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Teoria Geral do Processo - Bens da Vida - Interesse - Conflitos - processual - litisconsórcio

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TEORIA GERAL DO PROCESSO
É o estudo da trilogia processual, ação jurisdição e processo, bem como de seus fundamentos éticos e técnicos e os princípios processuais.
Bens da vida
São aqueles que por ventura tem valor econômico, afetivo ou ligado à personalidade e serem passíveis de vinculação e apropriação pelo ser humano, geram conflitos de interesses. Podem ser:			essenciais ou vitais
			Secundários ou superfulos.
Interesse – Segundo Carnelluti o interesse é um ato da inteligência, que é dado pela tríplice representação do bem para satisfazer a essa necessidade. É o desejo de ter um determinado bem da vida, ou seja, de satisfazer uma necessidade. O interesse pode ser:
Individual – Art. 81 §único inciso III CDC - A adesão de pessoas a um contrato de financiamento da casa própria, por exemplo, torna o interesse de todos os integrantes daquele grupo (de mutuários) idêntico. Se há ilegalidade no aumento das prestações, a solução deverá ser a mesma para todos (a tutela será de um interesse coletivo), mas a exigência de devolução das parcelas já pagas necessitará da divisão do objeto em partes que não sejam iguais, ou seja, o interesse na repetição do indébito já não será coletivo, mas individual homogêneo.
Coletivo – Art. 81 §único inciso II CDC - No interesse coletivo a relação jurídica precisa ser resolvida de maneira uniforme para todos. Os titulares dos interesses coletivos são determináveis ou determinados. Normalmente formam grupos, classes ou categorias de pessoa.
Difusos – Art. 81 §único inciso I CDC – Ex.: propaganda enganosa, Não é possível proceder à identificação de todos quantos possam ter sido expostos à divulgação enganosa da oferta de um produto ou serviço – veiculada, por exemplo, pela televisão. Todos que tenham sido expostos têm o mesmo direito e entre eles não há nenhuma relação jurídica, seja com a parte contrária ou entre si.
Mediato – o interesse mediato corresponde àquela situação em que para ter a satisfação da minha necessidade é necessário realizar ou passar por uma situação intermediária. Para saciar a fome, preciso comer um alimento, mas antes preciso de dinheiro para poder compra-lo.
Imediato – são aquelas situações que servem diretamente à satisfação de uma necessidade. Comer uma fruta para saciar a fome. 
Conflito de interesses, quando uma pessoa tem dois interesses e só pode satisfazer apenas um.
Tipos de conflitos:
Conflito subjetivo – não se extravasa da pessoa do próprio sujeito nele envolvido.
Conflito intersubjetivo – é aquele que ocorre ante a limitação dos bens e as ilimitadas necessidades dos homens
Pretensão – consiste em afastar o interesse alheio em beneficio do próprio.
Lide – é o conflito de interesses, qualificado pela pretensão de um dos interessados e pela resistência do outro.
Lide ou Litígio: resulta de conflitos de interesses, onde um indivíduo tem a pretensão e o outro a resistência, ou seja, é o conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida.
Resolução de conflitos
Autotutela: Lei do mais forte para resolver conflitos de interesses, utilizada nas civilizações primitivas, havia ausência de juiz. No Direito moderno encontramos a autotutela em algumas situações tais como: n direito de greve, prisão em delito de flagrante, legítima defesa, invasão de propriedade, etc.
Autocomposição: os envolvidos resolviam seus próprios conflitos.
As formas de autocomposição, para melhor compreender, cito: Você está indo para o trabalho de carro, quando um motorista alcoolizado provoca uma colisão traseira em seu veículo, a partir deste fato podemos encontrar.
Autocomposição por desistência: renuncia à pretensão - você deixa como estão às coisas e não exige seus direitos. (que ele arque com a custa)
Autocomposição por submissão: renuncia a resistência – você cobra seus direitos e a outra parte, aceita sem resistência.
Autocomposição por transação: concessão recíproca – você abre mão de parte do seu direito e ele parte da resistência. (um acordo, por exemplo, em que você arca com parte do prejuízo, etc.).
Arbitragem: os envolvidos escolhem uma terceira pessoa, de confiança de ambos, para resolver o conflito de interesse, uma vez escolhido o arbitro não existe a possibilidade de modificação por insatisfação pela sanção aplicada.
Direito judiciário: normas que organizam e disciplinam o funcionamento do judiciário.
Divisão do Direito Processual: O art. 22 CF reconhece autonomia e unidade do Direito processual quando disciplina a competência legislativa nesta matéria. O Direito Processual é identificado como Direito Público, pois é seu objeto processo, e o interesse que a composição da lide se faça é do Estado, que vislumbra restabelecer o equilíbrio social.
O Direito Processual possui:
Autonomia legal: Art. 22, I CF e a legislação processual em vigor.
Autonomia cientifica: possui objeto peculiar, tem natureza própria, princípios específicos e finalidade determinada.
Unidade: em vários planos:
Legal: texto constitucional
Cientifico: há uma Teoria Geral do Processo
Lógico: unidade no exercício da função jurisdicional
Ontológico: o processo é instrumento do Estado para realização da justiça.
Divisão: A unidade não desaparece pelo fato do legislador ter elaborado separadamente legislação processual civil e penal, pois é uma medida de ordem Prática.
Princípios informativos: explicam como o processo deve ser, é tido como fonte para os princípios gerais.
Princípios gerais ou fundamentais: mostram como o processo é previsto nos Códigos Processuais e expressos, ou implícitos, nas Constituições, norteando os operadores do Direito. Nem sempre possuem a mesma aplicação no processo penal e no civil, diversas vezes são opostos.
Princípio da imparcialidade do juiz: é um direito das partes e um pressuposto de validade do processo. O juiz não pode tomar partido, pois representa o Estado na aplicação da lei ao caso concreto e na solução de conflitos de interesses. A imparcialidade do juiz é principio processual e também direito subjetivo. Art. 5, XXXVLL e LIII CF. Possui ligação com o principio do juiz natural.
Juiz Natural: aquele previamente constituído, como competente para julgar determinadas causas abstratamente previstas, tornando-o assim um juiz natural imparcial.
 Princípio do contraditório e da ampla defesa: igualdade de tratamento das partes dentro do processo é um dever imposto ao juiz e um direito das partes. Esse princípio não admite exceções.
Princípio da ação: quem se sente lesado pode provocar o exercício da função jurisdicional. A função jurisdicional é inerte por natureza, por isso precisa ser provocada. O juiz não pode deixar de julgar um caso alegando que a lei é lacunosa ou obscura.
Princípio dispositivo: é a finalidade dos indivíduos exercerem ou não seus direitos.
No processo civil: impera pelo princípio da disponibilidade da ação.
No processo penal: o principio da indisponibilidade da ação, ou seja, não permite que o judiciário na fase de inquérito, e o MP, na fase processual, decidam da oportunidade ou não da colheita das provas e da propositura da ação penal pública. O juiz deve julgar a causa com base nos fatos alegados e provados pelas partes, sendo-lhe vedada a busca de fatos não alegados e cuja prova não tenha sido postulada pelas partes.
Princípio da inércia da jurisdição: o juiz se limita a executar os atos requeridos, adotando posição de espectador do processo.
Princípio do impulso oficial: o juiz participa do processo, uma vez instaurada a relação processual, ele deve mover o procedimento de fase em fase, até a conclusão da função jurisdicional. Art. 262 CPC
Princípio da oralidade e seus postulados: o princípio da oralidade é formado por outros princípios que combinados à oralidade constituem verdadeiro sistema procedimental.
Publicidade: garante a presença do público nas audiências e a possibilidade de exame dos autos por qualquer pessoa. (Art. 5, LX, CF; Art. 155 CPC)
Princípio do Duplo grau de jurisdição: princípio da revisão das decisões judiciais, possibilitada através de recurso.(recorrer nas instâncias 1,2,3 etc.)
Princípio da proibição da prova ilícita: são inadmissíveis no processo, as provas obtidas por meio ilícitos. (tortura, gravações sem autorização, etc.).
LITISCONSÓRCIO.
Princípios – Economia processual: redução de gastos com nova demanda, (ao invés de se fazer vários processos, o que geraria mais gastos, cria-se um único citando todas as partes.).
Segurança jurídica: procura evitar possíveis decisões antagônicas. (determinar sanções muito diferentes dentre os réus.).
 O litisconsórcio ocorre quando há pluralidade de sujeitos no processo.
Mais de um autor (vítima) contra um réu – Ex.: um elemento rouba várias pessoas em uma parada de ônibus – neste caso encontramos o LITISCONSÓRCIO ATIVO
Um autor (vítima) contra mais de um réu – Ex.: estupro coletivo – aqui tem o LITISCONSÓRCIO PASSIVO
Vários autores contra vários réus. – Ex.: Um grupo de torcedores ataca outro – então temos o LITISCONSÓRCIO MISTO.
Classificação quanto ao momento.
 Litisconsórcio inicial: o processo se inicia com mais de um autor ou réu.
Litisconsórcio ulterior: forma-se no decorrer do processo.
Quanto à obrigatoriedade.
Litisconsórcio necessário: é obrigatória a presença de mais de um autor ou de mais de um réu no processo, sob pena de nulidade.
Litisconsórcio facultativo: a parte voluntariamente age em coautoria ou contra maus de um réu.
Quanto à abrangência da decisão.
Litisconsórcio simples: a decisão judicial pode ser diferente para cada um dos litisconsortes;
Litisconsórcio unitário: a sentença deve ser uniforme para todos litisconsortes.
Litisconsórcio Facultativo: quando houver entre um dos polos comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à causa; quando os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito; quando entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir; quando ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito. (exemplificando quando for perceptível algum tipo de relação)
Litisconsórcio Necessário: por força da lei ou da natureza da relação jurídica, alguém deve obrigatoriamente estar no processo ao lado de outro(s), porquanto será inevitavelmente atingido pela sentença; o Litisconsórcio Necessário deve ser citado para integrar a lide.
Litisconsórcio Unitário: por força da lei ou do caráter da relação jurídica, a sentença deve ser igual para is litisconsortes.
Litisconsórcio Multitudinário: é facultativo, ocorre quando é grande o número de pessoas num dos polos da demanda. O juiz pode limitá-lo. (número exagerado de testemunhas para narrar um mesmo fato.).
Autonomia do Litisconsórcio: em suas relações com a parte adversa, em regra os litisconsortes (facultativos) são considerados litigantes distintos e os atos e as omissões de um não prejudicarão nem beneficiarão os outros.

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