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Historia e Fundamentos do Futebol e Futsal

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CURSO DE DUCAÇÃO FISICA 
METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL 
PROFESSOR SILVIO LEONARDO 
 
HISTÓRIA DO FUTEBOL 
 
O TSU-CHU 
 
Durante a dinastia do imperador chinês Huang-ti, era costume chutar os 
crânios dos inimigos derrotados. Os crânios, que mais tarde viriam a ser 
substituídos por bolas de couro, tinham que ser chutados pelos soldados 
chineses por entre duas estacas cravadas no chão, no primeiro indício de traves. 
O esporte era chamado de tsu-chu, que em chinês, significa "lançar com o pé" 
(tsu) uma "bola recheada feita de couro" (chu). O esporte foi criado para fins de 
treinamento militar, por Yang-Tsé, integrante da guarda do Imperador, na dinastia 
Xia, em 2.197 a.C. 
 
O KEMARI 
 
Significando pontapear a bola (ke = chutar, mari = bola) é uma variação 
do tsu-chu com origem no Japão. Ao contrário do desporto chinês, as mulheres 
não podiam participar do kemari. E difundido pelos imperadores Engi e Tenrei, e 
era proibido qualquer contacto corporal. O campo (kakari) era quadrado e cada 
lado havia uma árvore: cerejeira (sakura), salgueiro (yana-gi), bordo (kaede) e 
pinheiro (matsu). Os jogadores (mariashi, de mari = bola e ashi = pé) eram oito. 
Esse jogo era mais um ritual religioso do que propriamente um esporte, antes de 
se iniciar era realizada uma celebração para abençoar a "bola" que simbolizava o 
Sol e era feita artesanalmente com bambu. 
 
O EPYSKIROS 
 
A primeira referência ao epyskiros vem do livro Sphairomachia, de 
Homero, um livro grego só sobre esportes com bolas. 
 
Nele é citado o epyskiros, um esporte disputado com os pés, num campo 
retangular, por duas esquipes de nove jogadores. O número desses, porém, 
podia mudar de acordo com as dimensões do campo. Podia-se ter até 15 
jogadores de cada lado, como acontecia no século I a.C. em Esparta. A bola era 
feita de bexiga de boi e recheada com ar e areia, que deveria ser arremessada 
para as metas, no fundo de cada lado do campo. 
 
OS SACRIFÍCIOS MAIAS 
 
Entre os anos de 900 e 200 a.C., na Península de Iucatã, atual México, 
os maias praticavam um jogo (de nome desconhecido) com os pés e as mãos. O 
objetivo do jogo era arremessar a bola num furo circular no meio de seis placas 
quadradas de pedras. Na linha de fundo havia dois templos, onde o atirador- 
mestre (o equivalente ao capitão da equipe) do grupo perdedor era sacrificado. 
 
 
 
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CURSO DE DUCAÇÃO FISICA 
METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL 
PROFESSOR SILVIO LEONARDO 
 
 
O HARPASTUM 
 
Descendente do epyskiros, o harpastum foi um esporte praticado por 
volta de 200 a.C. no Império Romano. O harpastum era disputado num campo 
retangular, divido por uma linha e com duas linhas como meta. A bola, feita de 
bexiga de boi, era chamada de follis. 
 
O harpastum era um exercício militar, o que fazia uma partida poder 
durar horas. Com as conquistas romanas, ele foi difundido por outras regiões da 
Europa, da Ásia Menor e do Norte da África. 
 
O SOULE 
 
Durante a Idade Média, na região onde atualmente fica a França, foi 
criado o soule, uma versão do harpastum, introduzido pelos romanos entre os 
anos de 58 e 51 a.C.. As regras do soule variavam de região a região. Seu nome 
também, onde era chamado de choule na Picardia. 
 
O soule foi um esporte da realeza, praticado pela aristocracia. O rei 
Henrique II da França, proibiu o jogo, pois o mesmo era violentíssimo e 
barulhento. Sendo assim, criou a lei que decretava a proibiçao desses esporte, e 
aqueles que o praticassem poderiam ir até para a prisão. 
 
O CALCIO FIORENTINO 
 
Não por acaso os italianos chamam hoje o futebol de calcio. O esporte foi 
criado em Florença, e por isso, chamado de calcio fiorentino. As regras só foram 
estabelecidas em 1580, por Giovanni di Bardi. O jogo passou a ser arbitrado por 
dez juízes, e a bola podia ser impulsada com os pés ou as mãos, e precisava ser 
introduzida numa barraca armada no fundo de cada campo. Não havia limite de 
jogadores (levando-se em conta o tamanho do campo, claro), por isso a 
necessidade de tantos juízes. O esporte se espalhou rapidamente por todo país, 
e hoje é uma festa anual em várias cidades da Itália. 
 
O FOOTBALL 
 
O primeiro registro de um esporte semelhante ao futebol nos territórios 
bretões vem do livro Descriptio Nobilissimae Civitatis Londinae, de Willian 
Fitztephe, em 1175. A obra cita um jogo (semelhante ao soule) durante a 
Schrovetide (espécie de Terça-feira Gorda), em que habitantes de várias cidades 
inglesas saíram à rua chutando uma bola de couro para comemorar a expulsão 
dos dinamarqueses. A bola simbolizava a cabeça de um invasor. 
 
Por muito tempo o futebol foi meramente um festejo para os ingleses. 
Lentamente o esporte passou a ficar cada vez mais popular. Tanto que, no 
século XVI, a violência do jogo era tamanha, que o escritor Philip Stubbes 
 
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CURSO DE DUCAÇÃO FISICA 
METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL 
PROFESSOR SILVIO LEONARDO 
 
 
escreveu certa vez: "Um jogo bárbaro, que só estimula a cólera, a inimizade, 
o ódio, a malícia, o rancor." - O que de fato, era verdade. Era comum no 
esporte pernas quebradas, roupas rasgadas ou dentes arrancados. Há noticias 
até de acidentes fatais, como a de um jogador que se afogou ao pular de uma 
ponte para pegar a bola. Houve também muitos assassinatos devido a rivalidade 
entre times. Por isso, o esporte ficou conhecido como mass football, "futebol de 
massa". 
 
Em 1700, foi proibido as formas violentas do futebol. O esporte, então, 
teve que mudar, e foi ganhando aspectos mais modernos. Em 1710, as escolas 
passaram a adotar o futebol como atividade física. Com isso, ele logo ganhou 
novos adeptos, que saíram de esportes como o tiro e a esgrima. Com a difusão 
do esporte pelos colégios do país, o problema passou a ser os diferentes tipos de 
regra em cada escola. Duas regras de diferentes colégios ganharam destaque na 
época: uma, jogada só com os pés, e uma com os pés e as mãos. Criava-se, 
assim, o football e o rugby, em 1846. 
 
HISTÓRIA DO FUTEBOL NO BRASIL 
 
Nascido no bairro paulistano do Brás, CHARLES MILLER viajou para 
Inglaterra aos nove anos de idade para estudar. Lá tomou contato com o futebol 
e, ao retornar ao Brasil em 1894, trouxe na bagagem a primeira bola de futebol e 
um conjunto de regras. Podemos considerar Charles Miller como sendo o 
precursor do futebol no Brasil. 
 
O primeiro jogo de futebol no Brasil foi realizados em 15 de abril de 1895 
entre funcionários de empresas inglesas que atuavam em São Paulo. Os 
funcionários também eram de origem inglesa. Este jogo foi entre 
FUNCIONÁRIOS DA COMPANHIA DE GÁS X CIA. FERROVIARIA SÃO PAULO 
RAILWAY 
 
Nenhum esporte no mundo desperta tanto interesse popular quanto o 
futebol. Sua principal competição, a Copa do Mundo, reúne, desde a fase de 
classificação, cerca de 130 países e milhões de espectadores no mais importante 
evento do mundo esportivo. 
 
O primeiro time a se formar no Brasil foi o SÃO PAULO ATHLETIC CLUB 
(SPAC), fundado em 13 de maio de 1888. No início, o futebol era praticado 
apenas por pessoas da elite, sendo vedada a participação de negros em times de 
futebol. 
 
CARACTERISTICAS DO FUTEBOL 
 
Futebol é um esporte disputado entre duas equipes, cada uma com 11 
jogadores, que utilizam os pés e a cabeça para movimentar a bola em direção ao 
campo adversário, com o objetivo de colocá-la dentro do gol ou meta. A partida 
 
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CURSO DE DUCAÇÃO FISICA 
METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL 
PROFESSOR SILVIO LEONARDOdivide-se em dois tempos de 45 minutos, com um intervalo de 15 minutos. O 
tempo de jogo pode ser prorrogado por acidente ou qualquer outra causa a 
critério do juiz. A equipe vencedora é a que faz o maior número de gols. 
 
FUNÇÕES TÁTICAS DO FUTEBOL 
 
O guarda-redes ou goleiro é quem protege a baliza. É o único jogador 
que pode usar as mãos, e mesmo assim só pode usá-las dentro da área 
de baliza e tem o tempo de 6 segundos para recolocá-la em jogo. A sua 
função é impedir que a bola passe pelas traves da baliza. 
Os centrais ou zagueiros têm a função de ajudar o goleiro a proteger a 
baliza, tentando desarmar os atacantes adversários. 
Os laterais ocupam as laterais do campo. Também ajudam o goleiro a 
proteger a baliza e normalmente são os responsáveis de repor a bola em 
jogo quando esta sai pelas linhas laterais do campo. 
Os médios, meias, meio campistas têm basicamente a função de fazer a 
ligação entre a defesa e o ataque da equipe, atuando tanto na marcação 
como nas jogadas ofensivas. 
O avançado ou atacante tem a função fundamental de fazer o gol logo 
estão normalmente no campo adversário. 
 
 
FUNÇÕES TÁTICAS DO FUTEBOL 
 
Goleiro: Talvez seja o jogador mais importante da equipe, deve coordenar 
a equipe, pois joga de frente para o adversário. 
Fixo: Geralmente é o atleta encarregado de desarmar as jogadas dos 
adversários, são atletas de excelente marcação. Hoje também são 
criadores de jogadas, com bom chute de longa distância. Deve ter grande 
senso de distribuição de jogo e cobertura. 
Alas: São responsáveis pela armação das jogadas. Devem deslocar-se 
constantemente, com ou sem bola. È importante ter na equipe sempre 
um jogador destro e um canhoto em cada ala. 
Pivô : Quase sempre é o jogador que têm maior poder de finalização, 
também como característica a proteção da bola de costas. È importante 
para o pivô saber o tempo certo de passar a bola para seus 
companheiros. 
 
FUNDAMENTOS DO FUTEBOL 
Podemos dividir os fundamentos técnicos em dois tipos de ações: 
a) Movimentos sem bola (corrida com mudança, saltos, giros, etc.); 
b) Movimentos com bola (condução, passe, chute, drible ou finta, recepção, 
cabeceio e arremesso lateral..). 
 
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CURSO DE DUCAÇÃO FISICA 
METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL 
PROFESSOR SILVIO LEONARDO 
 
 
 
PASSE: É a ação de enviar a bola para o seu companheiro ou 
determinado setor de jogo. 
 
 
O passe é classificado da seguinte forma: 
1. Em relação à distância do passe: 
Curto (à distância de 04 metros). 
Médio (à distância 4 a 10 metros). 
Longo (acima de 10 metros). 
2. Em relação à trajetória da bola: 
Passe rasteiro. 
Passe meia altura. 
Passe parabólico. 
3. Em relação à execução do passe: 
Passe com a parte interna do pé. 
Passe com a parte externa do pé. 
Passe com a parte anterior do pé. 
Passe com o solado do pé. 
Passe com o dorso do pé. 
4. Em relação ao espaço de jogo: 
Passe lateral. 
Passe diagonal. 
Passe paralelo. 
 
 
 
 
5. Em relação aos passes de habilidade: 
Passe com a coxa. 
Passe com o peito. 
Passe com a cabeça. 
Passe com o calcanhar. 
Passe parabólico. 
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CURSO DE DUCAÇÃO FISICA 
METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL 
PROFESSOR SILVIO LEONARDO 
 
RECEPÇÃO: É a ação de interromper a trajetória da bola, vinda de 
passes ou arremessos. 
 
 
A recepção é classificada da seguinte forma: 
1. Em relação à trajetória da bola: 
Rasteira. 
Meia altura. 
Parabólica. 
2. Em relação à execução da recepção: 
Rasteira (com a face interna, externa e solado do pé). 
Meia altura (Com a parte anterior e interna da coxa e com a parte interna 
do pé). 
Parabólica (com o peito, coxa, dorso, cabeça e solado). 
 
 
CONDUÇÃO: É a ação de progredir com a bola por todos os espaços da 
quadra de jogo. 
 
 
A condução é classificada da seguinte forma: 
Em relação à trajetória da bola: 
Retilínea (Com a parte interna, externa e solado do pé). 
Sinuosa (Com a parte interna e externa e com o solado e a parte interna 
do pé). 
 
 
DRIBLE: É a ação individual exercida com a bola, com o objetivo de 
ludibriar adversário, podendo ser ofensivo ou defensivo. 
 
 
O drible é classificado da seguinte forma: 
1. Em relação à aplicação do drible: 
Com o jogador parado ou em deslocamento. 
2. Em relação à execução do drible: 
Poderá ser executado com os pés ou com o corpo. 
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METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL 
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CHUTE: É a ação de golpear a bola com os pés visando desviar ou 
trajetória da mesma. 
 
 
O chute é classificado da seguinte forma: 
1. Em relação à trajetória da bola: 
Rasteiro 
Meia altura 
Pelo alto 
2. Em relação ao tipo de chute: 
Simples 
Bate - pronto 
Voleio 
Bico 
Cobertura 
3. Em relação à execução: 
Simples (Com o dorso do pé). 
Bate - pronto (Com o dorso, a parte interna, externa e anterior do pé). 
Voleio (Com o dorso do pé). 
Bico (Com a parte anterior do pé). 
Cobertura (Com a parte ântero-superior do pé). 
 
 
MARCAÇÃO: É a ação de impedir que o adversário tome a posse de 
bola, e quando da posse da mesma, venha a progredir pelo espaço de jogo. 
 
 
A marcação é classificada da seguinte forma: 
1. Marcação individual: 
Tem como objetivo, exercer ação de marcar de forma direta a um 
determinado oponente. 
2. Marcação por zona: 
A marcação visa ocupar um determinado espaço ou setor da quadra de 
jogo. 
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CURSO DE DUCAÇÃO FISICA 
METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL 
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3. Marcação mista: 
Combina as ações da marcação individual e de zona. 
 
PREPARAÇÃO DO GOLEIRO DE FUTSAL 
 
 
Na preparação dos atletas de uma equipe de futsal, o goleiro requer um 
treinamento diferenciado. Isso está explicito nas suas ações de jogo, nas 
exigências físicas e técnicas durante o uma partida de futsal, fazendo-o 
merecedor de uma atenção especial para que a sua performance seja 
aumentada. 
Como encargo, o goleiro tem a incumbência de guarnecer a sua meta do 
poder ofensivo da equipe adversária, travando, muitas vezes, notáveis confrontos 
com esses atletas. Para tanto, o goleiro faz uso de suas mãos e pés para efetuar 
a defesa dentro da área, bem como, passa a ser um quinto atleta de linha em 
uma ação ofensiva para marcar gol na meta adversária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASPECTO TÉCNICO DO TREINAMENTO DO GOLEIRO DE FUTSAL 
 
 
POSICIONAMENTO 
 
 
• 60% dos requisitos para que o atleta seja um bom goleiro. 
• A segurança no posicionamento. 
• O reflexo do aprimoramento da noção espacial em relação à meta 
defendida (Via treinamentos específicos). 
• O goleiro deve ficar sempre de frente para a bola. 
• O goleiro deve se posicionar no meio do gol. 
• Em relação às balizas e a bola: 
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CURSO DE DUCAÇÃO FISICA 
METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL 
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Em chute lateral, o ângulo em relação à baliza de referência (baliza de 
fora em relação ao chute) deve ser bem fechado 
Em chute frontal, o ângulo do adversário deve ser diminuído com o 
avanço imediato do goleiro. 
Em escanteios, junto à baliza de referência, deve posicionar o atleta da 
“base” e orientá-lo para que a bola não passe entre as suas pernas. 
Nas faltas, ele deve estar atento as seguintes situações: 
Próximas à área: se posiciona perto da barreira e orienta o “base”; 
Média distância, se posiciona fechando o ângulo e orienta o “base” e o 
“sobra” a respeitodo posicionamento dos adversários. 
Longa distância, fica mais adiantado em relação à sua meta e orienta a 
marcação. 
 
 
REBOTES e DESVIOS 
Um goleiro bem posicionado poderá desviar a bola para diversas 
direções, o que evita que se leve um gol por imprudência técnica. Na verdade, é 
inadmissível que a equipe adversária faça um gol proveniente de um rebote mal 
planejado ou por um desvio impróprio do goleiro. Para tanto, o goleiro deve ficar 
atento à três situações que acontecem com freqüência durante o jogo. 
Chute Frontal: o posicionamento do goleiro adiantado em sua meta, 
facilita o desvio da bola para cima ou para trás, para o seu lado direito ou 
esquerdo, visando sempre transferir a bola na direção da linha de fundo; 
Chute Lateral: o posicionamento do goleiro na linha de sua baliza de 
referência irá facilitar o desvio da bola para cima ou para fora da quadra em 
relação à linha de fundo; 
Rebotes para frente: recomenda-se que o rebote efetuado para frente 
seja feito para o alto, com força para que a bola possa ser transferida o mais 
longe possível da meta defendida, o que possibilita o retorno da marcação. 
 
 
 
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CURSO DE DUCAÇÃO FISICA 
METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL 
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PEGADAS 
 
A pegada é um fundamento técnico que inicia com um bom 
posicionamento do goleiro e que da segurança à sua equipe durante o jogo, além 
de criar várias oportunidades de puxar contra-ataques – esse tido como um dos 
meios mais eficazes de se fazer gol. 
 
 
Nesse sentido, o goleiro deve estar atento às seguintes situações: 
1. Na movimentação do adversário que tem a posse da bola e 
na trajetória da mesma em relação ao seu corpo e à sua meta defendida. 
2. Atento ao potencial de finalização da equipe adversária antes 
do início do jogo – quem coloca a bola, quem chuta forte, etc. 
3. No piso da quadra adversária para não ser surpreendido com 
imprevistos – piso escorregadio, piso que prende, piso defeituoso, etc. 
Para facilitar o trabalho da técnica da pegada pelo goleiro, divide-se esse 
movimento defensivo em três ponto básicos: 
Chute alto – a técnica segura requer que as mãos estejam formando um 
triângulo (indicadores e dedões) para que a bola não deslize no contato com os 
dedos; 
Chute médio – a bola é encaixada na altura do peito ou no abdômen 
com uma semi-flexão dos joelhos para garantir o equilíbrio na defesa; 
Chute baixo – a bola pode ser defendida com semi-flexão dos joelhos ou 
com o afastamento das pernas lateralmente, o que requer flexibilidade e a correta 
utilização das mãos na defesa (formato de uma concha). 
 
 
LANÇAMENTO COM A MÃO 
O lançamento com a mão é um fundamento que requer além de muita 
atenção, uma técnica apurada. O lançamento perfeito é um resultado da técnica, 
força e precisão; por isso, requer muito treinamento para se chegar ao alto nível. 
Toda bola que tem a procedência do goleiro, não pode acarretar um contra- 
ataque à equipe adversária. Para tanto, o goleiro deve dominar alguns itens tidos 
como primordiais à qualificação desse fundamento. 
 
 
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CURSO DE DUCAÇÃO FISICA 
METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL 
PROFESSOR SILVIO LEONARDO 
 
 
Leitura de jogo: saber ler o sistema defensivo da equipe adversária para 
melhor tirar proveito em suas investidas; 
Visão de jogo: saber orientar a movimentação de seus colegas para 
levar vantagem sobre os pontos fracos observados; 
Domínio da técnica: utilizar da melhor maneira possível a técnica do 
lançamento para poder servir seus colegas com qualidade; 
Para melhor trabalhar a técnica do lançamento nos atletas, nós dividimos 
esse fundamento em 4 tipos básicos: 
1) Lançamento baixo: busca-se um lançamento rasteiro e sem efeito, 
objetivando facilitar domínio sob pressão do marcador e ou tabelas rápidas. O 
lançamento baixo deve ser feito sempre no lado oposto do posicionamento do 
seu marcado – exige atenção pelo goleiro; 
2) Lançamento alto: deve ser efetuado preferencialmente na altura do 
peito do colega, o que facilita o domínio e a finta de corpo mediante a abordagem 
do marcador, deve-se observar o posicionamento do adversário para evitar 
antecipações, devendo o lançamento ser feito sem efeito – exige precisão e visão 
de jogo; 
3) Lançamento à gol: é o lançamento forte, que busca o desvio de 
cabeça do seu colega posicionado dentro ou na frente da área adversária. Esse 
lançamento geralmente é utilizado em quadras pequenas, requer muita força e 
precisão por parte do goleiro e domínio da técnica do cabeceio pelo colega – 
exige força, precisão e leitura de jogo; 
4) Lançamento de contra-ataque: visa lançar a bola no espaço vazio no 
setor ofensivo para que o seu companheiro que se movimenta em velocidade, 
possa dominar a bola arremessada sem muita dificuldade - exige controle da 
força e precisão no ponto futuro da quadra onde o seu colega a dominará. 
 
 
LANÇAMENTO COM O PÉ 
O lançamento com o pé requer muito treinamento para que a técnica seja 
apurada. A precisão da bola lançada é fundamental, pois não pode gerar a 
 
 
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CURSO DE DUCAÇÃO FISICA 
METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL 
PROFESSOR SILVIO LEONARDO 
 
possibilidade de um contra-ataque à equipe adversária. Para tanto, o goleiro 
deve ter domínio sobre algumas situações que acontecem no jogo: 
a) Leitura de jogo – conhecer as qualidades do goleiro e defensores 
adversários para poder utilizar com melhor maestria esse fundamento durante o 
jogo; 
b) Visão de jogo – saber orientar a movimentação de seus colegas 
diante dos pontos tidos como vulneráveis no sistema defensivo da equipe 
adversária; 
Domínio da técnica – aumenta a possibilidade de um melhor 
aproveitamento desse fundamento durante o jogo. Para o desenvolvimento desse 
fundamento técnico, dividimos o lançamento com o pé em três tipos básicos: 
1) Lançamento em parabólica: caracteriza-se pelo ato de lançar a bola 
ofensivamente com efeito prévio, em curva do meio para fora, procurando evitar 
uma possível antecipação do goleiro adversário – muito usado em quadras 
maiores; 
2) Lançamento com peito do pé: caracteriza-se pelo ato de lançar a bola 
ofensivamente sem efeito, com força e em linha reta, objetivando uma finalização 
de cabeça pelo colega que se encontra nas proximidades da área adversária ou 
uma jogada de ataque mais veloz – muito usado em quadras pequenas; 
3) Lançamento de cavada ou gancho: caracteriza-se pelo ato de lançar a 
bola no espaço vazio para armar um ataque com precisão – muito usado quando 
o goleiro sai para jogar com os pés no setor ofensivo. 
 
 
CHUTE 
O goleiro pode, em determinados momentos do jogo, tornar-se um quinto 
atleta de quadra, o que exige qualidade de passe e um chute efetivo durante as 
suas investidas. Toda e qualquer investida do goleiro deixa a sua meta 
desguarnecida, evidenciando uma maior importância a respeito do apuramento 
da técnica para que qualquer incidência de erro seja minimizada. São nessas 
ocasiões que a maioria dos jogos se decidem. Para tanto, visando uma melhor 
preparação técnica desse atleta, a técnica do chute foi dividida em 3 tipos: 
 
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CURSO DE DUCAÇÃO FISICA 
METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL 
PROFESSOR SILVIO LEONARDO 
 
 
1) Chute à gol – caracterizando-se pela ação do goleiro em chutar a bola 
na direção do gol adversário com o intento de fazer o gol, de forma direta ou sob 
desvio, podendo ser efetuado com o “peito” do pé ou de “bico” – chute domeio 
da quadra ou no ataque. 
2) Chute baixo – caracteriza-se pela ação do goleiro em chutar a bola 
rasteira na direção do colega que se posiciona nas proximidades das balizas do 
goleiro adversário, com o intuito de que ele possa desviá-la para o gol (parte do 
princípio de que o goleiro se adiante para fazer a defesa do chute desferido à sua 
meta, abrindo espaços para que algum atleta se movimente por trás dele, no 
fundo da quadra). 
3) Chute alto – caracteriza-se pela ação do goleiro em chutar a bola alta 
em “voleio” ou “sem-pulo”, de sua área em direção à meta do goleiro que está 
atacando, visando faze-la entrar no gol antes que ele possa retornar à sua área 
de defesa – chute de longa distância efetuado quando o goleiro adversário sai 
para jogar com os pés no setor ofensivo. 
 
 
 
 
 
SAÍDA DO GOL 
A saída do gol é uma ação do goleiro para fechar o ângulo e impedir que 
o atacante consiga fazer o gol. Esse fundamento requer do goleiro atenção à 
alguns pontos importantes: 
a) Coragem para se jogar nos pés do adversário que esteja de posse da 
bola nas proximidades da área; 
b) Posicionamento para que sua investida tenha êxito; 
c) Tempo de bola para evitar surpresa no “bote” ou que os espaços não 
sejam fechados adequadamente na sua saída; 
d) Velocidade de reação para que o movimento “viso-motor” seja feito 
com precisão a ponto de impedir o gol em sua meta; 
e) Domínio da técnica e conhecimento prévio das características do 
adversário, evitando surpresas durante o jogo. 
 
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CURSO DE DUCAÇÃO FISICA 
METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL 
PROFESSOR SILVIO LEONARDO 
 
 
Além disso, a saída do goleiro de sua meta pode ser associada a três 
tipos básicos de deslocamentos, tais como: 
a) Saída com base – na saída com base, o goleiro procura diminuir o 
ângulo do adversário posicionando-se à sua frente com semi-flexão dos joelhos 
para frente ou para os lados, braços junto ao corpo e pernas juntas para fechar o 
chute baixo e médio do adversário, o tempo de bola possibilita uma defesa 
eficiente no chute alto; 
a) Saída no chão – nessa saída, o goleiro se joga em direção à bola nos 
pés dos adversários, podendo ser uma ação executada com os pés ou mãos, 
contudo, o tempo de bola deverá ser preciso – o erro no movimento pode 
impossibilitar qualquer recuperação na jogada; 
b) Saída no alto – nessa saída da meta, o goleiro procura interceptar uma 
bola lançada na direção da sua área, podendo ele dividir socando-a ou 
mantendo-a sob seu controle – depende muito da leitura de jogo e do tempo de 
bola. 
 
 
 
 
COBERTURA 
O goleiro de futsal deverá estar atento e se colocar em posição 
privilegiada para orientar a defesa quanto ao melhor posicionamento e às 
necessárias coberturas. Para que suas coberturas sejam eficientes, o goleiro 
deverá estar atento às seguintes situações: 
a) Nunca ficar estático na sua meta quando há uma situação de ataque 
de sua equipe em direção da meta adversária; 
b) Conhecer as jogadas e movimentações adversárias; 
c) Na marcação pressão de sua equipe, sempre jogar mais adiantado; 
d) Estar concentrado no jogo para poder antever o próximo passo do 
adversário e assim, orientar nominalmente os colegas para levar vantagem nas 
bolas lançadas; 
 
e) Toda saída do gol em bola alta visando cobrir seus colegas, deverá o 
goleiro sempre avisá-los do seu movimento, para não ser surpreendido com uma 
bola atrasada. 
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