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1- PROPRIEDADE INTELECTUAL A Propriedade Intelectual é a área do Direito que, por meio de leis, garante a inventores ou responsáveis por qualquer produção do intelecto - seja BENS IMATERIAIS ou INCORPÓREOS nos domínios industrial, científico, literário ou artístico - o direito de obter, por um determinado período de tempo, recompensa resultante pela “criação” – manifestação intelectual do ser humano. 2. NATUREZA JURÍDICA A natureza jurídica da propriedade intelectual é um reflexo do direito do autor ou criador sobre suas obras e invenções. Em termos jurídicos, esses direitos podem ser classificados em: DIREITO AUTORAL É o direito que decorre basicamente da autoria de obras intelectuais no campo literário, científico e artístico, de que são exemplos: desenhos, pinturas, esculturas, livros, conferências, artigos científicos, matérias jornalísticas, músicas, filmes, fotografias, software, entre outros PROPRIEDADE INDUSTRIAL A propriedade Industrial tem o seu foco de interesse voltado para a atividade empresarial. Tem por objeto patente de invenção e de modelo de utilidade, marca, desenho industrial, indicação geográfica, segredo industrial e repressão a concorrência desleal, sendo regulamentada pela Lei nº 9.279/96. A propriedade industrial engloba um conjunto de direitos e obrigações relacionados a bens intelectuais, objeto de atividade industrial de empresas ou indivíduos. Assegura a seu proprietário (titular do direito) a exclusividade de: fabricação, comercialização, importação, uso, venda e cessão. PROTEÇÕES SUI GENERIS Com o surgimento de novas criações intelectuais, a possibilidade de incorporação de novas modalidades de direito para proteção dessas criações está sendo ampliadas. Essas figuras jurídicas intermediárias entre a Propriedade Industrial e o Direito Autoral, são denominadas “híbridos jurídicos”. Exemplos de proteções sui generis: · Topografia dos Circuitos Integrados – Lei nº 11.484, de 31 de maio de 2007. · Proteção de Cultivares (ou Obtenções Vegetais ou Variedades Vegetais) – Lei nº 9.456, de 25 de abril de 1997, o Decreto nº 2.366, de 5 de novembro de 1997 que regulamenta a Lei de Cultivares e dispõe sobre o Serviço Nacional de Proteção de Cultivares – SNPC, a Convenção Internacional para a Proteção das Obtenções Vegetais, promulgadas através do Decreto nº 3.109, de 30 de junho de 1990. · Conhecimentos Tradicionais Associados aos Recursos Genéticos – Medida Provisória nº 2.186-16, de 23 de agosto de 2001, Convenção sobre Diversidade Biológica, promulgada através do Decreto nº 2.519, de 16 de março de 1998. Esses direitos são considerados bens imateriais, pois dizem respeito a criações do intelecto, e sua proteção visa tanto o reconhecimento moral quanto a compensação econômica. Embora não sejam tangíveis, têm grande valor econômico e social 3. LEGISLAÇÃO APLICADA No Brasil, a proteção da propriedade intelectual é regulamentada por diversas normas legais. As principais legislações aplicáveis são: Lei nº 9.610/1998 – Lei de Direitos Autorais, que regula os direitos sobre obras literárias, artísticas e científicas. Lei nº 9.279/1996 – Lei de Propriedade Industrial, que trata das patentes, marcas, desenhos industriais e outros direitos relacionados à propriedade industrial. Lei nº 13.709/2018 (LGPD) – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, que, embora não trate diretamente de propriedade intelectual, tem implicações sobre o uso e a proteção de dados, incluindo dados relacionados a inovações e criações digitais. Convenções Internacionais: O Brasil é signatário de diversos tratados internacionais, como a Convenção de Berna (para a proteção de obras literárias e artísticas) e o Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT), que visam harmonizar as normas de propriedade intelectual entre os países signatários. Além disso, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) é o órgão responsável pela concessão de registros de patentes, marcas, e outros direitos relacionados à propriedade industrial no Brasil. A proteção de propriedade intelectual é fundamental para incentivar a inovação, promover a criação e assegurar que os autores possam desfrutar dos frutos de suas obras e invenções.