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Contabilidade e Análise de Custos - Módulo 3.1 - CCB

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Análise Contábil 
Módulo 3.1
Ricardo Luiz da Silva 
Paula Nardi
Ribeirão Preto
2014
Editorial
Presidente do SEB (Sistema Educacional 
Brasileiro S.A)
Chaim Zaher
Vice-Presidente do SEB
Adriana Baptiston Cefali Zaher
Diretoria Executiva do SEB
Nilson Curti
Rafael Gomes Perri
Reitor do Centro Universitário UniSEB
Chaim Zaher
Vice-Reitor do Centro Universitário UniSEB
Reginaldo Arthus
Pró-reitor de Educação a Distância 
Jeferson Ferreira Fagundes 
Diretora Acadêmica de Educação a Distância
Claudia Regina de Brito 
Coordenação Pedagógica de Educação a 
Distância
Alessandra Henriques Ferreira 
Gladis S. Linhares Toniazzo
Marina Caprio
Coordenação do Curso de 
Ciências Contábeis 
Andréia Marques Maciel
Produção Editorial
Karen Fernanda Bortoloti 
Marcelo dos Santos Calderaro 
© UniSEB Interativo
Todos os direitos desta edição reservados à UniSEB Interativo.
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou meio eletrônico, e mecânico, fotográfico e gravação ou 
qualquer outro, sem a permissão expressa da UniSEB Interativo. A violação dos direitos autorais é punível como crime (Códi-
go Penal art. 184 e §§; Lei 6.895/80), com busca, apreensão e indenizações diversas (Lei 9.610/98 – Lei dos Direitos Autorais – arts. 
122, 123, 124 e 126)
S
um
ár
io
S
um
ár
io Apresentação Uniseb Interativo ....................... 13Apresentação do módulo ....................................... 15
Contabilidade Intermediária ............................................. 17
Unidade 1: Contabilidade ....................................................... 19
Objetivos da sua aprendizagem ...................................................... 19
Você se lembra? ................................................................................... 19
1.1 O papel da Contabilidade e os seus usuários ................................... 20
1.2 Uma comparação entre o Processo de Comunicação e o Papel da 
Contabilidade.................................................................................................. 23
1.3 Contabilidade como ciência ....................................................................... 27
1.3.1 Princípios fundamentais de Contabilidade ................................................. 29
1.4 Características da informação contábil............................................................ 32
1.5 Breve histórico da normatização ....................................................................... 33
Atividades ................................................................................................................... 36
Reflexão ....................................................................................................................... 37
Leituras recomendadas ................................................................................................. 37
Referências .................................................................................................................... 37
Na próxima unidade ....................................................................................................... 38
Unidade 2: Conceitos básicos de Contabilidade ........................................................ 39
Objetivos da sua aprendizagem ..................................................................................... 39
Você se lembra? ............................................................................................................ 39
Introdução .................................................................................................................... 40
2.1 Patrimônio .......................................................................................................... 40
2.2 Ativo ................................................................................................................. 45
2.3 Passivo .......................................................................................................... 47
2.4 Patrimônio líquido .................................................................................... 48
2.5 Um exemplo de formação do patrimônio .............................................. 49
2.6 Conceito de receita e despesa ............................................................ 54
Atividades ............................................................................................. 55
Reflexão ............................................................................................ 56
Leituras recomendadas ................................................................. 56
Referências .............................................................................. 56
Na próxima unidade ........................................................... 56
Unidade 3: Demonstrações contábeis ......................................................................... 57
Objetivos da sua aprendizagem ...................................................................................... 57
Você se lembra? .............................................................................................................. 57
Introdução ....................................................................................................................... 58
3.1 A Qualidade das demonstrações contábeis .............................................................. 61
3.2 O papel do contador na elaboração das Demonstrações Contábeis ......................... 62
3.3 Escrituração .............................................................................................................. 63
3.4 Livros ....................................................................................................................... 65
3.5 Escrituração contábil – Formalidades ...................................................................... 68
3.6 Diário, razão e outros registros ................................................................................ 70
3.7 Balanço Patrimonial ................................................................................................. 72
3.8 Demonstração do resultado do exercício ................................................................. 94
Modelo de demonstração do resultado do exercício ....................................................... 95
3.9 Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados .................................................. 96
3.10 Demonstração das mutações do Patrimônio Líquido ............................................. 99
Atividades ..................................................................................................................... 102
Reflexão ........................................................................................................................ 103
Leituras recomendadas .................................................................................................. 103
Referências .................................................................................................................... 103
Na próxima unidade ...................................................................................................... 104
Unidade 4: Operações com mercadorias .................................................................. 105
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 105
Você se lembra? ............................................................................................................ 105
Introdução ..................................................................................................................... 106
4.1 Descontos ............................................................................................................... 108
4.2 Resultadoda Conta de Mercadorias ...................................................................... 108
4.3 Critérios de avaliação de estoques ......................................................................... 113
4.4 Conceito de custo integrado e coordenado com a escrituração ............................. 113
4.5 Empresa que não mantém controle de estoques .................................................... 115
Atividades ..................................................................................................................... 122
Reflexão ........................................................................................................................ 123
Leituras recomendadas .................................................................................................. 123
Referências .................................................................................................................... 123
Na próxima unidade ...................................................................................................... 124
Unidade 5: Lançamentos contábeis específicos ........................................................ 125
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 125
Você se lembra? ............................................................................................................ 125
Introdução ..................................................................................................................... 126
5.1 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) ..................................... 126
5.2 Por que criar a Provisão? ....................................................................................... 126
5.3 Operações com duplicatas ..................................................................................... 128
5.4 NBC T 19 – Aspectos contábeis específicos .......................................................... 134
5.5 Despesa .................................................................................................................. 148
Atividades ..................................................................................................................... 163
Reflexão ........................................................................................................................ 164
Leituras recomendadas .................................................................................................. 165
Referências .................................................................................................................... 165
Na próxima unidade ...................................................................................................... 165
Unidade 6: Ativo imobilizado ..................................................................................... 167
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 167
Você se lembra? ............................................................................................................ 167
Introdução ..................................................................................................................... 168
6.1 Caracterísiticas e valor contábil ............................................................................. 168
6.2 Imobilizado em operação ....................................................................................... 170
6.3 Imobilizado em andamento .................................................................................... 172
6.4 Consórcios.............................................................................................................. 173
6.5 Importações em Andamento .................................................................................. 173
6.6 Critérios de avaliação do ativo imobilizado ........................................................... 173
6.7 Depreciação, amortização e exaustão .................................................................... 178
6.8 Exercício Resolvido ............................................................................................... 182
6.9 Amortização ........................................................................................................... 183
6.10 Exaustão ............................................................................................................... 184
Exercício Resolvido ...................................................................................................... 184
Exercício Resolvido ...................................................................................................... 186
6.11 NBC T 19 – Aspectos contábeis específicos ........................................................ 189
Atividades ..................................................................................................................... 193
Reflexão ........................................................................................................................ 194
Leituras recomendadas .................................................................................................. 195
Referências .................................................................................................................... 195
Na próxima unidade ...................................................................................................... 195
Unidade 7: Provisões, passivos, contingências passivas e contingências ativas ..... 197
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 197
Você se lembra? ............................................................................................................ 197
Introdução .................................................................................................................... 198
7.1 Provisões ................................................................................................................ 201
7.2 Provisões de Férias e 13º Salário ........................................................................... 201
7.3 Provisões para Contingências Fiscais .................................................................... 202
7.4 Provisões Para Contingências Trabalhistas ............................................................ 202
7.5 Provisão para Perdas Prováveis em Investimentos ................................................ 202
7.6 Provisão para a Redução de Ativos ao Valor de Mercado ..................................... 203
7.7 NBC T 19.7 – Provisões, Passivos, Contigências passivas e contigências ativas . 203
Atividades ..................................................................................................................... 228
Reflexão ........................................................................................................................ 229
Leituras recomendadas .................................................................................................. 230
Referências .................................................................................................................... 230
Na próxima unidade ...................................................................................................... 230
Unidade 8: Demonstração do valor adicionado ........................................................ 231
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 231
Você se lembra? ............................................................................................................ 231
Introdução .....................................................................................................................232
8.1 Conceito ................................................................................................................. 233
8.2 Objetivo .................................................................................................................. 235
8.3 Outras informações acerca da Demonstração do Valor Adicionado ...................... 236
8.4 Norma brasileira de contabilidade ......................................................................... 238
8.5 Demonstração do valor adicionado dos exercícios findos em 31 de dezembro, em 
milhares de reais ........................................................................................................... 242
8.6 Exercício Resolvido ............................................................................................... 244
8.7 Artigo sobre Distribuição de Riqueza no Brasil ................................................... 247
Atividades ..................................................................................................................... 249
Reflexão ........................................................................................................................ 250
Leituras recomendadas .................................................................................................. 250
Referências .................................................................................................................... 251
Na próxima unidade ...................................................................................................... 252
Unidade 9: Demonstração do fluxo de caixa............................................................. 253
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 253
Você se lembra? ............................................................................................................ 253
Introdução ..................................................................................................................... 254
9.1 Conceito ................................................................................................................. 254
9.2 Objetivo e comparação com a DRE ....................................................................... 255
9.3 Histórico do fluxo de caixa .................................................................................... 260
9.4 Classificação das atividades ................................................................................... 261
9.5 Fluxo das operações ............................................................................................... 262
9.6 Método Direto ........................................................................................................ 262
9.7 Método Indireto ..................................................................................................... 263
9.8 Método Direto X Método Indireto ......................................................................... 263
9.9 Fluxo dos financiamentos ...................................................................................... 264
9.10 Fluxo dos investimentos ...................................................................................... 265
9.11 Transação de Investimento e Financiamento sem efeito no Caixa ...................... 266
9.12 Vantagens do Fluxo de Caixa ............................................................................... 266
9.13 Desvantagens do Fluxo de Caixa ......................................................................... 267
Exercício Resolvido ...................................................................................................... 267
9.14 Modelo de fluxo de caixa para facilitar a análise ................................................ 273
9.15 Notas explicativas ................................................................................................ 274
9.16 Quadros Analíticos Sulementares ........................................................................ 275
9.17 Comentários do autor ........................................................................................... 275
9.18 Relatório da diretoria ........................................................................................... 275
Atividades ..................................................................................................................... 276
Reflexão ........................................................................................................................ 277
Leituras recomendadas .................................................................................................. 277
Referências .................................................................................................................... 277
Contabilidade e análise de custos .................................................................. 279
Unidade 1: Introdução à contabilidade de custos .................................................... 281
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 281
Você se lembra? ............................................................................................................ 281
Introdução ..................................................................................................................... 282
1.1 Histórico da contabilidade de custos ...................................................................... 282
1.2 Características da Contabilidade de Custos ........................................................... 288
1.3 Contabilidade de Custos versus Contabilidade Financeira .................................... 290
Atividades ..................................................................................................................... 290
Reflexão ........................................................................................................................ 291
Leituras recomendadas .................................................................................................. 292
Referências .................................................................................................................... 292
Na próxima unidade ...................................................................................................... 293
Unidade 2: Terminologia contábil ............................................................................. 295
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 295
Você se lembra? ............................................................................................................ 295
Introdução ..................................................................................................................... 296
2.1 Terminologia contábil ............................................................................................ 296
Atividades ..................................................................................................................... 301
Reflexão ........................................................................................................................ 303
Leituras recomendadas .................................................................................................. 303
Referências .................................................................................................................... 304
Na próxima unidade ...................................................................................................... 304
Unidade 3: Custos para avaliação de estoques: custeio por absorção ................... 307
Objetivos da sua aprendizagem ....................................................................................307
Você se lembra? ............................................................................................................ 307
Introdução ..................................................................................................................... 309
3.1 Custos diretos e custos indiretos ............................................................................ 309
3.2 Aplicação de custos aos produtos .......................................................................... 309
3.3 Custeio por Absorção ............................................................................................. 313
3.4 Análise dos critérios de rateio ................................................................................ 315
3.5 Aplicação o Custeio por Absorção ......................................................................... 318
Atividades ..................................................................................................................... 321
Reflexão ........................................................................................................................ 326
Leituras recomendadas .................................................................................................. 327
Referências .................................................................................................................... 327
Na próxima unidade ...................................................................................................... 328
Unidade 4: Custeio por absorção com departamentalização e o cuidado com os 
custos indiretos de fabricação .................................................................................. 329
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 329
Você se lembra? ............................................................................................................ 329
Introdução ..................................................................................................................... 330
4.1 Aplicação dos custos indiretos de fabricação ......................................................... 330
4.2 Conceitos de Departamento e sua classificação ..................................................... 331
4.3 Centros de Custos .................................................................................................. 333
4.4 Custeio por Absorção com Departamentalização .................................................. 333
4.5 Outros aspectos da Contabilidade de Custos ......................................................... 340
4.5.1 Custos de materiais diretos ................................................................................. 340
4.5.2 Apuração de custos em produção por ordem ...................................................... 342
4.5.3 Apuração de custos em produção contínua ......................................................... 344
4.5.4 Apuração de custos em produção conjunta ......................................................... 344
Atividades ..................................................................................................................... 345
Reflexão ........................................................................................................................ 348
Leituras recomendadas .................................................................................................. 349
Referências .................................................................................................................... 350
Na próxima unidade ...................................................................................................... 350
Unidade 5: Custeio baseado em atividades ............................................................... 351
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 351
Você se lembra? ............................................................................................................ 351
Introdução ..................................................................................................................... 352
5.1 Apuração dos custos das atividades ....................................................................... 353
5.2 Alocação dos custos das atividades aos produtos .................................................. 356
5.3 Exemplo de aplicação do ABC .............................................................................. 357
5.4 Utilização do ABC para avaliação de desempenho ............................................... 361
5.5 ABC e o custeio variável ........................................................................................ 363
5.6 Vantagens e desvantagens do Custeio Baseado em Atividades ............................. 363
5.7 Exercício resolvido com aplicação do ABC em uma empresa de serviços ........... 364
Atividades ..................................................................................................................... 368
Reflexão ........................................................................................................................ 370
Leituras recomendadas .................................................................................................. 371
Referências .................................................................................................................... 371
Na próxima unidade ...................................................................................................... 371
Unidade 6: Custeio variável ....................................................................................... 373
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 373
Você se lembra? ............................................................................................................ 373
Introdução ..................................................................................................................... 374
6.1 Conceito de margem de contribuição..................................................................... 374
6.2 Custeio variável ..................................................................................................... 376
6.3 Exemplo de aplicação do Custeio Variável com uso da Margem de Contribuição 379
6.4 Distinção entre custeio por absorção e custeio variável ........................................ 381
6.5 Exercício Resolvido: Aplicação da Margem de Contribuição ............................... 385
6.6 Exercício Resolvido: Aplicação do Custeio Variável com uso da Margem de 
Contribuição ................................................................................................................. 388
Atividades ..................................................................................................................... 390
Reflexão ........................................................................................................................ 391
Leituras recomendadas .................................................................................................. 392
Referências .................................................................................................................... 392
Na próxima unidade ...................................................................................................... 393
Unidade 7: Análise custo – volume – lucro ................................................................ 395
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 395
Você se lembra? ............................................................................................................395
Introdução ..................................................................................................................... 396
7.1 Comportamento dos Custos Fixos, Variáveis e Receita de Venda ........................ 396
7.2 Conceito de Ponto de Equilíbrio ............................................................................ 399
7.3 Ponto de Equilíbrio Contábil, Econômico e Financeiro ........................................ 402
7.4 Aplicações dos conceitos de ponto de equilíbrio ................................................... 407
7.5 Margem de Contribuição e aplicação do Ponto de Equilíbrio Contábil para N 
produtos ............................................................................................................... 408
Atividades ..................................................................................................................... 412
Reflexão ........................................................................................................................ 414
Leituras recomendadas .................................................................................................. 415
Referências .................................................................................................................... 415
Na próxima unidade ...................................................................................................... 416
Unidade 8: Custos para controle ............................................................................... 417
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 417
Você se lembra? ............................................................................................................ 417
Introdução ..................................................................................................................... 418
8.1 Custo-padrão .......................................................................................................... 419
8.2 Análise das variações de materiais diretos e mão de obra ..................................... 422
8.2.1 Variações de materiais diretos ............................................................................. 422
8.2.2 Variações de mão de obra direta ......................................................................... 424
8.3 Análise das variações dos Custos Indiretos ........................................................... 425
8.4 Aplicação dos Custos para Controle ...................................................................... 426
Atividades ..................................................................................................................... 427
Reflexão ........................................................................................................................ 429
Leituras recomendadas .................................................................................................. 430
Referências .................................................................................................................... 430
Na próxima unidade ...................................................................................................... 431
Unidade 9: Decisões em custos ................................................................................... 433
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 433
Você se lembra? ............................................................................................................ 433
Introdução ..................................................................................................................... 434
9.1 Custo de Oportunidade .......................................................................................... 434
9.2 Aplicações do conceito de Custo de Oportunidade ................................................ 436
9.2.1 Decisões de investimento .................................................................................... 438
9.2.2 Decisões sobre mix de produção ......................................................................... 440
9.3 Outras decisões envolvendo Custos de Oportunidade ........................................... 441
Atividades ..................................................................................................................... 443
Reflexão ........................................................................................................................ 444
Leituras recomendadas .................................................................................................. 445
Referências .................................................................................................................... 445
A
pr
es
en
ta
çã
o
A
pr
es
en
ta
çã
o O UniSEB Interativo
Prezado(a) acadêmico(a)
Bem-vindo(a) ao Centro Universitário UniSEB 
Interativo. Temos o prazer de recebê-lo(a) no novo 
segmento desta instituição de ensino que já possui mais 
de 40 anos de experiência em educação.
O Centro Universitário UniSEB Interativo tem se des-
tacado pelo uso de alta tecnologia nos cursos oferecidos, além 
de possuir corpo docente formado por professores experientes e 
titulados. 
O curso, ora oferecido, foi elaborado dentro das Diretrizes 
Curriculares do MEC, de acordo com padrões de ensino superior da 
mais alta qualidade e com pesquisa de mercado. 
Assim, apresentamos neste material o trabalho desenvolvido pe-
los professores que, por meio da tecnologia da informação e comunica-
ção, proporciona ensino inovador e sempre atualizado.
Este livro, o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e a teleaula 
integram a base que visa transmitir os conhecimentos necessários à sua 
formação, além de auxiliá-lo(a) nos estudos e incentivá-lo(a), com as indi-
cações bibliográficas de cada unidade, a fim de aprofundar cada vez mais 
o seu saber.
Procure ler os textos antes de cada aula para poder acompanhá-la 
melhor e, assim, interagir com o professor nas aulas ao vivo. Não deixe 
para estudar no final de cada módulo somente com o objetivo de passar 
pelas avaliações; procure ler este material, realizar outras leituras e 
pesquisas sobre os temas abordados e estar sempre atualizado, afi-
nal, num mundo globalizado e em constante transformação, é pre-
ciso estar sempre informado.
Procure dedicar-se ao curso que você escolheu, aproveitan-
do-se do momento que é fundamental para sua formação pesso-
al e profissional. Leia, pesquise, acompanhe as aulas, realize 
as atividades on-line, desta maneira você estará se forman-
do de maneira responsável, autônoma e, certamente, fará 
diferença no mundo contemporâneo.
Sucesso!
A
pr
es
en
ta
çã
o Módulo 3.1
Caros alunos(as)
A contabilidade é, atualmente, um instrumento 
fundamental para auxiliar na administração das 
organizações, pois tem como principal objetivo a ge-
ração de informações para embasar as decisões a serem 
tomadas, bem como, reduzir o seu grau de incerteza. Para 
isso, identifica, registra, mensura, e possibilita a análise e a 
predição dos eventos econômicos que alteram o patrimônio de 
uma empresa.
Uma organização que não dispõe de um sistema contábil ágil 
e eficaz para evidenciar as oscilações e as mutações relevantes em 
seu patrimônio e no resultado de suas operações e transações, em res-
posta às ameaças e às oportunidades impostas pelo atual ambiente dos 
negócios, não estará apta a garantir a continuidade do empreendimento 
no tempo. Assim, as informações geradas pela contabilidade e relatadas 
por meio das demonstrações contábeis e demais relatórios financeiros 
são ferramentas imprescindíveis para o entendimento da posição passa-
da, dasituação atual e, principalmente, das expectativas futuras garan-
tindo, dessa forma, aos usuários e gestores responsáveis pelos destinos 
da organização, informações para instruir o processo decisório com um 
grau de confiabilidade compatível com o atual ambiente econômico e 
mercadológico. Serão tratados aspectos da contabilidade de custos para 
um embasamento no planejamento e no controle empresarial permi-
tindo, assim, um ferramental completo para a análise na tomada de 
decisão. Para isso, conheceremos o histórico da contabilidade de 
custos, como surgiu, porque evoluiu; apresentaremos as expres-
sões: contabilidade de custos, contabilidade financeira e conta-
bilidade gerencial; conheceremos as principais terminologias 
utilizadas nessa contabilidade e os princípios contábeis que 
aqui cabem; conheceremos os métodos de custeio como: 
custeio por absorção, custeio por absorção com depar-
tamentalização, custeio variável e custeio baseado 
em atividades, suas vantagens e desvantagens. Por 
fim, entraremos na parte gerencial do curso com 
aplicação da contabilidade de custos nos cenários envolvendo tomada de 
decisão e analisando variações de mão de obra e matéria-prima, ponto de 
equilíbrio contábil, ponto de equilíbrio econômico e ponto de equilíbrio 
financeiro, bem como a importância e como considerar o custo de oportu-
nidade no processo decisório.
A disciplina de contabilidade intermediária constitui-se em uma 
das matérias básicas do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Inte-
rativa COC (FIC). Por meio dela, o aluno tomará conhecimento de novos 
conceitos que consideramos fundamentais para a continuidade do curso 
e para a formação profissional do contabilista. Esses conceitos surgem a 
partir de algumas reflexões, como o papel da contabilidade diante da so-
ciedade, isto é, qual a função da contabilidade? Quem pode se beneficiar 
com as informações geradas por ela ? Vamos buscar essas respostas espe-
cificamente na unidade 1 da apostila. Além disso, vamos aprender novos 
lançamentos contábeis relacionados às operações financeiras, entre as 
quais, aplicações financeiras e empréstimos. O aluno também vai conhe-
cer as demonstrações contábeis, tais como demonstração das mutações do 
patrimônio líquido, demonstração de lucros e prejuízos acumulados, de-
monstração de fluxo de caix e, demonstração do valor adicionado. Além 
de aprender a elaborar essas demonstrações, o aluno vai observar que elas 
atendem a propósitos diferentes na contabilidade, mas que juntas repre-
sentam uma fonte considerável de riqueza informacional para os usuários 
dos conhecimentos contábeis.
Mas, devemos ressaltar que o estudo de nosso aluno não deve se 
limitar a essa apostila. É necessário buscar informações em material com-
plementar como livros, sites da Internet, revistas da área etc. É importante 
acompanhar os pronunciamentos técnicos que já foram publicados e os 
que estão sendo publicados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, 
os quais trazem muitas mudanças que, gradualmente, estão sendo incor-
poradas à contabilidade.
Paula Carolina Ciampaglia Nardi
Ricardo Luiz Menezes da Silva
 
Contabilidade Intermediária
Essa disciplina constitui-se em uma das 
matérias básicas do curso de Ciências Contá-
beis da Faculdade Interativa. É possível afirmar 
isso porque o aluno vai aprender conceitos novos 
que consideramos fundamentais para a continuidade do 
curso. Entre esses conceitos novos, podemos citar alguns: 
nós vamos refletir sobre o papel da contabilidade diante da 
sociedade, isto é, qual a função da contabilidade? Quem pode 
se beneficiar com as informações geradas pela Contabilidade? 
Vamos buscar essas respostas especificamente na unidade 1. Além 
disso, vamos aprender novos lançamentos contábeis relacionados às 
operações financeiras, como aplicações financeiras e empréstimos. O 
aluno também vai conhecer novas demonstrações contábeis, tais como 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), De-
monstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA), Demonstração 
de Fluxo de Caixa (DFC), Demonstração do Valor Adicionado (DVA). 
Além de aprender a elaborar essas demonstrações, o aluno vai observar 
que elas atendem a propósitos diferentes na Contabilidade, mas juntas 
representam uma fonte considerável de riqueza informacional para os 
usuários das informações contábeis.
No entanto, devemos ressaltar que o estudo de nosso aluno não 
deve se limitar a este conteúdo. É necessário buscar informações em 
material complementar, como livros, sites da internet , revistas da área 
etc. É importante acompanhar os Pronunciamentos Técnicos que já 
foram publicados e os que estão sendo publicados pelo Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis, os quais trazem muitas mudanças 
que, gradualmente, estão sendo incorporadas à Contabilidade.
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Contabilidade
Nesta primeira unidade, estudar o 
papel da contabilidade diante de seus 
usuários e fazer uma comparação entre o 
Processo de Comunicação e o Papel da Contabi-
lidade. Adicionalmente, vamos conhecer a estrutu-
ra conceitual da contabilidade.
Objetivos da sua aprendizagem
Após essa unidade você será capaz de:
• definir o importante papel da contabilidade;
• conhecer os diversos tipos de usuários da contabilidade;
• fazer uma comparação entre o processo de comunicação e o pa-
pel da contabilidade.
• listar as características da informação contábil;
• fazer um breve histórico da normatização da contabilidade.
Você se lembra?
Você já tomou alguma decisão baseada em informação contábil ou, 
então, gerou alguma informação contábil para um dos usuários da conta-
bilidade (governo, bancos, fornecedores, investidores, proprietários etc.)? 
Um dos pontos que vamos discutir nessa unidade diz respeito ao papel da 
contabilidade, isto é, qual a utilidade da informação contábil e quem se 
beneficia dela, ou seja, para quem ela é gerada.
 
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O conceito de 
Contabilidade, de acordo 
com Marion (2009, p. 28), é o ins-
trumento que fornece informações úteis 
para a tomada de decisões dentro e fora da 
empresa.
U.UU OUpapelUUaUContabiliUaUeUeUosUseusUusuários
É importante que o aluno tenha consciência da importância de es-
tudar contabilidade. Um dos estudiosos da área explica: a contabilidade 
é o instrumento que fornece informações úteis para a tomada de decisões 
dentro e fora da empresa. Ela é muito 
antiga e sempre existiu para auxi-
liar as pessoas a tomarem deci-
sões [MARION, 2009, p. 28].
Iudícibus, Martins 
e Gelbecke (2007, p. 30) 
afirmam que o objetivo 
principal da contabilidade é 
o de permitir a cada grupo 
de usuários a avaliação da 
situação econômica e financeira 
da entidade, num sentido estático, 
bem como fazer inferências sobre 
suas tendências futuras.
De acordo com Padoveze (2009, p. 82), a contabilidade é o conjunto 
de teorias, conceitos e técnicas utilizadas para atingir o objetivo de contro-
lar uma massa patrimonial. A utilização da contabilidade para administra-
ção patrimonial será vista por meio de um exemplo na próxima unidade.
O conceito de contabilidade apresentado por esses autores nos permite vi-
sualizar, de maneira ampla, o papel da contabilidade, mas é possível observar com 
mais detalhes por meio do que Lopes e Martins (2005, p. 51) comentam a seguir.
De acordo com esses autores, a contabilidade, que pode ser vista 
também como um processo contábil, é formada por três etapas, as quais 
são: reconhecimento, mensuração e evidenciação. A primeira diz respeito 
ao processo de classificação da ação de natureza econômica; para a se-
gunda é necessário definir as basesde mensuração dessa ação; a última 
envolve o ato de demonstrar para os usuários externos à organização o 
processo de reconhecimento e mensuração realizado. Ainda neste capítulo 
será comentado o significado de usuários externos e internos.
Figura 1 – Etapas do processo contábil
Reconhecimento Mensuração Evidenciação
 
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Considere como exemplo de ação de natureza econômica uma sim-
ples compra de mercadoria para revenda. Após a compra da mercadoria, é 
possível reconhecê-la (etapa 1 do processo contábil) como um ativo, ou 
mais especificamente como um estoque. Ao mesmo tempo em que ocorre 
o reconhecimento, devemos atribuir um valor para essas mercadorias em 
estoque, ou seja, devemos mensurá-las (etapa 2 do processo contábil), o 
que pode ser feito pelo custo de aquisição desses itens. Após reconhecer e 
mensurar as mercadorias, podemos demonstrar ou evidenciar isso (etapa 
3 do processo contábil) para possíveis interessados.
Em outras palavras, a compra de mercadorias para estoque e todas 
as movimentações que podem ser mensuradas monetariamente são regis-
tradas pela contabilidade. Após isso, os dados são resumidos em forma de 
relatórios e entregues aos interessados em conhecer a situação da empresa. 
Esses interessados analisam os relatórios contábeis e tomam decisões em 
relação ao futuro. Mas, afinal, quem são esses interessados, conhecidos 
também como usuários da contabilidade ou da informação contábil?
Os usuários são as pessoas que utilizam a contabilidade, que se 
interessam pela situação da empresa e buscam na contabilidade suas res-
postas, tais como:
• os gerentes ou administradores, responsáveis pela administra-
ção de recursos humanos, materiais e financeiros de uma em-
presa, ou de maneira mais ampla pela gestão do negócio – estes 
recorrem à contabilidade, que fornece um fluxo contínuo de in-
formações sobre os mais variados aspectos da gestão financeira 
e econômica das empresas;
• os investidores (sócios ou acionistas), ou seja, aqueles que apli-
cam dinheiro na empresa, interessados basicamente em obter 
lucro – estes utilizam os relatórios contábeis, analisando se a 
empresa é rentável;
• os fornecedores de mercadoria a prazo, que querem saber se a 
empresa tem condições de pagar suas dívidas;
• os bancos, que emprestam dinheiro desde que a empresa tenha 
condições de pagamento;
• o governo, quer saber quanto de impostos foi gerado para os 
cofres públicos;
• outros interessados que desejam conhecer melhor a situação 
da empresa: os empregados, os sindicatos, os concorrentes etc. 
[MARION, 2009, p. 29].
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Podemos notar que esses usuários são muito diferentes, mas todos, 
em algum grau, dependem de informação contábil para tomar decisões. 
Uma das diferenças entre dois tipos de usuário é retratada por Iudícibus et 
al. (1998, p. 23): quando a empresa opera com prejuízo ou começa a operar 
ineficientemente, é muito provável que os sócios continuem investindo nela 
seus capitais, na esperança de uma melhoria, ao passo que os bancos, cuja 
única finalidade é rentabilidade e segurança de retorno de seus investimen-
tos, serão os primeiros a “abandonar o barco em perigo de naufrágio”.
Figura 2 – Alguns usuários da informação contábil
 
Administradores Fornecedores
Informação
Contábil
Investidores
GovernoBancos
ADAPTADO DE MARION (2009, P. 29)
Iudícibus, Martins e Gelbcke (2007, p. 29) definem como usuário 
toda pessoa física ou jurídica que tenha interesse na avaliação da situação 
e do progresso de determinada entidade, seja tal entidade empresa, ente de 
finalidades não lucrativas, ou mesmo patrimônio familiar.
Portanto, são basicamente dois tipos de usuários: os usuários inter-
nos, como os administradores, e os usuários externos, como os bancos, os 
fornecedores, o governo e outros. A principal diferença entre esses dois tipos 
de usuários é que o primeiro grupo utiliza informações mais aprofundadas e 
específicas acerca da empresa, enquanto o segundo concentra suas atenções 
em aspectos mais genéricos, expressos nas demonstrações contábeis.
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Agora que já vimos quem são os usuários da informação contábil, 
vamos voltar à discussão sobre o papel da contabilidade, fazendo uma 
analogia entre esse papel e o processo de comunicação.
U.2UUmaUcomparaçãoUentreUoUProcessoUUeU
ComunicaçãoUeUoUPapelUUaUContabiliUaUe
Sabemos que o homem sempre usou a comunicação como forma 
de estabelecer relações e evoluir a cada período da história, pois, quando 
emitimos ou recebemos uma mensagem, estamos estabelecendo uma in-
terface com outras pessoas. Esse processo é denominado de comunicação 
e pode ser realizado por meio de gestos, símbolos, fala, além de outros 
mecanismos [BERLO, 1997, p. 15 apud ARAUJO DIAS et al, 2004, p. 2].
De acordo com Araujo Dias et al. (2004, p. 2), para garantir a qua-
lidade da informação compartilhada entre quem emite e quem recebe, 
como uma simples conversa entre duas pessoas, é necessário observar os 
elementos constitutivos do processo comunicacional, que são: a fonte, o 
codificador, a mensagem, o canal, o decodificador e o receptor.
Quadro 1 – Elementos constitutivos do processo comunicacional
Fonte É o elemento de onde se origina a comunicação.
Codificador É o construtor da mensagem, a qual é a expressão do objeto.
Canal Meio de transmissão da mensagem.
Decodificador Mecanismo utilizado para assimilação da mensagem.
Receptor Indivíduo a quem a mensagem se destina.
ADAPTADO DE ARAUJO DIAS ET AL. (2004, P. 2)
Esses elementos são usados no processo comunicacional, como de-
monstra a figura a seguir.
Figura 3 – Processo omunicacional
PROCESSO COMUNICACIONAL
Mensagem
Fonte Codificador Canal Decodificador Receptor
Feedback
ADAPTADO DE ARAUJO DIAS ET AL. (2004, P. 3)
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Um dos problemas que podem dificultar o processo de comunicação 
é o ruído, o qual pode ser definido como uma perturbação indesejável com 
capacidade para provocar perdas ou desvios na mensagem. O Dicionário 
Aurélio complementa: toda fonte de erro, distúrbio ou deformação de 
fidelidade na transmissão de uma mensagem. Podemos imaginar esse ele-
mento em uma conversa entre duas pessoas que ocorre numa apresentação 
musical, na qual o som dos instrumentos representa o ruído que impede a 
comunicação de forma clara entre essas duas pessoas.
Se não há ruídos na comunicação, podemos afirmar que a ação após 
o conhecimento da mensagem, também conhecida como feedback – que é 
consequência do processo de comunicação –, será mais eficiente [ARAU-
JO DIAS et al, 2004, p. 3].
Podemos aplicar esses elementos na contabilidade para entender 
melhor sua importância. Considere que a fonte é a empresa, a qual possui 
informações de naturezas diferentes que são interessantes para diversos 
usuários, denominados também de receptores. São exemplos de usuários-
receptores: investidores, acionistas, bancos, governo, clientes, fornece-
dores, funcionários, comunidade local etc. Todos esses usuários possuem 
algum tipo de necessidade informacional em relação às empresas, como 
o banco, que precisa conhecer a “saúde financeira” da empresa antes de 
conceder um empréstimo, ou então os investidores, que buscam conhecer 
a capacidade de valorizaçãodas ações de uma empresa ou a geração de 
fluxo de caixa na forma de dividendos.
Considere este último caso, no qual a fonte é representada pela 
empresa e o receptor, pelo investidor. O conjunto das demonstrações con-
tábeis – balanço patrimonial, demonstração de resultado do exercício, de-
monstração de fluxo de caixa, demonstração do valor adicionado, demons-
tração das mutações do patrimônio líquido, notas explicativas etc. – de 
determinada empresa pode ser usado pelos investidores na análise de seus 
investimentos e, por isso, vamos considerar que os relatórios financeiros 
possuem alguma informação relevante para os investidores. Com isso, as 
demonstrações contábeis podem ser comparadas ao canal do processo de 
comunicação, pois representam o meio de transmissão da mensagem. As 
demonstrações podem levar à informação de que o investidor precisa para 
tomar uma decisão, a qual pode ser caracterizada como a mensagem. Essa 
mensagem pode ser uma interpretação a partir dos relatórios financeiros.
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Vamos considerar que o investidor tem recursos limitados e não 
pode investir em todas as empresas de capital aberto. Sendo assim, é na-
tural que ele faça algum tipo de comparação entre as empresas nas quais 
está pensando em investir, pois ele não pode comprar as ações de todas as 
companhias. Sabemos também que esse usuário vai utilizar as demonstra-
ções contábeis em sua decisão. Portanto, é fundamental que essas empre-
sas elaborem as demonstrações seguindo um padrão ou algumas regras. 
Se essa premissa não é atendida, podemos afirmar que a comparação será 
prejudicada. Por exemplo: quando da elaboração da DRE, as empresas de-
vem adotar o regime de competência, o qual permite reconhecer as recei-
tas antes de sua “transformação” em caixa – as vendas a prazo que ainda 
não entraram no caixa –, o que não aconteceria se as empresas adotassem 
o regime de caixa. Se o regime de caixa fosse adotado na DRE, as empre-
sas reconheceriam a receita apenas quando de seu recebimento, ou seja, 
entrada no caixa. Para que o nosso investidor possa comparar as receitas 
de diversas empresas, é necessário que elas adotem apenas um regime, e é 
claro que o regime de competência possui mais riqueza informacional.
Portanto, podemos comparar essas regras da contabilidade – apli-
cáveis às demonstrações contábeis – com o codificador do processo de 
comunicação, pois o ato de codificar significa transformar, em um código 
conhecido, a intenção de comunicação. O ato de divulgar as demonstra-
ções contábeis – que serão alvo de análises comparativas por parte do 
nosso investidor – deve passar pela codificação para que a mensagem 
possa ser transmitida aos usuários de forma clara. As normas contábeis 
representam essa codificação.
Porém, há a possibilidade de o investidor não conhecer a linguagem 
técnica usada pela contabilidade ou ter dificuldade em interpretar alguma 
parte dos relatórios financeiros. Nesse cenário, o investidor pode contratar 
um profissional que o auxilie a interpretar as demonstrações contábeis, 
como um analista de investimentos. É importante lembrar que, no nosso 
exemplo, estamos considerando que o investidor está analisando apenas 
as demonstrações contábeis, mas, na realidade, para tomar uma decisão 
de investimento, ele considera vários tipos de informação. O analista de 
investimentos, segundo Boff, Procianoy e Hoppen (2006, p. 170), assim 
como outros profissionais ligados à prestação de serviços, possui diversas 
habilidades voltadas para o uso e a produção de informações, com o ob-
jetivo principal de fazer recomendações acerca de uma empresa. Assim, a 
ação do analista pode ser comparada ao descodificador, que tem por obje-
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tivo decifrar a mensagem, ou seja, extrair das demonstrações contábeis a 
informação de que o investidor precisa para tomar uma decisão.
O leitor deve lembrar-se do problema do ruído que dificulta a con-
versa entre duas pessoas na apresentação musical e deve perguntar se esse 
elemento se aplica à contabilidade. A resposta para essa pergunta é sim.
Exemplos de ruído na contabilidade:
• Terminologia contábil – a contabilidade utiliza termos técnicos 
que não produzem uma adequada compreensão da informação 
pelos usuários;
• Quantidade de informação divulgada – como o limite de divul-
gação das informações contábeis é muito subjetivo, corre-se o 
risco de, ao sumarizar aquelas consideradas relevantes e úteis, 
omitir informações importantes e, ao mesmo tempo, prestar in-
formações inúteis, que provocam a diminuição da eficiência da 
análise por parte dos usuários;
• Capacidade de entendimento – o pouco conhecimento da maté-
ria contábil por uma parcela dos usuários provoca dificuldades 
na compreensão da mensagem [LIBONATI; SOUTO MAIOR, 
1996, p. 247-248 apud ARAUJO DIAS et al., 2004, p. 9];
• Termos e expressões em outros idiomas: são denominados de 
estrangeirismos, utilizados em relatórios contábeis sem o devi-
do esclarecimento do significado aos usuários [ARAUJO DIAS 
et al, 2004, p. 9].
Quadro 2 – Exemplos de termos e expressões
Brasil EUA Reino Unido
Vendas Sales Turnover
Recebíveis Receivables Debtors
Exigíveis Payables Creditors
Ações Stock Share
Estoques Inventory Stock
Arrendamento mercantil Leased assets Hire purchase
Ainda considerando o nosso exemplo, são interesses das empresas 
de capital aberto a valorização de suas ações e a maior captação de recur-
sos no mercado de ações. Com esses recursos, a empresa pode financiar 
projetos, ampliar suas instalações etc. Já o investidor procura investir em 
empresas que possam gerar maiores fluxos de caixa futuros para aumen-
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tar sua riqueza. A contabilidade pode facilitar a comunicação entre essas 
partes, para que elas possam buscar seus interesses. A preocupação com 
a qualidade da informação contábil é uma questão muito discutida, atual-
mente, em diversos congressos e seminários na nossa área, que têm como 
objetivo eliminar os ruídos citados anteriormente.
U.3UContabiliUaUeUcomoUciência
Outra visão que pode ajudar a entender o papel da contabilidade 
envolve uma discussão interessante: contabilidade é ciência ou arte? Arte 
no sentido de ser apenas uma ferramenta que pode ser usada para acom-
panhamento de riquezas, sem bases teóricas que a fundamentem como 
ciência. A visão de ciência é mais profunda ao passo que busca classificar 
a contabilidade como um ramo do conhecimento humano. Para que um 
ramo do conhecimento seja considerado como ciência, ele deve: 
• ter objeto de estudo próprio, ou seja, um campo de atuação de 
fenômenos em que ele se concentra;
• utilizar-se de métodos racionais ou científicos;
• ter um corpo de teorias, normas e princípios;
• apresentar o caráter de certeza de seus anunciados;
• estar em evolução e relacionar-se com os demais ramos de co-
nhecimento científico;
• ter o caráter de generalidade em seus estudos e aplicações;
• comprovar seus resultados etc.
Padoveze (2009, p. 16-17), um dos estudiosos da área, afirma que a 
contabilidade é uma ciência ao observar que ela:
• tem objeto de estudo próprio, que são o patrimônio e os eventos 
econômicos que o alteram;
• utiliza método racional – método das partidas dobradas;
• estabelece relações entre os elementos patrimoniais, válidas em 
todos os espaços e tempo, ou seja, é um ramo de conhecimento 
universal e permanente;• apresenta-se em constante evolução.
Além disso:
• o conhecimento contábil é regido por leis, normas e princípios, 
ou seja, tem um corpo de teorias e princípios contábeis;
• seus estudos têm o caráter de generalidade, ou seja, os mesmos 
eventos econômicos reproduzidos nas mesmas condições pro-
vocam os mesmos efeitos;
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A escola italiana 
entende que a contabilidade 
é a ciência do controle patrimonial, 
enquanto a escola norte-americana enfo-
ca o conceito de transmissão de informação 
econômica [PADOVEZE, 2009, p. 17].
• tem caráter preditivo, isto é, os modelos contábeis permitem a 
construção de modelos de decisão para eventos futuros;
• tem o caráter de certeza na afirmação de seus enunciados, isto é, 
suas aplicações podem ser comprovadas por evidências posteriores;
• está relacionada com os demais ramos de conhecimento cien-
tífico, pois utiliza instrumentos da matemática, da filosofia, da 
economia, da psicologia, da administração, do direito etc.
O mesmo autor explica, ainda, que a 
contabilidade apresenta seus con-
ceitos baseados em duas escolas 
principais de pensamento: a 
escola italiana, mais antiga, 
e a escola norte-ameri-
cana , de apresentação 
mais recente. Enquanto a 
primeira escola trata a con-
tabilidade em seu sentido 
mais amplo, como a ciência 
do controle patrimonial, a se-
gunda é mais objetiva e enfoca, 
principalmente, o conceito de infor-
mação útil para os diversos usuários.
Schmidt (1998, p. 15) acredita que a contabilidade é uma ciência 
social que se traduz na preocupação com a maneira como os indivíduos 
ligados à área contábil criam, modificam e interpretam os fenômenos 
contábeis, sobre os quais informam seus usuários. A preocupação do con-
tabilista não está apenas em aprender, quantificar, registrar e informar os 
fatos contabilísticos da entidade, mas em analisar e revisar estes fatos, 
demonstrando suas causas determinantes ou constitutivas.
Portanto, o entendimento de que contador é responsável apenas 
por acompanhar os registros contábeis e gerar relatórios é um equívoco 
de acordo com a definição anterior. Na verdade, o papel do contador não 
pode ser resumido dessa maneira, devido à sua complexidade em muitas 
situações na prática. A essência de seu papel está relacionada com a in-
terpretação de fenômenos contábeis e como eles afetam os usuários da 
contabilidade.
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U.3.UUPrincípiosUfunUamentaisUUeUContabiliUaUe
Conforme foi comentado anteriormente, a contabilidade como ciên-
cia deve possuir leis, normas e princípios. Mas, antes de apresentar esses 
elementos, é interessante refletir sobre a origem deles.
À medida que as necessidades de controle foram surgindo, a con-
tabilidade foi criando instrumentos para o registro de todos os fatos que 
afetam o patrimônio de uma empresa. Em alguns momentos da história da 
contabilidade, surgiram dúvidas quanto ao melhor critério de registro de 
determinadas transações. Com isso, os primeiros contadores tiveram que 
fazer algumas escolhas que acabaram sendo adotadas por outros colegas, 
as quais se tornaram regras que passaram a ser seguidas e aceitas por to-
dos. Essas regras básicas que foram adotadas denominam-se Princípios 
Contábeis e, atualmente, formam o arcabouço teórico que sustenta a con-
tabilidade [PADOVEZE, 2009, p. 111].
Iudícibus et al. (1998, p. 255) complementa essa linha de raciocí-
nio ao afirmar que os princípios contábeis podem ser conceituados como 
premissas básicas acerca dos fenômenos e eventos contemplados pela 
contabilidade, premissas que são a cristalização da análise e a observação 
da realidade econômica, social e institucional. No âmbito dessa complexa 
realidade, o observador analisa as características principais do sistema e 
chega a certas conclusões quanto a seu funcionamento. Tais conclusões, 
se aceitas pela classe contábil, tornam-se os princípios aos quais toda a 
prática contábil e principalmente os processos de auditoria devem ater-se.
Após um longo processo evolutivo da ciência contábil, chegamos 
ao seu arcabouço teórico ou, como também é conhecido, sua estrutura 
conceitual básica. Essa estrutura é dividida em postulados, princípios e 
convenções.
Postulados significam elementos vitais, elementos básicos, em 
que se estruturou toda a contabilidade atual. A contabilidade repousa, 
basicamente, em dois postulados da teoria contábil: a entidade con-
tábil e a continuidade da empresa. O primeiro diz respeito à pessoa 
para quem é mantida a contabilidade, podendo ser pessoa jurídica 
ou física. A Contabilidade de uma entidade não pode ser confundida 
com a contabilidade dos membros que a possuem. O segundo refere-
se à entidade que está em funcionamento com prazo indeterminado, 
ou seja, não está em fase de extinção ou de liquidação [MARION, 
2009, p. 31].
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Por sua vez, os princípios são a exteriorização de critérios aceitos 
pela maioria dos contadores, pois, ao longo dos anos, diversos critérios 
foram desenvolvidos numa tentativa de normalizar e de chegar a uma me-
lhor forma de controlar o patrimônio de uma entidade. Eles são:
• custo histórico;
• denominador comum monetário;
• realização da receita;
• confrontação da despesa;
• essência sobre a forma.
Não vamos tratar de cada um aqui, mas o estudo e o conhecimen-
to da aplicabilidade desses princípios são fundamentais para a conti-
nuidade do processo de aprendizagem. Eles podem ser encontrados em 
material complementar da disciplina, na internet em diversos sites re-
lacionados à área contábil ou em alguns livros de contabilidade, como 
o Manual de Contabilidade das sociedades por ações, da Editora Atlas, 
última edição, autores: Sérgio de Iudícibus, Eliseu Martins e Ernesto 
Rubens Gelbcke.
Finalmente, as convenções são tidas como restrições aos princípios 
contábeis. São também consideradas normas de caráter prático que devem 
ser observadas como guias, facilitando o trabalho do contador. Não são 
consideradas geradoras de definições de critérios contábeis [PADOVEZE, 
2009, p. 117]. Elas são:
• objetividade;
• materialidade;
• consistência;
• conservadorismo.
Nós também não vamos tratar sobre cada um aqui, mas o mesmo 
que foi comentado em relação aos princípios vale para as convenções 
também.
Para facilitar a visualização dos três conceitos apresentados 
– postulado, princípios e convenções –, considere que a estrutura 
conceitual é similar a um edifício, sendo que os postulados são 
comparados ao alicerce ou aos pilares, que são responsáveis pela 
sustentação da construção; os princípios equivalem às paredes que 
se apoiam nos alicerces; e, finalmente, as convenções representam 
o telhado.
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Figura 4 – Postulados, princípios e convenções
Custo
Histórico
Denominador
Comum
Monetário
Realização
da Receita
Confrontação
da Despesa
Essência
sobre a forma
Entidade
Contábil
C
Continuidade
C
Materialidade ConsistênciaObjetividade Conservadorismo
 MARION E PROCÓPIO (1998, P. 25)
No nível das paredes, novos compartimentos (princípios) po-
derão ser construídos, desde que em cima das colunas (postulados) 
e abrigados pelo telhado (convenções).
Padoveze (2009, p. 118) complementa que nada impede, po-
rém, que esses princípiosvenham a ser modificados ao longo do 
tempo. A contabilidade possui uma metodologia extremamente 
prática, e as necessidades de informações dos diversos usuários da 
contabilidade podem mudar com o passar do 
tempo. Consequentemente, alguns princí-
pios poderão ser revistos, como poderão 
ser criados outros e extintos alguns. Nós, 
contadores, devemos discutir permanen-
temente sobre eles para verificar se são 
atuais e se não estão sendo um entrave às 
modernas necessidades de informação.
 
Conexão:
O artigo original de 
Marion e Procópio (1998) 
está disponível na internet para 
consulta por meio do seguinte 
endereço: <http://www.face.ufmg.
br/revista/index.php/contabilida-
devistaerevista/article/viewFi-
le/123/119>.
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U.4UCaracterísticasUUaUinformaçãoUcontábil
Como foi observado na seção anterior, há uma estrutura conceitual 
para orientar a escrituração e a análise contábil. Devemos lembrar que a 
escrituração e a análise contábil integram o processo contábil que ocorre 
entre a entidade e seus vários usuários. Para que isso ocorra da melhor 
forma possível, Marion (2009, p. 33) destaca algumas características qua-
litativas da informação contábil.
• Compreensibilidade. As informações apresentadas nos re-
latórios contábeis devem ser prontamente entendidas pelos 
usuários. Todavia, informações relevantes (característica expli-
cada a seguir), ainda que complexas, deverão ser incluídas nos 
relatórios contábeis. O relatório contábil deverá ser acessível a 
leigos.
• Relevância. Para serem úteis, as informações devem ser rele-
vantes às necessidades dos usuários na tomada de decisões. As 
informações são relevantes quando podem influenciar as deci-
sões econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto 
de eventos passados, presentes e futuros ou confirmando ou 
corrigindo suas avaliações anteriores.
• Confiabilidade. Para ser útil, a informação deve ser confiá-
vel, ou seja, deve estar livre de erros ou de vieses relevantes 
e representar adequadamente aquilo que propõe representar. 
Para ser confiável, alguns aspectos devem ser considerados: 
primazia da essência sobre a forma, neutralidade, prudência e 
integridade.
• Comparabilidade. Os usuários devem poder comparar os 
relatórios contábeis de uma entidade ao longo do tempo, nos 
períodos sucessivos. Os critérios não devem ser mudados sem 
que os usuários sejam avisados.
O cumprimento dessas características é necessário para tornar a 
informação contábil útil ao usuário. A presença dessas características na 
informação contábil contribui para que os usuários possam tomar decisões 
fundamentadas em informações úteis. Nesse sentido, Yamamoto e Salotti 
(2006) afirmam que a informação contábil possui relação com os próprios 
objetivos da contabilidade, ao passo que mensura diversos eventos econô-
micos e comunica os resultados das empresas aos interessados.
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Iudícibus (2000, p. 20) des-
taca, de maneira clara, o papel das 
demonstrações contábeis: “o objetivo 
dos demonstrativos financeiros é prover 
informação útil para a tomada de decisões 
econômicas”
Os veículos utilizados para essa 
comunicação são basicamente 
as demonstrações contábeis 
tradicionais e as formas 
alternativas de divulgação, 
como as demonstrações 
complementares e os re-
latórios de administração. 
Deve-se destacar o impor-
tante papel da mídia (jornais 
e revistas), que também pode 
ser um meio de divulgação de im-
portantes eventos ligados às empresas. 
Outro canal de comunicação muito utilizado pela empresa é o seu próprio 
site, onde o usuário da informação pode buscar notícias relacionadas a ela, 
às demonstrações financeiras, aos relatórios anuais, aos projetos da em-
presa voltados para o meio ambiente e até mesmo balanços interativos.
U.5UBreveUhistóricoUUaUnormatização
O objetivo dessa seção é apresentar um breve histórico com ênfase 
na Lei das Sociedades por Ações e no Comitê de Pronunciamentos Con-
tábeis (CPC).
Sabemos que a contabilidade brasileira sempre foi muito influenciada 
por limites e critérios fiscais, particularmente os da legislação de imposto de 
renda. Esse fato, ao mesmo tempo que trouxe à Contabilidade algumas con-
tribuições importantes e de bons efeitos, limita a evolução dos Princípios 
Fundamentais de Contabilidades ou, ao menos, dificulta a adoção prática de 
princípios contábeis adequados, já que a contabilidade era feita pela maioria 
das empresas com base nos preceitos e nas formas de legislação fiscal, a 
qual nem sempre se baseava em critérios contábeis corretos.
Essa restrição, que persiste por muitos anos, teve uma tentativa de 
solução por meio da Lei das S.A. – Lei 6.404/76. Essa solução é indicada 
pelo art. 177, que determina que a escrituração deve ser feita seguindo-se 
os preceitos da Lei das Sociedades por Ações e os “princípios geralmente 
aceitos”. Para atender à legislação tributária, ou outras exigências feitas à 
empresa que determinem critérios contábeis diferentes dos da Lei das So-
ciedades por Ações ou dos princípios de contabilidade geralmente aceitos, 
devem ser adotados registros auxiliares à parte.
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Em outras palavras, o objetivo do artigo 177 seria desvincular a 
contabilidade societária da fiscal. Porém, diversos pronunciamentos pos-
teriores foram elaborados pelas autoridades fiscais de forma a limitar a 
aplicação desse dispositivo, emitindo pareceres e decisões que deveriam 
ser meramente de natureza fiscal, mas que exigem e determinam trata-
mento contábil similar, às vezes até em desacordo com os Princípios Fun-
damentais de Contabilidade, o que contraria o disposto na Lei das Socie-
dades por Ações, chegando a ser uma fuga a seu espírito e à sua intenção 
[IUDÍCIBUS, 2007, p. 5].
Essa situação afasta nosso país de um importante processo que está 
acontecendo no mundo: a convergência internacional das normas con-
tábeis, ou seja, uma busca pela padronização de normas contábeis. Isso 
justifica a necessidade de termos uma normatização contábil no Brasil, 
suportada legalmente, mas não limitada por esse vínculo, e caminhando 
rumo a uma única contabilidade mundial.
Um importante passo, no Brasil, foi dado com a criação do CPC – 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis. O CPC foi criado em outubro de 
2005 pela resolução n. 1.055/05 do CFC (Conselho Federal de Contabili-
dade) para ser o único órgão responsável pela emissão dos pronunciamen-
tos contábeis no Brasil, em função das necessidades de:
• convergência internacional das normas contábeis;
• centralização na emissão de normas contábeis;
• representação das instituições nacionais interessadas em even-
tos internacionais.
Antes da criação do CPC, as normas, os procedimentos técnicos, as 
orientações e as interpretações contábeis eram de responsabilidade basi-
camente:
• do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), para todas as 
empresas no território nacional;
• da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para as compa-
nhias abertas.
Também eram agentes legalmente autorizados: o IBRACON, para 
as auditorias independentes; o Banco Central, para as instituições finan-
ceiras; a SUSEP, para as instituições seguradoras; e a Receita Federal, no 
âmbito tributário.
Atualmente, o CPC é composto por dois representantes das seguin-
tes entidades:
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