Aula 04.05 Elasticidades

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
PUCPR
CÂMPUS TOLEDO
Curso: Administração
Período: 3º
Disciplina: Microeconomia
Docente: Angélica P. S. Meurer, Msc.
2015
ELASTICIDADES
2
Conceito
Sinônimo de sensibilidade;
Quando se afirma que a demanda do bem X é elástica em relação a seu preço, o que se pretende dizer é que os consumidores do bem X são sensíveis a alterações de seu preço; caso este aumente, por exemplo, os consumidores diminuirão de forma significativa a quantidade procurada do bem X.
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Conceito
Quando se afirma que a demanda do bem X é inelástica, quer-se dizer que os consumidores do bem X mudarão muito pouco a sua quantidade procurada mesmo que o preço se eleve substancialmente;
Quatro conceitos de elasticidade – 3 demanda e um de oferta:
Elasticidade – preço da demanda;
Elasticidade – renda da demanda;
Elasticidade – cruzada da demanda;
Elasticidade – preço da oferta;
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Elasticidade – Preço da Demanda
Suponha o seguinte comportamento da demanda de dois bens A e B:
Qual foi o aumento percentual do preço de A e de B?
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DEMANDA DE A
Pa
Qda
10
100
12
60
DEMANDA DE B
Pb
Qdb
20
80
24
76
Elasticidade – Preço da Demanda
Ambos tiveram aumentos de 20%;
Como se comportaram as quantidades demandadas?
QDa diminui 40%;
QDb diminui 5%;
Assim podemos dizer que a demanda de A é elástica – sensível a variações dos preços enquanto a demanda de B é inelástica ou pouco sensível a variação...
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Coeficiente de Elasticidade – Preço da Demanda (Epd)
Medida numérica da sensibilidade da demanda em relação ao preço.
Fórmula:
No caso dos exemplos anteriores:
EpdA = 40%/20% = 2
EpdB = 5%/20% = 0,25
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Coeficiente de Elasticidade – Preço da Demanda (Epd)
Se o valor absoluto de Epd for:
Maior que 1 – a demanda do bem é considerada elástica em relação a seu preço;
Menor que 1 – a demanda do bem é considerada inelástica em relação a seu preço;
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Fatores que influenciam EPD
Somente se pode afirmar que a demanda do bem X é elástica ou não em relação a seu preço a partir de uma comprovação empírica – existem algumas regras práticas:
Quanto maior o grau de utilidade do produto para o consumidor, menos elástica será sua demanda – produto essencial ao consumidor
– produtos de primeira necessidade (alimento, roupa e educação) demanda inelástica 
– produtos de consumo supérfluo (perfume e jóias) apresentam demanda elástica em relação ao seu preço;
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Fatores que influenciam EPD
2) Quanto menos substitutos tiver o bem, menos elástica será sua demanda 
– se o preço do bem X aumentar e houver substitutos para o seu consumo, o consumidor poderá reagir adquirindo maiores quantidades dos bens substitutos e menores quantidades do bem X 
– caso não seja possível continuará adquirindo o bem X e sua demanda será pouco afetada pelo aumento de seu preço.
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Fatores que influenciam EPD
3) Quanto menor o preço do bem X e, portanto, seu peso no orçamento do consumidor, menos elástica será sua demanda 
– caixa de fósforo custa R$ 0,50 se dobrar de preço R$ 1,00 é pouco provável que seu consumo diminua significativamente já que continua a ser um produto muito barato, pouco representativo no orçamento do comprador 
– ao contrário se o preço de um automóvel de luxo aumentar, é quase certo que sua demanda será significativamente afetada;
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Relações entre EPD e a RT dos Produtores
Receita Total do Produtores (RT) corresponde ao seu faturamento, ou seja, resulta da multiplicação das quantidades vendidas do bem X pelo seu preço de venda.
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Relações entre EPD e a RT dos Produtores
Demanda Elástica
Um aumento do preço no mercado reduzirá a RT;
Uma diminuição do preço no mercado aumentará a RT;
A variação percentual da quantidade procurada é maior, em valor absoluto, que a respectiva variação do preço.
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DEMANDA DE A
Pa
Qda
RT
10
100
1.000
12
60
720
Relações entre EPD e a RT dos Produtores
Demanda Inelástica
Um aumento ou diminuição do seu preço mercado acarretará mudanças no mesmo sentido na RT dos produtores, ou seja, ela se elevará ou se reduzirá respectivamente;
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DEMANDA DE B
Pb
Qdb
RT
20
80
1.600
24
76
1.824
Casos especiais de Demanda Linear
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P
QD
Q
Dx
P
QD
P
Dx
DEMANDA INELÁSTICA
DEMANDA INFINITAMENTE ELÁSTICA
Casos especiais de Demanda Linear
Primeiro gráfico – consumidores adquirirão sempre a mesma quantidade do bem X – qualquer que seja o preço – TOTALMENTE INELÁSTICA;
Segundo gráfico – os consumidores adquirirão tantas unidades do bem quanto as que forem oferecidas pelos produtores no mercado, desde que o preço seja P – DEMANDA INFINITAMENTE ELÁSTICA;
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Exemplos Reais
Marca / Produto / Setor
Ed
Pepsi-Cola
2,08
Coca-Cola
1,71
Gasolina
0,20
Óleo
0,15
Ovos
0,26
Cerveja
0,26
Eletricidade
0,40 a 0,50
Cigarros
0,45
Leite
0,54
Carne de porco
0,78
Turismo na Tailândia
1,20
Transporte
0,56
Vestuário
0,89
Recreação
1,09
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Elasticidade Renda da Procura
Conceito
Tem por objetivo medir a sensibilidade da demanda do bem X em relação a variações na renda do consumidor (Y);
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Exemplo
Assim, se a renda dos consumidores se elevar de $ 1.000 para $ 1.300 e as quantidades demandadas dos bens A, B, C e D terão o seguinte comportamento:
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Bens
Quantidade Demandada
Y = 1.000
Y = 1.300
A
40
36
B
50
60
C
60
78
D
20
30
Exemplo
Para o bem A temos:
ER(A)= -10% / 30% = -1/3
A quantidade procurada do bem A diminuiu quando a renda aumentou. 
Que tipo de bem é A???
BEM INFERIOR!!!
O coeficiente de elasticidade renda da procura desse tipo de bens é negativo...
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Exemplo
Para o bem B temos:
ER(B)= 20% / 30% = 2/3 < 1
O coeficiente de elasticidade renda da procura do bem B é positivo... Logo é um bem normal... 
Porém o valor é menor que 1 indicando que B tem demanda INELÁSTICA (pouco sensível) em relação à renda;
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Exemplo
Para o bem C temos:
ER(C)= 30% / 30% = 1
O coeficiente de elasticidade renda da procura do bem C é positivo e igual a 1... Chamada demanda unitária...
A demanda permaneça a mesma quer a renda diminua ou aumente;
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Exemplo
Para o bem B temos:
ER(D)= 50% / 30% = 5/3 > 1
O coeficiente de elasticidade renda da procura do bem B é positivo... E maior que 1;
Logo sua demanda é elástica em relação à variação da renda;
Este tipo de bens são denominados de bens superiores (supérfluos ou de luxo);
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Resumindo...
VALOR DE ER
IMPORTÂNCIA NO ORÇAMENTO
> 1
Aumenta quando a renda se eleva
Diminui quando a renda decresce
= 1
Permanecea mesma, quer a renda diminua ou aumente
< 1
Diminui quando a renda se eleva
Aumenta quanto a renda decresce
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Exemplos Reais
Bense Serviços
Er
Frutasfrescas
1,99
Computadores
1,71
Mobília
1,48
Livros
1,44
Educação
0,55
Frango
0,42
Pão
-0,42
Batatas
-0,81
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Elasticidade Cruzada da Procura
Conceito
Mede a sensibilidade da demanda do bem X a variações nos preços de outros bens (PZ):
Como visto anteriormente, X e Z podem ser substitutos, complementares e de consumo independente;
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Elasticidade Cruzada da Procura
Tabela síntese das relações entre X e Z e o respectivo coeficiente de EC:
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Relação entre X e Z
Valor relativo da EC
Valor absoluto da EC
Substitutos
> 0, positivo
> 1, demanda elástica
< 1, demanda inelástica
= 1,elasticidade unitária
Complementares
< 0, negativo
Consumo Independente
Igual a zero
-
Elasticidade Cruzada da Procura
Exemplo:
Se o preço do bem Z aumenta 10% e a quantidade procurada de X diminui em 15%:
EC = -15% / 10% = -1,5
Como o sinal da EC é negativo, X e Z são complementares;
Preço de Z aumentou e a quantidade procurada de X diminui (foi consumido menos de Z também) – indica que X e Z têm uma relação de complementariedade em seu consumo.
O valor absoluto da EC é maior que 1, logo, a demanda de X é elástica em relação ao preço de Z;
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Exemplos Reais
Mudançano Preço do Bem
Mudança na QuantidadeDemandada do Bem
Ec
Coca-Cola
Pepsi-Cola
0,80
Pepsi-Cola
Coca-Cola
0,61
Manteiga
Margarina
0,81
Margarina
Manteiga
0,67
Gás natural
Eletricidade
0,20
Alimentos
Entretenimento
-0,72
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Elasticidade Preço da Oferta
Conceito
Mede a sensibilidade da oferta a variações no preço do bem X:
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Elasticidade Preço da Oferta
Valores de EPO
Graude Elasticidade
> 1
Oferta Elástica
< 1
Oferta Inelástica
= 1
Ofertade Elasticidade Unitária
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