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Fisioterapia em Saúde Coletiva Saúde pública x Saúde coletiva Saúde pública x Saúde coletiva Toda a saúde pública é coletiva, mas nem toda saúde coletiva é pública. O planejamento da saúde pública é mais amplo que o da saúde coletiva, além de dispor de mais recursos do estado, ao passo que a saúde coletiva é planejada de acordo com as particularidades da região, tornando-a mais funcional em especial no aspecto preventivo. Saúde pública A saúde pública consiste em um conjunto de ações e serviços de caráter sanitário que tenham como objetivo prevenir ou combater patologias ou quaisquer outros cenários que coloquem em risco a saúde da população. Saúde coletiva É um movimento composto da integração das ciências sociais com as políticas de saúde pública. A saúde coletiva identifica variáveis de cunho social, econômico e ambiental que possam acarretar no desenvolvimento de cenários de epidemia em determinada região. Associa dados socioeconômicos com os dados epidemiológicos e elabora políticas de prevenção de acordo com as características da região com maior eficiência. Vale ressaltar que a saúde coletiva também possui aplicações dentro da iniciativa privada. Saúde coletiva é definida como um conjunto de conhecimentos e práticas de saúde que se estendem desde entidades prestadoras de assistência em saúde à população até instituições de ensino e pesquisa e organizações da sociedade civil. Compreende práticas técnicas, científicas, culturais, ideológicas, políticas e econômicas. O que é saúde coletiva? Breve histórico da saúde coletiva no Brasil A partir de 1955 iniciou-se no Brasil o primeiro movimento voltado à saúde social, ao que podemos chamar de “pré-saúde coletiva”, instaurando o projeto Preventivista. De 1970 em diante o ideal preventivista reforçou o ideal de “medicina social”. Em 1975 é criado o Sistema Nacional de Saúde (SNS), a primeira tentativa de organizar o sistema de saúde e em 1978 teve início os primeiros planejamentos municipais em saúde. Na década de 1980 o conceito de “saúde coletiva” foi estabelecido no País. O cenário socioeconômico e político-ideológico do Brasil no anos oitenta somado às sucessivas crises epistemológicas das práticas em saúde e de formação de recursos humanos fomentaram a busca urgente por medidas que atendessem às necessidades sociais e coletivas da Nação. O movimento sanitário impulsionou a realização da VIII Conferência Nacional de Saúde- CNS (1986) onde o tema central foi: “Saúde como um direito do cidadão e um dever do Estado” Breve histórico da saúde coletiva no Brasil VIII Conferência Nacional de Saúde Estabeleceu-se que saúde é um direito que inscreve-se entre os direitos fundamentais do ser humano e que, portanto é um dever do Estado a sua garantia. Conceito restrito de saúde anterior à VIII CNS: forma de olhar, pensar e refletir o setor de saúde era concentrada nas ciências biológicas e na forma de transmissão de doenças. Conceito amplo de saúde: resultado das condições de habitação, alimentação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, educação, emprego, lazer, liberdade, acesso à posse de terra e a serviços de saúde. Revisando... Saúde pública diz respeito ao diagnóstico e tratamento de doenças, e a tentativa de assegurar que o indivíduo tenha, dentro da comunidade, um padrão de vida que lhe assegure a manutenção da saúde. Saúde coletiva surgiu para designar os novos conteúdos e projeções da disciplina que resultou do movimento sanitarista latino-americano e da corrente da reforma sanitária no Brasil. Saúde Pública: Observação, diagnóstico e prescrição de tratamento ao paciente, este como indivíduo isolado. Revisando... Saúde Coletiva: Cabe ao profissional da saúde coletiva analisar o processo saúde-doença de uma dada coletividade, considerando o contexto social historicamente determinado em que ela se insere. Essa análise dará a ele condições de intervir na realidade, promovendo mudanças e melhorias naquela comunidade. “A saúde é um direito de todos e um dever do Estado, que deve garanti-la mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doenças e outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” “O dever do Estado não exclui o das pessoas, o da família, das empresas e da sociedade como um todo.” Constuição Federal, Art. 196 + Lei Federal nº 8080/90, Art, 2º. SUS- Sistema Único de Saúde SUS- Sistema Único de Saúde Implantado em 1988, de acordo com a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil. Oferece a todo cidadão brasileiro acesso integral, universal e gratuito a serviços de saúde. Considerado um dos maiores e melhores sistemas de saúde públicos do mundo, o SUS beneficia cerca de 180 milhões de brasileiros e realiza por ano cerca de 2,8 bilhões de atendimentos, desde procedimentos ambulatoriais simples a atendimentos de alta complexidade, como transplantes de órgãos. Como o funciona? SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE- sus Princípios Doutrinários; Princípios Organizativos; PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS UNIVERSALIDADE: Garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão. Com a universalidade, o indivíduo tem acesso a todo serviço público de saúde a aos contratados pelo poder público. Saúde é um direito de cidadania e um dever do governo: Federal, estadual e municipal. OPERÁRIOS, 1933, óleo sobre tela, TARSILA DO AMARAL . Acervo Artístico- Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo. 18 EQUIDADE: igualdade nas condições de acesso a qualquer serviço público de saúde. Perante o SUS, todo cidadão é igual e será atendido de acordo com suas necessidades individuais, até o limite do que o Sistema possa oferecer. PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS INTEGRALIDADE: assistência integral ao indivíduo em todas as dimensões (bio-psico-sóciocultural). Cada pessoa é um ser indivisível e integrante de uma comunidade. Os serviços de promoção à saúde não devem ser compartimentalizados, portanto, as unidades prestadoras de serviços de saúde, com seus diversos graus de complexidade, formam um todo indivisível a fim de atender o indivíduo e a comunidade em toda sua integralidade. PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS REGIONALIZAÇÃO: a população deve estar vinculada a uma rede de serviços hierarquizados, organizados por região, com área geográfica definida. A organização da rede de serviços permite um conhecimento amplo da situação de saúde da população da área delimitada, favorecendo ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade. A oferta de serviços deve ser planejada de acordo com os critérios epidemiológicos. PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS Lugarzinho bonito esse!!! Hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade crescente. Além de dividir o serviço em níveis de atenção, deve-se incorporar os fluxos de encaminhamento (referência) e de retornos de informações ao nível básico de saúde (contra referência). AME PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS RESOLUBILIDADE: solução dos problemas no nível máximo da competência do serviço de saúde. É a exigência de que quando o indivíduo busca pelo serviço de saúde ou quando acontece algum problema que acomete a coletividade o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo no máximo de sua competência. Atenção primária (Postos de saúde e UBS): 80% Atenção secundária (Hospitais distritais): 15% Atenção terciária (Hospitais especializados): 5% PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS DESCENTRALIZAÇÃO: redistribuição de poder e responsabilidades quanto às ações de saúde entre os vários níveis de governo; A proximidade com o fato possibilita maiores chances de acerto na decisão; PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS: É a garantia constitucional de que a população, através de suas entidades representativas, participará do processo de formulação das políticas de saúde do controle de sua execução em todos os níveis, desde o municipal até o federal. Essa participação deve se dar nos Conselhos de Saúde, Conferências de saúde periódicas, com representação paritária entre usuários, governo e prestadores de serviço. As entidades representativas e instituições devem oferecer informações e conhecimentos necessários para que a população se posicione sobre as questões em saúde. PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS COMPLEMTARIEDADE DO SETOR PRIVADO: A Constituição definiu que, quando por insuficiência do setor público, for necessário a contratação de serviços privados, isso deve se dar sob três condições: Interesse público prevalece sobre o privado; Prevalecimento dos princípios básicos e normas técnicas do SUS; Integração dos serviços privados com determinações do SUS. PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS
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