Prévia do material em texto
42 LIVRO DE QUESTÕES II- O princípio da cooperação, consagrado no art. 6º do CPC/2015, é um corolário do princípio da boa-fé, gerando o dever de assim agir às partes e ao juiz, mas não aos auxi- liares da justiça, pois estes não participam do processo de forma direta, não sendo razoável a exigência de tal com- portamento. III- O princípio da boa-fé processual não está expressa- mente disposto no CPC/2015, porém pode ser extraído do devido processo legal, que é uma cláusula geral processual. IV- É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efe- tivo contraditório: a) Os itens I e II são falsos. b) Todas alternativas são falsas. c) Os itens I e IV estão corretos. d) Apenas o item III é falso. e) Os itens I e III estão corretos. Importante inovação trazida pelo CPC atual, o princípio da boa-fé não mais é subjetivo, passando a ser objetivo. O art. 5º consagra os princípios da boa-fé e lealdade proces- sual ao prever que aquele que de qualquer forma participa do processo deve comporta-se de acordo com a boa-fé. O dispositivo é interessante porque não se limita a exigir a conduta proba somente das partes, mas de todos aqueles que participam do processo de alguma forma. Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do pro- cesso deve comportar-se de acordo com a boa-fé. Gabarito: “C”. 149-) Aplicada em: 2016Banca: VUNESPÓrgão: TJM-SPProva: Juiz de Direito Substituto. Assinale a al- ternativa correta. a) A garantia do contraditório participativo impede que se profira decisão ou se conceda tutela antecipada contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida (de- cisão surpresa). b) A boa-fé no processo tem a função de estabelecer comportamentos probos e éticos aos diversos persona- gens do processo e restringir ou proibir a prática de atos atentatórios à dignidade da justiça. c) O princípio da cooperação atinge somente as partes do processo que devem cooperar entre si para que se obte- nha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. d) Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e econômicos e às exigências do bem pú- blico, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana. e) Será possível, em qualquer grau de jurisdição, a pro- lação de decisão sem que se dê às partes oportunidade de se manifestar, se for matéria da qual o juiz deva decidir de ofício. Trata-se de mais uma questão relacionada ao princípio da boa fé, lembrando que desde a entrada em vigor do novo CPC a boa fé é objetivo, sendo de observância obri- gatória para todos que atuam direta ou indiretamente na relação jurídica. É, portanto, entendido como comportamento base para qualquer participante no contexto do processo, pre- vendo que tais atuantes demonstrem sua lealdade, razoa- bilidade, estabilidade, ética e segurança para com o pro- cesso e seus integrantes. Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do pro- cesso deve comportar-se de acordo com a boa-fé. Gabarito: “B”. 150-) Aplicada em: 2016Banca: FAFIPAÓrgão: Câ- mara de Cambará - PRProva: Procurador Jurídico Assinale a alternativa INCORRETA acerca das nor- mas fundamentais previstas no Código de Processo Ci- vil vigente (Lei 13.105/2015). a) É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efe- tivo contraditório. b) Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida, salvo nos casos em que envolver matéria de ordem pública, hipótese em que o juiz decidirá de ofício, sem que para isso tenha que oportunizar às partes manifestar-se. c) O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. d) Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmen- te, à ordem cronológica de conclusão para proferir senten- ça ou acórdão. O art. 10 preconiza que o juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a res- peito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. Referido artigo veio para vedar as chamadas “decisões surpresas”, ou seja, O juiz não pode surpreender as partes com uma decisão sobre um tema que não havia sido discu- tido. Caso necessite, deverá antes de sentenciar intimar as partes a respeito do tema. Gabarito: “B”. 151-) Aplicada em: 2016Banca: MPE-SCÓrgão: MPE-SCProva: Promotor de Justiça – Matutina. Em res- peito ao princípio da economia e eficiência processual, o novo Código de Processo Civil, não admite a convali- dação de atos processuais eivados de vício. a) Certo b) Errado O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, de- vendo ser praticados os que forem necessários a fim de se