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aula 1 - Programa de Alimentação Do Trabalhador - PAT (1)

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Programa de Alimentação Do Trabalhador - PAT
Profª Francine Nogueira L. Garcia Pinho
FACULDADE REDENTOR CAMPOS –
CURSO DE NUTRIÇÃO
Disciplina: Planejamento de Alimentação para Coletividades
A história da atenção nutricional ao trabalhador
Na década de 1940, as políticas nacionais de alimentação e nutrição do Brasil têm início com a criação dos Serviços de Alimentação e Previdência Social (SAPS). Estes órgãos tinham o objetivo de prestar assistência alimentar e nutricional especificamente aos trabalhadores (PINHEIRO; CARVALHO, 2010). 
As primeiras ações dos SAPS
As principais atividades implantadas pelos SAPS foram:
 os restaurantes populares; 
os postos de comercialização de gêneros de primeira necessidade (subsistência) a preços de custo;
 as campanhas de educação nutricional nos locais de trabalho para divulgar as vantagens de uma boa alimentação.
A criação do PAT
O Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT foi instituído pela Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976 e regulamentado pelo Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991.
Público-alvo
A prioridade é o atendimento aos trabalhadores considerados pelo Programa como de baixa renda, isto é, aqueles que ganham até cinco salários mínimos mensais. 
Gestão do PAT
Este Programa, estruturado na parceria entre Governo, empresa e trabalhador, tem como unidade gestora a Secretaria de Inspeção do Trabalho / Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho.
Objetivos iniciais
Melhorar o estado nutricional do trabalhador;
Aumentar a produtividade;
Reduzir os acidentes de trabalho;
Reduzir o absenteísmo (falta ao trabalho).
Recursos financeiros
20% dos recursos vêm dos trabalhadores;
80% das empresas e do Governo através de subsídios fiscais. 
Governo federal: dedução do imposto de renda pago pela empresa de até 4%.
Cobertura calórica
As recomendações protéico-calóricas do PAT são baseadas no perfil nutricional dos trabalhadores da década de 1970, quando da criação do Programa.
Nas grandes refeições devem ser fornecidas 600-800 Kcal e para pequenas refeições 300-400 Kcal. 
A necessidade protéica é de 6% a 10%.
Atualmente é adequado?
Algumas pesquisas mostram que as necessidades calóricas atualmente podem ser diferentes para a maioria dos trabalhadores, já que hoje o perfil nutricional mostra uma crescente incidência de sobrepeso e obesidade entre os trabalhadores.
No estudo de Veloso e Santana (2002) da UFBA houve uma correlação entre o aumento de peso dos trabalhadores usuários do PAT.
Como pensarmos no PAT para os dias atuais?
As vantagens vão além dos benefícios econômicos, pois uma boa alimentação do trabalhador é “uma condição para formar capital humano mais qualificado para que as empresas brasileiras atinjam maior nível de competitividade, contribuindo assim para o Brasil ter uma atuação mais significativa dentro de um contexto econômico globalizado” (MAZZON, 2006, p. 6). 
É necessário
Diminuir a burocracia para que as pequenas empresas possam se cadastrar com maior facilidade;
Tentar atingir empresas que normalmente não utilizam o Programa, como agroindústria, comércio, serviços e construção civil;
Privilegiar uma alimentação mais saudável, com preocupação não só protéico-calórica, mas também com aporte de vitaminas e minerais;
Promover a Educação nutricional entre os trabalhadores e empresários;
Aperfeiçoar mecanismos de controle da qualidade do Programa.
Referências
MAZZON, J. A. Programa de Alimentação do Trabalhador, 30 anos de contribuições ao desenvolvimento do Brasil. FIA, 2006 disponível em http://assertbrasil.com.br/wp-content/uploads/2011/03/PATfolde.pdf

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