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QUESTÕES PARA FIXAÇÃO DA LEI N 8112 - 500 questões

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EXERCÍCIOS DA LEI 8.112/90 
 1 
 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
1 ( ). A lei nº. 8.112/90 institui o regime jurídico dos 
servidores públicos civis da União, dos Estados, DF 
e Municípios, excluindo os servidores das 
autarquias em regime especial, que são regidas por 
legislação especial. 
2 ( ). Conforme a Lei n°. 8.112 de 11 de dezembro de 
1990, servidor é a pessoa legalmente investida em 
cargo público. 
3 ( ). Servidor público é a pessoa que ocupa cargo 
público possuindo vínculo estatutário. 
4 ( ). Empregado público é a pessoa legalmente 
investida em cargo público possuindo vínculo 
contratual com a Administração. 
5 ( ). Cargo público é o conjunto de atribuições e 
responsabilidades cometidas a um servidor. 
6 ( ). Os cargos públicos, criados por decreto, são para 
provimento em caráter efetivo ou em comissão. 
7 ( ). Os cargos públicos, criados por lei, são acessíveis 
somente aos brasileiros natos. 
8 ( ). Tanto o cargo efetivo quanto o cargo em comissão 
são de livre nomeação e exoneração. 
9 ( ). Os cargos em comissão poderão ser exercidos 
somente para atividades de direção, chefia e 
assessoramento. 
10 ( ). Os servidores temporários ocupam cargo público, 
porém não é obrigatória a realização de concurso 
público. 
11 ( ). A Lei n°. 8.112/90 prevê o provimento de cargos 
públicos para estrangeiros. 
12 ( ). Os servidores poderão ser regidos pelo regime 
estatutário e trabalhista. 
13 ( ). Os servidores públicos devem ser regidos por um 
regime jurídico único. 
 
Provimento, Vacância, Remoção, 
Redistribuição e Substituição 
 
14 ( ). O nível de escolaridade, entre outros, é requisito 
para a investidura em cargo público. 
15 ( ). São requisitos básicos para investidura em cargo 
público, entre outros, a nacionalidade brasileira, 
aptidão física e mental, o gozo dos direitos 
políticos e a quitação com as obrigações 
eleitorais. 
16 ( ). A nacionalidade brasileira, requisito básico para 
investidura em cargo público, abrange os natos, 
naturalizados e portugueses equiparados. 
17 ( ). É assegurado aos portadores de deficiência o 
direito de se inscrever em qualquer concurso 
público, na qualidade de deficiente físico. 
18 ( ). Aos portadores de deficiência serão reservadas 
20% das vagas oferecidas no concurso. 
19 ( ). As universidades e as instituições de pesquisa 
científica e tecnológica federais poderão prover 
seus cargos cora professores, técnicos e 
cientistas estrangeiros. 
20 ( ). A investidura do cargo público ocorrerá com o 
exercício. 
21 ( ). O provimento de todos os cargos públicos 
far-se-á mediante ato do Presidente da 
República. 
22 ( ). Readaptação não representa forma de 
provimento, mas sim de vacância. 
23 ( ). A Lei n°. 8.112/90 estabelece como formas de 
provimento, entre outras, a nomeação, promoção, 
ascensão, aproveitamento e a readaptação. 
24 ( ). Nomeação é a forma de provimento originária. 
25 ( ). O ato de nomeação far-se-á em caráter efetivo 
para cargos de confiança vagos. 
26 ( ). A nomeação far-se-á em comissão, inclusive na 
condição de interino, para os cargos de confiança 
vagos. 
27 ( ). O servidor ocupante de cargo em comissão ou de 
natureza especial poderá ser nomeado para ter 
exercício, interinamente, em outro cargo de 
confiança, hipótese em que deverá optar pela 
remuneração de um deles. 
28 ( ). O concurso será de provas ou de provas e títulos, 
e, sua validade, será de até 2 anos, podendo ser 
prorrogado uma única vez, por igual período. 
29 ( ). O prazo de validade do concurso e as condições 
de sua realização serão fixados em lei. 
30 ( ). De acordo com a Lei n°. 8.112/90, não se abrirá 
novo concurso enquanto houver candidato 
aprovado em concurso anterior com prazo de 
validade não expirado. 
31 ( ). A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo 
termo, no qual deverão constar somente as 
atribuições inerentes ao cargo ocupado. 
32 ( ). O candidato nomeado que não tomar posse será 
exonerado. 
33 ( ). O candidato aprovado dentro do número de 
vagas tem direito subjetivo a nomeação. 
34 ( ). O candidato que tomar posse e não entrar em 
exercício será demitido. 
35 ( ). A investidura do cargo público ocorrerá com a 
posse. 
36 ( ). O servidor terá o prazo de 30 dias, contados da 
data da posse, para entrar em exercício. 
37 ( ). A posse ocorrerá no prazo de 30 dias, contados 
da data da publicação do ato de provimento. 
38 ( ). Segundo a Lei n°. 8.112/90, a posse poderá 
ocorrer por meio de procuração específica. 
39 ( ). Só haverá posse nos casos de provimento de 
cargo por nomeação, comissão e ascensão. 
40 ( ). No ato da posse, é facultado ao servidor 
apresentar declaração de bens e valores. 
41 ( ). No ato da posse, o servidor apresentará 
declaração quanto ao exercício ou não de outro 
cargo, emprego ou função pública. 
42 ( ). A posse independe de prévia inspeção médica 
oficial. 
43 ( ). Exercício é o efetivo desempenho das funções do 
cargo. 
44 ( ). Em regra, o início do exercício de função de 
confiança coincidirá com a data do ato de 
provimento. 
45 ( ). O início, a suspensão, a interrupção e o reinicio 
do exercício serão registrados no assentamento 
individual do servidor. 
46 ( ). No ato da posse, o servidor apresentará ao órgão 
competente os elementos necessários ao seu 
assentamento individual. 
47 ( ). A promoção interrompe o tempo de exercício. 
EXERCÍCIOS DA LEI 8.112/90 
 2 
 
48 ( ). Um indivíduo aprovado em concurso público deve 
passar pelas seguintes fases: posse, nomeação e 
exercício, nesta ordem. 
49 ( ). O servidor que for removido, redistribuído, 
requisitado, cedido ou posto em exercício 
provisório em outro município terá o prazo 
máximo de 15 dias, contados da publicação do 
ato, para a retomada do efetivo desempenho das 
atribuições do cargo. 
50 ( ). A duração máxima do trabalho semanal será de 
quarenta e quatro horas, observados os limites 
diários. 
51 ( ). O servidor ocupante de cargo em comissão ou 
função de confiança submete-se a regime de 
integral dedicação ao serviço. 
52 ( ). Em regra, o servidor não aprovado em estágio 
probatório será exonerado ou, se estável, 
reconduzido ao cargo anteriormente ocupado. 
53 ( ). Estágio probatório é o período em que se avalia a 
aptidão e a capacidade do servidor para o 
exercício do cargo. 
54 ( ). A produtividade do servidor não será objeto de 
avaliação para o desempenho do cargo. 
55 ( ). Durante o estágio probatório, o servidor será 
avaliado apenas pela assiduidade, pontualidade, 
responsabilidade e disciplina. 
56 ( ). Seis meses antes de concluir o período do 
estágio probatório, a avaliação de desempenho 
do servidor será submetida à homologação da 
autoridade competente. 
57 ( ). O servidor reprovado em estágio probatório será 
demitido se não for estável. 
58 ( ). Não é permitido ao servidor em estágio probatório 
exercer função de direção, chefia ou 
assessoramento. 
59 ( ). O período de estágio probatório ficará suspenso, 
em todos os casos, quando o servidor for 
afastado para estudo ou missão no exterior. 
60 ( ). Ao servidor em estágio probatório poderá ser 
concedida licença por motivo de afastamento do 
cônjuge ou companheiro. 
61 ( ). O servidor em estágio probatório poderá ser 
afastado para exercício de mandato classista. 
62 ( ). No estágio probatório, poderá ser concedido ao 
servidor, afastamento para participar de curso de 
formação decorrente de aprovação em concurso 
para outro cargo na Administração Pública 
Federal. 
63 ( ). Conquistará estabilidade no serviço público, o 
servidor que completar 2 anos de efetivo 
exercício. 
64 ( ). O servidor estável perderá o cargo somente em 
virtude de sentença judicial, sendo assegurada 
ampladefesa. 
65 ( ). A investidura de servidor em cargo compatível 
com limitação, mental ou física, sofrida 
denomina-se readaptação. 
66 ( ). A readaptação será efetivada em cargo de 
atribuições afins, podendo sofrer alterações nos 
vencimentos; e inexistindo cargo vago, o servidor 
ficará em disponibilidade. 
67 ( ). Aproveitamento é uma das formas de vacância 
que constitui o retorno do servidor que estava em 
disponibilidade. 
68 ( ). Reversão é o retorno do servidor demitido 
injustamente. 
69 ( ). No interesse da Administração, o servidor poderá 
ser revertido desde que, entre outros requisitos, 
tenha solicitado a reversão e estável quando na 
atividade. 
70 ( ). A reversão do servidor aposentado poderá 
ocorrer desde que o servidor tenha no máximo 
setenta e cinco anos de idade. 
71 ( ). A reversão ocorrerá no mesmo cargo ou no cargo 
resultante de sua transformação. 
72 ( ). Quando declarado por junta médica oficial que os 
motivos da aposentadoria são insubsistentes, o 
servidor será revertido. Encontrando-se provido o 
cargo, o servidor ficará em disponibilidade até a 
ocorrência de vaga. 
73 ( ). Reintegração é uma forma de provimento que 
consiste na reinvestidura do servidor estável ao 
cargo anteriormente ocupado, quando invalidada 
a sua demissão por decisão administrativa ou 
judicial. 
74 ( ). Quando ocorrer a reintegração e o cargo tiver 
sido extinto, o servidor exercerá suas atribuições 
como excedente. 
75 ( ). A reintegração é a reinvestidura do servidor 
estável no cargo anteriormente ocupada 
Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual 
ocupante será revertido ao cargo de origem. 
76 ( ). Á recondução ocorrerá quando o servidor estável 
reprova em estágio probatório relativo a outro 
cargo. 
77 ( ). O retorno do servidor estável ao cargo de 
origem denomina-se recondução. 
Encontrando-se provido o cargo, o servidor será 
aproveitado em outro cargo. 
78 ( ). Aproveitamento é o retorno do servidor que 
estava em disponibilidade em cargo de 
atribuições e vencimentos compatíveis com o 
anteriormente ocupado. 
79 ( ). João, servidor estável, retornou ao cargo 
anteriormente ocupado devido à reintegração de 
Pedro, ocupante anterior do cargo. Esse fato 
caracteriza-se como uma forma de provimento 
denominada remoção. 
80 ( ). O aproveitamento será tornado sem efeito e a 
disponibilidade será cassada, se o servidor não 
entrar em exercício no prazo legal, salvo doença 
comprovada por junta médica. 
81 ( ). A vacância do cargo público decorrerá, entre 
outras formas, de demissão, exoneração, 
transferência e falecimento. 
82 ( ). A vacância poderá resultar de posse em outro 
cargo inacumulável. 
83 ( ). É correto afirmar que a vacância de cargo público 
decorrerá, entre outros, da readaptação do 
servidor. 
84 ( ). A exoneração é forma de vacância de cargo 
público e tem caráter punitivo. 
85 ( ). A redistribuição de servidores constitui forma de 
vacância. 
86 ( ). Redistribuição é o deslocamento do cargo de 
provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito 
EXERCÍCIOS DA LEI 8.112/90 
 3 
 
do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou 
entidade do mesmo Poder. 
87 ( ). Segundo a Lei n°. 8.112/90, a vacância de cargo 
público decorrerá somente de demissão, 
exoneração, promoção, readaptação, posse em 
outro cargo inacumulável, aposentadoria e 
falecimento. 
88 ( ). A exoneração dar-se-á somente de ofício. 
89 ( ). A exoneração de cargo em comissão dar-se-á 
apenas ajuízo da autoridade competente. 
90 ( ). A dispensa de função de confiança dar-se-á 
ajuízo da autoridade competente ou a pedido do 
próprio servidor. 
91 ( ). A exoneração de cargo em comissão e a 
dispensa de função de confiança ocorrerá quando 
não satisfeitas as condições do estágio 
probatório. 
92 ( ). De acordo com Lei n°. 8.112/90, remoção é o 
deslocamento de cargo de provimento efetivo no 
âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança 
de sede. 
93 ( ). Independentemente do interesse da 
Administração, a remoção poderá ocorrer a 
pedido do servidor, para outra localidade, para 
acompanhar cônjuge ou companheiro, também 
servidor público civil ou militar, que foi deslocado 
no interesse da Administração. 
94 ( ). A remoção ocorrerá de oficio, independente do 
interesse da Administração, para outra 
localidade. 
95 ( ). Entre as modalidades de remoção, tem-se a 
remoção a pedido, a critério da Administração. 
96 ( ). A redistribuição ocorrerá ex officio para 
ajustamento de lotação e da força de trabalho às 
necessidades dos serviços, inclusive nos casos 
de reorganização, extinção ou criação de órgãos 
ou entidade. 
97 ( ). Os servidores investidos em cargo ou função de 
direção ou chefia e os ocupantes de cargo de 
natureza especial terão substitutos indicados em 
resolução do órgão. 
98 ( ). O substituto do servidor investido em função de 
direção assumirá, automática e cumulativamente, 
o exercício da função de direção, nos 
afastamentos legais do titular, devendo optar pela 
remuneração de um deles durante o respectivo 
período. 
 
DIREITOS E VANTAGENS 
 
99 ( ). Vencimento é a retribuição pecuniária pelo 
exercício do cargo público, com valor fixado em 
decreto executivo. 
100 ( ). Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, 
acrescido das vantagens pecuniárias 
permanentes estabelecidas em lei. 
101 ( ). Conforme a Lei n°. 8.112/90, nenhum servidor 
receberá, a título de vencimento, importância 
inferior ao salário-mínimo. 
102 ( ). O servidor perceberá a remuneração do dia em 
que faltar ao serviço, sem motivo justificado. 
103 ( ). Não poderá ser descontado do servidor, a 
parcela de remuneração diária, proporcional 
aos atrasos, ausências justificadas e saídas 
antecipadas, pois não são prejudiciais ao 
serviço. 
104 ( ). As faltas justificadas decorrentes de caso 
fortuito ou de força maior poderão ser 
compensadas a critério da chefia imediata, 
sendo consideradas como efetivo exercício. 
105 ( ). Nunca poderão incidir descontos sobre a 
remuneração ou proventos do servidor público 
federal. 
106 ( ). Poderá haver consignação em folha de 
pagamento a favor de terceiros mediante 
autorização do servidor, independente da 
concordância da Administração. 
107 ( ). As reposições e indenizações ao erário serão 
previamente comunicadas ao servidor, podendo 
ser parceladas, a pedido do interessado. 
108 ( ). A indenização poderá ser feita em parcelas cujo 
valor não excederá a 20% da remuneração ou 
provento. 
109 ( ). As reposições e indenizacões ao erário poderão 
ser parceladas, desde que o valor de cada 
parcela não seja inferior a 10% da 
remuneração, provento ou pensão. 
110 ( ). Quando constado pagamento indevido no mês 
anterior ao do processamento da folha, a 
reposição será feita em 2 parcelas, desde que 
as parcelas não excedam a 30% da 
remuneração ou provento. 
111 ( ). O servidor em débito com o erário, que for 
demitido ou exonerado, terá o prazo de noventa 
dias para quitar o débito. 
112 ( ). Conforme previsto na Lei n°. 8.112/90, o 
servidor que não quitar o débito com o erário, no 
prazo previsto em lei, terá seu nome inscrito no 
SERASA. 
113 ( ). O servidor em débito com o erário que tiver sua 
disponibilidade cassada deverá quitar o débito 
no prazo legal de sessenta dias. 
114 ( ). Maria Clara, servidor pública, em razão de 
decisão liminar, recebeu a quantia de R$ 
10.000,00. A referida decisão foi posteriormente 
cassada. Nesse caso, o valor percebido por 
Maria Clara não precisa ser restituído, uma vez 
que a Lei prevê que "a lei não retroagirá, salvo 
para beneficiar o réu". 
115 ( ). O vencimento, a remuneração e o provento não 
serão objetos de arresto, sequestro ou penhora, 
exceto nos casos de dívidas com terceirose 
pensão alimentícia. 
116 ( ). Além do vencimento, poderão ser pagas ao 
servidor as vantagens de indenização, 
gratificações e adicionais. 
117 ( ). As indenizacões, em hipótese alguma, 
incorporam-se ao vencimento ou provento. 
118 ( ). Assim como a indenização, as gratificações e os 
adicionais não se incorporam aos vencimentos. 
119 ( ). Para efeito de concessão de quaisquer outros 
acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo 
título ou idêntico fundamento, as vantagens 
pecuniárias não serão computadas, nem 
acumuladas. 
EXERCÍCIOS DA LEI 8.112/90 
 4 
 
120 ( ). São espécies de indenização a ajuda de custo, 
as diárias, o transporte e o auxílio-moradia. 
121 ( ). A indenização incluída recentemente na Lei n°. 
8.112, de 11 de novembro de 1990, é o 
auxílio-moradia. 
122 ( ). A ajuda de custo destina-se a compensar as 
despesas de instalação do senador que, no 
interesse da administração, passar a ter 
exercício em nova sede, em caráter transitório. 
123 ( ). Maria, servidora pública, casada com António, 
também servidor público, passa a ter exercício 
em nova sede, com mudança de domicilio em 
caráter permanente. António também passa a 
ter exercício em nova sede, sendo a mesma 
Maria. Nesse caso, ambos os servidores farão 
jus à ajuda de custo. 
124 ( ). A ajuda de custo não abrange as despesas de 
transporte da família do servidor. 
125 ( ). São assegurados ajuda de custo e transporte 
para a localidade de origem, à família do 
servidor que falecer na nova sede, dentro do 
prazo de 2 (dois) anos, a contar do óbito. 
126 ( ). Será paga ajuda de custo ao servidor que for 
deslocado, a pedido, para outra localidade em 
caráter permanente. 
127 ( ). A ajuda de custo não poderá exceder a 
importância correspondente a três 
remunerações. 
128 ( ). O servidor que se afastar do cargo, ou 
reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo, fará 
jus à ajuda de custo. 
129 ( ). Àquele que for nomeado para cargo em comissão 
com mudança de domicílio, mesmo que não 
seja servidor da "União, será concedida a ajuda 
de custo. 
130 ( ). O servidor que passar a ter exercício em nova 
sede, com mudança de domicílio, em caráter 
permanente, terá o prazo de quinze dias para se 
apresentar na nova sede. 
131 ( ). O servidor que, injustificadamente, não se 
apresentar na nova sede no prazo de quinze 
dias ficará obrigado a restituir a ajuda de custo 
no prazo de dez dias. 
132 ( ). O servidor que afastar-se da sede, a serviço, em 
caráter eventual ou transitório fará jus a ajuda 
de custo. 
133 ( ). Diária é a indenização concedida ao servidor para 
fazer face às despesas com pousada, 
alimentação e locomoção urbana, nos casos de 
deslocamento temporário do servidor. 
134 ( ). A diária será concedida por dia de afastamento e 
será devida pela metade quando o 
deslocamento não exigir per noite fora da sede, 
ou quando a União custear, por outros meios, as 
despesas extraordinárias garantidas por diárias. 
135 ( ). O servidor sempre que se deslocar da sede fará 
jus a diárias, ainda que o deslocamento 
constituir exigência permanente do cargo. 
136 ( ). O servidor que receber diárias e não afastar da 
sede, por qualquer motivo, fica obrigado a 
restituí-las integralmente, no prazo de sete dias. 
137 ( ). Nos casos em que o servidor retornar à sede em 
prazo menor do que o previsto para o seu 
afastamento, restituirá as diárias recebidas em 
excesso no prazo de cinco dias, 
138 ( ). Fará jus a diárias o servidor que realizar 
despesas com a utilização de meio próprio de 
locomoção, face às atribuições do cargo. 
139 ( ). O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das 
despesas comprovadamente realizadas pelo 
servidor com aluguel de moradia ou com meio 
de hospedagem administrado por empresa 
hoteleira, no prazo de 15 dias após a 
comprovação da despesa pelo servidor. 
140 ( ). Conceder-se-á auxilio-moradia para o 
ressarcimento das despesas com aluguel ou 
com meio de hospedagem administrado por 
empresa hoteleira, nos casos em que não 
houver imóvel funcional disponível para uso do 
servidor que, mudou-se do local de residência 
para ocupar qualquer cargo efetivo. 
141 ( ). Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor que 
for nomeado para cargo efetivo em local 
diferente de sua residência. 
142 ( ). Se houver imóvel funcional disponível para uso 
pelo servidor, ele poderá optar entre ocupar o 
imóvel ou receber o auxílio-moradia. 
143 ( ). Se o cônjuge ou companheiro do servidor 
ocupar imóvel funcional, não será concedido o 
auxílio-moradia. 
144 ( ). Não fará jus ao auxílio-moradia, o servidor que 
tenha sido proprietário de imóvel no município 
onde for exercer o cargo, nos doze meses que 
antecederem a sua nomeação. 
145 ( ). O servidor não receberá auxílio-moradia se 
residir com outra pessoa que receba o 
benefício. 
146 ( ). É garantido ao servidor o auxílio-moradia desde 
que não tenha residido no município, onde for 
exercer o cargo, nos últimos vinte e quatro 
meses. 
147 ( ). António, servidor público, foi designado para 
exercer função de confiança em local diferente 
de sua residência, em setembro de 2007. 
António morou nesse mesmo município por 
quarenta dias, em janeiro do mesmo ano. Nesse 
caso, António não fará jus ao auxílio-moradia. 
148 ( ). Se o servidor for designado para exercer função 
de confiança em município diferente do que 
reside, e esse deslocamento tenha sido por 
força de alteração de lotação, será garantido ao 
servidor auxílio-moradia. 
149 ( ). Somente receberá o auxílio-moradia, o servidor 
que tenha se deslocado após 30 de junho de 
2006. 
150 ( ). Maria, residente no município de Luziânia, 
exerceu cargo em comissão, no município de 
Formosa, entre o período de 07 de maio a 23 de 
julho de 2007, quando retornou para Luziânia. 
No dia 8 de outubro desse mesmo ano, Maria foi 
designada para exercer cargo em comissão 
diferente daquele, mas novamente em 
Formosa. Nessa situação, Maria não fará jus ao 
auxílio-moradia, uma vez que residiu no 
município de Formosa, nos últimos 12 meses. 
EXERCÍCIOS DA LEI 8.112/90 
 5 
 
151 ( ). O auxílio-moradia não será concedido por prazo 
superior a dois anos. 
152 ( ). Ainda que o servidor mude de cargo ou de 
município de exercício do cargo, não será 
concedido auxílio-moradia por prazo superior a 
cinco anos dentro de cada período de oito anos. 
153 ( ). O valor do auxílio-moradia será de até 20% da 
remuneração do cargo em comissão ocupado 
pelo servidor. 
154 ( ). Em hipótese alguma, o valor do auxílio-moradia 
poderá ser superior ao recebido por Ministro de 
Estado. 
155 ( ). Somente nos casos de falecimento e 
exoneração, o auxílio-moradia continuará sendo 
pago por um mês. 
156 ( ). Caso o servidor adquira um imóvel no município 
onde exerce suas funções, cessará 
imediatamente o auxílio-moradia. 
157 ( ). De acordo com os casos previstos em lei, o 
servidor fará jus ao adicional pelo exercício de 
atividades insalubres, perigosas ou penosas. 
158 ( ). A Lei n°. 8.112/90 estabelece que, além do 
vencimento e das vantagens, será concedido ao 
servidor retribuição pelo exercício de função de 
direção, chefia e assessoramento. 
159 ( ). Além do vencimento e das vantagens previstas 
em Lei, será concedido ao servidor gratificação 
natalina correspondente a 1/12 avos da 
remuneração, calculada sobre a média dos 
últimos 3 meses. 
160 ( ). A gratificação natalina será paga até o 5° dia útil 
do mês de dezembro de cada ano. 
161 ( ). O servidor que trabalha em contato permanente 
com substâncias tóxicas, radioativas ou com 
risco de vida fará jus a um adicional sobre o 
vencimento do cargo efetivo. 
162 ( ). O servidor poderá, em alguns casos, acumular o 
recebimento dos adicionais de insalubridadee 
de periculosidade. 
163 ( ). Em hipótese alguma, o servidor poderá receber 
os adicionais de penosidade e periculosidade 
cumulativamente. 
164 ( ). Ao cessar as condições ou riscos que deram 
causa a concessão do adicional de 
insalubridade ou periculosidade, o servidor fará 
jus ao adicional por mais três meses. 
165 ( ). A servidora gestante ou lactante exercerá suas 
atividades em local salubre e em serviço não 
penoso e não perigoso. 
166 ( ). Fará jus ao adicional de periculosidade, o 
servidor que exercer suas atividades em zonas 
de fronteira ou em locais cujas atribuições de 
vida o justifiquem. 
167 ( ). Os servidores que operam com Raios-X ou com 
substâncias radioativas serão submetidos a 
exames médicos a cada 6 meses. 
168 ( ). O serviço extraordinário será remunerado com 
acréscimo de 25% em relação à hora normal de 
trabalho. 
169 ( ). O serviço extraordinário somente será admitido 
para atender a situações excepcionais e 
temporárias. 
170 ( ). O limite máximo para o serviço extraordinário 
será de 4 horas por jornada. 
171 ( ). O serviço noturno terá o valor-hora acrescido de 
25%, computando-se cada hora como 
cinquenta e cinco minutos. 
172 ( ). O serviço prestado entre 22 horas de ura dia e 6 
horas do dia seguinte será considerado serviço 
noturno. 
173 ( ). O servidor que fizer jus ao adicional por serviço 
extraordinário e adicional por serviço noturno 
deverá optar por um deles. 
174 ( ). Independentemente de solicitação, por motivo 
das férias, será pago ao servidor um adicional 
correspondente a 1/3 da remuneração do 
período das férias. 
175 ( ). O servidor terá direito a 30 dias de férias anuais, 
sendo que para o primeiro período de férias 
serão exigidos 12 meses de exercício. 
176 ( ). A Lei n°. 8.112/90 autoriza a Administração 
descontar das férias do servidor as faltas 
injustificadas ao serviço, sendo que o servidor 
deverá ser comunicado previamente. 
177 ( ). As férias são consideradas como de efetivo 
exercício. 
178 ( ). A pedido do servidor, as férias poderão ser 
parcelas em até três etapas, independente do 
interesse da Administração. 
179 ( ). Em caso de parcelamento das férias, o servidor 
receberá o adicional de férias quando da 
utilização do primeiro período. 
180 ( ). O pagamento da remuneração das férias será 
efetuado até 5 dias antes do inicio do respectivo 
período. 
181 ( ). O servidor exonerado do cargo efetivo ou em 
comissão fará jus à indenização relativa ao 
período das férias a que tiver direito e ao 
incompleto, na proporção de 1/12 avos por mês 
de efetivo exercício, ou fração superior 14 dias. 
182 ( ). A indenização relativa ao período de férias 
devidas ao servidor exonerado do cargo efetivo 
ou em comissão será calculada com base na 
remuneração do mês em que for publicado o ato 
de exoneração. 
183 ( ). O servidor que opera direta e permanentemente 
com Raios X ou substâncias radioativas gozará 
de 15 dias consecutivos de férias, por semestre 
de atividade profissional. 
184 ( ). O servidor que opera direta e permanentemente 
com substâncias radioativas poderá, no 
interesse da Administração, acumular até dois 
períodos de férias. 
185 ( ). As férias do servidor poderão ser interrompidas 
somente por motivo de calamidade pública ou 
comoção interna. 
186 ( ). Se declarada necessidade do serviço pela 
autoridade máxima do órgão, as férias do 
servidor poderão ser interrompidas. 
187 ( ). Nos casos previstos em lei, ao servidor serão 
concedidas licença para capacitação, licença 
para atividade política e licença para tratar de 
interesses particulares, entre outras. 
188 ( ). O servidor que fizer jus à licença por motivo de 
doença em pessoa da família poderá, durante o 
EXERCÍCIOS DA LEI 8.112/90 
 6 
 
período da licença, exercer outra atividade 
remunerada desde que temporariamente. 
189 ( ). A licença concedida dentro do prazo de noventa 
dias do término de outra licença da mesma 
espécie será considerada prorrogação. 
190 ( ). Conceder-se-á ao servidor licença por motivo 
de doença em pessoa da família, a qual será 
precedida de exame por médico ou por junta 
médica oficial. 
191 ( ). Durante o período em que o servidor estiver 
gozando da licença por motivo de doença em 
pessoa da família é vedado o exercício de 
atividade remunerada. 
192 ( ). Não se considera prorrogação, a licença 
concedida dentro do período de 60 dias do 
término de outra licença da mesma espécie. 
193 ( ). Ao servidor em estágio probatório poderá ser 
concedida licença por motivo de doença em 
pessoa da família. 
194 ( ). Ficará suspenso o estágio probatório do 
servidor que gozar de licença por motivo de 
doença em pessoa da família. 
195 ( ). Ao servidor poderá ser concedida licença por 
motivo de doença do cônjuge ou companheiro, 
dos pais, dos filhos e dos irmãos. 
196 ( ). A licença por motivo de doença em pessoa da 
família somente será concedida se a assistência 
direta do servidorfor indispensável e não puder 
serprestada simultaneamente corn o exercício 
do cargo ou mediante compensação de horário, 
previsto ern lei. 
197 ( ). Será concedida, sem prejuízo da remuneração 
do cargo efetivo, licença por motivo de doença 
em pessoa da família por um período de até 90 
dias, improrrogáveis. 
198 ( ). Ao servidor em estágio probatório poderá ser 
concedida licença por motivo de afastamento do 
cônjuge ou companheiro que foi deslocado para 
outro ponto do território nacional, para o exterior 
ou para o exercício de mandato eletivo dos 
Poderes Executivo e Legislativo. 
199 ( ). O servidor que gozar de licença por motivo de 
afastamento do cônjuge ou companheiro terá o 
estágio probatório suspenso. 
200 ( ). A licença por motivo de afastamento do cônjuge 
ou companheiro será concedida pelo prazo 
máximo de 5 anos, sem remuneração. 
201 ( ). O servidor que gozar da licença por motivo de 
afastamento do cônjuge ou companheiro 
poderá ter exercício provisório em órgão ou 
entidade da Administração Federal direta, 
autárquica ou fundacional. 
202 ( ). Ao servidor convocado para o serviço militar, 
mesmo que em estágio probatório, será 
concedida licença. 
203 ( ). A licença para o serviço militar suspende o 
estágio probatório. 
204 ( ). O servidor fará jus à licença para atividade 
política, com remuneração, durante o período 
que mediar entre a sua escolha em convenção 
partidária e até o décimo dia seguinte ao da 
eleição. 
205 ( ). O estágio probatório ficará suspenso durante a 
licença para atividade política. 
206 ( ). A cada 5 anos de efetivo exercício, o servidor 
poderá afastar-se do exercício do cargo efetivo, 
independentemente do interesse da 
Administração, para participar de curso de 
capacitação profissional por até três meses. 
207 ( ). A licença para capacitaçào profissional será por 
até três meses, com remuneração. 
208 ( ). O período de licença para capacitação poderá 
ser acumulado por até dois períodos. 
209 ( ). Conforme dispuser o regulamento, a licença 
para capacitação será considerada de efetivo 
exercício. 
210 ( ). Ao servidor, em estágio probatório, 
conceder-se-á licença para tratar de interesses 
particulares, desde que no interesse da 
administração. 
211 ( ). A licença para tratar de interesses particulares 
poderá ser concedida pelo prazo de até cinco 
anos. 
212 ( ). A licença para tratar de interesses particulares 
será sem remuneração pelo prazo máximo de 
três anos. 
213 ( ). Somente nos casos de calamidade pública ou 
comoção interna poderá ser interrompida a 
licença para tratar de interesses particulares. 
214 ( ). Ao servido poderá ser concedida licença para o 
desempenho de mandato classista durante o 
período do estágio probatório. 
215 ( ). A licença para mandatoclassista será com 
remuneração no primeiro ano do mandato. 
216 ( ). A licença para mandato classista será no prazo 
igual ao do mandato, prorrogada uma única vez, 
no caso de reeleição. 
217 ( ). O servidor poderá ser cedido para outro órgão 
ou entidade para exercício de cargo em 
comissão ou função de confiança. 
218 ( ). A cessão de servidor para servir a outro órgão 
ou entidade far-se-á mediante Decreto do Poder 
Executivo. 
219 ( ). Em hipótese alguma, o servidor do Poder 
Executivo poderá ter exercício em outro órgão 
da Administração Federal direta que não tenha 
quadro próprio de pessoal. 
220 ( ). O servidor em estágio probatório poderá ser 
afastado para exercício de mandato eletivo. 
221 ( ). Exceto para promoção por merecimento, o 
afastamento do servidor para desempenho de 
mandato eletivo federal, estadual, municipal ou 
do Distrito Federal é considerado como de 
efetivo exercício. 
222 ( ). O servidor investido no mandato de Prefeito será 
afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar 
pela sua remuneração. 
223 ( ). Em hipótese alguma, o servidor investido em 
mandato de vereador poderá perceber as 
vantagens do seu cargo e do cargo eletivo. 
224 ( ). O servidor público investido no mandato de 
vereador, se não houver compatibilidade de 
horário, será afastado do cargo, devendo 
receber somente a remuneração do mandato. 
EXERCÍCIOS DA LEI 8.112/90 
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225 ( ). O servidor afastado do cargo, para exercer 
mandato de vereador, contribuirá para a 
seguridade social como se estivesse em 
exercício. 
226 ( ). O servidor investido em mandato eletivo ou 
classista não poderá ser removido ou 
redistribuído de ofício para localidade diversa 
daquela onde exerce o mandato. 
227 ( ). O afastamento do servidor para estudo no 
exterior independe de autorização. 
228 ( ). O servidor poderá afastar-se para estudo ou 
missão no exterior pelo prazo máximo de cinco 
anos, e somente após um ano de efetívo 
exercício conceder-se-á novo afastamento. 
229 ( ). Lucas, servidor público, beneficiado com o 
afastamento para estudo no exterior por um 
período de três anos. Nesse caso, não poderá 
ser concedida a Lucas, licença para tratar de 
interesses particulares antes de decorrido o 
prazo de três anos, período igual ao do 
afastamento. 
230 ( ). Julia, servidora pública estável, favorecida com 
o afastamento para missão no exterior por um 
período de dois anos. Antes de decorrido igual 
período, Julia, em hipótese alguma, poderá ser 
exonerada do cargo que ocupa. 
231 ( ). O afastamento de servidor para servir em 
organismo internacional de que o Brasil 
participe ou com o qual coopere dar-se-á com a 
perda total da remuneração. 
232 ( ). Será concedido ao servidor, sem qualquer 
prejuízo, dois dias para alistar-se como eleitor. 
233 ( ). O servidor poderá ausentar-se do serviço por 
dois dias para doar sangue. 
234 ( ). De acordo com a Lei n°. 8.112/90, em razão de 
casamento do servidor, este poderá 
ausentar-se do serviço por oito dias. 
235 ( ). O servidor poderá ausentar-se do serviço por 
oito dias em razão de falecimento do irmão. 
236 ( ). Em qualquer situação, poderá ser concedido 
horário especial ao servidor estudante. 
237 ( ). No caso em que for concedido horário especial 
ao servidor estudante, será exigida a 
compensação de horário, respeitada a duração 
semanal do trabalho. 
238 ( ). Ao servidor portador de deficiência será 
concedido horário especial, exigida a 
compensação de horário e respeitada a duração 
semanal do trabalho. 
239 ( ). O servidor estudante que mudar de sede no 
interesse da Administração é assegurado, na 
localidade da nova residência, matrícula em 
instituição de ensino congénere, independente 
de vaga, em qualquer época. 
240 ( ). O tempo de serviço em atividade privada, 
vinculada à Previdência Social e, também, o de 
serviço relativo a tiro de guerra serão contados 
para efeito de aposentadoria e disponibilidade. 
241 ( ). Ao servidor é assegurado o direito de requerer 
aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou 
interesse legítimo. 
242 ( ). O requerimento deverá ser encaminhado por 
intermédio da autoridade a que o requerente 
estiver imediatamente subordinado, que tem o 
prazo de dez dias para remeter à autoridade 
competente. 
243 ( ). Cabe pedido de reconsideração à autoridade 
superior a que houver expedido o ato. 
244 ( ). O prazo para interposição de pedido de 
reconsideração é de trinta dias, a contar da 
publicação ou da ciência, pelo interessado, da 
decisão recorrida. 
245 ( ). A autoridade que receber o requerimento e o 
pedido de reconsideração tem o prazo de cinco 
dias para encaminhá-lo à autoridade 
competente, que tem o prazo de trinta dias para 
decidi-lo. 
246 ( ). O prazo para decisão de requerimento e de 
pedido de reconsideração é de trinta dias, 
podendo ser prorrogado uma única vez por igual 
período. 
247 ( ). Do indeferimento do pedido de reconsideração 
caberá recurso. 
248 ( ). O recurso será encaminhado à autoridade 
imediatamente superior ao requerente. 
249 ( ). O prazo para interposição de pedido de recurso 
é de 60 dias, a contar da publicação da decisão. 
250 ( ). O recurso poderá ser recebido com efeito 
suspensivo, a juízo da autoridade competente. 
251 ( ). Os efeitos da decisão nunca retroagirão à data 
do ato impugnado. 
252 ( ). Quanto aos atos de demissão e de cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade, o direito de 
requerer prescreve em três anos. 
253 ( ). O direito de requerer prescreve em dois anos, 
quanto aos atos que afetem interesse 
patrimonial e créditos resultantes das relações 
de trabalho. 
254 ( ). O pedido de reconsideração ou de recurso, 
quando cabíveis, interrompe a prescrição. 
255 ( ). A prescrição é de ordem pública, podendo, em 
certos casos, ser relevada pela Administração. 
256 ( ). Somente o advogado do servidor poderá ter 
vista do processo ou documento na repartição, 
para o exercício do direito de petição. 
257 ( ). A Administração poderá rever seus atos, a 
qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade. 
 
DO REGIME DISCIPLINAR 
 
258 ( ). O servidor público deverá exercer as atribuições 
do cargo com zelo e dedicação. 
259 ( ). O servidor público deverá sempre cumprir as 
ordens superiores. 
260 ( ). Incluem-se entre os deveres do servidor público 
ser leal às instituições a que servir e observar as 
normas legais e regulamentares. 
261 ( ). Guardar sigilo sobre assunto da repartição é 
uma das obrigações do servidor prevista em lei. 
262 ( ). Sempre que achar conveniente, o servidor 
poderá representar contra ilegalidade ou abuso 
de poder. 
263 ( ). O servidor deverá prestar, ao público em geral, 
todas as informações requeridas. 
264 ( ). A Lei n°. 8.112/90 não prevê que o servidor 
deverá zelar pela economia do material e a 
EXERCÍCIOS DA LEI 8.112/90 
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conservar o patrimônio público. Porém, sempre 
que for possível, deverá fazê-lo. 
265 ( ). O servidor deverá manter conduta incompatível 
com a moralidade pública. 
266 ( ). Ser leal às instituições a que servir, tratar as 
pessoas com urbanidade, ser assíduo e pontual 
ao serviço constituem, entre outras, obrigações 
do servidor público previstas na Lei n°. 
8.112/90. 
267 ( ). O servidor poderá ausentar-se do serviço 
durante o expediente, independentemente de 
autorização. 
268 ( ). Ao servidor é proibido retirar qualquer 
documento ou objeto da repartição, sem prévia 
anuência da autoridade competente. 
269 ( ). O servidor não poderá recusar fé a documentos 
públicos, sujeito à advertência. 
270 ( ). É proibido ao servidor opor resistência 
injustificada ao andamento de documento e 
processo ou execução de serviço, sujeito a 
suspensão por 5 dias.271 ( ). Em alguns casos, poderá o servidor promover 
manifestação de apreço ou desapreço no 
recinto da repartição. 
272 ( ). A Lei n°. 8.112/90 dispõe que é proibido ao 
servidor cometer a pessoa estranha à 
repartição, fora dos casos previstos em lei, o 
desempenho de atribuição que seja de sua 
responsabilidade ou de seu subordinado, sujeito 
à penalidade advertência. 
273 ( ). Ricardo, servidor público estável, coagiu 
subordinado para filiar-se a associação sindical. 
Nessa situação, Ricardo estará sujeito a 
suspensão, por no máximo 30 dias. 
274 ( ). O servidor poderá manter o cônjuge ou 
companheiro sob sua chefia imediata somente 
para os cargos em comissão ou função de 
confiança. 
275 ( ). A Lei n°. 8.1112/90 dispõe que é proibido ao 
servidor valer-se do cargo para lograr proveito 
pessoal ou de outrem, em detrimento da 
dignidade da função pública. 
276 ( ). O servidor que valer-se do cargo para lograr 
proveito pessoal ou de oulrem, em detrimento 
da dignidade da função pública, ficará 
incompatibilizado para nova investidura em 
cargo público federal pelo prazo de até 10 anos. 
277 ( ). Poderá o servidor exercer o comércio na 
qualidade de acionista, cotista ou 
comanditário. 
278 ( ). O servidor poderá participar de gerência ou 
administração de sociedade privada, bem 
como, exercer o comércio. 
279 ( ). Ao servidor é proibido atuar, como procurador 
ou intermediário, junto a repartições públicas, 
salvo quando se tratar de benefícios 
previdenciários ou assistenciais de parentes até 
o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro. 
280 ( ). O servidor que atuar como procurador ou 
intermediário, junto a repartições públicas, salvo 
quando se tratar de benefícios previdenciários 
ou assistenciais de parentes até o segundo 
grau, e de cônjuge ou companheiro ficará 
incompatibilizado para nova investidura em 
cargo público federal, pelo prazo de cinco anos. 
281 ( ). Receber propina, comissão, presente ou 
vantagem de qualquer espécie, em razão de 
suas atribuições,, resulta em demissão do 
servidor. 
282 ( ). É proibido ao servidor aceitar comissão, 
emprego ou pensão de estado estrangeiro, 
resultando em suspensão por 30 dias. 
283 ( ). Não é proibido ao servidor praticar usura sob as 
formas definidas em lei. 
284 ( ). A Lei n°. 8.112/90 dispõe que é proibido ao 
servidor proceder de forma desidiosa, sob pena 
de suspensão. 
285 ( ). Ao servidor é proibido utilizar pessoal ou 
recursos materiais da repartição em serviços ou 
atividades particulares, sob pena de demissão. 
286 ( ). E proibido ao servidor cometer a outro servidor 
atribuições estranhas ao cargo que ocupa, 
exceto em situações de emergência e 
transitória, sob pena de suspensão. 
287 ( ). Ao servidor é proibido exercer quaisquer 
atividades que sejam incompatíveis com o 
exercício do cargo ou função e com o horário de 
trabalho, sob pena de demissão. 
288 ( ). É proibido ao servidor recusar-se a atualizar 
seus dados cadastrais quando solicitado. sujeito 
à advertência. 
289 ( ). Em hipótese alguma, será permitida a 
acumulação remunerada de cargos públicos. 
290 ( ). A proibição de acumular não se estende a 
cargos em sociedades de economia mista dos 
municípios. 
291 ( ). A proibição de acumular estende-se, entre 
outros casos, a cargos em empresas públicas 
dos municípios e territórios. 
292 ( ). A proibição de acumular estende-se a cargos, 
empregos e funções em autarquias, fundações 
públicas, empresas públicas, sociedades de 
economia mista da União, do Distrito Federal, 
dos Estados, dos Territórios e dos Municípios. 
293 ( ). A acumulação de cargos, desde que lícita, 
independe de comprovação da compatibilidade 
de horários. 
294 ( ). É lícita, em todos os casos, a percepção de 
vencimento de cargo público efetivo com 
proventos da inatividade. 
295 ( ). O servidor não poderá exercer mais de um 
cargo em comissão, exceto no caso previsto em 
lei, nem ser remunerado pela participação em 
órgão de deliberação coletiva. 
296 ( ). O servidor vinculado ao regime da Lei n°. 
8.312/90, que acumular licitamente dois cargos 
efetivos, quando investido em cargo em 
comissão, em todos os casos, ficará afastado 
de ambos os cargos efetivos. 
297 ( ). O servidor responde somente civil e 
administrativamente pelo exercício irregular de 
suas atribuições. 
298 ( ). A responsabilidade civil decorre de ato omissivo 
ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em 
prejuízo ao erário. 
EXERCÍCIOS DA LEI 8.112/90 
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299 ( ). Lucas, analista judiciário, no exercício irregular 
de suas funções, praticou ato comissivo culposo 
que resultou prejuízo a terceiros. Nesse caso, 
não haverá responsabilidade civil de Lucas, pois 
praticou ato comissivo culposo e não doloso. 
300 ( ). Luiz, técnico judiciário, no exercício irregular de 
suas funções, praticou ato comissivo doloso que 
resultou prejuízo ao erário. Nesse caso, a 
indenização a ser paga por Luiz deverá ocorrer 
no prazo máximo de sessenta dias, podendo ser 
parcelada, a critério da Administração. 
301 ( ). Quando se tratar de dano causado a terceiros, o 
servidor responderá perante a Fazenda Pública, 
em ação regressiva. 
302 ( ). Em regra, a obrigação de reparar o dano 
estende-se aos sucessores até o valor total da 
dívida, que poderá ser paga em parcelas. 
303 ( ). A responsabilidade penal abrange os crimes e 
contravenções imputadas ao servidor. 
304 ( ). As sanções civis, penais e administrativas não 
poderão acumular-se. 
305 ( ). No caso de absolvição criminal que negue a 
existência do fato ou sua autoria, a 
responsabilidade administrativa do servidor 
poderá ser afastada. 
306 ( ). Advertência, suspensão e exoneração são 
classificadas como penalidades disciplinares. 
307 ( ). A destituição de cargo em comissão e a 
destituição de função comissionada 
qualificam-se como penalidades disciplinares 
previstas na Lei n°. 8.112/90. 
308 ( ). A transferência de atividades ou de local, a 
suspensão e a demissão são consideradas 
penalidades disciplinares aplicadas ao servidor. 
309 ( ). Os antecedentes funcionais do servidor serão 
considerados na aplicação das penalidades. 
310 ( ). De acordo com a Lei n°. 8.112/90, o fundamento 
legal e a causa da sanção disciplinar deverão 
constar no ato de imposição da penalidade. 
311 ( ). A advertência, em alguns casos, será aplicada 
verbalmente ao servidor. 
312 ( ). A penalidade de advertência terá seus registros 
cancelados após decurso de dois anos de 
efetivo exercício, desde que o servidor não 
houver, durante esse período, praticado nova 
infração disciplinar. 
313 ( ). Além dos casos previstos na Lei n°. 8.112/90, a 
suspensão também será aplicada em caso de 
reincidência das faltas punidas com 
advertência. 
314 ( ). A suspensão será aplicada por prazo não 
inferior a noventa dias. 
315 ( ). O servidor que, injustincadamente, recusar-se a 
ser submetido à inspeção médica determinada 
pela autoridade competente será punido com 
suspensão de até 30 dias, cessando os efeitos 
da penalidade uma vez cumprida a 
determinação. 
316 ( ). Sempre que o servidor preferir, a Administração 
irá converter a suspensão em multa de até 20% 
por dia de vencimento ou remuneração. 
317 ( ). Os registros da penalidade de suspensão serão 
cancelados após decorrido o prazo de cinco 
anos de efetivo exercício, desde que o servidor 
não tenha praticado nova infração disciplinar 
durante esse período. 
318 ( ). O cancelamento das penalidades de 
advertência e suspensão poderá produzir 
efeitos retroativos. 
319 ( ). André, servidor público efetivo, cometeu crime 
contra a Administração Pública. Nesse caso, 
André será demitido e não poderá retornar ao 
serviço público federal. 
320 ( ). O servidor quefaltar intencionalmente por mais 
de trinta dias consecutivos será demitido por 
abandono de cargo. 
321 ( ). O servidor que faltar, injustificadamente, por 
noventa dias intercalados, dentro do prazo de 
um ano será demitido por inassiduidade 
habitual. 
322 ( ). Na apuração de abandono de cargo ou 
inassiduidade habitual será adotado o 
procedimento sumário. 
323 ( ). O servidor punido com demissão por 
improbidade administrativa terá como 
consequência a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário, sem prejuízo da açào 
penal cabível. 
324 ( ). Não poderá retornar ao serviço público federal, 
o servidor demitido por improbidade 
administrativa. 
325 ( ). Aplica-se a pena de suspensão por 
incontinência pública do servidor. 
326 ( ). O servidor será demitido por conduta 
escandalosa na repartição. 
327 ( ). A Lei n°. 8.112/90 prevê que o servidor será 
demitido por insubordinação grave em serviço. 
328 ( ). O servidor será suspenso por até 30 dias no 
caso de ofensa física, em serviço, a servidor ou 
a particular, mesmo em legítima defesa. 
329 ( ). Rodrigo, servidor público estável, foi demitido 
por aplicação irregular de dinheiros públicos. 
Nesse caso, Rodrigo ficará incompatível para 
nova investidura em cargo público federal, pelo 
prazo de 8 anos. 
330 ( ). A demissão do servidor por aplicação irregular 
de dinheiros públicos implica a indisponíbilidade 
de seus bens e o ressarcimento ao erário. 
331 ( ). O servidorficará suspenso por até 90 dias por 
revelação de segredo do qual se apropriou em 
razão do cargo. 
332 ( ). Manoel, servidor público estável, foi demitido 
por revelar segredo do qual se apropriou em 
razão do cargo. Nesse caso, o ato de demissão 
foi legal e Manoel ficará incompatível para nova 
investidura em cargo público federal pelo prazo 
de cinco anos. 
333 ( ). Lesão aos cofres públicos e dilapidação do 
património nacional implica em demissão do 
servidor público. 
334 ( ). A demissão do servidor por lesão aos cofres 
públicos e dilapidação do património nacional 
implica em índisponibilidade de seus bens e o 
ressarcimento ao erário. 
335 ( ). O servidor destituído de cargo em comissão por 
lesar os cofres públicos ficará incompatível para 
EXERCÍCIOS DA LEI 8.112/90 
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nova investidura em cargo público federal pelo 
prazo de cinco anos. 
336 ( ). Patrícia foi destituída do cargo ern comissão por 
corrupção. Nesse caso, Patrícia ficará 
incompatível para nova investidura cargo 
público federal por prazo indeterminado. 
337 ( ). A acumulação ilegal de cargos, empregos ou 
funções públicas implica em demissão do 
servidor. 
338 ( ). Detectada a qualquer tempo a acumulação 
ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, 
a autoridade que tiver ciência da irregularidade 
notificará o servidor para apresentar opção no 
prazo de dez dias, prorrogáveis uma única vez 
por igual período. 
339 ( ). Caracterizada a acumulação ilegal de cargos, 
empregos ou funções públicas e provada a 
má-fé do servidor, aplicar-se-á a pena de 
demissão, destituição ou cassação da 
aposentadoria ou disponibilidade. 
340 ( ). O servidor inativo que houver praticado, quando 
na atividade, falta punível com demissão, não 
mais poderá ser punido, uma vez que já lhe foi 
concedida à aposentadoria. 
341 ( ). Quando se tratar de demissão e cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade de servidor 
vinculado ao Poder Executivo, a penalidade 
será aplicada pelo Presidente da República. 
342 ( ). Caberá à autoridade que houver feito a 
nomeação, destituir o servidor de cargo em 
comissão. 
343 ( ). A ação disciplinar prescreverá em cinco anos, 
quanto às infrações puníveis com exoneração, 
demissão, cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade e destituição de cargo em 
comissão. 
344 ( ). Quanto à suspensão, a ação disciplinar 
prescreverá em três anos. 
345 ( ). A ação disciplinar prescreverá em três anos, 
quanto à advertência. 
346 ( ). O prazo de prescrição da ação disciplinar 
começa a contar, necessariamente, da data em 
que o fato ocorreu. 
347 ( ). A abertura de sindicância ou a instauração de 
processo disciplinar não interrompe a 
prescrição. 
 
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO 
DISCIPLINAR 
 
348 ( ). A autoridade que tiver ciência de irregularidade 
no serviço público poderá promover sua 
apuração, mediante sindicância ou processo 
administrativo disciplinar, assegurada ao 
acusado ampla defesa. 
349 ( ). As denúncias sobre irregularidades serão 
objetos de apuração e devem ser formuladas 
por escrito, sendo permitido ao denunciante não 
se identificar, por motivos de segurança. 
350 ( ). A denúncia será arquivada por falta de objeto 
quando o fato narrado não configurar evidente 
infração disciplinar ou ilícito penal. 
351 ( ). Da sindicância poderá resultar arquivamento do 
processo, aplicação de advertência ou 
suspensão, ou instauração do processo. 
352 ( ). A sindicância deverá ser concluída em no 
máximo noventa dias, podendo ser prorrogada 
por mais trinta dias. 
353 ( ). A instauração de processo disciplinar será 
facultada quando o ilícito praticado pelo servidor 
ensejar em suspensão. 
354 ( ). Sempre que o ilícito praticado pelo servidor 
ensejar em destituição de cargo em comissão 
será obrigatória a instauração de processo 
disciplinar. 
355 ( ). A autoridade instauradora de processo 
disciplinar deverá determinar o afastamento do 
servidor para que ele não influa na apuração da 
irregularidade, pelo prazo de noventa dias. 
356 ( ). O processo disciplinar é destinado a apurar 
responsabilidade de servidor por infração 
praticada no exercício de suas atribuições. 
357 ( ). O processo disciplinar será conduzido por um 
servidor designado pela autoridade competente, 
que deverá ser ocupante de cargo efetivo. 
358 ( ). O presidente da comissão de processo 
disciplinar deverá, necessariamente, ser 
ocupante de cargo efetivo superior ou ter nível 
de escolaridade superior ao do indiciado. 
359 ( ). Não poderá participar de comissão de 
sindicância ou de inquérito, somente, cônjuge, 
companheiro ou parente do acusado, até o 
segundo grau. 
360 ( ). A comissão de processo disciplinar exercerá 
suas atividades com independência e 
imparcialidade, assegurado o sigilo necessário 
à elucidação do fato ou exigido pelo interesse 
da administração. 
361 ( ). O processo disciplinar se desenvolverá nas 
seguintes fases: instauração, inquérito 
administrativo e julgamento. 
362 ( ). A fase do inquérito administrativo compreende a 
instauração, a defesa e o julgamento. 
363 ( ). O prazo para conclusão de processo disciplinar 
será de até noventa dias, admitida a sua 
prorrogação por igual período. 
364 ( ). O inquérito administrativo obedecerá ao 
principio do contraditório, assegurada ao 
acusado ampla defesa. 
365 ( ). Os autos da sindicância integrarão o processo 
disciplinar., como peça informativa da instrução. 
366 ( ). Se do relatório da sindicância resultar que a 
infração está classificada como ilícito penal, a 
autoridade competente encaminhará cópia dos 
autos ao STJ. 
367 ( ). Na fase do julgamento, a comissão promoverá a 
tomada de depoimentos, acareações, 
investigações e providências cabíveis, com o 
objetivo de coletar provas, e quando necessário, 
recorrerá a técnicos e peritos de modo a permitir 
o completo esclarecimento dos fatos. 
368 ( ). Ao servidor é assegurado o direito de 
acompanhar o processo pessoalmente ou por 
intermédio de procurador., arrolar e reinquirir 
testemunhas, produzir provas e contraprovas e 
EXERCÍCIOS DA LEI 8.112/90 
 11 
 
formular quesitos, quando se tratar de prova 
pericial. 
369 ( ). Era hipótese alguma, o presidente da comissão 
do inquérito poderá denegar pedidos. 
370 (). Na fase do inquérito, as testemunhas serão 
intimadas a depor mediante mandato expedido 
pelo presidente da comissão. 
371 ( ). Na hipótese de depoimentos contraditórios, 
proceder-se-á a acareação entre os depoentes. 
372 ( ). Será formulada a indiciação do servidor após 
tipificada a infração disciplinar. 
373 ( ). Após indiciado, o servidor terá o prazo de 
quinze dias para apresentar defesa escrita. 
374 ( ). O indiciado que mudar de residência deverá 
comunicar à comissão o lugar onde poderá ser 
encontrado. 
375 ( ). De acordo com a Lei n°. 8.112/90, achando-se o 
indiciado em lugar incerto e não sabido será 
citado por decreto judiciário publicado no Diário 
Oficial do Estado em que o residiu, para 
apresentar defesa. 
376 ( ). O indiciado, regularmente citado, que não 
apresentar defesa no prazo legal sex à 
considerado revel, 
377 ( ). Após a apreciação da defesa, a comissão 
elaborará relatório minucioso, onde resumirá as 
peças principais dos autos e mencionará as 
provas em que baseou-se para formar sua 
convicção. 
378 ( ). O processo disciplinar, com o relatório 
conclusivo, será remetido à autoridade que 
determinou a sua instauração, para julgamento. 
379 ( ). Recebido o processo, a autoridade julgadora 
terá o prazo de trinta dias para proferir sua 
decisão. 
380 ( ). A autoridade julgadora poderá, motivadamente, 
agravar a penalidade proposta. abrandá-la ou 
isentar o servidor de responsabilidade quando o 
relatório da comissão contrariar as provas dos 
autos. 
381 ( ). A autoridade que determinou a instauração do 
processo declarará a nulidade, total ou parcial, 
do processo quando verificada a ocorrência de 
vício sanável ou insanável. 
382 ( ). O julgamento fora do prazo legal implica a 
nulidade do processo. 
383 ( ). A autoridade julgadora determinará o registro do 
fato nos assentamentos individuais do servidor 
se extinta a punibilidade pela prescrição. 
384 ( ). Caracterizada a infração como crime, o 
processo disciplinar será submetido ao STJ 
para a instauração da ação cabível. 
385 ( ). O servidor que responder a processo disciplinar 
somente poderá ser exonerado a pedido, após a 
conclusão do processo e o cumprimento da 
penalidade, se aplicada. 
386 ( ). O servidor que convocado para prestar 
depoimento fora da sede de sua repartição, na 
condição de testemunha, denunciado ou 
indiciado fará jus a transporte e diárias. 
387 ( ). Aos membros da comissão e ao secretário 
serão assegurados transporte e diárias, quando 
obrigados a se deslocarem da sede dos 
trabalhos para a realização de missão essencial 
ao esclarecimento dos fatos. 
388 ( ). O processo disciplinar poderá ser revisto, a 
pedido ou de ofício, sempre que o servidor não 
concordar com a decisão. 
389 ( ). O processo disciplinar poderá ser revisto, a 
qualquer tempo, quando se aduzirem 
circunstâncias suscetíveis de justificar a 
inocência do punido. 
390 ( ). Somente o servidor poderá requerer a revisão 
de processo disciplinar. 
391 ( ). Em caso de falecimento ou desaparecimento do 
servidor, somente o pai ou a mãe, ou, se 
casado, o cônjuge ou companheiro, poderá 
requerer a revisão do processo disciplinar. 
392 ( ). A revisão do processo será requerida pelo 
respectivo curador, no caso de incapacidade 
mental do servidor. 
393 ( ). No processo revisional, o ónus da prova cabe ao 
requerente. 
394 ( ). O servidor poderá requerer a revisão do 
processo alegando a injustiça da penalidade. 
395 ( ). O requerimento de revisão do processo será 
dirigido ao Ministro de Estado ou autoridade 
equivalente. 
396 ( ). A revisão do processo correrá em apenso ao 
processo originário. 
397 ( ). A comissão revisora de processo disciplinar terá 
o prazo de noventa dias para a conclusão dos 
trabalhos. 
398 ( ). Julgada procedente a revisão, a penalidade 
aplicada será abrandada em 2/3. 
399 ( ). Da revisão do processo, poderá a penalidade 
ser abrandada ou agravada. 
 
DA SEGURIDADE SOCIAL 
DO SERVIDOR 
 
400 ( ). A União manterá Plano de Seguridade Social 
para o servidor e sua família. 
401 ( ). Os servidores não efetivos, ocupantes de cargo 
em comissão, também farão jus aos benefícios 
do Plano de Seguridade Social, 
402 ( ). O servidor afastado ou licenciado do cargo 
efetivo, sem direito à remuneração, terá 
suspenso o seu vinculo com o regime do Plano 
de Seguridade Social enquanto durar o 
afastamento ou a licença. 
403 ( ). O Plano de Seguridade Social compreende, 
entre outros benefícios, proteção à 
maternidade, à adoção e à paternidade. 
404 ( ). O Plano de Seguridade Social visa garantir 
meios de subsistência nos eventos de 
falecimento e reclusão, entre outros previstos 
em lei. 
405 ( ). A finalidade do Plano de Seguridade Social é 
apenas garantir meios de subsistência nos 
eventos de doença, ou seja, assistência à 
saúde. 
406 ( ). Os benefícios do Plano de Seguridade Social do 
servidor compreendem, entre outros, a 
aposentadoria, salário-família, auxílio-n atai 
idade e assistência à saúde. 
EXERCÍCIOS DA LEI 8.112/90 
 12 
 
407 ( ). Entre os benefícios que compreendem o Plano 
de Seguridade do Servidor estão as licenças por 
acidente em serviço, licença por motivo de 
doença em pessoa da família, licença à 
gestante, à adotante e licença à paternidade. 
408 ( ). O Plano de Seguridade Social garante aos 
dependentes do servidor, entre outros 
benefícios, auxílio-funeral e auxílio-reclusão. 
409 ( ). O recebimento indevido de benefícios havidos 
por fraude implicará a devolução ao erário do 
total auferido. 
410 ( ). O servidor será aposentado por invalidez 
permanente, sendo os proventos proporcionais 
quando decorrente de moléstia profissional. 
411 ( ). O servidor será aposentado por invalidez 
permanente, com proventos integrais, por 
motivo de acidente em serviço. 
412 ( ). Será aposentado por invalidez permanente o 
servidor com doença grave, ou incurável, com 
proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição. 
413 ( ). O servidor será aposentado compulsoriamente, 
se homem aos 65 anos de idade e se mulher 
aos 60 anos de idade. 
414 ( ). Aos 70 anos de idade, o servidor será 
aposentado compulsoriamente, com proventos 
proporcionais ao tempo de serviço. 
415 ( ). Fernando, servidor público, poderá 
aposentar-se voluntariamente quando 
completar 35 anos de serviço. Já Maria, poderá 
aposentar-se voluntariamente quando 
completar 30 anos de serviço. Nesse caso, é 
correto afirmar que tanto Fernando quanto 
Maria serão aposentados com proventos 
proporcionais. 
416 ( ). O servidor público será aposentado, com 
proventos integrais, aos 30 anos de efetivo 
exercício em funções de magistério se 
professor, e 25, se professora. 
417 ( ). Será aposentado compulsoriamente, o servidor, 
aos 30 anos de serviço, se homem, e aos 25 
anos se mulher, com proventos proporcionais. 
418 ( ). A Lei n°. 8.112/90 dispõe que o servidor será 
aposentado voluntariamente, com proventos 
proporcionais ao tempo de serviço, aos 65 anos 
de idade, se homem, e aos 60 anos se mulher. 
419 ( ). A aposentadoria compulsória deverá ser 
requerida à Administração corn antecedência 
mínima de trinta dias, antes de o servidor 
completar 70 anos de idade. 
420 ( ). A aposentadoria voluntária ou por invalidez terá 
vigência a partir da data da publicação do 
respectivo ato. 
421 ( ). A aposentadoria por invalidez será precedida de 
licença para tratamento de saúde, por prazo não 
superior a 24 meses. 
422 ( ). O servidor que gozar de licença para tratamento 
de saúde, por período superior a 24 meses, e 
não estando em condições de reassumir o 
cargo ou de ser readaptado, será aposentado, 
observado os requisitos dispostos em lei. 
423 ( ). Aos servidores inativos são estendidosquaisquer benefícios ou vantagens 
posteriormente concedidas aos servidores em 
atividade. 
424 ( ). Somente nos casos em que a aposentadoria for 
proporcional ao tempo de serviço, o provento 
poderá ser inferior a 1/3 da remuneração na 
atividade. 
425 ( ). O servidor aposentado não fará jus à 
gratificação natalina. 
426 ( ). O auxílio-natalidade, benefício do Plano de 
Seguridade Social, será devido à servidora por 
motivo de nascimento de filho, inclusive no caso 
de natimorto. 
427 ( ). O auxílio-natalidade será pago à servidora em 
quantia equivalente à remuneração do 
respectivo mês. 
428 ( ). De acordo com a Lei n°. 8.112/90, o valor do 
auxílio-natalidade será acrescido de 25%, por 
nascituro, no caso de parto múltiplo. 
429 ( ). O auxílio-natalidade será pago ao cônjuge ou 
companheiro servidor público, quando a 
parturiente não for servidora. 
430 ( ). O salário-família, benefício do Plano de 
Seguridade Social, é devido ao servidor ativo ou 
inativo, por dependente económico. 
431 ( ). Para efeito de percepção do salário-família, o 
cônjuge ou companheiro não será considerado 
dependente econômico. 
432 ( ). Em hipótese alguma, o servi dor perceberá o 
salário-família por dependente económico maior 
de 21 anos de idade. 
433 ( ). Em relação ao salário-família, a dependência 
económica não se qualifica quando o 
beneficiário do salário-família perceber 
rendimento em valor igual ou superior ao 
salário-mínimo. 
434 ( ). Em todos os casos, o salário-família é devido ao 
pai ou a mãe do servidor. 
435 ( ). Segundo a Lei n°. 8.112/90, o salário-família 
não está sujeito a qualquer tributo. 
436 ( ). O afastamento do cargo efetivo, sem 
remuneraçâo, ocasiona a suspensão do 
pagamento do salário-família. 
437 ( ). Um dos benefícios do Plano de Seguridade 
Social é a licença para tratamento de saúde, 
que será concedida ao servidor para tratamento 
de saúde com base em perícia médica. 
438 ( ). Ao servidor será concedida licença para 
tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, sem 
prejuízo da remuneração a que fizer jus. 
439 ( ). Em qualquer caso, a inspecão médica será feita 
por junta médica oficial para a licença para 
tratamento de saúde. 
440 ( ). O servidor, que durante o mesmo exercício 
atingir o limite de 30 dias de licença para 
tratamento de saúde, consecutivos ou não, 
deverá submeter-se à inspecão por junta 
médica oficial, para a concessão de nova 
licença, 
441 ( ). Findo o prazo da licença para tratamento de 
saúde, o servidor será submetido à nova 
inspecão médica, que concluirá pela volta ao 
serviço, pela prorrogação da licença ou pela 
aposentadoria. 
EXERCÍCIOS DA LEI 8.112/90 
 13 
 
442 ( ). Segundo a Lei n°. 8.112/90, a inspecão médica 
é dispensável quando o servidor apresentar 
indícios de lesão orgânica ou funcional. 
443 ( ). A servidora gestante fará jus a 120 dias de 
licença, consecutivos ou não, sem prejuízo da 
remuneração. 
444 ( ). Com relação à licença à gestante prevista na Lei 
n°. 8.112/90, pode-se afirmar que no caso de 
natimorto, decorridos 30 dias do evento, a 
servidora retornará ao exercício. 
445 ( ). Em qualquer caso de aborto, a servidora terá 
direito a 60 dias de repouso remunerado. 
446 ( ). O servidor terá direito a licença-patern idade de 
oito dias consecutivos pelo nascimento ou 
adoção de filhos. 
447 ( ). A servidora lactante fará jus a uma hora de 
descanso, durante a jornada de trabatho, para 
amamentar o próprio filho, até a idade de seis 
meses. 
448 ( ). Serão concedidos 60 dias de licença 
remunerada à servidora que adotar ou obtiver 
guarda judicial de criança até um ano de idade. 
449 ( ). Serão concedidos 30 dias de licença 
remunerada à servidora que adotar ou obtiver 
guarda judicial de criança com mais de um ano 
de idade. 
450 ( ). O servidor acidentado em serviço será 
licenciado com remuneração proporcional ao 
tempo de serviço. 
451 ( ). Caracteriza acidente em serviço qualquer dano 
que o servidor obtiver durante o horário de 
trabalho, independente de estar relacionado 
com as atribuições do cargo que ocupa. 
452 ( ). O dano mental sofrido pelo servidor, 
relacionado com as atribuições do cargo 
exercido, configura acidente em serviço. 
453 ( ). O dano decorrente de agressão sofrida e 
provocada pelo servidor no exercício do cargo 
equipara-se ao acidente em serviço. 
454 ( ). Equipara-se ao acidente em serviço, o dano 
sofrido no percurso da residência para o 
trabalho e vice-versas. 
455 ( ). O servidor acidentado em serviço que 
necessitar de tratamento especializado deverá 
ser tratado em instituição privada, à conta de 
recursos públicos. 
456 ( ). O servidor acidentado em serviço que 
necessitar de tratamento especializado, 
recomendado por junta médica oficial, poderá 
optar pelo tratamento em instituição pública ou 
privada à conta de recursos públicos. 
457 ( ). O servidor acidentado em serviço deverá 
comprovar tal evento no prazo de 15 dias, 
prorrogável quando necessário. 
458 ( ). Os dependentes do servidor farão jus a uma 
pensão mensal no valor correspondente ao da 
respectiva remuneração ou provento, por morte 
do servidor. 
459 ( ). A pensão, a que os dependentes fizerem jus, 
será sempre vitalícia. 
460 ( ). A pensão vitalícia somente se extingue ou 
revertem com a morte de seus beneficiários. 
461 ( ). Tanto a pensão vitalícia quanto a pensão 
temporária somente se extinguem com a morte 
de seus beneficiários. 
462 ( ). O cônjuge e os filhos, entre outros, são 
beneficiários da pensão vitalícia. 
463 ( ). A pessoa desquitada ou divorciada não fará jus 
à pensão vitalícia. 
464 ( ). Além de outros, fará jus a pensão vitalícia a 
pessoa designada, maior de 60 anos e a pessoa 
portadora de deficiência, que vivam sob a 
dependência económica do servidor. 
465 ( ). A concessão de pensão vitalícia ao cônjuge 
exclui direito da mãe e do pai de receber tal 
pensão. 
466 ( ). A pensão temporária é devida ao menor sob 
guarda ou tutela até os 21 anos de idade. 
467 ( ). Além do pai e mãe, a pessoa designada que 
viva na dependência económica do servidor e 
os irmãos até os 21 anos de idade são 
beneficiários da pensão temporária. 
468 ( ). A concessão da pensão temporária aos filhos 
ou enteados, ao menor sob guarda ou tutela até 
21 anos de idade exclui o direito do irmão órfão. 
469 ( ). A pensão será concedida integralmente ao 
titular de pensão vitalícia, mesmo se existirem 
beneficiários da pensão temporária. 
470 ( ). No caso em que houver vários titulares da 
pensão vitalícia, seu valor será distribuído em 
partes iguais entre os beneficiários habilitados. 
471 ( ). No caso em que houver titulares à pensão 
vitalícia e temporária, seu valor será distribuído 
cm partes iguais entre os beneficiários 
habilitados. 
472 ( ). O direito de requerer a pensão prescreve em 
cinco anos, a contar do óbito. 
473 ( ). Concedida à pensão, o beneficiário não poderá 
ser excluído, salvo no caso de morte. 
474 ( ). Não fará jus à pensão o beneficiário condenado 
pela prática de crime doloso de que tenha 
resultado a morte do servidor. 
475 ( ). A Lei n°. 8.112/90 prevê os casos em haverá 
pensão provisória. 
476 ( ). No caso de morte presumida do servidor, por 
desaparecimento no desempenho das 
atribuições do cargo conceder-se-á pensão 
provisória. 
477 ( ). Decorridos dez anos de vigência da pensão 
provisória, esta será transformada em vitalícia 
ou temporária, conforme o caso. 
478 ( ). Perderá a qualidade de beneficiário de pensão, 
quando atingida a maioridade de filho, irmão 
órfão ou pessoa designada, aos 21 anos de 
idade. 
479 ( ). O beneficiário poderá renunciar o direito de 
pensão. 
480 ( ). No caso de morte do beneficiário da pensão 
vitalícia,a respectiva cota reverterá para os 
remanescentes da pensão vitalícia ou, se não 
houver, para os titulares da pensão temporária. 
481 ( ). E vedada a percepção cumulativa de mais de 
uma pensão, ressalvado o direito de opção. 
482 ( ). O auxílio-funeral, benefício do Plano de 
Seguridade Social, é devido à família do 
EXERCÍCIOS DA LEI 8.112/90 
 14 
 
servidor falecido na atividade ou aposentado. 
483 ( ). O valor do auxílio-funeral será correspondente a 
50% da remuneração ou provento do servidor 
falecido. 
484 ( ). No caso de acumulação legal de cargos, o 
auxílio-funeral será pago em razão do cargo de 
maior remuneração. 
485 ( ). O auxílio-funeral será pago no prazo máximo de 
dez dias à pessoa da família que houver 
custeado o funeral. 
486 ( ). O auxílio-funeral somente será pago à pessoa 
da família. 
487 ( ). Em caso de falecimento de servidor em serviço 
fora do local de trabalho, as despesas de 
transporte do corpo serão custeadas por 
recursos da União, autarquia ou fundação 
pública. 
488 ( ). À família do servidor ativo é devido 
auxílío-reclusão. 
489 ( ). O auxílio-reclusão será devido à família do 
servidor, no valor correspondente a 1/3 da 
remuneração, em razão de prisão, em flagrante 
ou preventiva, enquanto durar a prisão. 
490 ( ). O servidor condenado, por sentença definitiva, 
durante seu afastamento, será devido à família 
o auxílio-reclusão no valor correspondente à 
metade da remuneração, desde que a pena 
determine a perda do cargo. 
491 ( ). Em razão de prisão, em flagrante ou preventiva, 
mesmo que o servidor seja absolvido, não 
receberá a diferença de sua remuneração, 
quando cessar a prisão provisória, 
492 ( ). Cessará o pagamento do auxílio-reclusão, a 
partir do dia imediato àquele em que o servidor 
for posto ern liberdade, ainda que condicional. 
493 ( ). A assistência à saúde do servidor, ativo ou 
inativo, compreende somente assistência 
médica e hospitalar. 
494 ( ). A União e suas entidades autárquicas e 
fundacionais ficam autorizadas a celebrar 
convénios exclusivamente para a prestação de 
seiNiços de assistência à saúde. 
495 ( ). Poderá a União, as autarquias e fundações 
contratar operadores de planos e seguros 
privados de assistência à saúde, mediante 
licitação. 
496 ( ). De acordo com a Lei n° 8.112/90, odiado 
servidor público comemora-se no dia 25 de 
outubro. 
497 ( ). Conforme disposto em lei, poderão ser 
instituídos incentivos funcionais no âmbito dos 
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, 
além daqueles previstos nos respectivos planos 
de carreira. 
498 ( ). A Lei n° 8.112/90 prevê que poderão ser 
instituídos incentivos como prémios, concessão 
de medalhas e, inclusive, diplomas de honra ao 
mérito. 
499 ( ). O servidor poderá ser privado de seus direitos 
por motivo de crença religiosa e convicção 
filosófica, porém não poderá ser discriminado 
em sua vida funcional. 
500 ( ). Ao servidor público civil é assegurado o direito à 
livre associação sindical. 
 
GABARITO COMENTADO 
 
1. ERRADO - Disposto no art. 1° da Lei n° 8.112/90, 
que esta estabelece o Regime Jurídico dos 
Servidores Civis da União, das autarquias, 
inclusive as em regime especial, e das fundações 
públicas federais. 
 
2. CERTO - Esse é o conceito dado pelo art. 2° da lei. 
 
3. CERTO - Essa é a definição de servidor público. 
 
4. ERRADO - Empregado público é a pessoal 
legalmente investida em emprego público. A CF/88 
estabelece que a investidura em cargo ou emprego 
público dependerá de prévia aprovação em 
concurso público. 
 
5. CERTO - O art. 3° da Lei n°. 8.112/90 dispõe que 
"Cargo público é o conjunto de atribuições e 
responsabilidades previstas na estrutura 
organizacional que devem ser cometidas a um 
servidor". 
 
6. ERRADO - Os cargos públicos são criados por lei e 
não por decreto. 
 
7. ERRADO - Os cargos públicos são acessíveis a 
todos os brasileiros, natos e naturalizados. 
 
8. ERRADO - Cargo efetivo: provimento mediante 
concurso público - servidor estável; Cargo em 
comissão: livre nomeação e exoneração. 
 
9. CERTO - Os cargos em comissão são de livre 
nomeação e exoneração. Em tese, podem ser 
ocupados por qualquer cidadão, porém a 
Constituição determina que um percentual mínimo 
seja preenchido por servidores da carreira. A 
Constituição Federal dispõe que as funções de 
confiança são exercidas exclusivamente por 
servidores ocupantes de cargo efetivo e 
destinam-se apenas às atribuições de direção, 
chefia e assessoramento. Ver artigo 37. inciso V da 
Constituição Federal e artigo 1° do Decreto 5.497 
de 21 de julho de 2005. 
 
10. ERRADO - Os servidores temporários não ocupam 
cargo nem emprego, apenas exerce uma função 
temporária de excepcional interesse público. 
 
11. CERTO - O art. 5° § 3°prevê que as universidades 
e instituições de pesquisa científica e tecnológica 
federais poderão prover seus cargos cora 
professores, cientistas e técnicos estrangeiros. A 
Constituição, no art. 37, inciso I, estabelece que os 
cargos, empregos e funções públicas são 
acessíveis aos brasileiros que preencham os 
requisitos estabelecidos em lei, e, também, aos 
estrangeiros, na forma da lei. 
 
EXERCÍCIOS DA LEI 8.112/90 
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12. ERRADO - A Constituição de 19S8 estabeleceu 
em seu artigo 39 que os servidores públicos 
deveriam ser regidos por um regime jurídico único, 
trabalhista ou estatutário. A Emenda Constitucional 
19 de 1998 extinguiu essa obrigatoriedade, 
permitindo que os servidores públicos fossem 
regidos pelo regime jurídico trabalhista e 
estatutário. Em 02 de agosto de 2007 ficou 
determinado que a EC 19/98 é inconstitucional, 
instituindo novamente o regime jurídico único. 
 
13. CERTO - É o que estabelece a Constituição. Ver os 
comentários do item anterior. 
 
14. CERTO - O art. 5° define os requisitos básicos para 
a investidura em cargo público. Entre eles está o 
nível de escolaridade exigido para o exercício do 
cargo. Lembrando que a Constituição proíbe a 
diferença de salários, de exercício de funções e de 
critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor 
ou estado civil - Princípio da Isonomia. Os 
requisitos exigidos deverão ser justificados pela 
natureza das atribuições do cargo a ser ocupado. 
 
15. CERTO - Os requisitos básicos para a investidura 
em cargo público são: nacionalidade brasileira, o 
gozo dos direitos políticos, a quitação com as 
obrigações militares e eleitorais, o nível de 
escolaridade exigido para o exercício do cargo, a 
idade mínima de 18 anos e aptidão física e mental. 
 
16. CERTO - O estrangeiro também poderá ocupar 
cargo público na forma da lei. A CF/88, no art. 37, 
inciso I, prevê que os cargos, empregos e funções 
públicas são acessíveis aos estrangeiros, na forma 
da lei. 
 
17. ERRADO - Às pessoas portadoras de deficiência é 
assegurado o direito de se inscrever em concurso 
público para provimento de cargo cujas atribuições 
sejam compatíveis com a deficiência de que são 
portadoras. 
 
18. ERRADO - Às pessoas portadoras de deficiência 
serão reservadas até 20% das vagas. A CF/88 
dispõe da seguinte forma "a lei reservará 
percentual dos cargos e empregos públicos para as 
pessoas portadoras de deficiência e definirá os 
critérios de sua admissão". Princípio da igualdade 
material. 
 
19. CERTO - É exatamente o que a Lei n°. 8.112/90 
estabelece em seu artigo 5° § 3°. A Constituição 
estabelece que os cargos, empregos e funções 
públicas são acessíveis aos estrangeiros, na forma 
da lei. 
20. ERRADO - De acordo com o artigo 7° da Lei n°. 
8.112/90 a investidura em cargo público ocorrerá 
com a posse. 
 
21. ERRADO - O provimento dos cargos públicos 
far-se-á mediante ato da autoridade competente de 
cada Poder. Ver artigo

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