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DESENVOLVIMENTO DE CUSTOS

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CÁLCULO DO CUSTO-PADRÃO DE UM PRODUTO – CADEIRA 
LITORÂNEA MÓVEIS - LITORANEA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MOVEIS ERGONÔMICOS LTDA - ME
Resumo
Este trabalho tem como objetivo evidenciar o Custo Padrão como a melhor ferramenta para controle na Contabilidade de Custos. Pode ser Ideal, cuja fixação é estabelecida em condições máximas de qualidade de materiais, mão de obra, equipamento e volume de produção, ou Corrente baseado nas performances destes itens, considerados altos, porém atingíveis. O Custo Padrão serve igualmente como instrumento psicológico para melhoria do desempenho do pessoal, quando utilizado adequadamente. A fixação do padrão não simplifica a Contabilidade de Custos, tendo ao contrário, utilidade quando usado junto com o Real. Seu estabelecimento é tarefa conjunta da Engenharia de Produção e da Contabilidade de Custos,ambas responsáveis pela determinação de quantidades físicas e transformação para valores monetários. Para apresentação desse instrumento gerencial foi realizado levantamento bibliográfico relativo ao tema na área de Contabilidade de Custos.
Palavras-chave:Custo-Padrão; Controle; Contabilidade de Custos.
1. INTRODUÇÃO
	Sistema de custeamento baseado na apuração de custos reais, ou seja, custos já incorridos são relevantespara traçar, através do tempo, o paradigma da estrutura de custos da empresa e para fornecer dados úteis para auxiliar na previsão de tendências.
	Logicamente, o custo real deve ser apurado, mesmo num sistema de custo padrão, ao menos periodicamente, a fim de efetuarcomparações entre o padrão e o realizado. Marion (2000) ressalta, entretanto que,
“[...] a empresa ou baseia seu sistema de apuração em custos reais ou em custos padrão, conquanto naquele sempre se integrem previsões, pelo menos no que se refere aos gastos gerais de fabricação, e neste se harmonizem as formas de se apurarem as variações com os custos reais. (MARION, 2000, p. 215).
 A filosofia dos dois sistemas é totalmente diferente. Ao passo que o sistema baseado em custos se preocupa somente em custear a produção para apuração de quanto custou determinado produto ou linha, um sistema de custo baseado em custos padrão preocupa-se, primariamente, em delinear o quanto deveria custar certa produção, levando-se em conta certas condições normais (ou ideais em alguns casos). Abrange uma informação de meta a alcançar, de eficácia e de eficiência.
	Em suma, num sentido limitado, o custo padrão é um hábil instrumento de controle das operações, indicando se estas forem realizadas acima ou abaixo dos padrões de eficiência fixados.
Metodologia
Para a realização do trabalho foi realizada pesquisa bibliográfica, fundamentando-se em autores da área de contabilidade de custos, além de realizar uma visita técnica à empresa LITORÂNEA MÓVEIS - LITORÂNEA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÓVEIS ERGONÔMICOS LTDA – ME, situada na Rua Monsenhor Custodio de Almeida, s/n, Quadra 11 Letra 12 Parque Estela – Bairro: Camurupim, em Caucaia, Cep.: 61.625-250.
Objetivos
O custo padrão pode ser identificado como uma ferramenta para controle e gerenciamento das organizações. Dessa forma, é objetivo principal desse trabalho evidenciar as características, finalidade, os tipos de custo padrão, as etapas de fixação, o processo contábil e os aspectos vantajosos deste sistema de custeamento. 
2. CUSTO PADRÃO
	A Contabilidade de Custos analisa os contrastes entre o custo padrão e custo efetivo, a fim de controlar gastos e medidas de eficiência. A abordagem posterior é pertinente a conceitos, características, tipos de padrões e variações do custo padrão, evidenciando o procedimento contábil para seu estabelecimento. 
	Segundo CREPALDI (1998), Custo Padrão é um custo estabelecido pela empresa como meta para os produtos de sua linha de fabricação, levando-se em consideração as características tecnológicas do processo produtivo de cada um, a quantidade e os preços dos insumos necessários para a produção e o respectivo volume desta.
KARPLAN etal. (2000) apresenta o custo-padrão, como “metas eficientes e atingíveis, estabelecidas antecipadamente para os custos das atividades que devem ser consumidas por produto”.
Muitas vezes é entendido como sendo o Custo Ideal de produção, ou seja, o resultado do uso dos melhores materiais com a mais eficiente mão de obra, utilizando cem por cento (100%) da capacidade produtiva da empresa.
Porém o conceito de Custo Ideal está em desuso, já que a meta da empresa seria em longo prazo e não para o próximo período. Um conceito de Custo Padrão muito mais eficiente é o Custo Padrão Corrente, que seria uma meta para o próximo período, levando em conta as deficiências da empresa.
O Custo Corrente tem como base estudos teóricos e práticos, é uma meta a curto e médio prazo que a empresa deverá empenhar-se para alcançar. Já o Custo Ideal nasceu da tentativa de fabricar um custo em laboratório, com base em estudos minuciosos, seria uma meta que a empresa deveria aproximar-se ao longo dos anos sem jamais alcançar.
O Custo Padrão não significa a eliminação do Custo Real, já que só se torna eficaz a partir da comparação de ambos, e para isto a empresa precisa ter um sistema de Custo Real eficaz. 
2.1 Modalidades de Custo Padrão
	Categoricamente, o custo padrão assume diversas nomenclaturas. Tais modalidades são determinadas cientificamente, através de previsão ou até mesmo de pesquisas de avaliação do rendimento da produção.
	O Custo Padrão Ideal é determinado da forma mais científica possível pelo setor de engenharia de produção, supondo condições ideais de qualidade dos materiais, eficiência de mão de obra, e considerando o mínimo de desperdício. Deve ser estabelecido como meta de longo prazo.
	O Custo Padrão Estimado é estabelecido mediante projeção para o futuro, a partir de uma média dos custos observados no passado, sem qualquer preocupação de se avaliar se ocorreram ineficiências na produção.
	O Custo Padrão Corrente decorre de estudos com fins de avaliar a eficiência da produção. As deficiências existentes que não podem ser sanadas pela empresa são relevantes, configurando objetivo de curto e médio prazo. 
2.2 Finalidades
	A maior finalidade do Custo Padrão é o planejamento e controle dos custos. Sua fixação impõe a necessidade de levantamentos, em confronto posterior com a realidade, para apontar ineficiência e defeitos na linha de produção.
	Propõe, então, fixar uma base comparativa entre o valor efetivo do custo e o valor que deveria ser. Não obstante, o efeito psicológico sobre o pessoal é outra grande finalidade do Padrão. Dessa forma, caso este seja estabelecido a partir de metas difíceis, mas alcançáveis, repercutirá em efeitos positivos. No entanto, se as metas forem inatingíveis, todo e qualquer esforço do quadro de pessoal nunca será satisfatório para o objetivo-fim, criando espírito psicológico desfavorável.
Acerca da finalidade do custo padrão LEONE (1997) afirma,
[...] o objetivo principal do custo padrão é estabelecer uma medida planejada que será usada para compará-los com os custos reais ou históricos (aqueles que aconteceram e foram registrados pela Contabilidade) com a finalidade de revelar desvios que serão analisados e corrigidos, mantendo, assim, o desempenho operacional dentro dos rumos previamente estabelecidos. (LEONE, 1997, p. 281)
O Custo Padrão tem por objetivo proporcionar um instrumento de controle à administração da empresa, porém nenhum sistema de custo permite, por si só, controlar os custos de uma empresa, já que a fase mais importante é a tomada de decisões. Para alcançar o lucro a empresa deverá planejar uma meta e assim determinar o custo desejado; avaliar as variações dos custos seja ele real ou padrão; definir as responsabilidades e o comprometimento motivacional por toda empresa; avaliar o desempenho e a eficácia operacional; substituir o custo real e formar o preço de venda.
	
2.3 Características
O Custo Padrão tem como características essenciais:
Compõe-se de elementos físicos e monetários;Utiliza dados e informações que devem acontecer no futuro;
É aplicável em operações repetitivas e deve servir como comparação ou meta;
Pré-fixa o seu valor, com base no histórico ou em metas a serem perseguidas pela empresa;
Pode ser utilizado pela contabilidade, desde que ajuste periodicamente suas variações, para acompanhar seu valor efetivo real (pelo método do custo por absorção); 
Permite maior facilidade de apuração de balancetes, sendo muito utilizado nas empresas que precisam grande agilidade de dados contábeis.
Outros aspectos importantes,além dessas características são: a substituição do custo real, a formação de preço de venda e o acompanhamento da inflação interna na empresa.
3.Tipos de Padrões
	Segundo MARION (1998), há quatro tipos de padrões. São eles: básicos, eficiência máxima, atingível normalmente, esperado. Deve-se, na verdade, baseá-los na situação que estiver sendo avaliada.
3.1 Básicos
	Não há alterações entre períodos. Formam a base de comparação para o período posterior, desconsiderando, no entanto, as modificações no meio ambiente, tornando-se uma base inadequada para a realidade. 
3.2 Eficiência Máxima
	Considerados “padrões perfeitos”, adotam as condições ideais. Entretanto, na realidade podem ocorrer algumas ineficiências.
3.3 Atingível Normalmente
	Baseados em atividade eficiente, são metas realizáveis, porém difíceis de alcançar. Situações dentro da normalidade, como por exemplo, defeitos previstos nos equipamentos, são consideradas no cálculo dos padrões atingíveis.
3.4 Esperado
	Explicitamente o padrão esperado é aquele previsto. Neste, os números são esperados, devendo ser o mais próximo possível dos números reais.
4. TIPOS DE VARIAÇÃO
Compreende-se como variação, qualquer afastamento de uma variável em relação a um parâmetro pré-estabelecido, e dessa maneira já se fica implícito de que será necessário haver uma base quantitativa para se mensurar o evento(custo-padrão), a fim de permitir uma análise qualitativa dos desvios a partir da variação, requerendo assim a utilização de modelos matemáticos e estatísticos para o estudo do significado das variações e seus efeitos no resultado desejado.
As variações se verificam normalmente em qualquer organização, dado a dinamicidade da economia e das inúmeras variáveis que circundam a vida de qualquer empresa.A capacidade administrativa de um gerente pode ser medida através das variações que seu departamento incorre num determinado período. Este se defronta com problemas de todos os níveis e setores do organismo empresarial.
Fixado o padrão e posto em prática, sua composição final abrangerá matéria prima, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação, e cuja realização trará desvios em quatro significativos aspectos:
Variações de preços: Assim compreendido qualquer desvio entre o preço estabelecido e o preço realizado. O mercado é o responsável por tais variações e o critério de reduzi-las ao mínimo é através de estudo econômico baseado no conceito de preço de mercado na forma em que se encontra a indústria em questão(monopólio, oligopólio, concorrência). Deve-se eliminar o efeito da inflação embutido no preço;
Variações de quantidades: É a relação entre a quantidade de insumo estabelecida para a produção analisada e aquela efetivamente incorrida. São variações de natureza técnica, e a melhor forma de controle é aquela realizada concomitante ao processo de fabricação, e sua eliminação se torna relativamente fácil, salvo casos de matérias primas deficientes qualitativamente ou mão de obra despreparada;
Variação mista: Neste caso ocorre o efeito das variações de preço na variação de quantidades e seu isolamento deve ser realizado, dado sua importância nas análises. Sua eliminação depende das medidas tomadas quanto às variações de preço e eficiência e;
Variação por mudança técnica: Só deve existir quando a ocorrência for transitória, pois em caso contrário far-se-ia necessário à fixação de novos padrões. É um instrumento que permite se verificar os resultados de algumas experiências geradas no processo produtivo por técnicas inovadoras ou em casos de escassez de um determinado insumo sem alteração básica no produto. É tipicamente o caso de substituição de uma qualidade de matéria prima por outra substituta.
5. ESTABELECIMENTO DE PADRÕES
MARTINS (1995;336), recomenda que sua implantação não seja imposta à empresa totalmente, e sim a certos produtos ou departamentos ou ainda para certos tipos de custos, pois deve ser instalado onde se julgue necessário. Recomenda ainda, que seja observado o aspecto dinâmico quanto a sua implantação, ou seja, para melhor sucesso do próprio sistema, a implantação (corriqueiramente) deve ser paulatina e ampliada.
	O custo-padrão deve ser elaborado em determinado mês, considerando aspectos de projeções e metas a serem alcançadas dentro de determinado período, seja seis meses ou um ano.
	Pode ser elaborado em uma moeda forte, seja nacional (UFIR, UMC, etc.), ou seja, estrangeira (dólar, marco, iene, etc.). Se elaborado em moeda nacional de determinado mês, deve ser atualizado de tempos em tempos por um indicador de inflação interna da empresa.
5.1 Materiais Diretos 
O Custo padrão de materiais é função de duas variáveis; quantidade e preço-padrão. A fórmula de custo-padrão de materiais é:
Custo-padrão = Padrão de quantidade x Padrão de Preço
Os materiais necessários, com suas respectivas quantidades, para produzir determinado produto, são evidenciados pela estrutura do produto. Normalmente esses dados são originados pela engenharia de desenvolvimento de produtos, quando da feitura do projeto original, mais suas atualizações.
	Muito produto, principalmente os que são elaborados por processo contínuo utilizando matéria-prima a granel, tem certo grau de perda ou refugo, que, dentro de condições técnicas ou científicas, devem ser incorporados ao padrão de quantidade.
	O preço-padrão dos materiais diretos é obtido em condições normais e boas de negociação de compra. A ele devem ser incorporadas as eventuais despesas que devem fazer parte do custo unitário dos materiais. O preço-padrão dos materiais e demais insumos industriais devem ser sempre calculados na condição de compra com pagamento a vista. Com isso será possível a adoção de um custo-padrão numa data-base, e sua atualização pela inflação interna da empresa.
Devem-se levar em consideração as vantagens obtidas: 
a) Na determinação da quantidade mais econômica a adquirir; 
b) Nos métodos de entrega e de armazenamentos a custo mais baixo; 
c) Nas condições de crédito oferecidas pelos fornecedores.
Padrão de quantidade[2: Exemplo retirado da Planilha de Cálculo do Custo-Padrão na Empresa Litorânea Móveis]
	CUSTO PADRÃO DE QUANT. DE MÃO DE OBRA DIRETA - CADEIRA SECRETÁRIA
	Horas necessárias de MÃO OBRA para montagem de uma cadeira (20 MINUTOS)
	4,82
	 Estimativa de parada manutenção e parada de retrabalho 
	0,02
	HORAS-PADRÃO POR UNIDADE DO PRODUTO
	4,84
	
Padrão de Preço[3: Exemplo retirado da Planilha de Cálculo do Custo-Padrão na Empresa Litorânea Móveis]
	
	CUSTO PADRÃO CADEIRA EXECUTIVA
	
	
	
	
	
	
Custo-padrão = Padrão de quantidade x Padrão de Preço
Custo-padrão = 
Custo-padrão = 
5.2 Mãos de Obra Direta
Normalmente a mão de obra direta padrão é determinada pela quantidade de horas necessárias do pessoal, ou da quantidade de funcionários diretos, em todas as fases do processo de fabricação do produto.
	A base para a construção dos padrões de mão de obra direta é então o processo de fabricação. Todas as atividades e processos utilizados para fazer o produto exigem operários para manuseio dos materiais ou dos equipamentos durante os processos.
	As estimativas ou padrões de necessidade na mão de obra direta podem ser calculados de forma científica quando se trabalha em ambientes de alta tecnologia de produção, isto é, gerenciados por computadores. Em outras situações, podem-se fazer estudos de tempo, mediante operações simulatóriasantecedentes em ambientes reais. Em todos os casos deve haver um estudo para quebras, refugos, retrabalhos, manutenção e necessidades do pessoal. 
Para a valorização dos custos de mão de obra direta, a base deve incluir toda a remuneração dos trabalhadores mais os encargos sociais de caráter genérico. De modo geral, utiliza-se o critério de custo médio horário dos salários de cada departamento de produção ou da célula/atividade de processo por onde passa o produto, através dos centros de custos ou centros de acumulação por atividades.
Padrão de quantidade[4: Exemplo retirado da Planilha de Cálculo do Custo-Padrão na Empresa Litorânea Móveis]
	CUSTO PADRÃO CADEIRA SECRETÁRIA
	Horas necessárias de mão de obra para montagem completa
	De uma unidade do produto final
	4,82
	Horas estimadas de retrabalhos de qualidade
	0,02
	Horas-padrão por unidade de produto
	4,84
	
Padrão de valor[5: Exemplo retirado da Planilha de Cálculo do Custo-Padrão na Empresa Litorânea Móveis]
	
	Salário horário médio do setor de montagem
	
	Encargos sociais legais
	
	Benefícios espontâneos
	
	Custo horário de mão de obra direta
	
Custo-padrão = Padrão de quantidade x Padrão de Valor
Custo-padrão = 
Custo-padrão = 
5.3 Gastos Gerais de Fabricação
Os custos indiretos variáveis são padronizados normalmente através da construção de taxas predeterminadas em relação a uma medida de atividade escolhida. Sempre que possível deve-se evitar o uso de taxas baseadas em valores, uma vez que isso impede a correta mensuração das variações de quantidade que ocorrerão, bem como o padrão fica sujeito a eventuais problemas de variação nos preços.
A atividade a ser escolhida como base para a construção das taxas predeterminadas de custos indiretos variáveis deve ter uma relação causal com os diversos custos indiretos variáveis. Também a base de atividade escolhida deve ser simples de entendimento, para posterior atribuição de responsabilidades.
	As bases de atividades para elaboração das taxas predeterminadas de custos indiretos variáveis são horas de máquinas trabalhadas, quantidade de produto final, horas de mão de obra direta, a depender do gasto e melhor relação que existe entre os custos variáveis e as atividades envolvidas. 
Para algumas empresas as horas de máquinas são os principais fatores, para outras há uma relação direta com o produto final. Gastos com lubrificantes e materiais indiretos normalmente têm relação com a quantidade de horas máquinas trabalhada, e assim sucessivamente. No caso da empresa em que fizemos a visita técnica não há possibilidade do uso desse método por não usar máquinas, apenas compressor. Vejamos a seguir, o método proposto: Rateio por mão de obra direta e materiais diretos.
	CIF: 3.830,00 
	QUANT: 1000 CADEIRAS/MÊS
	DESCRIÇÃO
	CAD. SEC
	CAD.PRES.
	TOTAL
	C.D.T
	R$ 2.027,62
	R$ 1.468,47
	R$ 3.496,09
	MD
	R$ 81,22
	R$ 170,87
	R$ 252,09
	MOD
	1.946,40
	R$ 1.297,60
	R$ 3.244,00
	QTD
	600
	400
	1.000,00
	C.I.F (MOD)
	2.221,40
	1.608,60
	R$ 3.830,00
	C.I.F(MD)
	R$ 1.225,60
	R$ 2.604,40
	R$ 3.830,00
	C.T.F MOD
	R$2.392,27
	R$1.779,47
	R$4.171,74
	C.T.F MD
	R$1.306,82
	R$2.775,27
	R$4.082,09
	C.U.M (MOD)
	R$ 3,99
	R$ 4,45
	R$ 8,44
	C.U.M (MD)
	R$ 2,18
	R$ 6,94
	R$ 9,12
Exemplo retirado da Planilha de Cálculo do Custo-Padrão na Empresa Litorânea Móveis
6. PROCESSO CONTÁBIL
	Existem várias formas de contabilização do custo padrão. A mais simples faria com que a conta de Produção recebesse os Custos a valores Reais, mas transferisse os produtos a Padrão. Outra já mais complexa faria com que a produção recebesse os Custos a Padrão, passando os produtos também à mesma base. Outras ainda mais complexas existem com o Padrão já usado na própria aquisição dos insumos, antes mesmo de sua utilização.
	Nas duas formas, os Produtos Acabados e o Custo dos Produtos Vendidos são tratados a Valores-padrão. E as variações, em contas específicas ou englobadas, devem no final do exercício, ser descarregadas de tal forma que os estoques e o CPV estejam a valores reais, a não ser que a diferença entre estoques a Padrão e a Real seja mínima, quando se admite toda a variação em Resultado.
	Em uma situação inflacionária, o critério ideal é o uso de Padrão corrigido mensalmente pela desvalorização da moeda. O uso de outras moedas, como dólar, por exemplo, apresenta um problema relacionado com a defasagem entre a sua oscilação e a da inflação. Dessa forma, todos os valores necessitam estar a valor presente quando há inflação. 
6.1 Forma simplificada de contabilização[6: MARTINS, E. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2008.]
D – Produção em Processo					$308.000
C – Estoques Materiais Diretos							$148.000
C – Estoques Materiais Indiretos						$10.200
C – Folha de Pagamento (Dir., Improd. e Ind.)					 $98.500
C – Estoques Peças Manutenção						$12.800
C – Energia a Pagar								$30.500
C – Depreciação Acumulada							$ 8.000
D – Produtos Acabados 					$272.000	
C – Produtos em Processo							$272.000
(Pelo valor de 800 un. ao Padrão de $340/un.)
	Produção em Processo
	308.000
	 
	 
	272.000
	
	 
	36.000
	 
	
	 
Valor Real dos Custos Incorridos
Valor-padrão 
Produção Elaborada
	Este saldo é de $36.000. Representa a soma de todas as Variações (de Materiais Diretos, de Mão de obra Direta e de CIP): 800 un. x $45/un. = $36.000.
	Se 3/4 dos produtos feitos tivessem sido vendidos, teríamos:
D – Custos Produtos Vendidos						$204.000
C – Produtos Acabados								$204.000
	Produtos Acabados
	
	CPV
	272.000
	 
	
	204.000
	 
	 
	204.000
	
	
	 
	
	 
	
	
	 
	68.000
	 
	
	
	 
	
	 
	
	
	 
7. VANTAGENS E DESVANTAGENS
	Sendo a matéria prima comum, em situações cujas empresas fabricam, em série, centenas de artigos diferentes, o método de custeamento padrão é quase que o único apropriado. Nesse caso, a apuração do custo real precederá do controle de identificação da matéria prima utilizada em cada produto, como também levantamentos dos tempos de fabricação por centro de custo, por produto, que consiste em uma tarefa difícil.
	Analisando por outra vertente, o sistema padrão atribui linearmente as variações a todos os produtos, quando a apropriação é em base percentual. Sendo assim, todos os produtos, sem distinções, sofrem uma carga percentual das variações, uma vez que o custo padrão não permite identificar aqueles fabricados com deficiências de aproveitamento de materiais, e ineficiência de mão de obra sem um esforço muito grande.
	Quanto aos custos indiretos de fabricação, uma grande vantagem é a possibilidade de comparação entre as despesas por natureza contadas na preparação do custo padrão e aquelas que fato ocorreu no período.
	Contudo, sendo o custo padrão correspondente, de fato, a um custo normal, é possível extrair uma variação entre o custo padrão – considerado normal – e o custo real, o que consiste em uma grande vantagem deste sistema de custeamento, devido ser permissível análise para a tomada de decisões.
	Partindo das principais vantagens e desvantagens do sistema Custo Padrão MARQUESINI et al. (2006) estabeleceu a seguinte comparação:
Quadro 1 – Comparativo dos principais pontos fortes e fracos do Custo Padrão
	Pontos Fortes x Pontos Fracos
	Pontos Fortes
	Pontos fracos
	Instrumento de auxílio à tomada de decisões, oferecendo apoio às decisões quanto a preço de venda e políticas de produção.
	Imputa linearmente as variações de todos os produtos, quando a apropriação é feita em base percentual.
	Ferramenta de planejamento dos padrões de tempo, mão de obra e quantidades, utilizando-os como instrumentos para programação das atividades da produção.
	Uma variância não é exequível no nível operacional. Dificuldade em identificar a causa que provocou a variânciadesfavorável.
	Ferramenta de controle dos padrões, constituindo elementos para medida e avaliação de desempenho.
	Os números podem ser resumidos em um nível tão agregado que torna difícil alocar as responsabilidades às variações.
	Contexto de eficiência e eficácia, no qual os custos padrão oferecem grandes facilidades para o trabalho de avaliação de estoques.
	Perigo de se maximizar uma variância favorável isolada as atividades contraproducentes no nível da empresa.
	Exigência de análise das causas dos desvios e ação para evitar a repetição das mesmas.
	Se os padrões não forem cuidadosamente fixados, têm o efeito de estabelecer norma, ao invés de motivar a melhoria.
Fonte: Estudo para utilização do custo padrão combinado com o sistema de custeio variável no gerenciamento de custos. (Adaptado)
8. CONCLUSÃO
Como exposto no decorrer do trabalho, o aspecto mais vantajoso do Custo padrão é o controle dos custos, a partir de uma base comparativa entre o ocorrido e o que deveria ser. Esse sistema de custeamento não anula o custo real, nem o faz ser mais simplista na sua apuração, diferentemente, a implantação do padrão só tem eficácia em empresas que possuem um bom sistema de Custo Real. 	
É imprescindível salientar, para controlar os custos faz necessário que as variações sejam analisadas como uma medida e, não somente conhecer a variação do custo incorrido e o que deveria ser este. 
O contador deve, em conjunto com o pessoal da operação e da administração, definir o que são grandes e pequenas variações, entendendo, todavia, a contextualização de cada caso. 
REFERÊNCIAS
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial:Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 1998.
MARION, Carlos Marion. Curso de Contabilidade para não contadores. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2000.
LEONE, George Sebastião Guerra. Curso de Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 1997.
MARQUESINI, A. G.; TOLEDO, J. C. S.; PRUDENCIATO, W.; CAVENAGHI, V. Estudo para utilização do método de custo padrão combinado com o sistema de custeio variável no gerenciamento de custos. 2006. 7 f. Artigo científico – Universidade Estadual de São Paulo, 2006.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 1995.

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