Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
campo%20Magnetico%20da%20Terra.pdf Campo Magnético Terrestre Fonte: http://geomag.usgs.gov/faq.html 1. O que é um campo magnético? Campos preenchem o espaço entre diferentes corpos de matéria, e determinam como estes interagem à distância. Na natureza existem diferentes tipos de campo, observados pelas forças que geram. Os campos gravitacionais determinam a atração entre objetos que possuem massa e os campos elétricos resultam na atração entre objetos com polaridade oposta e repulsão entre objetos com a mesma polaridade. Um campo magnético só se forma quando cargas elétricas se movem. Os campos magnéticos determinam como correntes elétricas exercem forças sobre outras correntes elétricas. No caso de dois fios elétricos paralelos, se as correntes fluem na mesma direção os fios serão atraídos entre si, e caso as correntes tenham sentidos opostos ocorrerá repulsão. De um modo geral os campos magnéticos são gerados por correntes elétricas, e as correntes elétricas podem ser induzidas por campos magnéticos. Um gerador elétrico funciona pelo movimento de campos magnéticos. 2. O que é um magneto? A maior parte dos materiais não é magnética. É composta de moléculas, constituídas por átomos, cada um dos quais tem elétrons orbitando prótons. O movimento de um elétron está associado a uma fraca corrente elétrica gerando um campo magnético, que é cancelado pelo movimento de outro elétron. Nos materiais magnéticos este cancelamento é incompleto gerando pequenos campos magnéticos. Por razões relacionadas à física atômica isso tende a acontecer com algumas substâncias como cobalto, níquel e ferro. Nestes materiais os campos magnéticos de vários átomos exercem torques nos campos elétricos dos átomos vizinhos, resultando no alinhamento dos átomos com o conseqüente reforço dos campos e produzindo um campo magnético mensurável. Esses materiais são os magnetos. Muitos magnetos, como a barra da ilustração, apresentam um dipolo, com o pólo norte onde os campos divergem e um pólo sul onde os pólos convergem. 3. A Terra é um magneto? Sim, a crosta terrestre se apresenta magnetizada. O núcleo terrestre com sua parte externa fundida e parte interna sólida, ambos compostos principalmente por ferro gera um campo magnético que é responsável pela maior parte do magnetismo medido em superfície. Mas não existe uma barra magnética gigante no centro da Terra. A magnetização permanente como a de um magneto descrito no item 2 não ocorre em temperaturas elevadas, acima de 650oC onde o movimento dos átomos por causa do calor é forte o bastante para destruir as orientações necessárias para produzir uma magnetização permanente. O núcleo terrestre tem uma temperatura de milhares de graus celcius e por isso, embora o núcleo seja responsável pelo campo geomagnético ele não é semelhante a um magneto permanentemente magnetizado. 4. Como o núcleo gera um campo magnético? O núcleo externo está em estado de convecção turbulenta em conseqüência do calor radioativo e da diferenciação química. Sendo assim, este se comporta como um gerador elétrico onde a energia cinética convectiva é convertida em energia elétrica e magnética. O movimento do ferro (condutor de eletricidade) na presença do campo magnético terrestre induz correntes elétricas, as quais geram seus próprios campos magnéticos. O resultado deste feedback interno é um processo auto-sustentado, enquanto existir energia para manter a convecção. A figura acima é esquemática, a movimentação dos fluidos e o campo magnético dentro do núcleo e ainda hoje objeto de intensas pesquisas. 5. O campo magnético terrestre sofre reversões periódicas? Sim, isto é comprovado pelas lavas depositadas na superfície terrestre. Quando a lava se resfria e cristaliza, bem como quando sedimentos se depositam no fundo do oceano e depois se consolidam, eles preservam a assinatura magnética do período de deposição (paleomagnetismo – VER OBS NO FIM DO TEXTO). A medida dos campos magnéticos permite conhecer a história do campo magnético terrestre. Podemos dizer que a Terra possui um campo magnético desde 3,5 bilhões de anos atrás e que o mesmo varia ao longo do tempo com ocasionais reversões. Os pólos geomagnéticos atualmente coincidem aproximadamente com os pólos geográficos, já que a rotação da Terra é a principal força dinâmica sobre o núcleo, onde a maior parte do campo é gerado. Mas o pólo magnético migra em uma escala de tempo secular, e ocasionalmente os pólos magnéticos se distanciam dos pólos geográficos. O dínamo terrestre pode gerar um campo magnético com a polaridade que existe hoje ou pode gerar um campo de polaridade oposta. Antes da última reversão, há 780.000 anos atrás a polaridade era reversa comparada com a atual. Aparentemente não existe uma periodicidade fixa para as reversões, que aparentemente são eventos aleatórios. Não existe uma causa específica conhecida para estas reversões. 6. Qual a forma do campo geomagnético? O campo geomagnético é muitas vezes descrito aproximadamente como um dipolo, com linhas emanando do pólo sul e convergindo para o pólo norte. Embora esta descrição seja útil para muitos propósitos, não é muito acurada. A parte dipolar do campo magnético atualmente apresenta uma declinação de 11o em relação ao eixo rotacional, e existem componentes não dipolares o que torna o campo magnético superficial muito complexo. Sendo assim, a direção indicada pela bússola não só tem um desvio em relação ao norte verdadeiro (norte geográfico = pólo do eixo de rotação), como esta variação (a declinação) é diferente em cada posição geográfica. Nota da Coordenação da disciplina OBS: Para entender o paleomagnetismo: quando o magma começa a resfriar, alguns minerais se cristalizam primeiro, em temperaturas mais elevadas. Estes minerais ficam em suspensão dentro do material ainda em fusão. Quando se cristalizam minerais com propriedades magnéticas, estes irão se alinhar com o campo magnético terrestre existente no momento da cristalização do magma. Após o resfriamento e cristalização da rocha, o mineral não terá mais mobilidade para se alinhar novamente, então se o campo magnético sofrer uma reversão, os minerais daquela rocha continuarão orientados segundo o campo magnético do momento da formação da rocha. Estado%20fisico%20do%20Manto.pdf Estado físico do manto terrestre Recorrendo ao livro de Teixeira e outros (Decifrando a Terra), na pg 329: “...magma é qualquer material rochoso fundido, de consistência pastosa, e que, ao se consolidar, constitui rochas ígneas (ou magmáticas). ... Magmas apresentam altas temperaturas, de ordem de 700 a 1200oC, e são constituídos por: a) uma parte líquida, representada pelo material rochoso fundido; b) uma parte sólida, que corresponde a minerais já cristalizados e a eventuais fragmentos de rocha transportados em meio à porção líquida; e c) uma parte gasosa constituída por voláteis presentes na fase líquida, predominantemente H2O e CO2.” Mais adiante, na pg 330: “É importante frisar que não existe um “oceano de magma” contínuo por baixo da litosfera: o comportamento reológico anômalo (mais “plástico”) da astenosfera, indicado pelas ondas sísmicas, deve-se a perda de rigidez das rochas que constituem a astenosfera, em função das altas temperaturas, mas no estado fundamentalmente sólido.” OBS.: O livro citado está disponível na biblioteca do pólo, não deixe de consultar, aproveitando para “conhecer” o livro. Identifique os conteúdos, pois os mesmos serão importantes em outras aulas de nossa disciplina, em outras disciplinas, e ainda no futuro, na sua vida profissional. Este é um material de excelente qualidade, que aprofunda os conteúdos de nossa disciplina relacionados mais diretamente com a geologia. Ondas%20sismicas%20e%20terremotos.pdf Ondas Sísmicas As ondas sísmicas são ondas de impacto produzidas em um terremoto. Vários tipos de onda resultam de um abalo sísmico, e o seu estudo permite que os geofísicos conheçam a estrutura interna de nosso planeta. Algumas ondas sísmicas percorrem o interior da Terra, como as de compressão (ou primárias, P) e as ondas sísmicas de cisalhamento (ou secundárias, S). As ondas P movem-se através da crosta terrestre como um elástico. Quando a onda move-se para a esquerda, por exemplo, ela expande e comprime na mesma direção. Produzem um movimento do solo para frente e para trás na mesma direção que a onda se propaga. Já as ondas S provocam o movimento do solo para cima e para baixo, perpendicular à direção de propagação da onda. Outras ondas viajam pela superfície e outras camadas do interior da Terra, chamadas ondas superficiais, e são subdivididas em ondas sísmicas superficiais Love e ondas sísmicas superficiais Rayleigh. Neste resumo discutiremos somente as ondas P e S. O desenho abaixo (fonte: site http://domingos.home.sapo.pt/estruterra_3.html) ilustra a propagação de ondas sísmicas nas camadas mais superficiais da Terra. Observe que ao passar pela superfície de descontinuidade muda a velocidade de propagação das ondas, e o estudo dos tempos de chegada das ondas nas estações A,B e C poderá indicar a profundidade da descontinuidade e a natureza dos materiais atravessados. O desenho abaixo mostra a propagação de ondas P e S no interior do globo terrestre a partir do foco de um terremoto (epicentro). A crosta terrestre é representada na figura pela linha de contorno do planeta. Em rosa está o manto terrestre, sólido, permitindo a propagação de ondas P e S (trajetória em vermelho). Em azul está o núcleo externo, fundido, e que não permite a propagação de ondas S. Este fato gera uma “zona de sombra”, isto é uma porção da superfície onde as ondas S não podem ser detectadas pelos sismógrafos. Observe ainda que as ondas P sofrem refração ao atravessar a superfície do núcleo, gerando uma outra “zona de sombra” onde nem ondas S nem ondas P podem ser detectadas pelos sismógrafos posicionados na superfície da crosta. A figura abaixo foi obtida no site http://www.gcse.com/waves/earthquakes3.htm. (Earthquake = terremoto; wave=onda). A severidade de um terremoto pode ser expressa por dois modos principais. A magnitumagnitumagnitumagnitudededede é uma expressão numérica da quantidade de energia liberada por um terremoto, normalmente expressa na Escala Richter, determinada pela medida da amplitude das ondas sísmicas em instrumentos registradores (os sismógrafos). A escala numérica para magnitudes é logarítmica, portanto, as deflexões de um sismógrafo para um terremoto de magnitude 5, por exemplo, são 10 vezes maiores que um terremoto de magnitude 4, e 100 vezes maiores que um terremoto de magnitude 3, e assim por diante A intensidadeintensidadeintensidadeintensidade de um terremoto é uma medida subjetiva que descreve quão forte uma onda sísmica foi sentida em local particular. Em outras palavras, mede os efeitos de um terremoto em um determinado lugar. A intensidade, expressa pela Escala Modificada de Mercalli, depende não somente da magnitude de um terremoto, mas também da distância desde um epicentro e a geologia local. A Escala Modificada de Mercalli varia de I a XII. Assim, os terremotos de Intensidade I não são normalmente sentidos pela maioria das pessoas em um determinado local, exceto por umas poucas pessoas localizadas em condições especialmente favoráveis, enquanto que terremotos de Intensidade XII provocam danos totais.
Compartilhar