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CURSO DE DUCAÇÃO FISICA METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL PROFESSOR SILVIO LEONARDO HISTÓRIA DO FUTEBOL O TSU-CHU Durante a dinastia do imperador chinês Huang-ti, era costume chutar os crânios dos inimigos derrotados. Os crânios, que mais tarde viriam a ser substituídos por bolas de couro, tinham que ser chutados pelos soldados chineses por entre duas estacas cravadas no chão, no primeiro indício de traves. O esporte era chamado de tsu-chu, que em chinês, significa "lançar com o pé" (tsu) uma "bola recheada feita de couro" (chu). O esporte foi criado para fins de treinamento militar, por Yang-Tsé, integrante da guarda do Imperador, na dinastia Xia, em 2.197 a.C. O KEMARI Significando pontapear a bola (ke = chutar, mari = bola) é uma variação do tsu-chu com origem no Japão. Ao contrário do desporto chinês, as mulheres não podiam participar do kemari. E difundido pelos imperadores Engi e Tenrei, e era proibido qualquer contacto corporal. O campo (kakari) era quadrado e cada lado havia uma árvore: cerejeira (sakura), salgueiro (yana-gi), bordo (kaede) e pinheiro (matsu). Os jogadores (mariashi, de mari = bola e ashi = pé) eram oito. Esse jogo era mais um ritual religioso do que propriamente um esporte, antes de se iniciar era realizada uma celebração para abençoar a "bola" que simbolizava o Sol e era feita artesanalmente com bambu. O EPYSKIROS A primeira referência ao epyskiros vem do livro Sphairomachia, de Homero, um livro grego só sobre esportes com bolas. Nele é citado o epyskiros, um esporte disputado com os pés, num campo retangular, por duas esquipes de nove jogadores. O número desses, porém, podia mudar de acordo com as dimensões do campo. Podia-se ter até 15 jogadores de cada lado, como acontecia no século I a.C. em Esparta. A bola era feita de bexiga de boi e recheada com ar e areia, que deveria ser arremessada para as metas, no fundo de cada lado do campo. OS SACRIFÍCIOS MAIAS Entre os anos de 900 e 200 a.C., na Península de Iucatã, atual México, os maias praticavam um jogo (de nome desconhecido) com os pés e as mãos. O objetivo do jogo era arremessar a bola num furo circular no meio de seis placas quadradas de pedras. Na linha de fundo havia dois templos, onde o atirador- mestre (o equivalente ao capitão da equipe) do grupo perdedor era sacrificado. 1 CURSO DE DUCAÇÃO FISICA METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL PROFESSOR SILVIO LEONARDO O HARPASTUM Descendente do epyskiros, o harpastum foi um esporte praticado por volta de 200 a.C. no Império Romano. O harpastum era disputado num campo retangular, divido por uma linha e com duas linhas como meta. A bola, feita de bexiga de boi, era chamada de follis. O harpastum era um exercício militar, o que fazia uma partida poder durar horas. Com as conquistas romanas, ele foi difundido por outras regiões da Europa, da Ásia Menor e do Norte da África. O SOULE Durante a Idade Média, na região onde atualmente fica a França, foi criado o soule, uma versão do harpastum, introduzido pelos romanos entre os anos de 58 e 51 a.C.. As regras do soule variavam de região a região. Seu nome também, onde era chamado de choule na Picardia. O soule foi um esporte da realeza, praticado pela aristocracia. O rei Henrique II da França, proibiu o jogo, pois o mesmo era violentíssimo e barulhento. Sendo assim, criou a lei que decretava a proibiçao desses esporte, e aqueles que o praticassem poderiam ir até para a prisão. O CALCIO FIORENTINO Não por acaso os italianos chamam hoje o futebol de calcio. O esporte foi criado em Florença, e por isso, chamado de calcio fiorentino. As regras só foram estabelecidas em 1580, por Giovanni di Bardi. O jogo passou a ser arbitrado por dez juízes, e a bola podia ser impulsada com os pés ou as mãos, e precisava ser introduzida numa barraca armada no fundo de cada campo. Não havia limite de jogadores (levando-se em conta o tamanho do campo, claro), por isso a necessidade de tantos juízes. O esporte se espalhou rapidamente por todo país, e hoje é uma festa anual em várias cidades da Itália. O FOOTBALL O primeiro registro de um esporte semelhante ao futebol nos territórios bretões vem do livro Descriptio Nobilissimae Civitatis Londinae, de Willian Fitztephe, em 1175. A obra cita um jogo (semelhante ao soule) durante a Schrovetide (espécie de Terça-feira Gorda), em que habitantes de várias cidades inglesas saíram à rua chutando uma bola de couro para comemorar a expulsão dos dinamarqueses. A bola simbolizava a cabeça de um invasor. Por muito tempo o futebol foi meramente um festejo para os ingleses. Lentamente o esporte passou a ficar cada vez mais popular. Tanto que, no século XVI, a violência do jogo era tamanha, que o escritor Philip Stubbes 2 CURSO DE DUCAÇÃO FISICA METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL PROFESSOR SILVIO LEONARDO escreveu certa vez: "Um jogo bárbaro, que só estimula a cólera, a inimizade, o ódio, a malícia, o rancor." - O que de fato, era verdade. Era comum no esporte pernas quebradas, roupas rasgadas ou dentes arrancados. Há noticias até de acidentes fatais, como a de um jogador que se afogou ao pular de uma ponte para pegar a bola. Houve também muitos assassinatos devido a rivalidade entre times. Por isso, o esporte ficou conhecido como mass football, "futebol de massa". Em 1700, foi proibido as formas violentas do futebol. O esporte, então, teve que mudar, e foi ganhando aspectos mais modernos. Em 1710, as escolas passaram a adotar o futebol como atividade física. Com isso, ele logo ganhou novos adeptos, que saíram de esportes como o tiro e a esgrima. Com a difusão do esporte pelos colégios do país, o problema passou a ser os diferentes tipos de regra em cada escola. Duas regras de diferentes colégios ganharam destaque na época: uma, jogada só com os pés, e uma com os pés e as mãos. Criava-se, assim, o football e o rugby, em 1846. HISTÓRIA DO FUTEBOL NO BRASIL Nascido no bairro paulistano do Brás, CHARLES MILLER viajou para Inglaterra aos nove anos de idade para estudar. Lá tomou contato com o futebol e, ao retornar ao Brasil em 1894, trouxe na bagagem a primeira bola de futebol e um conjunto de regras. Podemos considerar Charles Miller como sendo o precursor do futebol no Brasil. O primeiro jogo de futebol no Brasil foi realizados em 15 de abril de 1895 entre funcionários de empresas inglesas que atuavam em São Paulo. Os funcionários também eram de origem inglesa. Este jogo foi entre FUNCIONÁRIOS DA COMPANHIA DE GÁS X CIA. FERROVIARIA SÃO PAULO RAILWAY Nenhum esporte no mundo desperta tanto interesse popular quanto o futebol. Sua principal competição, a Copa do Mundo, reúne, desde a fase de classificação, cerca de 130 países e milhões de espectadores no mais importante evento do mundo esportivo. O primeiro time a se formar no Brasil foi o SÃO PAULO ATHLETIC CLUB (SPAC), fundado em 13 de maio de 1888. No início, o futebol era praticado apenas por pessoas da elite, sendo vedada a participação de negros em times de futebol. CARACTERISTICAS DO FUTEBOL Futebol é um esporte disputado entre duas equipes, cada uma com 11 jogadores, que utilizam os pés e a cabeça para movimentar a bola em direção ao campo adversário, com o objetivo de colocá-la dentro do gol ou meta. A partida 3 CURSO DE DUCAÇÃO FISICA METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL PROFESSOR SILVIO LEONARDOdivide-se em dois tempos de 45 minutos, com um intervalo de 15 minutos. O tempo de jogo pode ser prorrogado por acidente ou qualquer outra causa a critério do juiz. A equipe vencedora é a que faz o maior número de gols. FUNÇÕES TÁTICAS DO FUTEBOL O guarda-redes ou goleiro é quem protege a baliza. É o único jogador que pode usar as mãos, e mesmo assim só pode usá-las dentro da área de baliza e tem o tempo de 6 segundos para recolocá-la em jogo. A sua função é impedir que a bola passe pelas traves da baliza. Os centrais ou zagueiros têm a função de ajudar o goleiro a proteger a baliza, tentando desarmar os atacantes adversários. Os laterais ocupam as laterais do campo. Também ajudam o goleiro a proteger a baliza e normalmente são os responsáveis de repor a bola em jogo quando esta sai pelas linhas laterais do campo. Os médios, meias, meio campistas têm basicamente a função de fazer a ligação entre a defesa e o ataque da equipe, atuando tanto na marcação como nas jogadas ofensivas. O avançado ou atacante tem a função fundamental de fazer o gol logo estão normalmente no campo adversário. FUNÇÕES TÁTICAS DO FUTEBOL Goleiro: Talvez seja o jogador mais importante da equipe, deve coordenar a equipe, pois joga de frente para o adversário. Fixo: Geralmente é o atleta encarregado de desarmar as jogadas dos adversários, são atletas de excelente marcação. Hoje também são criadores de jogadas, com bom chute de longa distância. Deve ter grande senso de distribuição de jogo e cobertura. Alas: São responsáveis pela armação das jogadas. Devem deslocar-se constantemente, com ou sem bola. È importante ter na equipe sempre um jogador destro e um canhoto em cada ala. Pivô : Quase sempre é o jogador que têm maior poder de finalização, também como característica a proteção da bola de costas. È importante para o pivô saber o tempo certo de passar a bola para seus companheiros. FUNDAMENTOS DO FUTEBOL Podemos dividir os fundamentos técnicos em dois tipos de ações: a) Movimentos sem bola (corrida com mudança, saltos, giros, etc.); b) Movimentos com bola (condução, passe, chute, drible ou finta, recepção, cabeceio e arremesso lateral..). 4 CURSO DE DUCAÇÃO FISICA METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL PROFESSOR SILVIO LEONARDO PASSE: É a ação de enviar a bola para o seu companheiro ou determinado setor de jogo. O passe é classificado da seguinte forma: 1. Em relação à distância do passe: Curto (à distância de 04 metros). Médio (à distância 4 a 10 metros). Longo (acima de 10 metros). 2. Em relação à trajetória da bola: Passe rasteiro. Passe meia altura. Passe parabólico. 3. Em relação à execução do passe: Passe com a parte interna do pé. Passe com a parte externa do pé. Passe com a parte anterior do pé. Passe com o solado do pé. Passe com o dorso do pé. 4. Em relação ao espaço de jogo: Passe lateral. Passe diagonal. Passe paralelo. 5. Em relação aos passes de habilidade: Passe com a coxa. Passe com o peito. Passe com a cabeça. Passe com o calcanhar. Passe parabólico. 5 CURSO DE DUCAÇÃO FISICA METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL PROFESSOR SILVIO LEONARDO RECEPÇÃO: É a ação de interromper a trajetória da bola, vinda de passes ou arremessos. A recepção é classificada da seguinte forma: 1. Em relação à trajetória da bola: Rasteira. Meia altura. Parabólica. 2. Em relação à execução da recepção: Rasteira (com a face interna, externa e solado do pé). Meia altura (Com a parte anterior e interna da coxa e com a parte interna do pé). Parabólica (com o peito, coxa, dorso, cabeça e solado). CONDUÇÃO: É a ação de progredir com a bola por todos os espaços da quadra de jogo. A condução é classificada da seguinte forma: Em relação à trajetória da bola: Retilínea (Com a parte interna, externa e solado do pé). Sinuosa (Com a parte interna e externa e com o solado e a parte interna do pé). DRIBLE: É a ação individual exercida com a bola, com o objetivo de ludibriar adversário, podendo ser ofensivo ou defensivo. O drible é classificado da seguinte forma: 1. Em relação à aplicação do drible: Com o jogador parado ou em deslocamento. 2. Em relação à execução do drible: Poderá ser executado com os pés ou com o corpo. 6 CURSO DE DUCAÇÃO FISICA METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL PROFESSOR SILVIO LEONARDO CHUTE: É a ação de golpear a bola com os pés visando desviar ou trajetória da mesma. O chute é classificado da seguinte forma: 1. Em relação à trajetória da bola: Rasteiro Meia altura Pelo alto 2. Em relação ao tipo de chute: Simples Bate - pronto Voleio Bico Cobertura 3. Em relação à execução: Simples (Com o dorso do pé). Bate - pronto (Com o dorso, a parte interna, externa e anterior do pé). Voleio (Com o dorso do pé). Bico (Com a parte anterior do pé). Cobertura (Com a parte ântero-superior do pé). MARCAÇÃO: É a ação de impedir que o adversário tome a posse de bola, e quando da posse da mesma, venha a progredir pelo espaço de jogo. A marcação é classificada da seguinte forma: 1. Marcação individual: Tem como objetivo, exercer ação de marcar de forma direta a um determinado oponente. 2. Marcação por zona: A marcação visa ocupar um determinado espaço ou setor da quadra de jogo. 7 CURSO DE DUCAÇÃO FISICA METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL PROFESSOR SILVIO LEONARDO 3. Marcação mista: Combina as ações da marcação individual e de zona. PREPARAÇÃO DO GOLEIRO DE FUTSAL Na preparação dos atletas de uma equipe de futsal, o goleiro requer um treinamento diferenciado. Isso está explicito nas suas ações de jogo, nas exigências físicas e técnicas durante o uma partida de futsal, fazendo-o merecedor de uma atenção especial para que a sua performance seja aumentada. Como encargo, o goleiro tem a incumbência de guarnecer a sua meta do poder ofensivo da equipe adversária, travando, muitas vezes, notáveis confrontos com esses atletas. Para tanto, o goleiro faz uso de suas mãos e pés para efetuar a defesa dentro da área, bem como, passa a ser um quinto atleta de linha em uma ação ofensiva para marcar gol na meta adversária. ASPECTO TÉCNICO DO TREINAMENTO DO GOLEIRO DE FUTSAL POSICIONAMENTO • 60% dos requisitos para que o atleta seja um bom goleiro. • A segurança no posicionamento. • O reflexo do aprimoramento da noção espacial em relação à meta defendida (Via treinamentos específicos). • O goleiro deve ficar sempre de frente para a bola. • O goleiro deve se posicionar no meio do gol. • Em relação às balizas e a bola: 8 CURSO DE DUCAÇÃO FISICA METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL PROFESSOR SILVIO LEONARDO Em chute lateral, o ângulo em relação à baliza de referência (baliza de fora em relação ao chute) deve ser bem fechado Em chute frontal, o ângulo do adversário deve ser diminuído com o avanço imediato do goleiro. Em escanteios, junto à baliza de referência, deve posicionar o atleta da “base” e orientá-lo para que a bola não passe entre as suas pernas. Nas faltas, ele deve estar atento as seguintes situações: Próximas à área: se posiciona perto da barreira e orienta o “base”; Média distância, se posiciona fechando o ângulo e orienta o “base” e o “sobra” a respeitodo posicionamento dos adversários. Longa distância, fica mais adiantado em relação à sua meta e orienta a marcação. REBOTES e DESVIOS Um goleiro bem posicionado poderá desviar a bola para diversas direções, o que evita que se leve um gol por imprudência técnica. Na verdade, é inadmissível que a equipe adversária faça um gol proveniente de um rebote mal planejado ou por um desvio impróprio do goleiro. Para tanto, o goleiro deve ficar atento à três situações que acontecem com freqüência durante o jogo. Chute Frontal: o posicionamento do goleiro adiantado em sua meta, facilita o desvio da bola para cima ou para trás, para o seu lado direito ou esquerdo, visando sempre transferir a bola na direção da linha de fundo; Chute Lateral: o posicionamento do goleiro na linha de sua baliza de referência irá facilitar o desvio da bola para cima ou para fora da quadra em relação à linha de fundo; Rebotes para frente: recomenda-se que o rebote efetuado para frente seja feito para o alto, com força para que a bola possa ser transferida o mais longe possível da meta defendida, o que possibilita o retorno da marcação. 9 CURSO DE DUCAÇÃO FISICA METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL PROFESSOR SILVIO LEONARDO PEGADAS A pegada é um fundamento técnico que inicia com um bom posicionamento do goleiro e que da segurança à sua equipe durante o jogo, além de criar várias oportunidades de puxar contra-ataques – esse tido como um dos meios mais eficazes de se fazer gol. Nesse sentido, o goleiro deve estar atento às seguintes situações: 1. Na movimentação do adversário que tem a posse da bola e na trajetória da mesma em relação ao seu corpo e à sua meta defendida. 2. Atento ao potencial de finalização da equipe adversária antes do início do jogo – quem coloca a bola, quem chuta forte, etc. 3. No piso da quadra adversária para não ser surpreendido com imprevistos – piso escorregadio, piso que prende, piso defeituoso, etc. Para facilitar o trabalho da técnica da pegada pelo goleiro, divide-se esse movimento defensivo em três ponto básicos: Chute alto – a técnica segura requer que as mãos estejam formando um triângulo (indicadores e dedões) para que a bola não deslize no contato com os dedos; Chute médio – a bola é encaixada na altura do peito ou no abdômen com uma semi-flexão dos joelhos para garantir o equilíbrio na defesa; Chute baixo – a bola pode ser defendida com semi-flexão dos joelhos ou com o afastamento das pernas lateralmente, o que requer flexibilidade e a correta utilização das mãos na defesa (formato de uma concha). LANÇAMENTO COM A MÃO O lançamento com a mão é um fundamento que requer além de muita atenção, uma técnica apurada. O lançamento perfeito é um resultado da técnica, força e precisão; por isso, requer muito treinamento para se chegar ao alto nível. Toda bola que tem a procedência do goleiro, não pode acarretar um contra- ataque à equipe adversária. Para tanto, o goleiro deve dominar alguns itens tidos como primordiais à qualificação desse fundamento. 10 CURSO DE DUCAÇÃO FISICA METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL PROFESSOR SILVIO LEONARDO Leitura de jogo: saber ler o sistema defensivo da equipe adversária para melhor tirar proveito em suas investidas; Visão de jogo: saber orientar a movimentação de seus colegas para levar vantagem sobre os pontos fracos observados; Domínio da técnica: utilizar da melhor maneira possível a técnica do lançamento para poder servir seus colegas com qualidade; Para melhor trabalhar a técnica do lançamento nos atletas, nós dividimos esse fundamento em 4 tipos básicos: 1) Lançamento baixo: busca-se um lançamento rasteiro e sem efeito, objetivando facilitar domínio sob pressão do marcador e ou tabelas rápidas. O lançamento baixo deve ser feito sempre no lado oposto do posicionamento do seu marcado – exige atenção pelo goleiro; 2) Lançamento alto: deve ser efetuado preferencialmente na altura do peito do colega, o que facilita o domínio e a finta de corpo mediante a abordagem do marcador, deve-se observar o posicionamento do adversário para evitar antecipações, devendo o lançamento ser feito sem efeito – exige precisão e visão de jogo; 3) Lançamento à gol: é o lançamento forte, que busca o desvio de cabeça do seu colega posicionado dentro ou na frente da área adversária. Esse lançamento geralmente é utilizado em quadras pequenas, requer muita força e precisão por parte do goleiro e domínio da técnica do cabeceio pelo colega – exige força, precisão e leitura de jogo; 4) Lançamento de contra-ataque: visa lançar a bola no espaço vazio no setor ofensivo para que o seu companheiro que se movimenta em velocidade, possa dominar a bola arremessada sem muita dificuldade - exige controle da força e precisão no ponto futuro da quadra onde o seu colega a dominará. LANÇAMENTO COM O PÉ O lançamento com o pé requer muito treinamento para que a técnica seja apurada. A precisão da bola lançada é fundamental, pois não pode gerar a 11 CURSO DE DUCAÇÃO FISICA METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL PROFESSOR SILVIO LEONARDO possibilidade de um contra-ataque à equipe adversária. Para tanto, o goleiro deve ter domínio sobre algumas situações que acontecem no jogo: a) Leitura de jogo – conhecer as qualidades do goleiro e defensores adversários para poder utilizar com melhor maestria esse fundamento durante o jogo; b) Visão de jogo – saber orientar a movimentação de seus colegas diante dos pontos tidos como vulneráveis no sistema defensivo da equipe adversária; Domínio da técnica – aumenta a possibilidade de um melhor aproveitamento desse fundamento durante o jogo. Para o desenvolvimento desse fundamento técnico, dividimos o lançamento com o pé em três tipos básicos: 1) Lançamento em parabólica: caracteriza-se pelo ato de lançar a bola ofensivamente com efeito prévio, em curva do meio para fora, procurando evitar uma possível antecipação do goleiro adversário – muito usado em quadras maiores; 2) Lançamento com peito do pé: caracteriza-se pelo ato de lançar a bola ofensivamente sem efeito, com força e em linha reta, objetivando uma finalização de cabeça pelo colega que se encontra nas proximidades da área adversária ou uma jogada de ataque mais veloz – muito usado em quadras pequenas; 3) Lançamento de cavada ou gancho: caracteriza-se pelo ato de lançar a bola no espaço vazio para armar um ataque com precisão – muito usado quando o goleiro sai para jogar com os pés no setor ofensivo. CHUTE O goleiro pode, em determinados momentos do jogo, tornar-se um quinto atleta de quadra, o que exige qualidade de passe e um chute efetivo durante as suas investidas. Toda e qualquer investida do goleiro deixa a sua meta desguarnecida, evidenciando uma maior importância a respeito do apuramento da técnica para que qualquer incidência de erro seja minimizada. São nessas ocasiões que a maioria dos jogos se decidem. Para tanto, visando uma melhor preparação técnica desse atleta, a técnica do chute foi dividida em 3 tipos: 12 CURSO DE DUCAÇÃO FISICA METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL PROFESSOR SILVIO LEONARDO 1) Chute à gol – caracterizando-se pela ação do goleiro em chutar a bola na direção do gol adversário com o intento de fazer o gol, de forma direta ou sob desvio, podendo ser efetuado com o “peito” do pé ou de “bico” – chute domeio da quadra ou no ataque. 2) Chute baixo – caracteriza-se pela ação do goleiro em chutar a bola rasteira na direção do colega que se posiciona nas proximidades das balizas do goleiro adversário, com o intuito de que ele possa desviá-la para o gol (parte do princípio de que o goleiro se adiante para fazer a defesa do chute desferido à sua meta, abrindo espaços para que algum atleta se movimente por trás dele, no fundo da quadra). 3) Chute alto – caracteriza-se pela ação do goleiro em chutar a bola alta em “voleio” ou “sem-pulo”, de sua área em direção à meta do goleiro que está atacando, visando faze-la entrar no gol antes que ele possa retornar à sua área de defesa – chute de longa distância efetuado quando o goleiro adversário sai para jogar com os pés no setor ofensivo. SAÍDA DO GOL A saída do gol é uma ação do goleiro para fechar o ângulo e impedir que o atacante consiga fazer o gol. Esse fundamento requer do goleiro atenção à alguns pontos importantes: a) Coragem para se jogar nos pés do adversário que esteja de posse da bola nas proximidades da área; b) Posicionamento para que sua investida tenha êxito; c) Tempo de bola para evitar surpresa no “bote” ou que os espaços não sejam fechados adequadamente na sua saída; d) Velocidade de reação para que o movimento “viso-motor” seja feito com precisão a ponto de impedir o gol em sua meta; e) Domínio da técnica e conhecimento prévio das características do adversário, evitando surpresas durante o jogo. 13 CURSO DE DUCAÇÃO FISICA METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL PROFESSOR SILVIO LEONARDO Além disso, a saída do goleiro de sua meta pode ser associada a três tipos básicos de deslocamentos, tais como: a) Saída com base – na saída com base, o goleiro procura diminuir o ângulo do adversário posicionando-se à sua frente com semi-flexão dos joelhos para frente ou para os lados, braços junto ao corpo e pernas juntas para fechar o chute baixo e médio do adversário, o tempo de bola possibilita uma defesa eficiente no chute alto; a) Saída no chão – nessa saída, o goleiro se joga em direção à bola nos pés dos adversários, podendo ser uma ação executada com os pés ou mãos, contudo, o tempo de bola deverá ser preciso – o erro no movimento pode impossibilitar qualquer recuperação na jogada; b) Saída no alto – nessa saída da meta, o goleiro procura interceptar uma bola lançada na direção da sua área, podendo ele dividir socando-a ou mantendo-a sob seu controle – depende muito da leitura de jogo e do tempo de bola. COBERTURA O goleiro de futsal deverá estar atento e se colocar em posição privilegiada para orientar a defesa quanto ao melhor posicionamento e às necessárias coberturas. Para que suas coberturas sejam eficientes, o goleiro deverá estar atento às seguintes situações: a) Nunca ficar estático na sua meta quando há uma situação de ataque de sua equipe em direção da meta adversária; b) Conhecer as jogadas e movimentações adversárias; c) Na marcação pressão de sua equipe, sempre jogar mais adiantado; d) Estar concentrado no jogo para poder antever o próximo passo do adversário e assim, orientar nominalmente os colegas para levar vantagem nas bolas lançadas; e) Toda saída do gol em bola alta visando cobrir seus colegas, deverá o goleiro sempre avisá-los do seu movimento, para não ser surpreendido com uma bola atrasada. 14
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