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Fatos juridicos - matéria P1

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FATOS JURÍDICOS
Princípios principais do Código Civil:
Eticidade: busca superar o formalismo jurídico, buscando prevalecer os valores éticos (boa fé)
Socialidade: predomínio do social sob o individual. (art 421 e 423, CC)
Operabilidade: facilitar a interpretação e aplicação das normas.
Fatos jurídicos em sentido amplo: qualquer fato que produza efeitos jurídicos. É a correspondência do fato à norma (fattispecie). São todos os acontecimentos ou eventos que, de forma direta ou indireta, ocasionam um efeito jurídico. 
Fatos naturais ou fatos jurídicos em sentido estrito: São os fatos que não dependem da própria natureza. Se subdividem em fatos ordinários e extraordinários.
Naturais ordinários: nascimento, morte, maioridade.
Naturais extraordinários: terremotos, tempestade, maremoto. Caso Fortuito (fato que decorre da forçada natureza e é imprevisível) e Força Maior (decorre de atos humanos, tais como guerras e greves. É possível prever, porém irresistível). Quebram a relação entre sua conduta e danos a outro. 
Fatos humanos ou atos jurídicos em sentido amplo: São os fatos que dependem da ação humana. São as ações humanas que criam, modificam, transferem ou extinguem direitos. Em outras palavras, é a ação voluntária com ou sem intenção de ocasionar efeitos jurídicos. Se subdivide em lícito e ilícito. 
Lícito: praticados pelo homem, aquele que a lei reconhece efeitos jurídicos pois está de acordo com ela (direito público x direito privado = só o que a lei permite x o que a lei não proíbe).
Ilícito: atos praticados em desacordo com a lei, mesmo que involuntariamente, e repercutem no ordenamento, podendo gerar consequências. 
Atos Ilícitos 
Ato jurídico em sentido estrito ou meramente licito: é aquele em que o efeito da manifestação da vontade está previsto na lei, ou seja, basta a manifestação de vontade para gerar efeitos jurídicos. (A ação humana se baseia em intenção)
Negócio jurídico: há necessidade de uma manifestação de vontade qualificada. (Manifestação de vontade criadora, modificadora ou extintiva de uma relação jurídica necessita da aceitação da outra parte, manifestação de vontade mútua). 
Ato-fato jurídico: é o comportamento do homem tido como causa de determinado efeito jurídico, independentemente da vontade do agente. Ex: encontrar um tesouro. 
NEGÓCIO JURÍDICO
É a declaração da vontade privada (autonomia privada) destinada a produzir efeitos que o agente (pessoa) pretende e reconhece. Ou seja, a constituição, a modificação, a defesa ou a extinção de relações jurídicas de modo vinculante, isto é, obrigatório, para as partes intervenientes. 
Aquisição de direito (no negócio jurídico) é o encontro/união com uma pessoa titular do direito, ou seja, o direito incorpora-se ao patrimônio da pessoa. Pode ser ORIGINÁRIA ou DERIVADA.
Originária: é a aquisição feita pela pessoa (titular do direito) sem qualquer relacionamento com um titular anterior ao direito a adquirir. Exemplos: ocupação (art. 1263, CC) e avulsão (art. 1251, CC). 
Derivada: há o relacionamento com o titular de direito anterior, ou seja, há o relacionamento anterior. Exemplos: compra e venda (art. 481), doação (art. 538). 
Derivada gratuita: só um se beneficia.
Derivada onerosa: ambos recebem. 
Direito atual: é o direito que tendo sido adquirido, está em condições de ser exercido por estar incorporado ao patrimônio do adquirente. 
Direito futuro: é aquele cuja a aquisição ainda não se operou, que não pode ser exercido, dependendo de uma condição (futuro e incerto) ou prazo. Abrange todas as relações potenciais ainda não exercíveis ou exercitáveis por faltar algum elemento (Expectativa de direito: esperança ou possibilidade de que venha a ser adquirido). 
Deferido: ocorre quando sua realização fica na dependência exclusiva do próprio sujeito.
Não-deferido: ocorre quando, para se adquirir o direito, há a necessidade que ocorra uma condição que escapa a mera vontade da pessoa. 
Direito eventual: depende de um acontecimento para se efetuar, embora apresente alguns elementos constitutivos – agente capaz, objeto e forma. (Falta de um elemento interno). 
Direito condicional: são os direitos subordinados à eventos futuros e incertos. (Falta de um elemento externo). 
Defesa e conservação de direitos: preventivos ou repressivos. 
Preventivos: garantir/acautelar futura violação de direito. 
Extrajudicial: pode ser como garantia real (hipoteca/alienação judiciária) ou pessoal (contrato de fiança/aval – aval = título de crédito). 
Judicial: arresto (bloqueio de bens) e sequestro (arresto/bloqueio de um bem especifico). 
Repressivos: o direito já foi violado, e para restaurá-lo pede-se ao poder judiciário o restabelecimento. 
Modificação de direitos: os direitos podem ser alterados (modificados), por vontade das partes, tanto quanto a seu objeto, como em relação às pessoas ou mudando também ambas (pessoa e objeto). A alteração pode ser objetiva (qualitativa/quantitativa) ou subjetiva (em relação ao titular do direito). 
Modificação objetiva ocorre quando atinge o objeto da relação jurídica, seja considerando a qualidade ou quantidade do objeto. 
Qualidade: não se altera a quantidade do objeto, mas o próprio objeto. Invés de pagamento em dinheiro, paga-se com um imóvel, por exemplo. 
Quantidade: o direito permanece o mesmo, mas o objeto desse direito pode aumentar ou diminuir (art. 1250, CC)
Modificação subjetiva ocorre quando há modificação do sujeito do direito. A relação jurídica permanece. Pode ser inter vivos (B deve para A. A cede crédito para X. X paga A. B, agora, possui dívida com X) ou causa mortis (sucessão de direito). OBS.: Modificação subjetiva não é concebida quando envolver direitos personalíssimos. 
Extinção do direito: pode ser subjetiva (morte do titular); objetiva (perecimento do direito: inundação, terremoto) ou fim do vínculo jurídico (prescrição e decadência). 
Extinção: ocorre quando ele desaparece e não pode ser exercido por qualquer outra pessoa.
Perda: ocorre quando o direito se destaca, desliga ou se separa do seu titular e passa a subsistir com outro titular. O direito vai para outro.
CLASSIFICAÇÃO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
Unilaterais, bilaterais e plurilaterais (ou complexos)
Unilaterais: manifestação de uma das partes, apenas. Divide-se em recepticia (só vale para aquela pessoa) e não-recepticia (vale para qualquer pessoa).
Bilaterais: há manifestação de vontade de duas partes. 
Plurilaterais: mais de duas pessoas interessadas (plano de saúde). 
Onerosos, gratuitos, bifrontes e neutros. 
Onerosos: há uma contraprestação
Bifrontes: podem ser onerosos ou gratuitos, de acordo com a vontade das partes envolvidas. 
Neutros: se caracterizam pelo fim dado a determinado bem. Não tem caráter patrimonial. 
Inter vivos e causa mortis
Inter vivos: entre vivos
Causa mortis: em razão da morte (testamentos). 
Principal ou acessório
Acessório: contrato de locação, o contrato acessório é o de fiança. Assim que se encerra o contrato principal, encerra-se o acessório. 
Solene ou não solene
Solene: casamento
Simples, complexo ou coligado
Simples: celebrado entre duas pessoas
Complexo: Envolve várias pessoas
Coligado: plano de saúde, que contrata outros serviços. 
Dispositivos ou obrigacionais
Dispositivo: pessoa pode dispor do direito
Obrigacional: negócio jurídico que gera uma obrigação e que possibilita a exigência de seu cumprimento
INTERPRETAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO
A verdade real e a verdade declarada (não necessariamente é a verdade) nem sempre estão juntas. A pessoa precisa interpretar o outro (Buscar real sentido no negócio jurídico, ou seja, do conteúdo da declaração de vontade). 
Primeiro parâmetro: vontade declarada, que é geralmente a vontade externa por palavras, de forma escrita ou verbal.
Segundo parâmetro: a intenção, a vontade, do agente.
Posição subjetivista (teoria da vontade) X Posição objetivista (teoria da declaração) *** Não devem ser aplicadas separadamente ***
Subjetivista: deve o interprete investigar o sentido efetivo da manifestaçãoda vontade do declarante.
Objetivista: deve se verificar não a vontade interna (intenção do agente), mas a vontade manifestada.
Deve-se levar em conta: boa-fé, contexto e fim econômico ao se tratar de negócio jurídico.
“A declaração que não corresponda ao preciso intento das partes é corpo sem alma. Se as palavras são claras e não dão margem à dúvida, prevalecerá a verdade declarada. ”
Art. 113: os negócios jurídicos devem ser interpretados conforma a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
Boa-fé objetiva: exige que os agentes ajam com lealdade. Boa-fé presumida não precisa ser provada. Tem função interpretativa (art. 113), função de controle (art.187) e função integrada (art. 142).
Representação (art. 115-120, CC): um indivíduo age em nome de outro. 
Legal: decorre da lei, que dá o encargo de representar a alguém. A lei impõe. 
Convencional/Voluntária: há acordo de vontade; há cooperação jurídica de pessoa sem interesse no negócio, normalmente se materializando no instrumento de procuração. 
Pode, ainda:
Judicial: trata-se de um tipo de representação legal, temporária para fins específicos. 
Convencional: escolhida de acordo com a vontade do representado; tácita de expressão. 
Regras de representação: art. 116; 118; 119; 117.
Contrato consigo mesmo/auto-contratação: duas partes no negócio jurídico, porém um único emitente de vontade que regulará dois interesses contrapostos. (Art. 685, CC). 
Declaração de vontade: sem manifestação de vontade (se dá por uma declaração) não há negócio jurídico. 
Declarante (expressa a vontade) + Declaratário (recene a declaração)
Princípio da declaração da vontade: pode-se fazer qualquer contrato que a vontade queira e a lei não proíba; sofre limitações também do direito privado (código do consumidor). 
Obrigatoriedade do contrato (Pacta Sunt Servanda): a sua vontade deve ser cumprida independentemente da situação.
Formas de expressar a vontade: 
Expressa: de maneira escrita, verbal ou mímica
Tácita: ocorre resultando de comportamento do qual possamos deduzir sua vontade. Só é permitida quando a lei não exigir que seja expressa. (art. 1805 e 1263).
Presumida: declaração não realizada expressamente, mas que a lei deduz/presume de outros comportamentos. Na tácita, a lei não presume. (art. 322 – A lei determina alguns efeitos para determinadas condutas; art. 323; art. 230-232).
Declaração recepticia e Declaração não-recepticia.
Recepticia: revogação de proposto contrato. Se dirige à determinada pessoa com finalidade de levar ao seu conhecimento a intenção de outra pessoa.
Não-recepticia: revogação de testamento. Se dá sem destinatário especial, produzindo os efeitos independentemente do recebimento da declaração.
Silêncio e Reserva mental
Silêncio: não gera efeitos jurídicos. É a ausência da declaração de vontade. (art. 1111 e art 539). 
Reserva mental (ou reticência): expressão de uma vontade quando na verdade queremos outra coisa. O declarante oculta sua real intenção, de maneira consciente, com a intenção de enganar o Declaratário. Como regra, é irrelevante quanto a validade do negócio jurídico (prevalece a vontade declarada). (Art. 112, 113 e 110).
Elementos do negócio jurídico
*** A vontade é o requisito mínimo para a existência do negócio jurídico ***
ART. 104, CC.
AGENTE CAPAZ (art. 3 e 4): aos 18 anos/emancipação (art. 5). 
Lei 13.146 (06/07/2015): estatuto da pessoa com deficiência. Mudanças no art. 4, II e III, CC. 
Manifestação de vontade válida se tiver capacidade. Agente capaz é aquele que tem a capacidade de exercer direitos, ou seja, aptidão para exercer direitos e contrair obrigações no universo civil. 
Capacidade negocial: dá a aptidão para o agente intervir em negócios jurídicos como declarante/Declaratário. 
Incapacidade absoluta (negócio jurídico é nulo – art. 166, I, CC) x Incapacidade relativa (negócio jurídico é anulável – art. 171, I)
Representação legal: art. 1634, cc – Absolutamente incapaz. 
A capacidade deve ser verificada no momento do negócio jurídico. 
Diferença da incapacidade e da falta de legitimação: a incapacidade é genérica para todos os atos, já a falta de legitimação é específica. Posso praticar negócios jurídicos em geral, excluindo alguns. 
Restrições: o tutor não pode adquirir bens do tutelado (art. 1749, I, CC), dispor dos bens do menor do título gratuito (II), constituir-se cessionário de crédito ou de direito, contra o menor (III).
OBJETO LICITO, POSSIVEL, DETERMINAVEL OU DETERMINADO
Idôneo: não atenta a lei, a moral e os bons costumes. 
Lícito:
Objeto jurídico, imediato ou conteúdo: é o efeito jurídico que se pretende (dar, fazer e não fazer). 
Objeto material ou mediato: objeto propriamente dito. É a própria coisa sobre a qual recai o negócio jurídico. 
Possível: é aquele que está dentro das forças humanas ou da natureza. 
Impossibilidade: Física ou Jurídica. 
Impossibilidade física: acontece quando decorre das leis físicas/naturais. Pode ser absoluta: aquele que atinge a todos indistintamente ou relativa: não constitui obstáculo ao negócio jurídico.
Impossibilidade jurídica: ocorre quando o ordenamento jurídico proíbe (art. 426, CC). 
Determinado: quando é individualizado.
Determinável: quando pode ser determinado/individualizado por algum critério a ser seguido depois. 
Art. 104: o negócio jurídico deve respeitar a forma prescrita ou não defesa (proibida) pela lei. 
A forma é classificada em:
Livre: a que não exige forma solúvel, especial. (A lei não prevê).
Solene/Especial: é aquela estabelecida/exigida pela lei (Art. 108). 
Contratual: não é estabelecida pela lei, mas pelas partes (Art. 109)
Múltipla/Plural: quando a lei permite que o ato solene seja feito de diversas formas. 
ELEMENTOS ACIDENTAIS DO NEGÓCIO JURÍDICO (da condição, do termo e do encargo, no código civil) – Art. 121 a 137.
CONDIÇÃO: acontecimento futuro e incerto de que depende a eficácia do negócio jurídico. (Art. 121, CC).
Elementos da condição: “futuridade e incerteza do evento” para Venosa; “futuridade, incerteza e voluntariedade” para Gonçalves. 
Futuridade: o evento indicado como condição deve ser futuro, ou seja, ainda deve acontecer.
Incerteza: esse fato pode ocorrer ou não. Deve ser real, não uma simples dúvida. Deve ser objetiva para qualquer pessoa, e não só para o declarante. 
Voluntariedade: depende da vontade das partes. Quem estipula a condição, deve querer a condição. 
Condição voluntária: decorre da vontade das partes
Condição legal: aquela que é estabelecida pela lei (integrante do próprio negócio jurídico). 
OBS.: Todos os negócios jurídicos de conteúdo econômico, de natureza patrimonial, admitem a condição. 
 Negócios jurídicos que não admitem condição: Renuncia e aceitação de herança, negócios que dizem a respeito ao estado de pessoa e direitos de família puro (Ex.: casamento – art. 1535 e 1538 -; reconhecimento de filhos – art. 1613 -; adoção – art. 39, ECA -). 
Condições lícitas e ilícitas
Lícitas: Art. 122, CC. Todas não contrárias à lei, à ordem pública e aos bons costumes. 
Ilícitas: as condições imorais e ilegais, como a violação aos direitos de liberdade/liberdade religiosa, a prostituição, a renúncia do dever familiar.
Condição impossível – Art. 123, CC: que invalidam o negócio jurídico
Juridicamente impossível: é a que esbarra em proibição expressa do ordenamento jurídico, ou fere a moral e os bons costumes. Ex.: casar com a mãe após a morte do pai; adotar o irmão ou alguém da mesma idade; praticar crime.
Fisicamente impossível: são as que não podem ser cumpridas por nenhum ser humano. Não se consideram fisicamente impossíveis se a impossibilidade não atingir a toda e qualquer pessoa, indistintamente. Ex.: colocar toda a agua do oceano em um copo. 
Se a condição é suspensiva, ela invalida o negócio jurídico. – Art. 123, I, CC – Ex.: eu pago o negócio jurídico desde que a represa suba 45% seu nível de água. É válido, podem não é exigível. 
Condição resolutiva: é a condição cujo implemento faz cessar os efeitos do ato ou negócio jurídico. Logo,até que seja implementada a condição, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde o momento deste o direito por ele estabelecido. Se a condição é resolutiva, considera-se inexistente a condição. – Art. 124, CC –. 
Condição incompreensível ou contraditória 
Incompreensível: são aquelas cujo teor não se pode compreender. (Contratos mal feitos). 
Contraditória: são aquelas que trazem alguma incompatibilidade lógica em seu texto. Ela invalida o negócio jurídico pelo fato de não se saber o que se quer. 
Condições causais, potestativas e mistas
Causais: são as que dependem do acaso, do fortuito, de fato alheio à vontade das partes (ex.: dar-te-ei tal quantia se chover amanhã).
Potestativas: são as que decorrem da vontade de uma das partes.
Puramente potestativas ou potestativa pura: são as que sujeitam todo o efeito do ato ao puro arbítrio de uma das partes, sem a influência de qualquer fato externo (ex.: se eu quiser, se eu entender conveniente, se eu assim decidir, etc.). É uma condição ilícita (art. 122 - CC).
Simplesmente potestativa ou potestativa simples: dependem não só da manifestação de vontade de uma das partes como também de algum acontecimento ou circunstância exterior que escapa ao seu controle (ex.: se eu viajar a tal lugar, se eu vender a minha casa, etc.). Estas condições não são consideradas ilícitas.
Mistas: são as condições que dependem simultaneamente da vontade de uma das partes e da vontade de um terceiro (ex.: dar-te-ei tal quantia se casares com fulano, se constituíres sociedade com beltrano, se for eleito deputado, etc.).
Condição promíscua: é aquela em que inicialmente é potestativa, porém, posteriormente, vem a perder esta característica ante a ocorrência de um fato superveniente, alheio à vontade do agente, que venha a dificultar sua realização. Ex: Promete-se prêmio a um jogador que foi campeão em um torneio, se ele participar do próximo torneio. No entanto, ele acaba se machucando e não poderá participar.
Condições suspensivas e resolutivas
São classificações quanto aos efeitos produzidos pelos negócios jurídicos.
Condição suspensiva: enquanto não ocorrer o implemento, suspende-se o direito. (Art. 125, CC). Ex.: Um pai promete dar um carro para um filho se ele passar em medicina. Enquanto o filho não passar em medicina, ele não terá direito ao carro. O pai pode frustrar-se ou não.
Condição resolutiva: vigorará o negócio enquanto esta não se realizar. (Art. 127, CC). Ex.: Um pai doa uma casa para a filha, com a condição de que ela não se separe do marido. Se ela divorciar, o imóvel volta para a propriedade do pai. 
Pode ser expressa ou tácita: a cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito (possui eficácia plena); a tácita depende de interpelação judicial. – Art. 474 – A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos. – Art. 475.
Estados das condições:
Condição Pendente: a condição encontra-se pendente enquanto não se verifica o evento futuro e incerto.
Condição Implementada: se diz implementada a condição quando se verifica a ocorrência do evento futuro e incerto, isto é, quando o evento efetivamente ocorre.
Condição Frustrada: se diz frustrada a condição quando não se verifica a ocorrência do evento futuro e incerto, ou seja, quando o evento definitivamente não tem mais a possibilidade.
Efeitos das condições (pág. 393 – Direito Civil – Parte Geral – Gonçalves):
A questão da retroatividade ou não da condição diz respeito aos efeitos ex tunc ou ex nunc (EX TUNC significa que os efeitos de determinada decisão, sobre os fatos no passado, são retroativos à época da origem dos fatos a ele relacionado. Já EX NUNC, quer dizer que os efeitos da decisão não retroagem, valendo somente a partir da data da decisão. Portanto, ex tunc retroage e ex nunc não retroage) da estipulação. Admitida a retroatividade, é como se o ato tivesse sido puro e simples desde a origem. O atual código civil não adota uma regra geral a respeito da retroatividade. Todavia, praticamente não tem a questão da retroatividade grande importância, pois quer seja nos sistemas onde a regra geral é a retroatividade, quer seja onde a regra geral é a irretroatividade, são tantas as exceções, num e noutro caso, que acaba por existir mais similitude que diferença. – Art. 126 e 128.
TERMO: É o dia em que começa ou se extingue a eficácia do negócio jurídico. É sempre um evento futuro e certo. Subdivide-se em: 
Termo inicial ou suspensivo (dies a quo) – aquele a partir do qual se pode exercer o direito. 
 O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito. (Art. 131, CC). Assim, ao contrário da condição suspensiva, em que não se adquire o direito a que o ato visa; no termo inicial, pelo contrário, não se impede a aquisição do direito, mas se retarda seu exercício. Mas, em ambos, o exercício do direito está suspenso até o implemento do termo ou condição. 
Termo final ou resolutivo (dies ad quem): - aquele no qual termina a produção de efeitos do negócio jurídico. 
Espécies de termo:
Termo de direito: é o que decorre da lei.
Termo convencional: é o que decorre da vontade das partes.
Termo judicial: é o fixado por decisão judicial.
Termo de graça: é a dilação de prazo concedida ao devedor.
*** PRAZO: enquanto termo é o dia em que começa ou se extingue a eficácia do negócio jurídico, prazo é o intervalo entre o termo “a quo” e o termo “ad quem” (termo inicial e termo final) - é o lapso de tempo decorrido entre a declaração de vontade e a superveniência (ocorrência) do termo. (Art. 132, 133 e 134). 
ENCARGO OU MODO (Art. 136/137): trata-se de “cláusula acessória” às liberalidades, como na doação, testamentos, pela qual se impõe uma obrigação ao beneficiário. (Ninguém é obrigado a aceitar a liberalidade, porém, uma vez aceito, esse encargo passa a ser obrigatório e a pessoa fica sujeita ao seu cumprimento). É COERCITIVO (pode ser exigido o cumprimento).
O encargo apresenta-se como restrição à liberdade, quer estabelecendo uma finalidade ao objeto do negócio, quer impondo uma obrigação ao favorecido, em benefício do instituidor ou de terceiros, ou mesmo da coletividade.
Não deve, porém, o encargo se configurar em contraprestação (pois teria, assim, caráter oneroso); não pode ser visto como contrapartida ao benefício concedido. Se houver contraprestação típica, o contrato deixa de ser liberal para ser oneroso, não se configurando o encargo.
O encargo é uma obrigação imposta, mas não uma troca de bens. Eu ganho algo com o encargo, mas não no sentido oneroso (recíproco). Ex.: Eu te dou um imóvel e você, com o aluguel deste imóvel, paga as despesas de uma senhora com a qual me importo e não teria condições de administrar o aluguel. (É como se fosse um favor, mas um favor obrigatório). 
Regras para se diferenciar condição ou encargo
Na dúvida, prevalece a interpretação que se trata de encargo e não de condição, pois é menos onerosa. Condição pode ou não ocorrer. O encargo tem que ocorrer. 
A conjunção “se” serve para indicar que é uma condição; as expressões “para que” ou “afim de que” indicam o encargo.
“Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico”. – Art. 137, CC
A ilicitude ou impossibilidade física ou jurídica do encargo leva a considerá-lo como não escrito, libertando o negócio jurídico de qualquer restrição, a não ser que se apure ter sido o modus o motivo determinante da liberalidade Inter vivos (doação) ou causa mortis (testamento) caso que se terá a invalidação do ato negocial.
Sites de apoio: http://caduchagas.blogspot.com.br/2012/07/direito-civil-negocio-juridico-condicao_5.html
http://caduchagas.blogspot.com.br/2012/07/direito-civil-negocio-juridico-termo.html
http://caduchagas.blogspot.com.br/2012/07/negocio-juridico-encargo-ou-modo.html

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