Buscar

Teoria_Geral_do_Direito_Empresarial__2A_Aula

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO EMPRESARIAL 
2ª Aula 
ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
 
Fases de formação do direito 
empresarial - Roque (2003, p. 49) 
Fases de formação no ordenamento 
jurídico brasileiro 
Fases de formação do direito 
empresarial – Fazzio Júnior (2008, p. 
05). 
1ª Fase: A mercantil (de 1.553 a 
1.807). 
1ª Fase. Código Comercial (Lei n.º 556 
de 25/06/1.850). 
1ª Fase. A relação jurídica mercantil 
definida pela qualidade do sujeito (o 
direito comercial como direito de uma 
corporação profissional, a dos 
comerciantes). 
2ª Fase: A comercial (de 1.807 a 
1.942). 
2ª Fase. Influências do Código Civil 
Italiano de 1.942. 
2ª Fase. A relação jurídica mercantil 
definida pela natureza do objeto (o 
direito comercial como direito dos 
atos de comércio). 
3ª Fase: A empresarial (de 1.942 
a nossos dias). 
3ª Fase. Código Civil de 2.002 (Lei n.º 
10.406 de 10/01/2.002). 
3ª Fase. O direito comercial como 
direito das relações decorrentes da 
atividade empresarial. 
 O comércio é a forma evoluída da troca. 
 A moeda transformou a troca na compra e venda: “Desde então já se não 
chamaram mais mercadorias ambas as coisas, mas uma somente: a outra 
passou a chamar-se preço” (Waldemar Ferreira, 1960, p. 16). 
 Coordenou os agentes naturais, capital e trabalho em unidades econômicas, 
impulsionado pelo crédito. Importância do capitalismo. 
 O comércio passou a ser orgânico, sendo função social exercida por inúmeras 
pessoas como atividade profissional. 
 Transporte marítimo, abertura das vias terrestres por caravanas, incremento de 
feiras, solenidades etc. 
 
ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
 “criou-se, para o exercício da função orgânica medianeira e especulativa do 
comércio, mecanismo que compreendeu grande cópia de atos e de contratos, quanto 
de institutos privados, e alguns até de natureza pública, se não de caráter misto, cujo 
funcionamento se regulou por preceitos de Direito Consuetudinário, universalizados 
pelo tráfico internacional do comércio marítimo ou terrestre” (Waldemar Ferreira, 
1960, p. 21). 
 Desde sempre houve quem ofercesse bens da vida a quem os desejasse. 
 Nomadismo dos mercadores primitivos. Passo seguinte e a busca de outros bens 
faltantes em determinada localidade para apresentá-los onde os mesmos não eram 
encontrados. 
 Paralelamente, surge a pirataria, desenvolvendo-se tanto quanto as ações dos 
mercadores, à sombra do comércio. 
ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
 Corsário. Um corso, ou corsário, (do italiano corsaro, comandante de 
navio autorizado a atacar navios) era um pirata que, por missão ou carta 
de corso (ou "de marca") de um governo, era autorizado a pilhar navios 
de outra nação (guerra de corso), aproveitando o fato de as transações 
comerciais basearem-se, na época, na transferência material das 
riquezas. 
 Teoricamente, um não corso com uma carta de marca poderia ser 
considerado como pirata, desde que fosse reconhecido pela lei 
internacional. Sempre que um navio corso fosse capturado, este tinha de 
ser levado a um Tribunal Almirantado onde tentava assegurar de que era 
um verdadeiro corso. Contudo, era comum os corsos serem apresados e 
executados como piratas pelas nações inimigas. 
ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
 Por vezes, em locais de altíssima devoção como Santuários, estabeleceram-se 
rotas e feiras para o exercício do comércio. Por vezes, Mosteiros tinham seus 
próprios mercados. Algumas vezes os missionários eram ao mesmo tempo 
mercadores e vice-versa, tanto que os locais menos cristianizados tiveram 
por coincidência, um comércio menos desenvolvido. Caracterizava-se por 
periodicidades e provisoriedade. 
 Caravanas, agregados de mercadores e peregrinos. Desenvolvimento de 
atividades paralelas como Protetores, Chefes, Guias, Escoltas, Conselhos, 
Sacerdotes, Juízes, Servidores, Escribas etc. Fundação de Portos, Vilas e 
Cidades, necessários a propiciar o suporte necessário. 
 Desenvolvimento da navegação marítima e fluvial. Do objetivo primário da 
pesca, passa-se ao interesse das transações comerciais. 
 
ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
 Código de Hamurabi. É ponto comum a menção do Código de Hammurabi, 
que se afirma ser o texto jurídico mais antigo existente, gravado em bloco de 
dorita, datado de aproximadamente 2.083 a.C. e tendo sido descoberto em 
1.901 na cidade de Susa, na Pérsia. Apesar do grande número de normas, 
que se supõe seja uma compilação de normas consuetudinárias babilônicas, 
não está plenamente legível, o que coloca em dúvida a existência de uma 
regulação do direito mercantil. 
 Lex rhodia de jactu. O instituto da lex rhodia de jactu tem origem no 
comércio marítimo e foi estabelecida ante a necessidade de se proceder o 
alijamento de mercadorias para conseguir aliviar as embarcações, ficando 
estabelecido que todos os que se beneficiaram deste alijamento fiquem 
obrigados a ressarcir o que perdeu a mercadoria ao mar. 
 
ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
 Lex rhodia de jactu. Este instituto, nascido do direito consuetudinário 
comercial marítimo entre povos antigos, em especial os fenícios, foi 
absorvido no Digesto de Justiniano e transmitido como norma no tempo e 
espaço. Prova disso é o art. 764, II do Código Comercial Brasileiro que aduz 
serem avarias grossas as coisas alijadas para salvação comum. 
 Nota de rodapé n.º 02, p. 13 do curso de direito comercial de João Eunápio 
Borges, onde se lê: “Digesto, 14, 2, De lege Rhodia de jactu: ‘1 – Paulus libro 
II, Sententiarum – Lhege Rhodia Cavetur, ut, si leviandade navis graita iactus 
mercium factus est, omnium contributione sarciatur, quod pro omnibus 
datum est’. Isto é, dispõe-se na lei Rhodia que se para aliviar um navio se fez 
alijamento de mercadorias, seja ressarcido pela contribuição de todos o 
dano que em benefício de todos se causou”. 
 
ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
 Nauticum foenus. Atribui-se aos gregos a origem da comenda e de 
instituições bancárias. Todavia, o principal legado é o nauticum foenuns, que 
se caracterizava como um empréstimo e seguro marítimo trajetício, no qual 
os capitalistas podiam fazer empréstimos a taxas bem elevadas, comumente 
proibido, sendo que só poderiam receber o capital e os juros 
convencionados se a expedição marítima tivesse êxito com o transporte da 
mercadoria e o retorno do navio a salvos. 
 Roma. Escreve J. X. Carvalho de Mendonça (1963, p.50) que os romanos não 
tiveram um direito comercial, ou seja, um corpo de leis voltado para a 
atividade mercantil. Portanto, a compreensão do direito privado era 
unitarista, não havendo divisão em direito comercial e direito comum, 
apenas este último, que acaba por regular todas as relações, inclusive as 
comerciais Daí a origem do jus gentium, passando a regular relações 
comerciais entre romanos e estrangeiros ou escravos. 
 
ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
 Idade Média. Os textos indicam que muitos dos institutos que hoje se 
compreende como de direito comercial surgiram neste período, é o caso dos 
bancos, sociedades, letra de câmbio e falência, por exemplo, surgidas a 
partir das práticas comerciais em especial nas cidades marítimas. 
 Por sua riqueza, os comerciantes ocupam destacada posição social e impõem 
o exercício de autoridade através de suas corporações, as quais, por sua vez, 
cumpre o papel de proceder à normatização da vida comercial. 
 Os servos passam a se meeiros dos senhores feudais, que transferem-se para 
cidades. Implementa-se o comércio marítimo para terras ainda mais 
distantes, à procura de produtos exóticos ou manufaturados. As Cruzadas 
facilitam o comércio terrestre. Apesar da posição canônica aumentam as 
comendas, na qual o fornecedor de dinheiro arriscava apenas a importância 
entregue ao capitão, que dividia os lucros. 
ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
 Mercados efeiras. As Cruzadas influenciaram o comércio marítimo e com 
outras cidades, mas o comércio terrestre se desenvolveu em função das 
grandes feiras, primeiramente realizadas em datas fixadas, dando lugar a 
pratica de diversos atos, como o câmbio e banco. Notadamente quanto às 
feiras, destaca Ripert (1954, p. 18) que foi possível a conservação de vários 
documentos, tendo em vista que além do direito consuetudinário, também 
havia regulamentação no uso da polícia administrativa: 
 “El Rey intervenía para reglamentar la policía de las ferias, lo que ha 
permitido que se conservaran numerosos documentos sobre el derecho de 
ferias. Las transacciones efectuadas em las ferias se regían por los usos 
particulares de los mercaderes de todos los países.” Ripert (1954, p. 18). 
ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
 As Corporações. Estatutos das Cidades. “Esse era o Direito Consuetudinário, 
formado de normas emergentes do tráfico mercantil, consuetudo 
mercatorum. De gênero vário, continha preceitos de Direito Administrativo, 
de Direito Processual, de Direito Penal e de Direito Privado. Direito dos 
Comerciantes, era, ao mesmo passo, o das cidades. Não tardou que, 
depurado pelas corporações, se consolidasse em forma escrita, inscrevendo-
se em volumes – os estatutos”. Waldemar Ferreira, 1960, p. 44/45. 
 Jurisdição Consular. Surge a jurisdição consular dos Cônsules, encarregados 
de dizer o direito nos casos comerciais. Criam-se os Estatutos, instrumentos 
jurídicos da Municipalidade com regras aplicáveis aos comerciantes e suas 
operações. “Tinham essas normas caráter internacional, passando as regras 
comerciais a regular as transações de todos quantos compareciam às feiras. 
Podiam os cônsules não só resolver as questões que lhes fossem 
apresentadas como, inclusive, punir os culpados”. Martins (2011, p. 07). 
ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
 Primeiros institutos de direito comercial. Surgem as primícias dos Bancos, a 
Letra de Câmbio, o processo da Falência, o câmbio marítimo, o seguro 
marítimo etc. 
 Direito do comércio como direito profissional. “O Direito profissional mais 
antigo é o Direito do comércio. Disse-o Georges Ripert. Formou-se com o 
objetivo de assegurar o exercício regular e honesto da profissão” (Waldemar 
Ferreira, 1960, p.51). 
 As Codificações. Código Napoleônico de 1807. Influenciou diversas outras 
nações, especialmente as regidas sob o sistema jurídico romano germânico. 
Passa-se a incorporar as regras anteriormente utilizadas, legisladas ou não, 
com a modificação constante de seus textos, o que se verifica em notória 
expansão. 
ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
 BORGES, João Eunápio. Curso de direito comercial terrestre. Rio de Janeiro: Forense. 5ª 
ed. 3ª tiragem, 1976. 
 CARVALHO DE MENDONÇA, José Xavier. Tratado de direito comercial brasileiro. Rio de 
Janeiro: Livraria Freitas Bastos S/A. 7ª ed. vol. I, 1963. 
 FAZZIO JÚNIOR, Waldo. Manual de direito comercial. São Paulo: Editora Atlas, 9ª 
edição, 2008. 
 FERREIRA, Waldemar. Tratado de direito comercial: estatuto histórico e dogmático do 
direito comercial. Primeiro volume. São Paulo: Saraiva, 1960. 
 MARTINS, Fran. Curso de direito comercial. 34ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011. 
 RIPERT, Georges. Tratado elemental de derecho comercial. Traducción de Felipe de Solá 
Cañizares com la colaboración de Pedro G. San Martin. Tipografia Editora Argentina. 
Buenos Aires/AR, 1954, 
 ROQUE, Sebastião José. Tratado de direito empresarial. São Paulo: Editora Ícone, 2003. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes