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Aula 008 - Intervenção do Estado na Propriedade

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Requisição, ocupação temporária, tombamento, servidão, limitação, desapropriação
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Imposição do Estado que retira, restringe os direitos dominiais, ou sujeita o uso da propriedade particular a um interesse da coletividade.
DG – “toda ação do Estado que, compulsoriamente, restringe ou retira direitos dominiais do proprietário”
HLM – “entende-se por intervenção na propriedade privada todo ato do poder público que, compulsoriamente, retira ou restringe direitos dominiais privados, ou sujeita o uso de bens particulares a uma destinação de interesse público”
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Art. 22, I, II e III da CF – 
legislar sobre direito de propriedade, desapropriação e requisição é privativa da União.
Não se trata de competência administrativa
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Função social da propriedade => art. 5º, XXIII e art. 170, CF/88
Supremacia do interesse público sobre o privado (?)
Poder de polícia => no caso das limitações administrativas gerais e abstratas (ex. gabarito)
Prática de ilegalidade – (por quem sofreu a intervenção) no caso de intervenção punitiva 
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INTERVENÇÃO RESTRITIVA 
Limitações administrativas gerais => poder de polícia (ex. norma sobre gabarito, afastamento etc.)
Servidão administrativa
Requisição
Ocupação temporária
Tombamento
INTERVENÇÃO SUPRESSIVA
Desapropriação => suprime a propriedade
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Lei10.257/2001 (Regl art. 182 e 183 CF)
Cria outras modalidades de intervenção do Município 
Parcelamento 
Edificação ou utilização compulsórios
IPTU progressivo no tempo 
Direito de preempção 
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Constituição Federal
Art. 5º
	(...)
	XXV – No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar a propriedade particular, assegurada ao proprietário direito de indenização ulterior, se houver dano.
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CF/88
 Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
	(...)
	III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
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Pode abranger bens móveis, imóveis e serviços
Casos de iminente perigo público
Transitória => limitação temporal: enquanto perdurar o perigo
Decretada através de ato administrativo auto-executório (independe de autorização judicial)
Indenização, quando houver, é a posteriori
Decreto-lei 4812/42, Lei delegada 04/62
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Art. 1º A União, na forma do art. 146 da Constituição, fica autorizada a intervir no domínio econômico para assegurar a livre distribuição de mercadorias e serviços essenciais ao consumo e uso do povo, nos limites fixados nesta lei.
(...)
Art. 2º A intervenção consistirá:
(...)
III - na desapropriação de bens, por interesse social; ou na requisição de serviços, necessários à realização dos objetivos previstos nesta lei;
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Utilização, pela Administração, de bens imóveis privados, para realização de obras ou serviços públicos
Ex. ocupação de escolas e clubes para instalar zonas eleitorais em dia de eleição
 
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Direito pessoal
Somente sobre imóveis
Caráter temporário
Finalidade é para realização de obras e serviços públicos normais
Só há indenização (posterior) se houver prejuízo (exceção: 36 Dec-Lei 3365/41)
Obs. Atenção ao art. 136, par. 1º, II, da CF/88
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Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. 
 § 1º - O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
 I - restrições aos direitos de:
 a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
 b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.
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	Art. 36.  É permitida a ocupação temporária, que será indenizada, afinal, por ação própria, de terrenos não edificados, vizinhos às obras e necessários à sua realização.
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DG – submissão de certo bem, público ou particular, a um regime especial de uso, gozo, disposição ou destruição em razão de seu valor histórico, artístico, paisagístico, arqueológico, científico ou cultural”
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CF/88 - Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I – as formas de expressão;
II – os modos de criar, fazer e viver;
III – as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico
§ 1º O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.
§2º (...)
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Competência:
Para proteção de documentos, obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, monumentos, paisagens naturais e sítios arqueológicos: competência comum: art. 23, III, CF/88
Competência legislativa concorrente na preservação de bens de valor cultural, histórico, artístico, turístico e paisagístico : art. 24, VII, CF/88
Competência material dos municípios: art. 30, IX, CF/88
Bens materiais e imateriais
Pode ser voluntário ou compulsório
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Sem indenização 
Exceção: se importar em restrição especial, individual, afetando sobremaneira o uso do bem.
Trâmites 
Processo adm. de tomb. – ampla defesa e contraditório – (imodificável – tombamento provisório) - entorno 
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Não destruir o bem
Não alterar o bem sem prévia aprovação
Conservar o bem
Observar o direito de preferência do poder público na aquisição do bem
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REsp 1047082 / MG 
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Para JSCF, é forma sui generis de intervenção do Estado na propriedade privada
Para CABM, é espécie do gênero servidão
Obs. Por não impedir o exercício dos direitos inerentes ao domínio, em regra o tombamento não é indenizado (somente em se provando prejuízo)
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Pode o município tombar bem do Estado ou da União?
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Para JSCV, não pode => segue a mesma regra da desapropriação e da servidão (DL 3365/41)
STJ já admitiu tombamento de bem estadual por município (art. 5º DL 25/37)
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EMENTA: Tombamento de bem imóvel para limitar sua destinação à atividades artístico-culturais.
Preservação a ser atendida por meio de desapropriação.
Não pelo emprego da modalidade do chamado tombamento de uso.
Recurso da Municipalidade do qual não se conhece, porquanto não configurada a alegada contrariedade, pelo acórdão recorrido, do disposto no art. 216, § 1º, da Constituição.
	
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HLM - Imposição geral, gratuita, unilateral, de ordem pública condicionadora do exercício de direitos ou de atividades particulares às exigências do bem-estar social 
Ex. construção de pavimentos
Manutenção de imovel limpo e roçado
Construção respeitando recuos 
Industrias e comercio em determinados locais
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USO DE PROPRIEDADE PARTICULAR PARA EXECUÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS DE INTERESSE COLETIVO
Ex. fios das redes elétricas , telefonia, placas com nomes de ruas em imóveis privados
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Art. 40. O expropriante poderá constituir servidões, mediante indenização na forma desta Lei.

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