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Alterações das pálpebras e membrana nictitante

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Cílios 
1. Cão – apenas na 
pálpebra superior 
2. Gato – não tem cílios 
verdadeiros 
3. Cavalo, bovinos, 
caprinos e ovinos – 
numerosos na pálpebra 
superior, e poucos na 
inferior 
4. Suíno – apenas na 
pálpebra superior 
Distiquíase 
1. Uma segunda fileira de cílios 
(completa ou mesmo só 
alguns cílios) 
2. Freqüentemente dentro da 
linha formada pelas aberturas 
dos dutos das glândulas de 
meibômio 
3. Tendem a cair e crescer de 
novo 
4. Pode haver mais de um cílio 
por folículo (distriquíase) 
Distiquíase 
 Podem causar desde irritação 
com epífora até lesões 
graves na córnea (quando 
associados com entrópio) 
 Na maioria das vezes 
achados acidentalmente 
durante o exame oftálmico, 
pois não causam problema 
Distiquíase 
 Mais comum no cão, particularmente nos Cockers 
e Poodles, tendo caráter hereditário 
 Tratamento: 
◦ Depilação com pinça 
◦ Eletrodepilação 
◦ Crioterapia 
◦ Cirurgia 
Ressecção em cunha 
Cílio ectópico 
 Cílio se originando na 
conjuntiva palpebral 
 Frequentemente causam 
irritação e lesão corneal 
 A excisão é o tratamento 
de eleição 
Triquíase 
 Pêlos crescendo na direção 
errada, causando irritação 
conjuntival ou corneal 
 Pode ser devida a: 
◦ Dobras nasais proeminentes 
◦ Pêlos faciais 
◦ Cílios (em casos de entrópio) 
 O tratamento visa eliminar a 
causa primária 
 Podemos usar vaselina como 
lubrificante paliativamente 
Stades 
Dobras nasais grandes 
 Visto principalmente nas raças 
braquicefálicas. 
 Blefarospasmo, epífora, ceratite, 
triquíase das dobras nasais. 
 
Tratamento: 
 Eliminar o contato dos pelos com a córnea/ 
conjuntiva. 
 Médico 
 Usar vaselina ou cera para bigode para 
manter os pelos fora do olho. 
 
Dobras nasais grandes 
 Cirúrgico 
Excisão da prega nasal. 
 Tarsorrafia medial permanente. 
 Tratar as lesões da córnea. 
 
Remoção dobras nasais 
Pálpebras e membrana nictitante 
 A maioria dos animais aquáticos não tem 
pálpebras 
 Nos animais terrestres as pálpebras são 
opacas para melhor protegem o olho do 
excesso de luz e corpos estranhos 
 Funções: 
◦ Espalhar o filme lacrimal 
◦ Bombear a lágrima para o sistema de 
drenagem 
◦ Proteger as estruturas intra-orbitais (no cão e 
gato recém-nascidos as pálpebras permanecem fusionadas 
até o sistema lacrimal ser capaz de produzir lágrimas) 
◦ Limpar a superfície da córnea 
 Os animais que vivem em ambientes 
particularmente secos (aves e 
lagartos) teriam que piscar muito, e 
cada piscada representa um 
momento de cegueira, durante o qual 
estes animais ficariam mais 
vulneráveis ao ataque de predadores. 
 Este fato levou ao aparecimento de 
uma “terceira pálpebra” transparente 
ou translúcida, que poderia varrer o 
olho sem impedir a visão - a 
membrana nictitante 
 A membrana nictitante 
também é encontrada 
em mamíferos, também 
com função protetora: 
◦ Tamanduá- proteção 
contra a mordida de 
formigas 
◦ Urso polar – proteção UV 
◦ Focas – proteção durante 
mergulhos em alta 
velocidade e quando 
descansando em terra 
Escamas corneais: 
 Quando as pálpebras não são suficientes, 
alguns vertebrados desenvolveram “óculos” 
– as escamas corneais (spectacles), que 
podem ser: 
◦ Primárias: modificação da pele corneal 
criando uma cobertura não aderente ao olho 
(lampreias) 
◦ Secundárias: similar ao primário, mas é 
formado a partir da pele que em algum 
momento esteve fusionada com a córnea e 
depois se separou (peixes que vivem em 
água barrenta ou peixes para os quais olhos 
proeminentes seriam um obstáculo à 
hidrodinâmica. 
◦ Terciárias – formados pela fusão das 
pálpebras, que subsequentemente se tornam 
transparentes (cobras e outros répteis) 
Agenesia 
1. Não formação congênita de 
algumas ou todas as 
camadas da córnea 
2. Mais freqüente em gatos, 
onde pode estar associada 
com anormalidades da íris e 
cristalino 
3. A correção é cirúrgica 
4. Se a má formação toma a 
forma de uma fissura ou 
fenda, é chamada de 
coloboma palpebral 
Dermóide 
 São ilhas de pele em localização 
anormal (são coristomas – massas de 
tecido histologicamente normal, mas 
anormal quanto à localização) 
 Geralmente envolvem o bulbo 
ocular, podendo envolver a 
margem palpebral 
 A correção é cirúrgica 
Anquilobléfaro 
 Pálpebras aderidas 
 Os cães e gatos têm anquilobléfaro congênito que persiste até 
à segunda semana de vida 
 Se os olhos não estiverem abertos aos 14-16 dias de vida, 
fazer ligeira tração para abri-los 
 Se necessário usar uma tesoura romba, inserida no canto 
medial, forçando-a até o canto lateral (não cortar com as 
lâminas) 
Ceratoconjuntivite neonatal 
(oftalmia neonatorum) 
 Vista em filhotes de cães 
e gatos com 
anquilobléfaro 
 A região orbital estará 
inchada devido ao 
acúmulo de exsudato 
 Em alguns casos pode-se 
ver exsudato saindo pelo 
canto medial 
 Geralmente mais de um 
filhote acometido 
 Tratamento: 
◦ Abrir as pálpebras como descrito anteriormente 
◦ Ungüentos antibióticos 
◦ Os corticosteróides devem ser usados senão houver úlcera de 
córnea 
 Se as pálpebras não forem abertas, a córnea pode ulcerar e 
perfurar, resultando em glaucoma secundário ou phthisis bulbi 
 A infecção é transmitida pela mãe durante a gestação ou no 
momento do parto (verificar infecção genital) 
Blefarofimose 
1. Fissura palpebral 
pequena 
2. O tamanho da abertura 
palpebral freqüentemente 
está relacionado com o 
tamanho do bulbo ocular: 
a) Microftalmia 
b) Macroftalmia 
Tratamento 
1. Cantotomia para aumentar 
a fissura palpebral 
2. Se for secundária a um 
globo ocular pequeno, em 
geral não é necessário 
tratar 
 
Macrofissura 
Macrofissura 
Criptoftalmia 
 Condição rara na qual não há 
o desenvolvimento normal da 
margem palpebral, fazendo 
com que não ocorra a 
abertura normal da fissura 
palpebral 
 É genética na calopsita 
 Nenhum tratamento parece 
ajudar, e o animal pode ver 
adequadamente 
– enrolamento para dentro da 
margem palpebral (inversão 
palpebral) 
- mais comum em cães e ovelhas. 
- Pouco comum em cavalos e gatos 
Entrópio 
Entrópio Congênito: 
-Pode não se manifestar desde o nascimento. 
-Pode ser herdado em certas raças. 
-Pode ocorrer em combinação com ectrópio. 
-Raças comumente acometidas: 
Chow-Chow, Bulldog inglês, Poodle miniatura e toy, 
Norwegian Elkhound, Dog Alemão, Rottweiler, 
Pug, Shar Pei. 
Entrópio Adquirido 
1. Espástico: secundário a irritação crônica e dor, 
levam a espasmos do músculo orbicularis oculi. 
Pode se tornar irreversível com o tempo. 
2. Cicatricial: secundário a lesão palpebral 
 
Entrópio 
Congênito 
Adquirido 
Sinais clínicos 
1. Epífora, 
2. Blefarospasmo, 
3. Conjuntivite, 
4. Ceratite. 
5. O entrópio medial pode obstruir o ponto 
lacrimal inferior. 
 Antes de tentar qualquer terapia : 
 - Avalie a posição da pálpebra com a 
pálpebra em repouso e durante o piscar. 
 - Identifique e trate os problemas 
concomitantes conforme as necessidades – 
ectrópio, distiquíase e/ou doenças corneanas. 
 Determine a extensão da correção necessária 
enquanto o paciente está acordado. 
 Se o entrópio é espástico, pode ser 
necessário a anestesia tópica ou o bloqueio 
do nervo palpebral para avaliar quanto do 
entrópio é anatômico. 
 - As técnicas cirúrgicas devem sub-
corrigir ligeiramente para que se obtenha 
um ótimo resultado. A cicatrização e 
retração pós-operatórias ajudam na 
correção do defeito. 
 
 
 - SE POSSÍVEL, NÃO CORRIGIR 
CIRURGICAMENTE O ENTRÓPIO DE UM 
ANIMAL IMATURO (<6 MESES). 
 
-tratar com medicamentos ou suturas temporárias, 
-entrópio pode desaparecer espontaneamente ou 
se agravar com a idade. 
 
Tratamento medicamentoso: 
-ungüentos lubrificantes oculares 
 Tratamento cirúrgico: 
-temporário xpermanente 
 
Temporário 
 -Sutura não absorvível 
 -Dura 10 a 14 dias. 
-Pode dar resultados dramáticos filhotes 
Shar- Pei 
-Grampos e supercolas também têm sido 
utilizados. 
 
“Tacking” 
Permanente: 
 i. A extensão da correção deve ser 
avaliada antes da anestesia. 
 ii. Existem várias técnicas para corrigir o 
entrópio. A escolha depende da causa, da 
localização e da extensão do entrópio. 
 Procedimento básico: 
Técnica de Hotz-Celsus modificada 
Hotz-Celsus 
Ponta de flecha Hotz-Celsus 
Y para V 
Ectrópio 
Eversão da margem palpebral 
Congênito 
S. Bernardo 
Bloodhounds 
Basset Hounds 
Cocker Spaniel Americano 
Visto esporadicamente em outras raças. 
 
Ectrópio 
Adquirido: 
1. Cicatricial 
2. Senil – diminuição do tônus do músculo 
orbicularis oculi 
3. Fisiológico – visto em raça de caça. Mas 
evidente após exercício-fadiga da musculatura 
facial. 
4. Paralítico – após lesão dos ramos do CN VII. 
Outros sinais de lesão do VII par estão 
presentes. 
 
Tratamento: 
Médico – limpar os olhos diariamente 
 Cirúrgico – apenas se necessário (ceratite, 
conjuntivite severa). 
Correção V para Y – para ectrópio cicatricial. 
 Técnica de Kuhnt-Szymanowski para 
correção de ectrópio simples. 
V para Y 
Kuhnt-Szymanowsky 
(modificada) 
Ectrópio+entrópio 
1. Podem ocorrer simultaneamente no São 
Bernardo, no Chow Chow e Bulldog 
inglês 
2. A pálpebra inferior tem ectrópio lateral e 
entrópio central 
3. pode se usar a cantoplastia lateral com 
ou sem reconstrução do ligamento do 
canto lateral. 
 
Considerações éticas das 
blefaropastias 
 O bem-estar do animal está em primeiro 
lugar 
 Blefaroplastias para corrigir defeitos 
adquiridos (lacerações palpebrais, 
neoplasias, etc...) – sem problema. Em caso 
de animais de exposição consultar Kennel 
clube para saber qual a documentação 
necessária 
 Blefaroplastias para corrigir problemas 
congênitos ou hereditários – não devem ser 
realizadas sem informar o clube da raça ou o 
Kennel Clube. Recomenda-se a retirada do 
animal do plantel reprodutor. 
Derme aberrante 
 Pelos no canto medial 
 Raças braquicefálicas principalmente 
 Tratamento: Excisão cirúrgica. 
 
Wyman 
Lesões traumáticas palpebrais 
 Examinar o globo ocular 
minuciosamente, externamente e 
oftalmoscopicamente. 
 Avaliar os danos ao sistema 
nasolacrimal 
As pálpebras são muito 
vascularizadas e têm grande 
capacidade de regenerar e resistir às 
infecções. Um debridamento mínimo 
é necessário devido ao suprimento 
vascular. 
Princípios da cirurgia palpebral 
 O fechamento e cicatrização por primeira intenção levam 
a melhores resultados. 
 Os atrasos na sutura resultarão num tecido distorcido 
(edema) e infeccionado (necessidade de debridamento e 
conseqüente perda tecidual). 
 Primeiro refazer a margem e a fissura 
palpebral. 
 Uma sutura em dois planos é mais firme 
que uma num só plano. 
 Defeitos muito extensos requerem plástica 
palpebral e proteção corneana com flap da 
nictitante ou conjuntival. 
 
Cuidados pós-operatórios 
 Colar elizabetano conforme as necessidades 
 Antibióticos tópicos/sistêmicos 
 DMSO tópico para reduzir o edema 
 Compressas geladas durante o retorno anestésico e 
compressas mornas por 2-4 dias pós-cirurgia. 
Corticosteróides tópicos (epitélio corneano tem que 
estar intacto): 
◦ aumentam a tolerância à sutura 
◦ reduzem a inflamação 
◦ não retardam a cicatrização 
apreciavelmente 
◦ Não usar se houver infecção presente 
Neoplasias 
 Maioria é benigna 
 Malignas tendem a ser infiltrativas, 
mas raramente têm metástases. 
Adenoma das glândulas 
sebáceas 
 muito comum 
 freqüentemente encontrado no cão idoso 
 Visível através da superfície conjuntival 
estendendo-se para a pálpebra 
 Deve ser removido 
 
 
Papilomas 
 em cães jovens 
 podem estar associados à papilomatose oral 
 geralmente regridem espontaneamente 
 remover se estiver causando problema clínico 
 em cães idosos têm geralmente crescimento lento e 
são benignos. 
 
Melanomas 
 freqüentemente pigmentados, mas 
nem sempre 
 tendem a se localizar na margem 
palpebral 
 a ressecção cirúrgica precoce é 
recomendada. Podem recorrer 
 não respondem bem aos outros tipos 
de terapia. 
 
Histiocitoma 
 geralmente nódulos rosados, 
alopécicos, elevados que crescem 
rapidamente. 
 recomenda-se a ressecção cirúrgica. 
Carcinoma de células escamosas 
 raro no cão 
 é o tumor palpebral mais comum em gatos, cavalos 
e bovinos 
 pode ter crescimento rápido sendo altamente 
invasivo. 
 tendem a ulcerar precocemente e ocasionalmente 
podem metastizar 
 a biópsia deve ser realizada o quanto antes e a 
excisão cirúrgica com grande margem de 
segurança é imperativa. 
 a radioterapia diminui as chances de recorrência. 
 
 visto primariamente em gatos 
 localmente invasivo, mas não 
metastático. 
 tem a aparência de um pequeno 
nódulo que ulcera. 
 
Carcinoma células escamosas 
A mesma paciente 4 meses após sem 
tratamento 
Blefarite 
 Comum, pode ser difusa 
ou localizada, envolvendo 
uma ou as duas pálpebras. 
Pode ser uni ou bilateral. 
Sinais: 
1. Blefarospasmo 
2. Hiperemia 
3. Edema 
4. Exsudação 
5. Alopecia 
6. Prurido 
7. Epífora 
 
Blefarite Bacteriana 
 Staphilococcus aureus e Streptococcus 
 Pode estar associada a pioderma 
cutâneo sistêmico 
Diagnóstico: 
1. Cultura e antibiograma, 
2. Biópsia, especialmente nos casos 
crônicos, 
3. Cultura das margens palpebrais. 
 
Tratamento 
1. Blefarite leve: 
◦ compressas quentes e antibióticos. 
2. Blefarite severa ou crônica: 
◦ antibióticos sistêmicos, 
◦ corticosteróides para diminuir a 
inflamação. 
Blefarite ulcerativa 
 Staphylococcus 
aureus 
 Tratar com 
sulfacetamida 
Blefarite Micótica 
Dermatófitos, sendo os mais 
comumente encontrados os 
Microsporum e Trichophyton. 
Blefarite Parasitária 
 pode ser localizada ou parte de um 
problema sistêmico 
 Demodex e Sarcoptes. 
 Pode se complicar pela auto-mutilação 
e infecção bacteriana secundária. 
 
Blefarite seborréica 
 Parte do complexo seborréico/endócrino 
 Freqüentemente complicada (blefarite 
ulcerativa) 
 Tratar o problema sistêmico 
Blefarite Alérgica 
Geralmente vista como uma reação 
aguda, mas pode ser parte de 
resposta atópica generalizada. 
Blefarite Alérgica 
 Localizada: 
◦ picadas de insetos, irritantes e 
alergênos de contato, solar 
 Sistêmica: 
◦ atopia, problemas auto-imunes, reação 
vacinal ou a medicamentos 
Diferenciar de edema devido a 
hipoproteinemia. 
 
Blefarite actínica ou solar 
 Ocorre em animais 
com pálpebra 
despigmentada 
 Lesão préneoplásica 
 Protetor solar? 
Blefarite ulcerativa 
 crônica do canto medial inferior 
 Vista ocasionalmente 
 não tem preferência racial 
 geralmente bilateral 
 Pode ocorrer com ou sem conjuntivite 
 Pode estar associada com a ceratite 
superficial crônica (pannus) 
 No Dachshund de pêlo longo pode estar 
associada com a ceratite ponteada 
superficial. 
 
 Sinais: úlcera crônica no canto medial. 
 Diagnóstico: Citologia – infiltração de linfócitos 
e plasmócitos. 
 Tratamento: Antibióticos e corticosteróides 
tópicos. 
Infiltração plasmocitária crônica (Pastor 
Alemão) 
Piogranulomas palpebrais 
 massas proliferativas de tecido de granulação que 
podem ulcerar. 
 Pode ser iniciado por infecção decorrente de trauma 
ou ruptura de calázio. 
 Provável envolvimento de estafilococos coagulase-
positivos. 
 Diagnóstico : 
 Citologia – polimorfonucleares, 
linfócitos, plasmócitos com evidências 
de inflamação crônica. Biópsia 
excisional – método preferencial. 
 Diagnóstico diferencial – neoplasias e 
inflamação. 
 
Tratamento 
◦ Injeções intra-lesionais de antibióticos (p.ex.cloranfenicol), seguidas de compressas 
mornas. 
◦ A excisão não é o tratamento preferencial. 
◦ O comprometimento palpebral pode ser 
extensivo. 
 
Membrana 
nictitante 
“3ª pálpebra” 
Dermóides da MN 
 São raros, mas podem ocorrer tanto 
em cão como em gatos (os da raça 
Burmese são mais afetados). 
 Podem causar irritação crônica devido 
ao atrito 
 Tt: excisão cirúrgica e sutura da 
conjuntiva (Vicryl® 6-0), com 
sepultamento do nó ou nó na face 
externa 
Não pigmentação da margem da 
membrana nictitante 
 Comum em cães de pelagem branca ou 
portadores do gene arlequim. 
 Geralmente não causa problema 
 O proprietário pode reclamar que o olho afetado 
parece maior ou mais vermelho que o olho 
contralateral 
 Pode haver uma incidência de conjuntivite no olho 
afetado 
 Risco maior de carcinoma de células escamosas. 
Laceração da MN 
 Se a laceração for pequena afetando apenas a 
margem, sem exposição da cartilagem -> aparar a 
parte lacerada ou simplesmente deixar cicatrizar 
por segunda intenção. 
 Lacerações maiores ou afetando a cartilagem 
devem ser reparadas cirurgicamente (cobrir a 
cartilagem exposta com a conjuntiva). Mesmas 
recomendações de sutura que para o CD. 
Granulomas eosinofílicos na MN 
(felinos) 
 Geralmente a córnea também é afetada 
 A causa pode ser o herpesvírus felino 
 A citologia revela eosinófilos e algumas vezes 
mastócitos 
 Tt: 
1. corticosteróides tópicos senão houver lesões herpéticas na 
córnea; 
2. Corticosteróides orais nos casos resistentes à terapia 
tópica 
3. Acetato de megestrol 
Prolapso da MN 
 Geralmente há um quadro mórbido subjacente 
(massa retrobulbar, hemorragia, miosite, dor 
ocular, tétano, perda da gordura orbital ou distúrbio 
neurológicio) 
 Retropulsão bulbar – alterada quando existem 
massas retrobulbares (RB). Nos casos de celulite 
RB, o animal demonstra dor (o mesmo ocorre 
quando se abre a boca do paciente) 
 Hemorragia RB: 
◦ Retropulsão – alterada 
◦ Petéquias e coloração pálida (coagulopatias) 
 Inflamação músculos extra-oculares e 
miosite do músc. temporal: 
◦ Dor à palpação ou abrindo a boca 
◦ Edema muscular 
 Dor ocular, leva animal a retrair o globo 
ocular com consequente prolapso da MN 
 Perda da gordura orbital: 
◦ Animais idosos 
◦ Celulite orbital crônica 
◦ Desnutrição severa 
 Doenças sistêmicas: 
◦ Tétano – orelhas eretas, pálpebras muito 
abertas. 
 Alterações neurológicas: 
◦ Síndrome Horner 
◦ Prolapso idiopático da MN dos gatos 
◦ Disautonomia felina 
 Síndrome de Horner: 
◦ Lesão inervação 
simpática pré ou pós 
ganglionar 
◦ As mais comuns é uma 
lesão posganglionar 
originada no gânglio 
craniocervical ou 
acima deste. 
◦ As lesões podem 
envolver o sinus 
cavernoso, o ouvido 
médio ou órbita. 
 Síndrome de Horner: 
◦ Colírio de fenilefrina 10%: 
 Lesão pré-gangionar – 40 min. ou mais para dilatar a pupila 
 Lesão pós-ganglionar – apenas 20 minutos são necessários 
para dilatar a pupila 
 A MN retorna para posição praticamente normal 
◦ Podemos usar colírio de fenilefrina 2,5% se a MN 
prolapsada atrapalhar a visão 
Sind. de Horner 
 Protusão idiopática da MN de felinos: 
◦ Geralmente sem alterações pupilares 
◦ Causa geralmente desconhecida 
◦ Pode haver histórico de problemas 
gastrointestinais 
◦ Uma gota de colírio de epinefrina faz a MN voltar 
à sua posição normal. Pode-se usar este colírio 
2 a 4 x ao dia se necessário 
 Disautonomia generalizada (sínd. 
Key-Gaskell) em felinos: 
◦ Pode causar protusão da MN 
◦ As pupilas geralmente estão dilatadas e 
não responsivas à luz 
◦ Diminuição da produção de lágrima 
◦ Outros sinais sistêmicos 
Motivos para remover a MN 
 Neoplasia: 
◦ Melanossarcomas 
◦ Adenocarcinomas 
◦ Hemangiomas 
◦ Hemangiossarcomas 
◦ Carcinoma de células escamosas 
 Verificar a presença de metástases antes de extirpar a MN 
 Sempre suturar a conjuntiva bulbar à palpebral após a 
excisão da MN 
Prolapso da Glând. da MN 
 Ocorre devido à ausência/fragilidade da faixa de 
tecido conjuntivo que a fixa aos tecidos periorbitais 
ou devido à pressão exercida pela glândula 
edemaciada 
 Parece ter uma base genética (beagle, bulldog, 
cocker spaniel, dog alemão, lhasa apso, pequinês, 
shi tzu e gatos burmeses) 
 O reposicionamento cirúrgico e o tratamento de 
eleição 
Defeitos anatômicos da MN 
 Eversão da cartilagem: 
◦ Defeito congênito ou pós-trauma 
◦ Inflamação da MN, exsudato mucoso 
◦ Tt: remoção da porção defeituosa 
Olho vermelho (OV) 
 Anamnese: 
◦ Traumas? 
◦ Medicações 
◦ Doenças concomitantes 
◦ Exposição a toxinas 
◦ Cirurgias oftálmicas prévias 
◦ Mudanças de comportamento 
◦ Algum problema médico importante - 
Causas comuns de OV 
 Conjuntivite 
 Episclerite 
 Esclerite 
 Ceratite 
 Uveíte 
 Glaucoma 
 Hifema 
 Traumas 
 
Olho 
vermelho focal 
Massa: 
Prolapso da glând. Memb. Nict. 
Fascite nodular 
Neoplasia 
Hemorragia: 
Trauma 
Hifema 
generalizado 
Episclerite 
Esclerite 
PIO normal 
Uveíte 
anterior 
PIO↓↓ PIO ↑↑ 
Glaucoma 
Vasos conjuntivais: 
Conjuntivite alérgica 
Conjuntivite viral 
Conjuntivite bacteriana/fúngica 
Defeitos palpebrais 
Defeitos cílios 
Ceratoconjuntivite seca 
Ulceração corneal 
Doenças da órbita 
 
Vasos conjuntivais ou episclerais? 
 Os vasos conjuntivais geralmente são 
menos calibrosos e menos vermelhos. 
São mais móveis e desaparecem 
quando se aplica colírio de epinefrina 
1% ou fenilefrina 2,5% 
 Vasos conjuntivais – problema extra-
bulbar 
 Vasos episclerais – problema intra-
bulbar 
Conjuntivites em felinos 
 Geralmente é infecciosa 
 Freq. acompanhada de sinais 
respiratórios superiores 
 Herpesvirus (HVF 1) 
 úlc. dendríticas pouco comuns, resistência a 
antibióticos 
 PCR 
 Chlamydia 
 Mycoplasma 
 
Conjuntivites em felinos 
 Tt: 
◦ Cloranfenicol ou tetraciclina 
◦ Adicionar trifluridina (5 a 6 x ao dia0senão 
houver resposta ao tratamento anterior 
em 3-4 dias 
◦ Idoxuridina 0,1% (4 a 6 x ao dia) 
◦ Vidarabina 3% (3 a 4 x ao dia) 
◦ 250 mg de L-lisina, po, bid, misturada 
com a comida 
◦ α interferon, po ou tópico 
Conjuntivite associada a placas brancas na 
conjuntiva e córnea em felinos 
 Conjuntivite / ceratite eosinofílica 
◦ Citologia – eosinófilos +++, plasmócitos +, 
linfócitos + 
◦ Etiologia desconhecida 
◦ Tt: 
 corticosteróides tópicos (dexametasona 0,1%, 
tid) 
 20 mg metilprednisolona, subconjuntival 
 
 
 
Conjuntivite canina 
 Geralmente secundária a más 
formações palpebrais ou ciliares e 
ceratoconjuntivite seca 
 Conj. bacteriana e micótica primárias 
pouco comuns. Virais idem 
 
Sinais clínicos: variam com a duração, não 
específicos 
1. Hiperemia (vermelhidão) 
2. Quemose (edema) 
3. Folículos (geral/ casos crônicos) 
4. Exsudato 
a) seroso (casos leves) 
b) mucóide (casos crônicos e CCS) 
c) purulento (bacteriana) 
5. Dor – variável, geralmente moderada 
 
Conjuntivite 
Vasos conjuntivais 
P – plexo venoso escleral 
K – vasos conjuntivais 
 Anel marginal 
Quemose 
Testes diagnósticos 
a. Teste Lacrimal de Schirmer (TLS) – em todos os 
casos 
b. Cultura e antibiograma (do fórnix) – casos especiais 
c. Citologia – c/ anestésico local e espátula – em todos 
os casos 
d. Imunofluorescência e reação em cadeia polimerase 
(PCR) para herpesvirus e clamídia em gatos, 
sempre que possível 
1. As bactérias fazem parte da microbiota normal. Ex. 
Staphylococcus e Streptococcus 
2. A conjuntivite bacteriana primária é rara 
3. Geralmente é secundária: 
a) a problemas de cílios 
b) corpos estranhos 
c) más-formações de pálpebra 
d) etc. 
 Bactérias = exsudato purulento 
 
4. Citologia – neutrófilos e +/- bactérias 
5. Tratamento 
 a) determinar a causa primária e tratá-la 
 b) Antibióticos de largo espectro inicialmente, 
e de acordo como antibiograma senão 
responder 
Freqüentemente bilateral, mas pode ser 
unilateral 
1 . Adenovírus canino I e II, cinomose 
(pode estar associada com CCS) 
2. Herpesvírus felino 
 
Viral 
 clamídias e micoplasmas (BROOKS; SANCHEZ, 
1999) 
 Citologia – linfócitos e corpúsculos de inclusão 
 Terapia de suporte 
 Prevenir a contaminação secundária 
 
Micótica – rara, geralmente associada a ceratite 
micótica 
 1. Componente da microbiota normal que se torna 
patogênico 
 2. Uso prolongado de corticosteróides, antibióticos e ou 
após traumatismos 
Parasitária – pouco comum em pequenos animais 
freqüente 
1. pode ter ocorrência sazonal, geralmente muito pruriginosa 
2. pode estar associada com atopia 
3. pode ser a reação a medicação tópica (anestésicos, 
pilocarpina, etc) 
4. citologia – eosinófilos e basófilos em número significativo 
5. Tratamento 
 a. remover a causa (se possível) 
 b. antiinflamatórios tópicos 
 
Alérgica 
1. Vento 
2. Poeira 
3. Corpos estranhos 
4. Cílios anormais, etc. 
Tratamento 
 a) remover a causa 
 b) limpar os olhos com soro fisiológico 
 
Irritação por agentes físicos: 
 
Pouco freqüentes no cão 
a. Hemangioma 
b. Hemangiossarcoma 
c. Melanoma 
d. Papiloma 
e. Carcinoma de células escamosas 
Tratamento: 
 Excisão +/- radiação, quimioterapia 
 
Neoplasias/Tumorações inflamatórias 
 
Hemangioma conjuntival 
(fasciste nodular / histiocitoma fibroso) 
 1. Quadro mórbido que se situa entre a neoplasia e 
o processo inflamatório 
 2. Massas nodulares não pigmentadas na episclera, 
limbo, membrana nictitante e pálpebras 
 3. Uni ou bilateral 
Episclerite nodular 
 4. Vista freqüentemente em Collies – “histiocitoma 
fibroso” 
 5. A velocidade de crescimento é variável 
 6. Diagnóstico –exame clínico, histologia 
 7. Tratamento 
 a. Corticosteróides – tópicos ou sistêmicos com resposta 
variável 
 b. Excisão cirúrgica com ou sem crioterapia – pode 
recorrer 
 c. Imunossupressores – azatiopina 
Episclerite nodular do Collie 
Traumas 
 A. Lacerações – cicatrizam rapidamente, as menores não 
necessitam de sutura 
 B. Hemorragia subconjuntival 
1. Trauma, distúrbios da coagulação. Não é necessário tratar a 
conjuntiva, reabsorvida em 10-20 dias 
2. Examinar o restante do olho cuidadosamente procurando 
descolamentos de retina, hifema, luxação da lente, lacerações 
corneais e esclerais. 
 
 
Hematoma conjuntival 
 Pannus: 
◦ Pastor Alemão e Greyhound – MN espessada, carnuda 
(similar conjuntivite folicular) 
◦ Citologia – plasmócitos com poucos linfócitos 
◦ Tt: corticosteróides ou ciclosporina / tracolimus tópicos 
 Conjuntivite folicular: 
◦ Etiologia desconhecida – infecção crônica ligeira ou 
reação alérgica a pólens. 
◦ Superfície interna da MN parecendo carne de hamburguer 
◦ Tt: Colírios/Pomadas corticosteróides + antibióticos 
◦ Pode ser necessário fazer o debridamento cirúrgico 
Leitura Complementar (Quiosque) 
1. Disautonomía felina. L.J. Bernal, M. J. Fernández 
del Palacio et al. Vol. 14. n.º 3,1994 
2. FELINE DYSAUTONOMIA (KEY-GASKELL 
SYNDROME) STUDY GROUP – University of 
Glasgow 
3. CALDERÓN, A. Manifestaciones Oculares de 
Enfermedades Sistémicas em felinos 
4. REPERCUSIONES OCULARES DE ENFERMEDADES 
SISTÉMICAS 
5. Ceguera anysiocoria e movimentos anormales de los ojos 
Páginas da internet a serem 
pesquisadas 
 http://cal.vet.upenn.edu/projects/ophth
almology/index.html 
 
Leitura obrigatória 
 SLATTER, D. 2005. Fundamentos de 
oftalmologia veterinária. 3 ed., p 159-
259.

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