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1 Diabetes Mellitus na Gravidez Profª MsC. Renata Cardoso Baracho Lotti Doutoranda em Ciências da Saúde - UFS Profª MsC. Renata Cardoso Baracho Lotti Doutoranda em Ciências da Saúde - UFS • Diabetes Mellitus: �Grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia resultante de defeitos na secreção e/ou na ação da insulina Diabetes Mellitus na GravidezDiabetes Mellitus na Gravidez 2 • Diabetes Mellitus: �Além do distúrbio do metabolismo dos carboidratos, envolve também alterações nos lipídeos e proteínas �Trata-se de doença sistêmica, crônica e evolutiva �Classificado nos tipos: 1, 2, diabetes gestacional, intolerância à glicemia de jejum e tolerância diminuída à glicose Diabetes Mellitus na GravidezDiabetes Mellitus na Gravidez • Intolerância aos carboidratos de gravidade variável, com início ou reconhecimento na gravidez e pode ou não persistir após o parto • Rastreamento deve ser feito em todas as gestantes • Cerca de 4% das gestações são complicadas pelo DMG • A etiologia é parcialmente desconhecida Diabetes Mellitus gestacional Diabetes Mellitus na GravidezDiabetes Mellitus na Gravidez 3 • Possíveis explicações incluem: • ↓ da secreção de insulina por destruição autoimune das células beta • Alterações na ação da insulina • Secreção ↑ de hormônios com efeito antiinsulínico ou ↓ da sensibilidade dos tecidos à insulina, decorrente de alterações ligadas ao receptor ou pós-receptor Diabetes Mellitus gestacional Diabetes Mellitus na GravidezDiabetes Mellitus na Gravidez �Glicose é o principal substrato energético utilizado pelo feto �Passagem ocorre por difusão → sendo o nível plasmático fetal 10 mg a 20 mg/dL inferior ao materno �Secreção de insulina fetal inicia a partir da 12ª semana �Até 28ª semana as células beta fetais incapazes de responder aos estímulos da glicose (responsivas aos aminoácidos) Alterações metabólicas na gestação normal Diabetes Mellitus na GravidezDiabetes Mellitus na Gravidez 4 �Feto em crescimento depende do suprimento materno de glicose, aminoácidos e lipídeos → regulados em parte pela insulina �Contínua solicitação de glicose pelo feto e a ação dos hormônios placentários alteram o metabolismo materno → fornecer quantidades suficientes de substratos energéticos Diabetes Mellitus na GravidezDiabetes Mellitus na Gravidez Alterações metabólicas na gestação normal �Início da gestação → estrógeno e progesterona induzem acentuada hiperplasia das células beta (↑ produção de insulina) �Hiperinsulinismo ocorre antes que se estabeleça resistência à insulina que resulta: �↑ da utilização periférica de glicose e ↑ dos estoques de glicogênio nos tecidos �↓ da produção hepática de glicose �↓ da glicemia de jejum Diabetes Mellitus na GravidezDiabetes Mellitus na Gravidez Alterações metabólicas na gestação normal 5 �Paralelamente → reduzidas concentrações plasmáticas de aminoácidos �Fase catabólica caracteriza-se por: �↓ dos depósitos de glicogênio no fígado �> produção hepática de glicose �↑ mobilização de aminoácidos e gorduras garantindo > formação de substratos energéticos necessários ao desenvolvimento fetal Diabetes Mellitus na GravidezDiabetes Mellitus na Gravidez Alterações metabólicas na gestação normal �Nessa fase: �tolerância à glicose diminui �Acentua-se hipoglicemia de jejum �Níveis de insulina se elevam de maneira acentuada → sugere a ocorrência de resistência periférica à insulina �Parece ocorrer da ação da progesterona, prolactina, cortisol e do HPL Diabetes Mellitus na GravidezDiabetes Mellitus na Gravidez Alterações metabólicas na gestação normal 6 �Final da gravidez também caracterizado pelo “jejum acelerado” �Tal padrão metabólico decorre da retirada contínua de substratos energéticos do compartimento materno �No 3º trimestre a captação de glicose pelo feto é cerca de 6 mg/Kg/min �Para satisfazer tal consumo → produção materna aumenta em 0,3 mg/Kg/min Diabetes Mellitus na GravidezDiabetes Mellitus na Gravidez Alterações metabólicas na gestação normal �Como a > parte da glicose (no período pós-absortivo precoce) deriva da glicogenólise → este ↑ (no final da gestação) resulta na depleção das reservas de glicogênio no fígado �O concepto retira também aminoácidos → o que limita a gliconeogênese hepática materna e resulta em ↑ quebra e utilização de gordura Diabetes Mellitus na GravidezDiabetes Mellitus na Gravidez Alterações metabólicas na gestação normal 7 �Lipólise gera glicerol → substrato para a gliconeogênese hepática; �Produz também ácidos graxos livres e cetonas (oxidação produz energia necessária para impulsionar a gliconeogênese) → ↑ ainda mais a resistência periférica à insulina Diabetes Mellitus na GravidezDiabetes Mellitus na Gravidez Alterações metabólicas na gestação normal �Final da gestação → caracterizado pelo crescimento fetal e pelas respostas maternas às crescentes necessidades de nutrientes �Tais necessidades incluem �Desvio acelerado da utilização de carboidratos para gorduras → facilitado pela resistência periférica à insulina e níveis ↑ de hormônio com ação lipolítica Diabetes Mellitus na GravidezDiabetes Mellitus na Gravidez Alterações metabólicas na gestação normal 8 �A partir da 27ª semana, ↑ a passagem da glicose para o feto → hiperglicemia �Na diabética clínica tanto a glicemia quanto os ácidos graxos livres, aminoácidos e cetonas estão ↑ desde o início → importantes implicações fetais e neonatais quando não controlados adequadamente Alterações metabólicas na gestante diabética Diabetes Mellitus na GravidezDiabetes Mellitus na Gravidez �Os níveis fetais de glicose são normalmente mantidos dentro de limites estreitos porque a homeostase de carboidratos materna é bem regulada �Durante a gravidez na mulher diabética insulino-dependente, períodos de hiperglicemia levam à hiperglicemia fetal �Elevações persistentes da glicose, e talvez dos aminoácidos, podem estimular o pâncreas fetal → em hiperplasia de células beta e hiperinsulinemia fetal Diabetes Mellitus gestacional Diabetes Mellitus na GravidezDiabetes Mellitus na Gravidez 9 Muitas são atribuídas à hiperglicemia materna com consequente hiperglicemia e hiperinsulinismo fetais �Macrossomia: decorre do hiperinsulinismo fetal �Insulina, por sua ação anabólica e, na presença do ↑ de glicose, estimula a síntese de glicogênio, gorduras e proteínas Repercussões perinatais Diabetes Mellitus na GravidezDiabetes Mellitus na Gravidez Síndromes Hipertensivas na GravidezSíndromes Hipertensivas na Gravidez � Apresentam maior incidência de distócia de ombro � Crescimento assimétrico � Circunferência torácica maior que a craniana Repercussões perinatais 10 Síndromes Hipertensivas na GravidezSíndromes Hipertensivas na Gravidez �Hipoglicemia fetal: atribuída à hiperinsulinemia fetal associada à reduzida produção de glicose e à menor capacidade de utilização de glicogênio nas 1ªs horas de vida �Policitemia (hematócrito venoso > 65%): resulta do aumento da eritropoietina induzida pela hipóxia fetal; hiperbilirrubinemia frequente// associada Repercussões perinatais Síndromes Hipertensivas na GravidezSíndromes Hipertensivas na Gravidez �Síndrome do desconforto respiratório (SDR): a hiperglicemia e o hiperinsulinismo fetais são fatores responsáveis pelo retardo da maturação pulmonar �Hipocalcemia: níveis séricos de cálcio total < 7 mg/dL ou de cálcio ionizado < 3 mg/dL; parece relacionar à deficiência de secreção do hormônio paratireoidiano (1ºs 4 dias de vida) decorrente da hipomagnesemia neonatal secundária à perda de magnésio pela urina da mãeem função da hiperglicemia e poliúria Repercussões perinatais 11 Síndromes Hipertensivas na GravidezSíndromes Hipertensivas na Gravidez �Anomalias fetais: causa mais importante de mortalidade perinatal; alterações cardíacas, anomalias de regressão caudal, anomalias renais e do SNC �Prematuridade: pode ocorrer em até 36% das diabéticas tipo I �Morte perinatal: 30 a 40% decorrentes das anomalias; 30% das prematuridades; 20 a 30% por anóxia intra-uterina Repercussões perinatais Síndromes Hipertensivas na GravidezSíndromes Hipertensivas na Gravidez �Pré-eclâmpsia: talvez esteja relacionada com a resistência à insulina e com a intolerância aos carboidratos. Hiperglicemia + tolerância ↓ à glicose pode contribuir para disfunção do endotélio �Polidrâmnio: associada à hiperglicemia e à macrossomia (etiologia desconhecida); uns defende ser pelo ↑ da diurese fetal, outros aumento das anomalias do SNC e trato gastrintestinal Repercussões maternas 12 Síndromes Hipertensivas na GravidezSíndromes Hipertensivas na Gravidez �Bacteriúria assintomática e pielonefrite: alterações no trato urinário favorecem a colonização do trato urinário inferior e a ascenção de germes até o parênquima renal �Mortalidade materna: existe uma incompatibilidade da gravidez com o diabetes mellitus não-tratado Repercussões maternas Síndromes Hipertensivas na GravidezSíndromes Hipertensivas na Gravidez �Exercício leve: não altera a pressão arterial, a FC materna e a função placentária �Aumenta o consumo de glicose pelos eritrócitos e fibras musculares, porém libera substâncias vasoativas �Contraindicada nas grávidas diabéticas com hipertensão descompensada, ou nas portadores de doenças macro ou microvasculares �Aumenta o consumo periférico de glicose e diminui a resistência à insulina Exercício físico 13 Síndromes Hipertensivas na GravidezSíndromes Hipertensivas na Gravidez �Utiliza-se os exercícios propostos para a gravidez normal �Devem ser praticados 3 a 4 vezes por semana, durante 15 a 30 minutos Exercício físico
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