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Conteudista Prof.ª Dra. Vivian Fiori Revisão Textual Aline de Fátima Camargo da Silva Metodologias de Ensino de História e Geografia 2 Sumário Objetivos da Unidade ............................................................................................................3 Os Métodos e as Metodologias .......................................................................................... 4 As Metodologias de Ensino para História e Geografia .................................................. 6 O Uso de Múltiplas Linguagens no Ensino de Geografia e História............................ 9 Algumas Linguagens Visuais e de Comunicação: Música, Filmes e Vídeos ...............9 Estudo do Meio .................................................................................................................................. 13 Recursos Informatizados ...............................................................................................................14 Entrevistas e Aplicação de Questionários ............................................................................. 20 Material Complementar..................................................................................................... 22 Atividades de Fixação ........................................................................................................ 23 Referências ........................................................................................................................... 25 Gabarito ................................................................................................................................ 26 3 Atenção, estudante! Aqui, reforçamos o acesso ao conteúdo on-line para que você assista à videoaula. Será muito importante para o entendimento do conteúdo. Este arquivo PDF contém o mesmo conteúdo visto on-line. Sua disponibili- zação é para consulta off-line e possibilidade de impressão. No entanto, re- comendamos que acesse o conteúdo on-line para melhor aproveitamento. • Refletir sobre métodos e metodologias do ensino escolar em História e Geografia; • Propor o uso de múltiplas linguagens no ensino de História e Geografia; • Desenvolver a prática pedagógica centrada em conteúdos de História e Geografia. Objetivos da Unidade 4 VOCÊ SABE RESPONDER? Para darmos início a esta unidade, convidamos você a refletir acerca da seguin- te questão: quais metodologias você conhece e aplica no ensino de História e Geografia? Então, vamos começar? Os Métodos e as Metodologias Neste texto, vamos expor algumas reflexões sobre procedimentos e metodologias de ensino em Geografia e História, dando ênfase a certas estratégias que poderão ser usadas no processo de ensino-aprendizagem. É necessário compreender o papel das atividades e práticas no ensino fundamental, e sempre considerar as mediações das características socioculturais das turmas, a faixa etária, as experiências prévias que os alunos tenham, bem como o método e as metodologias usadas. Convém relembrar que método é a concepção teórica na qual o professor abordará o conhecimento geográfico ou histórico – podendo ser, por exem- plo, positivista, dialético, entre outros. Já as metodologias são os procedi- mentos ou estratégias que serão utilizadas na sala de aula ou em atividades extraclasse, tais como: aula expositivo-dialogada, estudo do meio, painéis em grupo; debate com a sala toda; leitura e interpretação de textos; drama- tizações e simulações etc. Na prática docente na escola, é preciso considerar as estratégias no processo de ensino-aprendizagem tanto do ponto de vista teórico quanto de sua prática. É es- sencial que o professor conheça os fundamentos científicos e pedagógicos da Geografia e História, bem como das áreas de Educação, adequando-as à sua realida- de escolar e ao processo de ensino-aprendizagem. Para isso, cabe ao educador planejar suas aulas, usando-se de diferentes linguagens a fim de que ela não seja tradicional. Ainda, é necessário buscar uma lógica a qual não seja a formal, pois não basta somente variar as estratégias e metodologias ado- tadas se o raciocínio desenvolvido em aula seguir a lógica formal. 5 Figura 1 – Professora planejando as aulas Fonte: Freepik #ParaTodosVerem: a imagem mostra uma professora sentada preparando as aulas. Fim da descrição. Sejam quais forem as estratégias a serem desenvolvidas no processo de ensino– aprendizagem, é essencial contextualizar os conteúdos a serem tratados nas ativi- dades em aula ou extraclasse. Se o tema é, por exemplo, as migrações internas no Brasil, cabe questionar: em qual contexto ocorrem ou ocorreram tais migrações? Quais os fatores que levaram a tais migrações? Quais os atores envolvidos nesse processo? Quais os papéis que cada um dos atores envolvidos teve? Contextualizar assim do ponto de vista cultural, so- cial, econômico, político, ou seja, considerando-se o espaço geográfico e a história em suas multidimensionalidades. É crucial que o professor procure, conforme propõe a lógica dialética, esti- mular o educando a questionar o que é posto como verdade. Deve buscar entender o que vai além da aparência dos fenômenos, além da memori- zação, almejando a essência das questões geográficas e históricas e suas diversas inter-relações. Para que uma aula seja questionadora, não dá para o docente fazer uso de apenas aulas expositivas, sem procurar criar possibilidades de participação mais efetiva dos estudantes, com outras linguagens e formas de diálogo. É primordial empregar diversos meios de leituras sobre um tema, portanto, é fun- damental criar estratégias de ensino variadas, com inúmeros recursos, e também 6 ler criticamente os acontecimentos cujos tenham relação com Geografia e História. Com as crianças, por exemplo, realizar estudos das diversidades sociais, culturais e naturais existentes nas paisagens. Pode-se abordar isso mediante um estudo do meio, análise e comparação de fotografias, produção de painéis com desenhos, uso de imagens etc. As Metodologias de Ensino para História e Geografia Para as crianças, é crucial partir da escala local e, depois, ir relacionando os aconte- cimentos e situações a outros lugares mais distantes. Às vezes, sobretudo, com as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs), elas tem contato por meio de imagens e vídeos com realidades distantes, por isso, não devemos pensar na escala local, apenas. Saiba Mais Partindo da Realidade Local Tanto em História quanto em Geografia é importante par- tir da escala local, em especial, nas primeiras séries do Ensino Fundamental. Como afirma a pesquisadora Vilma Fernandes Neves (s/d, p.15), a seguir: Todas essas atividades devem ser em processo e introduzidas aos poucos e deve-se esperar respostas pertinentes ao desen- volvimento e ao processo de aprendizagem dos alunos. Precisa ficar claro que não se pretende criar mini historiadores: o que se pensa é na possibilidade de se construir-reconstruir as experiên- cias humanas – uma postura pedagógica e não historiográfica. Penso que se o professor trabalha com a História Oral, com a História do Cotidiano e com a História Local em sala de aula, escolhendo eixos temáticos mais apropriados, ele e os alunos travam um debate com o passado, mas constroem (ou recons- troem) uma história no presente que provavelmente não está nos livros e que pode ser generalizável pelo seu caráter de hu- manidade. Daí poder falar-se, assim, em construção-reconstru- ção do conhecimento. 7 Adquire–se conhecimento mediante a própria ação e prática docente; porém, esta não termina somente em uma mediação tecnocrática e nem se deve supervalorizar a prática em relação à teoria geográfica e educacional. E isso é corroborado com a afirmação dos pesquisadores Reigota e Santos (2014, p. 960), Com essa proposta pedagógica, ficam excluídas as atividades de trans- missão de conhecimentos, da forma como as conhecemos no ensino tra- dicional. Os momentos de transmissão de conhecimentosde uma tema específico ocorrerão quando os alunos e os professores considerarem o momento conveniente. Para a aplicação da metodologia aqui proposta é necessário um conhecimento aprofundado das tendências pedagógicas contemporâneas, principalmente as relacionadas com a pedagogia dialó- gica, conforme preconizava o educador Paulo Freire. Dessa maneira, é essencial desenvolver metodologias nas quais os participantes sejam atuantes, bem como haja respeito pelo conhecimento preexistente, mas, ao mesmo tempo, avancem para problematizações em busca de transformações socioespaciais. Nesse sentido, a produção e a utilização de diversificados materiais didáticos são fundamentais, observando-se as possibilidades de uso e as mediações existentes em cada contexto escolar. O material didático não deve ter um fim em si mesmo, assim como também os conteúdos passíveis de serem desenvolvidos a partir deles. É importante realçar que essa ação é uma atividade que engloba o ensino de História e Geografia. Além disso, ela é também mediada por um processo de comunica- ção entre o educador e o público-alvo da atividade. Como afirma Silvio de Oliveira Santos (2014, p. 507): A ação educativa engloba os processos de ensino e de aprendizagem que são mediados pelo processo de comunicação. A passagem de saberes e informações, fundamentados ou não na tarefa de ensinar, na prática só se concretiza quando estes são comunicados. Por sua vez, a comunica- ção engloba os conceitos de emissão e recepção da informação que está sendo veiculada. A aprendizagem só acontece quando existe recepção da mensagem e seu posterior aproveitamento e incorporação ao universo conceitual e/ou comportamental do indivíduo. Essa recepção é, portanto, parte integrante e fundamental do processo da comunicação educativa. Nesse contexto, é crucial que exista uma retroalimentação entre quem emite e quem recebe a mensagem, a percepção por parte do educador se sua mensagem está sendo compreendida, internalizada (Vygotsky) é importante. 8 Santos (2014) define algumas mídias educativas, destacamos entre elas: o quadro escolar; o álbum seriado (flip chart); a ilustração; o cartaz; o folheto; o jogo educa- tivo; o modelo, o filme educativo; os recursos informatizados; entre tantas outras possibilidades de serem usadas como material educativo. Figura 2 – Flip chat Fonte: Freepik #ParaTodosVerem: a imagem mostra um professor lecionando por meio do flip chat. Por isso, a seleção de mídias de comunicação é primordial, considerando-se certas premissas básicas: as condições de infraestrutura e materiais disponíveis no desen- volvimento de uma atividade de educativa; os conhecimentos prévios da comu- nidade e dos participantes; o conhecimento das várias mídias educacionais pelo docente, sabendo como usá-las para cada situação; diversificar o uso de materiais didáticos e mídias educacionais, sobretudo, quando a proposta de atividade reque- rer mais tempo; e adaptação à realidade local. Contudo, vale ressaltar que qualquer resultado dependerá também do método adotado. Não basta, por exemplo, em uma atividade de jogos educativos sobre es- cravidão no Brasil, fazermos questionamentos no jogo com perguntas e respostas diretas, com vistas apenas a observar a memorização sobre o tema. É necessário a problematização sobre o tema. Por que houve a escravidão? Como viviam os escravos no Brasil e faziam quais tipos de trabalho? Como eram trazidos ao Brasil? Em que contexto a escravidão acabou? 9 A leitura do mundo deve ser feita por diferentes linguagens: textuais, orais, por ima- gens, gráficas, cartográficas etc. Cabe à escola criar possibilidades de o aluno apren- der a ler o mundo a partir de múltiplas linguagens. O Uso de Múltiplas Linguagens no Ensino de Geografia e História Para desenvolver uma consciência crítica no ensino, é importante definir métodos e metodologias que não sejam tradicionais. Seja por meio de uma abordagem crítica ou construtivista, é crucial usar múltiplas linguagens para o desenvolvimento de atividades de Geografia e História na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. Entre as múltiplas linguagens, citamos algumas a saber: o uso de vídeos, filmes e imagens de forma significativa; atividades lúdicas (jogos e brincadeiras), dramatiza- ções e simulações; o uso de recursos informatizados, entre outros, sempre conside- rando as mediações e o contexto no qual as atividades serão desenvolvidas. A seguir, explicaremos alguns recursos e procedimentos-estratégias no processo de ensino-aprendizagem. Algumas Linguagens Visuais e de Comunicação: Música, Filmes e Vídeos As mensagens transmitidas por meio das imagens, músicas, textos, entre outras linguagens, propiciam formas variadas de leitura em função das ex- periências de vida de cada um, já que a experiência e a cultura pode se diversificar segundo cada grupo sociocultural, faixa etária, formação edu- cacional, entre outros, mas também há o papel das estratégias usadas e da forma como são desenvolvidas e conduzidas pelo professor. 10 Para que um vídeo, uma música, os filmes e as imagens em geral, sejam utilizados com fins educativos, tais formas de linguagem precisam ser analisadas pelo edu- cador e pelos alunos, pois, como recurso de comunicação, é importante considerar não apenas a linguagem visual e sonora, mas também o que se pretende dizer, para quem e com qual finalidade. Importante O que pretendemos alcançar com os nossos alunos ao assisti- rem a determinado filme? O filme em si é um recurso pedagó- gico, mas se torna um procedimento metodológico, à medida em que defino como professor qual o objetivo pretendo atingir com tal recurso e traço as estratégias a serem usadas a partir do filme. Farei um debate com a sala toda? Os estudantes vão fazer um resumo das ideias principais? Haverá uma exposição dialogada com a turma sobre o filme posterior? Os discentes receberão instruções anteriores para que observem alguns as- pectos do filme? Por meio de um filme é possível discutir inúmeros assuntos geográficos e históricos, sejam relacionados aos aspectos físico-ambientais e suas paisagens, aos diferentes usos do território, às questões territoriais e culturais, às temáticas ligadas à geopolí- tica, voltar ao passado e estabelecer as formas espaciais e as paisagens do passado, entre outros. Contudo, cabe a mediação do professor, pois um filme é uma representação da realidade, e não esta própria. Assim, é necessário fazer uma leitura crítica dos filmes e vídeos considerando a ideologia do diretor, sua forma de contar e representar um determinado tópico, situação ou espaço histórico-geográfico. É fundamental o papel do docente na leitura e na representação da realidade, a fim de ajudar o educando e/ou participante de uma atividade escolar, a levantar ques- tionamentos acerca de uma certa representação da realidade. Como explica o do- cumento dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Geografia para o Ensino Fundamental: Na escola, assim, fotos comuns, fotos aéreas, filmes, gravuras e vídeos também podem ser utilizados como fontes de informação e de leitura do espaço e da paisagem. É preciso que o professor analise as imagens na sua totalidade e procure contextualizá-las em seu processo de produção: por quem foram feitas, quando, com que finalidade, etc. e tomar esses 11 dados como referência na leitura de informações mais particularizadas, ensinando aos alunos que as imagens são produtos do trabalho humano, localizáveis no tempo e no espaço, cujas intencionalidades podem ser encontradas de forma explícita ou implícita. Brasil, 1997, p. 78 No caso do uso de um filme ou vídeo, por exemplo, estes precisam ser decodifica- dos, analisados, refletidos, e nisso está o papel do educador em conduzir a reflexão de forma que esta se torne participativa, com diálogo entre os participantes para a construção do conhecimento. Figura 3 – Filme na sala de aula Fonte: Freepik #ParaTodosVerem: a imagem mostra umaprofessora, em sala de aula, passando um filme sobre a água. Fim da descrição. Como dispõe Barbosa (1999, p. 115): “A realidade do real ou da ficção não é um dado nem é dada de imediato pelo ‘acontecimento’ na tela. A realidade é construída por meio das leituras do sujeito observador”. A imagem é uma representação da realida- de, tanto em um filme quanto em um mapa ou imagem da internet. Outro aspecto a ser considerado é que se o filme for longo o ideal seria mostrar um trecho ou optar por um vídeo que retrata o mesmo tema, com um tempo menor. Afinal, do ponto de vista da prática, não é adequado ficar passando um filme por três aulas, por exemplo. 12 A seguir, leia o trecho literal extraído de Campos (2066, n.p.) em Cinema, Geografia e sala de aula: Aquele que não é ocidental é o outro, o não civilizado. Por isso, que a visão é normalmente etnocêntrica. Em filmes sobre os árabes, além de sempre terem papéis menores, as atividades que exercem são exóticas, as mulheres são prostitutas ou dançarinas do ventre, e sempre aparecem o minarete, os desertos e os camelos. Apresentar os outros como exóticos desqualifica as diferenças culturais de outras sociedades. E nesse aspecto cabe observar com cuidado as imagens de Hollywood sobre o Brasil. O que geralmente aparece são florestas ou sol, praias, carnaval, favelas e mulheres sensuais. Inventaram um país cenográfico, onde alguém pode estar em Copacabana e, de repente, estar no Pelourinho e, em seguida, nas cataratas de Iguaçu. A beleza tropical fica aliada à naturalização de determinados estereótipos, como a malandragem, a permissividade e outras. Não é à toa que o perso- nagem euro/estadunidense que vem para cá é quase sempre um bandido, um traficante, um golpista, fugindo do castigo em seu país de origem e que busca abrigo em um território desprovido de leis. Piora o problema o fato de, muitas vezes, cineastas brasileiros, com o intuito de criar uma lin- guagem universal para conquistar os mercados da Europa e dos EUA, in- corporarem essas imagens em seus filmes. O cinema não é, portanto, um registrador da realidade; é uma construção de códigos, convenções, mitos e ideologias da cultura de quem os realiza. Diversas vezes faz parte de uma estratégia de dominação, de divulgação de estilos de vida e de concep- ções de mundo, para modificar a identidade cultural de determinada nação. Existe, muitas vezes, para atuar sobre determinada tradição cultural, para modificar corações e mentes, para que pensem e ajam de modo diferente. Além de subjetivo, não é uma construção isolada do sistema sociocultural do qual se origina. Há, inclusive, coisas pouco perceptíveis, como o jogo de planos e de enquadramentos (alto/baixo, perto/longe, vertical/horizontal), cujas sequências são criadas para se constituir em significações nas quais os personagens transmitem sensações de angústia, de solidão. Como, atualmente, muitos desses vídeos são encontrados em sites da internet, é possível solicitar aos estudantes que os assistam por inteiro de outras formas. Há, também, tamanhos variados e cujo tempo permite serem desenvolvidos em sala de aula. Existem inúmeras temáticas que podem ser discutidas a partir deles, tais como problemas de ocupação e ambientais, guerras e disputas territoriais, questões agrárias e urbanas, os meios de transporte, as fontes de energia, as migrações, entre tantos outros. 13 No artigo Cinema, Geografia e sala de aula, de Campos (2006), o autor cita inúme- ros filmes que podem servir para serem usados em uma aula de Geografia. Já a linguagem musical pode ser desenvolvida em sala de aula de diferentes modos, a saber: desde a criação de paródias musicais sobre certa temática; a produção de novas letras de música feitas pelos alunos individualmente ou em grupos; até a leitu- ra crítica de uma determinada letra em uma atividade proposta pelo docente. Igualmente, podem ser associadas aos tipos de territorialidades musicais existentes, vis- to que as questões cultural e territorial podem ser relacionadas aos tipos de música, por exemplo, pois há territorialidades do samba, do funk, do axé, do rock, da música indiana etc. Assim é interessante discutir a indústria da música e os novos meios de circulação destas com os meios informatizados e de como foram evoluindo do ponto de vista técnico (gramofones, toca disco, toca cd player, por USB, MP3 etc.) ao longo do tempo. Seja para destacar temáticas ambientais, urbanas, de situações no campo, de desi- gualdades espaciais, a história dos bairros ou da cidade, de migrações, entre outras, é importante a leitura crítica da música, podendo ser usados diversos estilos musi- cais para isso, desde que possam ser adequados à realidade escolar e à faixa etária das turmas. Estudo do Meio Uma atividade usual na Geografia e na História é o estudo do meio, pois este per- mite ao discente um contato mais próximo da realidade, aliando teoria e prática. Ademais, ele pode ser usado para desenvolver problemáticas e conteúdos ligados à urbanização, à questão socioambiental, à agricultura, às formas de transportes, mediante uma leitura da paisagem e do espaço geográfico, relacionando os diversos elementos geográficos e contextualizando-o. Para a realização do estudo do meio é necessário seguir alguns passos, entre os quais destacamos: • O professor, de preferência, deve realizar um reconhecimento do local a ser estudado, para que tenha condições de definir as atividades que poderão ser propostas; • Propor um roteiro de locais a serem visitados; 14 Além disso, desenvolver uma atividade em que promova o diálogo entre o docente e os alunos, de modo que o educador não seja o único a falar durante a atividade de estudo do meio. O estudante também tem de ser protagonista! É primordial estar atento a algumas questões ao realizar esse tipo de atividade educa- tiva, como explicam os geógrafos Claudivan Lopes e Nídia Pontuschka (2009, p. 180): Os Estudos do Meio podem ser realizados em todos os níveis de ensi- no e, inclusive, nos processos de formação continuada de professores. Contudo, é preciso lembrar que sua realização, especialmente nos Ensino Fundamental e Médio, requer atenção especial dos organizadores quanto à segurança dos alunos. Além da prévia autorização dos pais ou respon- sáveis e da contratação, quando necessária, de transporte e de alojamen- to, a elaboração dos roteiros de observação e pesquisa devem levar em consideração o estágio de desenvolvimento cognitivo e emocional dos estudantes. Deste modo, a definição do espaço a ser estudado não pode prescindir de uma prévia visita ao local e da identificação, considerando as características dos participantes, de um itinerário que não coloque em risco a sua segurança. Logo, é necessário um planejamento prévio do professor para elaboração de um estudo do meio, que, ao mesmo tempo, envolva os estudantes como protagonistas e participantes atuantes. Recursos Informatizados No atual período da história, existem possibilidades distintas de se criar e desenvolver materiais didáticos de apoio às atividades propostas em aula. As novas tecnologias • Definir os conteúdos e conceitos que serão desenvolvidos nesta pesquisa; • Elaborar um formulário ou texto de orientação para os participantes, com pequeno texto, imagens, mapas ou croquis; • Propor que os participantes realizem observações, entrevistas no local da atividade, produzam desenhos, tirem fotografias, entre outros; • Solicitar relatórios dos participantes conforme roteiro e atividade desenvolvida. 15 informacionais, por exemplo, permitem a produção de novos conhecimentos, bem como são capazes de servir para ampliar a possibilidade de tornar os conteúdos geográficos e históricos mais significativos. Nesse sentido, buscar usá-los e adequá-los à realidade escolar é de suma relevância, pois se torna imperativa a discussão e a operacionalização de diversificadas lingua- gens para o ensino. Se os alunos têm habilidade de usar os meiosinformacionais e as tecnologias de in- formação e comunicação (TICs), é importante aproveitar essa precondição do aluno. Assim como, se há laboratório de informática na escola, é interessante usá-lo para desenvolver atividades sobre temáticas de Geografia e História. Figura 4 – Laboratório de informática na escola Fonte: Freepik #ParaTodosVerem: a imagem mostra três alunos em um laboratório de informática na escola. Desse modo, o bom docente é aquele que consegue se adequar às situações exis- tentes, à realidade do estudante e de sua comunidade, sem subestimá-lo. O Ministério da Educação (MEC) tem incentivado a inserção das novas tec- nologias de informação no ensino fundamental. A incorporação dessas tec- nologias nas políticas educacionais é, inclusive, imposta por órgãos interna- cionais, tais como o Banco Mundial e a UNESCO. Embora seja importante o uso das TICS em aula, é necessário que não sejam apenas mudanças superficiais, por exemplo, do manuseio de equipamentos e suas técnicas, pois a sua supervalorização quase sempre se dá em detrimento da condição e do papel do professor. Assim, não é somente a tecnologia que transformará e aperfei- çoará uma determinada aula ou atividade educativa, cabe ao educador definir como elas serão usadas para uma tarefa educativa. 16 Por outro lado, é fundamental reconhecer que tais tecnologias podem tornar a aula mais atrativa e dinâmica, especialmente, para uma geração acostumada ao uso de tecnologias de informação e comunicação. Por isso, o docente precisará se inteirar sobre tais formas de usos e suas possibilidades educativas. Outra estratégia é o uso de TICs, como o Google Street View, o Google Earth e o Movie Maker (programa que permite produção de pequenos vídeos), entre ou- tros, para atividades que procurem evidenciar e levantar as características socioam- bientais do território, tais como: áreas verdes, lixo, ocupações em áreas de risco, os recursos hídricos existentes (rios, córregos, represas, lagos); almejando, por meio das imagens, observar as formas de ocupação e os problemas e potencialidades ambientais existentes em um certo local. O Google Earth é um programa da empresa Google que possibilita a observação da Terra em 3 dimensões. Tais imagens são construídas a partir de fotografias de saté- lite obtidas de diferentes fontes. A utilização desse programa, como recurso didáti- co, permite selecionar um determinado lugar no mundo, observar as características de vários lugares e conhecer algumas das suas principais cidades, suas paisagens, assim como ter contato com patrimônios culturais, religiosos e históricos à distância. Figura 5 – Google Earth Fonte: Freepik #ParaTodosVerem: a imagem mostra um computador, em cima da mesa, exibindo a tela do Google Earth. Fim da descrição. Já o Google Street View é uma ferramenta essencial para realizar comparações en- tre a imagem satélite produzida por satélites artificiais que fotografam a Terra e a 17 imagem de fotos as quais são tiradas das ruas, estradas e avenidas dos espaços urbanos e rurais. Isso permite um recurso de comparação entre as diferentes ca- racterísticas geográficas-físico-ambientais, de moradia e formas de ocupação, de transporte entre outros, isto é, das formas espaciais e de suas características mor- fológicas distintas. Figura 6 – Google Street View Fonte: Freepik #ParaTodosVerem: a imagem mostra um celular que exibe o Google Street View. Fim da descrição. Tais programas, associados ao uso de imagens produzidas em um estudo do meio, possibilitarão a produção de materiais didáticos, como vídeo (produzido pelo Movie Maker ou pelo celular que, atualmente, é bastante disseminado), cartilhas, jornalzi- nho ambiental, Power Point (com imagem e som etc.). Um recurso simples que pode ser usado é copiar e colar imagem, editando-as no pro- grama denominado Paint (vide Figura 7). Basta copiar uma imagem, com a tecla print screen (prt-sc), que se encontra no computador, e copiar para o Paint. A partir daí, você poderá cortar, recortar, copiar, apagar e salvar, entre outras ações, bem como colocar legenda e texto com o ícone A (veja na Figura 7). Tal produção poderá ser usada em apresentações de Power Point, vídeos, em formato de cartilha, jornal etc. 18 Figura 7 – Imagem do Aplicativo do Paint Fonte: Microsoft Paint #ParaTodosVerem: a imagem mostra parte do aplicativo Paint, no qual a opção “selecionar” está em destaque. Em uma atividade, por exemplo, sobre áreas verdes e sua importância ambiental, o uso de recursos informatizados (imagem do Google Earth, Google Street View e internet) auxilia na identificação das coberturas vegetais. O estudo do meio pode ser interessante para reconhecimento in loco, bem como o uso de jogos educativos pode compor um rol de estratégias interessantes. Entretanto, para que as atividades se tornem significativas (Ausubel), e não produ- zam apenas um aprendizado mecânico, é necessário que se estabeleçam pontes com a construção do conhecimento com a medição do professor e com o protago- nismo dos participantes, que não devem ser apenas expectadores. Mencione-se como exemplo, uma atividade sobre áreas de riscos, bastante comum nas cidades brasileiras. Quais estratégias e metodologias poderão ser usadas para a realização de uma atividade que tenha, como tema gerador, áreas de riscos? Poderão ser inúmeras, mas destacamos algumas, como: usar imagens de variados ti- pos de áreas de riscos, solicitando que a turma se divida em grupos e cada um fique com uma imagem diferente, a partir daí, pedir-lhes que expliquem o que pode ser observado na imagem, ocorrendo, assim, um debate acerca dos tipos de problemas existentes, como também as possíveis soluções; criar painéis por grupos com os quais cada equipe apresente os tipos de áreas de riscos existentes em sua comunidade. O educador vai mediando o debate e as apresentações, anotando em um quadro ou flip-chart as respostas, buscando fazer uma síntese e recons- truindo os depoimentos. Nessas duas dinâmicas de grupo, será relevante evidenciar os diversos tipos de situações em áreas de risco; os indicadores visíveis que são capazes de servir de exemplo para detectá-los; e as possí- veis soluções. 19 Outro recurso interessante para se usar como estratégia de ensino são os infográfi- cos, cujos produtos apresentam uma combinação de informações (dados), imagens (gráficos, figuras, mapas), para explicar certos fenômenos. Em diversos meios de comunicação, como jornais e revistas, são aplicados infográficos como comple- mento da notícia tratada na matéria, assim como em artigos científicos publicados em periódicos especializados. Figura 8 – Infográfico Fonte: Freepik #ParaTodosVerem: a imagem mostra um professor explicando um infográfico para os alunos. Ao apresentar um recurso visual, o infográfico contempla o objetivo de direcio- nar claramente as informações ao leitor, utilizando as imagens como recurso integrado aos dados apresentados. Ele atende o perfil de uma nova geração de leitores os quais se encontram habituados a vivenciar um cotidiano permeado por elementos de linguagem visual, bem como linguagem icônica. Ainda, esse público busca recursos imagéticos com frequência, além de almejar por pratici- dade e rapidez das informações. A organização dos infográficos se inicia com a fragmentação dos conteúdos a serem tratados, sendo estes compostos por textos verbais e imagens, os quais estabele- cem um sistema de ligação direta. As informações são inseridas em blocos, que, por sua vez, possuem um significado completo. Todavia, cada bloco se complementa, conferindo um sentido específico a totalidade do infográfico. A construção do infográfico deve permitir ao leitor efetuar uma compreensão natu- ral das conexões entre os blocos de informações, bem como a interligação entre as imagens e os elementos textuais. Desse modo, ao utilizar infográficos como estratégia de ensino, há a possibilidade de se apresentar interfaces visuais, as quaisaproximam o educando do seu convívio 20 diário com o conteúdo a ser apreendido. Destaca-se, nesse contexto, que a geração atual se encontra sob constante e indissociável influência do domínio visual, assim como a instantaneidade das informações. Entrevistas e Aplicação de Questionários A entrevista e aplicação de questionários podem ser desenvolvidas como estratégia de aula e atividade com alunos do Ensino Fundamental I. É primordial, no caso de entrevistas, que seja definido o tema a ser abordado, com algumas questões basilares a serem questionadas ao entrevistado, sendo que tal processo pode ser gravado e, depois, transcritos certos trechos, ou não. Outro aspecto importante é buscar definir o público a ser entrevistado, o qual deverá conter, nesse caso, pessoas chave que possam contribuir para dar um depoimento – por exemplo, de um morador antigo de um bairro, caso a atividade tenha como objetivo compreender a história de uma localidade. Vale frisar que a entrevista é uma conversação na qual envolve duas ou mais pessoas. Para isso, cabe ao educador orientar os discentes no passo a passo dela: • Qual será o tema da entrevista? • Qual será o objetivo da entrevista? • Qual será o público-alvo? • Elaborar um roteiro para a entrevista, com alguns questionamentos essenciais; • Gravar a entrevista e reescrever alguns trechos mais importantes; • Discutir os resultados das entrevistas com a turma. Saliente-se que é fundamental não confundir entrevista com questionário, pois a entrevista é mais aberta, busca ser mais qualitativa; enquanto o questionário, possui perguntas abertas ou fechadas, algumas inclusive com alternativas que possibilitam a tabulação e mensuração das respostas. Veja, a seguir, um exemplo de questionário: 21 1. Qual seu nome? 2. Onde nasceu? 3. Qual sua profissão? 4. Qual sua religião? a) ( ) católica b) ( ) protestante c) ( ) espírita d) ( ) budista e) ( ) não tem religião f) ( ) outra Qual? 5. Quanto tempo mora neste bairro? a) ( ) menos de 1 ano b) ( ) 1 a 5 anos c) ( ) 5 a 10 anos d) ( ) 10 a 20 anos e) ( ) mais de 20 anos 6. O que falta em seu bairro (pode marcar até duas possibilidades): a) ( ) equipamentos de saúde b) ( ) áreas de lazer c) ( ) equipamentos culturais d) ( ) saneamento básico e) ( ) segurança f) ( ) transportes adequados g) ( ) moradia adequada h) ( ) coleta de lixo i) ( ) comércio j) ( ) escolas e faculdades k) ( ) outro Tanto a entrevista quanto o questionário possibilitam a investigação sobre uma questão, tema ou situação. Contudo, a entrevista pode ser feita com uma ou duas pessoas; já o questionário, deve ser aplicado em um número maior de pessoas, em uma amostragem, para que esta possa ser validada cientificamente. Por isso, cada estudante da turma pode ser responsável por aplicar um número x de questionários e, no todo da sala, estes podem ser quantificados. A definição das perguntas feitas no questionário pode ser elaborada junto com os alunos ou não, mas é crucial que eles entendam como realizar esse instrumento. Para isso, a orientação do docente e a simulação do questionário é importante. Logo, finalizando esta unidade, não se esqueça que é primordial usar diferentes lin- guagens nas práticas de ensino de Geografia e História. 22 Material Complementar Aprenda a Planejar Aulas de História Alinhadas à BNCC https://bit.ly/2US2enz Como Trabalhar Geografia e História de Acordo com a BNCC https://youtu.be/–LvsP5Nn–cA Vídeos O Uso da Maquete e das Revistas em Quadrinhos no Ensino de Geografia GONDIM, L. B. et al. O uso da maquete e das revistas em quadrinhos no en- sino de Geografia. Revista Eletrônica Geoaraguaia, v. 3, n. 2, p. 46–55, ago./ dez. 2013. https://per iodicoscient if icos .ufmt.br/ojs/ index.php/geo/art ic le/ view/4852/3262 Metodologia do Ensino de Geografia MELLO, R. M. Metodologia do Ensino de Geografia. Curitiba: Secretaria de Educação do Paraná, 2005. https://bit.ly/3bIZ2l8 Leituras 23 1 – Em relação a uma aula de História e Geografia que considere a lógica dialética, avalie as afirmativas a seguir: I. A lógica dialética busca compreender os eventos históricos e geográficos como processos em constante mudança, nos quais contradições e conflitos desempe- nham um papel fundamental. II. A lógica dialética enfatiza a importância de ver a História e a Geografia como disciplinas isoladas, sem conexões entre si. III. A lógica dialética valoriza a ideia de que a História e a Geografia são áreas do conhecimento estáticas e imutáveis. IV. A lógica dialética não leva em consideração as relações de causa e efeito nos eventos históricos e geográficos. V. A lógica dialética busca uma compreensão mais profunda das relações sociais, econômicas e políticas que moldam a História e a Geografia. Escolha a alternativa correta: a) Apenas I e V estão corretas. b) Apenas II e III estão corretas. c) Apenas I e IV estão corretas. d) Apenas II e V estão corretas. e) Apenas I está correta. Atividades de Fixação 24 2 – Considerando o texto sobre o desenvolvimento de uma consciência crítica no ensino de Geografia e História na educação infantil e no ensino fundamental, ava- lie as afirmações a seguir: I. Para desenvolver uma consciência crítica no ensino, é fundamental aderir exclu- sivamente a métodos tradicionais de ensino. II. Múltiplas linguagens não desempenham um papel relevante no desenvolvimento de atividades de Geografia e História na educação infantil e no ensino fundamental. III. O uso de abordagens críticas ou construtivistas é essencial para o desenvolvi- mento de uma consciência crítica no ensino de Geografia e História. IV. A consciência crítica não é relevante para o ensino de Geografia e História na educação infantil. V. Métodos tradicionais são a única opção viável para o ensino de Geografia e História na educação infantil e no ensino fundamental. Escolha a alternativa correta: a) Apenas I e V estão corretas. b) Apenas II e III estão corretas. c) Apenas I e IV estão corretas. d) Apenas II e V estão corretas. e) Apenas III está correta. Atenção, estudante! Veja o gabarito desta atividade de fixação no fim deste conteúdo. 25 BARBOSA, J. L. Geografia e Cinema: em busca da aproximação e do inesperado. In: CARLOS, Ana Fani Alessandri (org.). A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2006. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: história, geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997. Disponível em: . Acesso em: 04/12/2023. CAMPOS, R. R. de. Cinema, Geografia e sala de aula. Estudos Geográficos, v. 4 n. 1, p. 1–22, jun. 2006. Disponível em: . Acesso em: 13 set. 2015. LOPES, C. S.; PONTUSCHKA, N. N. Estudo do meio: teoria e prática. Geografia (Londrina), 2009, v. 18, n. 2. Disponível em: . Acesso em: 05/11/2023. NEVES, V. F. Construindo história no Ensino Fundamental – a questão dos eixos temáticos. Colloquium Humanarum, 2005, 3(1):15-25, DOI:10.5747/ch.2005.v03. n1/h019. Disponível em: . Acesso em: 27/03/2020. REIGOTA, M.; SANTOS, R. F. dos. Responsabilidade social da gestão e uso dos re- cursos naturais: o papel da educação no planejamento ambiental. In: PHILIPPI, A.; PELICIONI, M. C. F. (org.). Educação Ambiental e sustentabilidade. Barueri: Manole, 2014. p. 949–964. (e-book). SANTOS, S. de O. Princípios e técnicas de comunicação. In: PHILIPPI, A.; PELICIONI, M. C. F. (org.). Educação Ambiental e sustentabilidade. Barueri: Manole, 2014. p. 507–536. (e-book). Referências 26 Questão 1 Justificativa: a lógica dialética destaca a importância das mudanças, contradições e conflitos na análise de eventos históricos e geográficos. Vale salientar que ela enfati- za a interconexão entreHistória e Geografia, considerando como ambas influenciam e são influenciadas uma pela outra. Além disso, a lógica dialética rejeita a ideia de que a História e a Geografia são estáticas e imutáveis, pois ela realça a mudança e a evolução ao longo do tempo. Igualmente, ela leva em conta as relações de causa e efeito nos eventos históricos e geográficos, além de ir além, examinando como essas relações se desenvolvem e se transformam. Por fim, a lógica dialética procura uma compreensão mais profunda das interações sociais, econômicas e políticas que desempenham um papel fundamental na formação da História e da Geografia. Questão 2 Justificativa: o texto sugere que o uso de abordagens críticas ou construtivistas é importante para o desenvolvimento de uma consciência crítica no ensino de Geo- grafia e História na educação infantil e no ensino fundamental. As demais alternati- vas estão incorretas, pois se contradizem quanto ao que é discutido no texto, cujo destaca a importância de métodos não tradicionais, o uso de múltiplas linguagens e a relevância da consciência crítica no ensino. Gabarito Objetivos da Unidade Os Métodos e as Metodologias As Metodologias de Ensino para História e Geografia O Uso de Múltiplas Linguagens no Ensino de Geografia e História Algumas Linguagens Visuais e de Comunicação: Música, Filmes e Vídeos Estudo do Meio Recursos Informatizados Entrevistas e Aplicação de Questionários Material Complementar Atividades de Fixação Referências Gabarito