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Doenças do estômago PROFª Gabriel le de Paula Lopes Gonzalez Estômago Secreção gástrica Células parietais (fundo e corpo) Secreção de ácido clorídrico Acetilcolina (estímulo vagal) Histamina (mucosa gástrica) Gastrina (células G no antro) Dispepsia ou Indigestão Desconforto no trato digestivo superior; Sintomas Causas dor e distensão abdominal elevado consumo de gordura e açúcares, Regurgitação volumes excessivos, Eructação Cafeína Disfagia Álcool Especiarias Orientações: Alimentar-se lentamente; Mastigar bem os alimentos; Não comer e beber em excesso; Gastrite Inflamação da mucosa gástrica Sintomas: náuseas, vômito, dispepsia, anorexia, hemorragia e dor epigástrica Aguda Crônica Aparece de repente, de curta duração e desaparece na maioria das vezes sem sequelas Atrofia crônica e progressiva da mucosa gástrica Úlcera Gastrintestinais Doença de etiologia pouco conhecida, com evolução crônica, com surtos de ativação e período de remissão, caracterizada por perda circunscrita de tecidos nas áreas do tubo digestivo que entram em contato com a secreção péptica do estômago. Fisiopatologia da gastrite e úlcera Fatores de proteção da mucosa Secreção de muco/barreira mucosa Produção de bicarbonato Fluxo sanguíneos (remoção de ácido) Rápida renovação e regeneração da célula lesada Desequilíbrio entre fatores de proteção e agressão = GASTRITE E ÚLCERA Fatores de agressão da mucosa Ácido clorídrico Pepsina Medicamentos (aspirina) Estresse Fisiopatologia da gastrite e úlcera ESTRESSE EXCESSO DE SECREÇÃO ÁCIDA E PEPSINA ÚLCERA AINE E H. PYLORI DEFICIÊNCIA NA DEFESA MUCOSA Fisiopatologia Helicobacter pylori: causa mais comum de gastrite e úlcera -Inflamação crônica da mucosa gástrica: gastrite → úlcera → câncer gástrico -Bactéria gram negativa com flagelos que facilitam sua locomoção, são resistentes ao meio ácido (produzem uréases que gera amônia e alcaliniza os seus arredores) Complicações Sangramento (melena) Perfuração Obstrução pilórica Dietoterapia na gastrite e úlcera Características Recomendação VET Ajustado à necessidade do paciente (ANP) Carboidratos Normoglicídica – 50-60% Proteínas Normo a hiperproteica Lipídeos Normo a hipolipídica Consistência Líquida a pastosa (fase aguda)/ branda a normal (fase de recuperação) Fracionamento Evitar longos períodos de jejum Líquidos Normo Características Recomendação Fibras Agem como tampão, diminui o tempo de trânsito intestinal, o que leva a menor distensão Alimentos a serem evitados Bebida alcoólica: irritante da mucosa Café normal e descafeínado: aumento da produção de ácido Refrigerante: aumento da produção ácida Pimenta vermelha/mostarda em grão/chili: irritante dastrointestinal Frutas ácidas Respeitar a tolerância do paciente. Ph do estômago = 2 e é mais ácido do que qualquer fruta, ex suco de laranja = 3. Mas pcts relatam desconforto com cítricos Probióticos (lactobacilos) Tratamento ou prevenção da h. pylori. Aumento do muco ? Micronutrientes Repor vitamina B12 e avaliar ferro Outros Carminativos e alimentos fermentáveis Tratamento cirúrgico da úlcera Tratamento de úlcera complicada: -Hemorragia -Perfuração -Obstrução -Sem resposta de tratamento clínico VAGOTOMIA: DESNERVAÇÃO VAGAL, ATRAVÉS DO NERVO VAGO, REDUZINDO A SECREÇÃO GÁSTRICA Vagotomia troncular: interrompe células parietais e parte do intestino, vesícula e pâncreas. Vagotomia Seletiva: interrompe só a parte do estômago. Vagotomia Super seletiva: somente células parietais Vagotomia troncular + piloroplastia: Redução da secreção gástrica e tratamento da estenose pilórica Vagotomia Billroth I: Reconstrução com o duodeno da parte remanescente do estômago Billroth II: com reconstrução com o jejuno da parte remanescente do estômago Vagotomia + antrectomia Câncer de estômago (adenocarcinoma) Fatores de risco: -Infecção crônica pelo H pylori -Fumo e consumo excessivo de álcool -Obesidade -Dieta: pobre em fibra, nitritos, rica em salgados ou conservas,; Maioria dos casos diagnóstico tardio Sintomas: emagrecimento (perda de sangue, proteína e obstrução); fraqueza, aquilia gátrica Tratamento clínico Cirúrgico: gastrectomia parcial ou total; Quimioterapia e/ou radioterapia Gastrectomia parcial Complicações Desnutrição Estase gástrica Síndrome de dumping (rápido esvaziamento gástrico) Osteoporose Deficiência de ferro (anemia ferropriva) Deficiência de B12 (anemia perniciosa) Terapia Nutricional pós cirurgia 1. Vias de alimentação -Alimentação suspensa até retorno da peristalse -Iniciar com líquidos e evoluir para sólido conforme a tolerância do paciente -Em caso de gastrectomia total, reconstrução do esôfago com intestino, uma jejunostomia pode ser feita para alimentação enteral -A NPT pode ser utilizada em cirúrgias complicadas 2. VET: ANP 3. Macronutrientes Lipídeos : 23-30% Proteínas: 20% CHO: complementar o VET Características Recomendação Fracionamento 5-6 refeições Volume Reduzido, principalmente do 1º ao 15º dia, depois evoluir gradativamente Leite e derivados Só a partir do 3º dia pós alimentação Doces concentrados e açúcares simples Evitados para prevenir síndrome de dumping Alimentos a serem evitados Pimenta: irritante da mucosa; Cafeína: aumenta produção de ácido gástrico; Bebida alcoólica: irritante de mucosa; Refrigerantes: gás provoca distensão abdominal + aumento da produção acida Terapia Nutricional pós cirurgia 1. Vias de alimentação -Alimentação suspensa até retorno da peristalse -Iniciar com líquidos e evoluir para sólido conforme a tolerância do paciente -Em caso de gastrectomia total, reconstrução do esôfago com intestino, uma jejunostomia pode ser feita para alimentação enteral -A NPT pode ser utilizada em cirúrgias complicadas 2. VET: ANP GASTROPARESIA 1. Retardo do esvaziamento gástrico CAUSAS -Infecção viral -Gastrite -Pós cirurgia gástrica -Distúrbios do músculo liso gástrico -Obstruções mecânicas GASTROPARESIA 1. Retardo do esvaziamento gástrico SINTOMAS -Inchaço abdominal -Diminuição do apetite e anorexia -Vômitos e náuseas -Distúrbios do músculo liso gástrico -Saciedade precoce GASTROPARESIA DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO CLÍNICO -Padrão ouro- cintilografia -Exame nuclear de esvaziamento gástrico -O paciente ingere uma refeição com radionucleotídeos marcados (ovo marcado com tecnécio) -Imagens cintilográficas ao longo do tempo (4horas), para avaliar a taxa de esvaziamento gástrico GASTROPARESIA TRATAMENTO CLÍNICO NUTRICIONAL Fatores dietéticos que afetam o esvaziamento gástrico -Volume -lipideos x sólidos - fibras Hiperglicemia Lipideos Osmolalidade GASTROPARESIA TRATAMENTO CLÍNICO NUTRICIONAL -Esvaziamento de líquido preservado -Dieta com alimentos mais processados e liquefeitos - Evitar alimentos ricos em fibras e em suplementos de fibras Boa aceitação de lipídeos CASO CLÍNICO Jim, um homem de 45 anos, é um executivo que viaja bastante a trabalho. Recentemente, consultou seu médico com queixas relacionadas ao sistema gastrointestinal superior. Relata episódios frequentes de azia no meio da noite e perdeu 6,8 Kg duranteo último ano sem fazer dieta intencional. Jim também sente azia ocasionalmente, logo após o consumo de refeições e alimentos. O médico de Jim diagnosticou refluxo esofágico, exames radiográficos reveleram uma hérnia hiatal. Jim recebeu muitos conselhos sobre alimentos específicos e dietas a partir de uma variedade de fontes, mas está confuso sobre o que deve comer. Jim chega a você para discutir o tratamento nutricional. CASO CLÍNICO Diagnóstico: 1. perda de peso involuntária, relacionada a azia e dor GI após algumas refeições e alimentos, conforme evidenciado pela perda de peso 6,8 Kg, na ausência de dieta. 2. Déficit de conhecimento de alimentos e nutrição em relação a alimentos apropriados para o refluxo, conforme evidenciado pela confusão relacionada a várias fontes de informação CASO CLÍNICO Questões de cuidados nutricionais: 1. O que é azia? Ela está relacionada á hérnia de hiato? 2. Por que Jim sente azia no meio da noite? 3. Por que Jim sente queimação após o consumo de certos alimentos ou refeições? 4. Por que você acha que Jim perdeu peso? 5. Você recomenda que ele recupere o peso? 6. Estabeleça as recomendações nutricionais para aliviar os sintomas de Jim:
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