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DROGAS ANTIFÚNGICAS E TRATAMENTO DAS PRINCIPAIS INFECÇÕES CAUSADAS POR FUNGOS Prof: Ingrid Annes Pereira Conceitos Básicos ESPECTRO ANTIFÚNGICO: Variedade da atividade de uma droga contra espécies fúngicas. Amplo Espectro: Ampla variedade de fungos incluindo fungos leveduriformes e filamentosos. Espectro Restrito: Ativo somente contra um número limitado de espécies fúngicas. 18h a 37ºC 1,0 2,0 4,0 8,0 16,0 32,0 64,0 128,0 1,0 2,0 4,0 8,0 16,0 32,0 64,0 128,0 ATIVIDADE FUNGISTÁTICA: Inibição da atividade metabólica de um organismo. CIM: Concentração Inibitória Mínima. Conceitos Básicos ATIVIDADE FUNGICIDA: A menor concentração da droga que mata 99,9% dos organismos. CFM: Concentração Fungicida Mínima. Conceitos Básicos PRINCIPAIS MECANISMOS DE AÇÃO DAS DROGAS ANTIFÚNGICAS PAREDE CELULAR: Inibidores da síntese de glucanas e quitina. MEMBRANA CELULAR: Inibidores da síntese de ergosterol; Dano direto a membrana (canais); NÚCLEO: Inibição da síntese de RNA e DNA; Rompimento de microtúbulos; Inibição da mitose. RETÍCULO ENDOSPLASMÁTICO RUGOSO: Inibição da síntese protéica. PRINCIPAIS MECANISMOS DE AÇÃO DAS DROGAS ANTIFÚNGICAS Parede celular Inibidores da síntese de glucanas: EQUINCANDINAS Quitina: NICOMICINA Síntese de ácido nucléico: FLUCITOSINA Rompimento de microtúblos e inibição da mitose: GRISEOFULVINA Dano direto a membrana: POLIENOS Inibidor da síntese de ergosterol: AZOL PRINCIPAIS MECANISMOS DE AÇÃO DAS DROGAS ANTIFÚNGICAS COMBINAÇÕES ANTIFÚNGICAS: Para intensificar a eficácia do tratamento de uma infecção refratária; Para ampliar o espectro da terapia antifúngica; Para prevenir a emergência de organismos resistentes; Efeito sinérgico destruidor. Conceitos Básicos POLIENOS ANFOTERICINA B: Uso sistêmico Não é absorvida pela via intramuscular ou oral NISTATINA: Uso Tópico Suspensão oral ESTRUTURA QUÍMICA: Anel lactâmico Cauda Lípidica Cauda Hidrofílica MECANISMO DE AÇÃO: Fungicida: 1. Ligação ao ergosterol da membrana fúngica; 2. Formação de canais que destroem a membrana; 3. Perdas de constituintes intracelulares; 4. Morte celular. POLIENOS ESPECTRO DE ATIVIDADE: Anfotericina B e Nistatina: Candida spp. Cryptococcus neoformans Aspergillus spp. Histoplasma capsulatum Indicações Clínicas: Candidíase invasiva; Criptococose Aspergilose e Histoplasmose pulmonar Esporotricose cutânea disseminada Peniciliose marneffei POLIENOS DISTRIBUIÇÃO E CONCENTRAÇÃO: Fígado Pâncreas Rins Medula Óssea Pulmões SNC EFEITOS ADVERSOS: Nefrotoxicidade Febre, calafrios e mialgias Hipotensão e broncoespasmos OBS: Formulações lípídicas da anfotericina B são menos tóxicas. POLIENOS MECANISMOS DE RESISTÊNCIA: Alterações quantitativas e qualitativas dos alvos celulares; Conteúdo reduzido de ergosterol. Mascaramento do ergosterol (esterificação). Mutação do gene ERG2 e ERG3: codificam para enzimas C8 isomerase e C5 esterol desaturase. POLIENOS AZÓIS AZOL IMIDAZIL (2N) TRIAZOL (3N) CETOCONAZOL FLUCONAZOL ITRACONAZOL VORICONAZOL AZÓIS MECANISMO DE AÇÃO: 1) Inibição da enzima 1,4-α-dimetilase do lanosterol; 2) Inibe a conversão do lanosterol em egosterol; 3) Interrupção da síntese da membrana celular; Atividade fungicida: Aspergillus spp. Atividade fungistática: Candida e C. neoformans AZÓIS Via oral (pH gástrico ácido); Tópico. Atua sobre fungos dimórficos: Candida spp. C. neoformans Malassezia Não tem ação sobre Aspergillus ou Fusarium. EFEITO COLATERAL: Toxicidade gástrica e hepática Cetoconazol (Imidazol) Via oral Excelente biodisponibilidade oral(solúvel em água); Baixa Toxicidade ESPECTRO DE ATIVIDADE: Candida (candidemia e candidíase mucosa) C. neoformans (imunossuprimidos) Dermatófitos Não tem ação sobre Aspergillus e Fusarium Fluconazol (Triazol) Via oral: Cápsula (pH gástrico ácido) Solução Administração em jejum Via intravenosa AMPLO ESPECTRO: Candida C. neoformans (meningite criptocócica) Aspergillus Dermatófitos Sporothrix schenkii (esporotricose linfocutânea) Itraconazol (Triazol) MECANISMOS DE RESISTÊNCIA: Modificação da qualidade e quantidade das enzimas alvo. Superexpressão do gene ERG11 que aumenta a síntese da 1,4-α-dimetilase do lanosterol. Bombas de efluxo. Transportadores do tipo “ATP-binding Cassete” AZÓIS FLUCITOSNA MECANISM DE AÇÃO: 1) Interferência na síntese de DNA, RNA e proteínas; 2) Entra na célula via proteínas permease da membrana; 3) Sofre desaminação e forma o 5-fluoracil (5-FU); 4) O 5-FU compete com a uracila na síntese de RNA; 5) Formação de RNA defeituoso; 6) Inibição da síntese de DNA e proteínas ANTIMETABÓLICOS Via oral ESPECTRO DE AÇÃO: Candida Criptococcus neoformans Baixa eficácia na monoterapia Eficácia aumentada em cmbinações: Flucitosina+Anfotericina B Flucitosina+Fuconazol Flucitosina MECANISMOS DE RESISTÊNCIA: Captação diminuída de medicamento pela perda da atividade da Permease. Perda da atividade: Citosina-desaminase: converte a flucitosina em 5FU FUMP-pirofosforilase: fosforilação do 5FU. ANTIMETABÓLICOS VIA ORAL MECANISMO DE AÇÃO: Fungicida: Inibe o crescimento fúngico; Interação com microtúbulos do núcleo da célula fúngica. Inibição da mitose. Tratamento das Dermatofitoses; Tricophytum, Epidermothytum e Microsporum Baixa eficácia (segunda linha) Efeitos colaterais: Naúseas, diarréia, Hepatotoxicidade erupções na pele Efeitos neurológicos. GRISEOFULVINA Infecções cutâneas superficiais e onicomicose: Cremes,loções, pomadas, pós, aerossóis e shampoo. Infecções de mucosa: Associar com suspensões, comprimidos (via oral). Fatores relacionados ao tipo de infecção cutânea ou mucosa: Condição do hospedeiro; Extensão da infecção; Exemplos: Candidíase oral ou vaginal: terapia tópica Onicomicose, Tinea ou malassezíase: terapia sistêmica de longo prazo. Antifúngicos Tópicos Muito Obrigada Profa: Ingrid Annes Pereira
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