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Cílios 1. Cão – apenas na pálpebra superior 2. Gato – não tem cílios verdadeiros 3. Cavalo, bovinos, caprinos e ovinos – numerosos na pálpebra superior, e poucos na inferior 4. Suíno – apenas na pálpebra superior Distiquíase 1. Uma segunda fileira de cílios (completa ou mesmo só alguns cílios) 2. Freqüentemente dentro da linha formada pelas aberturas dos dutos das glândulas de meibômio 3. Tendem a cair e crescer de novo 4. Pode haver mais de um cílio por folículo (distriquíase) Distiquíase Podem causar desde irritação com epífora até lesões graves na córnea (quando associados com entrópio) Na maioria das vezes achados acidentalmente durante o exame oftálmico, pois não causam problema Distiquíase Mais comum no cão, particularmente nos Cockers e Poodles, tendo caráter hereditário Tratamento: ◦ Depilação com pinça ◦ Eletrodepilação ◦ Crioterapia ◦ Cirurgia Ressecção em cunha Cílio ectópico Cílio se originando na conjuntiva palpebral Frequentemente causam irritação e lesão corneal A excisão é o tratamento de eleição Triquíase Pêlos crescendo na direção errada, causando irritação conjuntival ou corneal Pode ser devida a: ◦ Dobras nasais proeminentes ◦ Pêlos faciais ◦ Cílios (em casos de entrópio) O tratamento visa eliminar a causa primária Podemos usar vaselina como lubrificante paliativamente Stades Dobras nasais grandes Visto principalmente nas raças braquicefálicas. Blefarospasmo, epífora, ceratite, triquíase das dobras nasais. Tratamento: Eliminar o contato dos pelos com a córnea/ conjuntiva. Médico Usar vaselina ou cera para bigode para manter os pelos fora do olho. Dobras nasais grandes Cirúrgico Excisão da prega nasal. Tarsorrafia medial permanente. Tratar as lesões da córnea. Remoção dobras nasais Pálpebras e membrana nictitante A maioria dos animais aquáticos não tem pálpebras Nos animais terrestres as pálpebras são opacas para melhor protegem o olho do excesso de luz e corpos estranhos Funções: ◦ Espalhar o filme lacrimal ◦ Bombear a lágrima para o sistema de drenagem ◦ Proteger as estruturas intra-orbitais (no cão e gato recém-nascidos as pálpebras permanecem fusionadas até o sistema lacrimal ser capaz de produzir lágrimas) ◦ Limpar a superfície da córnea Os animais que vivem em ambientes particularmente secos (aves e lagartos) teriam que piscar muito, e cada piscada representa um momento de cegueira, durante o qual estes animais ficariam mais vulneráveis ao ataque de predadores. Este fato levou ao aparecimento de uma “terceira pálpebra” transparente ou translúcida, que poderia varrer o olho sem impedir a visão - a membrana nictitante A membrana nictitante também é encontrada em mamíferos, também com função protetora: ◦ Tamanduá- proteção contra a mordida de formigas ◦ Urso polar – proteção UV ◦ Focas – proteção durante mergulhos em alta velocidade e quando descansando em terra Escamas corneais: Quando as pálpebras não são suficientes, alguns vertebrados desenvolveram “óculos” – as escamas corneais (spectacles), que podem ser: ◦ Primárias: modificação da pele corneal criando uma cobertura não aderente ao olho (lampreias) ◦ Secundárias: similar ao primário, mas é formado a partir da pele que em algum momento esteve fusionada com a córnea e depois se separou (peixes que vivem em água barrenta ou peixes para os quais olhos proeminentes seriam um obstáculo à hidrodinâmica. ◦ Terciárias – formados pela fusão das pálpebras, que subsequentemente se tornam transparentes (cobras e outros répteis) Agenesia 1. Não formação congênita de algumas ou todas as camadas da córnea 2. Mais freqüente em gatos, onde pode estar associada com anormalidades da íris e cristalino 3. A correção é cirúrgica 4. Se a má formação toma a forma de uma fissura ou fenda, é chamada de coloboma palpebral Dermóide São ilhas de pele em localização anormal (são coristomas – massas de tecido histologicamente normal, mas anormal quanto à localização) Geralmente envolvem o bulbo ocular, podendo envolver a margem palpebral A correção é cirúrgica Anquilobléfaro Pálpebras aderidas Os cães e gatos têm anquilobléfaro congênito que persiste até à segunda semana de vida Se os olhos não estiverem abertos aos 14-16 dias de vida, fazer ligeira tração para abri-los Se necessário usar uma tesoura romba, inserida no canto medial, forçando-a até o canto lateral (não cortar com as lâminas) Ceratoconjuntivite neonatal (oftalmia neonatorum) Vista em filhotes de cães e gatos com anquilobléfaro A região orbital estará inchada devido ao acúmulo de exsudato Em alguns casos pode-se ver exsudato saindo pelo canto medial Geralmente mais de um filhote acometido Tratamento: ◦ Abrir as pálpebras como descrito anteriormente ◦ Ungüentos antibióticos ◦ Os corticosteróides devem ser usados senão houver úlcera de córnea Se as pálpebras não forem abertas, a córnea pode ulcerar e perfurar, resultando em glaucoma secundário ou phthisis bulbi A infecção é transmitida pela mãe durante a gestação ou no momento do parto (verificar infecção genital) Blefarofimose 1. Fissura palpebral pequena 2. O tamanho da abertura palpebral freqüentemente está relacionado com o tamanho do bulbo ocular: a) Microftalmia b) Macroftalmia Tratamento 1. Cantotomia para aumentar a fissura palpebral 2. Se for secundária a um globo ocular pequeno, em geral não é necessário tratar Macrofissura Macrofissura Criptoftalmia Condição rara na qual não há o desenvolvimento normal da margem palpebral, fazendo com que não ocorra a abertura normal da fissura palpebral É genética na calopsita Nenhum tratamento parece ajudar, e o animal pode ver adequadamente – enrolamento para dentro da margem palpebral (inversão palpebral) - mais comum em cães e ovelhas. - Pouco comum em cavalos e gatos Entrópio Entrópio Congênito: -Pode não se manifestar desde o nascimento. -Pode ser herdado em certas raças. -Pode ocorrer em combinação com ectrópio. -Raças comumente acometidas: Chow-Chow, Bulldog inglês, Poodle miniatura e toy, Norwegian Elkhound, Dog Alemão, Rottweiler, Pug, Shar Pei. Entrópio Adquirido 1. Espástico: secundário a irritação crônica e dor, levam a espasmos do músculo orbicularis oculi. Pode se tornar irreversível com o tempo. 2. Cicatricial: secundário a lesão palpebral Entrópio Congênito Adquirido Sinais clínicos 1. Epífora, 2. Blefarospasmo, 3. Conjuntivite, 4. Ceratite. 5. O entrópio medial pode obstruir o ponto lacrimal inferior. Antes de tentar qualquer terapia : - Avalie a posição da pálpebra com a pálpebra em repouso e durante o piscar. - Identifique e trate os problemas concomitantes conforme as necessidades – ectrópio, distiquíase e/ou doenças corneanas. Determine a extensão da correção necessária enquanto o paciente está acordado. Se o entrópio é espástico, pode ser necessário a anestesia tópica ou o bloqueio do nervo palpebral para avaliar quanto do entrópio é anatômico. - As técnicas cirúrgicas devem sub- corrigir ligeiramente para que se obtenha um ótimo resultado. A cicatrização e retração pós-operatórias ajudam na correção do defeito. - SE POSSÍVEL, NÃO CORRIGIR CIRURGICAMENTE O ENTRÓPIO DE UM ANIMAL IMATURO (<6 MESES). -tratar com medicamentos ou suturas temporárias, -entrópio pode desaparecer espontaneamente ou se agravar com a idade. Tratamento medicamentoso: -ungüentos lubrificantes oculares Tratamento cirúrgico: -temporário xpermanente Temporário -Sutura não absorvível -Dura 10 a 14 dias. -Pode dar resultados dramáticos filhotes Shar- Pei -Grampos e supercolas também têm sido utilizados. “Tacking” Permanente: i. A extensão da correção deve ser avaliada antes da anestesia. ii. Existem várias técnicas para corrigir o entrópio. A escolha depende da causa, da localização e da extensão do entrópio. Procedimento básico: Técnica de Hotz-Celsus modificada Hotz-Celsus Ponta de flecha Hotz-Celsus Y para V Ectrópio Eversão da margem palpebral Congênito S. Bernardo Bloodhounds Basset Hounds Cocker Spaniel Americano Visto esporadicamente em outras raças. Ectrópio Adquirido: 1. Cicatricial 2. Senil – diminuição do tônus do músculo orbicularis oculi 3. Fisiológico – visto em raça de caça. Mas evidente após exercício-fadiga da musculatura facial. 4. Paralítico – após lesão dos ramos do CN VII. Outros sinais de lesão do VII par estão presentes. Tratamento: Médico – limpar os olhos diariamente Cirúrgico – apenas se necessário (ceratite, conjuntivite severa). Correção V para Y – para ectrópio cicatricial. Técnica de Kuhnt-Szymanowski para correção de ectrópio simples. V para Y Kuhnt-Szymanowsky (modificada) Ectrópio+entrópio 1. Podem ocorrer simultaneamente no São Bernardo, no Chow Chow e Bulldog inglês 2. A pálpebra inferior tem ectrópio lateral e entrópio central 3. pode se usar a cantoplastia lateral com ou sem reconstrução do ligamento do canto lateral. Considerações éticas das blefaropastias O bem-estar do animal está em primeiro lugar Blefaroplastias para corrigir defeitos adquiridos (lacerações palpebrais, neoplasias, etc...) – sem problema. Em caso de animais de exposição consultar Kennel clube para saber qual a documentação necessária Blefaroplastias para corrigir problemas congênitos ou hereditários – não devem ser realizadas sem informar o clube da raça ou o Kennel Clube. Recomenda-se a retirada do animal do plantel reprodutor. Derme aberrante Pelos no canto medial Raças braquicefálicas principalmente Tratamento: Excisão cirúrgica. Wyman Lesões traumáticas palpebrais Examinar o globo ocular minuciosamente, externamente e oftalmoscopicamente. Avaliar os danos ao sistema nasolacrimal As pálpebras são muito vascularizadas e têm grande capacidade de regenerar e resistir às infecções. Um debridamento mínimo é necessário devido ao suprimento vascular. Princípios da cirurgia palpebral O fechamento e cicatrização por primeira intenção levam a melhores resultados. Os atrasos na sutura resultarão num tecido distorcido (edema) e infeccionado (necessidade de debridamento e conseqüente perda tecidual). Primeiro refazer a margem e a fissura palpebral. Uma sutura em dois planos é mais firme que uma num só plano. Defeitos muito extensos requerem plástica palpebral e proteção corneana com flap da nictitante ou conjuntival. Cuidados pós-operatórios Colar elizabetano conforme as necessidades Antibióticos tópicos/sistêmicos DMSO tópico para reduzir o edema Compressas geladas durante o retorno anestésico e compressas mornas por 2-4 dias pós-cirurgia. Corticosteróides tópicos (epitélio corneano tem que estar intacto): ◦ aumentam a tolerância à sutura ◦ reduzem a inflamação ◦ não retardam a cicatrização apreciavelmente ◦ Não usar se houver infecção presente Neoplasias Maioria é benigna Malignas tendem a ser infiltrativas, mas raramente têm metástases. Adenoma das glândulas sebáceas muito comum freqüentemente encontrado no cão idoso Visível através da superfície conjuntival estendendo-se para a pálpebra Deve ser removido Papilomas em cães jovens podem estar associados à papilomatose oral geralmente regridem espontaneamente remover se estiver causando problema clínico em cães idosos têm geralmente crescimento lento e são benignos. Melanomas freqüentemente pigmentados, mas nem sempre tendem a se localizar na margem palpebral a ressecção cirúrgica precoce é recomendada. Podem recorrer não respondem bem aos outros tipos de terapia. Histiocitoma geralmente nódulos rosados, alopécicos, elevados que crescem rapidamente. recomenda-se a ressecção cirúrgica. Carcinoma de células escamosas raro no cão é o tumor palpebral mais comum em gatos, cavalos e bovinos pode ter crescimento rápido sendo altamente invasivo. tendem a ulcerar precocemente e ocasionalmente podem metastizar a biópsia deve ser realizada o quanto antes e a excisão cirúrgica com grande margem de segurança é imperativa. a radioterapia diminui as chances de recorrência. visto primariamente em gatos localmente invasivo, mas não metastático. tem a aparência de um pequeno nódulo que ulcera. Carcinoma células escamosas A mesma paciente 4 meses após sem tratamento Blefarite Comum, pode ser difusa ou localizada, envolvendo uma ou as duas pálpebras. Pode ser uni ou bilateral. Sinais: 1. Blefarospasmo 2. Hiperemia 3. Edema 4. Exsudação 5. Alopecia 6. Prurido 7. Epífora Blefarite Bacteriana Staphilococcus aureus e Streptococcus Pode estar associada a pioderma cutâneo sistêmico Diagnóstico: 1. Cultura e antibiograma, 2. Biópsia, especialmente nos casos crônicos, 3. Cultura das margens palpebrais. Tratamento 1. Blefarite leve: ◦ compressas quentes e antibióticos. 2. Blefarite severa ou crônica: ◦ antibióticos sistêmicos, ◦ corticosteróides para diminuir a inflamação. Blefarite ulcerativa Staphylococcus aureus Tratar com sulfacetamida Blefarite Micótica Dermatófitos, sendo os mais comumente encontrados os Microsporum e Trichophyton. Blefarite Parasitária pode ser localizada ou parte de um problema sistêmico Demodex e Sarcoptes. Pode se complicar pela auto-mutilação e infecção bacteriana secundária. Blefarite seborréica Parte do complexo seborréico/endócrino Freqüentemente complicada (blefarite ulcerativa) Tratar o problema sistêmico Blefarite Alérgica Geralmente vista como uma reação aguda, mas pode ser parte de resposta atópica generalizada. Blefarite Alérgica Localizada: ◦ picadas de insetos, irritantes e alergênos de contato, solar Sistêmica: ◦ atopia, problemas auto-imunes, reação vacinal ou a medicamentos Diferenciar de edema devido a hipoproteinemia. Blefarite actínica ou solar Ocorre em animais com pálpebra despigmentada Lesão préneoplásica Protetor solar? Blefarite ulcerativa crônica do canto medial inferior Vista ocasionalmente não tem preferência racial geralmente bilateral Pode ocorrer com ou sem conjuntivite Pode estar associada com a ceratite superficial crônica (pannus) No Dachshund de pêlo longo pode estar associada com a ceratite ponteada superficial. Sinais: úlcera crônica no canto medial. Diagnóstico: Citologia – infiltração de linfócitos e plasmócitos. Tratamento: Antibióticos e corticosteróides tópicos. Infiltração plasmocitária crônica (Pastor Alemão) Piogranulomas palpebrais massas proliferativas de tecido de granulação que podem ulcerar. Pode ser iniciado por infecção decorrente de trauma ou ruptura de calázio. Provável envolvimento de estafilococos coagulase- positivos. Diagnóstico : Citologia – polimorfonucleares, linfócitos, plasmócitos com evidências de inflamação crônica. Biópsia excisional – método preferencial. Diagnóstico diferencial – neoplasias e inflamação. Tratamento ◦ Injeções intra-lesionais de antibióticos (p.ex.cloranfenicol), seguidas de compressas mornas. ◦ A excisão não é o tratamento preferencial. ◦ O comprometimento palpebral pode ser extensivo. Membrana nictitante “3ª pálpebra” Dermóides da MN São raros, mas podem ocorrer tanto em cão como em gatos (os da raça Burmese são mais afetados). Podem causar irritação crônica devido ao atrito Tt: excisão cirúrgica e sutura da conjuntiva (Vicryl® 6-0), com sepultamento do nó ou nó na face externa Não pigmentação da margem da membrana nictitante Comum em cães de pelagem branca ou portadores do gene arlequim. Geralmente não causa problema O proprietário pode reclamar que o olho afetado parece maior ou mais vermelho que o olho contralateral Pode haver uma incidência de conjuntivite no olho afetado Risco maior de carcinoma de células escamosas. Laceração da MN Se a laceração for pequena afetando apenas a margem, sem exposição da cartilagem -> aparar a parte lacerada ou simplesmente deixar cicatrizar por segunda intenção. Lacerações maiores ou afetando a cartilagem devem ser reparadas cirurgicamente (cobrir a cartilagem exposta com a conjuntiva). Mesmas recomendações de sutura que para o CD. Granulomas eosinofílicos na MN (felinos) Geralmente a córnea também é afetada A causa pode ser o herpesvírus felino A citologia revela eosinófilos e algumas vezes mastócitos Tt: 1. corticosteróides tópicos senão houver lesões herpéticas na córnea; 2. Corticosteróides orais nos casos resistentes à terapia tópica 3. Acetato de megestrol Prolapso da MN Geralmente há um quadro mórbido subjacente (massa retrobulbar, hemorragia, miosite, dor ocular, tétano, perda da gordura orbital ou distúrbio neurológicio) Retropulsão bulbar – alterada quando existem massas retrobulbares (RB). Nos casos de celulite RB, o animal demonstra dor (o mesmo ocorre quando se abre a boca do paciente) Hemorragia RB: ◦ Retropulsão – alterada ◦ Petéquias e coloração pálida (coagulopatias) Inflamação músculos extra-oculares e miosite do músc. temporal: ◦ Dor à palpação ou abrindo a boca ◦ Edema muscular Dor ocular, leva animal a retrair o globo ocular com consequente prolapso da MN Perda da gordura orbital: ◦ Animais idosos ◦ Celulite orbital crônica ◦ Desnutrição severa Doenças sistêmicas: ◦ Tétano – orelhas eretas, pálpebras muito abertas. Alterações neurológicas: ◦ Síndrome Horner ◦ Prolapso idiopático da MN dos gatos ◦ Disautonomia felina Síndrome de Horner: ◦ Lesão inervação simpática pré ou pós ganglionar ◦ As mais comuns é uma lesão posganglionar originada no gânglio craniocervical ou acima deste. ◦ As lesões podem envolver o sinus cavernoso, o ouvido médio ou órbita. Síndrome de Horner: ◦ Colírio de fenilefrina 10%: Lesão pré-gangionar – 40 min. ou mais para dilatar a pupila Lesão pós-ganglionar – apenas 20 minutos são necessários para dilatar a pupila A MN retorna para posição praticamente normal ◦ Podemos usar colírio de fenilefrina 2,5% se a MN prolapsada atrapalhar a visão Sind. de Horner Protusão idiopática da MN de felinos: ◦ Geralmente sem alterações pupilares ◦ Causa geralmente desconhecida ◦ Pode haver histórico de problemas gastrointestinais ◦ Uma gota de colírio de epinefrina faz a MN voltar à sua posição normal. Pode-se usar este colírio 2 a 4 x ao dia se necessário Disautonomia generalizada (sínd. Key-Gaskell) em felinos: ◦ Pode causar protusão da MN ◦ As pupilas geralmente estão dilatadas e não responsivas à luz ◦ Diminuição da produção de lágrima ◦ Outros sinais sistêmicos Motivos para remover a MN Neoplasia: ◦ Melanossarcomas ◦ Adenocarcinomas ◦ Hemangiomas ◦ Hemangiossarcomas ◦ Carcinoma de células escamosas Verificar a presença de metástases antes de extirpar a MN Sempre suturar a conjuntiva bulbar à palpebral após a excisão da MN Prolapso da Glând. da MN Ocorre devido à ausência/fragilidade da faixa de tecido conjuntivo que a fixa aos tecidos periorbitais ou devido à pressão exercida pela glândula edemaciada Parece ter uma base genética (beagle, bulldog, cocker spaniel, dog alemão, lhasa apso, pequinês, shi tzu e gatos burmeses) O reposicionamento cirúrgico e o tratamento de eleição Defeitos anatômicos da MN Eversão da cartilagem: ◦ Defeito congênito ou pós-trauma ◦ Inflamação da MN, exsudato mucoso ◦ Tt: remoção da porção defeituosa Olho vermelho (OV) Anamnese: ◦ Traumas? ◦ Medicações ◦ Doenças concomitantes ◦ Exposição a toxinas ◦ Cirurgias oftálmicas prévias ◦ Mudanças de comportamento ◦ Algum problema médico importante - Causas comuns de OV Conjuntivite Episclerite Esclerite Ceratite Uveíte Glaucoma Hifema Traumas Olho vermelho focal Massa: Prolapso da glând. Memb. Nict. Fascite nodular Neoplasia Hemorragia: Trauma Hifema generalizado Episclerite Esclerite PIO normal Uveíte anterior PIO↓↓ PIO ↑↑ Glaucoma Vasos conjuntivais: Conjuntivite alérgica Conjuntivite viral Conjuntivite bacteriana/fúngica Defeitos palpebrais Defeitos cílios Ceratoconjuntivite seca Ulceração corneal Doenças da órbita Vasos conjuntivais ou episclerais? Os vasos conjuntivais geralmente são menos calibrosos e menos vermelhos. São mais móveis e desaparecem quando se aplica colírio de epinefrina 1% ou fenilefrina 2,5% Vasos conjuntivais – problema extra- bulbar Vasos episclerais – problema intra- bulbar Conjuntivites em felinos Geralmente é infecciosa Freq. acompanhada de sinais respiratórios superiores Herpesvirus (HVF 1) úlc. dendríticas pouco comuns, resistência a antibióticos PCR Chlamydia Mycoplasma Conjuntivites em felinos Tt: ◦ Cloranfenicol ou tetraciclina ◦ Adicionar trifluridina (5 a 6 x ao dia0senão houver resposta ao tratamento anterior em 3-4 dias ◦ Idoxuridina 0,1% (4 a 6 x ao dia) ◦ Vidarabina 3% (3 a 4 x ao dia) ◦ 250 mg de L-lisina, po, bid, misturada com a comida ◦ α interferon, po ou tópico Conjuntivite associada a placas brancas na conjuntiva e córnea em felinos Conjuntivite / ceratite eosinofílica ◦ Citologia – eosinófilos +++, plasmócitos +, linfócitos + ◦ Etiologia desconhecida ◦ Tt: corticosteróides tópicos (dexametasona 0,1%, tid) 20 mg metilprednisolona, subconjuntival Conjuntivite canina Geralmente secundária a más formações palpebrais ou ciliares e ceratoconjuntivite seca Conj. bacteriana e micótica primárias pouco comuns. Virais idem Sinais clínicos: variam com a duração, não específicos 1. Hiperemia (vermelhidão) 2. Quemose (edema) 3. Folículos (geral/ casos crônicos) 4. Exsudato a) seroso (casos leves) b) mucóide (casos crônicos e CCS) c) purulento (bacteriana) 5. Dor – variável, geralmente moderada Conjuntivite Vasos conjuntivais P – plexo venoso escleral K – vasos conjuntivais Anel marginal Quemose Testes diagnósticos a. Teste Lacrimal de Schirmer (TLS) – em todos os casos b. Cultura e antibiograma (do fórnix) – casos especiais c. Citologia – c/ anestésico local e espátula – em todos os casos d. Imunofluorescência e reação em cadeia polimerase (PCR) para herpesvirus e clamídia em gatos, sempre que possível 1. As bactérias fazem parte da microbiota normal. Ex. Staphylococcus e Streptococcus 2. A conjuntivite bacteriana primária é rara 3. Geralmente é secundária: a) a problemas de cílios b) corpos estranhos c) más-formações de pálpebra d) etc. Bactérias = exsudato purulento 4. Citologia – neutrófilos e +/- bactérias 5. Tratamento a) determinar a causa primária e tratá-la b) Antibióticos de largo espectro inicialmente, e de acordo como antibiograma senão responder Freqüentemente bilateral, mas pode ser unilateral 1 . Adenovírus canino I e II, cinomose (pode estar associada com CCS) 2. Herpesvírus felino Viral clamídias e micoplasmas (BROOKS; SANCHEZ, 1999) Citologia – linfócitos e corpúsculos de inclusão Terapia de suporte Prevenir a contaminação secundária Micótica – rara, geralmente associada a ceratite micótica 1. Componente da microbiota normal que se torna patogênico 2. Uso prolongado de corticosteróides, antibióticos e ou após traumatismos Parasitária – pouco comum em pequenos animais freqüente 1. pode ter ocorrência sazonal, geralmente muito pruriginosa 2. pode estar associada com atopia 3. pode ser a reação a medicação tópica (anestésicos, pilocarpina, etc) 4. citologia – eosinófilos e basófilos em número significativo 5. Tratamento a. remover a causa (se possível) b. antiinflamatórios tópicos Alérgica 1. Vento 2. Poeira 3. Corpos estranhos 4. Cílios anormais, etc. Tratamento a) remover a causa b) limpar os olhos com soro fisiológico Irritação por agentes físicos: Pouco freqüentes no cão a. Hemangioma b. Hemangiossarcoma c. Melanoma d. Papiloma e. Carcinoma de células escamosas Tratamento: Excisão +/- radiação, quimioterapia Neoplasias/Tumorações inflamatórias Hemangioma conjuntival (fasciste nodular / histiocitoma fibroso) 1. Quadro mórbido que se situa entre a neoplasia e o processo inflamatório 2. Massas nodulares não pigmentadas na episclera, limbo, membrana nictitante e pálpebras 3. Uni ou bilateral Episclerite nodular 4. Vista freqüentemente em Collies – “histiocitoma fibroso” 5. A velocidade de crescimento é variável 6. Diagnóstico –exame clínico, histologia 7. Tratamento a. Corticosteróides – tópicos ou sistêmicos com resposta variável b. Excisão cirúrgica com ou sem crioterapia – pode recorrer c. Imunossupressores – azatiopina Episclerite nodular do Collie Traumas A. Lacerações – cicatrizam rapidamente, as menores não necessitam de sutura B. Hemorragia subconjuntival 1. Trauma, distúrbios da coagulação. Não é necessário tratar a conjuntiva, reabsorvida em 10-20 dias 2. Examinar o restante do olho cuidadosamente procurando descolamentos de retina, hifema, luxação da lente, lacerações corneais e esclerais. Hematoma conjuntival Pannus: ◦ Pastor Alemão e Greyhound – MN espessada, carnuda (similar conjuntivite folicular) ◦ Citologia – plasmócitos com poucos linfócitos ◦ Tt: corticosteróides ou ciclosporina / tracolimus tópicos Conjuntivite folicular: ◦ Etiologia desconhecida – infecção crônica ligeira ou reação alérgica a pólens. ◦ Superfície interna da MN parecendo carne de hamburguer ◦ Tt: Colírios/Pomadas corticosteróides + antibióticos ◦ Pode ser necessário fazer o debridamento cirúrgico Leitura Complementar (Quiosque) 1. Disautonomía felina. L.J. Bernal, M. J. Fernández del Palacio et al. Vol. 14. n.º 3,1994 2. FELINE DYSAUTONOMIA (KEY-GASKELL SYNDROME) STUDY GROUP – University of Glasgow 3. CALDERÓN, A. Manifestaciones Oculares de Enfermedades Sistémicas em felinos 4. REPERCUSIONES OCULARES DE ENFERMEDADES SISTÉMICAS 5. Ceguera anysiocoria e movimentos anormales de los ojos Páginas da internet a serem pesquisadas http://cal.vet.upenn.edu/projects/ophth almology/index.html Leitura obrigatória SLATTER, D. 2005. Fundamentos de oftalmologia veterinária. 3 ed., p 159- 259.
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