Buscar

CADERNO DE CIVIL II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO CIVIL II – OBRIGAÇÕES
24.09.2012
DO PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO
Conceito: Credor; dinheiro ou objeto; banco ou juízo.
O credor nega o recebimento do objeto (dinheiro ou bens), o devedor deposita o valor em uma instituição financeira autorizada ou em diretamente em Juízo, para evitar consequencias como multa, mora, correções monetárias,custos, etc.
OBS: Espécies obrigacionais	
Nem todas as obrigações se encaixam no pagamento em consignação
Obrigação de dar: É passível de consignação
Obrigação de fazer: Só será passível de consignação se for seguida da obrigação de dar. Exe. Fazer e entregar um quadro.
Obrigação de não fazer: Não é passível de consignação.
Fonte
Pagamento: direto
Consignação: Indireto- Instituições financeiras, depósito em Juízo.
CABIMENTO
A consignação caberá quando o credor se recusar a receber.
Recusa - poderá ser:
Legal
O devedor não sabe quem é o verdadeiro credor, por isso pode consignar o pagamento.
Convencional
A recusa provém do devedor. 
Depósito bancário - O devedor deverá efetuar o depósito no próximo dia útil à recusa do credor. O credor terá dez dias para se manifestar e o devedor terá trinta dias para entrar com a ação de consignação de pagamento. 
Depósito em Juízo - Entra com a ação no primeiro dia útil à recusa, o credor será citado, o devedor terá cinco dias para depositar o valor.
 LEGITIMIDADE
A legitimidade de entrar com a ação de consignação, será do devedor, sendo que a mesma será facultativa (há exceção – os credores podem obrigar o devedor a fazer a Consignação)
CONSEQUÊNCIAS
Mora
Estado de insolvência do devedor. Venceu a obrigação e o devedor não efetuou o pagamento
Despesas – Art. 343
A ação de consignação, evita que o devedor arque com tais consequencias e transfere para o credor, desde que o mesmo ganhe a causa, do contrário caberá mesmo ao devedor.
HIPÓTESES DE CABIMENTO – Art. 335, CC
Recusa do credor – Art. 319 e 320 – O devedor é que se dirige ao credor 
O devedor pode fazer a consignação em pagamento – É uma garantia - facultativo
Credor não for até o devedor e nem mandar ninguém.
Não há o dever de garantia mediante consignação, mas sendo essa a forma mais eficaz de evitar problemas jurídicos, é aconselhável a consignação - Facultativo
Credor incapaz, desconhecido, ausente, residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil.
Gera a Consignação - Facultativo
DÚVIDA 
Cessão de crédito: Gerará a ação de consignação
Se o devedor tem a ciência de quem é o credor e mesmo assim paga para a pessoa errada – pagará duas vezes.
Em caso de credor putativo – se isenta da responsabilidade.
LITÍGIO – Art. 344 e 345 – Exceção à facultatividade
Se o objeto da obrigação, for parte de um outro litígio, o devedor não deverá entregá –lo a nenhuma das partes do litígio, DEVENDO consigná-lo, sob pena de arcar com as consequências. O depósito será feito em nome de todos os participantes ( credores), que estão em litígio.Aquele que vencer o litígio, terá o objeto. Esta é uma forma de resguardar os outros credores.
27.09.2012
Consignação – continuação
 Art. 336. Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento.
Pressuposto de consignação
Indicação do Credor ou representante. 
Depósito do bem, valor ou espécie: Pode ser no banco ( 10 dias para manifestação do credor) ou em juízo.
Modo convencionado: O pagamento será feito como foi combinado. Terá que consignar em até 5 dias
Tempo hábil: 
Requisito temporal
A obrigação deverá ser executada no tempo em que foi estipulado, não poderá ser exigida, pelo credor, antes do tempo.
Art. 341. Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que deva ser entregue no mesmo lugar onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar recebê-la, sob pena de ser depositada.
No caso de imóvel ou coisa certa, que caiba ao credor escolher, a consignação de pagamento só poderá ser realizada após a citação do credor para recebê-la.
Art. 342. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será ele citado para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á como no artigo antecedente.
No caso de coisa incerta, se a escolha couber ao credor, ele será citado. Não havendo resposta a citação o credor perderá o direito de escolha e o devedor poderá depositar aquela que desejar.
Art. 337. O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto que se efetue, para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente.
Fixado o local do pagamento, se o credor não comparecer, o devedor poderá fazer a consignação de pagamento e está deverá ser proposta no local estipulado para o pagamento.
Art. 338. Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o impugnar, poderá o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas despesas, e subsistindo a obrigação para todas as conseqüências de direito.
O autor de uma ação somente poderá desistir da ação até a citação do réu, o contrário ocorre no levantamento da consignação do pagamento, ou seja, uma vez analisada pelo devedor que a consignação não surtirá os efeito desejados, ele poderá levantar o valor a qualquer momento.
Art. 340. O credor que, depois de contestar a lide ou aceitar o depósito, aquiescer no levantamento, perderá a preferência e a garantia que lhe competiam com respeito à coisa consignada, ficando para logo desobrigados os co-devedores e fiadores que não tenham anuído.
Se o credor concordar com o levantamento e o devedor o fizer, os garantidores estão liberados da situação.
Art. 339. Julgado procedente o depósito, o devedor já não poderá levantá-lo, embora o credor consinta, senão de acordo com os outros devedores e fiadores.
Após a sentença, não há mais a possibilidade de vigorar os efeitos da obrigação, no caso de levantamento, o mesmo só poderá ocorrer com a anuência dos fiadores e co- devedores.
PAGAMENTO COM SUB- ROGAÇÃO
CONCEITO
A sub-rogação é uma forma de pagamento, o qual é mais uma das formas de extinção de uma obrigação. Ocorre quando um terceiro interessado paga a dívida do devedor, colocando-se no lugar de credor. Neste caso, a obrigação só se extingue em relação ao credor satisfeito, mas continua existindo em relação àquele que pagou a dívida.
TIPOS DE SUB-ROGAÇÃO
Há dois tipos de sub-rogação: a real e a pessoal. 
A sub-rogação REAL caracteriza-se pela substituição do objeto, da coisa devida, onde a segunda fica no lugar da primeira com os mesmos ônus e atributos.	
Já a sub-rogação PESSOAL trata-se da substituição de uma pessoa por outra, onde a segunda fica no lugar da primeira, com os mesmos direitos e ações cabíveis. 
Obs.: O Código Civil, ao tratar do pagamento com sub-rogação, refere-se à sub-rogação pessoal.
Ex.: Um exemplo de sub-rogação é o caso do fiador que paga ao credor a dívida do devedor.
Ele não era absolutamente responsável pela dívida, mas se o devedor não a paga deverá ele pagá-la. Como co-responsável pela dívida, ou seja, como terceiro interessado, o fiador se antecipa ao devedor insolvente pagando a dívida, e colocando-se no lugar do credor, em relação ao qual a dívida se extingue. 
Art. 346, III, Código Civil: "A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: III – do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.".	
Ex. 2.: Nesse caso, o mesmo se dá quando o devedor solidário paga a dívida em sua totalidade ou quando co-devedor de coisa indivisível paga a mesma; em ambas as hipóteses uma única pessoa pagou a dívida comum a outras, sub-rogando-se no lugar dos credores da relação obrigacional.	
CONSEQUENCIAS
Assim, ele passa a ter todos os créditos e direitos que tinha o credor em relação ao devedor, ou seja, ele sub-roga-se no lugar do credor. Altera-se o sujeito ativo da relação jurídica: o credor. Art. 349: "A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo,em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.".	
PRINCIPAL E ACESSÓRIOS
Na sub-rogação, como em regra geral, o acessório segue o principal. Assim, se o devedor paga a dívida ao credor a mesma se extingue, extinguindo-se também os acessórios. Porém, se o terceiro interessado sub-roga-se no lugar do credor, a ele transfere-se o crédito, bem como seus acessórios, ou seja, havendo sub-rogação os acessórios não se extinguem.	
São nas características da sub-rogação que estão concentradas suas vantagens, pois, a dívida em relação ao credor se extingue e aquele que a pagou tem as mesmas garantias e acessórios do crédito, sendo útil tanto para as partes envolvidas na relação obrigacional como a uma razão de interesse geral.	
ESPÉCIES DE SUB-ROGAÇÃO
Existem duas espécies de sub-rogação, reguladas pelo Código Civil: a legal e a convencional.
A sub-rogação LEGAL trata-se daquela proveniente da lei. Este tipo de sub-rogação se dá automaticamente, pois foram previstas pelo legislador hipóteses em que terceiro sana a dívida de outras pessoas, passando a ter os mesmos direitos do credor e incorporando ao seu patrimônio este crédito.	
O Código Civil estabelece que em caso de sub-rogação legal o sub-rogado não pode exercer direito sobre os direitos e privilégios do credor pelo excedente ao que deu em lugar do devedor. Art. 350: "Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os direitos e ações do credor, senão até a soma, que tiver desembolsado para desobrigar o devedor".
São três os casos de sub-rogação legal, previstos pelo Código Civil:
Art. 346: ,
"A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:	
I - do credor que paga a dívida do devedor comum;
II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel;
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.".	
A sub-rogação CONVENCIONAL trata-se daquela que deflui exclusivamente da vontade das partes, tendo caráter puramente contratual. Ocorre por acordo entre credor e sub-rogado e entre o devedor e o sub-rogado.	
O art. 347 do Código Civil define: "A sub-rogação é convencional: I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos; II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito.".
Na hipótese do inciso I, a sub-rogação assemelha-se a cessão de crédito, onde o credor e a terceira pessoa ajustam entre si a transferência do crédito e todas as suas garantias, independentemente da ciência ou não do devedor. Além disso, o próprio Código determina, em seu art. 347 ("Na hipótese do artigo antecedente, n. I, vigorará o disposto quanto à cessão de créditos"), que a sub-rogação por iniciativa do credor será regida conforme as regras da cessão de crédito.	
Na hipótese do inciso II, a sub-rogação se dá por iniciativa do devedor, que ajusta com terceiro, independentemente da ciência ou não do credor, o empréstimo da quantia certa necessária para sanar a sua dívida. A justificativa legal para o fato da não ciência do credor está no fato de que o credor, recebendo aquilo que lhe é devido, não há de que reclamar; não lhe interessa de que forma o devedor pagou a dívida, o que realmente lhe importa é que recebeu seu crédito.	
SUB-ROGAÇÃO PARCIAL
O Código prevê, ainda, a hipótese da SUB-ROGAÇÃO PARCIAL, na qual um terceiro paga em parte a dívida, adquirindo também em parte os direitos e créditos de credor em relação ao devedor. Dessa forma, o devedor passa a ter dois credores, podendo ocorrer que o devedor não possa sanar toda sua dívida para com seus credores, mas apenas parte dela.	
Nesse caso, a solução dada pela lei determina que tem preferência o primeiro credor, o credor originário, ficando o sub-rogado desfalcado em relação ao crédito caso o devedor venha a se tornar insolvente. Art. 351: "O credor originário, só em parte reembolsado, terá preferência ao sub-rogado, na cobrança da dívida restante, se os bens do devedor não chegarem para saldar inteiramente o que a um e outro dever.".	
Obs.: No Código italiano, o qual determina que em caso de pagamento parcial da dívida, vindo o devedor a se tornar insolvente, o credor e o sub-rogado sofrem proporcionalmente esta insolvência.
MATÉRIA ADICIONAL
Art. 336. Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento. [GRAVAÇÃO, 15min]
REQUISITOS DE VALIDADE: Para que a consignação tenha força de pagamento, preceitua o art. 336 do Código Civil, “será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento”. Assim, em relação às pessoas, deve ser feito pelo devedor e ao verdadeiro credor, sob pena de não valer, salvo se ratificado por este ou se reverter em seu proveito (arts. 304 e s., 308 e 876). Quanto ao objeto, exige-se a integralidade do depósito, porque o credor não é obrigado a aceitar pagamento parcial. O modo será o convencionado, não se admitindo, por exemplo, pagamento em prestações quando estipulado que deve ser à vista. Quanto ao tempo, deve ser, também, o fixado no contrato, não podendo efetuar-se antes de vencida a dívida, se assim foi convencionado. A mora do devedor, por si só, não impede a propositura da ação de consignação em pagamento, se ainda não provocou consequências irreversíveis, pois tal ação pode ser utilizada tanto para prevenir como para emendar a mora.
3 – Modo Convencionado: [...]
Art. 341, CC – “Art. 341. Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que deva ser entregue no mesmo lugar onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar recebê-la, sob pena de ser depositada.” Art. 342, CC – “Art. 342. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será ele citado para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á como no artigo antecedente.”
 - Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo (coisa certa) que deva ser entregue no mesmo lugar onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar recebê-la, sob pena de ser depositada (CC, art. 341). Em se tratando de coisa indeterminada (incerta), faltando a escolha da qualidade e se esta competir ao credor, o devedor não será obrigado a permanecer aguardando indefinidamente que ela se realize, podendo citá-lo para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher; feita a escolha por este, “proceder-se-á como no artigo antecedente” (art. 342). [GRAVAÇÃO 32min]
Art. 337, CC. – “Art. 337. O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto que se efetue, para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente.”
 - O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto que se efetue, para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente (CC, art. 337). Sendo quesível a dívida, o pagamento efetua-se no domicílio do devedor; sendo portável, no do credor (CC, art. 327), podendo haver, ainda, foro de eleição.
Art. 338, CC – “Art. 338. Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o impugnar, poderá o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas despesas, e subsistindo a obrigação para todas as consequências de direito.” Art. 339, CC – “Art. 339. Julgado procedente o depósito, o devedor já não poderá levantá-lo, embora o credor consinta, senão de acordo com os outros devedores e fiadores.”
 - O art. 338 do Código Civil autoriza o devedor a levantar o depósito, pagando as respectivas despesas, enquanto o credor não declarar que o aceita, ou não o impugnar. Se ocorre o levantamento, a obrigação subsiste, com todas as suas consequências. Por suavez, o art. 339 trata da impossibilidade de levantamento do objeto depositado, depois de julgado procedente o depósito, mesmo havendo anuência do credor, quando existirem outros devedores e fiadores. Procura-se, dessa forma, resguardar os direitos destes, pois a procedência da ação extingue a
obrigação, acarretando a exoneração dos devedores solidários. Se estes, no entanto, concordarem com o levantamento, deixará de existir o impedimento legal.
* O art. 892 do Código de Processo Civil permite, quando se trata de prestações periódicas, a continuação dos depósitos no mesmo processo, depois de efetuado o da primeira, desde que se realizem até cinco dias da data do vencimento. O parágrafo único do art. 896 do mesmo diploma obriga o demandado que alegar insuficiência do depósito a indicar o montante que entende devido.
Art. 340, CC. – “O credor que, depois de contestar a lide ou aceitar o depósito, aquiescer(consentir) no levantamento, perderá a preferência e a garantia que lhe competiam com respeito à coisa consignada, ficando para logo desobrigados os co-devedores e fiadores que não tenham anuído”.
QUADRO SINÓTICO:
DO PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO [GRAVAÇÃO 57min]
CONCEITO:
TIPOS DE SUB-ROGAÇÃO:
QUADRO SINÓTICO:
	
DAÇÃO EM PAGAMENTO
Noutra acepção:
A dação em pagamento é um acordo de vontades entre credor e devedor, por meio do qual o primeiro concorda em receber do segundo, para exonerá-lo da dívida, prestação diversa da que lhe é devida. Em regra, o credor não é obrigado a receber outra coisa, ainda que mais valiosa (CC, art. 313). No entanto, se aceitar a oferta de uma coisa por outra, caracterizada estará a dação em pagamento. Tal não ocorrerá se as prestações forem da mesma espécie.
Preceitua o art. 356 do Código Civil que “o credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida”. Essa substituição conhece várias modalidades. A datio in solutum (dação em pagamento) só não pode ter por objeto dinheiro de contado. Pode haver, mediante acordo, substituição de dinheiro por bem móvel ou imóvel, de coisa por outra, de coisa por fato, de dinheiro por título de crédito, de coisa por obrigação de fazer etc.
NATUREZA JURÍDICA: Verifica-se, pela redação do art. 356 do Código Civil, que a dação em pagamento é considerada uma forma de pagamento indireto. Entre nós, diferentemente do que ocorre no direito francês, não constitui novação objetiva, nem se situa entre os contratos.
De acordo com o art. 357 do mesmo diploma, “determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda”. Como ocorre uma verdadeira compra, e sendo idênticas as regras, responde o alienante
pela evicção (CC, art. 359). Se quem entregou bem diverso em pagamento não for o verdadeiro dono, o que o aceitou tornar-se-á evicto. A quitação dada ficará sem efeito e perderá este o bem para o legítimo dono, restabelecendo-se a relação jurídica originária, inclusive a cláusula penal, ou seja, o débito continuará a existir, na forma inicialmente convencionada.
Se o objeto da prestação não for dinheiro e houver substituição por outra coisa, não haverá analogia com a compra e venda, mas com a troca ou permuta. Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão (CC, art. 358). O fato deverá
ser, por essa razão, notificado ao cedido, nos termos do art. 290 do mesmo diploma. Na
aplicação dos princípios da compra e venda, tem a jurisprudência proclamado a nulidade da dação em pagamento de todos os bens do devedor (CC, art. 548), bem como sua anulabilidade quando feita por ascendente a descendente sem o consentimento dos outros descendentes e do cônjuge do alienante (art. 496).	
QUADRO SINÓTICO:
IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO
Noutra acepção: 
A imputação do pagamento consiste na indicação ou determinação
da dívida a ser quitada, quando uma pessoa se encontra obrigada, por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, e efetua pagamento não suficiente para saldar todos eles. É o que ocorre quando alguém é devedor de várias importâncias em dinheiro ao mesmo credor.
Assim, por exemplo, se três dívidas são, respectivamente, de cinquenta, cem e duzentos reais, e o devedor remete cinquenta reais ao credor, a imputação poderá ser feita em qualquer delas, se este concordar com o recebimento parcelado da segunda ou da terceira. Caso contrário, será considerada integralmente quitada a primeira dívida.
Preceitua o art. 352 do Código Civil: “A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos”. A imputação pressupõe a identidade de credor e de devedor e
a existência de dois ou mais débitos, exceto quando a dívida única vence juros. Neste caso, imputa-se o pagamento primeiro nos juros vencidos e, depois, no capital (CC, art. 354). Exige, também, que as dívidas sejam da mesma natureza. Se uma delas for de dinheiro, e a outra consistir na entrega de algum bem, havendo o pagamento de certa quantia não haverá necessidade de imputação do pagamento. 
As dívidas devem ser ainda líquidas e vencidas. Como, entretanto, em geral o prazo para pagamento é estipulado em favor do devedor (CC, art. 133), poderá este imputar o pagamento em dívida não vencida, se houver o consentimento do credor. É necessário, por fim, que a importância entregue ao credor a título de pagamento seja suficiente para extinguir ao menos uma das diversas dívidas, pois do contrário estar-se-ia constrangendo o credor a receber pagamento parcial, a despeito da proibição constante do art. 314 do estatuto civil.
ESPÉCIES: Há três espécies de imputação: do devedor, do credor e legal. A imputação por vontade ou indicação do devedor é assegurada a este no art. 352 já mencionado, pelo qual a pessoa obrigada tem o direito de escolher qual débito deseja saldar. Esse direito sofre, no entanto, algumas limitações:
a) o devedor não pode imputar pagamento em dívida ainda não vencida se o prazo se estabeleceu a benefício do credor (CC, art. 133). Como, em geral, é convencionado em favor do devedor, pode este, em princípio, renunciá-lo. Mas a imputação em dívida não vencida não se fará sem consentimento do credor (art. 352, in fine);
b) o devedor não pode, também, imputar o pagamento em dívida cujo montante seja superior ao valor ofertado, salvo acordo entre as partes, pois pagamento parcelado do débito só é permitido quando convencionado (CC, art. 314);
c) o devedor não pode, ainda, pretender que o pagamento seja imputado no capital, quando há juros vencidos, “salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital” (CC, art. 354).
A imputação por indicação do credor ocorre quando o devedor não declara qual das dívidas quer pagar. O direito é exercido na própria quitação. Com efeito, dispõe o art. 353 do Código Civil que, “não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo”.
Dá-se a imputação por determinação legal se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação (CC, art. 355). Verifica-se, assim, que o credor que não fez a imputação no momento de fornecer a quitação não poderá fazê-lo posteriormente, verificando-se, então, a imputação legal. Os critérios desta são os seguintes: a) havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos (CC, art. 354); b) entre dívidas vencidas e não vencidas, a imputação far-se-á nas primeiras; c) se algumas forem líquidas e outras ilíquidas, a preferência recairá sobre as primeiras, segundo a ordem de seu vencimento (CC, art. 355); d) se todas forem líquidas e vencidas ao mesmo tempo, considerar-se-á paga a mais onerosa, conforme estatui o mesmo dispositivo legal.
	PROVA: CONTEÚDODO ART. 355, CC.
Mais onerosa é, por exemplo, a que rende juros, comparativamente à que não os produz; a cujos juros são mais elevados, em relação à de juros módicos; a sobre a qual pesa algum gravame, como hipoteca ou outro direito real, relativamente à que não contém tais ônus; a que pode ser cobrada pelo rito executivo, comparada à que enseja somente ação ordinária; a garantida por cláusula penal, em relação à que não prevê nenhuma sanção etc.
Não prevê o Código Civil nenhuma solução para a hipótese de todas as dívidas serem líquidas, vencidas ao mesmo tempo e igualmente onerosas. Não tem a jurisprudência, nestes casos, determinado a imputação na mais antiga, como pretendem alguns, mas aplicado, por analogia, a regra do art. 433, inciso IV, do Código Comercial, pelo qual, “sendo as dívidas da mesma data e de igual natureza, entende-se feito o pagamento por conta de todas em devida proporção”.
QUADRO SINÓTICO:
01.10.2012
NOVAÇÃO
Conceito
É uma nova obrigação a qual extingue e substitui a anterior, mediante concenso das partes com novas prerrogativas.
A diferença entre o pagamento e a novação é que no primeiro ocorre somente a extinção da obrigação.
Exemplos: Pedro deve a Mariana o valor de 100, 00 mais juros de 0,5 % a.m, com multa de 10% pelo atraso já verificado. Se for proposto a novação, o principal será a soma do valor anterior + os juros+ a multa, haverá mudanças dos termos da obrigação, e deve haver um consenso das partes. ( não houve alteração das partes)
Elementos:
A obrigação anterior e posterior, sendo que esta extingue aquela.
Concordância entre as partes.
Novos parâmetros.
Extinção da primeira obrigação
Espécies – Art. 360, CC
Objetivo (real): Quando se trata de real é coisa.
Conceito
 Altera-se o objeto obrigacional mas mantém as partes.
Exemplo: João deve 100,00 para Carlos, eles alteram a obrigação de dar, para uma obrigação de fazer (construir uma casa). Esta obrigação extingue a outra (anterior).
Subjetiva ou pessoal
Conceito
Altera-se as partes da obrigação, mantém o objeto obrigacional.Pode ser:
Passiva – Art. 360, II
 É quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor. Pode ser:
Delegação: O devedor antigo concorda com a mudança.
Expromissão: O devedor antigo não concorda com a mudança (esta é a que o CC adota – 362)
O que importa é que o novo devedor concorde.
Ativa – Art. 360, III
É quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este 
Exe. Paulo deve 80 para jair, Pedro assume o lugar do credor, mediante extinção da obrigação originária. Neste caso o consentimento das partes é necessário.
Requisitos
Obrigação anterior: Não existe novação sem uma obrigação anterior, que terá um vínculo jurídico entre o sujeito ativo e passivo. Esse vinculo não poderá estar eivado com situações de anulabilidade, nulidade ou extinção. É possivel que novação estabeleça os efeitos jurídicos da obrigação anterior, mediante ratificação do interessado ( Art. 367 , CC.), desde que esteja na situação de anulável. Se estiver na situação de nulidade ou extinta, não haverá como ocorrer a novação. Art. 367.
Geração de uma nova obrigação: Esta além de extinguir a anterior, deve trazer novos parâmetros. Se a nova ação for anulável, ela poderá ser ratificada, se for nula ou extinta não sortirá efeito, apenas confirmará a obrigação anterior.
Inserção de novos elementos: É a aplicação de algumas das espécies de obrigação (objetiva, subjetiva, ativa ou passiva).
 Ânimo em inovar – 361: Tácito ou expresso. Se houver alguma dúvida a respeito do “animus novadi”, a novação não será aplicada, mas sim considerada uma extensão da obrigação anterior, ou seja, ela apenas confirmará a outra obrigação.
OBS: A simples alterações de circusntâncias obrigacionais não implicam em nova ação.
Consequências;
Desaparecimento da obrigação originária mediante extinção.
Os acessórios e as garantias não acompanharão a nova obrigação, salvo estipulação em contrário – Art. 364
Fiador: Se a novação foi feita sem a anuência deste, o mesmo ficará exonerado das obrigações anteriores – Art. 366
Devedor Solidário: Uma vez estabelecida a novação, esta perdurará apenas para o credor e o devedor que contraiu a nova obrigação, não atingindo aos outros devedores solidários (idem para a indivisibilidade) - 365
Insolvência do devedor: Havendo a constatação de má-fé, reestabelece a obrigação originária. Não havendo má-fé segue-se a nova obrigação.
08.10.2012
COMPENSAÇÃOArt. 368
É uma forma de extinção das obrigações, sem pagamento, aplicável quando duas pessoas forem, a mesmo tempo, credora e devedora entre si, até onde a dívidas se compensem.
Formas de compensação
Parcial: Crédito # do Débito
Total: Crédito = ao Débito
Espécies
Compensação Legal: Ocorre por força da lei, mesmo que uma delas se oponha. As dívidas sempre serão vencidas, líquidas e homogêneas(mesmas espécies e qualidades) 369. O interessado pode exercer o direito de compensação mas não é obrigado, ou seja, se não o fizer não será sancionado.
Caso interessado deverá provocar o poder Judiciário, sendo a oportunidade até a contestação ou no embargos a execução.Dentro da compensação Legal, encontramos a Compensação Judicial.
- Compensação Judicial: Detertminada pelo juiz no caso concreto, ao entender que que deve haver uma compensação por umq questão de economia processual oou praticidade.
Compensação Convencional: Decorre do acordo, da transação entre as partes. Podendo ser dívidas de qualquer tipo ( Ilíquidas, heterogênias ou não vencidas).
Requisitos para a compensação: São indispensáveis na espécie Legal/ Judicial, mas não na convencional. – Art.369
Reciprocidade das obrigações: As partes envolvidas nas obrigações, devem ser as mesmas. (A deve para B /B deve paraA e não A deve para B/ C deve para A).
A dívida assumida por terceiro não pode ser compensada em razão ao princípio da personalidade.
Pedro é mandatário de José e cumprindo o mandato (contrato), adquiri junto a Francisco um veículo para o mandante (José), no valor de 100.00,00 reais. A dívida é de José para com o Francisco. Noutra relação jurídica,Pedro é credor de Francisco pelo valor de 100.00,00. A diversidade de polos não possibilita a compensação.
LER: Artigo 377 – João é credor de Paulo, pelo valor de 50 e cede tal crédito a Pedro. Este, por causa diversa deve o montante de 30 para Paulo. Caso João notifique a cessão do crédito e Paulo nada opuser a ele, não poderá depois, quando demandado pelo novo credor (Pedro), o fazer. Se não notificado, poderá opor a compensação contra o novo credor.
Solidariedade Passiva:
Os efeitos da compensação só valerão em relação ao devedor que possui o crédito com o credor, não afetando aos outros devedores solidários.
Exe. Carlos Antonio e Felipe, devem 300 para Mariana, e esta deve 150 para Carlos, tanto antonio quanto Felipe podem invocar a compensação, mas só até o limite da cota pessoal de Carlos na dívida, ou seja, o montante de 100.
Uma vez estabelecida a compensação da cota parte, valor do crédito restante deverá ser arcado pelos devedores como se fosse um único devedor.
Artigo 379 – 
Liquidez da dívida: Art.378
A dívida deve ser certa quanto a existência e determinadas quanto ao objeto, pois não se poderá conceber a compensação sem que haja certeza quanto ao montante de um dos débitos. Havendo despesas, estas deverão ser apuradas para somente então compensar os valores.
Exigibilidade da prestação (Vencimento)
As dívidas deverão estar vencidas para que haja a compensação Legal, caso contrário, privar-se á o devedor do benefício do term e ter-se á injustificávelantecipação do pagamento.
Fungibilidade dos débitos
As prestações devem ser fungíveis e homogêneas (da mesma natureza), ou seja, só será substitída por outra da mesma espécie, qualidade e natureza. Exe. Obrigação de dar 100 sacas de arroz do tipo A é fungível, porque o teor da prestação consiste na entrega de cereal, o qual é passível desubstituição física por outro cnjunto de grãos de arroz que preencha os atributosde gênero, qualidade e espécies.
Não caberá a outra parte compensar com arroz d tipo B. Artigo 370
Artigo 373 – Acabou a bateria
Vedações
PESQUISA:
DA COMPENSAÇÃO 
Conceito
A compensação tem por objetivo a extinção da obrigação, até o valor da quantia, entre pessoas, que for ao mesmo tempo, credora e devedora uma da outra. 
É um instituto de grande utilidade e que oferece vantagens. Uma das vantagens reside no fato de que evita o risco de insolvência do credor pago. Além do que, existe sensível economia de tempo e dinheiro, com despesas desnecessárias ao pagamento de dívidas antagônicas. 
Exemplo: José é credor de Júlio da importância de R$10.000,00 e Júlio, por sua vez, também é credor de José na mesma quantia. Neste caso, as dívidas se extinguem automaticamente, dispensando o duplo pagamento. Este é o caso da compensação total.
Porém, se Júlio fosse credor de apenas R$5.000,00, as dívidas se compensariam até a concorrência dos respectivos valores, isto é, Júlio ainda estaria devendo R$5.000,00 para José. Esta é a compensação parcial, que abate o valor até onde concorrer com o da outra obrigação. 
Portanto, a compensação será total, quando ocorrer valores iguais nas duas obrigações; e será parcial, quando os valores das obrigações forem desiguais. 
 
Espécies de compensação
A compensação também pode ser: legal, convencional ou judicial.
Compensação legal
É aquela que tem por base os pressupostos exigidos por lei, e que produz os seus efeitos ipso iure (de pleno direito). 
A compensação legal pode acontecer mesmo que uma das partes se oponha e opera-se automaticamente. No mesmo instante em que o segundo crédito é constituído, extinguem-se as duas dívidas. O juiz, desde que provocado, apenas reconhece e declara a sua configuração. 
São requisitos da compensação legal: 
a reciprocidade
Tem que existir duas obrigações, entre as mesmas partes, ao mesmo tempo com direitos opostos. Pois só existe compensação se duas pessoas forem ao mesmo tempo credora e devedora, uma da outra e por isso a compensação provoca a extinção de ambas as obrigações.
 
a liquidez das dívidas
Somente se compensam dívidas cujo valor seja certo e determinado, isto é, expresso por uma cifra. Não se compensa dívida líquida e exigível com créditos a serem levantados ou com simples pretensão a ser ainda deduzida.
a exigibilidade das prestações
Para existir a compensação, também é essencial que as prestações sejam exigíveis. O que significa dizer que as dívidas necessitam ser vencidas.
No caso das obrigações condicionais, a compensação só pode ocorrer depois do implemento da condição. Nas obrigações alternativas, só depois de feita a escolha será possível a compensação. 
a fungibilidade dos débitos
Também se faz necessário que as prestações sejam fungíveis, da mesma natureza. Não basta que sejam fungíveis, têm que ser fungíveis entre si.
Se Antonio tem uma dívida de R$1000,00 com André, e André lhe deve um computador, ainda que seja no valor de R$1000,00, A Antonio não é possível a compensação legal, pois, embora os bens sejam fungíveis, não o são entre si, pois ninguém é obrigado a receber prestação diversa do pactuado.
Compensação convencional
Este tipo de compensação é o que resulta do acordo de vontade das partes para superar a falta de um ou de todos os pressupostos de homogeneidade, liquidez e exigibilidade de prestações recíprocas. 
As partes podem dispensar alguns dos requisitos para que as dívidas ilíquidas ou inexigíveis possam ser compensadas com dívidas líquidas e exigíveis ou, ainda, quanto a homogeneidade, como a dívida de açúcar se compensar com a dívida de dinheiro. 
Quanto à forma, a compensação convencional resulta de convenção entre as partes e se regula pelo que entre elas ficar estabelecido. O que significa que é necessário documento escrito.
Compensação judicial
Esta espécie de compensação é determinada pelo juiz, nos casos em que se acham presentes os pressupostos da compensação legal. 
Exemplo: artigo 21 do CPC – se cada litigante for em parte vencedor e vencido, sejam compensados entre eles os honorários advocatícios e as despesas.
Dívidas que não podem ser compensadas
Existem casos em que as dívidas não podem ser compensadas, seja em decorrência de acordo entre as partes, seja por determinação legal.
O art. 375 (exclusão convencional) prevê a possibilidade de as partes excluírem ou uma delas renunciar a possibilidade de extinguir a obrigação pela compensação. O que significa dizer que, não será possível a compensação se as partes, por mútuo acordo, a excluírem como forma de extinção da dívida. 
A compensação também poderá ser afastada por apenas uma das partes. Este é um ato de renúncia unilateral e cabe ao devedor a quem ela beneficia. No entanto, os requisitos da compensação não poderão estar presentes por ocasião da renúncia, porque, neste caso, a compensação opera-se automaticamente.
O art. 373 dispõe que a diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto nos seguintes casos:
se provier de esbulho, furto ou roubo
 O direito nega dar efeitos a situações antijurídicas, tendo em conta que ninguém pode valer-se da própria conduta ilícita para alcançar benefícios legais. Em outras palavras, o esbulhador ou o gatuno não pode querer compensar seu crédito com a coisa esbulhada ou furtada.
se uma originar de comodato, depósito ou alimentos
O comodato é empréstimo de coisa infungível e as dívidas que dele decorrem têm por objeto a entrega da própria coisa emprestada. O depósito, da mesma forma, gera obrigação ao depositário de devolver a coisa certa. O depositário poderá exercer o direito de retenção e conservar a coisa em seu poder até que lhe sejam reembolsadas eventuais despesas decorrentes do depósito. Trata-se do direito de retenção e não de compensação. Em ambos os contratos, falta a homogeneidade das dívidas.
No caso de alimentos, este não pode ser objeto de compensação em razão de seu caráter assistencial. O objetivo de prestar alimentos é garantir a sobrevivência do beneficiário. Sendo que se o alimentante compensar sua dívida com eventual crédito contra o alimentado, a prestação deixaria de ser satisfeita e estaria comprometida a sobrevivência do hiposuficiente. 
se for uma coisa não suscetível de penhora
A compensação trata de coisa que pode ser judicialmente alienada, que pressupõe a possibilidade de ser transferida do patrimônio de uma pessoa para o patrimônio de outra. 
Por exemplo: o salário não pode ser penhorado e, por conseqüência não pode ser compensado com dívida de outra natureza. Porém, quando da indenização da rescisão do contrato de trabalho, se o empregado tiver débitos para com a empresa, esses débitos poderão ser compensados com a indenização. 
29/10/2012
CONFUSÃO
Matéria com o professor
REMISSÃO DAS DÍVIDAS
1 – Conceito
               No Direito das obrigações, a remissão é uma forma de extinção da obrigação pela qual o credor perdoa a dívida do devedor, não pretendendo mais exigi-la. Dá-se entre dois sujeitos obrigacionais (inter partes), não sendo admitido que um terceiro seja prejudicado pela ação de remissão. Observe o celebre conceito de Monteiro:
“A remissão é a liberação graciosa de uma dívida, ou a renúncia efetuada pelo credor, que, espontaneamente, abre mão de seus direitos creditórios, colocando-se na impossibilidade de exigir-lhes o respectivo cumprimento”. (MONTEIRO, 2003).
               Remissão é, portanto, o perdão de ônus ou dívida, ou seja, é a liberalidade efetuada pelo credor, com o intuito de exonerar o devedor do cumprimento da obrigação. 
               O código Civil estabelece em seu artigo 385 que a remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro. Por outro lado, a devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova desoneração do devedor e seus coobrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir, é o que preceitua o art. 386 CC.
               Fica por conta de o devedor provar quefoi o próprio credor quem espontaneamente lhe efetuou a entrega do título a que se refere o artigo 386 do CC.
               Embora o art. 324 CC declare que a entrega do título ao devedor firma a presunção de pagamento, sua posse, na hipótese de ter havido remissão, não é suficiente, devendo ser complementada pela prova da entrega voluntária, efetuada pelo credor, de acordo com o parágrafo único do artigo abaixo explicitado.
Art. 324 CC: “A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento”.
Parágrafo único: “Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em 60 (sessenta) dias, a falta do pagamento”.
               A remissão não se configura de forma automática pela simples manifestação do credor. É espécie do gênero renúncia. Embora esta seja unilateral, aquela se reveste de caráter convencional, porque depende de aceitação. O remitido (remido) pode recusar o perdão e consignar o pagamento. A renúncia é, também, mais ampla, podendo incidir sobre certos direitos pessoais de natureza não patrimonial, enquanto a remissão é peculiar aos direitos creditórios. 
               A lei ao exigir a necessidade da aceitação do devedor para que se consolide a remissão, está também o protegendo de eventuais problemas morais. O perdão da dívida, embora beneficie o devedor, poderá lhe provocar constrangimentos, e mais, poderá ser usado posteriormente pelo credor para lhe provocar situações de vexame. Em algumas circunstâncias é menos maléfico ao devedor passar por dificuldades econômicas, se comparado com os constrangimentos que poderão advir da remissão.
2 - REQUISITOS
               Para caracterizar-se como remissão, a relação obrigacional deve respeitar os seguintes requisitos:
         Ânimo ou vontade do credor para perdoar;
         Aceitação do perdão pelo devedor, caracterizando, assim, a remissão como de natureza bilateral.
3 – QUANTO A ESPÉCIE
O perdão da obrigação pode ser: total ou parcial
         Total, a dívida é integralmente perdoada;
         Parcial: o credor só recebe parte da dívida, subsistindo o débito.
4 - Quanto  à forma
A remissão pode ser: expressa ou tácita
         Expressa, resulta de declaração, escrita ou verbal do credor, em instrumento público ou particular, por ato inter vivos ou causa mortis, perdoando a dívida;
           Tácita, decorre do comportamento do credor, quando faz a devolução voluntária da obrigação, ou mesmo à própria destruição do título desta, sem que tenha sido averbada ou escrita à obrigação. Resulta, por exemplo, da “devolução voluntária do título da obrigação” ao devedor, conforme preceitua o art. 386 CC que segue transcrito.
Art. 386 CC: “A devolução voluntária do titulo da obrigação, quando por escrito particular, prova a desoneração do devedor e seus coobrigados, se o credor for capaz de alienar e o devedor capaz de adquirir.”.
               Exige-se a efetiva e voluntária entrega do título pelo próprio credor ou por quem o represente, e não por terceiro. Contudo, a restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor somente à garantia real, mas não a extinção da dívida. Veja o que rege o art. 387 CC.
 Art. 387 CC: “A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida”.
               Assim, se o credor, por exemplo, devolve ao devedor o bem (X) dado em penhor, entende-se que renunciou somente à garantia, e não ao crédito.
               A remissão concedida a um dos co-devedores “extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida”, observe o art. 388 CC, que segue.
Art. 388 CC: “A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida”.
               Também preceitua o art. 262 do mesmo diploma que, sendo indivisível a obrigação, se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir descontada a quota do credor remitente. Veja a leitura do artigo retro mencionado:
Art. 262. “Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente”.
Parágrafo único: “O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, compensação ou confusão”.
5- Efeitos da remissão
               Essa forma especial de pagamento pode ser presumida pela devolução voluntária do título da obrigação, por escrito particular, ou então, através da restituição do objeto empenhado. 
              Segundo Maria Helena Diniz (2004, p.359) os efeitos produzidos pela remissão das dívidas são:
         A extinção da obrigação, equivalendo ao pagamento, e à quitação do débito, por liberar o devedor e seus coobrigados;
          A liberação do devedor principal extinguirá as garantias reais;
         Exoneração de um dos co-devedores extingue a dívida apenas na parte a ele correspondente;
          A liberação do devedor, levada o efeito por um dos credores solidários, extinguirá inteiramente a dívida, e o credor que tiver remitido a dívida responderá aos outros pela parte que lhes caiba;
         A indivisibilidade da obrigação impede, mesmo se um dos credores remitir o débito, a extinção da obrigação em relação aos demais;
         E finalmente, a extinção da execução, se houver perdão de toda a dívida.
6 - REMISSÃO NO DIREITO TRIBUTÁRIO
                Remissão é o perdão da dívida. Se o credor perdoa a dívida, está extinto o crédito. No Direito Privado basta uma decisão do credor para perdoar a dívida e aceitação do devedor..
               No Direito Tributário é um pouco diferente, uma vez que a remissão é possível apenas nos casos previstos em lei e, ainda assim, apenas se estiver presente alguma das circunstâncias do art. 172 do CTN.- Código Tributário Nacional.
               A remissão será concedida pela autoridade administrativa, por despacho fundamentado, podendo ser total ou parcial, conforme autorização legal, conforme artigo 172 do CTN determina que a lei instituidora da remissão considerará:
I – a situação econômica do sujeito passivo;
II – a ocorrência de erro ou ignorância excursáveis do sujeito passivo, quanto à matéria de fato;
III – a diminuta importância do crédito tributário;
IV – considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso;
V – condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.
7 – DIFERENÇA ENTRE OS TERMOS: REMISSÃO, REMIÇÃO E REMIÇÃO DA PENA
               A remissão, que significa perdão, não deve ser confundida com a remição, que no Direito Processual significa resgate ou o ato de remir, livrar do poder alheio, adquirir de novo, ou, ainda, com a remição da pena, que, em Direito Penal, consiste em um instituto pelo qual dá-se como cumprida parte da pena por meio do trabalho do condenado, que também não pode se confundir com renúncia, que é o ato pelo qual o credor abre mão de receber a prestação devida. 
         Remissão, significa perdão.
          Remição no Direito Processual, significa resgate ou o ato de remir, livrar do poder alheio, adquirir de novo.
         Remição da pena em Direito Penal, consiste em um instituto pelo qual dá-se como cumprida parte da pena por meio do trabalho do condenado, que também não pode se confundir com renúncia.
8- Resumo
               Remissão das dívidas é liberação graciosa do devedor pelo credor, que voluntariamente abre mão de seus direitos creditórios, com o escopo de extinguir a obrigação, mediante o consentimento expresso ou tácito do devedor; é um direito exclusivo do credor de exonerar o devedor; todos os créditos, seja qual for a sua natureza, são suscetíveis de serem remidos, desde que visem o interesse do credor e a remissão não prejudique interessepúblico ou de terceiro; poderá ser total ou parcial e expressa ou tácita; ter-se-á remissão de dívida presumida pela entrega voluntária do título da obrigação por escrito particular e a entrega do objeto empenhado
Menezes de cordeiro:“inadimplemento é a não realização da prestação devida enquanto devida, na medida em que essa falta decumprimento corresponde a violação da norma legal ou convencional imposta pelos usos que era especificamentedirigida ao devedor como dever de prestar ou ao credor como dever de receber”Em regra, as obrigações são cumpridas voluntariamente, seja pelo devedor ou por terceiro. Quando a prestação devidanão é efetuada, diz-se que houve o inadimplemento da obrigação.Quando a inexecução da obrigação advém de culpa latu sensu do devedor, diz-se que o inadimplemento é culposo,cabendo ao credor o direito de acionar os mecanismos para pleitear o cumprimento forçado. Quando a inexecuçãodecorre de evento impossível de evitar ou impedir, o inadimplemento é fortuito.
Inadimplemento absoluto:
O inadimplemento é absoluto quando o cumprimento não poderá mais ser feito, ou o cumprimento não é mais útil aocredor. A absolutividade é total quando atinge todo o objeto. Absolutividade parcial ocorre quando a obrigação abrangevários objetos e somente uma parcela deles é atingida. O inadimplemento é relativo quando o cumprimento daobrigação é imperfeito, como no caso de mora. "Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundoíndices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado" (art. 389).
Responsabilidade contratual e extracontratual:
 O art. 389 é o fundamento legal da responsabilidade civil contratual. É a responsabilidade que deriva do contrato. Hátambém a responsabilidade que não deriva do contrato, mas sim do dever legal. É a responsabilidade extracontratual,aquiliana ou delitual. Em ambas as situações, o inadimplemento pode gerar a obrigação de restituir perdas e danos. Na responsabilidade contratual, o inadimplemento presume-se culposo. Cabe ao inadimplente provar a ocorrência decaso fortuito ou força maior para se eximir da culpabilidade. Por exemplo: O passageiro de um ônibus não precisaprovar a negligência do motorista para exigir indenização caso haja acidente envolvendo o mesmo. É o motorista quedeve alegar motivo maior para se livrar da culpa. Na extracontratual é o lesado que deve provar a culpa do causador do dano. 
Por exemplo: O pedestre que é atropelado deve provar que o motorista que o atropelou agiu com culpa paraexigir indenização, não precisando o motorista provar que não. Porém, se a obrigação assumida no contrato for demeio, a culpa deve ser provada pelo lesado mediante ato negligente, imprudente ou imperito, mesmo aresponsabilidade sendo contratual. Na responsabilidade contratual, não precisa o contratante provar a culpa doinadimplente, para obter reparação das perdas e danos, basta provar o inadimplemento. O ônus da prova, naresponsabilidade contratual, competirá ao devedor, que deverá provar, ante o inadimplemento, a inexistência de suaculpa ou presença de qualquer excludente do dever de indenizar A responsabilidade civil surge em função do descumprimento obrigacional, pela desobediência de regra contratual – oupor deixar alguém de observar um preceito normativo que regula a vida.A responsabilidade contratual tem origem na convenção. Já a extracontratual tem origem na inobservância do dever genérico de não lesar outrem (neminem laedere). Os absolutamente capazes são os únicos que podem ser partes de um contrato. Por isso, a responsabilidadecontratual só atinge essa figura. Já o dever genérico de não lesar a outrem pode ser inobservado tanto por capazesquanto por incapazes. Sendo assim, a responsabilidade extracontratual também atinge tais figuras.A graduação da responsabilidade delitual é muito maior que a contratual, indo a dimensões muito mais amplas. Odireito civil, ao identificar um dano causado a outrem em decorrência de um ato ilícito, procura analisar prioritariamenteesses aspectos:
a)Dano existente;
b)Nexo causal;
c)Responsabilidade do agente causou; _O Dano há que se configurar efetivo, necessário é que se comprove a existência de um dano real. Não basta existir um simples constrangimento ou um mero aborrecimento como o pagamento de uma multa devida, tem que existir umdano a valores morais da sociedade em que o individuo estiver inserido, ou um dano patrimonial indevido; – Há que necessariamente existir uma ligação entre ação ou omissão estreita entre a causa e o efeito, ou seja, o atoque o agente cometeu tem que resultar em um dano sofrido diretamente;– Há que se apurar a responsabilidade do agente no ato, omissão ou fato que causou o dano.
Responsabilidade Subjetiva
surge com um dano causado em razão de ato próprio imputado de pessoa, por quem eleresponde, ou fato de coisa ou animal sob sua guarda. A responsabilidade civil surge em face do descumprimentoobrigacional, pela desobediência de uma regra estabelecida em um contrato, ou por deixar, determinada pessoa, deobservar um preceito normativo que regula a vida. Segundo Maria Helena Diniz, a responsabilidade civil estárelacionada com
“a aplicação de medidas que obriguem alguém a reparar dano moral ou patrimonial causado aterceiros, em razão de ato próprio imputado, de pessoas por quem ele responde, ou de fato de coisa ou animal sob suaguarda (responsabilidade subjetiva) ou, ainda, de simples imposição legal (responsabilidade objetiva)” 
O inadimplemento mínimo é uma das formas de controle da boa-fé sobre a atuação de direitos subjetivos. Atualmente,é possível questionar a faculdade do exercício do direito potestativo a resolução do contratual pelo credor, emsituações caracterizadas pelo cumprimento de substancial parcela do contrato pelo devedor, mas em que, todavia, nãotenha suportado adimplir uma pequena parte da obrigação.
Responsabilidade objetiva
é a responsabilidade sem culpa. O agente é responsabilizado por ser previsto legalmenteque será responsável, estão inseridos nesta categoria os que praticam atividade de “risco”. A teoria do risco, origináriado Direito Francês, determina que certas atividades estão sujeitas a causar danos, portanto, estão inseridas nasatividades de risco para efeito de indenização. Atinge essa teoria principalmente os que fomentam atividades coletivas,o Estado que se responsabiliza pelos atos dos seus agentes e principalmente as atividades que correm o risco dedanificar o meio ambiente, o ambiente social.
A violação positiva do contrato
, que com a culpa in contrahendo tem sido considerada como uma das grandesdescobertas doutrinárias após a publicação do Código Civil alemão deve a sua paternidade ao berlinense H.Staub, em1902,O BGB, no § 280, regula a obrigação do devedor de indenizar o credor quando a prestação se torne impossível, eno § 286, a de indenizar o credor pelos danos causados pela sua mora, ou seja, no Código civil alemão, o devedor responde pela não-realização da prestação, em que o devedor viola a obrigação através de uma atuação positiva:fazendo o que deveria omitir ou efetuando a conduta, mas em termos imperfeitos. É essa conduta que Staub passou achamar de violação positiva do contrato, afirmando que a lacuna derivada desse silêncio deveria ser integrada pelaaplicação analógica do regime da mora. Qualquer violação positiva pode ser sempre equiparada a um não-cumprimento de normas. A solução estaria em, por aplicação analógica da mora, reconhecer à parte que atuou deforma leal ao contrato a possibilidade de escolher entre três caminhos:
a)
manter o contrato e exigir indenização por cada violação singular;
b)
exigir uma indenização geral pelo descumprimento do contrato;
c)
rescindi-lo“Os incontáveis casos nos quais alguém descumpre uma relação por meio de atuação positiva, nos quais alguémpratica aquilo de que deveria abster-se, ou efetua a prestação que deveria ser efetuada, mas de forma defeituosa.”Assim, temos que essas atuações positivas ou o cumprimento defeituoso causam danos aparte, devido a não observância de um dever lateral de conduta, advindo do princípio da boa-fé, principalmente do seu vetor confiança. Onome de violação positiva do contrato foi bastante criticado, mas agora já se encontra consagrado. Entretanto, algunsautores preferem utilizar termos como “cumprimento defeituoso” ou “cumprimento imperfeito”. Assim a violação positivado contrato agiria de forma subsidiária, abarcando todos os casos que não se enquadrariam no conceito deimpossibilidade e de mora dentro da doutrina alemã.Podemos destacar três categorias de deveres laterais que podem ensejar a violação positiva do contrato: deveres deproteção, informação e cooperação. Então, estes deveres alcançam todos os interesses conexos à execução docontrato. Excluem-se de seu âmbito todos aqueles deveres que não possam ser relacionados como necessários àrealização da prestação.O não cumprimento da obrigação, ou seu cumprimento imperfeito gera a obrigação de indenizar as
perdas e danos
.O ressarcimento das perdas e danos tem o objetivo de recompor o patrimônio da parte lesada. Por isso, deve ser proporcional ao prejuízo sofrido. A contagem do prejuízo inclui, além, do que se perdeu o que se deixou de lucrar. "Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplemento desde o dia em que executou o ato de que se deviaabster" (art. 390). Nas obrigações constituídas por uma série de abstenções, o credor pode mover ação de cunhocominatório para impedir o reiteramento do devedor de uma dessas abstenções. Se a obrigação for de prestaçãoúnica, pode o credor, além das perdas e danos, exigir o desfazimento do que foi realizado (art. 251).Responsabilidade patrimonial: "Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor" (art. 391). Quando as perdas e danos sãodecretadas e o pagamento não é feito, a execução será forçada, sendo que todos os bens do devedor respondem peloinadimplemento, ou seja, uma eventual penhora pode recair sobre qualquer bem do devedor. Contudo, ninguém podeser preso por dívida civil, exceto o depositário infiel e o devedor de pensão de direito de família.Contratos benéficos e onerosos: "Nos contratos benéficos, responde por simples culpa contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele aquem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas emlei" (art. 392). Contrato benéfico é o gratuito, ou seja, somente a uma parte este é vantajoso, cabendo a outra apenasos deveres, como a doação. Aquele que não se aproveita em nada com o contrato não deve ser penalizado por agir culposamente. Porém, o não cumprimento doloso gera indenização, pois ninguém pode descumprir deliberadamenteuma obrigação contraída livremente. No contrato oneroso, as duas partes estão em igualdade, com direitos e deveresrecíprocos. Sendo assim, ambos respondem da mesma forma pela culpa e pelo dolo.Inadimplemento fortuito da obrigação: "O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado" (art. 393, caput). As partes podem, porém, estabelecer a responsabilização do devedor mesmo que o inadimplemento ocorra sem sua culpa (pacta sunt servanda). As circunstâncias que causaram aimpossibilidade de prestação pela parte do devedor podem ser provocadas por ato de terceiro, do credor, por casofortuito ou força maior ou por até mesmo ato do devedor, quando não houver culpa do mesmo. Em qualquer dos casos, a exoneração da culpa depende de que:
a) A impossibilidade seja objetiva;b) A impossibilidade seja superveniente e inevitável. Por exemplo: Aquele que celebra uma obrigação de fazer umshow em local que está em guerra não pode alegar que não cumpriu a obrigação devido aos perigos da situação dolocal, pois era ciente das condições do mesmo.c) A impossibilidade seja irresistível, isto é, fora do alcance do devedor. Modernamente, tem-se adotado a teoria do exercício da atividade perigosa, no qual o caso fortuito ligado à coisa ou àpessoa, como a quebra de uma peça do caminhão que bate, é de responsabilidade do devedor. Somente o "fortuitoexterno", advindo de fenômeno natural, como a chuva, seria escusável nesse caso. 
Mora:
 "Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar eforma que a lei ou a convenção estabelecer" (art. 394). 
Embora a mora também se constitua quando o devedor tentapagar de forma diferente do estipulado, o seu retardamento é o modo mais comum no qual ela se dá. Não é só pelodescumprimento da convenção que a mora acontece. O cometimento de infração à lei também a caracteriza. 
A súmula 54 do STJ dispõe que "os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual. Na contratual, entretanto "contam-se os juros de mora desde a citação inicial" (art. 405). 
Nas obrigações de não fazer, não há o instituto da mora, pois "o devedor é havido por inadimplemento desde o dia em queexecutou o ato de que se devia abster" (art. 390). 
Mora e inadimplemento absoluto:
Quando o retardamento da prestação torna a mesma inútil ao credor, não há mais mora, mas sim o inadimplemento absoluto. Exemplo: de nada adianta ao credor receber o bolo que encomendou para seu casamento um dia depois da festa. A prestação que não interessa mais ao credor é tida como impossível. Não basta que o credor alegue que a prestação não lhe é mais útil, as circunstâncias devem demonstrar isto. Tanto no inadimplemento absoluto quanto na mora, surge a obrigação de restituir as perdas e danos quando tais sãoprovocadas pela culpa do devedor. Contudo, "não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora" (art. 396). 
Se a mora deu-se por caso fortuito ou força maior, isto é, não havendo culpa do devedor, este não será responsabilizado pelas perdas e danos. Se a obrigação tornar-se impossível sem a culpa do devedor, também não haverá responsabilização deste. Todo inadimplemento e mora do devedor presumem-se culposos. Porém pode odevedor afastá-la provando que o infortuito não se originou por culpa sua. 
Já para o credor, o mesmo não vale. A mora deste em receber o pagamento, mesmo sem sua culpa, é sempre de sua responsabilidade. A mora accipiendi nãorequer a noção de culpa porque se o credor pudesse afastar sua responsabilidade, o devedor seria obrigado a correr com os riscos de reter o pagamento por fato que não foi ocasionado por ele.
 Quando o devedor está em mora, ele é notificado pelo credor, para que esteja ciente da sua situação e possa purgá-la.No inadimplemento absoluto a notificação não é necessária, já que o cumprimento da obrigação é inviável. 
Espécies de mora do devedor
Mora do devedor (solvendi)
Ocorre quando o devedor retarda culposamente o cumprimento da obrigação. Na hipótese mais comum, o sujeito se obriga a pagar certa quantia chegando seu vencimento, simplesmente não paga.
Mora ex re:
(art. 397, caput, e 398) É a declarada pela lei (o credor não precisa fazer nada para caracterizá-la). Se aplica automáticamente. Há três casos nos quais a mora é ex re. Nos demais, ela é ex persona. São elas:
 a) "O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor" (art.397, caput). Todavia, "Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial" (art. 297,parágrafo único). É caso que se refere o parágrafo único do art. 297 é de mora ex persona, pois depende deprovidência do credor.
 b) "Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou" (art. 398). É desnecessária a notificação, pois a indenização é evidente. A mora é, pois, presumida. 
c) Quando o devedor declarar por escrito não pretender cumprir a prestação. 
Mora ex persona:
(art.397, parágrafo único) Não prevê data certa do adimplemento. Quando o credor deve acionar os dispositivos cabíveis para caracterizá-la. Ainterpelação ou notificação da mora nas relações regidas pela lei civil podeser feita desde a demanda judicial até por uma simples carta, tendo apenas que resultar de documento escrito. O decreto lei n. 58/37, art. 14, protegendo as pessoas que adquirem imóveis loteados em prestações, dispõe que sóincorrerão em mora tais pessoas depois de serem notificadas com o prazo de trinta dias, mesmo que a parcela seja positiva e líquida, com termo certo. É o legislador transformando uma mora ex re em mora ex persona
O decreto lei n. 745/69 impede a rescisão do compromisso de compra e venda de imóvel não loteado, mesmo que hajacláusula resolutiva expressa, sem a notificação no prazo de 15 dias. Tanto no caso do decreto n. 58 quanto no n. 745, a notificação deve ser feita judicialmente ou pelo cartório de registrosde imóveis. Nessas hipóteses, a simples citação não é suficiente para constituir a mora, é necessária a interpelação judicial. A jurisprudência, no entanto, tem entendido que a citação feita na própria causa principal produz mesmo efeito.Mora do devedor: 
São requisitos da mora solvendi (Devedor) :
 
a)Exigibilidade da prestação: A dívida deve ser líquida e certa. Além disso, a realização tardia deve ainda ser proveitosa ao credor Caso a condição que sujeitava a obrigação não se verificou, ou não houve a escolha a qual o pagamento da obrigação dependesse, não haverá mora, pois não se pode afirmar se o devedor efetivamente devia ou o que devia.
b)Inexecução culposa por fato imputável ao devedor.
c)Constituição em mora: Este requisito é somente para os casos de mora ex persona, que dependem da ação docredor, pois nos casos ex re, a mora já é constituída desde o fato.
EFEITOS DA MORA DO DEVEDOR:
 "Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado" (art. 395). Caso a prestação torne-se inútil ao credor, ou seja, haja o inadimplemento absoluto, o credor pode exigir a rescisão do contrato, reclamando as perdas e danos."O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou força maior, se estes ocorrerem durante o atraso, salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada" (art. 399). Isto significa que, na mora, o devedor responde por todos os riscos da coisa. A parte do artigo que isenta o devedor caso ele prove não ter culpa é ilógico, pois se assim provar não haverá mora em si. 
Caso a prestação se torne inútil para o credor, o indimplemento é absoluto e a mora não se estabelece
Mora do credor (Accipiendi)
 É quando o credor recusa receber o pagamento no tempo, lugar, modo e forma convencionados, exigindo-o de forma diferente da estipulada, incorrendo em mora. 
Requisitos:
 
a)Vencimento da obrigação: É somente então que ela é exigível. 
b)Oferta da prestação: É através dela que fica revelada a tentativa do devedor de satisfazer a obrigação. Deve-se ter claro que o pagamento foi oferecido, mas o credor o recusou ou não prestou a necessária colaboração para a sua efetivação. A mora accipiendi supõe que o devedor fez o que lhe competia. 
c)Recusa injustificada em receber: O credor pode se recusar a receber o pagamento com fundamento legítimo,quando, por exemplo, o devedor oferece quantia menor que a estipulada. Para haver mora, o motivo para a não aceitação do pagamento deve ser injustificável legitimamente. 
d)Constituição em mora: Ocorre mediante a consignação em pagamento, ou seja, a mora será constituída quando o devedor realizar a consignação.
Efeitos:
 Art. 400 - "A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela conservação da coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas em conservá-la, e o sujeita a recebê-la pela estimação mais favorável ao devedor,se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da sua efetivação".
 A lei exige que o devedor tenha o mínimo de cuidado com a coisa que forçadamente deve reter. Se o devedor agir com dolo,abandonando a coisa, por exemplo, responderá pela deteriorização desta. Esta solução é tomada porque o direito que o devedor tem de abandonar a coisa colide com o interesse da comunidade, sendo preferível exigir que este cuide da coisa, mesmo que por motivo alheio à sua vontade. As despesas que o credor deve ressarcir são somente as necessárias, previstas no art. 96, § 3°. 
Mora de ambos os contratantes:
 A mora simultânea de ambos as partes (nem o devedor comparece ao local para efetuar o pagamento, nem o credor vai para recebê-lo) faz com que a situação permaneça como se nada tivesse ocorrido. Há o cancelamento mútuo das moras. Ninguém pode exigir da outra parte perdas e danos. Se as moras são sucessivas (primeiro o credor não quer receber e depois é o devedor que se rejeita em pagar, ou vice-versa) os prejuízos de cada mora, contabilizados separadamente, serão de responsabilidade das respectivas partes. Os danos de cada mora não se cancelam, porém nada impede que ocorra uma compensação convencional das perdas e danos. 
Purgação e cessação da mora:
Purgar ou emendar a mora é neutralizar seus efeitos. Suspende os efeitos.Ela só é possível se a prestação ainda for proveitosa ao credor,pois se não for, haverá inadimplemento absoluto, não tendo o que se falar em mora. A purgação produz efeitos futuros que neutraliza os produzidos, mas não os apaga. Segundo o art. 400, "purga-se a mora" nas seguintes hipóteses: I - "Por parte do devedor, oferecendo este a prestação mais a importância dos prejuízos decorrentes do dia da oferta".II - "Por parte do credor, oferecendo-se este a receber o pagamento e sujeitando-se aos efeitos da mora até a mesma data". 
As partes podem aceitar a oferta sem a incidência dos juros da mora, renunciando-os. Porém, este ato não significapropriamente a purgação da mora.
 Entende-se, hoje, que a purgação pode dar-se a qualquer momento da mora, desde que não tenha causado dano àoutra parte. O devedor em mora pode até consignar o pagamento, caso o credor não tenha extraído os efeitos jurídicosde tal atraso. 
A cessação da mora é diferente da purgação. Ela finaliza tanto a mora como a obrigação. Nela, o efeito não depende daquele que agiu em mora, mais sim da outra parte. Ela decorre da extinção da obrigação. A cessação produz efeitos pretéritos, pois afasta os já produzidos.
PERDAS E DANOS
Conceito
 Exprime seu exato conceito, nada mais significa do que os prejuízos, os danos causados ante ao descumprimentoobrigacional.
 É toda a lesão de qualquer bem jurídico, seja o dano material ou moral. O dano é material quando atinge e diminui o patrimônio do lesado. 
O dano é moral quando atinge bem jurídico, mas que não tenha repercussão na órbita financeira. A indenização de dano material mede-se pelo prejuízo ao patrimônio da parte. Já a de dano moral éarbitrada judicialmente. A apuração do dano, ou prejuízo, é feita por meio da liquidação determinada na lei processual(art. 946). A finalidade da liquidação é tornar prático e possível a efetiva reparação do prejuízo. 
Dano emergente e lucro cessante:
 "Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que eleefetivamente perdeu o que razoavelmente deixou de lucrar" (art. 402).
 Dano emergente
É a efetiva diminuiçãopatrimonial sofrida pela vítima para restaurar o bem ao seu estado anterior, ou seja, o que ele perdeu. A expressãoefetiva perda significa que a mesma não pode ser presumida, devendo ser cumpridamente provada.
Lucro cessante
É a frustração da expectativa de lucro, do que se esperava ganhar com o bem lesado. A razoabilidade do lucro é o que o bom senso indica que a atividade lucraria. O dano indenizável deve ser certo e atual. Pois, Não basta a perda daoportunidade tem que ter a certeza do dano.
Doutrina Brasileira: O dano é subespécie de lucro cessante a perda de uma oportunidade tem que provar por dadohistórico.
Doutrina Italiana: a oportunidade já faz parte do patrimônio.
Art 403 - "Ainda quea inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual".
 A teoria dos danos diretos e imediatos afasta a possibilidade de se indenizar os chamados "danos remotos". Aquilo que dependia do bemlesado, mas também dependia de uma série de outros fatores não pode ter sua inexecução atribuída unicamente à lesão do bem em questão. A dificuldade jurídica existe na definição precisa do que foi afetado direta e imediatamente. 
Obrigações de pagamento em dinheiro:
 Art 404 - "As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundoíndices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado,sem prejuízo da pena convencional”.
 Se o credor teve que ingressar em juízo, além de pagar à custa do atraso, o devedor deve pagar à custa do processo (art. 20, CPC).
As perdas e danos têm como objetivo restituir o dano causado pela lesão do bem, logo, “provado que os juros da mora não cobrem o prejuízo, e não havendo pena convencional, pode o juiz conceder ao credor indenização suplementar”(art. 404, parágrafo único). Quando a responsabilidade é contratual, “contam-se os juros de mora desde a citação inicial” (art. 405). 
Juros legais
Conceito
Juros são os rendimentos do capital. São os frutos civis da coisa. Representam o pagamento pela utilização do capital alheio.
Washington monteiro: “juro é rendimento do capital ou frutos produzido pelo dinheiro”
Espécies:
 Os juros são considerados convencionais quando são ajustados pelas partes, de comum acordo. Quando os juros são previstos ou impostos pela lei, são chamados de legais.
 Os juros são chamados de compensatórios, remuneratórios ou juros-frutos, quando representam a compensação pela utilização de capital alheio. Devem estar previstos no contrato, não podendo ultrapassar os limites impostos pelaFazenda Nacional (art. 591). O STJ decidiu que os juros remuneratórios praticados nos contratos de mútuo dosagentes financeiros do Sistema Financeiro Nacional não estão sujeitos à limitação do art. 591. Os juros compensatórios são, geralmente, convencionais. Nada impede, contudo, que possam derivar da lei ou da jurisprudência. 
Quando os juros incidem nos caso de retardamento da restituição ou descumprimento de obrigação, eles sãodenominados moratórios. Os juros moratórios podem ser tanto convencionais quanto legais. 
Quando legais, são definidos pela Fazenda Nacional. "Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxaestipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para amora do pagamento de impostos devidos à Fazendo Nacional" (art. 406). Quando convencionais, podem assumir qualquer valor, porém, nunca superior ao limite legal. 
"Ainda que se não alegue prejuízo, é obrigado o devedor aos juros da mora que se contarão assim às dívida emdinheiro, como às prestações de outra natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor pecuniário por sentença judicial, arbitramento, ou acordo entre as partes" (art. 407). Os juros moratórios são incluídos também na liquidação. 
Juros simples são os que são sempre calculados sobre o capital inicial. Já os juros compostos são capitalizados anualmente, integrando o capital. É o chamado juros sobre juros.
Regulamentação legal: 
Segundo o art. 405, nos casos de responsabilidade contratual, "contam-se os juros de mora desde a citação inicial". 
"Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual" (Súmula 54 doSTJ). 
A Lei de Usura (Dec. n. 22.626/33) limita os juros a 1% ao mês. Essa lei também proíbe a cobrança dos juros compostos. Porém, o art. 591 do novo CC permite os juros compostos. O art. 406 estipula que a taxa máxima não mais fixa, mas sim variável, conforme o estabelecido pela Fazenda Nacional. 
A Fazenda vem adotando a taxa SELIC (taxa referencial do sistema especial de liquidação e custódia para títulos federais) como meio de aferição dos juros legais. Contudo, o STJ não aceita a utilização da taxa SELIC não para essefim, pois ela não é juridicamente segura, já que além de determinar os juros trás embutida a correção monetária. Outra corrente diz que a aplicação do artigo 161§ 1° do CTN que estabelece os juros à 1% ao mês. O entendimento dominante da jurisprudência é de que deve ser imposto o determinado na Lei da Usura, juntamente com o estabelecidono Código TributárioNacional, ou seja, 12% ao ano. Entende-se que o novo CC, por ser lei geral posterior, não revoga a lei especial anterior (Lei da Usura). 
Cláusula Penal
Conceito
 É uma obrigação acessória, na qual se estipula uma pena ou multa com o objetivo de evitar o inadimplemento daobrigação principal. Representa reforço ao pacto obrigacional através da ameaça de uma sanção civil, caso aobrigação não seja cumprida. Chama-se também de pena convencional ou multa contratual.
Art. 408 - "Incorre de pleno direito odevedor na cláusula penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora" .
Natureza jurídica:
 É um pacto secundário e acessório, pois a sua existência depende da de uma obrigação jurídica. Aplica-se, logo, oprincípio de que o acessório segue a sorte do principal. Isto quer dizer que se a obrigação principal é inválida ou nula,também será a cláusula penal. Contudo, a recíproca não é verdadeira. A invalidez da cláusula penal não implica na daobrigação principal. 
Funções da cláusula penal:
 A cláusula penal é meio de coerção para que o devedor cumpra a obrigação É também meio de ressarcimento dosdanos causados pelo inadimplemento da obrigação. A cláusula penal constitui modo de cobrir os prejuízos quedificilmente poderiam ser provados, bem como livrar-se de sua liquidação.
"Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo" O caput do artigo 416 mostra porque a cláusula penal é utilizada. Sem ter o ônus de provar o prejuízo sofrido, o credor apenasdemonstra que houve o inadimplemento da obrigação. O devedor não pode eximir-se da pena alegando ser ela excessiva, ou desproporcional com o dano causado, pois assim foi fixado o acordo.
 Art. 416,§ único - "Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não pode o credor exigir indenização suplementar seassim não foi convencionado. Se o tiver feito, a pena vale como mínimo da indenização, competindo ao credor provar oprejuízo excedente".
O parágrafo único do art. 416 fala dos casos em que a cláusula não ésuficiente para cobrir todos os prejuízos. Nessas hipóteses, cabe ao credor provar o valor das perdas para ser indenizado. Contudo, essa indenização não é imposta em conjunto com a cláusula penal. O valor dessa segunda édescontado no da primeira, pois se busca apenas o ressarcimento dos danos, e não um enriquecimento ilícito docredor. 
Redução da cláusula penal: 
Art. 412 - "O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal". 
Caso haja excesso, o juiz determinará a redução do valor, não chegando a declarar a ineficácia absoluta da cláusula. 
Art.413 - "A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou seo montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio" .
 Quando a prestação foi cumprida em parte, usa-se o princípio da eqüidade, reduzindo-se proporcionalmente o valor. A redução do excesso não possui uma medição fixa. O juízo é de ponderação, observando-se fatores subjetivoscomo a natureza e a finalidade do negócio, para se chegar ao valor final. Tal disposição é de ordem pública, podendo aredução ser determinada de ofício pelo juiz. 
Há diversas leis que estipulam o valor máximo da cláusula penal em situações específicas. Nesses casos, o juiz observa os limites especiais fixados. 
Espécies:
Art. 409 - "A cláusula penal estipulada conjuntamente com a

Outros materiais