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2013 Quadros mórbidos do sistema lacrimal

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Quadros 
Mórbidos 
do 
Sistema Lacrimal 
Como os animais protegem seus olhos 
• Os peixes conseguem manter os seus 
olhos limpos e úmidos facilmente, pois 
os mesmo são constantemente 
banhados por um meio líquido. 
• Quando os animais evoluíram para o 
meio aéreo (e para visão de alta 
acuidade e colorida) os olhos corriam 
o risco de ressecar, o que não só 
aumenta a possibilidade de infecções, 
como a visão torna-se borrada ou 
mesmo ausente. 
• Para proteger seus olhos os animais 
terrestres desenvolveram: 
– O sistema lacrimal 
– As pálpebras 
– A membrana nictitante 
– AS membranas corneais (“spectacle”) 
 
O sistema lacrimal 
• As lágrimas dos vertebrados 
substituem a água salgada 
que banha os olhos o peixes 
constantemente. 
• A glândula lacrimal humana 
produz ± 1 cm3 de lágrima ao 
dia. 
• As lágrimas umedecem, 
limpam e nutrem a córnea. 
• As lágrimas são ricas 
açúcares e proteínas, têm 
propriedades antibacterianas 
e a sua salinidade cria um 
balanço osmótico com o fluido 
intra-ocular 
 
Teste Schirmer I 
Gato: 
12 ± 5 mm/min. 
 
Cão: 
15-25 mm/min. 
Tira de papel de filtro 50x5 mm 
Terço médio da pálpebra inferior 
Teste Schirmer II 
(com anestesia tópica) 
Mede a produção basal 
Gato: 
10 ± 5 mm/min. 
Raramente 
 utilizado em 
animais 
Sondagem duto naso-lacrimal 
Irrigação duto naso-lacrimal 
Fluoresceína 
Teste Jones 
•Verifica a se o duto nasolacrimal está patente 
•A fluoresceína 
deve aparecer 
na narina alguns 
segundos após a 
•Instilação no saco conjuntival 
Transbordamento da lágrima 
Punctum imperfurado 
ou membranas do 
puncto: Congênitas – Cocker 
Spaniel Americano, Poodles toys 
e miniatura 
 
Sinais – epífora se o 
punctum inferior 
estiver envolvido. 
 
Obstruções do Sistema Nasolacrimal 
 
Etiologia: 
1.Ausência congênita dos canalículos 
inferiores ou obstrução punctum inferior 
2.Inflamação = dacriocistite 
3. Corpo estranho 
4.Secundária a escaras – traumáticas ou 
inflamatórias 
 
Punctum imperfurada 
Diagnóstico: 
1. Impossibilidade de canular 
o duto 
2. Aumento de volume da área 
onde deveria estar a puncta, 
quando se irriga a partir da 
outra puncta 
3. Diferenciar da obstrução 
simples 
 
Punctum imperfurado 
Tratamento: 
1. incidir a 
conjuntiva sobre 
o punctum e 
canulação 
2.antibióticos 
tópicos. 
 
Correção do punctum imperfurado 
Proeminência da 
conjuntiva 
Irrigação através do 
punctum superior 
Remoção da conjuntiva proeminente 
Lavagem do duto 
1. Usar cânulas humanas ou 
feitas a partir de agulhas 
hipodérmicas: 
a) 22-23 para o cão 
b) 24-25 para o gato 
c) 18-20 para bovinos e eqüinos 
2. Anestesia tópica. 
3. Colocar o cão ou o gato em 
decúbito lateral. 
4. Usar salina, água filtrada ou 
lágrimas artificiais 
Lavagem do duto: • Com uma das mãos abrir o 
olho, rolando a pálpebra 
inferior de modo a expor o 
punctum inferior. 
• Segurar a seringa de modo a 
permitir a inserção da cânula 
no punctum superior. (apoiar 
a mão na cabeça do animal 
para prevenir traumas com a 
movimentação) 
• Injetar a solução de lavagem 
para verificar a comunicação 
entre as puncta (deve sair 
pelo punctum inferior e pela 
narina) 
 
• Caso não saia pela narina, 
aplicar pressão ligeira no 
canto medial através das 
pálpebras fechadas. 
• Injetar mais solução até o 
aparecimento na narina ou o 
animal deglutir repetidas 
vezes 
Lavagem do duto em grandes animais 
• Em grandes animais, 
pode-se proceder à 
lavagem a partir do 
meato externo do duto 
naso-lacrimal 
Transbordamento da lágrima 
Obstrução do punctum: 
•Células inflamatórias, debris, corpos 
estranhos; 
•Sinais: 
–epífora 
– exsudato mucopurulento, 
– +/- conjuntivite 
 
Obstrução do punctum: 
 
Diagnóstico: 
1. Lavagem duto nasolacrimal 
2. Cultura e antibiograma. 
 
Dacriocromorréia 
Lacrimejamento excessivo 
A epífora decorre da 
estimulação das glândulas 
(lacrimal e da terceira 
pálpebra) por corpos 
estranhos, drogas, ceratite 
ou uveíte. 
 
Prolapso Glândula 
Kaswan 
modificada 
Técnica bolsa 
Ceratoconjuntivite seca (CCS) 
Deficiência da 
porção aquosa do 
filme lacrimal 
pré-corneano 
(FLPC), causando 
alterações 
inflamatórias da 
córnea e 
conjuntiva. 
 
 
Pigmentação 
Exsudato mucopurulento 
CCS 
úlcera, vascularização 
CCS 
Ceratoconjuntivite seca 
Diagnóstico: 
a. Sinais clínicos 
b. Teste lacrimal de Schirmer 1 (TLS): 
 Cão : Normal 15-25 mm/min. 
 Suspeito 8-10 mm/min. 
 Baixo < 8 mm/min. 
 Gato: 7 a 17 mm/min. 
Cavalo, bovinos, caprinos, ovinos e suínos: 
 Normal >15 mm/min 
 Suspeito 10-15 mm/min 
 Baixo < 10 mm/min. 
 
Ceratoconjuntivite seca 
c. Coloração com Rosa 
de Bengala – o epi-
télio da conjuntiva e 
da córnea perma-
necerá vermelho se 
estiver desvitalizado 
ou necrótico. 
 
Raças predispostas 
Bulldogue inglês, West Higland White 
Terrier, Lhasa Apso, Pug, Cocker 
Spaniel, Pequinês, Yorkshire terrier, 
Shih Tzu, Schnauzer miniatura, 
Boston terrier. 
 
Etiologia 
a. Genética/congênita 
1. Bulldogue inglês, 
2. Pug, 
3. Cocker Spaniel americano, 
4. Pequinês, 
5. Yorkshire terrier, 
6. Schnauzer miniatura, 
7. Beagle. 
b. Relacionada a medicamentos 
• atropina (tópica, sistêmica), 
• sulfonamidas 
• sulfodiazina 
• salicilazosulfapiridina 
• tribissen (cães pequenos principalmente) 
• fenazopiridina 
• anestésicos. 
c. Doenças sistêmicas: 
• Vírus da cinomose 
d. Blefaroconjuntivite crônica 
– obstrução dos dutos lacrimais 
 
e. Neurogênica 
f. Outras doenças “associadas”: 
1. hipotireoidismo, 
2. hiperadrenocorticismo, 
3. diabetes mellitus, 
4. sarna demodécica, 
5. lupus eritrematoso, 
6. artrite reumatóide. 
Ceratoconjuntivite seca 
 As doenças imunomediadas são 
suspeitas em 40% dos casos. 
g. Traumas oculares e orbitais 
h. Iatrogênica – remoção da glândula da 
membrana nictitante, em geral como 
correção de prolapso da mesma (o 
tratamento indicado é o sepultamento 
cirúrgico da glândula). 
Sinais clínicos 
 a. Aguda: 
– Blefarospasmo 
– Conjuntivite 
– exsudato mucóide 
– úlceras corneanas 
– aparência ressecada 
 b. Crônica: 
–os donos reclamam de “infecção ocular 
crônica” 
–exsudato mucóide-mucopurulento 
abundante, 
–córnea baça com neovascularização, 
–pigmentação corneana, 
–“melhora” com qualquer medicação 
tópica. 
 
1. Sempre se deve tentar o 
tratamento medicamentoso por 1 a 
2 meses, porque o problema pode 
ser transitório 
2. A colaboração do dono pode ser 
difícil. 
3. Os objetivos são tirar a dor e 
manter a visão. 
• Estimular a produção de lágrimas 
com pilocarpina 2%, 2 gotas/10 kg, 
muito bem misturadas com o 
alimento, duas vezes ao dia, via oral. 
• Aumentar a dosagem lentamente até que a 
produção de lágrimas aumente ou os sinais de 
toxicidade se iniciem: 
• salivação, 
• emese, 
• diarréia, 
• taquicardia, 
• bloqueio cardíaco, 
• edema pulmonar. 
• Também pode ser usada topicamente 
(pode causar irritação transitória, por 
isso deve-se usar a solução 0,25 a 1,0%). 
• Deve-se dar uma pequena porção de 
comida, pois é extremamente amarga. 
• NÃO É A TERAPIA PRINCIPAL!!!! 
• Controlar a flora bacteriana – antibiótico de 
largo espectro, BID (p.ex. cloranfenicol pomada 
ou ungüento) 
• Controlar a inflamação – corticosteróides 
tópicos (não usar se houver úlcera) 
1. Ciclosporina 0,2 a 2% tópica (Optimmune), 
atualmente substituida pelo Tracolimus 0,03% 
DROGA DE ELEIÇÃO PARA O TRATAMENTO DA CCS 
- aumenta a produção de lágrimas; 
- é descrito na literatura que aumenta a produção 
de lágrima em 80% dos casos que não 
responderam a outras terapias; 
 - é uma droga imunossupressora com atividade 
inibitória específica sobre a células T; 
Ciclosporina 
• o mecanismode aumento da produção 
de lágrima não é definido; 
• reduz significativamente a ceratite 
inflamatória/pigmentar; 
Ciclosporina ou Tracolimus 
• Dose: 
• 0,5 cm, bilateralmente, duas vezes ao dia. 
• Pode levar 3 a 4 semanas para aumentar a 
produção de lágrimas; 
• Não são relatados efeitos sistêmicos 
decorrentes da aplicação tópica. Existem 
descrições de irritação local. 
 
• Sulfato condroitina – Dunason ® 
• Substituto lágrima – Trisorb ® 
• Lubrificante – Óleo de silicone 
(manipulação) 
Tratamento Cirúrgico: 
 -pacientes que não respondem à 
terapia médica depois de um período de 6-
12 semanas 
 1. Flap de membrana nictitante – no 
caso de úlcera 
 2. Flap conjuntival – no caso de úlcera 
profundas 
 3. Transposição do duto da parótida 
Transposição do duto da parótida 
• pacientes que não respondem à terapia médica 
depois de um período de 6-12 semanas; 
• pacientes cujo dono não consegue seguir a terapia 
médica; 
• lembrar que a saliva não é um substituto perfeito, 
mas é adequado na maioria dos casos; 
 
Transposição do duto da parótida 
• Avaliar a função da glândula parótida e a 
da presença do duto. Pingar uma gota de 
atropina na língua. Devido ao seu sabor 
amargo, leva a um aumento da salivação 
permitindo a visualização do duto; 
• canular o duto com nylon cirúrgico 3-0 ou 4-0; 
• dissecar o duto e a papila via boca; 
• dissecar o restante do duto via incisão facial; 
• criar um túnel até o fórnix conjuntival inferior 
lateral; 
• transpor o duto para o canto lateral; 
• suturar a papila ao fórnix – fio absorvível (Vicryl 
6-0 a 7-0); 
• Cuidados pós-operatórios: 
– antibióticos tópicos; 
– estimular a salivação através de guloseimas; 
– continuar a medicação ocular conforme 
necessário; 
– compressas mornas e massagem na face em 
direção ao olho. 
 
• Complicações: 
– separação da papila do fórnix; 
– estenose do duto; 
– a glândula não funciona; 
– precipitação de cristais nas pálpebras, 
córnea – limpar com soro. 
 
Deficiência de mucina 
• Visto raramente e Shi-tzus e Lhasa 
Apsos 
• Teste lacrimal de Schirmer normal 
com sinais clínicos de CCS 
Úlcera profunda 
Shi-Tzu 
Diagnóstico 
• Tempo de quebra de mucina 
reduzido = Tempo de quebra 
filme lacrimal < 10 segundos. 
• Conjuntivite e ceratite leves, 
similares à CCS 
• Tratamento: 
-Lubrificação ocular, sulfato 
condroítina tópico, 
corticosteróides tópicos 
Tempo de Quebra Filme Lacrimal 
(as setas indicam as áreas ressecadas) 
Dacriocistite 
• Inflamação do saco 
lacrimal 
• Etiologia: 
– Conjuntivite 
– Corpo estranho com 
contaminação 
bacteriana 
secundária 
– Debris celulares 
Sinais clínicos 
 
• Conjuntivite crônica com exsudato mucopurulento 
abundante 
• Epífora se o duto nasolacrimal estiver obstruído 
• Teste de Jones negativo ou demorado 
• Podem ocorrer abscessos no canto medial 
• Ao se fazer pressão sobre o saco lacrimal, ocorre 
descarga de material pelo punctum lacrimal 
Tratamento 
1. Cultura e antibiograma (nos casos crônicos) 
2. Lavagens repetidas do sistema nasolacrimal (pode-se o 
ungüento 
oftálmico após derreter o mesmo em banho maria, ou 
povidine dermatológico diluído a 2%) 
3. Colírios antibióticos 
4. Esteroídes tópicos, se o microorganismo puder ser 
controlado 
5. Só usar a cateterização quando a irrigação fracassar 
Cateterização em pequenos animais 
• Anestesia geral 
• Pode-se tentar passar fio de nylon 0 ou 00 através do 
punctum superior até à narina, mas é difícil ou praticamente 
impossível 
• Se conseguir, usar o fio como guia para passar um tubo de 
polietileno (PE 50 ou 90), a partir do punctum superior: 
– Calcular o comprimento do tubo necessário para ir do olho à 
narina (com folga para a sutura na pele peri-orbital e peri-
nasal) 
– Colocar uma pinça hemostática presa no fio de nylon 
dorsalmente 
ao tubo 
– Outra pinça hemostática é presa ao fio que sai da narina, para 
tracionar gentilmente o tubo 
– Após o tubo estar no lugar, fixá-lo com pontos cirúrgicos 
Cateterização em cavalos 
• Contenção química (xilazina ou outra) 
• Pode-se passar o cateter (tubo de polietileno P90 
ou 150) a partir do punctum lacrimal até à narina, 
porém é mais fácil começar a partir da 
extremidade nasal 
• Após o cateter estar no lugar, suturar o mesmo à 
pele (colocar um pedaço de esparadrapo em torno 
das extremidades e suturá-lo à pele 
Linfoma 
Glând. memb. nictitante 
Linfoma 
Glând. memb. nictitante

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