da VIII 
Conferência Nacional de Saúde, em 1986, na qual, pela primeira vez na história, a 
sociedade civil participou dos debates, ajudando a construir o que seria o novo 
modelo do país. Antes do evento, Belo Horizonte realizou sua 1ª Conferência 
Municipal de Saúde. Já naquela época, os gestores do setor firmavam parcerias com 
instituições de ensino e órgãos nacionais e internacionais para a elaboração de 
políticas públicas. A garantia do direito à saúde foi consolidada nos arts. 196 a 200 
da Constituição de 1988 e fundamentou a criação do Sistema Único de Saúde 
(SUS), pautado pelos princípios de universalidade, equidade e integralidade, 
regulado nas Leis 8.080/1990 e 8.142/1990. 
Promulgada em 1990, a Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte (Lombh) 
normatizou os objetivos, diretrizes, atribuições e gestão da saúde pública em âmbito 
local. A proposta de organização e funcionamento dos conselhos municipal, distritais 
e locais de Saúde, extraída da II Conferência, foi enviada à Câmara e aprovada na 
forma da Lei 5.903/1991. O conceito de saúde adotado na legislação inclui 
 
 
6 
condições dignas de trabalho, moradia, alimentação, educação, lazer, saneamento e 
qualidade ambiental entre os determinantes do bem estar físico e mental, ampliando 
a responsabilidade do Estado. A Emenda Constitucional 29/2000 atribuiu aos 
municípios a gestão e execução das ações e serviços de prevenção e atenção 
básica à saúde, financiados com recursos próprios e repasses dos governos 
estadual e federal. 
Periodicamente, nas plenárias dos conselhos e conferências municipais, 
gestores públicos, prestadores de serviços, entidades da sociedade civil, 
trabalhadores e usuários tematizamdeficiências, desafios, metas, gestão e o 
financiamento da saúde. Os debates e encaminhamentos subsidiam a elaboração e 
atualização do Plano Municipal de Saúde (PMS). Previsto na legislação, o PMS 
define ações, metas, programas e gastos do setor a cada quatro anos, observando a 
conformidade com os planos estadual e nacional e com as leis orçamentárias. 
Crescendo a cada gestão, a rede SUS-BH possui hoje 152 centros de saúde, 
nove Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), 16 Centros de Referência em Saúde 
Mental, 24 hospitais, entre próprios e contratados, unidades de apoio diagnóstico e 
assistencial, controle de zoonoses, entre outras, totalizando mais de 400 
equipamentos. A Estratégia de Saúde da Família, implantada em 2007 com 196 
equipes, conta hoje com 589 equipes multiprofissionais, 308 de saúde bucal e 
centenas de agentes comunitários de saúde (ACSs) e agentes de combate a 
endemias (ACEs), que levam informações e serviços às áreas mais vulneráveis, 
detectam e acompanham casos e combatem focos de doenças. No Ranking de 
Competitividade dos Municípios de 2020, BH obteve o 1º lugar entre as capitais no 
quesito Acesso à Saúde. 
Diante de um sistema tão robusto, que recebe uma das maiores fatias do 
orçamento, o trabalho do Legislativo também é gigantesco. Para se ter idéia, a 
saúde é a única área obrigada a prestar contas a cada quatro meses, paralelamente 
à prestação geral de contas do Executivo. A análise dos gastos e resultados do 
SUS-BH cabe à Comissão de Saúde e Saneamento (CSS) da Câmara. A 
fiscalização e o monitoramento eficazes exigem um bom conhecimento do PMS - 
que consolida políticas e compromissos, define programas e metas e norteia o 
planejamento e o orçamento na área da saúde para o período - e a consulta 
permanente aos princípios e normas que regem o SUS. 
 
 
7 
A função fiscalizadora ocupa boa parte dos trabalhos da CSS. Somente nos 
últimos dois anos, foram requeridas 218 visitas técnicas e 47 audiências públicas 
para apurar deficiências estruturais e de atendimento nas diferentes unidades, ouvir 
usuários e servidores e intermediar suas demandas junto ao Executivo. Também são 
conferidas de perto e debatidas com órgãos competentes as condições de 
salubridade em diferentes pontos da cidade, buscando melhorias. 
Temas intersetoriais como mineração na Serra do Curral e no entorno do 
município, segurança hídrica e alimentar, poluição sonora, impactos de enchentes e 
inundações e outras questões em que a saúde e a qualidade de vida são afetadas 
também são tratados no âmbito da Comissão de Saúde e Saneamento. 
Atendendo reivindicações da população, a Comissão de Saúde e 
Saneamento enviou aos órgãos competentes dezenas de indicações sugerindo 
medidas para melhorar o espaço físico e o atendimento em centros de saúde, 
reposição e ampliação de recursos humanos, modernização e aquisição de 
equipamentos, fornecimento de insumos e disponibilização de medicamentos, entre 
outras. 
As normas de financiamento do SUS determinam que o município destine, no 
mínimo, 15% das receitas de impostos e transferências constitucionais e legais à 
área da saúde. Em BH, essa previsão é freqüentemente superada: em 2021, foram 
aplicados 22,77% do orçamento. Mesmo assim, os valores não cobrem todos os 
programas e metas previstos e necessários. A contribuição na destinação de 
recursos através de emendas ao orçamento ganhou força com a instituição, por 
iniciativa parlamentar, das emendas individuais impositivas, de execução obrigatória. 
Alteração da Lei Orgânica estabeleceu a indicação de 0,8% da receita corrente 
líquida de 2022 a ações, programas ou entidades escolhidos pelos vereadores, 
sendo 50% da área da saúde. 
No Orçamento de 2022, primeiro a incorporar emendas impositivas, das 603 
aprovadas 254, ou 42,12%, foram destinadas para o setor. Os valores das emendas 
variam entre R$ 30 mil e R$ 1 milhão, dependendo da concentração ou distribuição 
de recursos pelo proponente a uma ou mais finalidades, e do custo das ações 
indicadas. Cada emenda especificou a unidade recebedora (centros de saúde, 
UPAs, hospitais e maternidades da rede própria e contratada, Academias da Cidade, 
entre outras) e as finalidades dos recursos, discriminando as intervenções e 
 
 
8 
melhorias a serem executadas, insumos e materiais a serem adquiridos, políticas, 
programas e serviços a serem custeados. 
Para o orçamento de 2023, foi estabelecido o limite de 0,9% da receita para 
as emendas impositivas. A Comissão de Orçamento e Finanças Públicas, 
responsável pela análise das emendas ao projeto da Lei de Orçamento Anual (LOA), 
já recebeu 1041 das 1068 proposições apresentadas, centenas delas contemplando 
a área da saúde. 
Belo Horizonte viveu, nos últimos anos, um de seus maiores desafios com a 
chegada da pandemia de covid-19, que atingiu o mundo inteiro e impactou 
diretamente a saúde pública, exigindo ampliação, estruturação, adequação e reforço 
em tempo recorde do sistema de vigilância epidemiológica, do potencial de 
atendimento e de internação hospitalar na rede assistencial, compra de insumos, 
contratação e capacitação de profissionais da saúde, que tiveram que aprender a 
lidar com o novo vírus, até então desconhecido, e com os casos crescentes da 
doença e seus agravos. A gestão da pandemia e os indicadores da cidade foram 
considerados positivos e reconhecidos em prêmios nacionais e internacionais. 
Dados disponíveis no Portal PBH indicam que, até o dia 29 de novembro de 2022, o 
número total de óbitos confirmados para covid-19 em BH foi de 8.257 (2.572 em 
2020; 4.723 em 2021 e 962 em 2022). Desde o início do programa de imunização, 
foram distribuídas 7.327.667 das 7.359.023 doses destinadas ao município, que 
garantiram a vacinação de 96,2% da população total da cidade com a 1ª dose ou 
dose única e 88,7% com a 2ª dose. 
Visando conferir maior transparência e facilitar a fiscalização, foi aprovada a 
Lei 11.421/2022, que determina a divulgação no site da PBH, em tempo real, de 
informações oficiais em situações de emergência de saúde, como dados 
epidemiológicos, número de pacientes atendidos por unidade de saúde, ocupação 
de leitos, volume de insumos e aparelhagem médica adquiridos, utilizados e em 
estoque, entre outras. 
Durante e após os períodos de fechamento de estabelecimentos e suspensão 
de serviços, que afetaram alguns setores de forma mais intensa ou prolongada, a 
Casa promoveu audiências e intermediou demandas e negociações com a Prefeitura 
para redução das perdas, que deixaram trabalhadores e empresários sem receita. 
Casas de festas e eventos, equipamentos esportivos, bares e restaurantes, lojas de 
itens não essenciais, especialmente as de pequeno porte, templos religiosos, 
 
 
9 
transporte escolar, feiras e comércio ambulante foram alguns dos segmentos 
recebidos pela Câmara. 
O fechamento das escolas por quase dois anos, um dos mais prolongados do 
mundo, motivou debates com pais, professores e especialistas, e cobranças de 
medidas para reduzir a defasagem educacional, a evasão escolar e os efeitos 
psicológicos e emocionais sobre os estudantes. A preocupação com o setor motivou 
a proposição da Lei 11.408/2022, que reconhece a atividade educacional e a aula 
presencial como serviço essencial no Município. Igrejas, templos e santuários 
religiosos também entraram no rol de serviços essenciais por força da Lei 
11.330/2021, também de autoria parlamentar. 
A Câmara de BH ainda atuou de forma propositiva e colaborativa nos projetos 
do Executivo que deram origem às Leis 11.315/2021, que garantiu incentivos à 
regularização tributária, desoneração, desburocratização e recuperação de 
atividades econômicas; 11.314/2021, que criou o Programa Auxílio Belo Horizonte, 
favorecendo mais de 75 mil famílias carentes atingidas pela crise; e 11.422/2022, 
que garantiu o pagamento de parcelas adicionais do benefício. Os valores previstos 
inicialmentepela Prefeitura para o Auxílio BH foram aumentados graças à 
colaboração da Casa, que devolveu R$ 80 milhões de seu próprio orçamento; com 
essa verba foi possível ampliar de R$ 160 milhões para R$ 240 milhões os recursos 
destinados ao programa. 
 
Aprofunde sua pesquisa investigando indicadores de saúde específicos para o 
seu município e selecione pelo menos dois para análise. Considere examinar 
dados relacionados à morbidade, abrangendo doenças crônicas como 
diabetes e hipertensão arterial, assim como doenças infecciosas como 
dengue, tuberculose e hanseníase. Você também pode explorar taxas de 
mortalidade, indicadores de saúde materno-infantil e cobertura de exames ou 
imunização, entre outros possíveis. 
Após a escolha dos indicadores, promova uma discussão sobre eles, 
estabelecendo um contraponto com os recursos disponíveis em seu 
município. Reflita sobre esses dados e expresse sua opinião, destacando a 
relevância dos indicadores escolhidos para a saúde local. 
 
 Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de Dengue, 
 
 
10 
Chikungunya e Zika em Belo Horizonte 
 
Até 15/4, Minas Gerais registrou 1.045.321 casos prováveis (casos 
notificados, exceto os descartados) de dengue. Desse total, 434.378 casos foram 
confirmados para a doença. Até o momento, há 238 óbitos confirmados por dengue 
no estado e 692 estão em investigação. 
Em relação à febre Chikungunya, foram registrados 86.314 casos prováveis 
da doença, dos quais 58.585 foram confirmados. Até o momento, 35 óbitos foram 
confirmados por Chikungunya em Minas Gerais e 34 estão em investigação. 
Quanto ao vírus Zika, até o momento, foram registrados 216 casos prováveis. 
Foram confirmados 20 casos da doença. Não há óbitos confirmados ou em 
investigação por Zika em Minas Gerais. 
Levando em consideração, os elevados números de casos de Dengue e 
Chikungunya é importante saber como está a imunização para essas doenças na 
capital mineira. 
Para evitar a perda de imunizantes e garantir a vacinação da população, a 
partir desta sexta-feira (19/04/2024), a Prefeitura de Belo Horizonte vai concentrar a 
oferta das vacinas. A doses contra dengue serão ofertadas em 13 postos de saúde e 
contra a covid-19 em 30 unidades. Os endereços dos locais que vão ofertar os 
imunizantes em cada regional, por tipo, podem ser verificados on-line. 
A estratégia tem como objetivo otimizar a utilização das doses, já que a 
Secretaria Municipal de Saúde conta com estoque baixo dessas vacinas. No 
momento, o município aguarda o envio, por parte do Ministério da Saúde, de novas 
remessas para redistribuição aos demais pontos de vacinação. 
A Prefeitura reafirma a disponibilidade de pessoal e de todos os insumos 
necessários para a imediata ampliação dos pontos de imunização, tão logo as doses 
sejam repassadas. 
A aplicação das doses contra a dengue, seguindo orientação do Ministério da 
Saúde, são exclusivas para o público de 10 a 14 anos. O esquema vacinal da 
Qdenga é composto por duas doses, que devem ser aplicadas em um intervalo de 
três meses. Para receber o imunizante é necessária a presença dos pais, mães ou 
responsáveis legais. 
Já o imunizante bivalente contra a covid-19 é anual e está disponível para o 
público prioritário, que pode ser verificado no portal da Prefeitura. Os grupos podem 
https://prefeitura.pbh.gov.br/saude/informacoes/vigilancia/vigilancia-epidemiologica/doencas-transmissiveis/dengue/vacinacaodengue
https://prefeitura.pbh.gov.br/saude/covid-19-pontos-de-vacinacao-bivalente
https://prefeitura.pbh.gov.br/campanha-de-vacinacao-contra-covid-19
 
 
11 
receber a dose desde que tenham, pelo menos, seis meses desde a última 
aplicação. 
É importante ressaltar que para combater a dengue é necessário que cada 
um faça a sua parte em casa, evitando água parada. 
A vacinação contra a covid-19 também é importante pois com o tempo seco e 
a chegada de frentes frias há um aumento de doenças respiratórias. Pessoas com a 
vacina imunizante contra a covid-19 em dia podem ter menos complicações pela 
doença, principalmente as acometidas por doenças respiratórias. 
 
 
 
12 
3 ATIVIDADE 2 
Diante da complexidade e dinâmica das necessidades de saúde em nossas 
comunidades, é fundamental explorar as perspectivas individuais para 
identificar lacunas e oportunidades de aprimoramento. Nesse contexto, 
convidamos você a refletir sobre a sua visão pessoal acerca dos serviços de 
saúde em seu município. Em particular, gostaríamos de saber qual serviço de 
saúde você considera necessário e que, até o presente momento, ainda não 
está disponível. Sua contribuição desempenha um papel fundamental na busca 
por soluções que possam impactar positivamente a qualidade e abrangência 
dos cuidados de saúde em nossa localidade. 
Para auxiliar esta atividade você deve detalhar as etapas que compreendem o 
Design Thinking, abordagem utilizada para o desenvolvimento de produtos e 
serviços. 
 
Belo Horizonte conta atualmente com 152 centros de saúde, 596 equipes de 
Estratégia Saúde da Família, o Hospital Metropolitano Odilon Behrens (HOB), o 
Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC). 
São oito Centros de Referência em Saúde Mental (CERSAM), cinco Centros 
de Referência em Saúde Mental Álcool e outras (CERSAM-AD) e três Centros de 
Referência em Saúde Mental Infantojuvenil (CERSAMi). A capital conta ainda com 9 
Centros de Convivência. 
Na atenção especializada, são cinco Unidades de Referência Secundária 
(URS), nove Centros de Especialidades Médicas (CEM), quatro Centros de 
Especialidades Odontológicas (CEO), quatro Centros de Reabilitação (CREAB), dois 
Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), dois Centros de 
Testagem e Aconselhamento (CTA), um Centro Municipal de Oftalmologia (CMO), 
um Centro Municipal de diagnóstico por imagem (CMDI). 
A rede de Urgência e Emergência é composta por nove Unidades de Pronto 
Atendimento (UPAs), um Serviço de Urgência Psiquiátrica Noturno (SUP) e o SAMU. 
A rede de apoio ao diagnóstico possui cinco laboratórios distritais, um 
laboratório central, um laboratório de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e 
nove laboratórios de UPA. 
 
 
13 
A Vigilância em Saúde tem em a estrutura um Laboratório de Bromatologia, 
um Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais (CRIE), um Laboratório de 
Zoonoses, um Centro de Controle de Zoonoses, cinco centros de esterilização de 
cães e gatos, uma Unidade Móvel de Castração e o Serviço de Atenção ao Viajante. 
Na promoção à saúde, são 82 Academias da Cidade em funcionamento, com 
mais de 15 mil alunos e locais que promovem a prática Lian Gong. 
A área da saúde em Belo Horizonte é extremamente completa e é uma 
referência em todo o Estado, ao ponto de ter condições de prestar atendimento à 
população local e pacientes de cidades da região metropolitana e interior de Minas 
Gerais. Não há do que reclamar dos serviços prestados nas unidades de saúde de 
Belo Horizonte. 
Conforme a atividade solicitada, as etapas que compreendem o Design 
Thinking são: imersão, ideação, prototipação e desenvolvimento. 
 
 Imersão 
A primeira etapa sugere um mergulho em tudo o que envolve e afeta a sua 
empresa. Aqui, é válido realizar uma análise SWOT, que mapeia as ameaças, 
oportunidades, fraquezas e pontos fortes do seu negócio, tanto do ponto de vista 
interno quanto da perspectiva externa. 
Sendo assim, não hesite em coletar feedbacks de clientes, observar o 
desempenho de colaboradores e se aprofundar na política organizacional da firma. 
Apenas a partir de um conhecimento completo sobre o negócio é possível criar 
soluções que possam ser efetivamente utilizadas. 
Lembre-se de não cair no erro de olhar apenas para o próprio umbigo. Mais 
do que os processos internos da empresa, é preciso considerar a situação política e 
econômica do país, as ações dos competidores etc. 
 
 Ideação 
Uma vez concluído o processo deimersão, você já terá identificado os pontos 
que precisam ser melhorados e aqueles que podem ser deixados como estão. 
Então, é hora da próxima fase, comumente chamada de ideação. Como o nome 
sugere, é hora de produzir idéias relevantes para realizar as melhorias necessárias. 
Nesse ponto, é fundamental trazer insights obtidos com a utilização de 
técnicas de big data, que aumentam as chances de eficiência do processo. 
 
 
14 
Para ter uma idéia, segundo o State of Marketing 2024, estudo realizado por 
líderes do mercado como HubSpot, Litmus, Rock Content e Search Engine 
Journal, 14% dos profissionais de marketing enfrentam o desafio de ter dados de 
baixa qualidade. 
Portanto, a aplicação correta de big data no design thinking é crucial para 
garantir a qualidade e relevância das informações utilizadas na ideação. 
Aí, é só reunir as equipes envolvidas e adotar técnicas como 
o brainstorming, que incentiva e valoriza o compartilhamento de muitas idéias. 
 
 Prototipação 
Depois de reunir uma grande quantidade de idéias relevantes, é hora de 
impor um filtro sobre elas e escolher as que você (ou o grupo) considera com 
maiores chances de sucesso. Para reduzir o risco de falhas, é recomendado criar 
protótipos do que foi idealizado antes de realmente investir em sua execução. 
Se você está desenvolvendo um novo produto, por exemplo, essa é a hora de 
investir em uma versão beta, ou seja, não definitiva. Então, a partir dos testes 
realizados, você pode decidir se a idéia está pronta para ser finalizada ou se ajustes 
ainda precisam ser feitos. 
Se o assunto em questão é um serviço, você pode montar protótipos mais 
abstratos, como representações gráficas que simulem as ações reais. 
 
 Desenvolvimento 
Finalmente, chegamos ao desenvolvimento. Aqui é a hora de tirar tudo do 
papel e colocar para funcionar de verdade. Em caso de lançamento de produtos, 
tome as medidas para chamar a atenção do público para o fato, garantindo que ele 
não caia em ostracismo. 
Nessa parte, entram em ação os setores de comunicação e publicidade da 
empresa. Sua missão é vender a solução ao público de modo que ela seja bem-
aceita. Em todos os casos, o processo não acaba aqui. 
É preciso manter um monitoramento constante a fim de identificar pontos de 
melhorias e avaliar o sucesso da operação. 
 
A aplicação do Design Thinking aos cuidados de saúde pode melhorar a 
inovação, a eficiência e a eficácia, aumentando o foco no paciente. Os sistemas de 
 
 
15 
saúde exigem inovação contínua para atender às necessidades de pacientes e 
provedores. No entanto, essas partes interessadas nem sempre são consideradas 
quando novas intervenções ou processos do sistema são projetados, resultando em 
produtos que permanecem sem uso porque não levam em conta o contexto humano, 
necessidade ou falibilidade. 
O Design Thinking pode ser utilizado no gerenciamento de doenças 
cardiovasculares e é especialmente útil na concepção de intervenções para 
populações cujas necessidades podem ser negligenciadas por outras abordagens. 
Por exemplo, o estudo de uma ferramenta de saúde móvel para detectar e o 
gerenciamento de doenças cardiovasculares na Índia rural exigiu feedback 
significativo dos usuários finais – profissionais de saúde minimamente treinados – 
para garantir que a intervenção fosse adequada ao seu nível de familiaridade 
tecnológica, bem como à infra-estrutura técnica inconsistente (por exemplo, criar um 
sistema de navegação de um toque). O uso do Design Thinking permitiu que a 
equipe multidisciplinar questionasse suposições e vieses e desenvolvesse uma 
intervenção que foi bem-sucedida, aceitável e viável para os usuários reais, um 
resultado que pode não ter sido possível usando métodos tradicionais. 
Também pode ser utilizado no aprimoramento do uso de anticoncepcionais de 
longa duração. Outro estudo avaliou o impacto de uma ferramenta educacional para 
aprimorar o uso de anticoncepcionais de longa duração em uma clínica que atende 
principalmente pacientes afro-americanos que foram incluídos no início do processo 
de teste de usabilidade para garantir que a ferramenta atendesse às suas 
necessidades. Como resultado, várias mudanças foram feitas, como a inclusão de 
mais depoimentos de colegas, o que provavelmente aumentou o impacto e a 
relevância da ferramenta. Dessa forma, o Design Thinking também pode combinar 
bem com outras abordagens que priorizam a inclusão dos usuários no serviço de 
redução das disparidades de saúde, como a pesquisa participativa de base 
comunitária. 
 
 
 
 
 
16 
4 ATIVIDADE 3 
Agora, é necessário definir um objetivo específico para direcionar os 
resultados do seu projeto. Este objetivo pode ser, inclusive, a concepção 
desenvolvida na aplicação do Design Thinking anteriormente elaborado. Com 
o objetivo estabelecido, a tarefa nesta fase é criar uma Estrutura Analítica do 
Projeto (EAP). Em outras palavras, por meio da EAP, você construirá a 
estrutura fundamental do seu projeto, considerando que essa ferramenta será 
utilizada para discutir com os gestores da empresa os possíveis 
encaminhamentos, como, por exemplo, os recursos disponíveis para a 
operacionalização. A EAP consiste na decomposição do trabalho necessário 
para a realização do projeto em pacotes de tarefas menores, organizados 
hierarquicamente de cima para baixo. Essa organização não segue 
necessariamente a ordem exata, mas a mais apropriada. 
 
EAP para criação de web site para Centro de Saúde Pindorama 
 
 
 
 
 
 
 
17 
5 ATIVIDADE 4 
A busca por um sistema de saúde eficiente e adaptado às necessidades 
específicas de uma comunidade requer uma cuidadosa consideração sobre o 
modelo de gestão a ser adotado. Neste contexto, convidamos você a explorar 
e compartilhar suas idéias sobre o modelo de gestão mais adequado para o 
serviço de saúde que você idealizou. Sua perspectiva é importante, pois irá 
não apenas definir a estrutura organizacional, mas também influenciar 
diretamente a eficácia e a qualidade dos cuidados prestados. Ao explicar as 
razões por trás da sua escolha, você contribuirá significativamente para o 
desenvolvimento de um serviço de saúde que atenda de maneira eficaz e 
sustentável às demandas da comunidade. 
 
Na saúde pública, o Brasil tem um dos maiores sistemas do mundo, o que 
acarreta a complexidade de gerenciar uma rede tão grande e capilarizada. Afinal, 
todos os 210 milhões de brasileiros, em mais de 5 mil municípios, são contemplados 
de alguma maneira pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Uma gestão que nunca foi 
simples se tornou ainda mais desafiadora diante das questões políticas e 
econômicas vividas pelo País — que impactam diretamente a saúde pública. 
Enquanto isso, um quarto da população brasileira recorre aos serviços 
de saúde suplementar: são cerca de 47 milhões de usuários, além dos milhares de 
profissionais vinculados a essas empresas, que enfrentam seus próprios desafios. 
Os hospitais, laboratórios e médicos se queixam de receberem pouco, e os 
pacientes acreditam pagar caro por seus planos. Mesmo com reajustes acima da 
média — entre 7,3% e 17%, de 2019 para 2020, contra 2,4% de inflação —, quem 
trabalha com planos de saúde sabe que é difícil fechar a conta. 
Esse cenário remete a algo que muitos especialistas em saúde, em todo o 
Brasil, se questionam constantemente: como solucionar isso e criar um sistema de 
saúde que seja sustentável? 
O médico estadunidense Harvey Fineberg — conhecido por seu trabalho na 
Universidade de Harvard — traz uma visão muito clara e interessante sobre esse 
assunto, em um artigo publicado pelo The New England Journal of Medicine. Em 
primeiro lugar, ele elenca o que um sistema de saúde precisa ter para ser bem-
sucedido: pessoas saudáveis, um cuidado superior (isto é, um cuidado efetivo, 
https://summitsaude.estadao.com.br/mitos-e-verdades-sobre-o-sus/
https://summitsaude.estadao.com.br/quais-sao-os-principais-desafios-da-saude-suplementar-no-brasil/https://summitsaude.estadao.com.br/saude-brasil-como-o-brasileiro-ve-a-saude-publica-no-pais/
 
 
18 
seguro, centrado no paciente e eficiente) e justiça (um sistema que trata todos da 
mesma maneira e é justo também com os profissionais). 
Contudo, para ser sustentável, esse sistema de saúde precisa de outros três 
atributos-chave: 
1) ser acessível financeiramente para pacientes, empresas e governos; 
2) ser bem aceito por quem faz parte dele, o que inclui pacientes e profissionais de 
saúde; 
3) ser adaptável, já que as necessidades de saúde mudam constantemente e os 
sistemas precisam responder a mudanças demográficas, novas doenças e 
descobertas científicas, entre outras questões. 
Uma grande parcela dos gestores de saúde brasileiros está ciente dos 
problemas existentes — tanto na saúde pública quanto na privada —, e os princípios 
para a criação de um sistema mais sustentável são bastante claros, como foi 
exposto no item anterior. Mesmo assim, realizar mudanças substanciais no dia a dia 
dos serviços de saúde em todo o país é uma tarefa bastante complexa. Afinal, quais 
são as questões que devem ser resolvidas primeiramente? 
Em um artigo de opinião publicado pelo portal Saúde Business, a médica e 
especialista em gestão de saúde Cátia Motta observa que os modelos de 
remuneração usados hoje em dia, principalmente na saúde privada/suplementar, 
tornam o sistema insustentável. 
O modelo de conta aberta e de pagamento por serviço, em primeiro lugar, 
estimula um maior uso dos serviços de saúde. Além disso, os sistemas de saúde 
brasileiros trabalham com o conceito do mutualismo, em que os mais jovens pagam 
mais do que consomem e compensam os gastos maiores das pessoas de mais 
idade. Essa fórmula não se sustenta quando, por um lado, a população vive cada 
vez mais e, por outro, os jovens não cultivam bons hábitos de saúde. Tudo isso 
pressiona os sistemas. 
Em vista disso, Motta defende um modelo de promoção da saúde e 
prevenção de doenças, baseado principalmente na disseminação de informação. 
Dessa forma, os serviços — como hospitais e pronto-socorros — seriam acionados 
apenas quando necessários. Além de diminuir a sobrecarga dos sistemas de saúde, 
isso contribuiria para a qualidade de vida da população de maneira geral. 
Hudson Pacífico da Silva, especialista em saúde pública da Universidade de 
Montréal, faz observações semelhantes às de Motta e ainda defende políticas 
https://summitsaude.estadao.com.br/saude-suplementar-no-brasil-discussoes-sobre-o-setor-privado/
 
 
19 
públicas que enxerguem a saúde além dos serviços diretamente relacionados a ela. 
Isso porque as condições de trabalho, moradia e educação influenciam as 
necessidades de saúde da população — e quanto os sistemas precisam trabalhar 
para atendê-las. Um exemplo claro disso é o saneamento básico, cuja ausência gera 
milhares de internações na rede hospitalar, que poderiam ser evitadas. 
Além disso, Silva argumenta que as inovações tecnológicas, muitas vezes, 
oneram os sistemas de saúde sem que os benefícios também aumentem, na mesma 
proporção. Mais do que medicamentos e terapias de alto custo, é interessante 
pensar em novas estratégias que gerem benefícios sistêmicos, coletivos. Sendo 
assim, o autor defende o conceito de “inovação responsável”. Entre outras questões, 
a inovação responsável foca nas demandas da sociedade, inclui mais atores nos 
processos de desenvolvimento e antecipa possíveis problemas, como custos, ao 
longo da avaliação. 
Baseando-se no conceito de inovação responsável, argumenta Silva, é 
possível criar “inovações de maior valor para a sociedade em termos de equidade e 
sustentabilidade do sistema de saúde”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://summitsaude.estadao.com.br/saude-comeca-antes-do-hospital-veja-quais-sao-os-principais-desafios-da-area/
https://summitsaude.estadao.com.br/4-problemas-gerados-pelo-saneamento-basico-inadequado-no-brasil/
 
 
20 
6 ATIVIDADE 5 
Você, estudante, precisa ter uma compreensão mais profunda acerca da 
responsabilidade civil na área da saúde, a fim de aplicar esse conhecimento 
em suas futuras funções de gestão hospitalar. Para tanto: 
a) Realize uma pesquisa teórica sobre a legislação brasileira que aborda a 
responsabilidade civil na área da saúde, destacando as normas que 
regulamentam a relação médico-paciente e hospital-paciente. 
 
A lei que garante os direitos dos pacientes no Brasil é a Lei nº 8.080, de 19 de 
setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e 
recuperação da saúde. 
Ela é conhecida como a Lei do SUS (Sistema Único de Saúde) e estabelece 
diretrizes para o funcionamento do sistema de saúde no país, bem como os direitos 
e deveres dos pacientes. 
A norma mais relevante para o tema é a Portaria 1820/09 do Ministério da 
Saúde que estabelece: “toda pessoa tem direito ao tratamento adequado e no 
tempo certo para resolver o seu problema de saúde.” 
Além disso, o Código de Ética Médica, elaborado pelo Conselho Federal de 
Medicina, é uma importante fonte de referência para os profissionais da saúde. 
Ele estabelece as normas éticas a serem seguidas durante o exercício da 
medicina, com diretrizes claras para o relacionamento entre médicos e pacientes, 
assim como entre médicos e demais profissionais da área. 
O texto também estabelece obrigações que se convertem em direitos ao 
paciente, como o dever médico de esclarecer as possibilidades e riscos dos 
tratamentos e o acolhimento do paciente e o socorro em casos urgentes. 
Essas leis e normas são fundamentais para garantir a proteção dos direitos 
dos pacientes e a qualidade do atendimento em saúde no Brasil. 
É responsabilidade de todos os profissionais de saúde conhecer e respeitar 
essas leis, a fim de assegurar um atendimento humanizado, ético e de qualidade 
para os pacientes. 
 
 
 
 
21 
 b. Selecionar um caso real ou fictício envolvendo uma situação de 
responsabilidade civil na área da saúde. Analisar os elementos da relação de 
consumo presentes no caso, considerando aspectos como informação, 
vulnerabilidade do paciente, e prestação de serviços. 
 
Nada obstante tratar-se de um conceito aberto, a Portaria do Ministério da 
Saúde nº 2.616 de 12 de maio de 1998, anexo II, item 1.2.1, define infecção 
hospitalar como a infecção adquirida após a admissão do paciente na unidade 
hospitalar e que se manifesta durante a internação ou após a alta quando puder ser 
relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. 
Ainda segundo o Ministério da Saúde, uma infecção pode ser considerada 
como motivada pela cirurgia se manifestar-se até 30 dias após o fato. Em alguns 
casos (no implante de próteses, por exemplo), a infecção hospitalar pode manifestar-
se até um ano após a cirurgia. (FONSECA, 2012) 
Rui Stoco destaca que a noção da responsabilidade pode ser haurida da 
própria origem da palavra, que vem do latim respondere, responder a alguma coisa, 
ou seja, a necessidade que existe de responsabilizar alguém pelos seus atos 
danosos. Essa imposição estabelecida pelo meio social regrado, através dos 
integrantes da sociedade humana, de impor a todos o dever de responder por seus 
atos, traduz a própria noção de justiça existente no grupo social estratificado. 
Revela-se, pois, como algo inarredável da natureza humana. (STOCO, 2007, p. 114) 
Não existe na literatura médica hospital com “zero” de infecção, ou seja, sem 
infecção hospitalar. Impossibilidade que é confirmada por estudo realizado pelo 
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), que deu origem ao relatório 
sobre o Controle de Infecção Hospitalar no Brasil e os Consumidores: 
Embora não exista uma taxa zero de infecção, pois existem aquelas que 
dependem muito do estado do paciente, estudos indicam que um programa 
de controle de infecção hospitalar bem conduzido reduz em 30% a taxa de 
infecção do serviço (IDEC, 2006)O §1º, do artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor dispõe que o serviço 
será defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode 
esperar, devendo ser considerada três circunstâncias relevantes: (1) o modo de 
fornecimento o serviço; (2) o resultado e os riscos que razoavelmente dele se 
esperam e (3) a época em que foi fornecido. 
 
 
22 
A combinação desse texto legal com o §3º do mesmo artigo, aponta para o 
fato de que o fornecedor não deverá sofrer a responsabilização quando inexistente o 
defeito no serviço. Ou seja, uma vez que o hospital comprovar devidamente que 
seguiu à risca as exigências sanitárias da Lei nº 9.431/97 e, principalmente, a 
Portaria do Ministério da Saúde de nº 2.626/98, logrando êxito no controle de 
infecção hospitalar e obtendo redução dos índices de infecção no estabelecimento, 
por certo inexistente o defeito no serviço e, por via de conseqüência, deverá ser 
afastada a responsabilidade do fornecedor ou, na hipótese pior, uma sensível 
redução no quantum indenizatório do paciente. 
Outra hipótese de exclusão da responsabilidade é apresentada no inciso II, do 
artigo 14, do Código de Defesa do Consumidor, a saber, a culpa exclusiva do 
consumidor ou de terceiros. Há casos de infecção hospitalar que podem ser 
imputados exclusivamente ao paciente ou a terceiro, como por exemplo, a infecção 
hospitalar adquirida em outro nosocômio. (GRINOVER, BENJAMIN, et al., 2007) 
Portanto, o hospital não será responsabilizado se conseguir provar que após 
prestar o serviço, como uma cirurgia, por exemplo, não existisse a infecção. Do 
mesmo modo, o hospital é eximido da responsabilidade se a infecção não teve 
causa ali, ou ainda, se a culpa do dano for exclusiva de terceiro ou do próprio 
paciente. 
A responsabilidade civil é um instituto do direito que busca reparar os danos 
causados a terceiros em decorrência de ações ou omissões ilícitas. Para que seja 
configurada, faz-se necessário o preenchimento de alguns elementos essenciais, 
quais sejam: o dano, o nexo causal entre a conduta do agente e o dano, a culpa ou 
dolo do responsável e a existência de um dever jurídico de agir ou abster-se. É 
importante destacar que a responsabilidade civil pode ser de natureza contratual 
ou extracontratual, dependendo da relação jurídica entre as partes envolvidas. 
Os profissionais de saúde, em razão de sua atividade especializada e do 
vínculo de confiança estabelecido com os pacientes, possuem uma 
responsabilidade civil específica. Essa responsabilidade decorre da obrigação de 
agir com prudência, diligência e habilidade na prestação dos serviços de saúde, 
bem como do dever ético de preservar a vida, a saúde e o bem-estar dos 
pacientes. Neste contexto, a análise da responsabilidade civil dos profissionais de 
 
 
23 
saúde é essencial para garantir a proteção dos direitos dos pacientes e a justa 
reparação de eventuais danos causados. 
 
 c. Elabore uma análise crítica do papel dos gestores hospitalares na 
prevenção de situações que possam resultar em responsabilidade civil. 
Considere estratégias de gestão de riscos e políticas internas que visem 
garantir a segurança do paciente e a adequada prestação de serviços. 
 
O administrador hospitalar, tal qual qualquer profissional liberal, é responsável 
pelos atos que pratica e responderá se, destes, algum prejuízo financeiro, 
patrimonial ou moral, sofrer seu empregador ou contratante. 
Fayol (1916) caracterizou a função administrativa como sendo a essencial da 
empresa e a definiu como sendo o conjunto que envolve operações técnicas, 
comerciais, financeiras, de segurança, de contabilidade e administrativas. 
Utilizamos, assim, o Código Civil (CC) como base legal para apurar 
responsabilidades do administrador hospitalar que, por ação ou omissão (fazer ou 
deixar de fazer algo), negligência (descuido, falta de interesse, má vontade, deixar 
de fazer algo que deveria ser feito), ou imprudência (falta de atenção, descuido, 
afoiteza no agir, fazer algo que não deveria ser feito), violar direito ou causar 
prejuízo a outrem (empregador; contratante), fica obrigado a reparar o dano. O 
Código de Defesa do Consumidor, vigente desde 1990, estipula que ‘a 
responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a 
verificação de culpa’, assim caracteriza pela imprudência, negligência ou imperícia 
(desconhecimento da técnica, inabilidade, fazer algo além de sua 
especialidade/capacidade). 
O administrador hospitalar que causar prejuízo a seu empregador ou 
contratante dolosamente (conscientemente; com má-fé) não tem lastro nem moral 
para assim ser rotulado. Aliás, como qualquer profissional. Vamos falar do eventual 
prejuízo causado por culpa, o que gera a responsabilidade civil de indenizar. 
Em sendo o administrador hospitalar ‘responsável pela condução do destino 
do hospital’, sua responsabilidade é equivalente a este desafio. 
Exemplos práticos 
 
 
24 
Para facilitar a percepção, vamos exemplificar algumas situações que podem 
gerar a responsabilidade civil do administrador hospitalar. 
1. Ao se terceirizar uma atividade meio do hospital, o administrador hospitalar 
deve ter todo o cuidado na escolha da empresa que executará o serviço. Isso 
porque o contratante (o hospital, no caso) responderá de forma subsidiária ou 
solidária pelos atos praticados pela pessoa jurídica contratada. Caso seja contratada 
pessoa física sem vínculo de emprego poderá gerar passivo trabalhista para a 
contratante. Ao se contratar uma empresa para prestar serviços ao hospital, o 
administrador hospitalar não pode ter, nunca, a sensação de que tem um problema a 
menos. Ao contrário. Caso ele não tenha tomado cuidado na escolha do terceiro, 
ele, na verdade, arranjou um problema a mais, para si e para o tomador dos 
serviços. E é claro que poderá ser responsabilizado civilmente por isso na exata 
medida dos prejuízos que o terceiro inidôneo, mal escolhido por ele, causou ao seu 
empregador ou contratante. É a conseqüência natural da eleição precipitada e mal 
feita de um prestador de serviços. 
2. O administrador é obrigado a respeitar os objetivos, a filosofia e os padrões 
gerais (como o estatuto social, por exemplo) da organização a que estiver vinculado. 
É o que diz, inclusive, seu próprio Código de Ética. O desrespeito a tais normas (ou 
o excesso de mandado, que é praticar atos além dos constantes/autorizados por sua 
procuração) atrai a responsabilidade civil do profissional na exata medida dos 
prejuízos causados pela inobservância daquelas regras, podendo, inclusive, 
responder a processo administrativo disciplinar perante seu Conselho de Classe, 
além, é claro, de processo judicial. 
3. A experiência já nos permitiu vivenciar situações em que o administrador 
hospitalar pode ser responsabilizado civil, administrativa e até penalmente por seus 
atos ou omissões: 
a) O recolhimento errôneo de impostos em nome do seu contratante (a maior 
ou a menor), gerando multas e autuações; 
b) A não verificação ou não fiscalização acerca da regularidade formal dos 
prestadores de serviços do hospital (diploma dos profissionais liberais devidamente 
registrado nos órgãos competentes, por exemplo; capacidade da prestação de 
serviços (inexistência de óbices administrativos etc.) 
c) A não verificação ou não renovação dos vários alvarás necessários ao regular 
funcionamento do hospital (localização e funcionamento, farmácia, CRM, vigilância 
 
 
25 
sanitária, Polícia Federal etc.) 
d) A não observância da regular existência, formação e funcionamento da CIPA, 
CCIH (e demais comissões), PCMSO, PPRA, SESMET etc. 
e) O não repasse à Previdência Social das respectivas contribuições retidas dos 
empregados, consistindo tal prática em crime previdenciário. 
f) O afastamento de suas atividades profissionais sem comunicação prévia a seu 
contratante/empregador. 
g) A recusa de prestação de contas, bens enumerários que lhe sejam confiados em 
razão do cargo que ocupa. 
4. Já vimos alguns administradores hospitalares serem presos em flagrante 
devido à existência de medicamentos vencidos na farmácia ou de alimentos 
(vencidos) na dispensa. Só o pagamento de fiança os livrou de trás das grades, visto 
haver legislação específica que cuida do assunto. De igual modo, a existência de 
medicamentos importados sem o rótulo devidamente traduzido para o português 
implica, também, em prisão, além de ilícito administrativo. 
É claro que a responsabilidade pelos temas acima exemplificados pode (e 
deve) ser delegada ao profissional competente de cada área. Porém, a 
responsabilidade pelo ilícito ocorrido, em última (ou primeira) análise, é do 
administrador hospitalar. A responsabilidade do chefe do setor do hospital que 
praticou o ilícito deverá (por óbvio) ser apurada num segundo momento, devendo, 
também, ser rigorosamente punido por isso, administrativa (perante seu próprio 
Conselho de Classe), civil e penalmente. 
 
 
 
26 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Com este projeto integrado foi possível perceber a importância do gestor 
hospitalar, principalmente quando se trata da responsabilidade civil na área da 
saúde. O gestor hospitalar é o profissional responsável pela administração de uma 
unidade ou rede de unidades de saúde, incluindo os processos de planejamento, 
avaliação e controle. 
Dependendo do espaço e das equipes pelas quais o gestor é responsável, ele 
pode realizar tarefas mais ou menos complexas. Isso porque, apesar do título de 
gestor hospitalar, esse profissional não cuida apenas de hospitais. Os 
conhecimentos que ele adquire permitem gerenciar unidades de saúde diversas. 
Sempre que o objetivo incluir fornecer cuidados e trabalhar pelo bem-estar do 
cliente, ele poderá estar à frente do negócio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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Jurídicos. Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990. Brasília, v. 128, n. 182, 20 set. 
1990. 
 
BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria 2.616 de 12 de maio de 1998. Brasília: 
Diário Oficial da União, 13 de maio de 1998. Seção 1, p. 133. Disponível em: . 
Acesso em 15 de abril de 2024. 
 
FAYOL, H. Administração industrial e geral: Previsão, organização, comando, 
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FONSECA, H. M. F. D. A responsabilidade civil dos hospitais e a presunção do nexo 
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Catarina, 2012. Disponível em: 
https://uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/revistas/20180511142808.pdf. Acesso em 15 
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pelos Autores do Anteprojeto. 9. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007. 
 
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Brasileiro de Defesa do Consumidor, 2006. Disponível em: 
https://uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/revistas/20180511142808.pdf. Acesso em 15 
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STOCO, R. Tratado de responsabilidade civil: doutrina e jurisprudência. 7. ed. São 
Paulo: Revista dos Tribunais, 2007 
 
 
 
 
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